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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – DCET


ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
FÍSICA EXPERIMENTAL II – P03

PÊNDULO FÍSICO PARA DETERMINAÇÃO DA ACELERAÇÃO DA


GRAVIDADE

DANIEL BORGES DA SILVA (201310113)


MATHEUS HENRIQUE GÓES (201310116)
LARISSA MENDES MALTA (201010462)

ILHÉUS - BA
2013
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..........................................................Error! Bookmark not defined.


2 OBJETIVO .............................................................................................................. 5
3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 5
3.1 Materiais ........................................................................................................... 5
3.2 Métodos ............................................................................................................. 5
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 6
5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 9
1 INTRODUÇÃO

O pêndulo físico, ao contrário do pêndulo simples, pode ter uma distribuição


complexa de sua massa. Portanto, qualquer corpo rígido que possa oscilar livremente
em torno de um eixo horizontal, sob a ação da gravidade, pode ser considerado um
pêndulo físico.

Figura 1

Fonte: HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de Física: 2. LTC, 2009.

A Figura 1 mostra um pêndulo físico com formato de um corpo rígido arbitrário,


deslocado de um ângulo 𝜃 com relação à sua posição de equilíbrio. Como no pêndulo
simples, as forças que atuam sobre o corpo em oscilação são a força gravitacional e a
⃗⃗⃗𝑔 age sobre o centro de massa C, que está a
força tração do fio. A força gravitacional 𝐹
uma distância h do ponto fixo O. A componente ⃗⃗⃗
𝐹𝑔 𝑐𝑜𝑠𝜃 está sempre em equilíbrio com
a tração do fio, isso implica que a força resultante é a componente ⃗⃗⃗
𝐹𝑔 𝑠𝑒𝑛𝜃. Se for
produzido um deslocamento angular 𝜃 do pêndulo em relação sua posição de equilíbrio,
um torque restaurador atuará sobre ele com intensidade:

𝜏 = − 𝑚𝑔ℎ𝑠𝑒𝑛𝜃 (1)

Onde 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃 corresponde a componente ⃗⃗⃗ 𝐹𝑔 𝑠𝑒𝑛𝜃, ℎ corresponde ao braço de


alavanca desta força e o sinal negativo sugere que o torque é restaurador.

Para oscilações em pequenas amplitudes, teremos 𝑠𝑒𝑛𝜃 ≈ 𝜃. Então, a partir da


equação (1) obtém-se:

𝜏 = −𝑚𝑔ℎ𝜃 (2)

Ao comparar esta equação com a Lei de Hooke em forma angular, 𝜏 = −𝑘𝜃,


observa-se que elas se assemelham, e que 𝑘 corresponde a 𝑚𝑔ℎ. Sendo assim, um
pêndulo físico oscilando em pequenas amplitudes se comporta como um oscilador
harmônico, realizando, portanto um movimento harmônico simples.
Partindo da fórmula do período de um oscilador angular, e substituindo 𝑘 por
𝑚𝑔ℎ, é possível obter uma expressão para o período de oscilação de um pêndulo físico:

𝐼 𝐼
𝑇 = 2𝜋√ = 2𝜋√ (3)
𝑘 𝑚𝑔ℎ

Onde 𝑇 é o período de oscilação, 𝐼 é o momento de inércia do pêndulo em


relação ao eixo de rotação, 𝑚 é a massa do pêndulo, 𝑔 é o módulo da aceleração da
gravidade e ℎ é a distância entre o centro de massa e o ponto fixo.

Para o caso de um pêndulo com o formato de uma barra homogênea (como foi
utilizado neste experimento), a distância ℎ corresponde a 𝐿/2, sendo 𝐿 o comprimento
da barra. Além disso, sabendo que o momento de inércia desse pêndulo em relação a um
1
eixo perpendicular à barra passando pelo centro de massa é 12 𝑚𝐿², é possível encontrar
o momento de inércia do pêndulo em relação ao seu eixo de rotação aplicando o
teorema dos eixos paralelos:

1 𝐿 1
𝐼 = 𝐼𝐶𝑀 + 𝑚ℎ² = 𝑚𝐿² + 𝑚 ( ) ² = 𝑚𝐿² (4)
12 2 3
1
Substituindo 𝐼 por 3 𝑚𝐿² e ℎ por 𝐿/2 na equação (1), obtém-se uma expressão
simplificada para o período do pêndulo físico analisado:

1
𝑚𝐿² 2𝐿
𝑇 = 2𝜋√ 3 = 2𝜋√ (5)
𝐿 3𝑔
𝑚𝑔 (2)

Portanto, o período de oscilação do pêndulo físico independe da massa (pois,


para todos os casos, 𝐼 será proporcional a 𝑚), e para o caso de uma barra homogênea,
depende apenas do comprimento 𝐿 da barra e da aceleração 𝑔 da gravidade.

Explicitando 𝑔 na equação (5), encontra-se uma expressão para calcular a


aceleração da gravidade através deste pêndulo físico:

8𝜋²𝐿
𝑔= (6)
3𝑇²
Onde 𝐿 é o comprimento da barra homogênea e 𝑇 é o período de oscilação do
pêndulo.
2 OBJETIVO

Determinar a aceleração da gravidade através de um pêndulo físico e


compreender o seu funcionamento, bem como comparar os resultados com os obtidos
no experimento anterior (pêndulo simples).

3 MATERIAS E METODOLOGIA

3.1 Materiais

1 Suporte Universal

1 barra metálica homogênea

1 cronômetro

1 fita métrica

1 transferidor

3.2 Métodos

O pêndulo físico foi montado usando a barra metálica atrelada ao suporte


universal de forma que a barra girasse livremente ao redor do eixo horizontal do
suporte. Usando o transferidor, foi medido o ângulo de (XX) para dar inicio as
oscilações do pêndulo.

Feito isso, foi medido, com o auxilio do cronômetro, o tempo total que o
pêndulo leva para completar dez oscilações. Esse procedimento foi repedido 10 vezes.
Os tempos coletados serão usados para calcular a aceleração da gravidade, cujos
resultados serão discutidos a seguir.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As medidas dos tempos coletados no experimento estão organizadas na tabela


abaixo:

Tabela 1: medidas do tempo total de 10 oscilações para o pêndulo físico.

Medida Tempo (s)

1 12,47

2 12,38

3 12,28

4 12,53

5 12,37

6 12,51

7 12,35

8 12,43

9 12,29

10 12,19

O período de oscilação do pêndulo foi obtido através da média dessas medidas


divididas por 10, já que os valores medidos foram para 10 oscilações.

Assim, o valor médio do período é obtido pela fórmula:


𝑛
1
𝑇̅ = ∑ 𝑇𝑖
𝑛
𝑖=1

Onde 𝑇̅ é a média do período de oscilação do pêndulo físico, n é o número de


medidas e Ti são os valores das medidas já divididos por 10.

Portanto, o valor médio é:


10
1
𝑇̅ = ∑ 𝑇𝑖 = 1,238 𝑠
10
𝑖=1
Com este valor médio do período e com o comprimento do pêndulo, de 580 mm,
é possível calcular a aceleração média da gravidade local através da equação (6):

8𝜋²(0,58)
𝑔= = 9,959904675 𝑚/𝑠²
3(1,238)²

Porém, existem incertezas associadas a estes valores. No caso do comprimento


do pêndulo, foi feita apenas uma medida e, portanto, utilizaremos apenas o erro
instrumental como sendo a incerteza final, que é dado por:

1 𝑚𝑚
𝜎𝐿 = = 0,5 𝑚𝑚
2
Onde 1 mm é a menor medida do aparelho utilizado para fazer a medida.

Para o período do pêndulo, além do erro instrumental, deve-se levar em conta


também o erro aleatório, pois foram realizadas dez medidas. Para o erro instrumental,
𝜎𝑟 , neste experimento foi estabelecido por convenção o valor de 0,1 s. Já o erro
aleatório, para ser determinado é necessário primeiramente calcular a dispersão das
medidas feitas em relação à média 𝑇̅, que pode ser estimada através do desvio padrão:

𝑛 10
1 1
𝜎= √ ∑(𝑇𝑖 − 𝑇̅)² = √ ∑(𝑇𝑖 − 1,238)² = 0,108115 𝑠
𝑛−1 9
𝑖=1 𝑖=1

Em seguida, deve-se calcular o desvio padrão do valor médio, que é dado por:

𝜎 0,108115
𝜎𝑚 = = = 0,034188964
√𝑛 √10
A partir do valor obtido de 𝜎𝑚 e do valor de 𝜎𝑅 , calcula-se o a incerteza padrão
final, que é dada pela fórmula:

𝜎𝑇 = √𝜎𝑚 ² + 𝜎𝑟 ²

𝜎𝑇 = 0,105682946 𝑠

Após calcular a média e incerteza padrão final, pode-se expressar o valor final
da medida do período de oscilação do pêndulo físico:

𝑇 = (1,24 ± 0,10) 𝑠

Finalmente, com os valores obtidos é possível calcular a incerteza final do valor


da aceleração da gravidade, que depende dos valores do período e do comprimento do
pêndulo e pode ser dada pela fórmula:
𝜎𝑔 𝜎𝑇 2 𝜎𝐿 2
= √ 𝐴² ( ) + 𝐵² ( )
𝑔̅ 𝑇̅ 𝐿̅

Onde 𝜎𝑔 é a incerteza padrão final da aceleração da gravidade, 𝑔̅ é o valor médio


da aceleração da gravidade, 𝜎𝑇 é a incerteza padrão final do período, 𝑇̅ é o valor médio
do período, 𝜎𝐿 é a incerteza padrão final do comprimento, 𝐿̅ é o valor médio do
comprimento, e 𝐴 e 𝐵 são os coeficientes do período e do comprimento,
respectivamente, na equação (6).

Portanto, a incerteza da gravidade é:

𝜎𝑔 0,105682946 2 0,0005 2

= (−2)² ( ) + 1² ( )
9,959904675 1,238 0,58

𝜎𝑔 = 1,700493515 𝑚/𝑠²

Então o valor final para a aceleração da gravidade local é:

𝑔 = (9,96 ± 1,7) 𝑚/𝑠²

O valor esperado para a aceleração da gravidade no local onde o experimento foi


realizado (ao nível do mar) é 9,81 𝑚/𝑠², segundo o livro Fundamentos de Física 2
(HALLIDAY, David; RESNICK, Robert). E os resultados obtidos no experimento
anterior, através do pêndulo simples em diferentes comprimentos, foram:

𝑔𝐴 = (9,93 ± 1,41) 𝑚/𝑠²

𝑔𝐵 = (9,94 ± 1,41) 𝑚/𝑠²

𝑔𝐶 = (9,95 ± 1,32) 𝑚/𝑠²


5 CONCLUSÃO

Foi possível concluir através deste experimento que, apesar de o pêndulo físico
poder ter uma distribuição complexa de sua massa, os resultados obtidos para a
aceleração da gravidade foram bastante semelhantes aos resultados obtidos através do
pêndulo simples, tanto para o valor médio quanto para a incerteza. Além disso, os dois
experimentos se mostraram eficazes para determinar a aceleração da gravidade local,
visto que os valores finais são muito próximos do valor esperado e totalmente
compatíveis considerando as incertezas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, D.; RESNICK,R. Fundamentos de Física: 2. Rio de Janeiro: LTC, 2012.


296p.

https://sites.google.com/site/mschivani/disciplinas/cet833 (acessado dia 11/09/13 ás


20h45min).

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