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O MIOLO DA ESPIRITUALIDADE

A espiritualidade é composta por diversos elementos que não se podem ver, nem
tocar, nem medir com os nossos sentidos. A Bíblia é rica em mostrar esses qualidades e
em desenvolver ferramentas mentais para entender a lógica dessas qualidades que não
seguem a lógica de nada que seja visível ou palpável.

Entre essas qualidades a Bíblia ressalta, bem à frente de qualquer outra


qualidade, o amor. Veja algumas afirmações contundentes:

1. Deus amou o mundo de tal maneira que Deus Seu


filho unigênito para que todo aquele que nele crê não
pereça mas tenha a vida eterna. João 3:16

2. Aquele que não ama não conhece a Deus por que


Deus é amor. 1 João 4:8

3. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, e o


amor, estes três; mas o maior destes é o amor. 1
Coríntios 13:13

4. Não há outro mandamento maior que esses. (ao referir-se ao amor a Deus, a si mesmo
e ao próximo. Marcos 12:28-31

Uma compreensão mais profunda

Depois de 6.000 anos de pecado arruinando as capacidades físicas, mentais e


espirituais do ser humano, temos que admitir: Ninguém funciona mais como no início. Se
fôssemos comparar, um carro de 30 anos de uso seria o melhor objeto.

Não funcionamos mais bem fisicamente, não funcionamos mais bem em nossa
mente e também não funcionamos mais em nossos relacionamentos (espiritualidade).
Quantos encontros e desencontros há nestas 3 áreas da vida? Quantas vezes estamos
falando a mesma coisa, mas discutimos como se fossem duas coisas distintas? Quantas
vezes esquecemos algo? Quantas vezes falhamos?

Está muito longe de nós a frase que Deus disse ao criar o mundo: “E eis que era
muito bom!” (cf. Gn. 1:31). Está longe historicamente, para nós brasileiros
geograficamente e muito mais em seu sentido de completa verdade. Temos que admitir: o
pecado nos arrasou.
Danificados:

Apenas para fins didáticos imagine que o nosso coração é equipado com
receptores e doadores de amor.

Quando nascemos nosso coração fica


assim:

Uma criança recém nascida, apesar de


avariada pela ação do pecado transmitida pelos
pais pela genética, está disposta a amar e ser
amada.

As negligências normais, que na


falibilidade natural dos pais, marcam o coração
desta criança.

Ex.: O pai foi despedido, e está em crise existencial. Neste momento vem o filho
que não tem noção do que isto significa e traz o desenho que fez com todo amor na
escola na expectativa de agradar o pai no dia dos pais. O pai não se dá conta da intenção
do filho e projeta as indisciplinas do dia anterior sobre o menino. Além de não dar atenção
para o filho está tão absorvido por sua dor que ainda manda a criança sair de perto
repudiando a intenção de expressar amor.

Estes desencontros da vida, que parecem ficar cada vez mais freqüentes à
medida que a volta de Jesus se aproxima, vão marcando e formando o coração de uma
criança. Estou falando de desencontros normais nos relacionamentos. Imagine o leitor as
aberrações e barbaridades que acontece na vida de pessoas por este mundo afora.

Pessoas que foram abusadas sexual, física e


emocionalmente pelos pais, parentes e/ou
professores. Pessoas que tiveram todos os
tipos de desfavorecimentos e discriminações
possíveis na escola, entre os amigos e por
estranhos. As sensibilidades emocionais e a
capacidade de amar são reduzidos ao mínimo.

O medo se ser machucado de novo


persegue as pessoas e elas se fecham,
desaprendendo a amar, esquecendo de como deveria ser. Muitas vezes as pessoas
programam e planejam o fracasso nos relacionamentos, pois se algum deles desse certo
o que fariam? Nunca experimentaram ser amadas…

“A coisa mais aterradora para alguém que nunca foi amado é a perspectiva do
amor.” (Berndt Wolter).

As experiências do mundo destroem os doadores e receptores de amor em nosso


coração, incapacitando-nos de entender, experimentar e viver o amor uns dos outros e de
Deus em nós.

Amor na Igreja:

Andar com Jesus é desejar que o nosso coração com as feridas e incapacidades
seja curado (cf. Is. 53:5). A esperança que alguém carrega no coração ao vir para a igreja
é de ter estas capacidades restauradas. Aquela saudade do imaculado, do sem-mancha,
do puro, honesto, verdadeiro vem ao coração de uma maneira tão forte que muitos não
sabem conter e canalizar, acham que ao entrar para a igreja estão no céu (cf. Artigos
complementares: Fase do Desenvolvimento Espiritual).

Quem não conhece aquela ilustração da igreja como um hospital.

Mas as pessoas quando vêm para o hospital querem ver o resultado, querem sair
curadas. Assim é com a igreja. As pessoas querem ver um plano de tratamentos que os
leve à cura.

Entendendo o Amor:

Muitos pensam que amor é um sentimento. A psicologia confirma esta idéia.

Quero por um instante admitir esta idéia e compará-la com a Bíblia.

Na Bíblia o amor é um mandamento. “Amarás”, “amai” são expressões comuns na


Bíblia (cf. Dt.6:5; Mt.22:37 e Sl. 31:23; Rm.12:10). Não me parece que posso evocar
sentimentos por meio de uma ordem: “Fique triste!” ou “Fique com raiva!”. Nenhum
psicólogo admitiria o fato de sentimentos poderem ser despertados por mandamento.

Se o amor bíblico é um sentimento então deveria estar sujeito às mesmas


oscilações típicas dos sentimentos. Durante um tempo alguém fica com raiva, passado o
sentimento, não há mais raiva. A tristeza vem e vai. O amor bíblico não se submete a esta
dinâmica.
Se amor é sentimento, como é que a Bíblia, no capítulo do amor, afirma que o
amor “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, o amor jamais acaba!” (cf. 1 Co.
13:7-8). Também não me parece o funcionamento de um sentimento.

Um último pensamento: se amor é sentimento, o que Jesus estava sentindo lá na


cruz? Com certeza profunda angústia, agonia de alma, a dor da separação do pai, a
incerteza da vitória sobre Satanás e a morte. Não tenho a impressão que Jesus tivesse
tido aquele sentimento de calor e bem estar característico daquilo que normalmente
chamamos de amor.

Se amor é um sentimento, Jesus, no ponto mais alto da história de amor entre


Deus e a humanidade não nos amou de fato. A maior demonstração de amor foi uma
farsa e nada daquilo que ocorreu foi real.

Amor é uma decisão que fazemos. É uma decisão que repetimos. Um


compromisso que estabelecemos e pagamos o preço: custe o que custar – e que seja
sangue!!!

O amor é crescente assim como o compromisso é crescente. Um casal que está


há 20 anos casado está mais comprometido um com o outro do que dois jovens
namorando por uma semana. Os sentimentos podem estar mais intensos nos jovens, mas
o amor alcança mais profundidade conforme o tempo passa.

Se amor é uma decisão, é um comprometimento no qual eu me envolvo pela


escolha consciente, é isto que temos que ensinar para os membros.

Amar é sacrificar-se e Jesus mostrou o modelo para os Seus seguidores: “E quem


não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.” (cf. Mt. 10:38).

Nesta época de conforto, e dissolução o mundo subliminarmente nos está


treinando a sermos egoístas e a não saber amar mais (cf. Mt. 24:12).

Como ensinar a igreja a amar? O que fazer para que as pessoas prejudicadas em
sua capacidade de amar, em um mundo que as seduz para a distração, voltem a amar?
Como aprender de novo a lutar pelo amor? Lutar por Deus (cf. 1 Jo. 4:8)?

Marca de Qualidade:

Christian Schwarz afirma que a oitava marca de qualidade de uma igreja que
cresce são os relacionamentos marcados pelo amor.
Ele mediu apenas a capacidade que a igreja tem de amar e demonstrar amor. Ele
observou se membros da igreja convidam pessoas para compartilharem uma refeição,
observou quanto a igreja sabe rir e se divertir, observou se a igreja é apenas um campo
de batalhas onde pessoas querem ter razão ou se sabem tolerar as diferenças uns dos
outros em amor.

A igreja tem que ser marcada por relacionamentos amorosos pois de outra
maneira como entenderíamos João 13:34-35: “Um novo mandamento vos dou: que vos
ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns
aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos
outros.”?

O amor é a maior arma que a igreja tem para vencer o mal, para crescer e para
conduzir pessoas para o serviço a Deus e ao próximo.

Como ensinar a amar? Isto se aprende apenas pela contemplação do amor maior
de nosso Senhor. Não sabemos produzir este amor (cf. 1 Jo. 4:19), ele vem apenas de
uma fonte. Não é produto humano, é presente de Deus, como diz 1 Coríntios 13, é o dom
supremo.

Recebereis Poder:

No livro de Atos o resultado da descida do


Espírito Santo é derramamento do amor
de Deus no coração dos salvos. Não há
maior poder do que este pelo qual
devemos esperar em nossos dias. È a
própria essência do ser de Deus, Ele á
amor!!! Ele não pratica amor como nós
humanos falíveis, Ele o é. Ele não ama, Ele derrama de Seu ser em nosso ser, para que
aprendamos a amar, quem sabe aprendamos a ser amor…

A Bíblia declara que nem a morte não é mais forte do que o amor (cf. Ct. 8:6).
Nem o poder mais assustador sobre a face desta terra, não pode sobrepujar o amor.

Se a promessa é que receberemos este poder, o poder do amor, que não é


superado por nenhum outro poder sobre a face desta terra, me parece que até a chuva
serôdia tem sido atrasado por nossa incapacidade e indisponibilidade de aprender a
amar.
Se entendemos que religião é relacionamento, precisamos aprender a viver nossa
religião.

Religião = Relacionamento:

O líder espiritual tem como foco ajudar as pessoas principalmente por seu
exemplo pessoal, não tanto em elementos morais, nem em exemplo de infalibilidade
(como alguns esperam do pastor), mas em capacidade de se relacionar positiva e
construtivamente em três direções: amor a Deus, amor a si mesmo e amor ao próximo.

Em Marcos 12:30 e 31 Jesus apresenta o coração da religião ao apresentar o


famoso trinômio.

1) Em primeiro lugar vem o amor a Deus. Mas não sabemos amá-Lo!!! Um mandamento
que não pode ser cumprido?

Deus nos ama primeiro. É sempre Ele que começa o processo, mesmo nós ainda
sendo pecadores (cf. Rm. 5:8). Ele instila em nosso coração o desejo e a capacidade de
amar.

Ele ama a todos, mas apenas alguns respondem a este amor. Esta resposta é
que nos faz crescer no reconhecimento e na prática deste amor.

Amamos a Deus de nossa parte ao procurarmos conhecê-lo melhor e procuramos confiar


mais nEle (fé). Ele Se revelou e quer que nós o
reconheçamos em Sua revelação e por meio da
oração, jejum, serviço, adoração, etc..

2) Ao contemplarmos este Deus que tanto nos


amou e demonstrou com um amor tão extremo
que Deu o seu filho, começamos a conhecer a
nós mesmos.

Afinal quem contempla o criador acaba


conhecendo melhor a criatura.

Deus nos empresta os Seus olhos para nos observarmos a nós mesmo sob o Seu
ponto de vista. Versículos como Sofonias 3:17 são marcantes. Deus tem alegria na minha
existência. Nos Salmos há material de sobra que mostra que eu fui desejado e planejado.
Ao ouvir as palavras vindas do céu: “Este é o Meu Filho amado em quem me
comprazo!” O pai estava falando ao Filho como Representante da raça humana. Em
outras palavras Deus está declarando que tem prazer em nós. É claro que ainda somos
pecadores necessitados de Salvação, mas isto não muda nada no valor que temos diante
do Pai.

Quando eu me percebo sob esta perspectiva do amor de Deus, quando eu me


vejo sob a perspectiva de um Pai que me ama e está disposto a pagar o preço deste
amor, custe o que custar, eu não consigo mais deixar de ver valor em mim. Esta é a
verdadeira auto-estima.

3) Com o coração transbordante do amor do Pai, como será que vou amar ao
próximo? Como a mim mesmo!

O mesmo valor e propósito que eu vejo Deus derramando sobre a minha vida, eu
consigo ver derramando na vida de outrem. E não só isto, ao ver como Deus age em meu
coração, quero me tornar um instrumento para agir no coração de meu próximo.

Há um aspecto interessante que distingue a lei de homens e as leis de Deus. As


leis dos homens são apenas prescritivas e não há misericórdia e nem amor para aquele
que as transgride. A lei de Deus é prescritiva, mas contém aspectos descritivos. No caso
deste mandamento, a descrição é clara, eu vou amar o meu próximo da mesma maneira
como amo a mim mesmo. Isto é um fato.

Esta dinâmica de relacionamentos é o motivo primeiro de nossa existência. E é


isto que as pessoas vão buscar em primeira mão em uma igreja

Olhando para o diagrama acima chego à conclusão de que Religião é


relacionamento e relacionamento é religião. Relacionamento nas três direções é a religião
completa. Qualquer uma das três que eu negligenciar transformará a minha religião numa
peça manca, disforme e sem sentido.

Qualidades Relacionais:

Se religião é relacionamento, precisamos como cristão nos tornar especialistas


em bom relacionamento com Deus, comigo mesmo e com o próximo.

As qualidades relacionais com as quais Jesus iniciou o Seu ministério de


pregação pública precisam ser desenvolvidas: humildade, mansidão, justiça, misericórdia,
limpeza de coração, paz. Paulo reitera em outro raciocínio contrastando a natureza carnal
e a espiritual em Gálatas 5:22-23, mais características relacionais que devemos
desenvolver como cristãos: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade,
mansidão e domínio próprio.

Uso esta figura para mostrar para onde o recém converso deve ser guiado pela
igreja.

Aqui eu gostaria de complementar que apenas desenvolvendo as qualidades


relacionais apresentadas por Jesus e Paulo é que esta seqüência tem sentido. Na
verdade depois do batismo o alvo é tornar-se um especialista em bom relacionamento nas
três direções e a conseqüência natural será a capacitação do crente e uma vida de
serviço por meio de algum ministério.

A igreja é, e precisa ser, o catalisador que desencadeia este processo de


aprendizado nos relacionamentos. Pois servir é o ápice do amor.

Treinar a igreja para que saiba amar, é o maior dever do ministério adventista,
pois afinal: “quem me ama, guarda os meus mandamentos!” (cf. Jo. 14:15).
Pensamentos Inspirados:

Quando o “…coração não é movido por uma intuição profunda do amor de Cristo,
mas procura cumprir os deveres da vida cristã como uma exigência de Deus a fim e
alcançarem o Céu. Semelhante religião nada vale. Quando Cristo habita o coração, a
alma de tal modo se encherá de Seu amor e da alegria da comunhão com Ele, que a Ele
se apegará; e em Sua contemplação será esquecido o próprio eu. O amor de Cristo será
a mola das ações. Os que se sentem constrangidos pelo amor de Deus, não perguntam
quão pouco deverão dar para satisfazer às exigências de Deus; não indagam qual a mais
baixa norma, mas aspiram à perfeita conformidade com a vontade de seu Redentor. Com
um sincero desejo renunciam a tudo, manifestando um interesse proporcional ao valor do
objeto que buscam. Uma profissão de Cristo sem este profundo amor, é mero palavreado,
formalidade vã, pesada e desagradável tarefa.” CC, 44-45

Que o pensamento demore em Seu amor, na formosura e perfeição de Seu


caráter. Cristo em Sua abnegação, Cristo em Sua humilhação, Cristo em Sua pureza e
santidade, Cristo em Seu incomparável amor – este é o tema para a contemplação da
alma. É amando-O, imitando-O, confiando inteiramente nEle, que haveis de ser
transformados na Sua semelhança. CC, 70-71.

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