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21/09/18

ENFERMAGEM COMUNITÁRIA

Saúde Familiar:
Conceitos, fundamentos e políticas de
implementação em Portugal

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O que é ser Família?


“Dois ou mais indivíduos que dependem um do outro para dar apoio emocional, físico e económico.
Os membros da família são auto-definidos”
(Hanson, 2004, p.6)

“É um tipo de fenómeno de enfermagem de grupo (coletivamente) com as características


específicas: conjunto de seres humanos considerados como uma unidade social ou todo coletivo
composto de membros unidos por sanguinidade, afinidades emocionais ou relações legais,
incluindo pessoas significativas. A unidade social constituída pela família como um todo é vista
como algo mais do que os indivíduos e as suas relações pelo sangue, afinidades emocionais ou
relações legais, incluindo as pessoas significativas, que constituem as partes do todo”
(CIPE Beta 2, 2011)

“Família é quem os seus membros dizem que são”


(Wright & Leahey, 2002, p. 68)

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A família:
- Constitui o contexto primário e fundamental de socialização
- Contribui para a saúde dos seus elementos através do suporte de
apoio e de desenvolvimento que lhes proporciona.

A família deve ser…


• Geradora de afeto;
• Proporcionadora de segurança, aceitação e proteção;
• Proporcionadora de satisfação e sentimento de utilidade;
• Promotora da continuidade das relações;
• Proporcionadora de estabilidade, educação e socialização;
• Impositora da autoridade e do sentimento correto.
Duval e Miller apud Stanhope & Lencaster (1999)

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Tipos de Famílias e sua evolução


▪ Nuclear
▪ Alargada
▪ Monoparental
▪ Recombinada
▪ Homossexual
▪ De acolhimento
▪ De coabitação
▪ Comunitária
▪ Adotiva
Relvas (1996); Relvas e Alarcão (2002); Alarcão (2006)
▪ Unitária
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Funções da Família
Função interna:
• Assegurar a proteção biológica, material e psicossocial dos seus membros,
nomeadamente dos mais frágeis e inadaptados;
• Facilitar o respetivo desenvolvimento, a sua emancipação e integração na
comunidade/sociedade com a respetiva diferença, aptos a assumirem as suas
tarefas.

Função externa:
• Permitir a adaptação dos seus membros a uma cultura e a assimila-la com inovação
pessoal e integração social;
• Promover a transmissão dessa cultura às gerações seguintes.
Bernardo (2000)

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O que é Saúde Familiar?

Family health is a dinamic changing state of well-being, wich includes the


biological, psycological, spiritual, sociological, and culture factors of individual
members and the whole family system.

(Kaakinnem, Hanson, Denham in Kaakinem, Gedaly-Duff, Coehlo, Hanson (2010)Family Health Care
Nursing:Theory, Practice and Research, p.5)

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Evolução da implementação da prática de Saúde Familiar


A implementação da promoção da saúde familiar em Portugal é longínqua, mas foi no
inicio do presente século que se assistiu a uma verdadeira revolução neste âmbito.

Orientações Internacionais
• Metas de Saúde 21
• Declaração de Munique

Orientações Nacionais
• Plano e Programas Nacionais de Saúde
• Reformas nos CSP e legislação para o enquadramento do enfermeiro de
família
• Documentos emitidos pela OE

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Orientações Internacionais

Saúde 21 - Saúde para todos no Século XXI


META 3 - Inicio de vida saudável
• Implementar políticas que contribuam para uma família capaz de apoiar os seus membros dando primazia às
crianças desejadas e boa capacidade parental.
• As comunidades locais tem de dar apoio às famílias, proporcionando-lhe um ambiente seguro e estimulante.
META 4 - Saúde para os jovens
• Reduzir os acidentes, o uso de drogas e gravidezes não desejadas, de modo a evitar um impacto negativo nas
suas famílias e nos que cuidam deles.
• A qualidade e a quantidade de trabalho têm influência no rendimento, nas redes de apoio e na auto estima e
que por sua vez influência a saúde da família.
META 5 - Envelhecimento saudável
• Políticas de promoção e proteção da saúde, ao longo da vida, proporcionando uma vida em família mais
agradável.
• Programas que mantenham e corrijam as perdas antes que estas transformem o idoso numa pessoa
dependente, com sobrecarga para a família.
• Serviços dirigidos ao apoio aos idosos na sua vida diária e à família a cuidar do seu idoso em fim de vida.

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Orientações Internacionais

Saúde 21 - Saúde para todos no Século XXI

META 6 - Melhorar a saúde mental


• Programas de saúde bem estruturados na família e no trabalho podem ajudar as pessoas a desenvolver
um sentido de coerência, a construir e manter relações sociais de apoio mutuo e a lidar com situações e
acontecimentos stressantes, podendo assim reduzir as taxas de suicídio.

META 15 - Um sector de saúde integrado


• É necessário um sistema de saúde mais integrado, com maior enfase nos CSP.
• No centro deve estar o enfermeiro de saúde familiar, que proporcione a um número limitado de
famílias um amplo leque de aconselhamento sobre estilos de vida, apoio familiar e cuidados domiciliários.
O cidadão deverá ter o direito de escolher o enfermeiro e o médico de família.

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Orientações Internacionais

Declaração de Munique
II Conferencia Ministerial de Enfermagem (WHO, 17 junho 2000)

Reafirmou a necessidade de procurar oportunidades e suportar programas e serviços


centrados na família incluindo a figura da Enfermeira de Saúde da Família, a qual deve
ajudar as pessoas a serem mais confiantes e a tomar a seu cargo o desenvolvimento da
sua saúde.
• A filosofia dos Cuidados de Saúde Primários sustentados numa lógica de proximidade,
continuidade e em cuidados ao longo do ciclo vital, visando a promoção da saúde, a
prevenção da doença, o tratamento e a reabilitação.
• Estabelecer programas e serviços de enfermagem comunitária centrados na família.
• O enfermeiro de saúde familiar como pivot central nas equipas de saúde.

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Orientações Nacionais

Conferencia Nacional OE (2000)


“A Cada Família o seu Enfermeiro”
“(…) a família tem de ser o novo centro de enfoque dos cuidados de saúde, é em vista da
família, e envolvendo-a no processo, que se efectua a mobilização articulada de recursos e
é ainda por ela e com ela que se hão-de desenvolver novas competências cientificas e
relacionais”
(OE, 2002, p. 21)
O enfermeiro de família, fundamentado no conceito da Organização Mundial da
Saúde, surge como um profissional que integrado na equipa multidisciplinar de
saúde assume a responsabilidade pela prestação de cuidados de enfermagem
globais a um grupo limitado de famílias, em todos os processos de vida, nos
vários contextos da comunidade.
(Regulamento n.º 126/2011)

Emerge a proposta de Especialização em Enfermagem de Saúde Familiar!

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http://pns.dgs.pt

Sistema Nacional de Saúde Português


Objetivo Geral: Promover Contextos Favoráveis à Saúde ao Longo do Ciclo de Vida

A abordagem pelo ciclo de vida permite:

• Promover uma organização e intervenção integrada e continuada que inclui cuidados


primários, hospitalares e integrados, sobre os fatores protetores e de risco; determinantes
biológicos, comportamentais, sociais, entre outros; desde o planeamento familiar e
nascimento até à morte;
• Orientar a sociedade e os cuidados de saúde para a avaliação de necessidades e
oportunidades de intervenção, em períodos críticos e janelas de oportunidade, ao longo
da vida (Women, Ageing and Health: A Framework for Action, WHO 2007);
• Reforçar a responsabilidade da sociedade para a especificidade dos períodos críticos e
das janelas de oportunidade do cidadão saudável e, também, do doente agudo, crónico e
em reabilitação (Health-Promoting Health Systems, WHO 2009).
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Níveis dos contextos promotores da saúde


(Adap. European strategies for social inequalities in health, WHO, 2006; Continnuum of care, WHO, 2010)

§Microssistema: famílias, cuidadores informais e


relações de proximidade;
§Mesossistema: comunidade, locais de trabalho e de
lazer, escolas e universidades, instituições de
acolhimento, voluntariado, organizações religiosas;
§Exossitema: juntas de freguesia, meios de
comunicação, empresas;
§Macrossistema: politicas nacionais ou regionais com
repercussões na sociedade, autarquias.

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Abordagem centrada na família e no ciclo de vida

ü Nascer com saúde, gravidez e período neonatal


ü Crescer com segurança

ü Juventude à procura de um futuro saudável

ü Vida adulta produtiva


ü Envelhecimento ativo

ü Morrer com dignidade

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Abordagem centrada na família e no ciclo de vida


Nascer com Saúde (saúde da grávida desde a conceção até ao puerpério e a saúde do embrião, feto
e recém-nascido até aos 28 dias de vida)
A gravidez na adolescência (<20 anos) ou tardia está relacionada com nascimentos pré-termo, má
progressão ponderal e mortalidade perinatal. Os nascimentos em jovens associam-se a fatores sociais
e cuidados de saúde não adequados.
As mães com mais idade têm maior prevalência de complicações durante a gravidez, como
hipertensão e diabetes e os fetos maior frequência de anomalias congénitas;
São contextos particularmente relevantes para a grávida o contexto laboral, familiar e a comunidade.

Há evidência de benefícios para a saúde através de intervenções:


• Planeamento e acompanhamento da gravidez;
• Preparação para a parentalidade;
• Estilos de vida saudáveis da grávida (incluindo prevenção do consumo de álcool e tabaco);
• Preparação para o parto;
• Amamentação;
• Imunização.
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Abordagem centrada na família e no ciclo de vida


CRESCER COM SEGURANÇA, dos 28 dias de vida aos 10 anos, respeita vários períodos
críticos: primeiro ano de vida; idade pré-escolar, até aos 6 anos; idade escolar, dos 6 aos 10 anos.
Esta abordagem desenvolve-se no contexto familiar, nas creches e escolas, nos locais de lazer e
desporto, nas comunidades e nas instituições de acolhimento.

Há evidência de benefício para a saúde, através de intervenções a nível de:


• Promoção das relações parentais;
• Estilos de vida saudáveis;
• Prevenção de comportamentos de risco, abuso e violência;
• Diagnóstico e intervenção precoce;
• Serviços de saúde adequados à idade da criança.

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Abordagem centrada na família e no ciclo de vida


JUVENTUDE À PROCURA DE UM FUTURO SAUDÁVEL, dos 10 aos 24 anos, engloba a adolescência,
desde a puberdade até aos 20 anos e a juventude, dos 15 aos 24 anos.
Desenvolve-se no contexto familiar; escolas e universidades; inserção no trabalho; comunidades;
locais de lazer e desporto; instituições de acolhimento.

Há evidência de benefício para a saúde através de intervenções a nível de:

• Promoção das relações parentais;


• Estilos de vida saudáveis;
• Prevenção de comportamentos de risco, abuso e violência;
• Apoio à saúde mental;
• Relações saudáveis e planeamento familiar;
• Serviços de saúde adequados ao adolescente.

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Abordagem centrada na família e no ciclo de vida


Uma VIDA ADULTA PRODUTIVA respeita o período dos 25 anos aos 64 anos.
Desenvolve-se no contexto familiar; nos locais de trabalho e lazer; nas comunidades; nas prisões e nas
instituições de acolhimento.

Há evidência de benefício para a saúde através de intervenções a nível de:


• Estilos de vida saudáveis;
• Promoção da saúde mental;
• Controlo de fatores de risco como o excesso de peso, hipertensão arterial, tabaco, álcool,
colesterol elevado, baixa ingestão de vegetais e frutas e inatividade física;
• Adesão aos rastreios e ações de diagnóstico precoce;
• Cultura de participação ativa e de responsabilização pela sua própria saúde;
• Controlo e autogestão da doença crónica;
• Respostas adequadas e específicas em função do sexo.

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Abordagem centrada na família e no ciclo de vida


ENVELHECIMENTO ATIVO, a partir dos 65 anos constitui um desafio para a sociedade, para o Sistema
de Saúde e de proteção social.
Desenvolvem-se no contexto familiar; nos locais de trabalho e lazer; na comunidade; nas instituições
de acolhimento (eg. lares).

As intervenções devem basear-se nos princípios da:


• autonomia,
• participação ativa,
• auto realização,
• dignidade da pessoa idosa.

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Abordagem centrada na família e no ciclo de vida


MORRER COM DIGNIDADE
Considera-se Doente em Fase Terminal da Vida (DeFTV) quando o estado clínico indicia uma
aproximação da morte, sendo a decisão clínica fundamentalmente dirigida para o alívio de sintomas.
O DeFTV deve ser cuidado com compreensão afetiva e respeito, sem terapêuticas fúteis, no domicílio
ou em contexto hospitalar, em ambiente de privacidade e sempre que possível familiar.

O DeFTV, em situação de intenso sofrimento, decorrente de doença incurável em fase avançada e


rapidamente progressiva, necessita de cuidados paliativos que promovam o bem-estar e a qualidade
de vida possíveis até à morte
(CNECV, 1995)

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Implementação da
Enfermagem de Saúde Familiar
em Portugal

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As práticas de enfermagem centradas na família são longínquas e a forma


como foram sendo implementadas ao longo do tempo acompanhou as
orientações políticas em saúde emanadas, tanto a nível internacional como
nacional. Em Portugal, considera-se a existência de três marcos que ajudam a
compreender esta evolução:

• Anterior ao séc. XIX, com as primeiras políticas de saúde e a emergência das


primeiras práticas de saúde familiar;
• Do séc. XIX ao séc. XXI, período em que se vivenciou a fusão das ex. “Caixas de
Previdência” com os Centros de Saúde até aos idealizados “Centros de Saúde de
terceira geração”,
• A partir do séc. XXI, mais propriamente desde 2005 com a mais recente reforma dos
cuidados de saúde primários e emergente implementação das Unidades de Saúde
Familiar (USF’s).

(Margarida Silva, 2015)

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A atualidade

A conceção de uma enfermagem centrada no trabalho com as famílias foi


sendo desenvolvida desde a definição das Metas de Saúde para o séc. XXI.
Mais propriamente, com a Declaração de Munique (Conferência Ministerial da OMS,

2000) passou a ser enfatizada a figura do “enfermeiro de família”, enquanto


pivot no seio de uma equipa multiprofissional e entidade corresponsável pelo
contínuo de cuidados, desde a conceção até à morte e nos acontecimentos
de vida críticos envolvendo a promoção e proteção da saúde, a prevenção da
doença, a reabilitação e a prestação de cuidados aos indivíduos doentes ou
em estádios terminais de vida.

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A reforma dos CSP (DGS, 2005) veio reforçar e incrementar os valores que lhe são

próprios, designadamente os de proximidade, acessibilidade, equidade, pro-

atividade para com os grupos mais vulneráveis, prioridade à proteção e promoção

de saúde, intervenções multidisciplinares e intersectoriais, garantia da qualidade e

envolvimento do cidadão, evidenciando o papel preponderante das unidades de

saúde familiar (USF) e das unidades de cuidados de saúde personalizados (UCSP)

nos cuidados dirigidos ao indivíduo/família.

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“A reorganização dos cuidados de enfermagem constitui uma das linhas da reforma


dos cuidados saúde primários, com início da implementação do modelo organizacional
das Unidades de Saúde Familiar (USF). Neste contexto foi recomendado atribuir a
cada família um enfermeiro, e por isso os enfermeiros foram estimulados a ter uma
lista de famílias, tal como preconizado no decreto das USF. Esta metodologia de
trabalho, influência os ganhos em saúde e o grau de satisfação dos utentes e suas
famílias, assim como a satisfação dos próprios profissionais.”

(Grupo de Missão para os CSP, Setembro 2008)

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O enfermeiro de saúde familiar passa a ser o profissional de referência e de


suporte qualificado que, em complementaridade funcional e numa perspetiva
de intervenção em rede, responde às necessidades da família no exercício
das suas funções familiares, designadamente:
• Na identificação precoce de determinantes da saúde com efeitos na Saúde Familiar;
• No reconhecimento do potencial do sistema familiar como promotor de saúde;
• Como parceiro na gestão da saúde da família, aos diferentes níveis de prevenção,
organizando recursos necessários à promoção da máxima autonomia;
• Como elo de ligação entre a família, os outros profissionais e os recursos da
comunidade, garantindo a equidade no acesso aos cuidados de saúde, particularmente,
aos de enfermagem;
• Como mediador na definição das políticas de saúde dirigidas à família.

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Orientações Nacionais

Decreto-Lei n.º 118/2014 de 5 de agosto


Princípios e o enquadramento da atividade do enfermeiro de família no
âmbito das USF e UCSP (p. 4070)

“(…) profissional de enfermagem que, integrado na equipa multiprofissional de


saúde, assume a responsabilidade pela prestação de cuidados de enfermagem
globais a famílias, em todas as fases da vida e em todos os contextos da
comunidade.”
“(…) cuida da família como unidade de cuidados e presta cuidados gerais e
específicos nas diferentes fases da vida do indivíduo e da família, ao nível da
prevenção primária, secundária e terciária, em articulação ou
complementaridade com outros profissionais de saúde(…)”.
“(…) contribui para a ligação entre a família, os outros profissionais e os
recursos da comunidade, nomeadamente, grupos de voluntariado solidário,
serviços de saúde e serviços de apoio social, garantindo maior equidade no
acesso aos cuidados de saúde.”
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Enfermagem de Família: Níveis de cuidado


Nível I – Família como Contexto
Cuidar de um membro como foco - família como recurso e fator individual

Nível II - Família como soma das suas Partes


Prestar cuidados à família na sua globalidade – Alvo é cada um e todos os membros

Nível III – Subsistema Familiar como Cliente


Alvo–Subsistemas familiares; trabalho com 2 ou mais elementos para obter compreensão e
apoios mútuos

Nível IV – Família como Cliente


Alvo–família como sistema interativo; Foco – dinâmicas internas da família e as suas
relações, a estrutura e funcionamento e o relacionamento dos diferentes subsistemas com
o todo e com o meio envolvente
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Considerando a família como cliente/unidade de


cuidados, o enfermeiro de família:
§ Desenvolve o processo de cuidados em colaboração com a família, estimulando a
participação significativa dos seus membros em todas as fases do processo;

§ Focaliza-se na família como um todo e nos seus membros individualmente prestando


cuidados nas diferentes fases da vida da família;

§ Avalia e promove as intervenções que se mostrem mais adequadas para promover e


a facilitar as mudanças no funcionamento familiar, de acordo com as decisões
estabelecidas o âmbito da coordenação da equipa multiprofissional.

Decreto-Lei n.º 118/2014 de 5 de agosto. Princípios e o enquadramento da


atividade do enfermeiro de família no âmbito das USF e UCSP (p. 4070)

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Seis categorias são identificadas para medir os


Padrões de Qualidade dos Cuidados Especializados em Enfermagem Familiar:

1. Satisfação dos clientes


2. Promoção da saúde
3. Prevenção de complicações
4. Bem-estar e auto cuidado dos clientes
5. Readaptação funcional
6. Organização dos serviços de enfermagem

Regulamento n.º 367/2015


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Em síntese...

SAÚDE FAMILIAR
“…É um estado dinâmico de relativa mudança de bem-estar, que
inclui os factores biológico, psicológico, espiritual, sociológico e
cultural do sistema familiar”
(Hanson, 2004, p. 7)

PROCESSO FAMILIAR
“ (…) É um tipo de Fenómeno de Enfermagem da Família com as
características especificas: interacções positivas ou negativas que se
vão desenvolvendo e padrões de relacionamento entre os membros
da família”.
(ICN, 1999, p. 65)
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BIBLIOGRAFIA
§ Decreto-Lei n.º 118 de 5 de agosto de 2014 . Diário da República N.º 149 1.ª série . P. 4069-4071
§ Ministério da Saúde (2012). Plano Nacional de Saúde 2012/2016. Lisboa. Direcção-Geral da Saúde.

§ Wall, K. et al. (2012). Observatório das Famílias e das Políticas de Família: Relatório 2011.
§ Ordem dos Enfermeiros. (2002). A Cada Família o seu Enfermeiro. Lisboa: OE.
§ OMS (2000). Declaração de Munique: Conferencia Ministerial da OMS.
§ OMS (2003). Saúde 21 – Uma introdução ao enquadramento político da saúde para todos na Região Europeia da OMS.
Loures: Lusociência.
§ Kaakinem, Gedaly-Duff, Coehlo, Hanson (2010). Family Health Care Nursing:Theory, Practice and Research. 4ª ed. USA, F.
A. Davis Company.
§ Wright,L. M.; Leahey, M. (2002). Enfermeiras e famílias: um guia para a avaliação e intervenção familiar. Lisboa: Roca.
§ Regulamento n.º 126 de 18 de Fevereiro de 2011. Diário da República nº 35 – II. P. 8660-8661.
§ Regulamento n.º 367/2015. Regulamento dos Padrões de Qualidade dos Cuidados Especializados em Enfermagem
Familiar.
§ Relvas, A. (1996). O ciclo vital da família, perspetiva sistémica. Porto: Edições Afrontamento.
§ Relvas, A., & Alarcão, M. (2002). Novas Formas de Família. Coimbra: Quarteto.
§ Hanson, S. M. H. (2005). Enfermagem de cuidados de saúde à família: teoria prática e investigação 2ª ed. Lisboa:
Lusociência.
§ Stanhope, M; Lancaster, J. (2010). Enfermagem de Saúde pública: Cuidados de saúde na Comunidade centrados na
População. 7ª Edição. Lisboa, Lusociência, 2010 ISBN 978-989-8075-29-1.

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