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Sudoeste paulista mecaniza 80% da produção de feijão
Problemas trabalhistas, falta de mão de obra e relação custo beneficio favorável, estimulam a compra e locação de
colheitadeiras de grãos
5 de Fevereiro de 2010 (atualizado às 17:07)
Nos últimos anos a colheita de feijão está diferente. Ao invés de centenas de trabalhadores rurais invadindo as lavouras para
colher feijão, hoje o cenário é dominado por colheitadeiras gigantes, multifuncionais, que assumem o serviço correspondente
a 100 trabalhadores braçais. O investimento é alto, mas a relação custo benefício deixa o produtor satisfeito.
A exemplo da cultura da soja, a mecanização da safra de feijão só foi possível com o desenvolvimento de novas variedades,
que possuem uma estrutura diferenciada, com plantas mais altas, produzindo vagens distantes do solo e com menor
produção foliar. As variedades pérola e rubi, desenvolvidas pelo IAC, (Instituto Agronômico de Campinas), são as mais
indicadas para este processo.
“Com apenas uma operação a colheitadeira consegue cortar o pé de feijão, debulhar a vagem e separar o grão da palhada.
Com essa operação, o produtor consegue ter uma redução de custos de 50% usando a variedade correta”, observa Ariovaldo
Fellet, da Sementes Lagoa Bonita.
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Com a colheita manual o produtor tem um custo de R$ 550,00 por hectare, enquanto com a mecanização este custo cai para
até R$ 250,00.
Em razão do alto custo das colheitadeiras de grãos, a opção mais viável para os produtores do sudoeste paulista é alugar
essas máquinas. O custo varia de acordo com a funcionalidade da colheitadeira. Quanto mais funções agregadas, maior o
valor, que varia de R$ 250,00 até R$ 400,00 por dia.
Para o dono do maquinário, é importante agregar acessórios, que dão uma maior funcionalidade, evitando a ociosidade do
equipamento. “Com a simples troca de plataformas, é possível colher soja, feijão, trigo e até milho”, explica o engenheiro
agrônomo da Cati de Itapeva.
“A tendência é que o cultivo do feijão fique restrito aos grandes e médios produtores, que têm mais condições de usar novas
técnicas, disponibilização de implementos e máquinas agrícolas, acompanhamento técnico e uso correto de fertilizantes e
defensivos agrícolas”, observa Luiz Carlos Soares Godinho, engenheiro agrônomo da Cati de Itaberá (SP).
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