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OPERAÇÕES UNITÁRIAS III

Aula 03 (Segunda etapa)

Prof. Henrique Cardias


Critérios para seleção do solvente

Seletividade:

•O solvente deverá ser seletivo em relação ao soluto. Quanto maior que 1 mais
fácil a separação.

•Se a seletividade vale 1 a separação não é possível.

•A seletividade de um solvente varia consideravelmente com a concentração do


soluto.

Coeficiente de distribuição:

•Quanto maior o coeficiente de distribuição menor será a quantidade de solvente


necessária para se realizar a separação.

•A separação também é possível para valores de coeficiente de distribuição menor


que 1.
Critérios para seleção do solvente

Imiscibilidade do solvente:

Solventes com pouca afinidade com o diluente são mais adequados para
processos de extração.

C C
A – diluente
B e B’ – Solventes
C – soluto
D

A B A B’

OBS: apenas misturas localizadas entre A e


D podem ser extraídas.
Critérios para seleção do solvente

Recuperabilidade do solvente:

Geralmente a recuperação do solvente é feita por meio de destilação, de modo


que é desejável que o solvente tenha as seguintes características:

a) Não forme azeótropo com o soluto;


b) O extrato deve apresentar alta volatilidade relativa;
c) Para os casos em que o solvente é o constituinte mais volátil (mais comum),
seu calor latente de vaporização deve ser baixo;

Massa específica do solvente:

Uma grande diferença de massa específica entre as fases extrato e rafinado é


desejada para operações de extração líquido-líquido.

Conforme nos aproximamos do ponto crítico, a diferença entre as massa


específicas das fases vai diminuindo.
Critérios para seleção do solvente

Massa específica do solvente:

OBS: em alguns casos, pode haver uma reversão de massa específica antes de
se atingir o ponto P. Tal situação implica em um limite de operação para um
processo de extração contínua.

Tensão interfacial:

Quanto maior a tensão interfacial mais rápida será a coalescência da “emulsão”


(ponto favorável para a separação de fases).

No entanto, uma tensão interfacial alta resulta em uma baixa dispersão entre as
fases (ponto negativo para a transferência de massa).

Viscosidade:

A viscosidade do solvente deve ser preferencialmente baixa, resultando em


menores potenciais para bombeamento e agitação, rápida extração (alta taxa de
transferência de massa) e rápida separação.
Critérios para seleção do solvente

além dos fatores já citados o solvente deve também:

•Ser barato;
•Não tóxico;
•pouco inflamável;
•Não corrosivo;
•Quimicamente estável;
•Ter baixo ponto de fluidez;
•Ter alto ponto de fulgor.
Equipamentos para extração líquido-líquido

Misturadores-decantadores: Consistem basicamente em tanques de agitação


seguidos de tanques de decantação.

• Podem operar em série.

• No caso de processos
descontínuos, as duas etapas
(mistura e separação) podem
ocorrer no mesmo tanque.

• Preterido quando o número


de estágios de equilíbrio
requerido para a separação é
pequeno.

•Cada conjunto misturador-decantador corresponde a um estágio do processo.

•O principal problema no uso de misturadores-decantadores é a formação de


emulsões, que ocorre geralmente quando as gotas da fase dispersa são da ordem
de 1 a 1,5 μm (controle da intensidade de agitação).
Equipamentos para extração líquido-líquido

Colunas de extração:

Estáticas: Colunas de pratos


Colunas de enchimento (recheio)
Colunas Spray (pulverisadas)

Agitadas: Discos rotativos


Pulsantes

OBS: As colunas estáticas dependem da suas características internas (tipo de


prato, tipo de enchimento, sistema de dispersão) para criar turbulência e favorecer
a transferência de massa, de modo que existe uma vazão mínima para a fase
dispersa neste tipo de coluna. As colunas agitadas são mais flexíveis neste
aspecto.
Equipamentos para extração líquido-líquido

Colunas de extração:

• O tipo de prato empregado é


basicamente o perfurado;

• Quando operada em regime de


fluxo hidrodinâmico adequado, as
velocidades de extração são
Coluna de pratos elevadas;

• As gotas da fase dispersa


coalescem e voltam a se formar em
cada estágio, o que reduz a
possibilidade de existência de
gradientes de concentração na fase
dispersa.
Equipamentos para extração líquido-líquido

Colunas de extração:

• O recheio empregado deve


apresentar uma alta molhabilidade
pela fase líquida contínua;
Coluna de
enchimento • Semelhante a operação de
destilação, só são empregadas em
situações onde as dimensões da
coluna são pequenas.
Equipamentos para extração líquido-líquido

Colunas de extração:

Coluna de spray

• As maiores velocidades de
transferência de massa
ocorrem perto do distribuidor.
Em zonas mais afastadas as
gotas tendem a coalescer;

• Tem seu uso limitado em


aplicações que requerem
poucos estágios de equilíbrio;
Equipamentos para extração líquido-líquido

Colunas de extração agitadas:

Coluna de discos rotativos

• Coluna agitada, geralmente


empregada nos casos em que a
tensão interfacial e/ou a diferença
de massa específica entre as
fases são altas.

• Nesta situação, a força


gravitacional é insuficiente para
criar uma dispersão adequada.
Equipamentos para extração líquido-líquido

Colunas de extração agitadas:

Coluna pulsante

•Promove-se um movimento
alternado, de baixa amplitude,
das fases, facilitando a
transferência de massa e a
separação.

•Requer normalmente um
terço dos andares das colunas
não pulsadas equivalentes.

•Podem operar com pratos ou


com enchimento.
Equipamentos para extração líquido-líquido

Extratores centrífugos: Utilizam a força centrífuga para facilitar a separação.

• São empregados nos casos em que existe tendência a formação de emulsão, as


diferenças de massa específica entre as fases são pequenas ou quando são
requeridos pequenos tempos de residência do soluto (ex. extração de antibióticos,
que se deterioram rapidamente);

• É principalmente utilizado na indústria farmacêutica.

Extrator
Podbieniak
Equipamentos para extração líquido-líquido

• As duas fases são alimentadas


continuamente em contracorrente;

• A alimentação entra por tubos


colados perpendicularmente ao
eixo de rotação do tambor e em
posições diferentes na caixa
cilíndrica;

• O espaço anelar entre cada par de


cilindros funciona como um
misturador-decantador;

• O líquido pesado sai pelos tubos


localizados próximos a periferia,
enquanto o líquido leve sai pelos
tubos próximos ao eixo;
Equipamentos para extração líquido-líquido – Comparativo resumido

Tipo de equipamento Vantagens Desvantagens


Misturadores-decantadores Bom contato; Elevado consumo energético;
Opera com vazões elevadas; Grande espaço de solo;
Boa eficiência; Pode requerer bombeamento
Pé direito baixo. entre estágios;
Custos inicial e de operação
altos.
Colunas estáticas Baixo custo inicial; Pé-direito alto;
Baixo custo operacional; Eficiência inferior aos MD.
Simples construção.
Colunas agitadas Boa dispersão; Não utilizada para casos em
Custo de investimento moderado; que a diferença de massa
específica é pequena;
Opera com vazões
moderadas;
Extratores centrífugos Opera nos casos em que a Alto custo inicial;
diferença de massa específica é Alto custo de operação;
pequena; Alto custo de manutenção;
Baixo tempo de residência.
Extração líquido-líquido – Métodos de Cálculo

Operação a contato simples:

solvente

Alimentação, F Rafinado, R1 Separação Produto


xF x1 do solvente Rafinado, R’
1
Solvente, B Extrato, E1 Separação Produto
y1 do solvente Extraído, E’

solvente

E’

F
E1
M
R’
R1
A B
Extração líquido-líquido – Métodos de Cálculo

Balanços de massa para uma operação a contato simples:

Balanço na alimentação: M  F  B FxF


xM 
0 FB
Balanço para o soluto: MxM  FxF  BxB

B FM
Regra da alavanca: 
F MB

Balanço na tie line: E1  R1  M

Balanço para o soluto: MxM  E1 y1  R1 x1


Combinando estas equações obtemos:

M ( xM  x1 ) M ( y1  xM )
E1  R1 
y1  x1 y1  x1
Extração líquido-líquido – Métodos de Cálculo

Cálculo das quantidade de produto extraído e produto rafinado:

F  E ' R'
F ( xF  x ) R'  F  E '
E' 
yx
FxF  E' y  R' x

Cálculo das quantidades máxima e mínima de solvente:

Mínima, R0
E’

F Máxima, EF
E1
M
R’
R1
A B
Extração líquido-líquido – Métodos de Cálculo

Quantidade mínima de solvente:

F  B  R0 FxB , R0
Bmin 
0 (1  xB , R0 )
FxB, F  B  R0 xB, R0 (balanço para o solvente)

Quantidade máxima de solvente:

F  B  EF FxB , EF
Bmax 
0 (1  xB , EF )
FxB, F  B  EF xB, EF (balanço para o solvente)
Questão 01: 100 kg de uma mistura de ácido acético/clorofórmio com 30% em
massa de ácido é tratada a contato simples com água a 18°C com o objetivo de
extrair o ácido acético. Determine

a) As quantidades mínima e máxima de água que podem ser empregada no


processo de extração;
b) A concentração máxima de ácido acético que pode ser obtida no produto
extraído;
c) A quantidade de água que deve ser empregada para que a concentração do
produto extraído seja máxima;
Os dados de equilíbrio para o sistema são os seguintes:

Rafinado Extrato
CHCl3 H2O CH3COOH CHCl3 H2O CH3COOH
99,01 0,99 0,00 0,84 99,16 0,00
91,85 1,38 6,77 1,21 73,69 25,10
80,00 2,28 17,72 7,3 48,58 44,12
70,13 4,12 25,75 15,11 34,71 50,18
67,15 5,20 27,65 18,33 31,11 50,56
59,99 7,93 32,08 25,20 25,39 49,41
55,81 9,53 24,61 28,85 23,28 47,87
Fração mássica de solvente em R0 e EF:

xB,R0 = 0,057

xB,EF = 0,979

Bmin

Bmax
a) Os valores de Bmin e Bmax podem então ser calculados:

FxB , R0 100 . 0,057


Bmin  Bmin  Bmin  6 kg
(1  xB , R0 ) (1  0,057 )

FxB , EF 100 . 0,98


Bmax  Bmax  Bmax  4900 kg
(1  xB , EF ) (1  0,98)

Observe que na condição de Bmin, a quantidade de extrato produzida é


infinitesimal, não tendo portanto aplicação prática. De fato em situações reais
Bmin < B < Bmax
b) Para determinarmos a máxima concentração do produto extraído, devemos
traçar uma reta BE’ tangente a curva binodal, o ponto de tangência corresponde a
concentração do extrato.

E’, 95,5 % de ácido acético

Ponto de tangência para um


extrato com ~ 25% de soluto
c) A quantidade de água que deve ser empregada na extração para que a
concentração do produto extraído seja máxima pode ser obtida por um balanço de
massa.

 x  xM   0,3  0,17 
B  F  F  B  100 
 xM   0,17 

B  76,5 kg

M xM = 0,17

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