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Parecer sobre o artigo CINQÜENTA ANOS DE ENSINO DE FÍSICA: MUITOS EQUÍVOCOS,

ALGUNS ACERTOS E A NECESSIDADE RECOLOCAR O PROFESSOR NO


CENTRO DO PROCESSO EDUCACIONAL.

Por Israel Gonçalves de Oliveira, licenciando em Física pela UFRGS.

Introdução

Esse parecer é uma tarefa da disciplina Pesquisa em Ensino de Física.

Parecer

Muito interessante para mim tomar conhecimento de tentativas de melhora no ensino de física e que
essas tentativas não deram certo. Pude entender o que é realmente importante e o que não funciona.
Ciente das causas e consequências, posso atalhar no desenvolvimento de minhas aulas.
Quanto a ideia de dar maior importância para a experimentação, ao método científico, vejamos
claramente uma manifestação natural de uma realidade a qual os autores do PSSC, por exemplo,
tentaram sobrepor, é a ideia de que tudo pode ser obtido do experimento. Sabemos claramente que
não existe o método científico definitivo, sabemos que todo experimento é realizado com um
propósito a defender uma hipótese, não sendo seu exito como o principal objetivo, mas o resultado,
como esse pode ser interpretado e o que é necessário mudar na hipótese original. Ainda sim,
sabemos que as crenças prévias do investigador (experimentador) influencia fortemente as
conclusões do processo.
Outro ponto que é um pesar é a péssima gerência escolar evidente no Brasil. Além das dificuldades
naturais no ensino de ciências, temos mais agravantes que acrescentam e diminuem a qualidade do
ensino.
Uma frase que gostei muito foi “No último bimestre do segundo ano da aplicação da proposta,
angustiado e convencido da ineficiência da proposta, voltei às minhas aulas tradicionais e a interagir
diretamente com os alunos. Desde então começou a se consolidar em mim a convicção de que não
há material ou proposta pedagógica que possa prescindir da ação direta e insubstituível do
professor”.
Algo a ser comentado é o fato de nós (educadores) termos aprendido com o insucesso dos livros
descartáveis. Contudo, temos hoje algumas editoras tentando revitalizar isso. Esperamos para ver!
Boa explanação sobre a teoria de Piaget. Vemos que o desenvolvimento pleno é algo raro, talvez
impossível, atingir em todas as áreas o pleno desenvolvimento, chegar ao operatório-formal em
tudo.
Outro ponto a destacar é o fato das tentativas terem como princípio que o aluno é o responsável pelo
aprendizado, pelo seu sucesso, e o professor um mediador, mesmo que consideravelmente ativo,
nunca será o centro do aprendizado e essa foi “a grande armadilha em que caíram todas as propostas
de ensino de física nestes cinquenta anos”.
Também destaco o seguinte parágrafo:
“Como dizia Heisenberg em uma de suas muitas reflexões sobre filosofia e ciências “não podemos
esquecer que as ciências estão ‘entre’ a natureza e o homem”; exemplificando mais adiante: “o conceito
de ‘lei da natureza’ não pode ser completamente objetivo, pois a palavra ‘lei’ é um princípio puramente
humano” (HEISENBERG, 2000). A física, como toda ciência, é uma construção humana. Ela não está
na natureza, mas na mente dos físicos e (deveria estar) na mente dos professores de física, logo só é
possível ao aluno aprender física com seus intermediários os quais detêm esse conhecimento, aqueles
que estão “entre” o aluno e a natureza”. É necessário que o professor e nem o aluno possuam uma visão
muito romantizada da ciência, crendo que essa é a natureza, e por vezes, a natureza é quem deve seguir
a ciência.

Conclusões
Por vezes me aprece que há uma luta entre mundos diferentes, o mundo do formal e perfeitamente
lógico e cognitivamente transferível e o mundo o palpável, do conhecimento tátil, do que se vê e do que
se “sente”. Obviamente isso é uma falsa dicotomia, não viva dentro da lógica e da realidade, mas viva
psicologicamente. O que faz os alunos e os professores perderem um interesse que é nato, o interessante
pela descoberta? Será que o jovem não está apto a construir o que os cientistas construíram? Bem sei
que eu aprendi física mesmo na universidade, como eu vou fazer para meus alunos aprenderem o que eu
não aprendi na idade e no tempo deles? Algo a se pensar, como poderei ensinar de forma simples e
incompleta se eu aprendi quando eu tinha mais ferramentas (maturidade e conhecimento matemático)?
O tempo responderá todas essas perguntas. Percebemos que dentro todas as áreas do conhecimento,
temos no ensino de física os maiores desafios, por tanto devemos escolher: ou nos acomodamos lutamos
(intelectualmente) uma batalha desleal, praticamente perdida, talvez no coletivo, mas, pelo menos
individualmente, possível de ser vencida.

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