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f. Limitação do instrumento;
k. Variações do mensurando.
Além disso, não sendo necessariamente independentes, algumas fontes podem contribuir para
outras [1]. A incerteza de um resultado de uma medição geralmente consiste na composição
das incertezas advindas de várias fontes de influência. Essas fontes de incerteza podem ou
não ser avaliadas por métodos estatísticos. O processo de medição da massa de um objeto
envolve diversos fatores que têm influência sobre a confiabilidade do resultado da medição.
Associando o resultado da medição como o efeito e esses fatores como as causas
correlacionadas, pode-se ilustrar os fatores de influência sobre um processo de medição de
massa por meio de um diagrama espinha de peixe como na fig. 1.
Fig. 1 - Fontes de incerteza para uma medição de massa com uma balança.
Há casos em que é possível estimar a incerteza de medição como se apenas uma fonte de
incerteza existisse. Isso ocorre quando se trata de uma fonte dominante, cujos efeitos são
significativamente superiores aos das demais. A seguir serão abordadas as diversas fontes de
incerteza que podem influenciar o resultado de uma medição de massa, e que devem ser
cuidadosamente avaliadas antes de serem negligenciadas.
Fontes de incerteza
Ambiente
Segundo Boynton [3], um erro significativo pode resultar da não consideração de fatores
ambientais como latitude, altitude, efeitos de maré, anomalia gravitacional, empuxo do ar, entre
aqueles mostrados na fig. 1. As influências destes fatores podem ser tratadas como efeito
combinado que afetam o resultado da medição com uma parcela de erro sistemático, com
contribuições da latitude, altitude e da anomalia gravitacional, passível de correção, portanto, e
uma parcela de erro aleatório devida aos efeitos de maré.
No Brasil, recentes trabalhos têm sido feitos considerando a parcela de erro sistemático do
efeito gravitacional sobre a medição de massa [4-5], quando há mudança do local da
calibração para um local de medição diferente. Para Maciel, Guerreiro e Godoy [4], entretanto,
a influência da gravidade deve ser considerada para duas situações apenas:
- para instrumentos que utilizem células de carga com menos de 1.000 intervalos de divisão.
Temperatura
Em geral, a temperatura afeta mais diretamente o resultado de uma medição de massa por
meio do coeficiente de temperatura do zero (da balança) e da sensibilidade. Cada um destes
parâmetros mostra um maior ou menor impacto sobre o resultado medido (peso), afetando
ambos a balança e os componentes eletrônicos com igual extensão.
A sensibilidade é a mudança no valor indicado pelo mostrador, dividida pela variação do sinal
de carga gerado pela massa no prato da balança. Se uma balança tem o mostrador digital
corretamente ajustado, a sensibilidade será sempre igual a 1.
(2)
Onde
O erro de sensibilidade
ΔS também pode ser causado pelo uso de pesos inadequados na calibração da balança, o que
torna a variação do número de intervalos diferente da variação de pesos-padrão. Assim, por
exemplo, se é utilizado um peso de massa de 100 g, e a balança apresenta um valor de 101 g,
para uma variação de 3 intervalos de 0,1 mg, a sensibilidade foi de 0,0003 g/g. Se, para outro
peso-padrão, a sensibilidade foi 0,0005 g/g, então o erro de sensibilidade é de 0,0002 g/g ou
200 ppm. Se os valores do zero e da sensibilidade se alteram com a flutuação da temperatura,
utiliza-se o coeficiente de temperatura para caracterizar essa alteração. O coeficiente de
temperatura é dado pelo valor da variação do peso pela variação da temperatura. Deve-se
cuidar com os gradientes de temperatura que aumentam as correntes de convecção, podendo
afetar a leitura da balança.
Umidade
até cerca de
fixação das moléculas de uma substância (o adsorbato) na superfície de outra substância ou o adsorvente)
0,1 % em massa de umidade em um período de 7 dias. Rezende [8] recomenda "que os
motores-foguetes sejam mantidos fechados a maior parte do tempo possível, com sílica ativa
em seu interior". Com estes cuidados, admite-se que esta fonte de incerteza tenha influência
praticamente nula.
Densidade
(3)
Onde:
a
hr
A equação (3) introduz uma incerteza relativa de 2x10 -4 na faixa de 900 hPa < p < 1.100 hPa,
10 ºC < t < 30 ºC e hr < 80 %.
Apenas para ilustração, as correções efetivas das densidades para o alumínio e o aço,
recomendadas pelo NPL [14] são:
Alumínio 294
Uma correção de até 7,5 ppm pode ser necessária quando comparando pesos de aço inox de densidades diferentes
Em se tratando de medição de componentes do foguete, o propelente, com densidade
específica de 1.710 kg/m 3, é o mais significativo, tanto pela diferença de densidade de quase
cinco vezes quanto pela quantidade presente em um foguete típico [15]. (
Valor típico de densidade específica, utilizado no segundo estágio do VSB-30 e em alguns dos estágios do VLS1, conforme
informação obtida da Divisão de Química do IAE)
Rastreabilidade
A calibração, por sua vez, pode sofrer influência significativa do padrão utilizado para a
comparação com os valores indicados. Mesmo um padrão excelente contém incerteza e o valor
desta incerteza associada deve ser cerca de dez vezes menor do que a incerteza expandida do
sistema de medição a calibrar [16]. Ou seja:
(4)
O ajuste é sempre uma intervenção corretiva na balança para eliminar o erro existente tanto
quanto possível. No ajuste, a leitura do peso é comparada com o valor correto do peso de
calibração, e o fator de correção resultante é utilizado até o próximo ajuste. É ajuste que
mantém a correlação correta entre o peso do corpo e o valor indicado na balança,
influenciando a exatidão do resultado.
No caso do ajuste não ser feito automaticamente pela balança, o resultado indicado tem que
ser multiplicado por um fator de calibração após cada pesagem, constituindo-se em um dos
fatores de correção do resultado. A verificação é uma versão simplificada da calibração,
empregada para testar se o sistema de medição ou a medida materializada (a massa) está de
acordo com uma dada especificação técnica. Deve ocorrer nas mesmas condições normais de
uso, e do mesmo modo como é utilizada na prática. Essas condições são essenciais para a
balança forneça uma contribuição válida para um balanço de incerteza das medições
efetuadas. Aplicando-se um ou dois padrões à balança quantificam-se os erros encontrados,
que são então confrontados com os limites de especificação previstos em norma ou com os
resultados das últimas calibrações. Se os pontos verificados não estiverem dentro dos limites
esperados, então a balança deverá ser submetida a uma calibração completa.
Quando medições são feitas, as indicações obtidas estão afetadas de erros aleatórios e
sistemáticos do processo de medição. Os erros sistemáticos podem ser corrigidos, mas os
aleatórios não. Entretanto, as influências destes últimos podem ser diminuídas através da
repetição das medições e emprego do cálculo da média, uma vez que o erro aleatório da média
é menor do que o erro de cada medida individualmente. A relação entre o desvio padrão da
média e o desvio padrão da medida (amostra) é dada por:
(5)
Onde:
Com a equação (5) pode-se calcular o desvio padrão da média por meio do desvio padrão das
amostras. Quanto maior o número de medições (amostras) para calcular a média, menores
serão as variações entre as diferentes médias. Isto significa, por exemplo, que se forem feitos
três séries de medições de massa de um motor-foguete S30, com três medições (amostras) em
cada série, as variações entre as médias de cada série serão maiores do que se as séries
fossem de nove medições. Ao comparar as médias entre as séries de medições, estas
apresentarão um desvio padrão da ordem de três vezes menor do que o desvio padrão das
medições:
(6)
(7)
(8)
sendo:
Embora nenhuma correção possa ser feita para um componente aleatório da incerteza, a
equação do desvio padrão da amostra dada pela equação (5) mostra a vantagem de se
aumentar o número de medições. Mas ainda que pareça recomendável utilizar um número
muito grande de medições, na prática, o tempo necessário para tal número de medições
implicaria custo proibitivo. Além disso, tal vantagem torna-se progressivamente menor com o
aumento do número de medições, não sendo "necessário fazer mais do que 10 medições e
freqüentemente 4 medições são suficientes" [18].
Outra fonte de incerteza ligada ao procedimento é a norma adotada para uma medição. A
norma trata processos repetitivos baseados em experimentos estudados sob condições
específicas. A aplicação de uma norma implica considerar requisitos, hipóteses e condições
que, se desrespeitadas, terão impacto sobre o resultado. No caso da medição de massa, o
tempo de medição também pode ser considerado uma fonte de incerteza porque afeta a
estabilidade da balança e da massa, se não for respeitada a estabilização. Também afeta a
leitura se não se aguardar a estabilização do mostrador da balança.
Mesmo a estratégia de medição pode ser uma fonte de incerteza como a medição feita com o
peso de teste sendo colocado em um dos cantos de um prato de balança, sem verificar se
pode ocorrer erro de excentricidade. Uma boa estimativa é o valor médio obtido entre as
medições feitas nos cantos e no centro da bandeja. Esse tipo de erro não foi detectado na
balança utilizada na medição dos motores-foguetes do VLS [6]. O nivelamento também deve
ser considerado na estratégia do procedimento, visto que a balança medirá o valor do peso
projetado sobre o seu eixo de medição, isto é, o peso multiplicado por um cosseno.
Mensurando
Volume
O volume tem relação direta com a densidade e sua incerteza afeta a incerteza da densidade
e, por conseguinte a incerteza do empuxo do ar, que se contrapõe à força peso. O volume,
assim como a densidade, também é dependente da temperatura. Esta dependência é dada
pela fórmula:
+ t ( t - t0 )]
Onde:
t0
Vt(t)
, o volume do mensurando a uma temperatura t; e
Vt(t0 )
Repetitividade
entro de uma determinada faixa. Assim, uma probabilidade de 95,45%, a repetitividade correspondente a
2σ. Para compensar a estimativa baseada em um número finito de dados, a repetitividade é calculada
multiplicando-se a estimativa do desvio padrão por um número maior que 2. Este número é o
fator t de Student. A repetitividade é calculada pela fórmula [17]:
Re = ± t.s (11)
Onde:
Re
, repetitividade
É de se supor que um número muito grande de medições repetidas deixaria praticamente nulo
o erro aleatório da média, mas o custo é proibitivo na maioria das vezes. A repetitividade é
determinada nas mesmas condições de medição que incluem a redução ao mínimo das
variações devidas ao operador e a manutenção do mesmo operador.
Reprodutibilidade
A reprodutibilidade, também segundo o VIM [19], "é o grau de concordância entre os resultados
das medições de um mesmo mensurando efetuadas sob condições variadas de medição". Ou
seja, difere da repetitividade apenas pela variação das condições de medição, empregando a
mesma equação (13), "expressa, quantitativamente, em função das características da
dispersão dos resultados" [19]. Para que tenha um significado, a reprodutibilidade tem que ter
as condições variadas selecionadas bem especificadas quanto aos princípios de medição, ao
uso de padrões distintos, diferentes locais de medição, diferentes momentos, diferentes
operadores, e assim por diante, para que seu valor expresse o comportamento da balança nas
condições de uso.
Operador
Balança (
De acordo com Albertazzi e Souza [17], os efeitos dos erros sobre a balança são os mais
críticos e normalmente são avaliados por calibrações em laboratório, diferentes das condições
de uso. Por isso há que se considerarem cuidadosamente as demais condições em que se
desenrola o processo de medição. A OIML [21] recomenda que as balanças sejam submetidas
a uma avaliação e a uma calibração completas, por um corpo apropriadamente acreditado,
periodicamente, em função da aplicação e da freqüência de uso. A balança deve ter o zero
ajustado antes do uso. Se houver um dispositivo interno de calibração este deve ser usado
antes da medição. Uma leitura sem carga deve ser feita (z1) seguida da leitura com carga na
bandeja (r1) e uma leitura final sem carga (z2). Isso permite ao usuário compensar qualquer
deriva de zero do instrumento. A correção da deriva de zero (rd) é dada por:
rd = r1 – (z1+z2)/2 (12)
Onde:
rd
, correção da deriva de zero;
r1
Z1
Z2
As balanças utilizadas no IAE operam pelo método da indicação, de acordo com Albertazzi e
Souza [17], o de pior estabilidade das características metrológicas, pois a balança fica mais
exposta à degradação pelo uso, desgaste, envelhecimento e contaminação dos componentes.
Segundo os mesmos autores, os sistemas de medição (balanças) por indicação direta "são
também mais intensamente afetados por um número consideravelmente maior de fontes de
erro, principalmente pela temperatura". Entretanto, são as balanças que apresentam um custo
de aquisição elevado, menores dificuldades de manipulação inerentes ao emprego de massas
e padrões grandes, além de implicar tempo menor de teste.
Empuxo do Ar (Buoyancy)
Um outro ponto que precisa ser levado em conta na calibração e uso de padrões de massa é o
empuxo ou efeito de flutuação do ar. Um corpo imerso em qualquer fluido é impulsionado para
cima por uma força igual à força da gravidade no fluido deslocado. Dois corpos de massas
iguais, se colocados um em cada prato de uma balança de braços iguais, equilibrará um ao
outro no vácuo. Uma comparação no vácuo com uma massa-padrão conhecida fornece a
"massa verdadeira". Se comparada no ar, contudo, elas não se equilibrarão a menos que
tenham também volumes iguais. Se forem de volumes desiguais, o corpo maior deslocará um
volume de ar maior e será empurrado para cima por uma força maior do que será o corpo
menor, e o corpo maior aparentará ter massa menor do que o corpo menor. Quanto maior for a
diferença dos volumes, e maior a densidade do ar no qual se faz a comparação de peso, maior
será a diferença aparente em massa. Por esta razão, ao se estabelecer um valor numérico
preciso de massa para um padrão, é necessário basear este valor em valores definitivos para a
densidade do ar e a densidade do padrão da massa da referência.
Davidson e Perkin [22] apresentam as fórmulas da correção do empuxo para massa verdadeira
e massa convencional. Quando comparando valores de "massa verdadeira", a correção do
empuxo a ser aplicada entre duas massas pode ser dada pela seguinte equação:
BC =
(13)
(V1 – V2). AR
Onde:
BC
, a correção do empuxo;
Vn
AR ,
Mc1=Mc2 + BC (16)
A equação para a correção do empuxo da "massa convencional" é mais complicada que para a
"massa verdadeira" e deve-se tomar cuidado com o sinal da correção. Se o objeto 1 tem um
volume maior que o objeto 2 e a comparação ocorre em ar com densidade maior que 1,2
kg/m3, a correção BC será positiva.
Estabilidade ou Deriva
Para Albertazzi e Souza [17], "a estabilidade expressa a aptidão de um sistema de medição em
conservar constantes suas características metrológicas geralmente ao longo do tempo". Diz-se
geralmente, porque também pode ser expressa em função de alguma outra grandeza de
influência, como a temperatura. A estabilidade é expressa por uma taxa de variação da massa
que ocorre de modo lento e uniforme ao longo do tempo ou da variação de outra grandeza de
influência. No primeiro caso, é chamada de deriva temporal (estabelecida em kg/h, por
exemplo) e no segundo, a grandeza poderia ser a temperatura, e nesse caso é chamada de
deriva térmica (dada em kg / K). Estas são as derivas mais comuns de serem usadas.
Divisão de escala
Nos instrumentos com indicadores analógicos, a divisão de escala (DE) é a diferença entre os
valores da escala entre duas marcas sucessivas. O gráfico Indicação versus Mensurando (fig.
2) deveria dar uma reta inclinada, mas em alguns casos, devido às limitações do usuário para
interpolar os valores entre as divisões, resulta em um gráfico em escada.
Histerese
As balanças contêm peças móveis, que são movidas pela ação do mensurando produzindo a
indicação. Se o valor do mensurando (a massa) é crescente com o ajuntamento, e na
seqüência, é decrescente com a retirada de massas (ou vice-versa), o sentido destes
movimentos das peças é invertido, produzindo indicações que são afetadas pela histerese,
originando um erro. Balanças bem projetadas, e providências tais como a manutenção
periódica visando eliminar folgas, possibilitam manter o erro de histerese dentro de limites
reduzidos, que não provoquem interferências nos resultados.
Resolução
Erro sistemático
(17)
Onde:
VVC
Erro de Linearidade
O máximo desvio entre a curva característica real e a rampa linear entre dois pontos – o zero e
a máxima capacidade – define o erro de linearidade. No caso da curva característica ideal, a
massa colocada na balança é sempre igual à massa indicada pelo mostrador. Se o zero está
correto e a balança foi corretamente calibrada e ajustada (para a capacidade máxima), o erro
de linearidade pode ser determinado pelo desvio positivo ou negativo do valor no mostrador em
relação à carga colocada sobre a balança. O erro de linearidade é inevitável, posto que é
causado pelas propriedades construtivas do próprio sistema de medição. Dois dos tipos de
curvas mais freqüentemente encontradas na representação desta relação são curvas de 2 a
(curva convexa ou côncava) e 3a ordens (em forma de "S"), tal como mostradas na fig. 6:
O erro resultante da combinação das diversas fontes de incerteza pode ser obtido de duas
maneiras diferentes, dependendo de se considerar os limites de erros absolutos ou estatísticos
tais como limites de ± 3σx, erros prováveis e as incertezas. Utilizando-se os limites de erros
absolutos, a incerteza combinada é obtida pela equação [28]:
(18)
Onde:
u(xi)
(19)
As balanças utilizadas atualmente para a medição das massas das partes do foguete são
balanças de indicação direta. Esse tipo de medição é adequado para aplicações de exatidão
mais baixa do que para calibração, mas tal fato não exime o laboratório de seguir a boa prática.
Como em qualquer forma de medição de massa é essencial ter a balança calibrada em uma
base regular. Recomenda-se que a balança seja submetida a uma completa avaliação além da
calibração, por um corpo técnico adequadamente credenciado, periodicamente, dependendo
da aplicação e da freqüência de uso.
É importante que a escala da balança tenha a "tara" ajustada antes do uso, e se existir um
dispositivo interno de calibração da balança, este deve ser ajustado da medição. É
extremamente importante acompanhar o uso e o desgaste do sistema de medição estabelecer
referências e influências sobre o funcionamento do sistema. Este acompanhamento periódico
permitirá a otimização dos intervalos de calibração, a percepção de eventual deriva temporal e
até da influência da calibração feita por terceiros ou de padrões inadequados. O operador deve
passar por treinamento adequado de modo a capitalizar a exatidão e a precisão das balanças.
O operador deve colocar a peça a ser medida no meio do prato da balança para se evitar erros
de carga excêntrica. O operador deve buscar manter a repetitividade especificada. O operador
deve manter a balança nivelada para prevenir erro sistemático de sensibilidade.
Recomenda-se ainda que após uma mudança de temperatura de 1 a 2 ºC, um novo ajuste seja
feito se a balança for de alta resolução. O ajuste de uma balança pode ser realizado com pesos
de diferentes tamanhos para obter a melhor exatidão, na principal região de uso da faixa de
medição. Se, por exemplo, uma balança com uma carga máxima de 5 kg é usada
predominantemente na faixa de 800 a 1.200 kg, o ajuste deve ser feito para 1 kg e não para 5
kg.
Dessa forma, cada sistema de medição é único, da sua fabricação a operação nas condições
em que funciona, e é isso que torna a identificação e quantização das fontes de incerteza um
problema complexo e meticuloso. Foram comentadas vinte e uma fontes de incerteza julgadas
significativas para a estimativa de massa que, adequadamente avaliadas, permitirão uma
estimativa confiável da massa final de um foguete. Foram feitas recomendações genéricas
encontradas na literatura e que se aplicam a qualquer balança de medição de massa.
Agradecimentos
Referências
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