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Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus

Aracati

BAGAÇO DA CANA-DE-AÇÚCAR E ÁLCOOL

Trabalho apresentado à disciplina de Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e


Produtos Derivados, do Curso de Petroquímica, sob orientação do Professor Lee
Marx

Aluno​​: Mateus Inocêncio Ferreira de Sena

Aracati (CE), Dezembro de 2018


BAGAÇO DA CANA-DE-AÇÚCAR E ÁLCOOL

O bagaço da cana-de-açúcar que antes não era utilizado de forma benéfica ao meio
ambiente, pois gerava um grande volume de resíduos após a produção do álcool, açúcar e seus
derivados. Hodiernamente, através da sua queima tem-se a geração de energia limpa e
renovável. Uma alternativa viável, uma vez que, diminui os impactos ambientais negativos
antes causados pelo bagaço, que antes era desperdiçado, e ainda torna-se uma alternativa a
mais para as empresas, que se tornam sustentáveis, pois este feito diminui a emissão do
Dióxido de Carbono(CO​2​). Além das vantagens ambientais, cria-se uma terceira fonte de
renda bastante significativa para os produtores de açúcar e álcool.
O processo de produção de energia elétrica a partir do bagaço de cana-de-açúcar é
totalmente automatizado e inserido dentro da linha de produção das usinas. Após a planta ser
colhida e levada até a usina, ela passa por três moendas. O produto da primeira moagem vai
para a produção de açúcar, na chamada "moagem de 1ª linha". Já na segunda e na terceira
moagens o que é produzido é o álcool combustível. O que resta da cana é o bagaço, que é
levado por uma esteira até a caldeira que realiza a queima. Depois de passar pelas turbinas e
geradores, o vapor produzido na queima gera a energia elétrica. Com relação ao possível dano
ambiental causado pela fumaça produzida na queima do bagaço, a fuligem produzida é retida
em filtros. "Não sobra nada da cana, eles aproveitam tudo. A própria fuligem acaba se
tornando adubo para plantios futuros", (DANTAS).

Figura 1. ​Aproveitamento energético da cana de açúcar.


Pelos valores apresentados na figura, vemos que a quantidade energética é dividida
quase que igualmente entre os três. Podemos fazer uma comparação do conteúdo energético
de uma tonelada de cana-de-açúcar, 1.718.000 kcal, com o potencial energético de um barril
de petróleo que é de 1.386.000 kcal, ou seja, uma tonelada de cana equivale energeticamente a
1,24 barris de petróleo bruto. A geração de energia através da queima do bagaço possui
diversas vantagens, principalmente em relação ao uso de fontes termelétricas, como a queima
de carvão mineral ou petróleo, como o suprimento da sazonalidade das chuvas, que como
grande parte da energia elétrica gerada no país é proveniente das hidrelétricas, que dependem
das chuvas para garantir o nível dos reservatórios, a queima do bagaço da cana é ótima forma
de suprir a menor produção de eletricidade nos períodos de seca, além da vantagem ambiental
em relação às usinas termelétricas, o bagaço de cana também possui maior disponibilidade e
melhor acesso.
Há poucas perdas de energia, se comparado com a eletricidade produzida nas grandes
usinas e como a energia produzida vai para as centrais de distribuição de cidades próximas, há
muito menos perda. Além disso, o período de safra da cana, de março a novembro, coincide
com as épocas em que a oferta hidrelétrica é normalmente menor, por causa da diminuição
das chuvas. Segundo o pesquisador Dantas, o principal diferencial do aproveitamento do
bagaço da cana é a importância ser uma energia renovável que pode contribuir com a redução
na emissão de gases que provocam o efeito estufa. Ele acredita ainda que o potencial de
produção de energia deve aumentar nos próximos anos por dois motivos. O primeiro está
ligado a evolução tecnológica. Mesmo com um possível aumento de custos o aumento da
produtividade compensaria os gastos com investimento. O segundo está na redução das
queimadas no momento do corte da cana. Caso o bagaço e a palha sejam utilizados
exclusivamente para a produção de energia elétrica, seria possível produzir cerca de 200 kWh
de energia elétrica por tonelada de cana em sistemas eficientes, atualmente, as usinas
produzem menos do que 50 kWh por tonelada. Antigamente, era proibida a venda de energia
elétrica por usinas de cana-de-açúcar. Com a reforma do setor elétrico, em 1999, o produtor
independente de energia passou a ter acesso à rede de transmissão e distribuição, o que
permitiu que usinas de cana-de-açúcar pudessem vender eletricidade para a rede, até então, as
caldeiras que haviam sido construídas para a queima do bagaço eram de baixa eficiência, já
que era necessário queimar todo o bagaço e produzir pouca eletricidade, apenas aquela
necessária para o funcionamento da usina. Hoje em dia existem caldeiras bem mais eficientes.
Referências:
1. FATEABR, Costa. ​A Utilização da Biomassa da Cana-de-Açúcar como fonte de
energia renovável aplicada no setor sucroalcooleiro. ​Disponível em:
<​http://publicacoes.fatea.br/index.php/raf/article/viewArticle/455​>. Acesso em 05 de
Dezembro de 2018.
2. INOVAÇAOTECNOLOGICA, Martins. Energia produzida a partir do bagaço da
cana é economicamente viável​​. Disponível em:
<​https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=energia-produz
ida-partir-bagaco-cana-economicamente-viavel&id=010175090810#.XAhLDYtKjIV​>
. Acesso em 05 de Dezembro de 2018.
3. NOVACANA. ​A cana-de-açúcar como fonte de energia elétrica. Disponível em:
<​https://www.novacana.com/estudos/a-cana-de-acucar-como-fonte-de-energia-eletrica
-241013​>. Acesso em 05 de Dezembro de 2018.
4. PIXFORCE. ​Uso da Cana-de-Açúcar como fonte de energia. Disponível em:
<​https://pixforce.com.br/cana-de-acucar-como-fonte-de-energia/​>. Acesso em 05 de
Dezembro de 2018.
5. SIAMIG, Marina. ​Uso ​de bagaço da cana de açúcar abre novas possibilidades.
Disponível
em:<​http://www.unifesp.br/reitoria/dci/publicacoes/entreteses/item/2280-uso-de-bagac
o-da-cana-abre-novas-possibilidades​>. Acesso em 05 de Dezembro 2018.

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