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j-fipnose em o6stetrícia
Indicações e vantagens da hipnose em obstetrícia
1 A despeito do fato de Isso ser dito às pacientes pelos seus médicos e lido
por elas no lIvreto, uma porcentagem delas dirá após o primeiro transe: "Eu
não estava hipnotizada". Eu ouvi tudo que você disse. Eu não estava dor-
mindo. Eu senti tudo". O fato de a paciente ter lido o lIvreto e ter sido escla-
reclda dessas Idéias não signIfica necessaIiamente que aceitou-as comple-
tamente. Ela escutará Intelectualmente. mas pode não aceitar totalmente
as Idéias.
É mais prudente não desafiar os sentimentos da paciente. Se ela InsIste
que não estava hipnotizada embora possa ter realmente estado em estado
sonambúllco ou num estado hipnótico leve ou médio, é melhor dizer: "Muito
bem, está certo. Você pode não ter sido hipnotizada, mas com certeza este-
ve relaxada, e desenvolveu realmente uma anestesla ou analgesla, e pode
usar Isto sem precisar estar profundamente hIpnotizada. como estava há
poucos minutos".
Não há por que dIscutir com a pacIente. Deve-se respeitar a vontade dela e
t< seus desejos e necessidades subconscientes. Esforçar-se para atender a
• suas necessidades não Inclui forçá-Ia a aceitar que estava num transe hlp-
r nótico.
mesmo nenhuma anestesia ou analgesia. Talvez sua mente in-
consciente decida testar esta diferença, e isto é perfeitamente
possível. Uma vez realizados os testes da forma que escolheu, a
mente inconsciente escolherá aquele que achar melhor e ime-
diatamente a paciente pode utilizar a técnica escolhida. Isto se-
ria dito com muito cuidado à paciente, para que aceite a idéia
de que talvez acorde do estado hipnótico ou se a hipnoanestesia
desaparecer ou se ela quiser tentar sem nenhuma anestesia ou
uma inalada profunda ou leve de gás, pode fazer assim. Ao
mesmo tempo deixar-se-á claro que não precisa ter sentimento
de culpa, não precisa achar que falhou, que isto é uma situação
perfeitamente normal, que acontece freqüentemente com mui-
tas pacientes em obstetrícia.
Um outro ponto a ser abordado nesse segundo encontro
é que a hipnose é um procedimento ensinado e tudo é o médico
quem deve fazer. Não há possibilidade de que o médico possa fa-
lhar. O doutor pode dizer: "Eu ensinei a hipnose por muitos,
muitos anos para centenas de pacientes. Muitos pacientes estão
aptos a aprender hipnose muito fácil e prontamente. Algumas
pacientes aprendem mais lentamente do que outras. Há diferen-
tes maneiras de adquirir conhecimento. Por exemplo: aprenden-
do a usar uma máquina de escrever. Algumas meninas escutam
música enquanto batem nas teclas; outras aprendem mastigan-
do chiclete vigorosamente enquanto escrevem à máquina; outras
ainda aprendem mantendo os olhos fixados na máquina de es-
crever. Mas, enquanto elas estão aprendendo, a maior parte
aprende cometendo erros, voltando e corrigindo estes erros,
marcando indelevelmente dentro de seus inconscientes aquele
erro em particular, e então prosseguem o aprendizado.
O médico poderia continuar com a discussão da curva
de aprendizado. Isto seria explicado tão simplesmente quanto
possível. "Acurva de aprendizado é uma linha ascendente, um
nivelamento, uma pequena linha descendente, ascendente no-
vamente, um pequeno platô, uma descendente pequena, e as-
sim por diante. E esta é a forma como você aprende." Enquanto
estas coisas estão sendo ditas, a paciente está adquirindo uma
grande quantidade de informações para o que ela foi chamada.
Até aqui, foram usados 10 ou 15 minutos da consulta
programada. Recapitulando, a hipnose foi discutida com a pa-
ciente. A paciente leu o livreto An old wt retwns to medicine e
obteve respostas para muitas dúvidas. Naturalmente, deve-se
ter o cuidado de adequar a fraseologia ao nível educacional e
intelectual da paciente. Não se pode falar de CUIvasde aprendi-
zagem a pessoas que tiveram uma educação inadequada. Deve-
se colocar esse assunto de forma muito simples.
O passo número dois é ensinar a paciente como entrar
em hipnose, explicando os fenômenos do estado de transe. Não
há um pré-estabelecimento de técnica aqui. A indução é iniciada
quando a paciente se senta numa cadeira. O médico começa a
conversar com ela e descobre-se usando uma técnica que é mais
adequada à situação. É uma questão de julgamento clínico.
Existem duas etapas na hipnose: a indução do transe e
a utilização do transe. A utilização do transe é empregada para
ensinar à paciente determinadas idéias. Assim que a indução
da técnica for iniciada, o médico pode começar a mencionar
itens de importância. "Enquanto você entra mais fundo no
transe, enquanto começa a relaxar mais e mais, eu queria que
entendesse com mais clareza que o objetivo disto é que você
aprenda algumas novas idéias para que espere um trabalho de
parto, e um parto muito confortável, para que espere por um
bebê perfeitamente normal e saudável." O que está sendo reali-
zado? O tratamento da paciente, a terapia, é parte da técnica
de indução.
Isto é extremamente valioso por várias razões. A maioria
dos médicos que tem estado sentados à mesa falando a seus
pacientes por muitos anos estão cientes do efeito que isto pode
produzir. Enquanto o médico começa a discutir com o paciente
seu problema particular, seja ele uma dor de cabeça, asma, um
pé quebrado ou uma dor abdominal, um estado semelhante ao
transe hipnótico está acontecendo. Quando o médico fala ao
paciente muito atentamente, enfaticamente, impelindo o pa-
ciente a entender que cada palavra é importante, que o pacIen-
te é todo importante, o que acontece? O campo consciente do
paciente está sendo estreitado; todas as interferências externas
estão sendo diminuídas, os pensamentos estão sendo concen-
trados fortemente em sentimentos e sensações interiores, um
transe hipnótico está sendo realmente induzido.
Examinando o paciente durante este período, uma fixa-
ção dos olhos, uma imobilidade da musculatura facial e uma
atividade muscular lenta serão observadas. Por quê? Porque a
paciente está intensamente interessada naquele problema em
especial. Ela virtualmente esqueceu todo o resto. Estão interes-
sados aIllbos, consciente e subconsciente, somente naquele
problema em particular e pela definição entrou num transe hip-
nótico. Este pode ser leve, médio ou mesmo um estado de so-
naIllbulismo profundo. Naturalmente, muitos médicos estão in-
conscientes de que têm estado induzindo transes por muitos
anos.
Portanto, pelo uso das próprias necessidades e desejos
da paciente e, por exemplo: "Vocêpode esperar um trabalho de
parto confortável e saberá que estará muito mais confortável
que outras mulheres que não têm o privilégio desta técnica", o
médico está colaborando no aprofundaIllento do transe hipnóti-
co.
o próximo passo, depois que a hipnose for induzida, é
ensinar a paciente a perder seus medos e preocupações de seu
trabalho de parto iminente ensinando-lhe o processo normal de
trabalho de parto. Uma das causas mais comuns para o desen-
volvimento da dor é a ignorãncia, um desconhecimento do que
vai acontecer, e o medo e a tensão conseqüentes. Isto é fre-
qüentemente demonstrado pelas crianças. Quando não sabem
o que o médico vai fazer, choraIll. "O que você vai fazer? O que
você vai fazer?" Sua dúvida aumenta a apreensão, a ansiedade,
a dor. O mesmo é verdade para a mulher grávida que nunca
teve um bebê. Deixe-a a par do que vai acontecer. Diga-lhe o
que se espera que ela faça. Diga-lhe o que talvez ela possa sen-
tir. Diga-lhe o que acontece. Isto leva apenas alguns minutos.
Se souber o que a espera, ficará muito menos medrosa e experi-
mentará menos dor.
O próximo passo, então, dependendo da profundidade
do transe em que a paciente está, é induzir amnésia. Não é con-
veniente induzir amnésia à paciente dizendo: "Quando você
despertar deste transe, não se lembrará do que eu disse", por-
que ela pode lembrar o que foi dito. Isto também é uma ordem
que talvez não esteja querendo seguir, embora algumas pacien-
tes desenvolvaIll amnésia desta forma. Por que não dizer o se-
guinte: 'Você aprendeu muitas coisas novas. Algumas delas fo-
raIIl aprendidas conscientemente e algumas subconsciente-
mente. O subconsciente mantém-se trabalhando e pensando
todo o tempo e você não precisa estar ciente disto. Agora, então,
eu gostaria de assinalar que não é necessário você lembrar
conscientemente tudo o que ouviu. Isto não é necessário, por-
que toda informação que você tenha ouvido a qualquer tempo,
toda informação que tenha lido ou visto tal como número de te-
lefone, nomes e outras, está armazenada no subconsciente.
Essa informação está sempre à mão e quando você estiver pres-
tes a usar algo do que foi aprendido, ela surgirá". Pode-se dizer
que a paciente não tem de lembrar-se de tudo que ouviu. Ela
pode lembrar algumas coisas e um pouco menos em uma hora
e talvez amanhã não se lembre de qualquer coisa que tenha
sido dita. Isto está bem. Ela deve ter confiança na sua própria
capacidade subconsciente e compreender que os assuntos se-
rão armazenados e utilizados quando necessário. Dessa forma,
a amnésia pode ser induzida de tal modo que a paciente possa
aceitá-la. Ela poderia não querer esquecer o que aprendeu, mas
poderia desejar experimentar a nova idéia que "talvez amanhã
eu não lembrarei tudo o que foi dito, talvez na semana que vem
eu não possa me lembrar de nada do que foi dito." Agora, ela
está dando a si mesma sugestões positivas e idéias novas que
estão sendo apresentadas numa base permitida.
O próximo passo é ensinar a anestesia. Se o médico tem
tempo adequado e o faz cuidadosamente, a anestesia hipnótica
pode ser ensinada a quase todas as pacientes. A tabela no fmal
deste capítulo discorda da maioria de outras tabelas. De acordo
com elas a paciente deve estar em transe hipnótico médio para
desenvolver a hipnoanestesia. Nossa escala coloca a hipnoanes-
tesia no campo de um transe leve. Pode ser dito à paciente que
a hipnoanestesia pode ser transferi da para outras partes do
corpo, como para o abdômen, para as costas, de um lado para
o outro etc. A área a ser anestesiada poderia estender-se da li-
nha dos mamilos até a metade das coxas. A paciente pode
aprender a desenvolver anestesia em toda esta região.
Se houver algum tempo disponível durante a consulta,
pode-se ensinar à paciente outros fenómenos, dependendo da
profundidade do seu transe. Uma sugestão pós-hipnótica é feita
para ajudá-la a reconhecer que aprendeu algo novo. Até hoje
ela fez isto uma vez apenas; na segunda vez, é obvio que será
mais fácil e acontecerá mais prontamente. Também pode ser
dito que na próxima vez ela será capaz de ir mais profundo no
transe.
Isto não significa que nesta visita a paciente tenha sido
capaz de desenvolver uma completa anestesia no abdômen, na
coxa e genitais para que esteja apta a suportar um trabalho de
parto normal sem dor, ainda que isto possa acontecer algumas
vezes. Mas, agora a paciente tem idéia do que vai acontecer du-
rante seu período de treinamento. Tudo isto requer somente de
meia a uma hora.
1· O que fazer no caso da paciente que acha que não pode indu·
zir o transe em si mesma sem a qjuda do médíco?
4- E sobre a mulher que não quer que seu marido saiba que está
sendo hipnotizada ou quer surpreendê-ID, e que vai para casa
praticar hipnose e o marido entra de swpresa?
1- Relaxamento
2- Catalepsia das pálpebras
3- Fechamento dos olhos
4- Começando catalepsla em algum membro
5- Respiração lenta e profunda
6- Imobilização dos músculos faciais
7- Começando catalepsia dos membros
8- Sensação de "peso" em várias partes do corpo
9- Hipnoanestesia glove anesthesia
10- Aptidão para desempenhar sugestões
pós-hipnóticas simples