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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO

CURSO DE GEOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

Aula 12:

EQUILÍBRIO TERMODINÂMICO;

TERMODINÂMICA DE SISTEMAS QUÍMICO-MINERALÓGICOS


EXPERIMENTAIS REPRESENTATIVOS DE MAGMAS NATURAIS

Professor: Edgar Batista de Medeiros Júnior

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. Best, M.G. 2003. Igneous and Metamorphic Petrology. Blackwell, 2ª edição, 729p.

2. Sial, A.N. & McReath, I. 1984. Petrologia ígnea. Volume I: os fundamentos e as ferramentas de
estudo. & SBG/CNPq/Bureau Gráfica e Editora Ltda. 179p.

3. Winter, J.D. 2001. An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. New Jersey, Prentice
Hall, 697p.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
1. Jordt-Evangelista, H. 1995. Apostila de Petrologia Ígnea: Classificação de Rochas e Sistemas de
Cristalização. 15p.

2. Philpotts, A.R. 1989. Petrography of Igneous and Metamorphic Rocks. New Jersey, Prentice Hall,
178p.
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1- INTRODUÇÃO

CRISTALIZAÇÃO MAGMÁTICA

SÉRIE DE BOWEN
Série descontínua
Olivina Anortita Cristalização a
alta temperatura

Série contínua
Piroxênio
Anfibólio

Biotita Albita

Feldspato potássico

Moscovita
Cristalização a
baixa temperatura
Quartzo

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2- EQUILÍBRIO TERMODINÂMICO

COMO ENTENDER OS MECANISMOS ASSOCIADOS À


CRISTALIZAÇÃO MAGMÁTICA?

Os petrólogos utilizam os princípios da

TERMODINÂMICA.

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2- EQUILÍBRIO TERMODINÂMICO

CONCEITOS RELATIVOS A TERMODINÂMICA

 Sistema: parte do universo que se deseja estudar;


Aberto: troca de energia e matéria com o entorno;
Fechado: Somente troca de energia com o entorno;
Isolado: Sem troca de energia ou matéria com o entorno;

 Entorno (vizinhança): parte do universo adjacente ao sistema;

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2- EQUILÍBRIO TERMODINÂMICO

EQUILÍBRIO TERMODINÂMICO E VARIÁVEIS DE


ESTADO
Sistemas naturais tendem a uma condição mínima de energia

Estados possíveis de energia: ENERGIA POTENCIAL

- Instável
Instável

- Metaestável

- Estável Metaestável

Estável

Fonte: http://www.whitman.edu/geology/winter/

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2- EQUILÍBRIO TERMODINÂMICO

EQUILÍBRIO TERMODINÂMICO E VARIÁVEIS DE


ESTADO

 Variáveis extensivas: São proporcionais à quantidade de matéria no


sistema, isto é, ao número de partículas.
Exemplo: energia interna, volume e entropia.

 Variáveis intensivas: São independentes da quantidade de matéria no


sistema.
Exemplo: pressão e temperatura.

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2- EQUILÍBRIO TERMODINÂMICO

ENERGIA LIVRE DE GIBBS


(Sistemas Químicos)

ΔG = ΔH – TΔS

Energia de Gibbs (ΔG) e o estado do sistema termodinâmico


ΔG > 0 - Processo não é espontâneo

ΔG = 0 - Processo está em equilíbrio termodinâmico

ΔG < 0 - Processo é espontâneo

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3- DIAGRAMAS DE FASES

AFINAL, COMO PODEMOS ESTUDAR O PROCESSO DE


CRISTALIZAÇÃO DE MAGMAS NATURAIS?

DIAGRAMAS DE FASES
 Representam a relação de fases em função da temperatura, pressão e composição
química.
 Tipos de diagramas mais comuns:
-Pressão versus Temperatura;
-Temperatura versus Composição do sistema;
-Pressão versus Composição do sistema;

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3- DIAGRAMAS DE FASES

REGRA DAS FASES


Fornece o número de fases (P) que podem coexistir, em equilíbrio, em um
determinado sistema
Gráficos
F = C – P + 21 P x Composição (T = cte)
T x Composição (P = cte)

 FASE (P) - cada parte homogênea de um sistema. Pode ser separada


mecanicamente, como cristais, líquidos e gases;

 COMPONENTE (C)- compostos químicos que definem todas as fases;

 GRAUS DE LIBERDADE OU VARIÂNCIA (F) - número de variáveis


intensivas que podem ser independentemente alteradas sem perturbar o número de
fases em equilíbrio;
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3- DIAGRAMAS DE FASES

APLICAÇÃO REGRA DAS FASES

F=C–P+2

DIAGRAMA DE FASES
1
(P versus T)
Caracterização do sistema segundo a 2
variância

Exemplo: Sistema da Sílica (SiO2)


Ponto 1: univariante 3
Ponto 2: diavariante
Ponto 3: invariante

Fonte: http://www.whitman.edu/geology/winter/

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3- DIAGRAMAS DE FASES

APLICAÇÃO DE DIAGRAMAS DE FASE EM PETROLOGIA


ÍGNEA

DIAGRAMAS DE FASES
(Temperatura versus Composição do sistema, pressão = cte)
Nº de componentes
-Binários
-Ternários
-Quaternários

Informações fornecidas pelos diagramas de fases:


-Temperatura de cristalização
-Fases presentes em função da temperatura
-Composição química das fases
-Proporção das fases

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3- DIAGRAMAS DE FASES

SISTEMAS BINÁRIOS DE CRISTALIZAÇÃO


SISTEMA DE CRISTALIZAÇÃO COM SOLUÇÃO SÓLIDA COMPLETA
(Exemplo: Sistema dos Plagioclásios a P = 1 kbar)
Cristalização em equilíbrio X
1500
-Composição do Líquido Líquido
(Lx) = An53 An83
An37
1400
-Sistema a 1510ºC An75
-Sistema a 1450ºC Líquido +

T ( ºC)
-Sistema a 1400ºC Plagioclásio
1300
-Sistema a 1275ºC An53

Composição final 1200 Plagioclásio


Plagioclásio = Xinicial
1100
Curva Liquidus
E com Resfriamento 0 20 40 60 80 100
rápido? An (% em peso)
Curva Solidus NaAlSi3O8 CaAl2Si2O8
(Ab) (An)
Fonte: http://www.whitman.edu/geology/winter/

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3- DIAGRAMAS DE FASES

Resfriamento rápido: zonamento composicional com teor alto de Ca


no centro e baixo na borda em plagioclásio

Fonte: Mackenzie et al. (1982)

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3- DIAGRAMAS DE FASES

SISTEMAS BINÁRIOS DE CRISTALIZAÇÃO


SISTEMA DE CRISTALIZAÇÃO COM EUTÉTICO
(Exemplo: Sistema Diopsídio-Anortita, a pressão atmosférica)

Composição

T (ºC)
1600
Xlíquido = 75%Di e 25%An Líquido mineralógica
Regra da alavanca final
Ponto eutético
1500 Líquido
X =
1450ºC
Líquido X CristaisComposição
do líquido
1400
1392ºC X1 inicial
1350ºC
A
Diops. + Líquido
A Anortita + Líquido
A XX1 1
1274ºC 1300 16% de anortita e
Frações
E (% em peso): Líquido + Sólido
84% de=diopsídio
100
Anortita ++Líquido
Diopsídio Anortita
1200 Líquido = 100 AX Sólido = 100 XX1
E ~An42
AX
~42%An Diopsídio + 1Anortita AX1
0 16%An 20 60 100
CaMgSi2O6
40
16 80
(Di) AnLíquido
(% em =peso)
100
25
= 64%
CaAl2Si2O8Sólido = 36%
(An)
Fonte: http://www.whitman.edu/geology/winter/

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3- DIAGRAMAS DE FASES

SISTEMAS BINÁRIOS DE CRISTALIZAÇÃO


SISTEMA DE CRISTALIZAÇÃO COM EUTÉTICO
(Exemplo: Sistema Diopsídio-Anortita, a pressão atmosférica)

Composição
T (ºC)

1600
Xlíquido = 75%Di e 25%An Líquido mineralógica
final
Ponto eutético
1500 X =
1450ºC Composição
1400 do líquido
1392ºC X1 inicial
A Anortita + Líquido
1350ºC Diops. + Líquido
1274ºC 1300 16% de anortita e
E 84% de diopsídio
Diopsídio + Anortita
1200
~42%An
0 16%An 20 40 60 80 100
CaMgSi2O6
(Di) An (% em peso) CaAl2Si2O8
(An)
Fonte: http://www.whitman.edu/geology/winter/
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3- DIAGRAMAS DE FASES

Piroxênio gerado antes do plagioclásio


(Gabro do Complexo Stillwater, Montana –EUA)

Fonte: http://www.whitman.edu/geology/winter/

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3- DIAGRAMAS DE FASES

SISTEMAS BINÁRIOS DE CRISTALIZAÇÃO


SISTEMA DE CRISTALIZAÇÃO COM EUTÉTICO
(Exemplo: Sistema Diopsídio-Anortita, a pressão atmosférica)
T (ºC)

1600 Líquido

Ponto eutético X
1500

1400
A Anortita + Líquido 64% de anortita e
1300 Diops. + Líquido 36% de diopsídio
E
Diopsídio + Anortita
1200
~An42
0 20 40 60 An64 80 100
CaMgSi2O6
(Di) An (% em peso) CaAl2Si2O8
(An)
Fonte: http://www.whitman.edu/geology/winter/
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3- DIAGRAMAS DE FASES

Plagioclásio gerado antes do piroxênio


(textura ofítica em diabásio)

Fonte: Mackenzie et al. (1982)

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3- DIAGRAMAS DE FASES

SISTEMAS BINÁRIOS DE CRISTALIZAÇÃO


SISTEMA DE CRISTALIZAÇÃO COM SOLUÇÃO SÓLIDA, COM UM MÍNIMO NA
TLÍQUIDUS E COM UM SOLVUS
(Exemplo: Sistema dos Álcali-feldspatos a 0,2 Gpa de H2O)
Líquido
1200 X Feldspato rico em
Albita + Líquido
Y

1000 Ao atingir a curva solvus inicia-se a


exsolução;
T (ºC)

Um
feldspato Esse processo cessa como
800 resfriamento, pois o mesmo impede a
migração de elementos no retículo
Dois feldspatos cristalino

KAlSi3O8 ~Ab35 ~Ab85 NaAlSi3O8


(Or) (Ab)
% em Peso
Fonte: http://www.whitman.edu/geology/winter/
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3- DIAGRAMAS DE FASES

Exemplos de exsolução de pertita e antipertita

Plagioclásio antipertítico K-feldspato pertítico

PLAG.
K-FELDS.

Pertita
Antipertita

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3- DIAGRAMAS DE FASES

SISTEMAS BINÁRIOS DE CRISTALIZAÇÃO


SISTEMA DE CRISTALIZAÇÃO COM SOLUÇÃO SÓLIDA, COM UM MÍNIMO NA
TLÍQUIDUS E COM UM SOLVUS
(Exemplo: Sistema dos Álcali-feldspatos)

Temperaturas Liquidus e Solidus são bem mais baixas sob


3º CASO elevadas condições de pressão de H2O
 Curva solidus intercepta
Curva solvus;

 O mínimo do liquidus
transforma-se em eutético;

 Dois tipos de feldspatos


são gerados e ambos podem
ter exsoluções.

Fonte: http://www.whitman.edu/geology/winter/
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3- DIAGRAMAS DE FASES

SISTEMAS BINÁRIOS DE CRISTALIZAÇÃO


SISTEMA DE CRISTALIZAÇÃO COM SOLUÇÃO SÓLIDA, COM UM MÍNIMO NA
TLÍQUIDUS E COM UM SOLVUS
(Exemplo: Sistema dos Álcali-feldspatos)

GRANITO HIPERSOLVUS GRANITO SUBSOLVUS

Best (2003)

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3- DIAGRAMAS DE FASES

SISTEMAS BINÁRIOS DE CRISTALIZAÇÃO


SISTEMA DE CRISTALIZAÇÃO COM REAÇÃO PERITÉTICA
(Exemplo: Sistema Leucita-Sílica, a 1 bar de pressão de água)
Fonte: Jordt-Evangelista (1995)

Definições importantes X1 X2
Cristobalita + L

 Ponto Peritético, onde ocorre a 1600

reação do líquido residual com os


cristais já formados, originando um Líquido
1400
mineral de fusão incongruente;
Lc + L
T (ºC)

 Fusão incongruente: durante a Tr + L

fusão o mineral gera uma fase 1200


P
mineral + líquido
KF + L
Lc + KF
E
1000
K-Feldspato- + tridimita
54,5 65,5 100
KAlSi2O6 KAlSi3O8 SiO2 (% em peso) SiO2
(Leucita) (K-feldspato) (Tridimita)

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3- DIAGRAMAS DE FASES

SISTEMAS BINÁRIOS DE CRISTALIZAÇÃO


SISTEMA DE CRISTALIZAÇÃO COM REAÇÃO PERITÉTICA
(Exemplo: Sistema Forsterita-Sílica, a 0,1 MPa de pressão de água)
Fonte: http://www.whitman.edu/geology/winter/ Philpotts (1989)

Olivina
A

Piroxênio

Corona de piroxênio em olivina

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3- DIAGRAMAS DE FASES

SISTEMAS TERNÁRIOS DE CRISTALIZAÇÃO


(Exemplo: Sistema granítico em três condições distintas de pressão de H2O)

Textura gráfica

Crescimento simultâneo de feldspato e quartzo


Fonte: Sial & McReath (1984) sob condições de baixa pressão de H2O

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A Regra de Fases
4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

CRISTALIZAÇÃO MAGMÁTICA E COMPORTAMENTO DO


LÍQUIDO
 O magma cristaliza dentro de uma faixa de T (e P);

 Diferentes minerais cristalizam dentro desta faixa de T e o número de


minerais aumenta quando T decresce;

 As fases minerais geralmente se cristalizam em sequência, mas pode haver


cristalização simultânea de fases;

 Minerais envolvendo solução sólida mudam a composição quando o


resfriamento progride;

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A Regra de Fases
4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

CRISTALIZAÇÃO MAGMÁTICA E COMPORTAMENTO DO


LÍQUIDO
 A composição do fundido também muda durante a cristalização;

 Os minerais que cristalizam bem como a sequência na qual cristalizam


dependem de T e X (Composição) do líquido;

 A pressão pode afetar as curvas Liquidus e Solidus, mudando as


temperaturas de cristalização do líquido magmático;

 A natureza e a pressão de voláteis também podem afetar as curvas


Liquidus e Solidus e a sequência de cristalização das fases minerais.
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FIM!

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