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Pensamentos de Freud

Sigmund Freud (1856-1939) – Pai da Psicanálise

Nos esforçamos mais para evitar o sofrimento do que para procurar o


prazer (Publicado em 13/11/2018)
Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa
capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer
sabermos o que essa coisa é. E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões
naturais é que faz de nós seres tão refinados. Por que é que não nos embriagamos? Porque a
vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais importante
que o prazer da embriaguez. Por que é que não nos apaixonamos todos os meses de novo?
Porque, por em cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita. Assim,
esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca do prazer.

Sigmund Freud, in “Correspondência” (1883)

As três procedências do sofrimento (Publicado em 20/11/2018)


O sofrimento tem três procedências: o nosso corpo, que está destinado à decadência e
dissolução e nem sequer pode passar sem a ansiedade e a dor como sinais de perigo; o mundo
externo, que se pode enfurecer contra nós com as mais poderosas e implacáveis forças de
destruição; e, por fim, a relação com os outros homens. A infelicidade que esta última origina é
talvez a mais dolorosa de todas; temos tendência para a considerar mais ou menos um
suplemento gratuito, embora não possa ser uma fatalidade menos inevitável do que o
sofrimento que provém das outras fontes.
Não é de admirar que, debaixo da pressão destas possibilidades de sofrimento, a humanidade
esteja habituada a reduzir as suas exigências de felicidade, nem que o próprio princípio do
prazer se modifique para um princípio da realidade mais acomodado sob a influência do
ambiente externo. Se um homem se julga feliz, fugiu simplesmente à infelicidade ou a
dificuldades. Em geral, a tarefa de evitar o sofrimento atira para segundo plano a de obter a
felicidade.

Sigmund Freud, in “A Civilização e os Seus Descontentamentos”

DIFERENTES CAMINHOS PARA UMA FELICIDADE SEMPRE INSUFICIENTE


(Publicado em 27/11/2018)

O objetivo para o qual o princípio do prazer nos impele — o de nos tornarmos felizes — não é
atingível; contudo, não podemos — ou melhor, não temos o direito — de desistir do esforço
da sua realização de uma maneira ou de outra. Caminhos muito diferentes podem ser seguidos
para isso; alguns dedicam-se ao aspecto positivo do objetivo, o atingir do prazer; outros o
negativo, o evitar da dor. Por nenhum destes caminhos conseguimos atingir tudo o que
desejamos. Naquele sentido modificado em que vimos que era atingível, a felicidade é um
problema de gestão da libido em cada indivíduo. Não há uma receita soberana nesta matéria
que sirva para todos; cada um deve descobrir por si qual o método através do qual poderá
alcançar a felicidade.
Sigmund Freud, in “A Civilização e os Seus Descontentamentos”

“Volte seus olhos para dentro, contemple suas próprias profundezas, aprenda primeiro a
conhecer-se! Então, compreenderá por que está destinado a ficar doente e, talvez, evite
adoecer no futuro”.
Sigmund Freud

O HÁBITO E A FIDELIDADE (Publicado em 05/12/2018)

Pense-se, por exemplo, na relação que existe entre o bebedor e o vinho. Não é verdade que o
vinho oferece sempre ao bebedor a mesma satisfação tóxica, que a poesia tem comparado com
frequência à satisfação erótica – comparação, de resto, aceitável do ponto de vista científico?
Já alguma vez se ouviu dizer que o bebedor fosse obrigado a mudar sem descanso de bebida
porque se cansaria rapidamente por ingerir sempre a mesma? Pelo contrário, o hábito estreita
cada vez mais o laço entre o homem e a espécie de vinho que ele bebe. Existirá no bebedor uma
necessidade de partir para um país onde o vinho seja mais caro ou o seu consumo proibido, a
fim de estimular por meio de semelhantes obstáculos a sua satisfação decrescente? De modo
nenhum. Basta escutarmos o que dizem os nossos grandes alcoólicos (...) sobre sua relação com
o vinho: evocam a harmonia mais pura e como que um modelo de casamento feliz. Porque será
a relação do amante com o seu objeto sexual tão diferente?

Sigmund Freud, in: “Contribuições à Psicologia da Vida Amorosa” (1912)

Sigmund Freud Citações e Pensamentos, p.105.

FATALIDADE (Não foi publicado ainda)

Há pessoas em cujas vidas se repetem indefinidamente as mesmas reações não corrigidas, em


prejuízo delas próprias, assim como há outras que parecem perseguidas por um destino
implacável, embora uma investigação mais atenta nos mostre que tais pessoas, sem se
aperceberem, causam a si mesmas esse destino.

Novas Conferências sobre a Psicanálise (1933)

Sigmund Freud Citações e Pensamentos, p.35.

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