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Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Departamento de Construção Civil (DCC)


Disciplina: Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem dos Concretos de


Cimento Portland

Eng. Marcelo H. F. de Medeiros


Professor Dr. do Departamento de Construção Civil
Professor Dr. do Programa de Pós-Graduação em Eng. de Constr. Civil
Universidade Federal do Paraná (UFPR)

ANO: 2017
Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem do concreto
Conceito:
Conjunto de procedimentos adotados para a
determinação da composição do concreto
(traço), expressa pelas proporções relativas
(massa ou volume) dos materiais
constituintes.

Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 2


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Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem do concreto
Objetivos:
Encontrar a mistura mais econômica para a
obtenção de um concreto com
características adequadas às condições de
serviço, empregando os materiais
disponíveis.

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Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem do concreto
Materiais passíveis de serem usados
(DÉCADAS ATRÁS)

1. Cimentos
2. Agregados miúdos
3. Agregados graúdos
4. Água
5. Ar aprisionado

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Dosagem do concreto
Materiais passíveis de serem usados
(DIAS ATUAIS)
1. Cimentos
2. Agregados miúdos
3. Agregados graúdos
4. Aditivos
5. Adições Vários tipos
6. Pigmentos
7. Fibras
8. Água
9. Ar incorporado
10. Ar aprisionado
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Dosagem de concretos
Histórico
 1918: Duff A. Abrams
Abrams Law: “Dentro do campo dos concretos
plásticos, a resistência aos esforços
mecânicos, bem como as demais
propriedades do concreto endurecido
variam na relação inversa da relação
água/cimento”.
Módulo de finura.
Ensaio de abatimento do tronco de cone.
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Dosagem de concretos
Histórico
 Lei de Abrams
k1
f cj  a/c
k2
- fcj = resistência à compressão a j dias de idade.
- k1 e k2 = constantes que dependem da natureza
dos materiais, da idade e das condições de cura.
- a/c = relação água-cimento.
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Dosagem de concretos
Histórico
 Lei de Lyse
 1931: Inge Lyse - para materiais de mesma
natureza, formato, textura e dimensão máxima
característica, a massa de água por unidade de
volume de concreto é o principal determinante
da consistência do concreto fresco.

m  k3  k 4  a / c
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Dosagem de concretos
Histórico
 Lei de Lyse
 Em outras palavras:
 Relação água
Re lação 
mistura sec a

a/c
Re lação 
ca p
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Dosagem de concretos
 Lei de Lyse Histórico
água água

areia areia
brita brita
cimento cimento
Mesma
consistência
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Aplicação da Lei de Lyse:


• Conheço o traço 1:2:3 com a/c = 0,60
• Resolvi reduzir a relação a/ para 0,45 por questões de
durabilidade do concreto.
• Porém, quero ter um concreto com a mesma fluidez.
a/c 0,60
Re lação    0,10
ca p 1 2  3

a/c 0,45
Re lação    0,10
ca p 1 a  p
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Aplicação da Lei de Lyse:


• Conheço o traço 1:2:3 com a/c = 0,60
• Resolvi reduzir a relação a/ para 0,45 por questões de
durabilidade do concreto.
• Porém, quero ter um concreto com a mesma fluidez.

Re sultado  a  p  3,5
Tem lógica?

É possível saber qual o valor de


“a” e de “p” individualmente?
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Dosagem de concretos
 1948: Powers Histórico
n
 0,679   
fc  k  
 0,32    a / c 
- fc = resistência à compressão (MPa).
- a/c = relação água-cimento.
-  = grau de hidratação (entre 0 e 1).
- n = cte que depende dos materiais (da ordem de 3).
- k = cte que depende dos materiais (da ordem de 120).
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Aplicação da Lei Powers:


• Conheço o traço 1:2:3 com a/c = 0,60
• Quero estimar a resistência à compressão que ele vai
resultar em 28 dias.

3
 0,679  0,7 
n
 0,679   
fc  k   120 
 0,32    a / c   0,32  0,7  0,6 

Re sultado  23 MPa

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Aplicação da Lei Powers:


• Conheço o traço 1:2:3 com a/c = 0,60
• Quero estimar a resistência à compressão que ele vai
resultar em 28 dias.

Re sultado  23 MPa

CUIDADO!!!
Isso é uma estimativa e
como toda estimativa, tem
imprecisão.
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Dosagem de concretos
Histórico
 1951: Petrucci
Trabalhabilidade?

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Concreto - Determinação da
consistência pelo abatimento do
tronco de cone (NBR NM67)
Molde usado

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Concreto - Determinação da
consistência pelo abatimento do
tronco de cone (NBR NM67)
PROCEDIMENTO
1. Molhar o molde internamente para diminuir a influência do
atrito do molde;
2. Manter o molde firme à base metálica colocando os pés
sobre as saliências da base;
3. Preencher o molde em 3 camadas adensando cada
camada individualmente com 25 golpes da haste padrão;

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PROCEDIMENTO

1/3 1/3 1/3

1/3 1/3 1/3

1/3 1/3 1/3

1a camada 2a camada 3a camada


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Concreto - Determinação da
consistência pelo abatimento do
tronco de cone (NBR NM67)
PROCEDIMENTO
4. Rasar a superfície com
espátula ou colher de pedreiro;
5. Logo em seguida, erguer o
molde deixando a massa de
concreto abater pelo seu peso
próprio;

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Concreto - Determinação da
consistência pelo abatimento do
tronco de cone (NBR NM67)
PROCEDIMENTO
6. Colocar o molde com o topo
apoiado na base metálica e ao
lado da amostra de concreto;

7. Com o auxílio de uma régua de


aço e uma escala, medir o
abatimento do tronco de cone.

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Concreto - Determinação da
consistência pelo abatimento do
tronco de cone (NBR NM67)

Medeiros (2014)
Aulas UFPR

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Dosagem de concretos
Fundamentos
 Dosagem não experimental:
O traço é fixado em bases arbitrárias,
definidas pela experiência ou tradição.
Obras de pequeno porte.

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Dosagem de concretos
Fundamentos
Dosagem não experimental: Pode se basear em tabelas

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Dosagem de concretos
Fundamentos
Dosagem não experimental: Pode se basear em tabelas

• Antigamente se referia a fck com a


unidade kgf/cm2

• Hoje a unidade usual é MPa

1 MPa = 10 kgf/cm2
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Dosagem de concretos
Fundamentos
 Dosagem experimental (racional):
O traço é fixado através de um estudo teórico-
prático, para obtenção da mistura mais
econômica a ser feita com os materiais
disponíveis e que forneça um concreto com
características adequadas às condições de
serviço.
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Dosagem de concretos
Fundamentos
• Dosagem experimental:
 Resistência característica (fck): valor que
tem a possibilidade de ser ultrapassado
com 95% de probabilidade.

 Resistência de dosagem (fcj):


fcj = fck + 1,65. sd

 Desvio padrão de dosagem (sd).


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Dosagem de concretos
• Traço: Fundamentos
Em massa: Relação
água/cimento
1:a:p a/c ou 1 : m a/c

Pedra
Agregados
Areia
Cimento
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Dosagem de concretos
• Traço: Fundamentos
Nas dosagens em obra, os traços são
convertidos em proporções adequadas ao
volume desejado.

• Mudança de traço:
massa/volume ou volume/massa:

massa unitária

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Dosagem de concretos
• Massa Unitária: Fundamentos

(Helene/Terzian, 1993)
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Dosagem de concretos
Fundamentos
• Traço:
Pode ser em Precisa ser em relação à
volume: Relação massa de cimento !!!

água/cimento

1:a:p a/c ou 1 : m a/c


Pedra
Areia Agregados
Cimento
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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Construção de diagramas
de dosagem: fcj Lei de Abrams

28 dias

C a/c
(kg/m3)
Slump 140 mm

m
Lei de Molinari Lei de Lyse
(kg)
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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Método semi-experimental
Parte experimental
Parte analítica (baseada em leis de
comportamento do concreto

Lei de Lyse
Lei de Abrams
Lei de Molinari

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Dosagem de concretos
Agregados Método Ibracon
Este método não exige conhecimento prévio sobre o
agregado.

Contudo, sob o ponto de vista da durabilidade:

É conveniente contar com informações de


ensaios prévios de laboratório
• RAA • Granulometria
• Presença de sulfatos • Presença de pó

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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Método se baseia nos modelos de
comportamento a seguir:
1 a Teor de argamassa

1 m seca

a/c Relação água/materiais


H
1 m secos

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Aplicação da Teor de
argamassa seca:
Lembram do exercício da Lei de Lyse?
Re sultado  a  p  3,5 a/c = 0,45
É possível saber qual o valor de “a” e de “p”
individualmente?
(seria necessário saber o teor de argamassa!!!)
Considerando α = 0,51
a = 1,3
1 a 1 a
 0,51 
1 m 1  3,5 b = 2,2

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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Método se baseia nos modelos de
comportamento a seguir:
Consumo de cimento/m3

C
1  concreto
1 ap b C
   1 a  p  a / c
c  p b c

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Aplicação do Consumo de
cimento:
Aproveitando os traços da aplicação da
Lei de Lyse:
• Traço Inicial: 1:2:3 com a/c = 0,60
• Traço modificado: 1: 1,3: 2,2 com a/c = 0,45

Considerando:
 traço inicial  2.300 kg / m 3  concreto
C
 traço mod ificado  2.250 kg / m 3
1 a  p  a / c

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Aplicação do Consumo de
cimento:
Aproveitando os traços da aplicação da
Lei de Lyse:
• Traço Inicial: 1:2:3 com a/c = 0,60
• Traço modificado: 1: 1,3: 2,2 com a/c = 0,45
Considerando:
Ctraço inicial  348 kg / m 3 Consequência
da redução da
Ctraço mod ificado  454 kg / m 3 a/c?

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Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon
1 – Escolher max do agregado graúdo compatível com
os espaços disponíveis entre as armaduras e fôrmas do
projeto estrutural.

Brita 2: 25 mm
Brita 1: 19 mm
Brita 0: 12,5 mm

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Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon
1 – Escolher max do agregado graúdo compatível com
os espaços disponíveis entre as armaduras e fôrmas do
projeto estrutural.

NBR 6118/2014:
dmáx do agregado graúdo utilizado no concreto não pode
superar em 20% a espessura nominal do cobrimento.

dmáx ≤ 1,2 x Espessura de cobrimento

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Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon
1 – Escolher max do agregado graúdo compatível com
os espaços disponíveis entre as armaduras e fôrmas do
projeto estrutural.
NBR 6118/2014:
O espaçamento mínimo livre entre as faces das barras
longitudinais devem ser ≥:
• 20 mm;
• Diâmetro das barras do feixe;
• 1,2 vez a dimensão máxima do agregado graúdo.
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Medeiros (2006)
Para evitar
Medeiros (2006)

Ninho de
concretagem

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Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon
2 – Escolher o abatimento compatível com a
tecnologia disponível (depende da obra).

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NBR 6118/2014: Dosagem de concretos


Passo a passo
Método Ibracon
3 – Verificar os limites de relação a/c a ser atendido pela norma.
Classe de agressividade
Concreto Tipo
I II III IV
CA  0,65  0,60  0,55  0,45
Relação a/c (em massa)
CP  0,60  0,55  0,50  0,45
CA  C 20  C 25  C 30  C 40
Classe de concreto (NBR 8953)
CP  C 25  C 30  C 35  C 40
Notas:
1) o concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir os requisitos estabelecidos na NBR
12655;
2) CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado;
3) CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido.

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NBR 6118/2014

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Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon
4 – Estabelecer a resistência que se deseja alcançar
na idade especificada (resistência de dosagem - fcj).

fcj  fck  1,65 Sd


Resistência Resistência Desvio Padrão
de dosagem característica de dosagem

NBR 12655/2015
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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Passo a passo: Onde eu uso cada termo?
Projeto
fck
Sd fcj

Segurança Dosagem
(tratamento estatístico)

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Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon
Projetista adota fck, a ser
95% superado por 95% ou mais do
(freqüência)

concreto produzido e lançado


na estrutura.
5%

fck fcj
1,65 Sd
fc (resistência)

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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Sd NBR 12655/2015

Poderá ser conhecido se a obra possuir no


mínimo 20 (vinte) resultados consecutivos dentro
de um mês, em período anterior ao que se deseja
fazer novo traço. (mesmos materiais e equipamentos
similares)

Neste caso não considerar Sd inferior a 2 MPa.


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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Sd NBR 12655/2015

Condição A (Vale para C10 até C80)


Materiais dosados em massa e a água de
amassamento é corrigida em função da correção
de umidade dos agregados.
Considerar Sd = 4,0 MPa.
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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Sd NBR 12655/2015
Condição B (Vale para C10 até C25)
Cimento dosado em massa, água em volume com
um dosador, agregados dosados em massa
combinada com volume.

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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Texto da NBR 12655/2015

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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Sd NBR 12655/2015
Condição B (Vale para C10 até C20)
Cimento dosado em massa, água em volume com
um dosador, agregados dosados em volume.
A umidade do agregado miúdo é determinada e o
volume do agregado miúdo é corrigido através da
curva de inchamento.
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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Sd NBR 12655/2015
Condição B

Considerar Sd = 5,5 MPa.

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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Sd NBR 12655/2015

Condição C (Vale para C10 até C15)


Cimento medido em massa, agregados e água em
volume, umidade dos agregados estimada e o volume
da areia é corrigido.
Considerar Sd = 7,0 MPa.
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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Texto da NBR 12655/2015

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Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon
5 – Escolher no mínimo 3 traços diferentes em
massa seca de cimento:agregados que estejam
próximos do traço resposta pretendido.

1 : m-1 1:m 1 : m+1


ou ou
1 : m-1,5 1 : m+1,5
Traço intermediário

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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Passo a passo
6 – Acertar experimentalmente em laboratório, o
proporcionamento (1:a:p) para o traço intermediário
(1 : m).
Com base na busca por:
• Relação ideal entre os materiais para atingir a
trabalhabilidade especificada
• Teor ótimo de argamassa ()
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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Teor ótimo de argamassa?

O que é
isso?

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Dosagem de concretos
Passo a passo
Método Ibracon

(Helene/Terzian, 1993)

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Dosagem de concretos
Método Ibracon
Passo a passo

(Helene/Terzian, 1993)

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Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem de concretos
Método Ibracon
Passo a passo

(Helene/Terzian, 1993)

Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 65


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Dosagem de concretos
Passo a passo
Método Ibracon

(Helene/Terzian, 1993)

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Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon

(Helene/Terzian, 1993)
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Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon
6 – Acertar experimentalmente em laboratório, o
proporcionamento (1:a:p) para o traço intermediário
(1 : m).
Teor ótimo de argamassa ()
Variar teor de argamassa de 0,02
em 0,02 até chegar no teor ótimo

Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 68


Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem de concretos
Método Ibracon

(Helene/Terzian, 1993)

Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 69


Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem de concretos
Método Ibracon
Passo a passo
6 – Acertar experimentalmente em laboratório, o
proporcionamento (1:a:p) para o traço intermediário
(1 : m). Medeiros (2014)
Aulas UFPR

Corrigir o
abatimento do
tronco de cone
(traço intermediário)
Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 70
Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem de concretos
Massa específica Método Ibracon
do concreto

Medeiros (2014)
Aulas UFPR

Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 71


Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem de concretos
Massa específica Método Ibracon
do concreto

Medeiros (2014)
Aulas UFPR
Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 72
Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem de concretos
Método Ibracon

Massa específica
Medeiros (2014)
do concreto Aulas UFPR

Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 73


Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon
6 – Acertar experimentalmente em laboratório, o
proporcionamento (1:a:p) para o traço intermediário
(1 : m).

USP / Marcelo Medeiros (2004)


Moldar os corpos de
prova para os ensaios
em concreto endurecido

Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 74


Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon
7 – Com o mesmo teor de argamassa () do traço
intermediário, confeccionar os demais traços para o
mesmo abatimento.

Moldar os corpos de
prova para os ensaios
em concreto endurecido

Medeiros (2014)
Aulas UFPR

Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 75


Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon
8 – Verificar as resistências e demais requisitos nas
idades especificadas.

USP / Marcelo Medeiros (2004)


Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 76
Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Dosagem de concretos
Passo a passo Método Ibracon
8 – Construir o diagrama de dosagem para a família de
concretos estudada. fcj

28 dias

C a/c
(kg/m3)
Slump 140 mm

m
(kg)
Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 77
Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Estudo de caso:
 Você trabalha em uma Usina de Concreto e foi
solicitado que você desenvolvesse o traço de um
concreto de fck = 20 MPa;
 Considere que esta empresa nunca trabalhou com
diagramas de dosagem.
 Slump 10 ± 1 cm
 Materiais disponíveis:
 Cimento CP II-F 32;
 Brita 1;
 Areia natural.
Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 78
Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Estudo de caso:
 O controle de produção permite a pesagem dos
materiais e o desconto da umidade presente
nos agregados. (Sd = 4 MPa)

 fcj ?

 fcj = fck + 1,65 x Sd = 20 + 1,65 x 4 = 26,6 MPa

Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 79


Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Estudo de caso:
 Relação a/c máxima, de acordo com a
durabilidade, considerando a agressividade
ambiental fraca:
 Considere classe de agressividade ambiental = I
(relação a/c < 0,65)
 Teor de argamassa ideal encontrado + 2% de
folga = 53%

Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 80


Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Estudo de caso:
Número do traço T - 001 T - 002 T - 003
Traço em massa (1:m) 1: 6 1:5 1:4
Relação a/c 0,74 0,64 0,53
Abatimento (slump – mm) 95 90 100
Consumo de cimento (kg/m3) 308 352 428
Resistência à compressão aos 20,32 24,74 27,92
28 dias (MPa)

Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 81


fc (MPa)
32

Resistência à compressão
28

24

20
C (kg/m3)
Consumo de cimento Relação a/c a/c (kg/kg)
450 400 350 300 250 3 0.50 0.60 0.70 0.80

teor agregado/cimento
4

8
m (kg/kg)
Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Estudo de caso:
 Para fcj = 27 MPa  a/c = 0,56
 Para a/c = 0,56  m = 4,3
 Para m = 4,3  C = 400 kg/m3
Teor de argamassa:

1 a
 a = 1,81
1 m b = 2,49

Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 83


Estudo de caso:
TRAÇO : slump 10±1 cm
Resistência de projeto (fck) 20 MPa
Resistência de dosagem (fcj) 27 MPa
Traço unitário total (1 : m) 1 : 4,3

Traço unitário individual (1 : p : b1) 1 : 1,81 : 2,49

Relação a/c 0,56


Teor de argamassa seca 53 %

Cimento 400 kg
Areia seca 724 kg
Traço em massa para Brita 01 996 kg
produzir 1 m3 de
concreto Brita 02 - kg
Água (AT) 224 litros
Aditivo - kg
ATIVIDADE
CIMENTO AREIA
TEOR DE TRAÇO INTERMEDIÁRIO MASSA MASSA MASSA
ARGAMASSA 1:4,5 CIMENTO Acréscimo AREIA Acréscimo BRITA
% 1 : a : p Kg Kg Kg
35 1 x x 30
37 1 30
39 1 30
41 1 30
43 1 30
45 1 30
47 1 30
49 1 30
51 1 30
53 1 30
55 1 30
57 1 30
59 1 30
61 1 30
63 1 30
65 1 30
Universidade Federal do Paraná Disciplina: TC039
Departamento de Construção Civil Laboratório de Materiais de Construção

Referências Bibliográficas
HELENE P. R. L., TERZIAN P. Manual de Dosagem e Controle do Concreto. São
Paulo: PINI, SENAI, 1992. 189 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR NM 67:


Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone.
NBR NM 67. Rio de Janeiro, 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655: Concreto de


cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação – Procedimento.
Rio de Janeiro, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


estruturas de concreto — procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 45: Determinação


da massa unitária e do volume de vazios. Rio de Janeiro, 2006.
Prof. Dr. Marcelo Medeiros Grupo de Materiais de Construção 86
Dá trabalho mas é divertido

Medeiros (2014)
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