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Resposta c.
Selecionada: As contribuições sociais para custeio da seguridade social estão sujeitas à
anterioridade geral do art. 150, III-b, da CR.
Respostas: a.
A capacidade econômica do contribuinte é relevante para efeito de gradação da
carga tributária que o afetará.
b.
O princípio da legalidade exige que todos os critérios da obrigação tributária
estejam previstos em lei.
c.
As contribuições sociais para custeio da seguridade social estão sujeitas à
anterioridade geral do art. 150, III-b, da CR.
d.
A lei tributária que aumente as alíquotas do Imposto sobre a Renda está sujeita ao
princípio da anterioridade geral do art. 150, III – b da CF.
e.
Uma alíquota de IPTU de 25% sobre o valor do imóvel é confiscatória, mas a
alíquota de 25% do ICMS sobre o tabaco não é confiscatória.
Feedback Resposta: alternativa "c"
da resposta:
Explicação: Essas contribuições estão sujeitas ao princípio da noventena, previsto no
art. 195, § 6º da Constituição, o que implica no intervalo de tempo de 90 dias entre a
publicação da lei da União que crie essa contribuição e a sua incidência. Por exemplo, a
lei em questão é publicada no dia 01.11.2015, mas a incidência se dará sobre os fatos
que ocorrerem a partir de 01.02.2016.
Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
Dentre os impostos indicados, assinale a alternativa que contemple o de
competência da União:
Resposta Selecionada: a.
Imposto Sobre Operações de Crédito.
Respostas: a.
Imposto Sobre Operações de Crédito.
b.
Imposto Sobre Circulação de Mercadorias.
c.
Imposto Sobre a Propriedade de Veículos.
d.
Imposto Sobre a Propriedade de Imóveis Urbanos.
e.
Imposto Sobre Serviços.
Feedback Resposta: alternativa "a"
da resposta:
UNIDADE II
Pergunta 1
0,5 em 0,5 pontos
É possível realizar o pagamento do tributo com:
Resposta a.
Selecionada: dinheiro, cheque, papel selado ou estampilha.
Respostas: a.
dinheiro, cheque, papel selado ou estampilha.
b.
apenas com moeda corrente nacional em espécie.
c.
títulos da dívida pública.
d.
precatórios.
e.
apenas mediante Transferência Eletrônica Disponível (TED)
ou Documento de Ordem de Crédito (DOC).
Feedback Resposta correta: A.
da resposta:
Comentário: a forma de satisfação da obrigação tributária está
prevista no art. 162 do CTN, que detalha a maneira como será
possível honrar a obrigação, incluindo o cheque (desde que
resgatado pelo sacado – ver § 2º do CTN) e também a
estampilha, que é muito comum nos maços de cigarro e nas
bebidas alcoólicas para efeito de demonstração do pagamento do
IPI, pois nesses casos os fabricantes de cigarro e bebida
compram as estampilhas na Receita Federal e aplicam nos
produtos como uma demonstração de pagamento do valor do
tributo devido.
Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
A respeito da isenção e da anistia, é correto dizer que:
Resposta c.
Selecionada: a anistia implica a extinção da multa decorrente de infração
tributária e a isenção implica a supressão do poder de tributar
pela pessoa política competente, que, podendo exigir o tributo,
opta por não fazê-lo, como nos casos de incentivos fiscais.
Respostas: a.
ambas decorrem de lei e implicam a extinção do crédito
tributário.
b.
ambas decorrem de decreto e implicam a prorrogação no tempo
do tributo devido.
c.
a anistia implica a extinção da multa decorrente de infração
tributária e a isenção implica a supressão do poder de tributar
pela pessoa política competente, que, podendo exigir o tributo,
opta por não fazê-lo, como nos casos de incentivos fiscais.
d.
a anistia envolve apenas os incentivos fiscais e a isenção afeta
os juros dos tributos devidos.
e.
a anistia envolve correção monetária e a isenção apenas afeta
a multa dos tributos devidos.
Feedback Resposta correta: C.
da resposta:
Comentário: tanto a isenção como a anistia são tratados no CTN
como exclusão do crédito tributário, o que implica não a extinção,
mas um tratamento especial e diferente, sendo a isenção o não
exercício do poder de tributar para que determinadas situações
escolhidas pelo legislador não sejam atingidas pela exigência de
tributo, o que é tratado nos arts. 176 a 179 do CTN e muito
utilizado com efeito de benefício fiscal para estimular, por
exemplo, um determinado setor ou segmento da atividade
econômica. Já quanto à anistia, igualmente prevista em lei,
decorre do perdão da multa tributária (não dos juros ou da
correção monetária) e está prevista nos arts. 180 a 182 do CTN,
além de ser muito utilizada como uma técnica de arrecadação,
que mediante a lei concede a anistia, por exemplo, do ISS sobre o
valor da construção dos imóveis para que os contribuintes
regularizem as construções que fizeram nos seus imóveis em que
não recolheram a seu tempo o ISS da obra, mas que, ao fazerem
essa regularização (menos onerosa) acabam por atualizar a
planta de imóveis do Município, e isso se reflete na maior
arrecadação do IPTU, que incide sobre o valor de imóveis
(terreno) e da construção (prédios). A anistia implica o incentivo
para a regularização de débitos tributários.
Pergunta 3
0,5 em 0,5 pontos
A respeito da vigência da legislação tributária, é correto dizer:
Resposta c.
Selecionada: é preciso distinguir atos normativos das autoridades fiscais e decisões
administrativas de órgãos colegiados com eficácia normativa, sendo as primeiras
vigentes na data de sua publicação e as segundas, 30 dias após a sua publicação.
Respostas: a.
toda e qualquer regra de natureza tributária será vigente na data de sua publicação
no Diário Oficial.
b.
é preciso distinguir lei e legislação tributária para efeito de incidência, sendo que as
leis tributárias sempre serão vigentes na data de sua publicação no Diário Oficial.
c.
é preciso distinguir atos normativos das autoridades fiscais e decisões
administrativas de órgãos colegiados com eficácia normativa, sendo as primeiras
vigentes na data de sua publicação e as segundas, 30 dias após a sua publicação.
d.
os decretos que se prestam à fiel execução da lei serão vigentes no primeiro dia do
exercício financeiro seguinte ao da sua publicação.
e.
os convênios em matéria de fiscalização tributária celebrados, por exemplo, entre os
Estados, serão vigentes no primeiro dia do exercício financeiro seguinte ao da sua
publicação.
Feedback Resposta correta: C.
da resposta:
Comentário: o CTN é detalhista no momento de estabelecer a vigência de regras
tributárias, e estabeleceu com muita precisão que atos administrativos serão vigentes
(ou seja, passarão a produzir efeitos para obrigar contribuintes) no momento da sua
publicação no Diário Oficial (veja o art. 100 – I e o art. 103 – I do CTN), pois é no
momento dessa publicação que o ato administrativo ganha a necessária publicidade.
Mas em relação às decisões administrativas com eficácia normativa (por exemplo, as
súmulas de julgamento de tribunais administrativos), esse momento em que passam a
produzir efeitos será de 30 dias após a data de publicação, conforme art. 100 – II do
CTN. Cumpre esclarecer, por oportuno, que as regras de vigência dos tributos estão
também previstas na Constituição da República, como os princípios da anterioridade
geral (art. 150 – III – b), da anterioridade mitigada (art. 150 – III – c) e da noventena
(art. 195 § 6º), e nessa matéria é sempre preciso primeiramente verificar o que dispõe a
Constituição e depois o que prevê o CTN, em razão da hierarquia das normas dentro do
Sistema Tributário Nacional. Note que a vigência das instruções e das decisões
administrativas com eficácia normativa não é tratada na Constituição, mas no CTN,
fonte, portanto, da normatividade sobre a questão ora apresentada.
Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
Determinado contribuinte em débito com a fazenda pública precisa obter
certidão para participar de licitação. Porém, diante da existência de um débito
seu, não quitado, que prova ele precisa fazer perante essa repartição para
obter a certidão que atenda a seus interesses?
Resposta Selecionada: d.
Concessão de tutela antecipada.
Respostas: a.
Inscrição na dívida ativa.
b.
Autuação fiscal.
c.
Lançamento por homologação.
d.
Concessão de tutela antecipada.
e.
Privilégio do crédito tributário.
Feedback Resposta correta: D.
da resposta:
Comentário: no caso apresentado, o contribuinte precisa de uma
certidão positiva com efeito de negativa, conforme previsto no art.
206 do CTN. Para fazer isso é necessário demonstrar que o
tributo apontado como “devido” ou “não pago” está com sua
exigibilidade suspensa, ou seja, ocorreu alguma situação prevista
no art. 151 do CTN em que, para o caso concreto, não pode
haver o ajuizamento de ação de execução fiscal. Dentro das
alternativas apresentadas na questão, a que faz por suspender a
exigibilidade do tributo é a concessão de tutela antecipada (art.
151 – V). Se for feita essa prova, será emitida a certidão para que
o contribuinte possa participar de licitação (art. 193 do CTN).
Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
Em se tratando de sujeito passivo da obrigação tributária, o responsável
tributário é aquele que:
Resposta a.
Selecionada: não tem relação pessoal e direta com o fato gerador, mas tem
sua obrigação expressamente prevista em lei.
Respostas: a.
não tem relação pessoal e direta com o fato gerador, mas tem
sua obrigação expressamente prevista em lei.
b.
é obrigado a exibir os livros fiscais em caso de fiscalização.
c.
tenha sido indicado por ato administrativo da autoridade
fiscal.
d.
tenha seu nome constante do contrato celebrado entre os
particulares.
e.
decorre de uma previsão de competência constitucional
tributária.
Feedback Resposta correta: A.
da
resposta:
Comentário: a responsabilidade tributária diz respeito ao sujeito
passivo da obrigação, ou seja, aquele obrigado a pagar o tributo,
e pode ser tanto o contribuinte como o responsável, na forma
prevista no art. 121 do CTN. Assim, a lei tributária irá prever que,
em algumas situações, não se exigirá o valor do tributo daquele
que realizou diretamente o fato gerador (o contribuinte), mas se
exigirá o valor de outra pessoa (que é expressamente designada
pela lei), por exemplo, no caso dos sucessores que adquiriram um
novo negócio (art. 128 e 133 do CTN), respondem os adquirentes
pelos tributos que eventualmente não foram pagos por quem
vendeu o negócio a eles.
Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
Não são consideradas normas complementares das leis, tratados e convenções internacionais e dos
decretos:
Resposta Selecionada: b.
a Constituição da República Federativa do Brasil.
Respostas: a.
os atos normativos expedidos pela autoridade administrativa.
b.
a Constituição da República Federativa do Brasil.
c.
as decisões administrativas de órgãos singulares com força normativa.
d.
as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas.
e.
os convênios celebrados entre Estados e Municípios.
Feedback Resposta correta: B.
da resposta:
Comentário: o CTN dispõe no seu art. 100 sobre quais são as normas complementares,
e a Constituição da República, além de não estar ali arrolada, jamais poderia ser
considerada como regra complementar, pois é o texto fundador do sistema jurídico, ou
seja, é o texto principal, de maior hierarquia no sistema jurídico, que faz por criar o
sistema e, dessa forma, é a regra mais importante do sistema, pois além de fixar como
será a estrutura e a organização da República Federativa do Brasil, estabelece o poder
de tributar (regras de competência) e os princípios e garantias fundamentais (que se
prestam a limitar o poder estatal em face da sociedade e de seus cidadãos).
Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
O contrato celebrado entre particulares não pode alterar a previsão legal de
quem é sujeito passivo da obrigação tributária, pois assim está previsto no
art. 123 do CTN, e a explicação mais adequada para essa previsão é:
Resposta e.
Selecionada: acertada, pois a previsão da lei sobre quem será o sujeito
passivo da obrigação tributária não pode ser alterada por
contrato, diante da natureza de direito público da obrigação
tributária.
Respostas: a.
equivocada, pois o CTN não pode interferir nas relações entre
os particulares, que possuem o livre poder de celebrar
contratos em razão da liberdade de iniciativa.
b.
acertada, pois quem estabelece o sujeito passivo é o contrato
celebrado entre os particulares para dispor como serão
satisfeitas as obrigações tributárias entre o particular e o
Estado.
c.
acertada, pois quem disciplina o sujeito passivo é o decreto
editado para a fiel execução da lei.
d.
equivocada, pois o Brasil adota o sistema capitalista e o direito
de propriedade, cabendo às partes do contrato disciplinar como
serão satisfeitas as obrigações tributárias.
e.
acertada, pois a previsão da lei sobre quem será o sujeito
passivo da obrigação tributária não pode ser alterada por
contrato, diante da natureza de direito público da obrigação
tributária.
Feedback Resposta correta: E.
da
resposta:
Comentário: o contrato, ou a convenção entre as partes, não pode
alterar o que prevê a lei em matéria tributária sobre o sujeito
passivo. Por exemplo, num contrato de locação de imóvel é
comum haver uma cláusula prevendo que o locatário irá pagar,
além do aluguel, o valor do IPTU. Mas nos termos da lei quem é
obrigado a pagar o IPTU é o proprietário do imóvel, e se o
locatário não pagar o IPTU o município competente irá exigir o
valor do proprietário do imóvel (o locador), que não poderá utilizar
o contrato de locação para mostrar para a prefeitura que o IPTU
deve ser pago pelo locatário. Nessa situação hipotética, se o
locatário não pagar o IPTU, o proprietário do imóvel deverá fazê-
lo, e depois disso terá motivo para pleitear a exigência do valor
em face do inquilino, mas isso em razão do descumprimento de
uma cláusula do contrato de locação, e não com base no
descumprimento de uma obrigação tributária, pois, pela lei, quem
é obrigado a pagar o IPTU é o proprietário do imóvel.
Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
Observe as seguintes afirmações:
Resposta c.
Selecionada: A obrigação principal é de natureza patrimonial (de dar, de pagar o tributo) e a
obrigação acessória é de natureza instrumental (de fazer, de emitir nota fiscal).
Respostas: a.
Se não houver a principal, jamais haverá a acessória.
b.
A acessória segue a principal. Assim, se houver a principal, sempre haverá a
acessória.
c.
A obrigação principal é de natureza patrimonial (de dar, de pagar o tributo) e a
obrigação acessória é de natureza instrumental (de fazer, de emitir nota fiscal).
d.
A obrigação principal é de natureza instrumental (de fazer, de apresentar declaração
de imposto de renda no prazo) e a obrigação acessória é de natureza patrimonial (de
dar, de pagar o tributo devido).
e.
A obrigação principal de natureza instrumental é de “não fazer” (por exemplo, de
não pagar o tributo devido antes do prazo previsto em lei).
Feedback Resposta correta: C.
da resposta:
Comentário: o CTN, que foi editado em 1966, sofreu influência do Código Civil então
vigente para fazer uma distinção entre obrigações (principal e acessória), mas que não
se sustenta após longos anos de estudo e debate sobre o tema. As obrigações, pela teoria
geral das obrigações, são divididas em “dar”, “fazer” e “não fazer”, mas o legislador do
CTN nominou de principal a obrigação que envolve o pagamento de tributo, ou seja,
quando o sujeito passivo desembolsa a favor do Estado uma quantia em dinheiro (o
“dar” é a entrega do valor), ao passo que o “fazer” são as chamadas prestações positivas
ou negativas (vide texto do § 2º do art. 113 do CTN) e, portanto, são o “fazer” e o “não
fazer”. O exemplo é fácil de entender. Apresentar no prazo a declaração de Imposto de
Renda da PF é um “fazer”, uma obrigação tributária, mesmo que o sujeito passivo não
tenha valor de IR a pagar. Mas se deixar de apresentar no prazo, sofrerá o contribuinte
uma sanção (multa por não apresentar a declaração no prazo), e essa multa é devida
mesmo que não haja valor de imposto a pagar (por exemplo, existe um valor de IR a
restituir em razão da apresentação da declaração de ajuste anual). Um exemplo de
obrigação de “não fazer” é não embaraçar a fiscalização tributária (vide art. 200 do
CTN, que autoriza o eventual uso de força policial para o trabalho de fiscalização
tributária).
Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
Trata-se de uma hipótese de extinção do crédito tributário:
Resposta Selecionada: e.
a decisão administrativa irreformável.
Respostas: a.
a lavratura de auto de infração.
b.
a concessão de liminar em mandado de segurança.
c.
a moratória.
d.
o parcelamento.
e.
a decisão administrativa irreformável.
Feedback Resposta correta: E.
da resposta:
Comentário: as hipóteses de extinção do crédito tributário estão
arroladas no art. 156 do CTN e envolvem 11 (onze) situações,
das quais apenas uma está prevista na questão, que é a decisão
administrativa irreformável (art. 156 – IX do CTN). Esta significa
que o sujeito passivo, para honrar a obrigação tributária, deve
aguardar o lançamento do tributo, por exemplo, o carnê do IPTU
ou um auto de infração. Nesse caso de lançamento, o sujeito
passivo é intimado a pagar ou impugnar a exigência. Se optar por
impugnar, haverá o início do processo administrativo da
discussão do tributo, que culminará com a decisão de manter ou
não a exigência. Assim, se a decisão final do processo
administrativo for de não manter a exigência (vitória do
contribuinte), essa decisão é irreformável, pois o Estado não
poderá levar o tema para discussão no Poder Judiciário. Logo, a
decisão irreformável impede a exigência do tributo, por isso é
considerada uma hipótese de extinção do crédito tributário.