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1. Desenvolvimento psicológico
1.3. Capta todas as coisas através da observação, mas esta não é educada nem concentrada, antes
pelo contrário, é activa e transbordante.
1.5. Egocêntrica. Tenta que gire tudo à sua volta; para o conseguir, chama continuamente a atenção
dos outros sobre si própria.
1.8. Não delibera antes de agir nem organiza as suas conversas; actua e fala sem pensar.
1.11. Trata-se de um período de inquietação constante que pode parecer uma regressão.
1.12. Na sua maneira de ser e actuar, as vezes, pode tornar-se uma criança pedante e pesada.
2. Âmbito escolar
2.1. Não é sensível às coisas inacabadas, por isso não se importa de deixar qualquer actividade por
outra mais interessante.
2.3. Capta uma frase inteira, mas é incapaz de analisar as suas palavras.
2.5. A sua grande energia e a própria iniciativa devem ser empregues em jogos livres.
2.8. Está capacitada para actividades que impliquem ritmo, movimento, etc.
2.11. As suas criações nascem sem imitação nem predisposição, dá-lhes um sentido final.
3.1. A sua energia e actividade deve ser dirigida para jogos livres.
3.2. É necessário colocar-se ao seu nível, com uma motivação adequada, para que realize as ordens
que se lhe dão.
3.7. Habilidade para a orientar e se meter no seu mundo para o conhecer e aceitar.
3.8. É necessário que os pais ajudem a criança a desenvolver a sua consciência, tendo em conta que
tanto o excesso de protecção como as atitudes de afastamento podem prejudicar o seu
desenvolvimento.
3.9. O desenvolvimento da personalidade realiza-se melhor por meios indirectos do que pela força. É
preciso ter isto sempre presente e, de modo especial, nesta idade cronológica e evolutiva.
1. Desenvolvimento psicológico
1.5. Encontra-se feliz no seu mundo, porque se sente cómoda consigo mesma e com o ambiente:
encontrou o equilíbrio.
1.7. Agrada-lhe fazer as coisas à sua maneira, mas também quer agradar ao adulto e fazer as coisas
bem.
1.9. Começa a distinguir o real do imaginário e às vezes sabe que está enganada.
1.10. Sonhos e pesadelos invadem muitas vezes o seu sono. Às vezes começa a falar enquanto está a
dormir, nomeando algum membro da família.
1.11. Possui bom humor que se intensifica facilmente perante algo aliciante.
1.12. Começa a interiorizar o sentido da obediência, mas nela nem tudo é doçura e obediência.
1.13. Interesse por experiências imediatas. Realista. Empreende aquilo que está dentro das suas
possibilidades.
1.14. Moderada, séria, dotada de capacidade de imitação da conduta dos adultos o que a ajudara no
seu processo de socialização.
2. Âmbito escolar
2.5. É capaz de participar em actividades dirigidas: podem-se-lhe explicar actividades simples para
que realize.
2.6. Nas actividades dirigidas incluem-se: a leitura, a escrita e os números (cálculo); estes últimos
relacionados, inicialmente, com os seus jogos e interesses.
2.9. Gosta de explicar o seu próprio trabalho para receber a aprovação dos adultos que estima.
3.4. Possui boa capacidade para se lhe ensinar a tocar instrumentos e criar composições simples.
3.5. Está numa fase em que a figura da mãe ocupa o centro do seu universo. Essa imagem será o
meio que canalizara a sua formação e educação.
3.7. Procurar conhecer as características peculiares e individuais da criança, bem como as suas
aptidões e carácter, para se poder orientar correctamente a sua personalidade e desenvolver as suas
potencialidades.
3.8. Ajudá-la a concentrar-se durante algum período de tempo numa actividade para que aprenda a
educar a sua atenção.
3.10. Não levar muito a sério os seus “contos”. Normalmente são o produto de não distinguir
claramente o real do imaginário.
3.11. É uma etapa em que a criança está naturalmente aberta à actuação pedagógico-formativa dos
pais e educadores.
3.12. A sua actividade e maturidade motriz capacita-a para a iniciação em determinados tipos de
desportos.
3.13. É necessário que constantemente, em cada coisa que faz bem, seja elogiada e aplaudida.
3.14. Contar e ler-lhe histórias formativas que despertem a sua imaginação e a ajudem a fomentar o
hábito da leitura.
3.15. Proporcionar-lhe, continuamente, experiências novas e concretas de acordo com a sua idade,
pois está aberta a receber novos conhecimentos.
Características psicológicas da criança de 6 e 7 anos
1. Desenvolvimento psicológico
1.2. Sabe tudo e quer tudo; e quer fazer tudo à sua maneira.
1.5. Eticamente é pouco apta, devido à sua fase evolutiva, que lhe imprime a tentação de enganar, o
que é mais notório no campo dos jogos.
1.6. Aceita a culpa com mais facilidade em coisas grandes do que pequenas.
1.8. Reage lenta ou negativamente quanto a uma ordem, mas passado um bocado talvez a ponha em
prática espontaneamente, como se se tratasse de ideia sua.
1.11. Possui um débil sentido da propriedade alheia, de modo que pega no que vê e deseja,
independentemente de quem seja o proprietário.
1.13. Está em plena adaptação a dois mundos: o de sua casa que lhe exige novas responsabilidades e
o do colégio com todas as suas estruturas,. regras, etc.
1.15. Começa a ver-se e a conhecer-se a si própria; assim firma as bases para a sua autovalorização
que culminará e amadurecerá nos 7 e 8 anos.
1.18. As suas manifestações tensionais ou descargas chegam por vezes a um ponto limite, chegando
por vezes a criança a perder o controlo.
1.19. Além destas manifestações limites, dão-se também descargas de energia por outras vias:
agitação, roer as unhas, etc..
1.23. Tem medo dos ruídos, essencialmente aos elementos da natureza (chuva, trovão) assim como
aos seres humanos e fantasmas.
1.25. Tem noção do bom e do mau, mas rudimentar, pois a relaciona ainda muito com actividades
aprovadas ou desaprovadas pelos pais.
2. Âmbito escolar
2.1. Gosta do professor e quer agradar-lhe. Quer o seu elogio, a sua atenção e ajuda.
2.2. Instintivamente, identifica-se com tudo o que sucede e está à sua volta, pelo que está capacitada
para interiorizar novos conhecimentos e novas experiências pessoais e culturais.
2.3. A mentalidade comum dos 6 anos não está ainda preparada para uma instrução formal da leitura,
escrita e aritmética. Só é possível tornar vivos estes capítulos associando-os com experiências vitais.
2.4. Os seus desenhos espontâneos são mais realistas. Capta o simples e o primitivo da natureza
(casa, árvore, etc.).
2.5. Começa nela o processo de se cultivar. Já não se limita a reproduzir a cultura, mas faz uma nova
apreciação de si mesma e reorganiza-se em relação a esta cultura.
7 ANOS
3. Desenvolvimento psicológico
3.1. É mais consciente de si própria e está mais absorvida em si mesma. Aparenta viver “noutro
mundo”. Parece não ouvir o que se lhe manda. Está a tomar-se introvertida.
3.2. Desenvolve-se nela o sentido ético (distinção entre o bem e o mal), já não só nela, mas também
nos outros.
3.4. Medita mais antes de actuar pois é mais prudente, mais deliberativa (não medrosa).
3.6. É sensível ao elogio e à crítica. Não sabe aceitar cumprimentos e não se tranquiliza quando é
elogiada.
3.8. Tem conduta menos agressiva. Poucos acessos de cólera e menos oposição às ordens.
4. Âmbito escolar
4.1. Quer responsabilidade, especialmente na escola, mas preocupa-se com a ideia de não poder
portar-se correctamente.
4.2. Deseja acabar uma tarefa já começada, mas não repara na sua capacidade para o fazer. Tem
tendência a esperar muito dela própria.
4.3. É boa ouvinte; centrou a sua atenção pelo que está aberta a novos conhecimentos.
4.4. Preocupa-a a ideia de chegar tarde à escola e de não acabar os seus trabalhos.
4.5. Precisa duma palavra do professor para começar a mais simples tarefa.
5.1. A mãe deve reconhecer e compreender o carácter passageiro desta conduta tão extremosa e
agressiva da criança de 6 e 7 anos; deste modo a criança tomar-se-á mais dócil. O castigo nestes
momentos não serve de nada. A criança terá com isto um arrependimento momentâneo mas a sua
conduta não melhorara.
5.2. É uma criança que precisa de afecto e carinho constante: e está uma fase de ajustamento pessoal
e social e todo o ajustamento leva implícito uma crise. E agora que o pai desempenha um papel
importante: deve preocupar-se com ele, pedir-lhe ajuda em tarefas simples; viverem juntos os
momentos de ócio, etc..
5.3. É também importante o papel do professor, que não substitui nem pouco mais ou menos a mãe,
mas reforça, com um sentimento de maior segurança.
5.5. É necessária uma relação mútua e forte entre a família e a escola, sobretudo nesta idade.
5.6. É conveniente que pais e professor mantenham uma relação estreita, para conhecer o
comportamento na escola.
8 ANOS
1. Características psicológicas
1.1. Possui um grande afã de crescer e manifesta interesse pela sua anatomia interna.
1.2. A sua personalidade é mais expressiva, os seus gestos, são mais seus.
1.3. Sente-se consciente de si mesma como pessoa, reconhece algumas das diferenças
em relação aos outros e expõe-nas. Pensa muitas vezes em “si mesma”.
1.5. Quer que o adulto seja parte do seu mundo, com o que apresenta exigências e quer
que se actue de acordo com as formas que ela determina.
1.7. Sente-se mais identificada com a família e necessita dela – porque esta exerce, sobre
ela, uma influência preponderante.
1.9. Necessita, por isso, que as relações recíprocas com as outras pessoas se encontrem
em equilíbrio.
9 ANOS
2. Características psicológicas
2.1. Aos nove anos muda para melhor. Diminui a tensão e as asperezas anteriores. O seu
comportamento é mais acessível e responsável.
2.2. É activa, tem numerosos interesses, como: trabalho escolar, alcançar êxitos em
qualquer tarefa, fazer sempre coisas…
2.8. É a idade dos tesouros pessoais, muito cuidados e muito próprios, das colecções ,
embora não sejam organizadas.
2.11. Sente inclinação para entrar em conflito com os outros. Procura desculpas para
justificar a sua atitude.
3.1. É necessário aceitar a criança tal como é, em cada momento do seu desenvolvimento,
para ajudá-la a formar a sua personalidade.
3.2. Conservar um clima de confiança fácil e mútua entre pais e filhos, que lhe dê
segurança e equilíbrio.
3.5. As tarefas que vinha realizando até esta idade interessam-lhe menos, daí a
conveniência de lhe dar novas responsabilidades de maior categoria.
3.6. Sabe trabalhar com maior independência, mas precisa que lhe repitam as coisas com
bastante frequência.
3.7. As recompensas são muito úteis nesta idade. Convém fazer-lhes ver o valor da
recompensa, não só a do tipo monetário – uma vez que há outros recursos para ajudar a
criança, sem que estes sejam fim em si mesmos.
3.8. O encargo de irmãos mais pequenos é positivo, se se ajuda a começar bem e se lhe
dá pautas de actuação, manifestando mais tarde o agrado que nos produz o que fica bem
feito.
3.9. Convém ter certas restrições quando realizam actividades, especialmente lúdicas, pois
a sua propensão é para entrar em demanda com frequência.
3.10. Às vezes basta um olhar para corrigir a sua actuação, mas trabalha melhor com
estímulos e motivações.
3.12. Ler com elas é importante; nesta idade sentem mais satisfação escutando uma
leitura, do que lendo, mas convém estimulá-la pelo gosto à leitura própria desta idade.
3.13. Na sua vida escolar convém estimular o interesse que tem por tudo o que se
relaciona com o colégio. Dar-lhe responsabilidades concretas.
3.14. A organização de excursões, visitas culturais, etc., têm duplo objectivo: por um lado,
sentido pedagógico, e por outro, ocasião para uma relação pessoal.
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Bibliografia:
GESSEL, Psicologia evolutiva de 1 a 16 aflos, Ed. Paidós, Buenos Aires, 1963.
HURLOCK, Desarrolio Psicológico dei Nulo, Ed. del Castillo, Madrid, 1963.
“Nuestro Tiempo”, nº 211, Janeiro 1972. Este número é dedicado todo à adolescência.
http://educacao.aaldeia.net/psicologia-crianca-89-anos/
10 ANOS
1. Características psicológicas
1.1. É a idade do grande equilíbrio na sua evolução, embora sendo etapa de transição. Mostra-se
feliz, simpática, tranquila, amável, sincera, amigável.
1.2. Às vezes manifesta ataques de ira, mas sempre encontra um modo de desafogar a irritação – são
momentos breves e superficiais.
1.3. O equilíbrio que manifesta, encontra-se livre de tensões e inclinado a uma fácil reciprocidade.
Mostra-se independente e directa.
1.6. Observa-se, nesta fase, uma maior amplitude de gostos e interesses, que manifestam em todo o
seu âmbito pessoal, familiar e social.
1.7. Têm grande capacidade de protecção, projectada, especialmente em crianças mais pequenas,
animais, etc.
2. Âmbito escolar
2.1. A criança de 10 anos possui um grande poder de assimilação, gosta de memorizar, identificar ou
reconhecer os factos, fazer classificações, etc.; no entanto custa-lhe mais conceptualizar ou
generalizar.
2.2. Tem períodos de atenção curtos e intermitentes, daí que goste mais de falar, contemplar, ler e
escutar, do que de trabalhar.
2.3. Sente pouca inclinação para o trabalho. Pode propor-se muitas tarefas, mas não persevera em
nenhuma.
2.5. Gosta que a professora faça a programação das suas actividades e lhe recorde imediatamente se
deixou algo fora do programa.
2.6. Podem arranjar desculpas para não ir ao colégio, se algo lhes corre mal, ou se receberam alguma
reprimenda ou censura.
11 ANOS
3. Características psicológicas
3.1. Mostra-nos aos 11 anos, um passo mais no seu desenvolvimento: que é mais inquieta e charlatã.
3.3. Gosta de discutir, mas não deixa que discutam com ela.
3.4. Possui uma maneira de pensar mais concreta e específica. Parece embarcada numa procura
activa do “eu” e encontra-o em conflito com o dos outros.
3.5. Tem um grande sentido de justiça e horror à fraude.
3.7. Supercrítica, tanto em relação a si, como aos outros, mas não sabe aceitar as críticas dos outros.
4. Âmbito escolar
4.2. Agrada-lhes a possibilidade de escolha e, oferecendo-lhe várias coisas para que seja ela mesma a
escolher, leva a cabo diligentemente o trabalho.
4.3. O professor é o factor independente mais importante na vida escolar de uma criança de 11 anos.
4.5. Um professor paciente, justo e simpático, não demasiado exigente, compreensivo, capaz de
“tornar interessantes as coisas”, e inimigo de gritar, são qualidades que atraem uma criança nesta
idade
4.7. Os dados que melhor apreende, são os que se ensinam sob a forma de contos, em que uma acção
leva inevitavelmente a novas acções.
12 ANOS
5. Características psicológicas
5.1. Denota maior equilíbrio, aceita os outros; vê-os, e também a si próprio, com mais objectividade,
mas flutua de actividades pueris a outras mais maduras.
5.3. É capaz de inibir os seus temores, com novos rasgos de humor e tendendo a mostrar-se
extrovertida, exuberante e entusiasta.
5.6. Não gosta que o considerem uma criança, tem um grande desejo de crescer.
5.7. Denota um grande avanço no seu pensamento conceptual quanto à preocupação pelo valor de
termos como justiça, lei, vida, lealdade, delito, etc.
5.10. Sensível aos sentimentos dos demais a às atenções e interesses das pessoas que a rodeiam.
5.11. A sua nova visão das coisas inclui uma capacidade de amadurecimento.
6. Âmbito escolar
6.1. Os 12 anos são de maior objectividade e amadurecimento, perspectivas mais amplas para as
coisas.
6.5. Mostra-se mais reflexiva perante os diferentes problemas e procura solucioná-los sozinha.
6.6. É muito responsável na organização do seu tempo e no cuidado dos seus próprios objectos.
7.1. Convém despertar-lhe o interesse com um estímulo suficiente, já que gosta de aprender.
7.2. É a idade óptima para o uso de material gráfico, e meios audiovisuais, o que é um meio eficaz
para a sua educação e formação.
7.5. As raparigas em geral, pelas suas características psicológicas, refugiam-se no seu mundo interior
e requerem maior perspicácia e penetração por parte dos pais e educadores.
7.6. As relações com os outros passam por diferentes etapas; daí que os mais velhos não devam
intervir, já que resolvem as situações por si mesmas.
7.8. Dar-lhes oportunidade para desenvolverem actividades em grupo, e maior liberdade à medida
que vão crescendo.
7.9. Havemos de manter um clima de alegria, autoridade e respeito à sua volta, fomentar a sua
originalidade.
7.10. Nestas idades são sensíveis à informação social, o que não pode manter-nos alheados desta
inquietação; devemos, sim, ajudá-los a organizar o seu pensamento.
7.11. Fomentar o exercício de aptidões que gozam de aprovação social serve um duplo fim: fortalece
o respeito e a confiança em si mesmo, importante na adolescência, e a protecção ante possíveis
transtornos de tipo social (delinquência, etc.).
7.12. Deve-se educar as crianças formando a sua personalidade para se enfrentar com o futuro e de
modo que cheguem a ser o que devem ser, de forma consciente e madura.
PRÉ-ADOLESCÊNCIA
1. No aspecto psicológico
1.4. Precisa de conselho, mas foge dele. “Quase todos os adolescentes se revoltam contra as
proibições da família, mostram-se ansiosos e indecisos, perturbados e com falta de confiança neles
próprios, procuram a segurança que lhes dá o grupo de indivíduos da mesma idade , tendem ao
snobismo e a excluir os que não são membros do grupo. Anseiam pela aprovação daqueles que são
mais velhos do que eles”.
1.6. É pouco efusiva com a família, mas sofre, no entanto, uma intensificação da sua capacidade
afectiva, parecendo que o seu coração se esponja.
1.8. Possui um grande afã de independência, que conduz à separação do adolescente daqueles que
exerceram algum domínio sobre ele.
1.10. Tendência a destacar a sua personalidade perante os outros, não pelo cultivo de qualidades mas
pela imitação de personagens famosas, companheiros ou professores que possuem as qualidades que
ela gostaria de ter.
1.11. Adopta atitudes extravagantes, é excêntrica no vestir; tudo isto são modos de chamar a atenção,
juntamente com formas anti-sociais de conduta.
1.13. Deseja o convívio com os adultos com antagonismo em relação à família, amigos e sociedade
em geral.
1.16. Esconde os complexos de inferioridade, ignorância e insegurança que às vezes tem com
reacções de desembaraço, altivez ou timidez, com o que pretende sobrevalorizar-se perante os seus
semelhantes e atrair a sua atenção.
1.18. Na amizade há uma grande variabilidade; são pouco duradouros os laços amistosos, apesar de
precisar das amizades.
2.1. O adolescente precisa especialmente de compreensão e carinho à sua volta, aceitação da idade
crítica em que se encontra e ajuda para se aceitar e se compreender a si próprio.
2.2. Precisa de motivação: convém procurar as mínimas ocasiões para lhe estimular o
desenvolvimento espiritual, intelectual e emocional.
2.3. Convém fazê-lo sentir-se responsável, ainda que para o ser cometa erros e enganos. É a melhor
idade para adquirir o sentido da responsabilidade.
2.4. Precisa de orientação ou direcção: temos de lhe proporcionar meios adequados para satisfazer
rectamente as necessidades iniludíveis.
2.5. À luz da maturidade, perecem-nos claros e às vezes absurdos os seus problemas, porque os
sabemos considerar objectivamente, coisa que o adolescente não consegue fazer. Daí a importância
de nos pormos no seu lugar e de não julgarmos ou não compararmos os seus problemas aos nossos,
sob o nosso ponto de vista, porque ao fazê-lo simplificamo-los e não os consideramos como os
grandes problemas que são para ele.
2.6. Temos de o ajudar a formar a sua personalidade, a ser livre, num clima de compreensão, amor,
sacrifício, comunidade de bens e solução das necessidades dentro da família. Esta tem uma grande
força para o conseguir.
2.7. Ajudá-lo a integrar-se na vida e no ambiente social que o rodeia. Chegar a educá-lo
integralmente.
2.8. Convém que o adolescente possa pôr as suas dúvidas, de qualquer género, a alguém que não se
escandalize sem motivo suficiente, que admita que as coisas acontecem por inadvertência ou falta de
experiência, sem porém permitir que volte a repetir-se aquilo que não está de acordo com as leis
morais ou da sociedade.
2.9. Temos de facilitar o clima propício para a sua auto-estima, autonomia, integração e
transcendência, através da sua própria experiência; assim, ajudaremos o adolescente a dar sentido à
sua vida e a conquistar a sua própria maturidade.
1. No aspecto psicológico
1.1. O adolescente nesta etapa vive no seu mundo interior. Para conhecer a própria personalidade, as
suas ideias e ideais, compara-se com o mundo dos outros.
1.2. Dá impressão de apatia devido a preocupação repousada e reflexiva pelos próprios estados
anímicos.
1.3. Esta interiorização abarca também as esferas intelectuais, filosóficas e estéticas, enchendo a sua
vida com estas teorias.
b) Nascimento da independência.
1.5. O espirito de independência cresce rapidamente, mas é imaturo ainda e manifesta-se com
brusquidão e agressividade.
1.8. É capaz de albergar sentimentos de rancor, vingança e violência, embora de modo esporádico e
sejam pouco duradoiros.
1.9. Manifesta uma grande preocupação por pormenores e gestos que observa na pessoa a quem
imita e idealiza.
1.10. Interessa-lhe e procura conhecer a própria personalidade, mas é mais observador em relação à
dos outros, tanto dentro como fora do núcleo familiar.
1.11. Aos 16 anos, o adolescente é já um pré-adulto, possui uma mente mais segura, porque está
melhor ordenada e controlada.
1.12. Manifesta uma maior confiança em si mesmo e uma autonomia mais arraigada.
1.14. Valoriza mais os motivos pessoais dos outros, sejam colegas ou adultos, e pensa mais neles,
pois apercebe-se de que o segredo da sua própria felicidade se encontra relacionada com a vida dos
outros.
1.15. Sente-se mais livre e independente do que aos 15 anos, por isso já não o preocupa tanto esta
exigência.
2.1. Aos 15 anos, em geral, manifestam uma atitude hostil para com a escola, vão contra as
exigências e normas rígidas.
2.2. Revoltam-se às vezes contra a autoridade, em geral, não individualmente mas em grupo.
2.3. Entre os 15 e os 16 anos, começam-se a interessar novamente pelo estudo sempre que for
interessante e vital para a sua experiência o conteúdo instrutivo, como por exemplo a Religião, as
Ciências Sociais, etc.
2.4. Integram-se na comunidade escolar, participando nas actividades que a escola oferece.
2.5. Às vezes a vida escolar converte-se em válvula de escape, em meio para afrouxar as ataduras
familiares.
2.6. No âmbito escolar, põem-se de manifesto certas diferenças individuais, académicas e sociais,
relacionadas com a capacidade de liderança, o talento e as atitudes intelectuais.
3.1. É necessária uma atitude de abertura e de conhecimento das fases desta idade, para evitar
atitudes inadequadas para com os filhos, o endurecimento da autoridade e o não reconhecer ao
adolescente qualquer tipo do direito. Isto, unido à conduta do próprio adolescente, provoca choques
violentos.
3.2. Deve-se aceitar a emancipação progressiva dos filhos, e incluso favorecê-la, para os ajudar a
serem livres e a manifestarem-se como tais.
3.3. A existência da crise tem a sua origem num problema afectivo, por isso temos de favorecer no
adolescente a criação de vínculos familiares, ambientais, … (amor a Deus, à Pátria …).
3.4. Devem sentir-se realizados numa actividade ou numa coisa, aspirando sempre a algo, isto é,
devem ter um ideal, fé. Também é importante o relacionarem-se com a família, o grupo, etc…
3.5. Convém saber que estas crises passam com o tempo e que tudo volta a normalizar-se, o que não
significa que se deixe de actuar e não se procure orientar positivamente o desenvolvimento dessas
crises de modo a que não deixem conflitos na personalidade do jovem.
3.6. É muito inseguro, procura a orientação e o conselho de pessoas alheias à sua vida familiar;
assim, os educadores encontram um campo propício para uma acção de formação mais profunda.
3.7. Precisam de uma mão compreensiva para os ajudar no esforço de esclarecer e definir os seus
pensamentos e estados anímicos, coisa que é difícil para ele e o faz cair em estados depressivos.
3.8. Às vezes convém tratá-lo com a mesma frieza ou indiferença com que se comporta, para que
repare na sua própria atitude.
3.9. As formas mais extremas de desafio exigem um guia habilidoso, bem como prudência nas
medidas de controle mais estritas que se pretendam utilizar.
3.10. Temos de passar a ser “observadores participantes” na vida dos adolescentes.
3.11. Devemos ajudá-los a encontrar a forma de se expressarem nas diversas actividades, e procurar
que o ensino seja estimulante e interessante, senão podem cair no desleixo e na apatia perante o
estudo.
3.13. Devemos inculcar-lhes o respeito pelos pontos de vista alheios e o sentido da realidade.
http://educacao.aaldeia.net/indice-de-textos/
http://www.lookbebe.com.br/perfil-de-comportamento-8-anos/