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Dissertação: A pesquisa acadêmica em filosofia na

encruzilhada entre filosofia e a sua história.

A encruzilhada entre a Filosofia e a sua História foi e continua


sendo um dos problemas a ser investigado no âmbito da pesquisa
acadêmica. A pesquisa em Filosofia e a pesquisa em História da Filosofia
coexistem. No entanto, veremos que durante séculos de estudos apenas
uma vertente foi perscrutada com ênfase. Desta forma, o presente
trabalho visa examinar o problema citado acima, explanar suas
consequências e elucidar tentativas de soluções.

Para fundamentar tal discussão vamos utilizar o aporte teórico, a


saber: Oswaldo Porchat no manuscrito, intitulado "Discurso aos
estudantes sobre a pesquisa em filosofia". Em seu discurso o autor expõe-
nos algumas preocupações que ronda em seu pensar. Uma das
inquietações é o seguinte problema: A pesquisa em História da Filosofia,
ou pesquisa em Filosofia? (1998, P.g 131). A indagação demonstrada
acima foi justificada pelo pensador em referência a sua densa
experiência como professor e aluno de Filosofia, essas vivências o fez
durante anos seguir o mesmo posicionamento dos cursos de Filosofia, ou
seja, seguir o desejo em formar Historiadores da Filosofia, formar
pesquisadores da História da Filosofia, em detrimento assim, da pesquisa
em Filosofia.

Assim como Porchat, o presente trabalho elucida a ênfase que a


pesquisa acadêmica em Filosofia deu á Historia da Filosofia. Além disso,
este estudo tem ciência da importância e das contribuições que o
posicionamento engajado pelos cursos de filosofia proporcionou. Além
disso, vale ressaltar que este engajamento foi influenciado pelo
estruturalismo francês. Pois, na época da fundação inicial dos cursos de
filosofia no Brasil essa corrente estruturalista possibilitou-nos e continua
nos permitindo que através do seu método estrutural fossemos capazes de
analisar e compreender os textos filosóficos. No entanto, o excesso de
persistência nesta vertente até os dias atuais causa consequências.
A pesquisa em História da Filosofia ganhou um espaço tão
abrangente nos cursos de Filosofia que tornou-se pequeno o campo da
pesquisa em Filosofia. Se prezou muito mais pelo exercício das análises
estruturais e entendimentos das produções de correntes filosóficas, do
que o próprio exercício filosófico. Logo, com esta supervalorização da
História da Filosofia gerou um dano, isto é, diminuição e castração da
própria Filosofia.

Quando se engessa a Filosofia em direção a sua História


perdemos o que ela tem de singular, ou seja, a sua criação, criar-se a si
mesma. Essa perda de criação abre caminho para os papagaios que
repetem conteúdos, melhor dizendo, inaugura um espaço para filósofos e
professores de Filosofia que domesticam a si mesmos e domam os seus
alunos, impondo-os e se impondo a obrigatoriedade de contemplar e
conhecimento lucido de grande parte dos textos clássicos de Filosofia.

Por tais motivos, nas salas de aulas dos cursos de Filosofia pouco
se vê o brilho nos olhos, pouco se percebe as provocações dos
questionamentos filosóficos. Por outro lado, se nota muitos olhos
cansados, se averigua muito desinteresse, e o pior de tudo, se vê muito
egocentrismo. Enfim, as consequências são enormes e para tanto,
precisamos buscar tentativas de solução.

O autor Porchat apresentou-nos algumas tentativas de soluções. O


presente estudo pretende expor uma delas e em seguida posicionarmos
dissertando se é uma boa solução ou não.O autor evidencia que a
pesquisa da História da Filosofia é importante, pois ajuda a termos
aportes teóricos, no entanto, é preciso mudar, ou seja é preciso mudarmos
o paradigma da pesquisa acadêmica em Filosofia.

O pensador com sua vontade de mudança afirma-nos que não


quer minimizar a História da Filosofia, por outro lado, ele quer fazer uma
coexistência eficaz tanto da História da Filosofia com a Filosofia. Desta
forma, um dos meios para realizar essa coexistência pode ser o
agenciamento de seminários temáticos e exposições de reflexões
filosóficas dos alunos.

Exposto os argumento de Porchat, este estudo se posiciona a favor


de tal solução, pois, a mesma, possibilita um novo trilhar dentro dos
cursos de Filosofia. No entanto, essa mudança tem que ser efetiva,
porque, se ficar apenas na teoria será mero palavrear

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