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O líder arminiano, Sr. Pablo Martinez, no seu facebook, na ausência de argumentos consistentes
para refutar a teologia de Calvino, apelando para o "argumentum ad hominem"(atacando a
pessoa de Calvino), postou o seguinte sobre a pessoa do reformador João Calvino:
"Gente, vocês já sabem que Calvino era agressivo e intolerante, além de ter sido cumplice no
crime de Serveto, proibiu negros e pobres de entrarem na igreja, herege etc, correto? ok, mas
agora essa é pra acabar com o deformador (João Careca) vejam;
Antes de se tornar protestante em Genebra, quando ainda estava na França e era católico, ele foi
pároco na capela de Noyon, onde cometeu um crime de SODOMIA e foi punido pelo bispo de
Roma com uma marca de ferro nas costas e expulso da ICAR, só depois disso foi pra Genebra e
recebeu convite de Zuínglio para reformar a igreja de lá, bonzinho o menino, não? tá louco, esse
calvino era doido e mais doido é quem admira ele e defende sua teologia herege e falaciosa"
Para começarmos a desmascarar as acusações falsas desse indivíduo, basta dizer que sua fonte
espúria é o site do geocities:
http://www.geocities.ws/robeline2/calvino.html
Diante da expressão encontrada no artigo desse site: "Além de Lutero, Zuinglio e Calvino, há
outros vultos de pequena grandeza, propagadores das imoralidades protestantes, quase todos
eram MONGES APÓSTATAS, que mudavam de mulher como se muda de roupa", podemos afirmar
que a autoria desse artigo é de um papista-romano. O autor anônimo do artigo, ainda ataca
Theodoro de Beza. Note que esse indivíduo se utiliza de um artigo de um católico romano. Esse
tipo de gente não tem nenhum escrúpulo, e se aliaria até a Lúcifer, caso visse vantagem nisso,
em seu ataque a doutrina bíblica e reformada. Vale tudo pra atacar e tentar derrotar a doutrina
bíblica e reformada!!!
Todavia, Alister McGrath, em seu artigo "A Gênese de um Enigma", desmistifica esse argumento
(usado pelo Pablo Martinez) como uma fraude, e diz que essa afirmação de que Calvino era
"homossexual", era uma fraude e mentira levantadas pelo católico e monge carmelita Jeronimo
Bolsec :
"A reconstituição histórica da complexa personalidade de Calvino tem sido bastante obstruída
pela subsistência de uma imagem profundamente hostil do Reformador, traçada por Jerônimo
Bolsec, com quem Calvino se desentendera em 1551. Ressentido com o episódio, em junho de
1577, Bolsec publicou um livro, Vie de Calvin, em Lyon. CALVINO, DE ACORDO COM BOLSEC, ERA
IRREMEDIAVELMENTE ABORRECIDO, MALICIOSO, VIOLENTO E FRUSTRADO. ELE CONSIDERAVA
SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS COMO SE FOSSEM A PALAVRA DE DEUS, ALÉM DE,
FREQUENTEMENTE, SER VÍTIMA DE SUAS TENDENCIAS HOMOSSEXUAIS, ELE TINHA O HÁBITO
DE FLERTAR COM QUALQUER MULHER QUE SE APROXIMASSE DELE. DE ACORDO COM BOLSEC,
CALVINO ABRIU MÃO DE SEUS BENEFÍCIOS, EM NOYON, EM RAZÃO DE TEREM VINDO A PÚBLICO
SUAS ATIVIDADES HOMOSSEXUAIS. A biografia de Bolsec é uma leitura muito mais interessante
do que as de Teodoro de Beza ou de Nicolas Colladon; no entanto, SUA OBRA SE BASEIA,
PREDOMINANTEMENTE, EM RELATOS ORAIS, ANÔNIMOS E INCONSISTENTES, provenientes de
"pessoas dignas de confiança" (personnes digne de foy), que pesquisas mais recentes
consideraram de valor questionável. A despeito desse fato, a reconstituição de Calvino, traçada
por Bolsec, tem influenciado muitas outras descrições, bastante desfavoráveis, a respeito da
vida e das ações do Reformador, que apresentam uma linha divisória, cada vez mais nebulosa,
entre fatos e ficção. O MITO DE BOLSEC, COMO TANTOS OUTROS QUE SE REFEREM A CALVINO,
SOBREVIVE COMO UMA TRADIÇÃO SAGRADA, POR MEIO DE UMA REPETIÇÃO LEVIANA, APESAR
DE SUA EVIDENTE AUSENCIA DE FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA"
http://www.ligacalvinista.com/…/genese-de-um-enigma-alister…
Posteriormente, no blog "Fiteiro Cultural", há um artigo intitulado "O reformador João Calvino",
de autoria do Sr. José Calvino, datado de 20 de maio de 2013, onde a origem dessa fraude é
desmascarada e mostrada. Diz o autor:
"Está havendo grande polêmica sobre João Calvino – o reformador de Genebra (1509/1564). Tenho
em fac-símile a reprodução da edição 1597 de “Juan Calvin Instituição da religião cristã
(Reforma)”. Aos que censuram Calvino por haver alcançado, tão moço ainda, encargos
eclesiásticos, é conveniente lembrar que tal era a praxe da igreja naquela época. Devido à
posição que ocupou, não faltaram adversários que procurassem, em seus livros, deturpar a
memória de Calvino e muitas das calúnias então formuladas ainda são hoje invocadas pelos
partidários de credos contrários.
Lendo Bolsec: “Historie de la vie, moeurs, actes, doctrine, constance et mort de Jean Calvin”. O
erudito historiador eclesiástico, Schaff, no seu livro “The Swiss Reformation” - 1º vol. p. 303,
OBSERVA NAO HAVER BOLSEC PRODUZIDO NENHUM DOCUMENTO COMPROBATÓRIO SOBRE A
MOCIDADE DE CALVINO. Ainda sobre as intrigas de Bolsec: Schaff cita: "A HISTÓRIA OU É UMA
VIL CALÚNIA OU SE ORIGINOU DE CONFUNDIR-SE O REFORMADOR COM UM JOVEM DE IGUAL
NOME, JEAN CAUVIN - CAPELÃO DA MESMA IGREJA DE NOYON, CONDENADO A PRISÃO POR TER
SIDO INTRODUZIDO EM SUA PARÓQUIA UMA MULHER DE MAUS COSTUMES”
http://josecalvino.blogspot.com.br/…/o-reformador-joao-calv…
A historiadora Thea B. Van Halsema (desmentindo Bolsec, Martinez e todos os arminianos que
sustentam a versão apócrifa, que apresenta Calvino como um padre de Noyon), afirma que antes
de ser convertido a fé cristã reformada (sendo influenciado por Lefevre, Lutero e Zuínglio e até
por seu primo Olivetan), Calvino era apenas alguém que tinha decidido se dedicar aos estudos
para futuramente se tornar padre, isto é, ele era apenas um seminarista, sendo conhecido, não
como um padre:
"Como foi que João Calvino se tornou um homem caçado? ATÉ ENTÃO ERA CONHECIDO COMO
BRILHANTE ALUNO, JOVEM AUTOR, UM ERUDITO QUE PROMETIA PARA O FUTURO, UM HOMEM
AINDA COM COMPROMISSOS PARA O SACERDÓCIO. Quando foi que essas idéias compartilhadas
com Nicolas Cop e condenadas pela Sorbonne quando foi que dominaram o seu coração?
João Calvino tinha ouvido essas idéias ha muitos anos de Lefêvre, Lutero, wingli, cujos escritos
tinha lido. Seu primo Olivétan tinha discutido tais assuntos com ele quando eram colegas de
estudo. Ouviu-os da mesma forma do seu professor de grego Wolmar, a quem muito admirava.
Tinha-os ouvido também, com amargura, do seu irmão Charles, agora excomungado da igreja
pelas suas heresias. O próprio João Calvino havia encontrado essas idéias ao ler a Bíblia nos
originais grego e hebraico. Mais recentemente, havia visto essas idéias em prática na vida de
mártires queimados e na residência do piedoso de la Forge, cujo lar era um lugar secreto para o
encontro de crentes vindos de toda a parte"(João Calvino Era Assim, p.30).
A historiadora Thea B. Van Halsema (desmentindo Bolsec, Martinez e todos os arminianos que
sustentam a versão apócrifa, que apresenta Calvino como um padre de Noyon), afirma que,
quando Calvino foi convertido a fé cristã, era apenas um candidato ao sacerdócio, não um
sacerdote:
"Foi assim que João Calvino escreveu a um cardeal, seis anos após a palestra de Nicolas Cop no
Dia de Todos os Santos. João Calvino colocara essas palavras na boca de um convertido
imaginário à fé Protestante. Mas eram palavras de sua própria experiência também. Era um
homem criado na igreja, trabalhando febrilmente para encontrar a paz por outros meios
dominando os estudos, escrevendo um livro, tornando-se pesquisador humanista. Finalmente,
constrangido e teimoso, ele da meia-volta na estrada da vida, obedecendo a ordem de Deus
mesmo. Converte-se. Assim como o apóstolo Paulo, João Calvino caminhara pela sua estrada de
Damasco.
'Deus, por uma repentina conversão, subjugou... meu coração', revela Calvino no prefacio do seu
comentário aos Salmos. 'Fiquei imediatamente inflamado com um desejo tão intenso de progredir
na nova fé que, embora não abandonasse completamente os outros estudos, eu os buscava com
menos ardor..'. Donde se conclui que a sua mudança repentina deve ter ocorrido após o difícil
trabalho no comentário de Sêneca onde mal havia mencionado a Bíblia. Podia ter ocorrido nos
meses finais de estudo em Orléans. Talvez a luz tivesse raiado sobre ele enquanto residia com
seu piedoso hospedeiro de la Forge na Casa do Pelicano.
Onde quer que tenha acontecido, o fato era que JOÃO CALVINO, O CANDIDATO AO SACERDÓCIO,
O ADVOGADO, O PESQUISADOR SECULAR, NÃO MAIS EXISTIA. Em seu lugar estava agora João
Calvino, servo de Jesus Cristo"(João Calvino Era Assim, p.32)
"Dois meses antes do seu vigésimo quinto aniversário, João Calvino se apresentou perante o
clero de Noyon, na catedral sob cujas sombras ele havia crescido. Afirmou perante esses
clérigos espantados, muitos dos quais o conheciam desde a infancia, QUE NÃO ESTAVA MAIS
DISPOSTO A SER PADRE. E que estava disposto a abri mão de seu benefício com salário pago em
milho e trigo. Era 21 de maio de 1534. O mais famoso filho de Noyon saiu das suas portas pela
última vez, seguindo pela mesma estrada que o havia levado a Paris quando menino. Não mais
caminharia por aquela estrada ou entraria nesta casa situada na praça do mercado. Seguiu o seu
caminho, sem lar e sem igreja"(João Calvino Era Assim, p.35)
Thea B. Van Halsema também menciona, que depois do debate público, onde Calvino destroçou
todos os argumentos de Bolsec, citando de memória a Bíblia e os Pais da Igreja, e que depois
disso, o Conselho dos Duzentos de Genebra expulsar Bolsec da cidade, Bolsec escreve um livro
sobre a vida de Calvino, considerado uma fraude histórica:
"Na sua velhice, e com o seu ligeiro contato com Calvino, BOLSEC PRODUZIU UM LIVRO SOBRE
A VIDA DO REFORMADOR DE GENEBRA. DE TODOS OS LIVROS ESCRITOS PELOS INIMIGOS DE
CALVINO, ESTE É PROVAVELMENTE O QUE ESTÁ MAIS CHEIO DE MENTIRAS MALICIOSAS,
ACUSAÇÕES E INVENCIONICES"(João Calvino Era Assim, p.160)
Quanto a Calvino proibir pobres de entrarem na igreja de Genebra, isso careçe de provas, e é, ao
que tudo indica, mas uma calúnia barata. Thea B. Van Halsema, alude ao seu cuidado pelos
pobres:
"Poderia alguém estar mais ocupado? Havia ainda mais a fazer. Casamentos e batismos tinham
que ser realizados e depois registrados no prédio dos conselhos na caligrafia pequena e angular
de Calvino. OU ALGUM NECESSITADO CHEGAVA À SUA PORTA, COMO AQUELE QUE CALVINO
ENVIOU AO HOSPITAL DA CIDADE COM ESTE BILHETE PARA O ENCARREGADO: 'ESTE POBRE
HOMEM ESTÁ TÃO DESFIGURADO, QUE FAZ DÓ. CONSIDERE A POSSIBILIDADE DE AJUDAR-LHE.
ELE DEVE PERTENCER A CIDADE, POIS SE FORA UM ESTRANHO EU MESMO O TERIA AJUDADO
DE ALGUMA MANEIRA'"(João Calvino Era Assim, p.130).
Thea B. Van Halsema, ainda diz, aludindo a dedicatória que ele fez ao rei da França, mencionando
sua preocupação com os pobres:
"Com a mente aguda de exímio advogado, Calvino argüi cada acusação levantada contra os
Protestantes. Cita as Escrituras abundantemente. Cita os santos padres da igreja. Sua linguagem
é, as vezes, incisiva e forte. Ele esta pleiteando com o rei, mas pleiteia a verdade e não tem
receio de usar linguagem candente.
Somos pacíficos e honestos, é a maneira de descrever a si mesmo e aqueles na França que são
acusados como agitadores. 'Mesmo agora no exílio, não deixa- mos de orar para que toda a
prosperidade vos acompanhe e ao vosso reino'. Aprendemos, 'pela graça divina', a sermos mais
pacientes, humildes, modestos. Se alguns usarem o Evangelho como um 'pretexto para tumultos',
tendes as leis para puni-los. Mas não culpeis, então, o Evangelho de Deus.
Excelência, ...não perdemos a esperança de recuperar vosso favor se lerdes com calma uma
única vez... esta nossa confissão, que pretende ser nossa defesa perante vossa Majestade. Se ao
contrário, porém, os vossos ouvidos estiverem tão preocupados com os cochichos dos mal-
intencionados a ponto de não permitir aos acusados a oportunidade de falarem por si mesmos, e
se aquelas fúrias afrontosas, com a vossa conivência, continuarem a perseguir com
aprisionamentos, açoites, torturas, confiscações, e chamas, seremos, indubitavelmente, como
ovelhas destinadas ao matadouro, reduzidos as maiores agruras.
Mesmo assim, com paciência, possuiremos nossas almas e aguardaremos a poderosa mão do
Senhor, a qual incontestavelmente se manifestara a bom tempo, mostrando-se armada PARA
RESGATAR OS POBRES DAS SUAS AFLIÇOES e para punir os seus despertadores, os quais agora
exultam amparados por perfeita segurança. Queira o Senhor, o Rei dos reis, estabelecer vosso
trono com retidão', e o vosso reino com eqüidade'"(João Calvino Era Assim, p.44)
“Jerônimo Bolsec era MONGE CARMELITA, SUSPEITO DE HERESIA POR CAUSA DE UM SERMÃO
PREGADO EM SÃO BARTOLOMEU, buscou refúgio, em 1535, na corta da duquesa de Ferrara, que
o acolheu com a bondade que lhe era usual, e fez dele seu esmoler. SOUBE PORÉM DISSIMULAR.
RENÉ O TINHA POR PROTESTANTE E OCUPAVA-O COMO INTERMEDIÁRIO NA CORRESPONDÊNCIA
COM CALVINO; O DUQUE, QUE ERA CATÓLICO, TINHA-O NESTA CATEGORIA E SERVIA-SE DELE
COMO ESPIÃO JUNTA A DUQUESA. Em Ferrara contraiu matrimonio e dedicou-se à profissão
médica. PELO SEU GÊNIO VIOLENTO, CONTUDO, VEIO A SER, NÃO MUITO DEPOIS, EXPELIDO DA
CORTE DA DUQUESA”(A Doutrina da Predestinação, p.44).
Assim, Bolsec é descrito por um teólogo arminiano, como alguém manchado de heresia, um
hipócrita, duas caras, violador dos votos de castidade, e persona non grata na corta da duquesa.
Será que dá pra confiar nas “estórias” de um indivíduo com todos esses adjetivos???
Quanto a acusação de aversão de Calvino aos negros, trata-se de outra acusação falsa, tendo em
vista que Calvino, jamais ensinou que qualquer raça humana foi excluída da mensagem de
salvação ou muito menos de adentrar dentro da Igreja: Em seu “Comentário de 1 Timóteo 2:4”,
diz:
“Para o Apóstolo significa simplesmente, QUE NÃO HÁ NENHUM POVO E NENHUMA CLASSE NO
MUNDO, QUE É EXCLUÍDA DA SALVAÇÃO; PORQUE DEUS QUER QUE O EVANGELHO SEJA
ANUNCIADO A TODOS, SEM EXCEÇÃO”.
E em seu “Comentário de Atos 8:27”, aludindo ao eunuco etíope, um negro, Calvino diz:
“Nisto se reconhece que o nome do verdadeiro Deus foi até muito longe, VENDO QUE ELE TINHA
ALGUNS ADORADORES EM PAÍSES DISTANTES”.
E sobre a falsa acusação de Calvino ter sido có-participante da morte de Servet, só seria verdade
se o Pablo Martinez ou qualquer arminiano provasse que Calvino era governador ou magistrado
em Genebra, para que enfim, tivesse poder para ordenar a execução de alguém. Aqui pra nós, os
próprios historiadores arminianos A. Knight e W. Anglin meramente acusam Calvino de omissão
(não de ação) na morte de Servet, afirmando:
"A liberdade de consciência não era entendida por esses reformadores, e Calvino tem sido muito
censurado pela morte de Miguel Serveto, que foi queimado vivo em praça pública, por ter negado
a doutrina da Trindade, POIS CALVINO NÃO EMPREGOU SUA INFLUÊNCIA PARA SALVAR-LHE A
VIDA, deixando-se levar pelo fanatismo da época, embora procurasse, debalde, mudar a forma de
execução do fogo para a espada"(História do Cristianismo, p.325).
Esta declaração mostra que Calvino foi passivo na questão da morte de Servet, não ativo. Ele não
teve nenhuma participação direta neste crime.
Os próprios historiadores arminianos A. Knight e W. Anglin mostra que depois que Calvino foi
expulso de Genebra pelo povo pecaminoso de lá, "NO ANO DE 1540, FOI RESOLVIDO PELO
CONSELHO DOS DUZENTOS que, com o fim de promover a glória de Deus, se procurasse todos os
meios para que Calvino voltasse como pregador"(História do Cristianismo, p.254).
Isso mostra que todas as decisões civis concernentes aos que estivessem em Genebra, eram
tomadas, não por Calvino, mas pelo Conselho dos Duzentos. O próprio Dave Hunt, apesar de
mentir em seu artigo(‘O Lado B do Calvinismo’) reconheçe que todas as decisões civis eram
tomadas por este conselho:
"...o Pequeno Conselho dos Sessenta e o Grande Conselho dos Duzentos, RESPONSÁVEIS PELAS
QUESTÕES CIVIS".
E Servet foi queimado, por ordem do Conselho dos Duzentos de Genebra (não por ordem de
Calvino) não por causa da questão da predestinação, como os falsos acusadores arminianos tem
defendido, mas por sua rejeição a Trindade. Este fato é reconhecido até pelos inimigos da
Trindade:
http://www.unitarismobiblico.com/1/?p=753
Para maiores detalhes sobre a natureza política deste 'Conselho dos Duzentos", ler:
http://revhelio.blogspot.com.br/.../genebra-de-joao...
“"Quem queimou Servetus? MAS O PODER DE SENTENCIAR SERVETUS NÃO ESTAVA NAS MÃOS
DE CALVINO. ESTAVA COMPLETAMENTE NAS MÃOS DO PEQUENO CONSELHO DE GENEBRA"(João
Calvino era Assim, p.170).
“A DECISÃO DE MATAR SERVETUS NÃO TINHA SIDO DE CALVINO E NEM FOI MOTIVADA PELA
SUA FORTE INFLUÊNCIA. O VEREDITO FOI DO PEQUENO CONSELHO DE GENEBRA, PELO
ACONSELHAMENTO DE CIDADES IRMÃS. Estes fatos nem sempre são lembrados”(João Calvino
Era Assim, p.174).
Até o poeta inglês Samuel Taylor Coleridge(1772-1834), poeta, crítico, ensaísta inglês, um dos
fundadores do romantismo na Inglaterra, ironizando a acusação que muitos fazem recair sobre
Calvino sobre a morte de Servet, disse:
“Além disso, SE ALGUMA VEZ UM POBRE FANÁTICO EMPURROU-SE PARA O FOGO, FOI MIGUEL
SERVET. ELE ERA UM ENTUSIASTA RAIVOSO, E FEZ CADA COISA QUE PODIA NA FORMA DE
INSULTO E OBSCENIDADE PARA PROVOCAR O SENTIMENTO DA IGREJA”(Specimens of The Table
Talk, p.283)
Pablo Martinez chama Calvino de “herege”. Rindo com mais esso erro dele. Nada que o Pablo
Martinez ou que qualquer outro arminiano inimigo de Calvino, diga ou faça contra o reformador
francês, seja, ofendendo-o, ou se utilizando de fraudes históricas, vai apagar o brilho de sua obra.
E nem preciso me alongar muito para atestar isso. Deixo que os arminianos falem por mim:
""Instado por Farel, João Calvino aceitou liderar a Reforma naquela cidade e pôs a mão à obra...
Vai para Estrasburgo, mas em 1541 retorna a Genebra e leva avante a tarefa de fazer daquela
cidade turbulenta e dissoluta um modelo de um centro protestante para a difusão da Palavra de
Deus.
"Trabalhando diuturnamente durante o seu longo ministério de vinte e quatro anos, Calvino
praticamente conseguiu o seu intento. A IGREJA, BEM ORGANIZADA, POSSUÍA UM PRESBITÉRIO
QUE VIGIAVA A CONDUTA DO POVO E DOS MINISTROS; UM SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, A
CARGO DE DIÁCONOS, E UMA ACADEMIA ONDE SE ENSINAVA TEOLOGIA E PREPARAVAM-SE
PARA A EVANGELIZAÇÃO DE OUTROS POVOS. ENFIM, GENEBRA TORNOU-SE UMA CIDADE
NOTÁVEL,PELA ORDEM, PELA CULTURA E PELO CRISTIANISMO BÍBLICO QUE ERA ALI
ARDOROSAMENTE VIVIDO...
"Como seus antecessores, Calvino fazia distinção entre Igreja Visível e a Invisível... FOI
CONSIDERADO O MAIOR TEÓLOGO DA CRISTANDADE... JOÃO CALVINO ENVIA (EM 1556) AO
BRASIL UM GRUPO DE PASTORES REFORMADOS, QUE SE FIXAM NA 'FRANÇA ANTARTICA', UMA
DAS ILHAS DA BAÍA DA GUANABARA NO RIO DE JANEIRO. (EM 1557)OS EVANGÉLICOS
FRANCESES REALIZARAM O PRIMEIRO CULTO PROTESTANTE DO BRASIL e, possivelmente, do
Novo Mundo. Também foram os autores da bela 'Confissão de Fé da Guanabara'"(Defesa da Fé;
Ano 7;nº 51 - Dezembro de 2002, pp.34,42-43).
É patente a falta de conhecimento de história da igreja cristã desse individuo, quando diz que
Zuinglio convidou Calvino para reformar Genebra, quando todos sabem que foi o reformador Farel
que fez este convite a Calvino, conforme testemunha a historiadora Thea B. Van Halsema:
"Foi du Tillet, o amigo de Calvino, que tinha contado a Farel que Calvino estava passando a noite
em Genebra. De repente, Farel viu a solução para os seus problemas. Aqui estava um líder da
Reforma, um homem na flor da idade, brilhante, cujo preparo em direito o capacitava para tratar
com os conselhos bem como com as facções da cidade. Sobretudo, aqui estava um homem que
compreendia os ensinamentos bíblicos melhor do que qualquer outro homem da época. Este
homem poderia ensinar a Palavra de Deus a outros. Auxiliado pelo Espírito Santo, poderia
transformar as vidas dos habitantes de Genebra. CALVINO ERA A RESPOSTA DE DEUS PARA O
PROBLEMA DE GENEBRA. FAREL NÃO TINHA DÚVIDAS SOBRE ISSO. Correu depressa pelas ruas
estreitas a pensão onde Calvino se hospedara.
E agora Calvino tinha concordado em ficar. Disse aos seus irmãos em Genebra que precisava ir
primeiramente a Basel para trazer um parente e alguns dos seus pertences. Visitaria algumas
igrejas a caminho. Dentro de poucas semanas estaria de volta a Genebra para fixar residência.
Calvino cumpriu sua promessa. Mas, 'logo que voltei a Genebra', escreveu a um amigo na França,
"um resfriado violento me atacou, afetando as gengivas superiores. Mesmo depois de nove dias
não me senti melhor, embora tenha sido sangrado duas vezes, tomado uma dose dupla de pílulas
e recebido a aplicação de vários cataplasmas."
Tal introdução a Genebra não foi muito auspiciosa. Levantou-se da cama para começar seu
trabalho de aulas diárias em Saint Pierre. O seu título era suficientemente pomposo: Professor de
Sagradas Letras. Mas era um professor sem salário. Em setembro de 1536, Farel requereu ao
conselho da cidade que empregasse Calvino como professor das Escrituras e que o pagasse pelo
seu trabalho. O conselho atendeu ao pedido, mas somente em fevereiro do ano seguinte é que
lhe deram o primeiro pagamento. Entrementes, nas atas do conselho, a referência a Calvino se
restringia a "aquele francês". Ou era bem desconhecido ou o secretário do conselho não sabia o
seu nome.
Todas as tardes Calvino subia pela pequena rua íngreme que levava a catedral. Ali dava palestras
no imenso auditório, que estava agora despido das suas imagens e altares. Um pequeno grupo ia
ouvir as suas conferências sobre as epístolas de Paulo. Além dos seus estudos e
correspondência, Calvino trabalhava numa versão francesa das Institutas.
Calvino estava meditando também sobre o que ocorria ao seu redor. Com uma tristeza mesclada
com raiva, Calvino via o povo de Genebra voltando a vida que tinha abandonado durante a luta
contra o duque. As tavernas estavam sempre repletas. Bêbedos cambaleavam pelas ruas. Dados
chocalhavam alegremente nas rodas de jogo. Os homens não guardavam segredo quanto as suas
amantes e o uso que faziam das prostitutas. Plataformas eram montadas nas praças para um
grande período de danças. Calvino achava que o povo se vestia espalhafatosa e imodestamente.
Os homens trajavam culatras talhadas ao invés de túnicas modestas. As mulheres exibiam suas
sedas e jóias com estilos insinuantes.
Tudo isso numa cidade que tinha sido oficialmente declarada Protestante! Muitas dessas
pessoas tinham solenemente levantado suas mãos em Saint Pierre, jurando viver pela Palavra de
Deus. Pertenciam todos a Igreja de Genebra. Como poderia um asilado francês, mal conhecido
entre eles, começar a ensinar-lhes a fé que não conheciam? Como poderia conduzi-los a uma
vida de consagração tão diferente da imoralidade diária que praticavam?
Talvez o texto dos dias de perseguição na França tivesse servido de consolo a Calvino nesses
dias: "Se Deus é por nos, quem será contra nós?" Quem, deveras!""(João Calvino Era Assim,
pp.68-70)
Assim, fica provado que o Pablo Martinez, não passa de um violador do 9º mandamento(Ex 20:16)
e cometendo o pecado da calúnia. Mas, já no Código Penal Brasileiro, caluniar uma pessoa,
mesmo que esta pessoa esteja morta, é considerado um delito passível de grande punição:
“Calúnia
Art. 138 – CALUNIAR ALGUÉM, IMPUTANDO FALSAMENTE FATO definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - NA MESMA PENA INCORRE QUEM, SABENDO FALSA A IMPUTAÇÃO, A PROPALA OU
DIVULGA
§ 2º - É PUNÍVEL A CALÚNIA CONTRA OS MORTOS”
Certamente, você afirmar que alguém é có-participante de um crime, quando você não tem
nenhuma prova documental ou testemunhal sobre isso, trata-se de um delito que recai sobre
você.
Da mesma forma, quando você, sem provas, afirma que um líder cristão é um homossexual, você
além de cometer o delito da calúnia(138º Artigo), comete também o delito da “difamação”:
“Difamação
Art. 139 - Difamar alguém, IMPUTANDO-LHE FATO OFENSIVO À SUA REPUTAÇÃO:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Talvez esse tipo de atitude possa também ser encaixada como delito de injúria:
“Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, OFENDENDO-LHE A DIGNIDADE OU O DECORO:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa”
O Pablo Martinez é corajoso para ofender a honra, a dignidade e a reputação de Calvino, porque
sabe que os admiradores da teologia de Calvino, não farão justiça com as próprias mãos. Duvido
que ele faça isso com Maomé!!!
E outros amigos de meu face, estão autorizados e convidados a opinarem e comentarem isso.
Estejam a vontade....