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Módulo I
Atenciosamente
Equipe Cursos 24 Horas
Sumário
Introdução..................................................................................................................... 3
Unidade 1 - Conceituação ............................................................................................. 4
1.1 - O que é planejamento educacional?....................................................................... 5
1.2 - Fases e etapas do planejamento............................................................................. 9
1.3 - Recursos Didáticos ............................................................................................. 22
1.4 - Implementação e controle do planejamento......................................................... 31
Unidade 2 - Alicerçando o planejamento..................................................................... 36
2.1 - Instrumentos úteis ao planejamento..................................................................... 37
2.2 - Currículo Escolar ................................................................................................ 42
2.3 - Estruturação Didática da Aula............................................................................. 47
2.4 - Projeto Escolar - Projeto Político Pedagógico (PPP)............................................ 57
Conclusão do módulo ................................................................................................. 69
Introdução
Prezado(a) Aluno(a),
3
Unidade 1 - Conceituação
Prezado(a) Aluno(a),
Bons estudos!
4
1.1 - O que é planejamento educacional?
Os atos do ser humano sempre são em função de algo, podendo ser atos
aleatórios ou atos planejados. Agir aleatoriamente significa "ir fazendo as coisas", sem
ter clareza de onde se quer chegar, entretanto, agir de modo planejado significa definir
metas e construir conscientemente um planejamento.
O planejamento, visto por essa óptica, parece algo perfeito, fácil e linear.
Acontece que a teoria é fácil, mas a prática é muito difícil. Diante das vicissitudes
diárias na vida de um educador, mesmo com um ótimo planejamento tudo pode
desmoronar. O planejamento educacional exige diretrizes firmes, como se verá nesse
curso.
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Quando o planejamento é desacreditado.
O planejamento do ensino deve ser feito com seriedade e não encarado como
uma burocracia documental, feito apenas por mera formalidade, uma obrigação
pedagógica, depois engavetada e esquecida. Por conseguinte, os planos não são postos
em ação e os objetivos não alcançados.
Parece que tudo vai funcionar perfeitamente, porém é comum, durante as aulas,
o professor se deparar com situações adversas, notando que os seus alunos parecem
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desmotivados, perdidos e, por consequência, desmotiva-se, desanima-se com o próprio
planejamento. Na hora da avaliação, o professor pode notar o despreparo dos alunos,
nesse momento corre-se o risco de desacreditar do planejamento.
Contexto histórico
Por meio dessa tendência, o planejamento foi burocratizado, com uma papelada
infinita e formulários, um otimismo excessivo permeava a escola. Os resultados foram
decepcionantes para os educadores, pois havia muita documentação desnecessária. Os
resultados não foram exatamente os previstos. Acreditava-se muito no saber
enciclopédico e na memorização. O aluno, por sua vez, saía da escola despreparado para
os desafios do mundo.
Mudanças foram acontecendo ao longo dos anos. E na década de 80, essa visão
comportamentalista foi dando lugar a outras linhas de pensamento. Neste momento, está
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em voga a pedagogia Crítica dos Conteúdos, o planejamento foi abandonado em função
do processo educacional. A burocracia dá lugar ao pensamento crítico e o planejamento
é deixado de lado.
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de ensino é realizar um trabalho transformador. O planejamento é o produto desse
processo de reflexão e decisão. Ao elaborar um planejamento de ensino, é necessário
decorrer de maneira organizada e antecipada, preparando as atividades que serão
desenvolvidas ao longo do ano letivo. Esse planejamento deve se basear em
fundamentos teóricos, métodos pedagógicos e, também, no sistema de organização e
administração da escola.
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PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM.
Necessidade (porquê)
Plano
Análise do Processo
Confronto Realização – Elaboração
+ Tomada de Decisão
(como está evoluindo)
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Fase Diagnóstica
Nessa fase inicial, o diagnóstico da turma com a qual irá se trabalhar deve ser
detalhado. É preciso conhecer os elementos pedagógicos (que já foram trabalhados),
compreender quais elementos psicológicos envolvidos (anseios e comportamentos
próprios de cada idade), além de uma análise econômica, social, política e cultural
(conhecer o contexto em que está inserido o aluno). É fundamental fazer um diagnóstico
inicial, buscando dados que nos permitam caracterizar a clientela.
Necessidades
Mas fazer esse diagnóstico não é só criticar, ver os defeitos. É preciso identificar
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as dificuldades e os facilitadores. Para compreender a realidade deve-se, portanto, ir
além das aparências, da descrição da realidade. A descrição da realidade não é o
suficiente para o diagnóstico, embora seja necessária. Diagnosticar é identificar os
problemas mais relevantes, ou seja, aqueles que efetivamente precisam ser resolvidos
para a melhoria do ensino.
A Elaboração do planejamento
Definir os objetivos é o
primeiro passo na elaboração
do planejamento. Nessa fase, é
preciso determinar com
clareza aquilo que se pretende
atingir. Essa afirmação parece
óbvia, mas na prática o que
mais ocorre é a improvisação
na sala de aula, pois muitos
professores já dominam o
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conteúdo e lecionam há muito tempo.
Essa definição nos dá uma prévia de quanto tempo levaremos pra alcançar os
objetivos gerais impostos pelo sistema educacional. Nesse momento devem ser
consideradas as finalidades da educação escolar na sociedade e na nossa escola, bem
como o calendário e o horário escolar.
Por exemplo: o professor deseja fazer um projeto de leitura com os alunos, para
tanto deve levar em consideração quais são as habilidades a serem desenvolvidas nesse
projeto, como articular com as atividades já previstas no currículo escolar e qual é a
relevância para a formação do aluno.
Os objetivos não podem ser feitos apenas pela perspectiva do professor, mas
devem atender aos anseios daquela comunidade e as demandas atuais da sociedade.
Como nosso sistema educacional é tradicionalista, essa fase pode ser mais difícil. Nossa
sociedade também é tradicional, pode ser que as pessoas estranhem mudanças dentro da
escola. Sem contar que, existem as exigências curriculares que cada disciplina deve
compreender.
De modo geral, sempre há espaço para que o professor faça o seu planejamento a
partir das diretrizes escolares (que são feitas com base nos documentos oficiais) e
enfatizar como abordar os conteúdos. O professor não deve ficar engessado pela
filosofia institucional da escola.
Nessa etapa, o professor pode e deve contar com a participação dos estudantes,
envolvendo-os no processo. Faz-se um diagnóstico preliminar, compreendendo o aluno
em sua individualidade, nada mais justo do que a participação ativa do educando no
processo de aprendizagem. Na educação, tanto professor como o aluno são partes do
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processo de ensino-aprendizagem.
O professor deve escrever antes de cada aula, o roteiro, ou seja, o que será feito
no dia. Essa rotina ajuda o professor e o aluno a se organizarem. Essa prática deve ser
mantida como uma rotina para orientar o aluno sobre o processo de aprendizagem.
Sabe-se que, na maioria dos casos, o professor não participa diretamente dos
objetivos gerais do sistema escolar, porém no nível escolar participa diretamente, pois o
plano escolar é um trabalho coletivo, realizado nas reuniões pedagógicas. Participa mais
diretamente ainda no plano de ensino, mesmo que organizado junto com os colegas (o
que é sugerido), esse plano vai orientar sua rotina na sala de aula.
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Os objetivos são construídos a partir de três diretrizes:
Objetivos gerais
• Documentos oficiais.
• E usados pelo professor na aplicação da sua disciplina, como base para elaborar
seu planejamento.
Objetivos Específicos
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Ponto de chegada: a definição do currículo
Daniela Almeida
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nos registros (anotações no caderno, avaliações dos alunos etc.), é preciso avaliar: os
conteúdos foram absorvidos pela turma? Consegui cumprir as metas? O que vou fazer
diferente para que todas as crianças efetivamente aprendam o que é necessário?
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avaliar os problemas pelos quais os alunos estão passando. Só assim é possível propor
exercícios e planos de aula que façam todos avançarem.
Tudo isso sem deixar de lado as características próprias das crianças. "Não
podemos esquecer que cada uma é um sujeito, com origem social, cultural e histórica
peculiar. Por isso, é bom levantar o máximo de informações sobre a turma antes de dar
início ao processo", afirma Marta Marandino, professora de Metodologia do Ensino da
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
Todo ano, a professora Andrea Maciel usa os primeiros dias de aula para fazer
um diagnóstico da turma de 4º ano na EMEF João Belchior Marques Goulart, em São
Leopoldo, na Grande Porto Alegre. "As atividades servem para descobrir a partir de
que ponto devo continuar desenvolvendo os conteúdos. Uso essa informação para
montar o planejamento, levando em consideração as metas preestabelecidas."
Conversar com os colegas para conhecer melhor os alunos é outra iniciativa positiva.
"Aqui, na escola, temos um combinado: se alguém percebe que algo não progride,
buscamos apoio nos outros professores e na coordenação. Às vezes, eu estou fazendo
coisas que são óbvias para mim, mas para os estudantes não. E só alguém de fora
consegue identificar essa falha no processo de ensino." Esse espaço para a realização
do planejamento coletivo, por disciplina ou por série, está se tornando cada vez mais
comum em escolas, pois proporciona a troca de experiências e aumenta o repertório de
boas práticas: quais estratégias de ensino funcionaram para tal conteúdo?
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/definicao-
curriculo-427818.shtml
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1.3 - Recursos Didáticos
Falar sobre recursos pode parecer óbvio, seus ganhos são inegáveis, mas a
realidade do nosso sistema é outra. Uma grande parcela das nossas escolas não tem
acesso a serviços básicos, quanto mais computadores e acesso a internet.
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É preciso ter em mente qual é a clientela de educando e aonde se quer chegar,
para tanto, é necessário que se avalie os meios necessários para alcançar aquilo a que se
almeja. Dentre esses meios, estão os recursos didáticos que o professor utiliza em sala
de aula para ajudar a alcançar os objetivos que almeja no ensino de algum conteúdo. De
nada adianta querer apresentar aos alunos algumas obras de arte de um determinado
artista, se a escola não possuir um projetor ou livros com as imagens; ou planejar uma
aula com o uso de calculadoras e não ter uma quantidade suficiente para todos os alunos
da classe. Esses recursos didáticos servem de instrumentos complementares que
auxiliam na aprendizagem aula e contribuem para o desenvolvimento da criatividade do
aluno, deixando a aula dinâmica.
Tipos de recursos
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Os recursos mais utilizados nas escolas são os recursos de áudio (rádio e verbal),
recursos visuais (retroprojetor, cartazes, lousas, figuras, slides), recursos audiovisuais:
(televisão), recursos multimídia (computadores), muito embora algumas delas não
possuam nem lousa.
Esses são apenas uns poucos exemplos, pois há uma variedade de recursos
pedagógicos que são igualmente funcionais, como jogos, flash-cards, mapas, gráficos,
brincadeiras, simulações (teatros), execução de uma receita culinária, passeios em grupo
etc. Enfim, há uma infinidade de recursos que podem ser utilizados pedagogicamente.
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Fonte: http://www.forumconcurseiros.com/forum/showthread.php?t=309387
Atenção:
• Sempre levar em conta o tempo que um determinado recurso vai exigir para ser
aplicado;
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• Na confecção de cartazes, transparências, slides, não poluir com informações em
excesso, cores muito fortes ou imagens em demasia;
• Os escritos são apenas as principais ideias que devem ser memorizadas, nada de
textos longos e cansativos;
Nessa etapa, devemos apenas tentar levantar rotas possíveis, sem nos
preocuparmos muito em escolher uma ou outra. Com ajuda dos recursos, é possível
criar rotas alternativas e originais para alcançar os objetivos - aqui a palavra rota, quer
dizer, encontrar outras maneiras de fazer uma mesma coisa. Por exemplo, se o professor
não conseguir explicar um conceito para a classe pode usar um vídeo ou figuras.
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As estratégias usadas para o ensino devem ser maleáveis e passíveis de
mudanças a qualquer instante, ou adaptadas para outro contexto distinto, porque o que
pode dar certo para uma sala, pode não dar certo com outra. Nesse ponto, deve-se
permitir alternativas, pois alguma das alternativas funcionará. Assim o educador não se
prende, caso ocorra algum imprevisto que não o permita prosseguir com a estratégia
escolhida.
Veja abaixo uma matéria da revista Nova Escola, que exemplifica, de maneira
clara, como traçar uma estratégia de ensino:
Usar a ideia de giro para entender o que significam medidas como 90º ou 180º ajuda a
compreender o conceito de ângulo e dar sentido a ele.
Ao examinar o currículo previsto para sua turma de 5º ano, a professora Andréia Betina
Legatsky Klitzke se surpreendeu com uma recomendação no bloco Espaço e Forma: o
documento indicava que os alunos deveriam aprender a usar o transferidor para medir
ângulos assim que o conteúdo fosse iniciado. "Isso me preocupou", conta ela. "Utilizar
o instrumento sem antes compreender o que é ângulo poderia tornar a atividade
mecânica e sem sentido." Começava ali uma investigação para tratar o assunto de uma
forma que fosse mais significativa e que gerasse, realmente, o aprendizado nessa área.
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Os resultados foram tão bons que renderam à Andréia o troféu de Educadora Nota 10
do Prêmio Victor Civita de 2009. "Foi um projeto muito bem construído, da abordagem
inicial à avaliação", explica Priscila Monteiro, formadora do Instituto Avisa Lá e
selecionadora do Prêmio. "Um dos maiores méritos foi a variedade de atividades, algo
especialmente importante numa turma como a dela, em que havia dois alunos com
deficiência intelectual." Trata-se de uma providência essencial para contemplar a
heterogeneidade que toda classe possui e colaborar para que, de uma forma ou de outra,
todos aprendam. No grupo de Andréia, o avanço superou as expectativas para a faixa
etária. No fim da sequência, a garotada era capaz de estimar medidas tão sofisticadas
como 22,5º.
Objetivo
Andréia queria superar a abordagem clássica (e, por vezes, pouco produtiva) sobre
ângulos, centrada em definições e fórmulas. O ponto de partida foi levar a turma do 5º
ano a perceber como os diversos tipos de giro realizados pelo corpo estavam
relacionados aos ângulos e poderiam ser medidos em grau. Com base nisso, o projeto
previa ainda explorar a noção em polígonos, estimar aberturas e, no fim, discutir sobre
a importância do ângulo para diversas profissões, de engenheiro a mecânico, de
marceneiro a arquiteto.
Passo a passo.
A primeira etapa, essencial, foi sondar o que a classe sabia sobre ângulos. A palavra era
conhecida ("No futebol, quando o chute é no alto, no canto, é gol no ângulo", disse um
aluno), mas o conceito, não. A associação com os giros esclareceu dúvidas e abriu
caminhos para atividades de direcionamento por uso de coordenadas ("gire 180º", "vire
90º") e em malha quadriculada (em que era preciso seguir instruções escritas para
traçar o rumo certo). O passo seguinte foi a confecção do medidor de ângulos. E, com
ele, o aprofundamento: a turma passou a estimar medidas em objetos do cotidiano e em
polígonos, superando as expectativas de aprendizagem para o ano.
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Avaliação
Cumprida essa etapa, já se pode tratar de ângulos menores que 90º, porta de entrada
para estimar medidas de amplitude em polígonos. Hora de usar transferidor e
esquadro? Não necessariamente. Ainda se apropriando da relação ângulo-rotação, peça
que os estudantes cortem um pequeno círculo de papel. Mostre que ele representa um
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giro completo - 360º, portanto. Convide-os a dobrá-lo ao meio. Notaram a semelhança
com o meio giro, 180º? Mais uma dobra e chegamos aos 90º. Se seguirmos dobrando,
teremos 45º, 22,5º e assim por diante.
Inclusão exemplar
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1.4 - Implementação e controle do planejamento
A fase de ação é uma tarefa complexa, pois consiste em tirar do papel o que foi
planejado. Nem sempre é possível colocar em prática as estratégias elaboradas ou
assegurar que elas serão eficazes. Com o plano terminado, na hora de por em prática,
pode haver resistências por parte dos colegas, da coordenação e da escola, pois a
implementação pode implicar várias mudanças, o que gera incertezas e conflitos. Por
essas razões muitos planejamentos ficam apenas no papel.
• Falta de cultura de planejamento seja por parte dos outros professores ou por
parte da instituição de ensino;
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• Incompreensão da importância do planejamento;
O ideal é que avaliação seja feita coletivamente para que seja analisado,
juntamente com a coordenação e com os colegas do corpo docente, se os resultados
estão sendo positivos e, se não, quais atitudes tomar para mudar essa situação.
Áreas a avaliar.
• Questionários de docentes;
Fonte: http://www.empresasedinheiro.com/wpcontent/uploads/2011/07/pdca_ferramenta-
administrativa.jpg
Como é possível observar, o ciclo PDCA não trata só da avaliação, mas mostra a
maneira como ela se relaciona com o planejamento. Embora esse conceito seja
difundido em empresas, o seu valor é explícito nos diversos tipos de planejamento.
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Unidade 2 - Alicerçando o planejamento
Será aprendido como estruturar e organizar suas aulas, além de maneiras mais
eficientes para a aplicação das disciplinas escolares. Igualmente estudaremos
detalhadamente o Projeto Político Pedagógico, relacionando sua importância ao
planejamento de ensino.
Bom estudo!
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2.1 - Instrumentos úteis ao planejamento
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conceitos memorizados serão esquecidos. Na aprendizagem significativa, os novos
conceitos se fixam através das estruturas cognitivas preexistentes.
Fonte: http://labspace.open.ac.uk/mod/resource/view.php?id=365568
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Fonte: http://projetodeaprendizagem.pbworks.com/w/page/19250025/Mapas%20Conceituais%205
Observe, por meio dos esboços acima, como os mapas podem ser diferentes uns
dos outros, não existe um modelo certo, pois os mapas são representações pessoais. Só o
próprio autor consegue explicar o significado que atribui aos conceitos.
• Estratégias de estudo;
• Planejamentos em geral.
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Como uma ferramenta de aprendizagem, para o aluno:
• Fazer anotações;
• Resolver problemas;
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quais os conceitos gerais e específicos se envolvem, e o mapa conceitual é uma
representação dessa estrutura.
Sondagem
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O Professor deve sempre se lembrar, que o aluno está na escola para ser
ensinado. A sondagem analisa as deficiências atuais e promove estratégias para a
superação dessas deficiências.
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ensino e da aprendizagem, ou seja, à atividade prática da escola, o currículo promove a
organização dos conteúdos, facilitando a sua aplicação pedagógica.
O currículo não pode ser pensado apenas como um rol de conteúdos a serem
passados ao aluno, e sim como aquisição de habilidades. Instruir alguém não é ensiná-lo
a armazenar informações, mas sim ensiná-lo a participar do processo de obtenção de
conhecimento. Ensinar é fazer o aluno pensar por si mesmo, evoluindo cognitivamente
de modo progressivo.
Para organizar o currículo, é preciso fazer uma relação entre o conhecimento que
deve ser trabalhado em sala de aula e a realidade, embora no Brasil, o academicismo
seja a forma mais comum de organizar o currículo escolar. O academicismo se refere à
maneira de estruturar o currículo em prol de conteúdos programáticos que devem ser
cumpridos.
Entretanto, há uma tendência que busca fazer essa relação entre o conhecimento
e a realidade. Essa tendência coloca a realidade como ponto de partida, ou seja, a partir
da reflexão da realidade, organizam-se os temas que necessitam ser discutidos.
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Evidentemente, ao se trabalhar a partir da realidade, o objeto de estudo se
contextualiza com o sujeito. Encontramos nessa atual tendência, uma forma mais
concreta para o aluno construir seus saberes, que rompe com o tradicionalismo escolar.
Os conteúdos de ensino de
uma disciplina se referem ao
conjunto de conhecimentos e as
informações necessárias e
pertinentes à formação do aluno, de
acordo com o nível escolar em que
ele se encontra. Em geral os
conteúdos de uma disciplina são
selecionados com base em guia
curriculares oficiais.
Com base nisso, podemos dizer que o conhecimento é fruto do trabalho humano.
Percebe-se assim a estreita relação entre o sujeito (aluno) e a sua vivência.
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• Como organizar eficientemente essas experiências educacionais?
• Que conteúdos os alunos deverão adquirir para ser tornarem aptos à vida social?
• Como podemos ter certeza de que esses objetivos estão sendo alcançados?
Como foi dito, a organização do currículo escolar é uma das tarefas mais
importantes no planejamento de ensino, pois ele é a base informativa e formativa
escolar.
A aplicação dos conteúdos por meio de atividades que promovam essa interação
é bastante significativo. Basicamente, preparar o aluno para a vida é o principal critério
de seleção de conteúdos.
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Caráter Científico.
Uma boa maneira de fazer isso, é conhecer a estrutura da matéria, isto é, sua
base. Destacando o que é principal, o aluno tem condições de aprender sem ficar
sobrecarregado.
Caráter Sistemático.
Os conteúdos devem ter ligações entre si, e não serem genéricos e fragmentados.
O ideal é que até as matérias sejam trabalhadas de maneira interdisciplinar. Nesse caso,
um planejamento coletivo, elaborado de forma conjunta com todos os professores, é o
mais adequado.
Conhecimento Prático
46
Acessibilidade
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aula ou de um conjunto de aulas requer uma estruturação didática, isto é, uma sequência
de passos de ensino.
Nome da matéria
Guia do Guia do
professor estudante
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Objetivos Materiais
(Especifique necessários
habilidade/informações • Papel
que serão passadas) • Lápis
• Outros
Informações
(Forneça e/ou
demonstre informações
necessárias)
Verificação Outros
(Etapas para verificar o recursos
grau de compreensão do • Internet
aluno) • Livros etc.
Atividade
(Descreva a atividade
independente para
reforçar esta lição)
Resumo Observações
adicionais
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A finalidade desse tópico é auxiliá-lo com seu plano de aula, não se trata apenas
de um preenchimento de formulários. É necessário deixar bem claro que os formulários
são válidos e úteis, porém o seu preenchimento sem reflexão só torna o ensino
enfadonho e mecânico e isto não é planejamento e apenas preenchimento.
Dimensão Elementos
Objetivos Da Escola
Da Disciplina
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Planejamento de unidade didática
Ao ministrar uma aula, o professor deve se esforçar para que ela seja mais do
que uma simples exposição de conteúdos, precisa desenvolver uma ação didática
organizada, dirigida para o processo de aprendizagem, com fins instrutivos. Esse
processo não se dá em apenas uma aula, pois os resultados do ensino não são
instantâneos.
O tempo de duração da aula deve ser muito valorizado, para ser produtivo, pois
na maioria das vezes é o único tempo que o aluno tem para estudar. Na sociedade atual,
os alunos ficam muito tempo sozinhos e sem auxílio para os estudos. Então cabe ao
professor aproveitar ao máximo esse tempo que o aluno dispõe.
A aula deve ser estruturada por etapas, mas também devem ser criativas e
flexíveis, considerando que não existe uma sequência necessariamente fixa. É na sala de
aula onde ocorre a interação social mais importante da escola, que é dos alunos entre si
e com o professor.
51
Favorecendo o aprendizado
52
A organização do ambiente é importante (se for uma aula prática), isso desperta
o interesse deles, facilitando o aprendizado. Para tornar significativo o aprendizado,
deve-se fazer uma ligação da matéria nova com a anterior, isso faz parte dessa
preparação.
Após a introdução da
matéria, o professor começa
relacionando os objetos e
fenômenos ligados ao tema, para
uma compreensão concreta por
parte do aluno, depois conceitua os
principais temas. A seguir, expõe o
tema verbalmente para os alunos e
propõe uma atividade relativamente independente, pois sempre que necessário, o
professor deverá auxiliar nas dúvidas e fazer intervenções pertinentes.
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Em etapas anteriores, o trabalho do professor consistiu em transmitir novos
conhecimentos e prover condições para a assimilação da matéria. No entanto, o
processo de ensino ainda não acabou, é preciso consolidar os novos conhecimentos.
Geralmente nas escolas, essa fixação tem sido reduzida à repetição mecânica. Os
exercícios e tarefas costumam ser voltados para a memorização de regras, sem
preocupação em desenvolver a autonomia e formação de pensamento do aluno.
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Em qualquer tipo de aula, é essencial orientar os alunos quanto aos objetivos.
Em cada tipo de aula, existe uma metodologia específica a ser aplicada e os melhores
métodos a serem empregados. Portanto, vai depender das peculiaridades de cada
matéria, e caberá ao professor ter criatividade e flexibilidade para escolher e combinar
os melhores métodos.
E o dever de casa?
Por parte dos professores, os objetivos apontados para o dever de casa são:
• Reforço de aprendizagem;
Além de essa ser a função do professor, os pais podem não ter tempo ou preparo
para essa tarefa. Em terceiro lugar é importante dar o retorno dos esforços para o aluno,
corrigindo as tarefas para valorizar o trabalho desenvolvido por ele, discutindo e
trabalhando em classe os resultados desenvolvidos.
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Todavia, o projeto escolar não é milagroso, precisamos ser conscientes para não
cair em uma utopia e depois se frustrar, portanto, limites devem ser estabelecidos e
claros. A teoria por si só, não tem força, é apenas uma ideia, mas o empenho de um
grupo em sua realização, transforma-se em capacidade de ação. O que realmente
transforma a escola não são os planejamentos e projetos, mas sim as pessoas.
Nesse caso, o diagnóstico é uma reflexão sobre a realidade da escola. Não é uma
descrição sobre a realidade e sim uma crítica reflexiva sobre a mesma. Corresponde ao
real.
- Decisão de se fazer
- Trabalho de Sensibilização e Preparação
Marco Referencial
- Elaboração Diagnóstico
Programação
- Realização Interativa.
- Avaliação de Conjunto.
- Reelaboração (parcial ou total).
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Sobre a Decisão
Esse passo também corresponde a uma autoavaliação coletiva, nessa etapa deve
haver uma análise sobre qual das ações desenvolvidas devem ser melhoradas.
Ponto de Partida
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fazendo algumas especificações, por exemplo: quais os recursos didáticos e possíveis
livros devem ser usados.
Por exemplo:
• Pressa: achar que projeto é muito longo e que deveram ser feitas ações
imediatas;
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• Falta de tempo: para os encontros, para elaboração ou reflexão.
Marco referencial
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• Marco Situacional (onde estamos);
Marco Situacional
É a análise geral da realidade da escola, como uma visão global. Esse ainda não
é o diagnóstico, ou seja, se trata de perceber quais são os aspectos positivos e negativos
da escola. Isso nos apontará os caminhos e serem seguidos.
Marco Doutrinal
Marco Operativo
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Diagnóstico no Projeto Escolar
Programação
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Como fazer a programação
Para realizar a elaboração das propostas, deve-se ter como base as necessidades
apontadas no diagnóstico, tendo em vista o Marco Operativo. Contudo, nem todas as
necessidades da escola serão atendidas com ações concretas.
Também são usadas linhas de ação que indicam os princípios e dão orientações
gerais. Diferem-se das ações concretas, pois são constantes. Por exemplo: oferecer
cursos extracurriculares para os alunos é uma linha de ação.
• Linhas de Ação;
• Ações Concretas.
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• Atividades Permanentes.
• Normas.
• Quais devem ser a ações concretas e suas finalidades? (As respostas devem
ser detalhadas).
• Quais são as linhas de ação que devem ser seguidas? (A resposta se baseia
no diagnóstico)
• Quais são as normas que são necessárias para melhorar e transformar a nossa
escola?
• É interessante elaborar uma versão resumida para entregar aos pais no ato da
matrícula.
Em seguida, com base nas repostas, o grupo de educadores deve iniciar uma
análise a partir do diagnóstico e suas necessidades levantadas na comunidade escolar.
Deve-se observar quais foram supridas, quais permanecem, se existem necessidades que
não foram levantadas, se é preciso melhorar ou reelaborar algumas das necessidades.
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Com base nas respostas, uma nova programação para o ano seguinte será feita,
tendo como referência as necessidades que foram revistas, incluídas e reelaboradas.
Note que o projeto, assim como o planejamento, é um processo contínuo.
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Conclusão do módulo I
Prezado(a) aluno(a)
Chegamos ao fim da nossa primeira etapa, dessa jornada composta por dois
módulos. Esperamos que você tenha absorvido os conteúdos expostos no módulo I e
que você consiga utilizá-los em sua prática educativa.
Não se esqueça de que nosso curso é composto por dois módulos, para ter acesso
ao segundo módulo, feche essa tela e faça a sua avaliação. Ela está disposta em sua sala
de aula virtual.
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