Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
A) Meiose: divisão celular que ocorre na células germinativa para formar o gameta
haplóide. A primeira divisão meiótica é reducional e forma o espermatócito secundário
e o ovócito secundário. Na segunda divisão meiótica não ocorre intérfase, ou seja, não
há duplicação do DNA. Nessa fase os cromossomos da cromátide dupla se separam e
forma gametas com cromossomo de cromátide única (espermatozóide e óvulo).
A não disjunção meiótica pode formar gametas cromossomicamente anormais que caso
participem da formação do zigoto acarretam em anormalidades cromossômicas, como a
Síndrome de Down.
B) Espermatogênese:
As células de Sertoli (revestimento dos túbulos seminíferos) dão suporte e nutrição para
as células germinativas regulando a espermatogênese, que dura aproximadamente 2
meses. Os espermatozóides são armazenados no epidídimo onde tornam-se
funcionalmente maduros. O espermatozóide maduro é móvel e nada livremente sendo
formados por cabeça e cauda unidos pelo colo. Os dois terços anteriores da cabeça são
cobertos pelo acrossomo que contém enzimas que facilitam a fecundação.
Embriologia e Genética Raquel Ferreira
C) Ovogênese:
Maturação Pré-natal dos Ovócitos: ovogônias proliferam por mitose e crescem para
formar ovócitos primários que é circundado por uma camada única de células
foliculares e pela zona pelúcida (glicoproteína acelular e amorfa) formando o folículo
primordial. Os ovócitos primários iniciam a primeira meiose antes do nascimento mas a
prófase I não se completa sendo impedida pelo inibidor da maturação do ovócito
secretado pelas células foliculares. O período em que o ovócito permanece em prófase I
até a puberdade é chamado dictióteno.
A primeira divisão meiótica prolongada pode ser causa de erros maternos na formação do
gameta como não disjunção. O risco aumenta com a idade materna.
Ciclo Ovariano: são as mudanças cíclicas do ovário devido a ação dos hormônios FSH
e LH.
Embriologia e Genética Raquel Ferreira
A teca folicular é composta por tecido conjuntivo sendo dividida em uma teca externa
bem vascularizada e glandular que fornece a nutrição para o folículo; e uma teca
interna com formação conjuntiva exclusiva. A teca interna produz o líquido folicular
permitindo a formação do antro e formando o folículo secundário ou vesicular.
O acúmulo de
O folículo maduro causa um intumescimento na superfície ovariana com um
células foliculares
ponto avascular (estigma) e produz estrogênio através de células estromais
em torno do
secretoras. O estrogênio causa o término da primeira meiose formando o
ovócito primário é
ovócito secundário
chamado cumulus
Ovulação: ocorre por influência do FSH e do pico de LH. ooforus.
Formação do Corpo Lúteo: após a ovulação ocorre colapso das paredes das
tecas foliculares que sob estímulo do LH formam o corpo lúteo responsável por
produzir progesterona e pouca quantidade de estrogênio. A progesterona
estimula as glândulas endometriais na preparação para implantação do
blastocisto.
Caso o ovócito secundário seja fecundado, o corpo lúteo cresce e aumenta a produção
hormonal tendo sua degeneração impedida pelo beta-HCG. Na gravidez, o corpo lúteo
permanece funcional até a 20ª semana quando sua produção hormonal é substituída pela
placenta.
Casa não haja fecundação, o corpo lúteo degenera em 10 a 12 dias formando o corpo
lúteo da menstruação e, posteriormente, o corpo albicans (cicatriz no ovário).
Mosaicismo: é a não disjunção de cromátides durante a clivagem do zigoto. Algumas células terão
número cromossômico normal e outras serão anormais. Mosaicismo para uma trissomia causam
sintomatologia menos evidente.
Embriologia e Genética Raquel Ferreira
No 10º dia o embrião está totalmente implantado e no 12º dia é recoberto por
endométrio formando uma elevação na superfície endometrial.
Placenta prévia: ocorre pela implantação do blastocisto em uma região inferior do corpo do
útero. A placenta, então, cobre totalmente ou parcialmente o orifício interno do colo. Há
sangramento por separação prematura da placenta e do útero durante a gestação ou no
parto.
Embriologia e Genética Raquel Ferreira
I. TÉRMINO DA IMPLANTAÇÃO:
Sinciciotrofoblasto produz beta-HCG que entra no sangue materno através das lacunas
presentes no sinciciotrofoblasto.
Embriologia e Genética Raquel Ferreira
Mesoderma
extraembrionáio
Processo
notocordal
Linha primitiva
Mesoderma
embrionário
Ectoderma
Epiblasto
embrionário
Endoderma
embrionário
Ectoderma do
âmnio
Endoderma da Mesoderma
Hipoblasto
vesícula umbilical extraembrionário
Embriologia e Genética Raquel Ferreira
IV. ALANTÓIDE: aparece no 16º dia como uma invaginação da parede caudal da
vesícula umbilical que se estende para o pedículo de conexão. Forma vasos
Embriologia e Genética Raquel Ferreira
sanguíneos que servirão à placenta. A parte proximal persiste como úraco que
use a bexiga e a cicatriz umbilical.
No 18º dia a placa neural invagina formando o sulco neural mediano com pregas neurais
laterais (mais proeminentes na região cranial sendo os primeiros sinais do encéfalo). As
pregas neurais se fundem e formam o tubo neural (primórdio das vesículas encefálicas e
medula). Células da crista neural sofrem transformação para mesenquimal e migram
formando uma camada contínua sobre o tubo neural e o dorso do embrião. O ectoderma
de superfície se transforma em epiderme.
Contato celular
Embriologia e Genética Raquel Ferreira
Indicado para: mãe com mais de 38 anos, parto anterior de criança com trissomia,
anormalidade cromossômica dos genitores, mães com distúrbios recessivos ligados ao
X, histórico de defeito do tubo neural, genitores portadores de erros inatos do
metabolismo.
Parte Fetal: origina do saco coriônico. É o córion viloso que se adere à decídua
basal pela capa citotrofoblastica. Vasos endometriais passam pelas lacunas da
capa citotrofoblastica e se abrem do espaço interviloso.
Parte Materna: é a decídua basal.
Cotilédones: áreas convexas na placenta fetal separados por plexos placentários oriundos da
invasão das vilosidades na decídua basal.
O saco amniótico cresce mais rápido que o saco coriônico e o âmnio e o córion liso se
fusionam formando a membrana amniocoriônica que se adere a decídua capsular e,
posteriormente, à decídua parietal.
Embriologia e Genética Raquel Ferreira
Membrana Placentária: tecidos extrafetais que separam o sangue materno do fetal. Até
a 20ª semana contém sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo viloso e
endotélio de capilares fetais. Após a 20ª semana o citotrofoblasto degenera e a
membrana se torna mais fina e permeável.
II. PARTO: processo no qual feto, placenta e membranas fetais são expelidas.
Trabalho de parto é a sequência de contrações uterinas involuntárias que dilatam
o colo do útero e expulsa a placenta e feto, promovida por esteróides, oxitocina,
proastaglandinas e estrógenos. Há 3 fases:
VI. GEMELARIDADE:
Eventração: similar a hérnia, ocorre por fraqueza da parede muscular causando uma bolsa
diafragmática com conteúdo abdominal no tórax.
O aparelho faríngeo é responsável por formar a face, pescoço, cavidade nasal, boca,
laringe e faringe. É constituído por:
1ª bolsa: cresce sobre o recesso timpânico que está em contato com o 1º sulco faríngeo
e sua cavidade forma a cavidade timpânica e o antro mastóide. A conexão do recesso
com a faringe forma a tuba faringotimpânica.
Fenda labial: falha da proeminência maxilar no local ou na sua fusão com a proeminência
nasal medial.
Fenda palatina anterior: falha da fusão dos processos palatinos laterais entre si e com o
palato primário.
Fenda palatina posterior: falha da fusão dos processos palatinos laterais entre si e com o
septo nasal.
Embriologia e Genética Raquel Ferreira
Sistema Respiratório
Não recanalização da laringe causa atresia laríngea. Consequentemente, as vias respiratórias dilatam, o pulmão fica
cheio de líquido, diafragma achata, ocorre ascite ou hidropsia fetal (líquido seroso no espaço intercelular).
Maturação do Pulmão:
Sistema Digestivo
Da 5ª a 10ª semana, o fígado cresce e recebe sangue oxigenado pela veia umbilical. A
produção de bile inicia na 12ª semana.
A porção caudal do divertículo forma a vesícula biliar e seu pedículo forma do ducto
cístico. A ligação do ducto cístico e dos ductos hepáticos é feito pelo ducto biliar
fazendo com que a bile chegue ao intestino no 13ª semana tornando o mecônio verde
escuro.
Atresia biliar extra-hepática: ocorre por infecção ou reação imunológica; causa icterícia,
acolia fecal e colúria após o nascimento. Mesmo com correção cirúrgica a doença progride.
Pâncreas anular: afeta mais o sexo feminino e resulta do crescimento do broto pancreático
ventral bífido. Pode causar pancreatite e obstrução duodenal.
O terço inferior do canal anal é originado do proctodeu e a junção das partes é indicada
pela linha pectínea.
Agenesia anorretal: reto em fundo cego. Pode haver fístula retovesical, retouretral ou
retovaginal.
Sistema Urogenital
Uma elevação do mesênquima dos dois lados da aorta formam as cristas urogenitais que
é dividida em cordões nefrogênicos e cristas gonadais.
Agenesia renal unilateral: acomete mais o sexo masculino e o lado esquerdo. O outro rim
sofre hipertrofia compensatória.
Hipospádia: orifício uretral externo na superfície ventral do pênis. Epispádia: orifício uretral
externo na superfície dorsal do pênis. Resulta de produção inadequada de androgênio.
Testículo ectópico: é o testículo que começa a descer e desvia-se da sua via. Pode se alojar
na parte proximal da coxa medial, dorsal do pênis, no interstício ou lado oposto.
Sistema Cardiovascular
Dextrocardia: coração do lado direito devido ao dobramento errado do tubo. Pode estar
associado à ventrículo único e dextroposição da aorta.
Defeito do septo atrial: é mais comum nas mulheres podendo ocorrer como forame oval
patente (sem sintomas) ou defeito do óstio secundário (causa hipertensão pulmonar).
Causa um shunt esquerda para direita sobrecarregando o átrio direito que sofre hipertrofia.
Transposição de grandes vasos: causa doença cardíaca cianótica em que a aorta surge do
lado direito e a artéria pulmonar do lado esquerdo.
Coarctação da aorta: é a constrição da aorta, mais comum no sexo masculino. Pode ser
causado pela Síndrome de Turner e gera hipotensão e deterioramento do bebê.
Ducto arterioso patente: causado por infecção materna pela rubéola, mais comum no sexo
feminino. Causa desvio do sangue aórtico para a artéria pulmonar.
Embriologia e Genética Raquel Ferreira
Sistema Esquelético
Sistema Muscular
Os brotos dos membros são irrigados pelas artérias intersegmentares da aorta dorsal que
formam a artéria axial primária que se tornará a artéria braquial e a artéria interóssea
comum (no membro superior) ou a artéria femoral e as artérias tibiais anterior e
posterior (no membro inferior).
Sistema Nervoso
Os dois terços craniais da placa neural e do tubo neural forma o encéfalo. O terço
inferior das mesmas estruturas forma a medula espinhal.
As meninges se desenvolvem de células da crista neural (20ª ao 35ª dias) que migram e
envolem o tubo neural formando as meninges primitivas. O líquido cefalorraquidiano
começa a se formar na 5ª semana.
No embrião, a medula espinhal ocupa todo o canal vertebral. A coluna espinhal e a dura
máter crescem mais rápido que a medula. No neonato a medula termina em nível de L2-
L3, a dura máter e a aracnóide terminam em S2.
Espinha bífida oculta: falha na fusão mediana dos arcos vertebrais. Ocorre em L5 ou S1. A
evidência é uma ondulação na pele com um tufo de cabelos.
Espinha bífida cística: envolve protrusão de medula e/ou meninges. Gera déficits
neurológicos com o anestesia do dermátomo afetado, paralisia de esfíncteres e anestesia
da sela. São visualizados na 10ª a 12ª semanas.
Mielosquise: falha na fusão das pregas neurais resultando em uma medula espinhal plana.
Há paralisia permanente dos membros inferiores.
Embriologia e Genética Raquel Ferreira
O teto do 4º ventrículo é coberto pela pia-máter que forma o plexo coróide responsável
por secretar LCR. O teto se rompe, formando a abertura mediana (forame de Magendie)
e as aberturas laterais (forames de Luschka).
Meroencefalia: é causada pela falha do fechamento do neuroporo rostral, fazendo com que
o prosencéfalo, mesencéfalo e maior parte do rombencéfalo estejam ausentes. Geralmente
há polidrâmnio.
O início do desenvolvimento é no 22º dia com o surgimento dos sulcos ópticos nas
pregas neurais. Após a fusão das pregas, o sulco óptico invagina e formam as vesículas
ópticas que se alongam. A conexão das vesículas com o prosencéfalo forma os
pedículos ópticos (futuro nervo óptico). As vesículas ópticas se invaginam formando os
cálices ópticos (retina). Na superfície ventral dos cálices ópticos, desenvolvem-se as
fissuras retinianas. O centro da fissura é mais profundo, sendo denominado disco óptico
(local em que a retina neural é contínua com o pedículo óptico).
Catarata congênita: cristalino opaco. Causada por herança dominante ou infecção por
rubéola que afeta o desenvolvimento do cristalino. A catarata se manifesta na segunda
semana após o nascimento.
Sistema Tegumentar
Dose da droga
Embriologia e Genética Raquel Ferreira