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Incorporação imobiliária. Imóvel gravado com usufruto.

Questão esclarece acerca de incorporação imobiliária em imóvel gravado com


usufruto.

Pergunta:É possível a realização de incorporação imobiliária em imóvel


gravado com usufruto?

Resposta:Vejamos o que nos esclarece Mario Pazutti Mezzari em obra


intitulada “Condomínio e Incorporação no Registro de Imóveis”, 4ª ed. Revista e
Atualizada, Livraria do Advogado Editora, Porto Alegre, 2015, p. 130:

“13.3. Usufruto

Nem o nu-proprietário nem o usufrutuário podem alterar a substância da coisa


sem o consentimento do outro. Separadamente, nenhum dos dois pode
incorporar. Ao primeiro, porque lhe falta a posse e porque não poderia alienar o
uso e gozo das unidades que fossem construídas; ao segundo, porque o
usufruto é direito personalíssimo, não pode ser cedido, salvo ao proprietário,
impedindo assim que possa negociar as unidades com terceiros.

No entanto, não nos parece que a existência do usufruto possa, de plano,


impossibilitar a incorporação imobiliária.

Basta que ambos, nu-proprietário e usufrutuário, concorram para o ato,


promovendo em conjunto do empreendimento na qualidade de incorporadores,
ou firmando procuração para um terceiro, o incorporador, a fim de que este
possa negociar a alienação ou oneração das futuras unidades autônomas.

O usufrutuário pode alienar a unidade desde que em conjunto com o nu-


proprietário, operando-se, pela confusão, a extinção do usufruto e a
consolidação da propriedade plena na pessoa do adquirente da unidade. Num
mesmo negócio, concomitantemente ao aspecto material, mas sucessivamente
ao aspecto formal, o nu-proprietário vende a nua-propriedade da fração ideal
ao terceiro. Este passa, por força do registro desse título, a ser ele o nu-
proprietário daquela fração. Ato contínuo, vem o usufrutuário e lhe cede, de
maneira onerosa, o direito de usufruto que detinha sobre a mesma fração.
Registrada também essa transmissão, opera-se de pronto a confusão dos
direitos na pessoa desse terceiro, tornando-o proprietário pleno da fração e da
unidade que futuramente for construída.

Por evidente, embora possível, não é recomendável que uma incorporação


imobiliária se funde em imóvel com essa situação dominial, pela complexidade
de que terão de revestir-se os contratos.”

Para maior aprofundamento na questão, recomendamos a leitura da obra


mencionada.

Finalizando, recomendamos sejam consultadas as Normas de Serviço da


Corregedoria-Geral da Justiça de seu Estado, para que não se verifique
entendimento contrário ao nosso. Havendo divergência, proceda aos ditames
das referidas Normas, bem como a orientação jurisprudencial local.

Seleção:Consultoria do IRIB.

Fonte:Base de dados do IRIB Responde.

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