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Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), uma parceria entre o IBGE e a Fiocruz para

o Ministério da Saúde, realizada em 2013, cerca de 24% da população com 18 anos ou mais consome
bebida alcóolica uma vez ou mais por semana. Entre homens, a frequência é quase três vezes maior
(36,3%) do que entre as mulheres (13%), variando de 18,8% na região Norte a 28,4% na região Sul.

(Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde Pública - PNS 2013)

Conforme os dados de 2010 da OMS, estima-se que – no mundo inteiro - pessoas com 15 anos ou
mais consumiram 6,2 litros de álcool puro. O Relatório Global sobre Álcool e Saúde também mostra
que a média brasileira para o período era de 8,7 litros por pessoa.

“Droga de fundo”
Até a Pesquisa Nacional sobre o Uso do Crack, realizada em 2012, detectou o consumo de álcool
entre os usuários da droga. Segundo dados da Pesquisa, há um consumo altíssimo de duas drogas
lícitas, concomitante ao consumo do crack: o álcool (77,07%) e o tabaco (85,06%), atribui isto “à
imensa disponibilidade e baixo custo do álcool”.
“a princípio, toda e qualquer droga se sobrepõe ao álcool, que é uma espécie de ‘droga de fundo’ de
todas as demais.”
Doenças como depressão, ansiedade, câncer de fígado e boca são algumas das enfermidades que
o alto consumo de álcool provoca, sem falar na síndrome do alcoolismo fetal, que afeta não só a mãe
como causa lesões graves ao bebê ainda no útero. Além disso, a OMS alerta para os impactos do
consumo abusivo de álcool como suicídio e violência, sem falar nos efeitos sobre as habilidades
psicomotoras, que leva a acidentes.
O consumo abusivo de álcool nos últimos 30 dias anteriores à coleta de dados da PNS também foi
levantado. Ele atingiu 13,7% da população brasileira, sendo 21,6% do público masculino contra 6,6%
do feminino. Ainda no inquérito, no intervalo de tempo de quatro dias ou mais nos últimos 30 dias
anteriores à PNS para o consumo abusivo de álcool, o número fica em 5,9% para a população
brasileira, com a feminina representando em 2,4% e a masculina em 9,9%.
(Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde Pública - PNS 2013)

Do consumo lícito a um problema de saúde pública, o consumo de álcool no Brasil deixa em estado
de alerta pesquisadores e especialistas da área de saúde. Francisco Inácio Bastos compara inclusive
o consumo de álcool ao de tabaco, alertando para alguns pontos:, “o baixo preço, a imensa
acessibilidade e o funcionamento inadequado ou inexistência de regulamentos, em forte oposição ao
tabaco, onde persistem obviamente problemas, mas a regulação, em termos globais, é
substancialmente melhor e mais sistematicamente aplicada” – o que levaria o álcool a ser a
substância psicoativa mais consumida em todo o mundo e a que corresponde a mais elevada “carga
de doença” – ou seja, óbitos, doenças e perda de capacidade de realizar tarefas cotidianas.

Jovens x álcool
Outro dado relevante trazido pela PNS é que a média de idade do consumo de álcool é de 18,7 anos
para homens e 20,6 para mulheres.

(Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde Pública - PNS 2013)

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), de 2015, do IBGE, realizada


com estudantes 9º ano (antiga 8ª série), do ensino fundamental nas capitais e Distrito Federal das
escolas públicas (2.243.100 alunos) e privadas (486.468 discentes), apontou que 55,5% dos
escolares do 9º ano já fizeram uso de bebida alcóolica nos últimos 30 dias que antecederam a
Pesquisa, seja essa bebida cerveja, vinho, cachaça ou uísque. Já os episódios de embriaguez,
aconteceram com 21,4% dos estudantes entrevistados. Considerando-se que a PeNSE ouviu jovens
entre 13 e 17 anos, os números merecem atenção, até porque o uso abusivo de álcool estimula
violências, acidentes, insucesso escolar e comportamentos de risco como tabagismo, uso de drogas
ilícitas e sexo desprotegido.
Já os episódios de embriaguez, aconteceram com 21,4% dos estudantes entrevistados.
Considerando-se que a PeNSE ouviu jovens entre 13 e 17 anos, os números são preocupantes, até
porque o uso abusivo de álcool estimula violências, acidentes, insucesso escolar e comportamentos
de risco como tabagismo, uso de drogas ilícitas e sexo desprotegido.

(Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - PeNSE 2015)

Misturas letais
Uma visão mais abrangente, mostra que a ingestão de bebidas alcóolicas antecede ao consumo de
outras drogas, como a cocaína, por exemplo. Francisco Inácio Bastos alerta que os impactos a
mistura álcool e cocaína podem levar a resultados imprevisíveis e muito danosos à saúde: “o efeito
conjunto de diferentes drogas é, por vezes, imprevisível, porque é muto difícil, algumas vezes
impossível, determinar doses e composição com um mínimo de precisão, e os efeitos adversos
podem se somar, de diferentes formas”, e exemplifica: “cocaína (não necessariamente o crack) +
álcool geram uma substância mais tóxica do que ambas isoladamente, o cocaetileno, que não existe
naturalmente, sendo sempre fruto da metabolização conjunta de álcool e cocaína”.
O pesquisador do Icict é franco ao defender um olhar multidisciplinar à questão do álcool e das drogas
de forma geral: “infelizmente, a cada momento, uma determinada substância polariza o debate
público, como já foi o caso do crack e vem sendo o caso da cannabis, quando, na verdade, a questão
exige uma visão integrada, pois o usuário contemporâneo é, basicamente, um poliusuário”.
https://www.icict.fiocruz.br/content/%C3%A1lcool-n%C3%BAmeros-preocupam-profissionais-de-
sa%C3%BAde-p%C3%BAblica

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