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Método de caso

O método de caso, ou seu conceito, é utilizado desde a antiguidade clássica. Na Grécia


antiga Platão e Sócrates usavam casos, acontecimentos reais contendo uma
problemática, em discussões com o intuito de estimular seus discípulos a praticar
filosofia. Na China antiga Lao-Tsé e Confúcio faziam o mesmo. Porém, seu uso
moderno tem início no ano de 1880 na universidade de Harvard no curso de direito.
Sua eficácia logo foi reconhecida e esse método pedagógico foi inserido nos cursos de
medicina, administração, economia entre outros. Ademais, tornou-se estratégia
fundamental de ensino da Harvard Business School por volta de 1910 (McNAIR, 1954).

Os casos são descrições de situações-problema reais presentes no mundo complexo e


contemporâneo. Descrevem situações reais vivenciadas por profissionais no âmbito
acadêmico, laboratorial e profissional, e tem o objetivo de incentivar os alunos a
solucionarem os eventuais problemas indiscerníveis das relações interpessoais e
profissionais.

Segundo GIL, “esse método se insere na Perspectiva Humanista de Educação, que se


fundamenta na crença de que os estudantes não são criaturas passivas, prontas para
serem modeladas pelos professores”. Rejeita-se o conceito de que é necessário
aprender e depois aplicar o conhecimento apreendido. A aprendizagem é paralela à
ação, para aprender é preciso agir. Tomando como foco o mundo real e complexo, o
método de caso possibilita aos alunos o aprendizado por meio da relação estudante-
problema.

Esse método é apropriado quando é requeria uma participação ativa dos estudantes,
quando se busca dar ênfase no uso de habilidades crítico-analíticas e de solução de
problemas, há tempo suficiente para a análise e discussão de uma situação-problema,
os estudantes dispõem de informações e conhecido prévio suficiente para analisar o
caso, existem várias soluções para o problema, a capacidade cognitiva de
aprendizagem precisa ser estimulada, o professor tem prática e aceita desempenhar o
papel de líder da discussão, auxiliando todos os alunos na busca de conhecimento,
empatia e desenvolvimento pessoal. Ademais, essa técnica possui maior aplicabilidade
nos níveis mais elevados de cognição: nível de análise, avaliação e criação. No nível de
análise o aluno é capaz de observar um problema e absorver dele as principais
variáveis envolvidas, portanto, ele é capaz de avaliar, considerar, atribuir, diferenciar e
organizar. Por conseguinte, no nível de avaliação o aluno avalia, julga, critica e
pondera. No nível de criação as ideias e conceitos existentes são organizados em novas
estruturas e modelos, ou seja, é necessária capacidade cognitiva capaz de organizar,
criar, generalizar e planejar.

Os casos aplicáveis pelo docente podem ser criados pelo mesmo ou retirados de um
banco de casos. Em se tratando de criação, a elaboração do caso se inicia com a
postulação de um problema, que consequente, possui uma resposta. O problema ou
conflito é traduzido em objetivos operacionais, como identificar problemas,
desenvolver métodos, criar técnicas, solucionar problemas. No final do caso espera-se
que os alunos tenham aprendido a lidar com os objetivos propostos pelo docente. No
entanto, o aplicador deve-se atentar a alguns pontos para garantir a aplicação correta
do caso. Gil (2005) propõe algumas perguntar para a verificação se o caso escolhido
pode ser eficaz.

1. O caso possibilita alcançar os objetivos?


2. Os objetivos são ajustados ao problema?
3. O caso mostra-se realista?
4. O conteúdo do caso é acurado, relevante e apropriado?

Essas são algumas perguntas que podem ser feitas para verificar se o caso condiz com
os objetivos operacionais elencados pelo docente.

Para que o método de caso tenha eficiência é necessário que os professores e os


alunos estejam preparados. A dinâmica dessa técnica pedagógica ocorre em três fases.
Na primeira os estudantes tem o contato com o caso, eles o estudam, encontrando os
problemas, as variáveis envolvidas e os possíveis métodos de solução. Em um segundo
momento ocorre a formação de pequenos grupos de alunos. Nesses ocorre a discussão
do caso. O terceiro momento, e o mais importante, é realizado em sala de aula. O
professor toma aqui papel principal, ele coordena toda a análise e discussão, ou seja,
ele julga, corrige, sintetiza, resume, auxilia, ouve, clarifica. Apesar da subjetividade de
cada professor é imprescindível um roteiro para evitar uma desorganização e também
um clima de conflito durante a problemática. Um roteiro básico pode ser o seguinte:

1. Introdução à aula e apresentação do caso/tema.


2. Revisão da teoria associada.
3. Contextualização do caso.
4. Análise e discussão do caso.
5. Conclusões.

O foco central da atividade em sala é a discussão do problema, visando possíveis


soluções quando é necessário. Essa etapa pode ser orientada pelo professor se este
executa perguntas sequenciadas. Desta forma, ele controla a dinâmica e direção que a
problemática toma, evitando discussões desligadas dos objetivos centrais. Algumas
sugestões de perguntas seguem-se adiante:

1. Qual é o problema e quais as variáveis envolvidas?


2. Quais são as variáveis mais importantes e relevantes?
3. É necessária uma solução?
4. Quais são as soluções alternativas?
5. Existe algum critério para a tomada de decisão?
6. Como essa solução seria implementada?

Também convém que o professor utilize o quadro para registrar e organizar todas as
ideias advindas da discussão, auxiliando no raciocínio dos alunos e na dinâmica da
atividade.

Simulação

A simulação é outro método pedagógico. Seu principal ponto positivo é que permite
um aprendizado de uma forma segura de alguma prática que apresenta perigos na
realidade. A pilotagem de aviões é um exemplo. Este método foi inicialmente
empregado por companhias aéreas e entidades militares.

De maneira geral as simulações constituem de uma atividade bastante prazerosa,


tornando-se uma atividade lúdica para os alunos. Não obstante ela permite a análise
dos mais variados aspectos da realidade, além disso, permite alcançar diversos
objetivos, não apenas os comportamentais.

Quando se fala em simulação logo pensamos na computação. Os computadores são


essenciais no mundo contemporâneo, seja no comércio, economia, administração ou
direito. Dessa forma, é de extrema importância que os alunos de ensino superior, os
futuros profissionais do mercado, aprendam sobre vários usos dos computadores.
Gaddis (apud MEDEIROS e MEDEIROS, 2002) evidencia alguns aspectos importantes
das simulações computacionais, cada dia mais presentes nas ciências, são eles:

1. Reduzem “ruído” cognitivo, de modo que os estudantes possam


concentrar-se nos conceitos envolvidos nos experimentos;
2. Fornecem um feedback para aperfeiçoar a compreensão dos conceitos;
3. Permitem aos estudantes gerar e testar hipóteses.
4. Servem como preparação inicial para ajudar na compreensão do papel
de um laboratório.

Apesar dos variados pontos positivos, é preciso lembrar que os computadores não
substituem a vivência no mundo real, pois só este apresenta adversidades,
desencontros e imprevisibilidade. Experiências que os estudantes devem viver para
terem uma excelente formação acadêmica e profissional.

Alguns objetivos passíveis de serem alcançados pela simulação, seja computacional ou


aquela baseada no comportamento humano, são: estímulo à reflexão e construção de
hipóteses, autorreflexão e personalidade empática, capacidade de análise lógico-
matemática, desenvolvimento de habilidades interpessoais.

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