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FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE SÃO PAULO

Yone Rodrigues Junior

ANÁLISE DO COTIDIANO – CONFISSÕES DE ADOLESCENTE

Análise do cotidiano
Confissões de adolescentes
Requisito para Bacharel em
Teologia
Ética Bíblica I

Prof: Jonas Machado

SÃO PAULO
2013
CONFISSÕES DE ADOLESCENTES
TV CULTURA
10/11/2013
11:30 A 12:00
Sinopse:
O cotidiano de uma família com quatro garotas adolescentes com problemas
típicos da idade, necessidade de liberdade, desejo de enfrentar o mundo, a conquista , os
medos, os conflitos, em fim, todos os sintomas desta fase da vida.

RESUMO:

Em uma casa com quatro adolescentes, um pai tenta criar como pode sua filhas,
pois era viúvo.
A filha mais nova, Carol, está com mais ou menos 16 anos, e vive a crise que todo
adolescente nesta idade tem. Ela passa da menina mimada para a menina problemática
em pouco tempo.
O que se vê no início, é uma menina estudiosa e amável, que não foi despertada
ainda para uma vida fora daquela, o que certamente não dura muito tempo.
Andando com sua amiga na volta da escola, ela vê um garoto em cima de uma casa
pichando as paredes. Ele, de lenço na cabeça, camisa rasgada e bermuda, chama a
atenção da jovem curiosa, que não consegue tirar os olhos do rapaz rebelde.
Apesar da aparente admiração, a menina xinga o rapaz, mostrando estar indignada
com aquela cena, porém, no fundo, existe a curiosidade e fascinação por aquele tipo de
aventura, por causa da audácia do rapaz, parecia representar um desejo escondido em
seu coração.
Os dias seguintes foram como um despertar, assim como alguns despertam para
uma verdade religiosa, a menina parece ter aflorado algo novo, misterioso e
incontrolável.
Não demorou muito para que estivesse procurando este tipo de vida. Começou a
fumar no banheiro da escola, engasgado com a fumaça, foi pega pela as autoridades do
colégio, o que lhe rendeu uma advertência.
Seu pai, todo carinhoso, perguntava para filha do por que daquilo. Sem muito
escândalo, broncas ou gritaria, seu pai apenas lhe diz que fumar não levaria a nada, pelo
contrário, lhe traria doenças. Carol, beija rosto de seu pai sem sentir nenhum remorso, e
sai dizendo “tá bom pai, eu não vou mais fazer isto”.
As mudanças vão continuando, e a garota vai até o shopping com sua amiga e se
depara com o garoto que dias antes tinha visto pichar as ruas. Sua amiga, puxando-a
pela mão, pede para ela não dar bola, mas a menina enquanto era arrastada não
conseguia tirar os olhos do rapaz, que também sorria para ela, com o mesmo tipo de
olhar.
Acabou que a menina fez amizade com este rapaz e, começou a andar ele.
Passeando os dois no shopping, ela viu um objeto em uma loja, queria muito, mas
não tinha dinheiro, e o rapaz disse que ela deveria pegar ou ficaria sem. Entrou na loja
como cliente, olhando pela loja, pegando então o objeto e colocando na mochila. A
sensação de liberdade e conquista era muito grande, roubar começou a virar uma
prática.
A nova vida tirou as prioridades da garota, pois nem mesmo estudava, e em uma
prova, pedia cola para sua amiga da frente, que fingiu não escutar. O jeito foi puxar o
livro da mochila e procurar as respostas. A menina não se deu conta que a professora
está bem atrás dela, tomando a sua prova e dando outra advertência .
Novamente, seu pai questiona, mas a filhinha diz que a professora estava de
perseguição com ela, pois quem queria cola era sua amiga. O pobre pai engole o
discurso e ela sai ilesa.
Os estudos não entravam na cabeça de Carol, que se estressava ao tentar ler em
casa. Muitas coisas aconteciam na sua vida, e não só isso, mas a falta de uma mãe
também colaborou para que Carol estivesse tão longe do ideal para aquela família.
A menina aprendeu a pichar, fugir da polícia, vivendo uma vida completamente
avessa, chegando a ter conflitos com a irmã mais velha, pois quando Carol chegou tarde
da noite, sua irmã a questionou, querendo saber por onde andava. A resposta dolorosa
veio na ponta da língua de Carol “você não é minha mãe para me dar ordens”.
Carol, continua a viver sua liberdade conseguida as marras e em uma loja de CDs,
colocou em sua mochila disfarçadamente um CD, mas ao sair da loja, o alarme disparou,
e mesmo correndo, foi pega pelo segurança do shopping. Sua irmã mais velha foi
chamada e, teve que se acertar na loja para liberar a Carol.
A irmã mais velha, muito preocupada, dá broncas na garota, e diz que terá de contar
para pai o ocorrido. Carol tenta aplicar seu truque de irmã caçula, pedindo para não
contar para o papai, pois ele ficaria muito triste.
A mesma irmã que antes estava rejeitando e ofendendo, dizendo não ser ela sua
irmã, agora é alguém que Carol deve agradar e convencer de que ela é uma boa menina,
do contrário,terá de enfrentar o pai.
O pai de Carol está conversando com sua filha mais velha, e pergunta para ela, o
que ele poderia estar fazendo de errado na educação de Carol? Sua filha lhe diz que o
excesso de liberdade demonstra falta de atenção e carinho. Essa palavra mexeu muito
com o pai.
O pai de Carol a chama em casa com tom mais severo que das outras vezes, e
questiona a filha mimada, do por que teve que roubar. A menina joga na cara do pai,
que ele nunca se importou e nunca teve tempo, só se preocupou com o trabalho. Fechou
a porta e saiu de casa.
Numa danceteria, Carol vai à procura do rapaz e, o encontra dançando com outra.
Seu sentimento ferido e a veracidade da juventude, faz com que ela beba muito por
ciúmes e, ao se aproximar do rapaz, ele dá um fora nela, fazendo com que ela saia muito
mal da danceteria.
Carol está sozinha, vulnerável e já sentindo-se mal pelo excesso de bebida ingerida,
mas mesmo assim, consegue ir para casa.
Lá chegando, a menina vai para o banheiro e vomita, passando muito mal. Seu pai
escutando aquele barulho, corre para acudir a filha, que gritava que iria morrer, mas seu
pai a confortou, lavou seu rosto e a abraçou, dizendo “você não vai morrer minha filha,
esse é só seu primeiro pileque, vai passar”. Disse isso com olhar de compaixão, não de
aprovação, pois sabia que a filha estava passando por um período difícil.
A menina foi corrigida pelo pai, ficou um mês sem sair de casa. Por fim, ela
aparece dizendo que achou bom o castigo, que não tinha nada a ver pichar as coisas, e
que no fundo, ela não sabia explicar, mas tinha gostado de ser corrigida.
O fim deste filme, mostra Carol beijando seu pai por trás, abraçando-o no café da
manhã, e apesar do jeito pacato do pai, ele relembra sua filha “você ficará de castigo por
um mês, só poderá ir para escola, tudo bem?”

ANÁLISE ÉTICA

1. Qual exemplo de caráter foi expresso pelo programa? Os exemplos de vida


no programa poderão ser imitados, à luz da visão cristã de vida?

Como o programa trata da história de quatro adolescentes, em especial, de


Carol, obviamente encontraremos na vida da menina um exemplo que não pode ser
imitado, apesar de ser algo comum na vida do adolescente.
O programa, de certa forma tentou mostrar o cotidiano de muitas famílias, não
só brasileiras, mas no mundo, pois os problemas familiares e suas relações são
palco de discussão em quase todo o mundo. Falo quase todo mundo, pois acredito
que em países mais fechados e rígidos, seus adolescentes tendem ainda a serem
mais submissos aos pais, pelo menos esta é minha impressão.
O tempo todo, o programa mostra a confusão da adolescia, mas também, não
deixa escapar as falhas da família como um todo. Mesmo a adolescente confessa
que está em um período crítico e confuso em sua vida, mas isso não isenta o pai e as
irmãs da responsabilidade. A forma como os membros da família se comportam,
contam também no desfecho da vida de Carol.
Quanto aos exemplos de vida, é obvio que o exemplo de Carol não condiz com
a Palavra de Deus. Encontramos no Decágolo (Êx 20.12), o mandamento de honrar
pai e mãe, o qual o apóstolo Paulo vai dizer “é o primeiro mandamento com
promessa” (Ef 6.2), deixando bem claro a importância do respeito dos filhos para
com seus pais. Esse respeito vai além de obediência, ou seja, entendo que cuidar e
proteger dos pais em todos os sentidos é também uma forma de honrar.
O exemplo de vida do pai é complicado, pois é fácil condená-lo, dizer que ele
de certa forma foi omisso, pois não foi enérgico nos momentos que necessitava de
pulso firme. A Bíblia também chama a atenção para a obrigação dos pais para com
os filhos (Dt 6.7; Pv 22.6;23.13-14), e dá exemplos de pais omissos as atitudes de
seus filhos, como por exemplo os filhos de do sacerdote Eli (I Sm 2.12ss) que
ignoravam não só o conselho do pai como também transgrediam contra o próprio
Deus. Tal atitude, deveria ser cobrada com mais ênfase por um sacerdote.
Apesar de não termos um exemplo perfeito de vida cristã, não considero o pai
completamente errado, uma vez que este se ausentava da criação por ter que
sustentar a família, fazendo o que poderia ser feito, porquanto era viúvo. Dentro de
suas forças, fez o que pode.

2. Que tipo de relacionamento social foi visto? Como as pessoas são


tratadas?

Os relacionamentos giram em torno da família típica brasileira. As dificuldades


do dia-a-dia e as lutas que as famílias enfrentam para sobreviver e buscar a
felicidade.
O caos de um lar sem mãe, as irmãs mais velhas tomando este papel, ao mesmo
tempo que ninguém quer estar sobre o julgo de ninguém. É literalmente uma tensão
constante.
As relações afetivas aparecem na vida de Carol e o pichador, que no fim a
despreza, trocando-a por outra sem nenhuma consideração. O amor do pai pela
filha é manifestado sempre, apesar deste amor talvez ser carregado de culpa, o pai
provavelmente tenta compensar a filha com mimos e vista grossa.
O jovem perante a sociedade, enfrenta uma crise de identidade, e neste
contexto, sua luta para se autoafirmar e se descobrir como alguém é seu único
propósito de estar vivo. Logo, podemos compreender porque tanto impacto entre
os relacionamentos com os irmãos mais velhos e seu pai.
Algo muito interessante no final do programa, enquanto Carol estava bêbada,
abraçou seu pai, e ele disse que não sabia o que tinha feito de errado, e sugeriu que
ela talvez precisasse de uma mãe ou de um pai. Disse isto, não porque se casaria de
novo, mas porque entendia que tinha fracassado como pai. Neste momento, Carol
abraça o pai mais forte e diz “de um pai, eu não preciso!”.
Por pior que seja os relacionamentos nesta família, existe o amor que de certa
forma ainda é a “cola”, não permitindo que ela se desmorone.

3. Que sonho ou fantasia o programa gerou no telespectador?

Não sei se senti alívio ou saudade da época de minha adolescência. Em muitos


aspectos eu me vi na figura da adolescente, toda a explosão de hormônios saltava
aos olhos da atriz, trazendo a vivida impressão de estar se observando nas suas
rebeldias.
Bem, olhando para o que senti ao ver este pequeno filme, posso dizer que senti
medo de cometer os mesmos erros do pai da menina. Surge não só o sonho, mas a
esperança de fazer melhor.
Falando agora dos aspectos que percebi que o filme passa e não do que eu senti
em particular, posso dizer que se passa uma ideia de liberdade. Não se trata do
certo ou errado, mas da sensação transmitida pela adolescente. Sua busca é por ser
autentica, ser alguém e, por conta disto, a vida sem regras e sem limites passa a
ideia de liberdade.
Essa percepção termina no final do filme, onde a própria adolescente faz a
declaração de estar agindo errada e, que os limites colocados pelo seu pai
trouxeram de certa forma alegria.
4. Qual a velocidade dos acontecimentos? O telespectador tem o necessário
tempo para analisá-los a partir de referenciais éticos cristãos?

Veja bem, olhar o filme e rumina-lo depois é bem diferente de sentar-se em um


Domingo sem compromissos, comendo pipoca deitado no sofá. Se existe a
possibilidade de analisar este filme ou qualquer outro sempre de forma ética,
teremos sempre de estar com a mente crítica e não descontraída. Esta é minha
opinião. Mas, partindo do pressuposto que estamos falando da análise deste filme,
com o propósito de estudo, darei minha opinião.
Os acontecimentos do filme são rápidos, talvez por se tratar de uma série de
trinta minutos, mas é possível mesmo de forma descontraída perceber rapidamente
as referências éticas cristãs.
As cenas da evolução de rebeldia da adolescente ocorrem rapidamente, mas
neste processo, percebe-se seu afastamento da família, das coisas honestas e até
mesmo a negligência com seu próprio futuro.
Por se tratar de um filme que retrata muito a família brasileira, nós
imediatamente nos identificamos com os problemas e, por serem problemas
conhecidos por nós, temos condições de no decorrer do filme, fazermos uma crítica
ao modo de vida da adolescente e a do próprio pai.
As mensagens de rebeldia por parte da menina é facilmente percebida pelo
telespectador, não é preciso esforço para ver que aquele estilo de vida não é correto.
Já para o pai, é necessário atenção, nem todo mundo compreende que a ausência de
correção por parte do pai é uma falha ética.
Por outro lado, a irmã mais velha é criticada por se parecer com a mãe da
menina, pois ela cobrava responsabilidade da adolescente. Percebemos
nitidamente que esta irmã mais velha chama a responsabilidade da casa para si,
pois até mesmo para seu pai ela dá conselho de como educar a adolescente.
Temos valores positivos e negativos, não posso dizer que são cristãos, mas sim,
também o são.
O perdão, o amor e arrependimento também são valores cristãos, mas com
certeza não é algo que o telespectador pensa, quando está assistindo o filme. Hoje
os valores de perdão e amor são bem explorados nos filmes em geral, portanto, o
que aparece aqui, faz parte de uma rotina que estamos acostumados a assistir e, por
ser algo corriqueiro nos filmes, não traz uma reflexão profunda.

5. Que ideais de vida o programa apresentou? O programa apenas retratou


a vida como é ou apresentou ideais mais elevados de vida a serem
alcançados?

Num primeiro momento, podemos dizer que o programa retrata a vida como
ela é, pois descreve o drama de quase toda família. Porém, se observarmos a tensão
da família, podemos dizer que o programa também apresenta um ideal de vida, ou
seja, o de prosseguir com a vida e ser feliz.
É fato que a vida é como foi apresentada, por mais que os pais lutem ou, parece
que por mais que lutem, nem tudo sai como planejam.
Lembro-me do pai ressentido, arrancando os cabelos e se perguntando “onde
foi que eu errei?” mostrando claramente a frase que muitos pais devem ter feito,
estão fazendo e provavelmente ainda farão. De fato, a vida é assim.
Quanto aos ideais, podemos usar a mesma referência que acabei de dar do pai.
O sonho de uma vida melhor, de educar as filhas e principalmente a adolescente, é
também um ideal de vida, a proposta que toda família em crise abraça e se
identifica.
A menina, no final do filme, apresenta um ideal para os filhos que vivem em
crise com seus pais. Quando ela diz que achou bom o castigo de seu pai e que a
vida que estava levando era errada, de certa forma, pode ser percebida como um
ideal para todos adolescentes.
Ainda podemos dizer que a proposta do programa tenha sido a reflexão, tanto
para filhos, pais e educadores. Olhar para os problemas desta família, possibilita a
reflexão para corrigir certos erros e porque não, tolerar determinadas coisas.
Acredito que o verdadeiro ideal esteja realmente no fim do filme, apesar de
tanta tribulação nesta família, o ideal, a proposta apresentada é realmente a que se
manifesta no final do filme.

6. Que tipo de reação à vida foi transmitido?

O tipo de reação à vida é a egoísta, imediatista e hedonista.


Estou me baseando na vida da adolescente, pois não posso dizer o mesmo dos
outros integrantes da família, todos faziam sua parte.
Carol, queria viver, curtir, não se importando com as consequências, com o que
os outros pensariam, vivia apenas o hoje e o amanhã para ela não existia.
O fato da menina estar no shopping e querer um objeto não é errado, mas o
problema está na forma que ela busca para satisfazer seus desejos, ou seja,
roubando.
Sabemos que colar em uma prova, não é só prejudicial para aquele que está
pedindo a cola, mas para aquele que estudou, se esforçou, e por causa da amizade
acaba cedendo ao pedido do colega.
Quando Carol pede cola para sua amiga, ela não pensou que poderia estar
colocando em risco a prova da amiga. Isto é egoísmo!
Acredito que o egoísmo, hedonismo e o imediatismo, sejam características que
quase sempre se apresentam em conjunto. Podemos perceber que Carol não tinha
condições de realizar a prova porque fez escolhas ruins, preferiu o shopping, sair
para pichar a rua de madrugada, não dando nenhuma importância para seu futuro.
A mensagem que temos é de alguém que vive só o hoje, imediatista; por desejar
apenas seu prazer, hedonista ; esquecendo-se até mesmo das pessoas que os ama
verdadeiramente, egoísta.
A forma como a adolescente lida com as responsabilidades, mostra claramente
o que ela pensa sobre o mundo, as pessoas em sua volta.
Conseguimos ver a libertação de tais atitudes somente quando elas foram
confrontadas de alguma forma. Explico:
A medida em que uma pessoa “quebra a cara”, atitudes como egoísmo,
imediatismo e hedonismo vão enfraquecendo. Como por exemplo, quando Carol
foi pega roubando, teve que implorar para sua irmã mais velha que não contasse
para o seu pai, pois ele ficaria arrasado.
Quando ela é desprezada na danceteria pelo rapaz, embriaga-se e acaba no colo
do pai, chorando como um bebê arrependida.
O egoísmo no final, vai dando lugar para o pai e as irmãs, na medida que ela
percebe que estas pessoas são realmente aqueles que se importam de verdade com
sua vida. O imediatismo é quebrado pelo castigo de trinta dias, sem poder sair, a
não ser ir para escola. Carol teve que aprender esperar por sua liberdade, teve que
deixar seus planos para depois. Por fim, o hedonismo dá lugar para coisas que não
são tão prazerosas, mas são necessárias, são responsabilidade e, a busca apenas por
prazer não pode mais existir, mas dá lugar para coisas necessárias.

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