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Caso prático 13

No presente caso prático estamos perante um problema de conflitos coletivos de


trabalho, nomeada a greve que se encontra prevista nos artigos 530º e seguintes do CT,
sendo que também está consagrado na nossa constituição no artigo 57º.
Segundo o professor Menezes Leitão consiste numa paralisação do trabalho, seja a
nível total ou de qualquer atividade laboral. Tem de existir um acordo entre os
trabalhadores e ser realizada por uma pluralidade dos mesmos.
Em relação ao fim da greve, consiste na obtenção de objetivos comuns à maioria dos
trabalhadores. O professor Romano Martinez afirma que a greve também pode servir
para estabelecer uma maior justiça na relação laboral e que só podemos falar de greve
para os trabalhadores, fazendo referências aos artigos 57º nº2 da CRP e 530º nº2 do CT.
Esta tem várias modalidades, poder ser típica e aí falamos ou de greve geral ou parcial
e atípica, sendo estas formas de causar prejuízo ao empregador, acabando por
extravasar o que é normal numa situação de greve, por isso devem ser consideradas
ilícitas.
O professor Menezes Leitão diz-nos que apesar de a greve ser um direito dos
trabalhadores, a verdade é que a capacidade e a legitimidade para declarar greve cabe
aos sindicatos, como verificamos no artigo 531º nº1 do CT.
No caso prático temos uma greve que é convocado pela comissão de trabalhadores de
uma empresa, a EBAP, e não um sindicato.
O nº2 do 531º do CT diz-nos que são possíveis, as greves, convocados por uma
deliberação da assembleia de trabalhadores.
Tendo em conta os dados do caso, supomos o nº2 do supra artigo não se encontra
preenchido já que não sabemos se houve assembleia e se a maioria dos trabalhadores
não se encontram sindicalizados.
Posteriormente, o aviso, depois de deliberada a greve, esta tem de ser comunicada ao
empregador e ao ministério da área laboral com cinco ou dez dias uteis de antecedência,
dependendo se estamos perante uma situação de 537º nº1 do CT ou não.
Aqui inseria-se no artigo 537 nº1 e nº2 h) do CT, por isso a comissão de trabalhadores
não cumpriu com o prazo mínimo.
Ao abrigo do artigo 534 nº2 e 3 do CT o aviso deve ser feito por escrito ou através dos
meios de comunicação social e deve haver uma proposta de serviços mínimos, em
relação a este ponto não há problema, foi publicado no jornal.
Os serviços mínimos, são, na opinião do professor Menezes Leitão uma limitação do
direito à greve.
Um dos efeitos da greve segundo o artigo 536º do CT é a suspensão de certos efeitos
do contrato, nomeadamente, de acordo com o professor Menezes Leitão o direito à
retribuição, o empregador não tem que remunerar os trabalhadores aderentes à greve.
Aqui apenas os pilotos iriam aderir à greve, portanto temos uma greve parcial, ou seja,
só adere um grupo de trabalhadores da empresa.
Por sua vez, a empresa decidiu contratar outra para realizar o trabalho dos grevistas,
isto é uma clara violação do dever de não substituição que consta no artigo 535 nº1 do
CT, o professor Menezes Leitão fala em out-sourcing nestes casos.
Podia sim, proceder à mobilidade de trabalhadores dentro da empresa.
Por fim, as ações de Clementina e de Joel, tratam-se de adesões à greve.
Para que um trabalhador possa aderir à greve é apenas necessário que a atividade que
por ele exercida esteja abrangida no âmbito daquela forma de luta e que esteja
abrangida a atividade do trabalhador.
Coisa que neste caso não acontece, a greve era apenas dos pilotos, nem Clementina
nem Joel o são.
Se fosse uma greve geral, no caso de Clementina, esta teria de fazer uma declaração
concludente.

Ana Mêlissa Ferreira Candeias


Nº 28060
Subturma 8

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