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ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO E

FUNDAÇÕES

MÓDULO: CONCRETO ARMADO

Estruturas de Concreto Armado II


(Com base na norma ABNT NBR 6118:2014)

Luís Augusto Bachega


M.Sc., Eng. Civil - Prof. INBEC e Universidade Nove de Julho
1. DETALHAMENTO DA ARMADURA
LONGITUDINAL NA SEÇÃO
TRANSVERSAL
Para um determinado momento fletor M pode-se determinar
uma armadura As que suporta esse carregamento.
Essa armadura (As) pode ser obtida através do agrupamento
de barras, conforme as bitolas comercialmente disponíveis.

• É usual adotar barras com a mesma bitola;


• Adota-se a hipótese de aderência perfeita;
• Adota-se um cobrimento compatível com o ambiente ao
qual a obra será exposta, para que se garanta que a
armadura estará protegida contra a corrosão.
Bitolas comerciais

f (mm) As (cm²)
3,2 0,08
4 0,125
5 0,20
6,3 0,315
8 0,50
10 0,80
12,5 1,25
16 2,00
20 3,15 Onde:
f – Diâmetro das barras (mm)
25 5,00
As – Área da seção transversal (cm²)
32 8,00
Nomenclaturas e detalhes

Onde:
f – bitola da armadura;
ft – bitola do estribo;
c – cobrimento;
bw – largura do elemento;
ev – espaçamento vertical;
eh – espaçamento horizontal;
Cobrimento

O cobrimento consiste no valor mínimo entre a face externa da peça de


concreto e a face mais próxima da armadura disposta. O seu valor é
determinado visando garantir a durabilidade esperada para a peça.
A norma NBR 6118:2014 estabelece os critérios para a determinação do
valor do cobrimento mínimo (cmín). Já sabendo que na obra os trabalhos
não são executados com valores exatos, utiliza-se não o cobrimento
mínimo, mas o cobrimento nominal (cnom) que pode ser definido como o
cobrimento mínimo acrescido de uma tolerância de execução (Dc). Então
os valores de cobrimento nominais estabelecidos na norma seguem os
seguintes critérios:

• Quando se tiver um adequado controle de qualidade e rígidos limites


de tolerância da variabilidade das medidas durante a execução;

• Como o item anterior nem sempre é possível e o cobrimento é um valor de


grande importância para a durabilidade da peça;
Cobrimento

Os valores para o cobrimento nominal (cnom) obedecem as seguintes


condições:

Para vigas ou pilares em concreto armado os cobrimentos nominais de


acordo com a classe de agressividade ambiental é apresentada abaixo:
Cobrimento (mm) em função da
classe de agressividade ambiental
I II III IV
Viga / Pilar 25 30 40 50

Quando se tem pilares em contato com o solo junto aos elementos de


fundação, vigas em reservatórios, estações de tratamento de água e
esgoto, condutos de esgotos, canaletas e efluentes em ambientes de
classe IV é recomendado utilizar cnom=45mm.
Outro parâmetro que depende de cnom para a ~determinação do diâmetro
máximo do agregado graúdo:
Cobrimento

Fonte: Norma NBR6118:2014


Regras de Alojamento

As principais regras de alojamento descritas na norma NBR 6118:2014


são apresentadas abaixo:
O espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais,
medidas na seção transversal, deve ser igual ao maior dos valores
abaixo.
(barra, feixe ou luva) (barra, feixe ou luva)

(diâm. agregado) (diâm. agregado)

Tipos de brita comumente utilizadas e diâmetro máximo do agregado


graúdo:
Detalhes complementares

Quando houver armadura de flexão alojada à face superior da seção


deve-se tomar cuidado de se deixar espaço suficiente para a passagem
do vibrador.

Para o caso de vigas altas


(h>60cm) deve-se utilizar
armadura de pele e distribuí-la
conforme o desenho ao lado:
0,10% Ac (de cada lado)
ARMADURA DE PELE

A mínima armadura lateral deve ser 0,10 % Ac,alma em cada face da


alma da viga e composta por barras de CA-50 ou CA-60, com
espaçamento não maior que 20 cm e devidamente ancorada nos
apoios, respeitado o disposto em 17.3.3.2, não sendo necessária uma
armadura superior a 5 cm²/m por face.

ARMADURA MÍNIMA DE TRAÇÃO

A fim de evitar a ruptura frágil da seção ao se formar a primeira fissura,


deve-se adotar uma armadura tracionada com área igual ou superior a u
valor mínimo
Armadura mínima de tração

Comparação entre ausência e presença da armadura de aço

Sem armadura

Aumento do carregamento
=
Aumento das tensões
Armadura mínima de tração

Comparação entre ausência e presença da armadura de aço

Sem armadura

Formação da primeira fissura


ao se atingir fct (resistência
do concreto à tração)
Armadura mínima de tração

Comparação entre ausência e presença da armadura de aço

Sem armadura
Armadura mínima de tração

Comparação entre ausência e presença da armadura de aço

Com armadura
Armadura mínima de tração

Comparação entre ausência e presença da armadura de aço

Com armadura
Armadura mínima de tração

Comparação entre ausência e presença da armadura de aço

Com armadura
Armadura mínima de tração

Comparação entre ausência e presença da armadura de aço

Com armadura
Armadura mínima de tração

A área mínima de armadura tracionada deve ser determinada a partir do


carregamento que gera o momento iminente de ser atingida a tensão de
ruptura à tração na borda tracionada.

A armadura mínima de tração, em elementos estruturais armados ou


protendidos deve ser determinada pelo dimensionamento da seção a um
momento fletor mínimo dado pela expressão a seguir, respeitada a taxa
mínima absoluta de 0,15 %:
Md,mín = 0,8W0 fctk,sup (Não majorar este valor com gf)
O cálculo de As,min é baseado no dimensionamento para o ELU (Estado
limite último) da seção para a situação apresentada acima:
Armadura mínima de tração

Alternativamente, a armadura mínima pode ser considerada atendida se forem


respeitadas as taxas mínimas de armadura da Tabela 17.3.

Em elementos estruturais, exceto elementos em balanço, cujas armaduras sejam


calculadas com um momento fletor igual ou maior ao dobro de Md, não é
necessário atender à armadura mínima. Neste caso, a determinação dos
esforços solicitantes deve considerar de forma rigorosa todas as combinações
possíveis de carregamento, assim como os efeitos de temperatura, deformações
diferidas e recalques de apoio. Deve-se ter ainda especial cuidado com o
diâmetro e espaçamento das armaduras de limitação de fissuração.
Detalhes complementares

Quando houver armadura junto a borda com abas tracionadas, recomenda-se


distribuir parte dessa armadura nas abas ligando-as devidamente a alma através
de armadura de costura

Abertura de fissura (10^-2 mm)


Carga (kN)
Fonte: Leonardt
Exemplo Numérico

Calcule a armadura longitudinal e detalhe a seção transversal da viga abaixo


apresentada.
Dados: Concreto C30, Aço CA50, elemento pré-fabricado, Classe de
agressividade I, ft=5mm, Brita 1 (fAGR=19mm), fVIBR=5cm.

gk+qk=29,45kN/m
hf= 10 cm

h= 65 cm

bw= 15 cm

Mk (kN.m)
Exemplo Numérico

ROTEIRO DE CÁLCULO

1) Determinação dos esforços solicitantes de cálculo (Md e Nd);


2) Determinação da posição da linha neutra (x) e domínio de
deformação (x/d);
3) Determinação da área de aço necessária (As);
4) Escolha da bitola a ser utilizada;
5) Determinação dos espaçamentos horizontais (eh) e verticais (ev);
6) Determinação de bs, n1 e As,pele;
7) Representação do alojamento das barras;
8) Altura útil efetiva (def).
Exemplo Numérico

Representação do Alojamento das barras no apoio interno


Como a quantidade de armadura requerida nessa seção é de 6cm², pode-se
agrupar 2f16 na parte da alma e 4f8 distribuídas pelas abas da viga, conforme
mostra a figura abaixo:

Como as armaduras estão sendo


alojadas na parte superior da
viga, deve-se deixar espaço para
a passagem do vibrador.
2. ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO
Desprezam-se as tensões de tração no concreto

HIPÓTESES

• Manutenção da seção plana;


• Aderência perfeita entre concreto e
armadura;
• Validade da Lei de Hooke;
• Resistência do concreto à tração é nula.

Es= 200 a 210 GPa

Ecs = αi . Eci
sendo
αE = 1,2 para basalto e diabásio;
αE = 1,0 para granito e gnaisse;
αE = 0,9 para calcário;
αE = 0,7 para arenito.

fck em megapascal (MPa).


Fonte: Norma ABNT NBR6118:2014
Estádio II Puro

COMBINAÇÃO DAS AÇÕES EM SERVIÇO

Para a verificação dos estados limites de serviço é necessária a utilização de


combinações simultâneas das cargas permanentes com as variáveis
(acidentais), aplicados os coeficientes de redução y1 e y2, de acordo com a
verificação desejada.

Portanto, serão necessárias as combinações: Permanente, Quase permanente,


Frequente e Rara das ações.
Estádio II Puro

PARA EDIFICAÇÕES USUAIS COM PEQUENA CONCENTRAÇÃO DE


PESSOAS

PARA OUTROS CASOS:


Estádio II Puro

SEÇÃO RETANGULAR COM ARMADURA SIMPLES


Estádio II Puro

SEÇÃO RETANGULAR COM ARMADURA DUPLA


EXEMPLO NUMÉRICO

SEÇÃO TIPO “T” COM ARMADURA DUPLA


EXEMPLO NUMÉRICO

SEÇÃO TIPO “T” COM ARMADURA DUPLA


EXEMPLO NUMÉRICO

SEÇÃO TIPO “T” COM ARMADURA DUPLA


EXEMPLO NUMÉRICO

SEÇÃO TIPO “T” COM ARMADURA DUPLA


EXEMPLO NUMÉRICO

SEÇÃO TIPO “T” COM ARMADURA DUPLA


MOMENTO DE INÉRCIA EFETIVO – VERIFICAÇÃO DO ELS

FÓRMULA DE BRANSON

A aplicação do momento de inércia efetivo (Ie) em substituição do


momento de inércia no Estádio II puro (III) conduz a estimativas mais
realistas dos deslocamentos (flechas) e da fissuração sob as condições
assumidas nas verificações.

MOMENTO DE INÉRCIA EFETIVO (Ie)

Em vigas submetidas à flexão normalmente ocorre variação do valor do


momento fletor entre seções adjacentes ao longo do vão, originando
também variação na altura da linha neutra e, consequentemente, na
profundidade das fissuras.
MOMENTO DE INÉRCIA EFETIVO – VERIFICAÇÃO DO ELS
Antes da publicação da NBR6118:2003 era usual a aplicação do
momento de inércia no Estádio II (III), que não considera esta variação do
momento fletor, baseando seu cálculo na seção mais crítica,
desprezando a menor solicitação sobre as demais seções.
Há também uma parcela não considerada, referente à contribuição da
resistência à tração das seções de concreto ainda íntegro entre fissuras.

O objetivo da utilização do momento de inércia efetivo (Ie), conforme


calculado pela fórmula de Branson é incluir estas parcelas e conduzir a
estimativas mais precisas do comportamento dos deslocamentos e
fissuras consequentes do carregamento.
FÓRMULA DE BRANSON
Para a verificação dos ELS-DEF e ELS-W, a NBR6118:2014 recomenda a
aplicação do momento de inércia efetivo, calculado pela expressão sugerida por
Branson.

• Mr é o momento de fissuração dada pela equação abaixo

• para concretos de classes até C50:

• para concretos de classes C55 até C90:


Informações adicionais

FÓRMULA DE BRANSON

OBSERVAÇÃO: Mr deve ser reduzido à metade quando a armadura de tração


for composta de barras lisas, ou seja, CA-25.

fct é a resistência à tração direta do concreto, conforme 8.2.5, com o quantil


apropriado a cada verificação particular. Para determinação do momento de
fissuração, deve ser usado o fctk,inf no estado-limite de formação de fissuras e
o fct,m no estado-limite de deformação excessiva (ver item 8.2.5 da norma
ABNT NBR6118:2014).
VERIFICAÇÃO DA FISSURAÇÃO EM VIGAS DE CONCRETO
ARMADO

ESTADO LIMITE DE ABERTURA DE FISSURA (ELS-W)

Devido à fragilidade do concreto perante esforços normais de tração, o


surgimento de fissuras na borda tracionada de vigas de concreto armado
é praticamente inevitável.
Em função do emprego das armaduras de aço que recebem as tensões
não mais resistidas pelo concreto nas regiões da fissuração, não há
maiores perdas da capacidade portante da estrutura.
Entretanto, o controle da abertura média das fissuras torna-se importante
para a sensação de conforto, estética e segurança do usuário da
edificação, além de estar intimamente relacionada à proteção da
armadura contra a corrosão (e, por consequência, a capacidade
resistente de sua seção), também podendo afetar a funcionalidade
específica de alguns elementos, como a estanqueidade em piscinas, por
exemplo.
ESTADO LIMITE DE ABERTURA DE FISSURA (ELS-W)

Deve-se já ter calculado o momento de inércia efetivo da seção para a


combinação frequente das ações (IeF).
Para a verificação do Estado limite de abertura de fissuras deve-se
utilizar a combinação frequente das ações (CF).

ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-W

OBERVAÇÃO: Devido à grande variabilidade dos fatores de influência


envolvidos e da necessidade de estudos mais aprofundados sobre o
assunto, a própria norma reconhece que esta verificação se trata de uma
estimativa do comportamento da fissuração e não do cálculo preciso da
abertura real da fissura.
ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-W (RESUMIDO)

1) Determinação dos parâmetros envolvidos (MF, fct, fLONG, ss);

Para considerar efeito de fluência pode-se


adotar Ecs=Es/15

2) Área do concreto de envolvimento (Acr), taxa de armadura de tração


em relação a área de concreto de envolvimento (rr) e classe de
agressividade ambiental (CAA);

3) Estimativa da abertura de fissura (menor valor entre w1 e w2) e


verificação do ELS-W;
ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-W
1) Determinação dos parâmetros envolvidos

Para os objetivos deste estudo serão consideradas apenas uma carga


permanente (g) e uma variável (q).

• Momento decorrente da combinação frequente MF= M(g+0,4.q);


• Resistência à tração do concreto (fct);
• Diâmetro das barras utilizadas nas armaduras de tração: f (f’ também é
necessário em condições de apoio que resultem em inversão do sentido dos
momento fletores, como em vigas contínuas bi-engastadas, por exemplo).
• Módulo de deformação do Aço: Es= (200 a 210GPa);
• Coeficiente de conformação superficial das barras (h1):
• 1,0 para barras lisas (CA-25);
• 1,4 para barras entalhadas (CA-60);
• 2,25 para barras de alta aderência (CA-50).

Para considerar efeito de fluência


adota-se Ecs=Es/15
ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-W
2) Área do concreto de envolvimento e classe de agressividade ambiental

Para cada barra da armadura passiva de tração deve ser considerada uma área
do concreto de envolvimento (Acr), constituída por retângulos não maiores que
15f, concêntricos a cada barra.

7,5 f

As classes de agressividade ambiental são caracterizações aproximadas do


ambiente ao qual estarão expostos os elementos de concreto armado e que
afetam sua durabilidade e, consequentemente, a vida útil do elemento e da
estrutura.
ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-W
3) Estimativa da abertura de fissura e verificação ELS

A abertura de fissura a ser verificada será o menor dentre os dois valores abaixo
apresentados (w1 e w2):

ATENÇÃO: O diâmetro f da armadura de tração deve ser aplicado nas


formulações necessariamente em milímetro (mm).
Para que a verificação seja atendida basta que a abertura de fissura seja inferior
ao limite aceitável para a classe de agressividade correspondente.
CAA wlim (mm)
I ≤0,4
II ≤0,3
III ≤0,3
IV ≤0,2
EXEMPLO NUMÉRICO (ELS-W)

Estime a abertura de fissura (ELS-W) da viga retangular submetida aos


carregamentos abaixo apresentados, conforme critérios da norma NBR
6118:2014.
Dados: Concreto C20 (fck=20MPa), Aço CA-50, f=16mm, ft=5mm,
CAA II.
(ELS-DEF)

VERIFICAÇÃO DOS DESLOCAMENTOS EM VIGAS DE


CONCRETO ARMADO

ESTADO LIMITE DE DEFORMAÇÕES EXCESSIVAS (ELS-DEF)

Limitação dos deslocamentos em elementos estruturais sujeitos à flexão,


a fim de garantir boas condições estéticas e de conforto aos usuários,
além de garantir a funcionalidade de outros elementos relacionados,
como a abertura de janelas e portas ou vibrações em lajes de piso, por
exemplo.
Maiores deslocamentos decorrentes do uso de concretos de resistências
mais elevadas e aço para armaduras com maiores tensões de
escoamento, o que levou à possibilidade de estruturas mais esbeltas e,
portanto, sujeitas a maiores deformações.
Para vigas de concreto armado, o objetivo deste estudo, todos os
cálculos dos deslocamentos (flechas) se baseiam na Teoria da
Resistência dos Materiais.
(ELS-DEF)

PARCELAS DOS DESLOCAMENTOS

1) Deslocamentos imediatos: ocorrem logo após a aplicação do


carregamento;
(ELS-DEF)

PARCELAS DOS DESLOCAMENTOS

2) Deslocamentos diferidos: ocorrem ao longo do tempo de uso da


estrutura (Derivam da ação da retração e fluência do concreto).

Flecha diferida= Flecha final – Flecha imediata


(ELS-DEF)

CÁLCULO E VERIFICAÇÃO DOS DESLOCAMENTOS


• Deve-se ter calculado o momento de inércia da seção no Estádio II
puro (III);
• Utilizar as combinações quase permanente e rara das ações, além da
ação isolada das cargas permanentes.
ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-DEF (RESUMIDO)

1) Momentos fletores decorrentes das combinações das ações;

2) Propriedades geométricas da seção (Ie):

3) Coeficiente multiplicador dos deslocamentos imediatos (af);]

4) Cálculo dos deslocamentos e verificação do ELS-DEF.


ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-DEF

1) Momentos fletores decorrentes das combinações das ações


Para os objetivos deste estudo serão consideradas apenas uma carga
permanente (g) e uma variável (q).
ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-DEF

2) Propriedades geométricas da seção (Ie)


ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-DEF

3) Coeficiente multiplicador dos deslocamentos imediatos (af)


Este coeficiente é uma simplificação com a finalidade de obter os valores
dos deslocamentos diferidos a partir dos deslocamentos imediatos.

ξ é um coeficiente função do
tempo, que pode ser obtido
diretamente na Tabela 17.1
ou ser calculado pelas
expressões ao lado.
ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-DEF

4) Cálculo dos deslocamentos e verificação do ELS-DEF.


Serão verificados os dois limites mais comuns relacionados a
aceitabilidade sensorial.

OBSERVAÇÕES: No caso de balanços o vão a ser considerado para a


verificação deverá ser o dobro do comprimento L.
Ambas as condições acima enunciadas devem ser satisfeitas
simultaneamente, caso contrário, esta verificação não estará atendida.
EXEMPLO NUMÉRICO (ELS-DEF)

Verifique se a viga retangular submetida aos carregamentos abaixo


apresentados atende o ELS-DEF, conforme critérios da norma NBR
6118:2014.
Dados: Concreto C30 (fck=30MPa), Aço CA-50, to=1mês, t=60meses.
FLECHA DIFERIDA – CRITÉRIO MELHORADO

Flecha diferida no tempo

Critério Melhorado para consideração da fluência (fluência apenas


na deformação do concreto!)
FLECHA DIFERIDA – CRITÉRIO MELHORADO

Flecha diferida no tempo

Critério Melhorado para consideração da fluência (fluência apenas


na deformação do concreto!)
3. DETALHAMENTO DA ARMADURA
LONGITUDINAL AO LONGO DA VIGA
COMPRIMENTO DE ANCORAGEM

Quando se tem uma armadura mergulhada em uma massa de concreto é


esperado que se garanta uma boa aderência entre as partes, para que,
com isso se tenha uma boa condição de trabalho para essa peça.
Para isso foi criada uma série de metodologia para se determinar um
comprimento que a partir do qual de tivesse a segurança de que, para as
solicitações que a armadura teria de suportar, esta não fosse arrancada
da peça. A esse comprimento deu-se o nome de comprimento de
ancoragem (lb).
O efeito da aderência tem três razões principais:
1) Adesão ou efeito de cola;
2) Atrito de escorregamento;
3) Engrenamento mecânico entre a superfície da armadura e do
concreto.
Em uma abordagem macroscópica, como é realizada na análise da teoria
da flexão, adota-se que há aderência perfeita entre o concreto e a
armadura.
COMPRIMENTO DE ANCORAGEM
COMPRIMENTO DE ANCORAGEM
ZONAS DE ADERÊNCIA

O comprimento de ancoragem básico (lb) depende da resistência de aderência


de cálculo (fbd), sendo essa, dependente de alguns fatores listados abaixo:

• Posição da armadura ao longo da altura de concretagem da peça;


• Inclinação dessa armadura;
• Conformação superficial das barras (se é lisa ou com saliências);
• Resistência do concreto.
Desses quatro fatores tanto o primeiro quanto o segundo constituem o
embasamento, para se determinar as zonas de aderência e as condições de
boa aderência.
Verifica-se uma condição de boa aderência quando se tem barras inclinadas a
mais de 45º com relação á horizontal, e quando, apesar das barras estarem a
uma inclinação menor que essa, elas estiverem situadas nas seguintes
regiões:
As zonas de aderência são classificadas como de boa aderência (chamada
zona 1) e de aderência prejudicada (chamada zona II).

OBSERVAÇÃO: Nessa abordagem adotaremos que a altura das abas das


vigas não ultrapassem os 30 cm, como se é verificado quase na totalidade das
vezes.
ZONAS DE ADERÊNCIA

ZONAS PARA h ENTRE 30cm E 60cm


ZONAS DE ADERÊNCIA

ZONAS PARA h MAIOR QUE 60cm


ZONAS DE ADERÊNCIA

O principal fator para uma boa aderência entre o concreto e a armadura é o


bom envolvimento entre essas partes.
Uma atividade presente no processo de fabricação do concreto é a de
vibração. Esse processo é utilizado para se eliminar os vazios gerados durante
a moldagem da peça.
Essa vibração acaba gerando a movimentação da água em excesso para a
parte superior da peça e com isso parte dessa água acaba ficando retida na
parte inferior da armadura.
Com o tempo essa água dá lugar a vazios que diminuem a área de contato
entre concreto e armadura. Isso justifica o fato de as armaduras posicionadas
na parte superior das peças estarem classificadas como estando em uma área
de condição de aderência prejudicada.

Vazios que diminuem o


contato entre concreto e
armadura prejudicando a
aderência
RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA

DETERMINAÇÃO DE VALORES
O valor de fbd é dependente do tipo de conformação superficial da barra
utilizada, da zona na qual essa barra será alojada, e do diâmetro de
barra em utilização.
A fórmula para o cálculo da resistência de aderência a tração de cálculo
(fbd) é a seguinte:
COMPRIMENTO DE ANCORAGEM NECESSÁRIO

DETERMINAÇÃO DE VALORES
Esse valor (Ib) é chamado de ancoragem básica. Na prática, se utiliza uma
redução desse valor, a chamada ancoragem necessária (Ib,nec).
A ancoragem necessária é determinada pela seguinte expressão:

a = 1,0 para barras sem gancho;


a = 0,7 para barras tracionadas com
gancho com cobrimento normal da
plano do gancho maior ou igual a 3f;
• Para demais valores de a ver item
9.4.2.5 da norma NBR 6118:2014.

As,calc - quantidade de armadura calculada como a necessária para suportar ao


carregamento atuante;
As,ef - quantidade de armadura que realmente se está utilizando na seção;
Ib,min - comprimento de ancoragem tido como mínimo para se conseguir
aderência entre armadura e concreto.
lb,mín é o maior valor entre 0,3.b, 10f e 100 mm
EMENDAS POR TRASPASSE

As emendas por traspasse são uma prática comum em engenharia, por


exemplo, nos casos nos quais o vão a ser vencido ultrapassa o comprimento
máximo de fabricação de armaduras. As emendas por traspasse são vantajosas
com relação a outras técnicas de junção" de barras, como por solda ou luvas,
pois é um método simples e dispensa a necessidade de material alternativo para
a sua execução.
Para se realizar a construção das emendas é necessário se determinar um
comprimento que a partir do qual se garanta segurança na "junção" das barras,
esse comprimento é chamado de comprimento de traspasse ou de emenda (I0t).
O comprimento de emenda é determinado a partir do comprimento de
ancoragem necessário (Ib,nec), da distância transversal entre eixos de emendas e
pela proporção de barras com emenda na mesma seção.
Com essas considerações chega-se a seguinte expressão:

l0t = aot.lb,nec ≥ l0t,mín l0t,mín é o maior valor entre 0,3.aot.lb, 15f e 200 mm;
EMENDAS POR TRASPASSE

As emendas por traspasse são consideradas na mesma seção quando


se superpõem ou quando suas extremidades mais próximas não
estiverem afastadas de mais de 0,2.lot.
EMENDAS POR TRASPASSE

Ao longo do comprimento de emenda deve ser usada também


armadura transversal de costura, sendo que os próprios ramos
horizontais dos estribos podem ser utilizados para esse fim.
DECALAGEM DO DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR

DECALAGEM

A representação do fenômeno.
Para uma situação como a apresentada abaixo

Tem-se diagramas desta maneira:


DECALAGEM DO DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR
DECALAGEM DO DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR
DECALAGEM DO DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR
DECALAGEM DO DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR
DECALAGEM DO DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR
3. ANÁLISE DE VIGAS SUMETIDAS
A FORÇA CORTANTE
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

CARVALHO, Roberto Chust; FIGUEIREDO FILHO, Jasson Rodrigues de.


Cálculo e Detalhamento de Estruturas Usuais de Concreto Armado segundo a
NBR 6118:2014. vol. 1 4a edição 2014 UFSCar

NBR 6118: Projeto de Estruturas de Concreto Armado – Procedimento. ABNT,


2014. http://www.abnt.org.br

BITTENCOURT, Túlio Nogueira. Projeto Integrado de Pesquisa FAPESP.


Investigação de Novas Metodologias para o Ensino de Engenharia de
Estruturas Utilizando Recursos de Multimídia Interativa. Laboratório de
Mecânica Computacional - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo -
Tecnologia Educacional / Engenharia Civil.
http://www.lmc.ep.usp.br/pesquisas/TecEdu/

FUSCO, Péricles Brasiliense. Técnica de Armar as Estruturas de Concreto.


PINI, 1ª edição, 4ª tiragem. ISBN: 85-7266-057-7, http://lojapini.com.br

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