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a liahona
FEVEREIRO DE 1961

VOL. X V — N.° 2

Ó rgã o O ficia l das M issões llra sileiras da Ig reja de Jesus C risto tios Santos dos Ú ltim os Dias

Xeste Número

CAPA

“ Nouvelle È re” 11 a Missão Francesa .............................................................. 71

EDITORIAL

“ A quilo que é de M aior V a lo r” , Presidente Asael T. Sorensen ................... 40

DE INTERÊSSE GERAL

Fina A ncora Segura na V ida, Presidente David O. Mc-Kay ................. ...... 41


Um Pai Ideal, W . Cleon Skoussn ...................................................................... ...... 42
() Fenôm eno do M ormonismo, Hugh H. B row n ............................................... 44
O Futuro Tri-Dimensional do Homem, Dr. Carl J. Cliristensen ............... ...... 4(5
Fé, Essa Conquistadora, James A. Little ......................................................
Súplica dos M ortos, Lois Anne Farnw orth ................................................. ...... 5-*

SEÇÕES ESPECIAIS

Jóias do Pensamento, Mark E. Petersen ...................................................... 3Í)


A Igreja no M undo ..............................................................................................
Seu Ramo ................................................................................................................. 53
Eu Gostaria de Saber, Joseph F ielding Smith J r ........................................... 56
Sacerdócio nas Missões ........................................................................................ 58
Suplemento da Lição para os Mestres Visitantes do llam o, Fortifique-se
o Lar Contra a Obscenidade ....................................................................... 50
Reminiscências ...........................................................................................................

Aceitam os suas contribuições mas não nos responsabilizamos pelos artigos


não solicitados.

REDAÇÃO

Editores — Wm. Gr.-int Eangerter, Asael T. Sorenaen

Redatores Arch J. Willis, Owen J. Stevens

Diretor Gerente: Missão Brasileira


PREÇOS: R. Itapeva, 378 - Bela Vista - C. Postal
Ciarei Mafra dos Santos
Registrado sob o N.° 93 do Livro 862 - S. Paulo - S .P . - Fone: 33-6761
Exterior: A n o ...............US$ 3,50
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forme Decreto N.° 4.857, de 9-11-1930. Exemplar: .................. Cr$ 15,00 778 - Curitiba. Paraná - Fone: 4-8016
Jóias do Pensamento A IGREJA NO MUNDO

A IG R E J A R E G IS T R A E S T U P E N D O CRE SC IM E N TO EM 1960

O progresso da Ig re ja de Jesus Cristo dos Santos dos Ú lti­


P R O F E SSO R E S : E N S IN A I A P E N A S mos Dias durante o ano de 1960 f o i notável.
D O U T R IN A S A C E IT A S O ano passado trouxe espetacular avanço em tôdas as partes
da Ig re ja , alcançando muitos recordes de realizações.
E xcertos de uma aloeução ofereci­ Quando o registro com pleto do ano estiver com pilado, êle mos­
da pelo Elder Mark E. Petersen, do trará: -4'
Conselho dos Doze durante a Conferên­ — O maior número de conversos batizados nas missões da
cia Geral, anual, realizada em abril de Ig r e ja do que em qualquer outro ano; um total de quase 39.000
1953. com parado com 23.026 em 1959, recorde anterior.
— O m aior número de conversos batizados nas estacas e mis­
H á apenas um homem 110 mundo sões conjuntam ente do que em qualquer outro ano; um montan­
inteiro que tem direito de introduzir te de quase 50.000 para o total de 33.000, em 1959.
uma doutrina nova nesta Ig reja , e tal — O m aior número de missões jam ais organizado num só ano;
homem é o Presidente da Ig reja . P o r­ 12 novas missões resultando num total de 63.
tanto, professores, enquanto não atin­ — O m aior número de estacas jam ais criado em um ano; 29
girem a Presidência da Ig reja , con­ novas estacas acrescentadas em 1960, perfazendo um total de 319.
tentem-se com as doutrinas da Ig reja — O m aior número de missionários jam ais chamado em um
presentemente aceitas como oficiais. ano.
Eu não acredito que as classes ou — O m aior número de missionários no campo do que em
púlpitos da Ig r e ja sirvam para propó­ qualquer época da história da I g r e ja ; aproximadamente 8.000 a
sitos experimentais em que se lancem 31 de dezembro.
doutrinas novas e noções especulativas. Muitos outros “ recordes” podem ser acrescentados a esta lis­
Êles destinam-se exclusivamente ao uso ta impressionante incluindo-se estudantes que estão freqüentando
daquêles que estão dispostos a conver­ as escolas, instituições e seminários da I g r e ja ; possuidores do Sa­
ter homens e mulheres, moços e moças cerd ócio; frequência às várias organizações auxiliares; edifícios
à verdade. em construção, etc.
N ão acredito que possamos esca­ O progresso da Ig r e ja durante 1960, nos vários campos de
par à responsabilidade de ter encami­ atividade é impressionante e ao mesmo tempo muito satisfatório.
nhado alguém em direção errada se ensi­ O exemplar de março desta revista será dedicado a lhes fo r ­
narmos princípios errados. Nem creio necer todos os detalhes im portantes do crescimento da Ig r e ja du­
que qualquer um de nós possa perm i­ rante o ano de 1960. Existem ainda muitos “ recordes” que f o ­
tir-se assumir essa responsabilidade. ram obtidos, e não estão mencionados nesta notícia. Pedimo-lhes
Não adm ito, portanto, que possa­ aguardar mais um mês e cremos que vocês também ficarão agra­
mos introduzir em nossas aulas ou ser­ davelmente surpreendidos com o avanço que a Ig re ja alcançou.
mões, crenças e doutrinas que não são
aceitas e oficialm ente recomendadas CO M EM O RAM O 60° A N IV E R S Á R IO D E C A SA M E N TO
pela Igreja .
Não me parece que qualquer p ro­ O Presidente e Sister M cK a y comemoraram seu 60.° aniversá­
fessor em qualquer organização tenha rio de casamento na segunda-feira, 2 de janeiro de 1961.
o direito de abandonar o curso de li­ O casal passou uns dias de descanso em Laguna Beach, Cali­
ções recomendado, substituindo-o por fórnia, antes de voltar para a comemoração. Quando em barca­
artigos de revista, discussões filo s ó fi­ ram no avião da W estern Airlines, em Salt Lake City, na quar­
cas, sermões, ou qualquer outro m ate­ ta -feira precedente, o Presidente M cK a y com entou:
rial estranho. “ N ão podemos chamar a isto de 69.a lua de mel, mas está-se
N ão é certo incluir em nossas au­ aproxim ando aquela data im portante.”
las ou sermões as filo so fia s e doutrinas D avid O. M cK a y e Emma R ay R iggs foram unidcA no Salt
de homens do mundo, faltos de inspira, Lake Tem ple a 2 de janeiro de 1901, pelo falecido John Henry
ção ainda que sejam bem instruídos, e Smith, membro do Conselho dos Doze na época, e aquêle fo i o
apresentá-los como verdade aceita. prim eiro casamento no templo em 1901.
Não me parece que devamos acei­ A p ós cinco anos, a 9 de abril de 1906, o Presidente M cK ay
tar tôda teoria proposta por homens de fo i ordenado apóstolo servindo no Conselho dos Doze até sua n o­
ciência como se fôsse verdade. Êles al­ meação com o conselheiro da P rim eira Presidência, em outubro de
teram demais seus pensamentos para 1934. Êle veio a se tornar Presidente da Ig re ja a 9 de abril
que possamos aceitar isso. de 1951.

Fevereiro de 1961
EDITORIAL
“c4 q.uilo que e
ae maior valor U

Pelo Presidente

A S A E L T. SORENSEN

da Missão Brasileira do Sul

Estamos agora em um n ovo ano. A o ini­ todos com quem estabelecer contacto. Existem
ciá-lo, cada m em bro deve empenhar-se ao má­ m ilhares e milhares de pessoas que aceitariam
xim o em conhecer seus deveres e então levá-los o E vangelho se o mesmo lhes pudesse ser e x ­
a cabo para fazer dêste ano o de m aior p ro ­ plicado.
gresso até o presente momento. Nossa respon­
M uitos ficarão curiosos de saber porque
sabilidade é canalizar o esf< ço na direção cer­
você se uniu à Ig re ja de Jesus Cristo, após você
ta. Para tornarm o-nos perfeitos “ tal qual nos­
inform á-los de que é batizado.
so Pai que está nos céus,” essa responsabili­
Quando você com eçar a ensinar aos outros,
dade torna-se mais im portante ainda. Nós cres­
a repartir com êles êste m aravilhoso teste­
cemos e nos desenvolvem os espiritualmente
munho que recebeu, seu p róp rio testemunho
através da atividade e não da indolência.
crescerá, e você receberá fô rç a espiritual para
Pou co depois de ser organizada a Ig reja
suportar tentações maiores devido à sua habi­
nesta última dispensação da Plenitude dos Tem­
lidade de com preender as coisas que Deus lhe
pos, dois conversos estavam sequiosos de conhe­
tem acrescentado. V ocê poderá ver mais cla ­
cer a opinião e vontade do Pai, concernente a'
ramente os maus propósitos do adversário.
êles. D esejavam saber o que fazer para a ju ­
dar a estabelecer êste grande trabalho entre Cada membro deve fazer o m áxim o para
os homens. Dirigiram -se pois ao jovem P ro ­ interessar seus am igos, parentes, conhecidos e
feta Joseph Smith e lhe pediram que pergun­ estranhos, na grande mensagem da Restaura­
tasse ao Senhor. Êle o fêz e recebeu duas re­ ção do E vangelho de Jesus Cristo.
velações que podem ser encontradas em D ou ­ Os m issionários podem ser convidados a
trina e Convênios, seções 15 e 16. Devem os d i­ visitar aquêles que você tenha conseguido in­
rig ir nossa atenção para o versículo 6 de cada teressar, para que então, mais organizadamen-
uma dessas revelações; “ E agora, eis que Te te os ensinamentos do E vangelhos lhe sejam
digo, que a coisa de m aior va lor para ti será ministrados. Os membros podem trazer seus
declarar arrependim ento a êste povo, a fim de amigos e apresentá-los aos missionários ou pre­
que possas trazer almas a Mim e descançar com encher um cartão com o nome e enderéço da­
elas no Reino de Meu P a i” . queles com quem estabeleceram contacto, a fim
Esta então deve ser a responsabilidade de de dá-lo ao Presidente do Ramo que o passará
cada membro da Igreja. R eferente ao mesmo aos missionários.
assunto,, o Senhor falou mais tarde a todos os Em nosso entusiasmo de trazer novos mem­
membros da Ig reja , na Seção 88:81, “ e todo o bros para a Ig reja , devem os ser obedientes aos
que fô r prevenido deverá prevenir seu vizin h o” . mandamentos do Senhor para que não batize­
Isto não é apenas responsabilidade daqueles mos ninguém indignam ente. Que ninguém
que foram chamados para servir com o missio­ seja batizado senão depois de haver se arrepen­
nários, a fim de prevenir o povo, mas o Senhor dido de seus p e ca d o s ! A lém disso, como man­
declarou que é dever de todo membro conver­ damento à Igreja, com respeito ao modo de ba-
tido e batizado, prevenir seu vizinho, ou seja ( continua na página 60)

A L IA H O N A
UMA ÂNCORA
SEGURA
NA VIDA

Palestra dirigida aos estudantes da Uni­


versidade ãe Brigham Young pelo P resi­
dente David O. M cKay, Presidente da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi­
mos Dias, no dia 30 de outubro de 1956.
Introdução pelo

Presidente Harvey L. Taylor

Com a palavra o nosso querido Presiden­ rágrafos anteriores do mesmo capítulo, mas
te D avid O. M cK ay. outros mais sábios, aplicam êste dizer a tôdas
Dr. Taylor, membros do corpo docente, as coisas que constituem a vida m ortal do h o­
distintos convidados do interior e membros do mem. Eu gostaria de aplicar estas simples
corpo estudantil da Universidade de Brigham palavras do Salvador, que foram expressadas
Y oung: durante Sua existência, às nossas vidas indivi­
E star na presença de mais de sete mil es­ duais.
tudantes desta grande instituição, é sem d ú vi­ Jesus não falou somente ao número redu­
da uma alegria inacreditável, e ao mesmo tem ­ zido das pessoas que o seguiam, mas a tôda a
po uma responsabilidade sem limites. Sinto- humanidade. Sendo assim, adotarem os esta ad-
me em ocionado com o p rivilégio de poder reu­ moestação, nesta manhã, para aplicá-la a nós
nir-me com vocês neste consagrado exercício. aqui reunidos na U niversidade, e também ;
P ouco antes de partir de L a go Salgado, todos os jo v e n s : procurando-se primeiramente
telefonei ao Presidente W ilkinson. Quando o Reino de Deus e Sua justiça, com tôda a fé,
lhe perguntei com o ia passando, êle respondeu: as outras coisas necessárias serão acrescenta­
“ Estou bem, e gostaria que me dessem perm is­ das.
são para levantar. Transmita minhas lem bran­ A esta grande adm oestação, associo ainda
ças e bênçãos ao corpo docente e a todos o r os dizeres do Snr. H um phrey D avy, que certa
estudantes da U niversidade.” A s suas orações vêz e screv eu :
em fa v o r dêle foram atendidas, e coin prazer
participo a todos que o encontrei com boa saú­ “ Se eu pudesse escolher qual dentre tôdas as
de e disposição. Estamos profundam ente gra­ coisas me seria ao mesmo tem po a mais útil e
tos pelo prom etido restabelecim ento de sua a mais agradável, escolheria uma firm e cren­
saúde. ça religiosa acima de qualquer outra bênção.”
Eu não tenho nada de novo para oferecer- E u m enciono isto agora, p or causa do uso
lhes esta manhã, caros estudantes, mas em meu de dois term os: “ a mais ú til” , e “ a mais agra­
coração sinto o desejo de ser capaz de dizer d ável” . M uitas pessoas neste mundo p ro ­
algumas palavras que encorajem a alguns, se curam tornar-se úteis p or caminhos contrá­
não a todos, que estão aqui reunidos. Meu te­ rios ao da procura do R eino de D eu s; em ou­
ma poderá ser m elhor expressado nas palavras tras palavras, a vida se divide em dois gran­
do Salvador quando decantava as m aravilho­ des p la n os; o animal e o espiritual. Se você
sas beatitudes ou seja, a felicidade perene. No abrir os olhos e olhar em derredor, verá que
fin al do sexto capítulo de Mateus, que regis­ a m aioria do povo procura os prazeres e coi­
tra uma parte delas, Êle disse: “ Buscai p ri­ sas agradáveis do m undo animal em vêz do
meiramente o Seu Reino e Sua Justiça, e tôdas espiritual. Com todo o coração, caros estudan­
estas coisas vos serão acrescentadas. (M a­ tes, após muitos anos de experiência, com an­
teus 6:33.) A lguns coínentaristas aplicam siedade e conhecim ento lhes digo, que utilida-
“ estas coisas” às virtudes m encionadas nos pa- (continua na página 66)

Fevereiro de 1961 41
em psicologia infantil, sendo no entanto um
fracasso com o pai.
Em última análise, o pai ideal é aquele
Por que desenvolve os atributos para ser um gran­
de “ construtor de gerações futuras.” O que
W . Cleon Skousen significa que êle não é egocên trico e egoísta,
mas que cultivou a vontade de investir dinhei­
Chefe da Polícia de ro, energia, treino e tempo em benefício da­
Salt Lake City queles que irão continuar sua vida e herdar a
terra.

“ 0 0 M 0 DEVE SER UM P A I”

O tornar-se um pai eficiente e bem ajus­


tado, não é acidente. Na verdade são neces­
sários muitos anos para criar-se um bom pai.
Parte da tarefa é feita pela espôsa e pelos f i ­
lhos.
Tudo com eça quando o jov em espôso faz
uma tímida peregrinação ao longo do puro
e antisséptico corred or do hospital, até aquela
janela,enorm e onde se lê “ B erçário.” Lá dentro
vê várias filas de bercinhos azuis e côr-de-rosa,
Pais ideais aparecem em grande varieda­
cheios de bebês. A té mesmo através do vidro a
de de tamanhos, figuras, m odelos e aspectos.
enferm eira reconhece que êle é um “ papai ca­
Assim, de certo m odo, será d ifícil escolher
lo u ro ” . (Os papais calouros são bem fáceis de
um.
recon h ecer), porisso a enferm eira lhe dedica
N aturalmente êle não poderá ser iden tifi­ uma atenção especial, pois a maternidade até
cado pela nacionalidade, educação, religião, h oje não perdeu nenhum papai.
habitação, partido político, ou posição social. Ela ergue os om bros com o que perguntan­
Nem poderá êle ser considerado um pai d o : “ Qual dêles é o seu bebê? e êle p or sua
ideal ermbora possa ser aparentemente bem su­ vêz também m ove os om bros com o a d iz e r :
cedido. Um homem poderá ser um grande “ Como poderei eu saber?” Ela aponta para
cientista, um gênio financeiro, um astro de ci­ uma fich a no berço mais próxim o e êle com ­
nema de grande popularidade, um músico mun­ preende o m ovim ento de seus lábios pergun­
dialmente fam oso, até mesmo uma autoridade tando qual é o seu nome. Ê le pronuncia atra­


42 A L IA H O N A
vés do vidro e espanta-se com o éco de sua p ró­ te mal para com o chefe da casa. Uma vêz de­
pria voz no corredor silencioso. baixo da enorme sombra da patado urso êle
A enferm eira volta-se e procura, curvan­ tem o seguinte pensamento : “ Papai é um gran­
do-se finalm ente diante de um bercinho espe­ de camarada, mas não mexa com êle” . Ele sa­
cial que tem um nome de fam ília. Ela descobre be que uma conversa lisonjeira amolece a ma­
o pequenino pacote m ágico e eis aí a realidade, mãe, mas nem sempre o papai. “ Quando o pa­
um bebê, um verdadeiro bebê vivo. A en fer­ pai fica bravo, u p a !” Êste lembrete é bom
meira gentilm ente ergue cada uma das delica­ para um menino que está crescendo. Fará com
das mãozinhas e depois cada um dos pézinhos. que êle sinta que seu pai se preocupa com êle
Enquanto o jovem pai olha atravéz do v i­ o suficiente para que se incom ode. Se o papai
dro, não pode deixar de observar com cuidado fô r razoável, o menino sempre apreciará esta
cada traço frá g il — os olhos, o nariz, os lábios, maneira de agir.
o queixo, os dedinhos das mãos e dos pés. É O cavalo que puxa a carroça aparece quan­
realmente um m ilagre. De repente surge do do tôdas as manhãs o papai levanta-se da me­
vácuo cósm ico a assustadora mensagem. Ela sa e diz “ É hora de tra b a lh a r!”
o atinge bem na testa com o que fôra uma ba­ Um menininho sente que esta ocupação do
tida de m artelo de 10 libras. A mensagem d iz : papai, sempre indo para o trabalho é um abor­
“ Ó! rapaz, você é p a i!” recim ento. Êle e o papai poderiam divertir-se
Naturalmente êle já sabia; pelo menos sa­ tanto se papai ficasse em casa.
Êste desejo de ter o papai com o com pa­
bia de maneira abstrata e intelectual. Mas
através daquele vidro tudo é diferente. Em nheiro de brincadeiras vem do sentimento de
silêncio diz a si mesmo “ Ora essa, é a pura que êste grande cam arada que dirige a fam í­
v e rd a d e !” lia é exatamente a coisa mais colossal que ja ­
mais aconteceu. Êle é um super-homem. Êle
Assim o manto da paternidade cai sôbre
anda a cavalo, atira com espingarda, jo g a bem
seu jov em coração. Nos dias, meses e anos que
golfe, faz nós de escoteiro, arruma um peneu-
se seguem, esta história de ser pai torna-se ca­
m ático, corta ataduras, corta cabelos, e quan­
da vêz mais rea l; à m edida que a fam ília cres­
do é preciso tira dentes. A lém disso tudo, êle
ce. Em vêz de um só existem dois, talvez três,
tem dinheiro em grande q uan tid ade; pelo me­
quatro ou ainda mais. E com cada bebê que
nos êle tem mais do que os meninozinhos.
surge, aparece um novo capítulo “ de com o tor­
Não é pois de se admirar que um menino
nar-se um pai m elhor.” Cada filh o é diferente,
que tem êste tipo de pai possa im aginar que
e o pai encontra-se na situação de quem está
seu pai surraria qualquer outro pai da redon­
fazeudo um curso em casa, “ aprenda fa zen d o” .
deza, talvez do mundo inteiro.
Entretanto, êle acha que o papel de pai ein
Porém , infelizm ente, êste sonho heróico lo ­
realidade com bina bastante com sua im agina­
go se devanece. Com o passar do tempo, o jú ­
ção secreta. N ão é tão d ifícil com o parecia an­
nior vem a conhecer a verdade. Êle acha que
tes. Êle aprende que a m elhor maneira de re­
seu pai é uma pessoa adorável e admirável, p o­
solver problem as de fam ília é simplesmente
rém seu jô g o de golfe não é bom. Êle também
“ encará-los” . Uma vêz que êle tenha estabele­
não se intim ida tôdas as vêzes que vê um vea­
cido o fa to “ de resolver as coisas” , geralm en­
do, mas bem que venderia sua espingarda.
te descobre que cada enigma é mais fá cil de
Êle pode andar a cavalo, mas vai socando em
se resolver do que havia antes im aginado. Con­
cima dêle se o bicho correr um pouco mais de­
sequentemente, quando alguém lhe pergunta
pressa. Há algumas provas de que êle conse­
com o êle se tornou um pai bem sucedido, res­
guiu muitas medalhas com o escoteiro, porém
ponde um tanto enigmáticamente, “ Ó! eu rea-
agora só dá os nós que aprendeu em seus co r­
mente não sei bem com o f o i ; talvez trabalhan­
dões de sapato. Êle sabe concertar um peneu-
do para êsse f im !”
m ático, mas tem o seu seguro a fim de não fa ­
zê-lo. Quanto ao lutador, êle se porta com o o
“ COMO SE MOSTRA UM PAI AOS OLHOS homem mais calm o e p acífico da cidade. E êle
DO FILHO PEQUENINO” não é tão rico também, com o o testemunha seu
recente pedido de verificar o cofrin h o de seu
Os meninos têm sua opinião própria sô­ próp rio filh o.
bre os pais. Para a maioria dos meninos o pai Se o pequeno jovem soubesse que seu pai
parece uma com binação de um urso grande, um fica muito feliz e aliviado de ser tirado do pe­
cavalo de carroça e um super-homem. O urso destal. Dava-lhe m êdo fica r no pedestal onde
grande só é evidente em ocasiões especiais seu filh o, adorador de heróis, o havia colocado.
quando o jú n ior descobre que agiu solenemen­ (continua na página, 61)

Fevereiro de 1961 4.3


0 Jenômeno do jiiormoniâmo
concebidas do passado fecharam algumas men­
tes à verdade, tornando impossível a com uni­
cação. V icto r Iíu g o fêz esta prom essa: “ Há
de chegar 0 dia em que 0 ím ico campo de ba­
talha será 0 m ercado aberto ao com ércio, e a
mente aberta às novas idéias. Graças a Deus,
êsse dia está rom pendo, p or fim , nêste nosso
m undo ocidental. Como disse A. P ow ell Da-
vies: “ 0 m undo é m uito perigoso para outra
coisa que não a verdade, e pequeno demais
para qualquer coisa além da irm andade.”
Gostaria de dirigir-lhes um apêlo de ami­
zade, com preensão, irmandade e tolerância,
tudo tão necessário no nosso m undo confuso e
cheio de problem as. Numa das nossas R egras
de Fé, reclam am os para nós, e livremente con ­
cedemos a todos os homens 0 inalienável d i­
reito de adorar a Deus de acôrdo com os ditá-
mes de sua consciência.
A intolerância, fru to am argo da ign orân ­
cia e do fanatism o, tem sido uma praga no
m undo desde o princípio, e responsável por
muitas das suas a flições e misérias. M aurício
por H ugh B. B row n Samuel, defensor dos judeus, escreveu em “ 0
do Conselho dos Doze P rofessor e o F óssil” :
“ Pois todos os povos têm, infelizm ente, 0
hábito de m atar seus p rofetas e mestres. Os
inglêses m artirizaram seus mestres protestan­
Meus irmãos e irmãs. Espero que os nos­
tes, (não tendo conseguido martirizar W y-
sos amigos aqui presentes, mesmo não sendo
c liff, mutilaram -lhe 0 cadáver) os francêsesi
membros da Ig reja , me perm itam incluí-los 11a
martirizaram Joana D ’arc, e os príncipes da
saudação “ irmãos e irm ãs” , pois crem os na
Boêm ia traíram João IIuss. E se êsses não
irmandade dos homens sob a Paternidade uni­
têm bastante p rojeçã o entre os grandes vu l­
versal de Deus.
tos da humanidade, Sócrates, assassinado pe­
A inda que eu receba esta designação semi-
los atenienses, teve.”
anualmente, sempre a cum pro com espírito
Quando pensamos na intolerância históri­
humilde, e mesmo algo perturbado. E ntretan­
ca, dois nomes lo g o nos ocorrem à mente. Em
to, é reconfortante saber que se tem a simpa­
ordem cron ológica, mas não em ordem de im ­
tia e as preces desta grande congregação, e
portância, estão Sócrates, de Atenas, e Jesus,
ainda, esperamos, 0 interesse de uma vasta au­
de Nazaré. Êles naturalmente não podem ser
diência de amigos ouvintes que estão assistin­
com parados, mas suas experiências ilustram
do a conferência pelo rádio e pela televisão.
bem 0 assunto.
Nós estamos conscios da audiência invi­ Como lem os em “ Os Grandes Livros do
sível, e esperamos assistir a todos os que p ro ­ M undo O ciden tal” , Sócrates deu a Platão e
curam uma com preensão m elhor de alguns as­ A ristóteles sua elevada inspiração e seu nome
pectos do que tem sido chamado o “ Fenôme- tem atravessado séculos, com o tendo sido um
10 do M orm onism o.” dos mais virtuosos homens do seu tempo. E
N o passado, infelizm ente, quando discu­ no entanto, foi acusado de im piedade e im ora­
tiam-se questões religiosas básicas, era mais lidade, sendo condenado à m orte — indulgente­
d ifícil encontrar um campo com um de enten­ mente, pela cicuta.
dimento, do que quando se considerava por 0 segundo, 0 único homem p erfeito que
exem plo, ciência ou filosofia. A s idéias p re­ já existiu, tom ou sôbre si os pecados do mun­

44 A L IA H O N A
do e sofreu a ignom ínia da cru cifixã o ■— mais questionar os ensinamentos de outras igrejas e
uma agònia espiritual do que sofrim ento f í ­ clam ando nova revelação.
sico. Êle está agora, quase vinte séculos após. John Stuart Mill, em seu difundido en­
infinitam ente acima de todos os outros, em saio sôbre a liberdade, disse: “ Não posso dei­
grandeza moral, e é adorado p or milhões com o xa r de adicionar a êsses exem plos do peque­
o Filh o Unigênito de Deus, o Salvador do no relato com umente feito da liberdade hu­
Mundo. mana, a linguagem da perseguição direta que
Êsses dois e muitos outros, em seu tem ­ a imprensa dêste país representou ao publi­
po, foram rejeitad os pelos contem porâneos, car notícias contra o notável fenôm eno do
porque ousaram questionar a crença corrente, M orm onism o.”
inconform ando-se com o estado das coisas na Mais adiante, êle chamou atenção para
época, sendo pioneiros em novas paragens do o fato de que essa perseguição estava longe
pensamento e de ensinamentos. de ter, de algum m odo, feição do princípio
Felipe B rooks lem brou-nos que há diver­ de liberdade, mas era uma direta infração a
sas naturezas de tolerância. M encionou seis, êsse princípio, sendo um mero acorrentamen-
com o seguem : to de metade da com unidade e uma emancipa­
Primeiro — a tolerância da pura in d ife­ ção da outra, da reciprocidade de obrigação en­
rença. Podem os ser tolerantes porque não tre si.
nos im porta, porque o assunto em pauta não A H istória nos mostra que não só indiví­
nos afeta. duos ou pequenos grupos, mas também govêr-
Segundo — a tolerância da diplom acia, nos e organizações religiosas têm sido culpados
Podem os ser tolerantes p or con clu ir que per­ de cruel intolerância contra os que são diferen ­
deríamos mais do que ganharíamos com baten­ tes dêles. A assim chamada “ igreja universal”
do o homem ou a medida. recorreu a violentos atos de intolerância e che­
Terceiro — a tolerância pela incapacida­ gou aos m aiores extrem os nas tentativas de
de de defesa. Podelmos ser tolerantes porque obrigar a aderência ao credo tradicional. Pela
reconhecem os que o inim igo domina o campo, perseguição, tortura, expulsão e a extermina-
e a resistência seria inútil. ção daqueles a que chamavam “ h erejes” , ela
procurou su focar indagações e investigações,
Quarto — a tolerância do puro respeito
com o se à fo g o e espada os homens pudessem
ao homem. Podem os ser tolerantes porque res­
ser com pelidos a professar a doutrina certa. E.
peitamos até mesmo o direito que um homem
um fa to interessante, é que aquèles mesmos
tem de pensar errado, pois concordam os com
que sacudiram o ju g o dêssa igreja, não perm i­
o que V oltaire escreveu aos H elvécios: “ Eu
tiram diferenças em opinião religiosa, tão logo
desaprovo com pletam ente o que vocês dizem,
ficaram estabelecidos. O poder ilim itado mui­
mas defenderei até à m orte o seu direito de
dizê-lo.” tas vêzes gera a intolerância e leva à tirania.
A vida cristã é sempre uma com binação de
Quinto — a tolerância da simpátia espiri­
firm eza, con vicção pessoal e generoso respei­
tual. Podem os ser tolerantes por sentirmos
to pela opinião alheia. A dedicação à liber­
um com panheirism o espiritual com o homem
dade e sua defesa, nunca requereu nem ju s­
cu jo propósito é bom, embora sua suposição
tificou a quebra do segundo mandamento, de
seja falsa.
amar o nosso próxim o. Um cód igo divino foi
Sexto — a tolerância de uma ampla visão dado por revelação, para guiar a todos que
da verdade. Podem os ser tolerantes porque exercem a u to rid a d e :
chegam os à conclusão de que a verdade é “ Nenhum poder ou influência pode ou de­
mais larga do que a concepção que qualquer ve ser exercido p or virtude do sacerdócio, a
um faz dela, mesmo quando somos o único
não ser que seja com persuasão, com longâ-
homem em questão.
nim idade, com mansuetude e ternura, e com
A s três prim eiras são mesquinhas, as úl­
com amor não fin g id o ;
timas são m agníficas.
“ Com benignidade e conhecim ento puro,
Os prim eiros membros da Ig re ja M órm on
que grandem ente ampliará a alma sem hipo­
foram forçad os a beber da taça am arga dos
crisia e sem dolo.
preconceitos e da intolerância. Sofreram m o­
“ R eprovando às vêzes com firm eza, quan­
tins, foram expulsos de suas casas e p rop rie­
do m ovido pelo E spírito S an to; e depois, m os­
dades, espancados, aprisionados, banidos e al­
guns dêles, inclusive seus líderes, foram m or­ trando um amor m aior p or aquêle que repre-
tos; a acusação contra êles era a de não se­ endeste, para que não te ju lgu e seu in im igo;
rem das igrejas tradicionais, se atrevendo a (continua na página 51)

Fevereiro de 1961 45
O FUTURO TRI-DIMENSIONAL
DO HOMEM
E scrito pelo Dr. Carl J. Christensen,
D iretor de Pesquisas da U niversidade de
Utah, e membro da Deseret Sunday S chool
Union — C orpo Adm inistrativo.

A s atividades do homem em tempos idos, do homem, o qual, pela Torre de Babel, tentou
eram restringidas a uma só superfície — uma elevar-se da superfície da terra, porque p rova ­
região bi-dimensional. A inda não se com pleta­ velmente, a razão da tentativa era tola. Con­
ram quinhentos anos desde que êle verificou tudo, Êle perm itiu ao homem a 4 de outubro
que esta superfície era antes uma tôsca esfera de 1957, coloca r um satélite dentro da órbita.
de dimensões modestas, e portanto bastante li­ Isto representou a conquista de tremendas d i­
mitada em tamanho. Durante os últim os cin- ficuldades tecnológicas, das quais as conse­
coenta anos mais ou menos, êle tem tido conta­ qüências ainda não foram inteiramente avalia­
to privado com a terceira dimensão, de cima das. Essa data poderá ser considerada com o
e de baixo, conseguindo penetrar duas milhas uma das grandes datas da história humana,
de profundidade terra à dentro, levado pelaa talvez mais im portante do que 12 de outubro
asas da sua própria im aginação, com o “ Beel de 1942.
N -2” . Elevou-se também na atm osfera, até 23,8 Presentemente, esta nova liberdade dentro
milhas acima do nível do mar. E ntretanto, da terceira dimensão nos aterrorisa e am edron­
êsses contatos com a terceira dimensão têm si­ ta ; talvez p or ter ela sido conseguida com o
do insignificantes, quando com parados com as conseqüência do desenvolvim ento de uma ter­
infinitas distâncias do universo. A B íblia nos rível arma de guerra, a qual, literalm ente, faz
conta que o Senhor opôs-se a uma tentativa cair fo g o do céu — quando entregue nas mãos

46 A L IA H O X A
de homens astuciosos e m aus; mas apesar de quando o com bustível reage quimicamente com
tudo, podem os acreditar que os bons propósi­ oxigên io ou outra substância quím ica similar.
tos do Criador serão alcançados p or interm é­ Os fogu etes se tornarão cada vêz mais p odero­
dio dêste tem ível e n ovo instrumento. sos e mais eficientes a m edida que a química
encontrar meios para concentrar mais e mais
Para o mundo, o im pacto do acontecim en­
energia dentro da estrutura quím ica dos com ­
to de colocarem na órbita o prim eiro satélite
bustíveis. Consequentemente, m uitos químicos
feito pela mão do homem, poderá ser m elhor
estão se em penhando na empresa de criar n o­
apreciado quando se reparar que a palavra rus­
vos com bustíveis de conteúdo super-poderoso, e
sa “ Spu tn ik” integrou-se nos dicionários de
podem os esperar o aparecim ento de substâncias
muitas línguas, no espaço de quarenta e oito
químicas novas e extranhas, criadas para com ­
horas depois de os russos terem colocad o o
fogu ete em sua órbita. A reação do mundo em bustíveis destinados a foguetes. Quando a quí­
mica criar um com bustível com energia por
relação a êste acontecim ento é mais notável
unidade de pêso, dobrada à que se encontra
quando se v e r ific a : 1) que o homem conhece
em com bustíveis com uns, retendo-o eta sua es­
os princípios da construção de um fogu ete des­
trutura química, o homem não terá grande d i­
de que os chineses construíram o prim eiro,
ficuldade de enviar um fogu ete espaço afora,
usando pólvora com o propelente, no segundo
mesmo além do sistema solar. É quase certo
século da Era Cristã, e 2) que a natureza da
que tais com bustíveis serão produzidos. De
órbita de um satélite é plenamente com preen­
fa to os quím icos estão mesmo sonhando com
dida desde que Sir Isaac N ew ton publicou sua
com bustíveis que retêm em sua estrutura
“ P rin cip ia” , em 1684. Ésse princípio de m ecâ­
quím ica dez vêzes mais poder p or pêso uni­
nica dos corpos celestes já é estudado pelos j o ­
vens que fazem o curso de física do ginásio. dade de com bustível.
A pesar de tais princípios serem conhecidos Em 1684, Sir Isaac N ew ton ensinou que
de há muito, a coloca çã o de um satélite con s­ um corp o em m ovim ento continua em seu ca­
truído pelo homem não era esperada pela hu­ minho a menos que haja influência de uma f o r ­
manidade. Parece que ela, tàcitam ente, supôs ça externa, com o por exem plo a gravitação. A
ser esta uma façanha apenas possível a Deus fô rça da gravidade faz com que um satélite
em sua Criação. Talvez assim, muitos de nós desvie-se do caminho reto, fazendo uma curva
estejamos já com eçando a com preender as coi­ geom étrica chamada elipse. P ode ser demons­
sas tremendas que o C riador planeja para exe­ trado que êsse afastam ento é aquêle que de­
cutarmos, com o seus filh os espirituais.
Em têrmo, sim plificados, o fogu ete é uma
câmara de gás em pressão elevada, com uma
só saída, chamada tubo de descarga, pelo qual
o gás corre em alta velocidade. Muitas pessoas
experim entaram o coice de uma arma após um
tiro. Uma arma de fo g o atirando uma rápida
seqüência de tiros daria uma seqüência de co i­
ces os quais, se assaz frequenfes, assemelhar-
se-iam a uma pressão constante. Assim, de veríam os esperar se o satélite estivesse caindo
certa maneira, uma arma de fo g o seria um f o ­ livrem ente em direção ao centro da terra. Por
guete. A s balas, no caso de foguete, são extre­ causa da velocidade anterior do satélite em sua
mamente numerosas e excessivamente peque­ órbita, cham ada velocidade orbital, temos a
nas, partículas de matéria as quais os quím icos impressão errônea de que o satélite está sem­
denominam moléculas. Cada uma delas, con ­ pre caindo em direção à terra mas nunca che­
form e se arremessa pelo tubo de descarga do gando.
foguete, aplica à máquina um coice em dire­ Uma curva orbital, a qual é também uma
ção op osta; uma bala faz a mesma coisa ao elipse*, pode ser desenhada fàcilm ente, co lo ­
deixar o cano da arma. Tal mecanismo é sim­
ples. O sucesso do invento que colocou o f o ­ * O assoalho do Tabernáculo de Salt Lake City apro­
xima-se a uma elipse e a estrutura do prédio é a metade
guete Sputnik dentro da órbita, fo i o bem-cui- de uma “ elip soid” de revolução. A natureza da super­
dado mecanismo, e o controle dos com bustíveis fície assim produzida é tal que se alguém deixar cair
que contêm grandes quantidades de energia um alfinete na cabeça de um dos “ f o c ii” , o som é re­
fletid o em parte no segundo “ f o c ii” . Isto explica o f a ­
abrigada em sua estrutura química, da qual a
moso “ fenôm eno do a lfin ete” no Tabernáculo, o qual é
energia se desprende para esquentar as m o­ fam iliar a muitos.
léculas emergentes e colocá-las sob alta pressão, (continua na página 64)

Fevereiro de 1961 47
Câóa

Con qu iâta dora

Por flamei cA. JÇittle

INTRODUÇÃO dos e form an do grandes e perigosos sorvedou­


ros.
D esgatado p or uma vida atribulada, e já Nós embarcam os três carroções e alguma
coutando 55 anos de idade, Jacob Hamblin bagagem na balsa, mas fom os com pelidos pela
ainda dirigiu uma torm entosa operação com necessidade e rebocá-la até uma milha acima
os navajos, ao fim da qual fico u restabelecida da travessia, a fim de poder atracar em local
uma paz que já durava muitos anos. Como adequado no outro lado do rio. Quando fazía ­
grande batalhador da causa do Reino, êle le ­ mos o barco contornar a ponta de um roch e­
vava consigo e pregava o L ivro de M órm on do, a água irrom peu pela proa. Im ediatam en­
sempre que lhe surgia oportunidade. F oi o que te fo i ordenado que se afrouxasse a corda de
ocorreu com o Rev. Trew ax, pastor nomeado reboque, a qual dessa form a fico u engastalha-
pelo govêrno para pregar aos indígenas, ao da na reentrância de uma rocha. Com a co n ­
qual êle explicou o significado das Varas de tinuidade do im pulso 11a balsa, a proa m ergu­
Judá e de José. lhou por com pleto na água.
De momento a correnteza veloz varreu do
barco todo o seu conteúdo. Homens, carroções
CAPÍTULO X X IV
e carregam ento, tudo afundou nas águas tur­
bulentas.
Em maio de 1876 os Irm ãos D. H. W ells, Quando procurei nadar dentro da água
Erastus Snow e outros dirigentes dos Santos, gelada, meu braço direito fo i atacado de caim-
foram enviados para visitar um n ovo p ovoa ­ bra, 0 que quase me fêz desesperar de alcan­
mento no Arizona. E u segui com êles 11a posi­ çar a margem. Um grande rem o passava en­
ção de guia. O Colorado era naquela época tão p or mim, e eu jo g u e i 0 braço sôbre êle
do ano uma p rofu nda e turbulenta torrente, e para não afundar. Mais ou menos ao mesmo
a fô rça da água se deslocava de uma margem tem po o Irm ão L. John N uttall agarrou o mesmo
liara a outra, encarpelando-se contra os roche­ rem o, portanto pareceu-m e m elhor tentar na­
48 A L IA H O N A
dar com apenas um braço. N o entanto, eu providencial, pois nenhum de nós estava fam i­
estava logo em condições de em pregar a am­ liarizado com a região, e não tínhamos guia.
bos, e alcancei a margem em segurança. Isto cum priu para nós a promessa feita pelo
Corri pelo barranco abaixo, pulando num Presidente Y ou n g quando deixam os St. George.
barquinho com mais dois homens, e nos p r o je ­ de que quando sedentos encontraríam os água
tamos sôbre o centro das corredeiras, salvan­ em local inesperado.
do um carroção com tudo o que continha nu­ Pela manhã transportam os conosco tôda a
ma ilha. Os outros dois vagões e tôda a sua água que pudemos, e viajan do em direção sul-
carga, inclusive a m aior parte de nossos su­ oriental, tão depressa quanto possível, acampa­
prim entos, rolou corredeiras abaixo em d ire­ mos em sêco para dorm ir, guardando os ani­
ção ao Grand Canyon do Colorado. mais. N o dia seguinte prosseguim os na orien­
A o reunirm o-nos para verificação, desco­ tação da rota do dia anterior.
brimos que faltava o Irm ão Lorenzo E oundy. Durante o longo e cauteloso dia de via­
Êle tinha fam a de bom nadador, e é provável gem, os irm ãos perguntaram quando pensava
que tenha sido atacado de caimbra, afundan­ eu poderíam os obter água novamente. Disse-
do imediatamente. Seu corp o nunca fo i en­ lhes que conhecia tanto da resposta quanto
contrado. êles próprios, naquela rota, mas com o estáva-
O Irm ão Lorenzo H atch afundou bastante mos seguindo o curso indicado pelo Presidente
dentro do rio, mas livrou-se de ser arrastado, Y ou ng, eu tinha a impressão de que encontra­
e fo i recolhido pelo barquinho. ríamos água ainda naquela noite.
O Irm ão W arren Johnson e outro homem
Vagarosam ente escoaram-se as milhas, até
dependuraram-se a um carroção até serem apa­
que aproxim ando-nos do sopé de um pico mon­
nhados pelo pequeno barco, exatamente a tem­
tanhoso, nossas esperanças renasceram ao des­
po de se livrarem das corredeiras. cobrir vestígios de gado. Duas ou três milhas
Esta operação desafortunada ocorreu a 28
adiante, contornando uma extrem idade da co ­
de maio. Nós reunimos o que sobrara do car­
lina, avistamos uma casa e um curral. O local
regamento, e visitamos as missões de M owab- era ocupado pelo Snr. Stevenson. Êle nos
by e M oancoppy, assim com o as provações do
instruiu a entrar em seu terreno com os ani­
Little Colorado.
mais, pois lá havia uma boa bomba de água.
P or volta de 1.° de dezem bro, o Presiden­
O solo era sêco e a água tinha que sei
te Y ou n g quiz que eu form asse uma pequena
obtida por escavação. O Snr. Stevenson ante­
companhia, e procurasse uma rota para car­
cipou os vários pontos de água entre aquêle
roções, de P ierce’s F erry, ao sul de St. George.
local e a parte da região p or onde eu já havia
até Sunset, no Little C olorad o; “ p ois,” disse
viajado. Isto nos livrou de qualquer ansieda­
êle, “ nosso povo precisará de todos os locais
de acerca de água.
escolhidos em que haja água e gram a.”
N o dia em que partim os dali, alcançamos
Os Irm ãos W ilfo r d H alliday, de Kanab.
Joseph Crosby, Calvin K elsey, Samuel A lder um velho caminho que havia sido abandonado
durante algum tempo, mas ainda podia ser se­
e H yrum W illiam s de St. George me acom pa­
guido. Isto nos levou às povoações do Little
nharam.
C olorado.
Nós deixam os St. George a 13 de dezem­
bro de 1876 e tomamos p or uma rota um pouco Lá chegando, encontram os os Santos em
a leste da utilizada anteriormente, com o fito boas condições. Fiquei muito satisfeito de
de alcançar o C olorado cinco milhas acima da encontrar no local minha filh a Louise. A pre­
antiga travessia. cia-se m elhor os am igos e parentes quando en­
Permanecemos dois dias no rio e auxilia­ contrados em viagens através do deserto.
mos o Irm ão H arrison Pierce a construir uma D epois de pequena visita partim os para
canoa com a qual fizem os baldear nossa ba­ casa, pensando retornar pelo mesmo caminho
gagem ; porém os animais nós os atravessamos p or onde viéramos. Na terceira noite com e­
a vau. D epois de passar o rio, seguimos ain­ çou a ventar e nevar. De manhã concluím os
da a direção leste de nossa antiga rota, e no que não seria possível continuar nossa jornada,
prim eiro dia atingim os W alipie V alley, uma pois mal podíam os enchegar o que vinha à
região desconhecida para mim. frente, devido ao vendaval.
Acam pam os na vertente norte do vale, sob O m elhor abrigo que conseguim os obter
um barranco, onde encontram os uma fon te de fo i uma cabana de troncos, sem teto e sem re­
água, ou terreno úmido. Cavando um pouco boco. Nós possuíamos uma coberta de carro­
obtivemos água suficiente para nos bastar. ção que colocam os sôbre a cabeça, fican do par­
A descoberta dessa água fo i inteiramente cialmente abrigados da tempestade. Lá per-

Fevereiro de 1961 49
maneceudo dois dias e duas noites, durante 09 F oi essa a últim a vêz que falei com o P re­
quais nevou incessantemente. sidente Y oung. Êle m orreu em agosto seguin­
A tempestade cessou ao terceiro dia, mas te. A certeza de que 0 Senhor e seu servo ha­
uma grossa camada de neve cobria tudo em viam aceitado meu labor até aquela ocasião,
redor. A fom e e 0 fr io haviam desgastado fo i de grande con forto para mim.
tanto nossos cavalos que concluím os ser me­ Na prim avera de 1877 desejei form ar uma
lhor terminar a viagem pelo sul, fora das m on­ plantação. D escobri que 0 terreno havia sido
tanhas. Três dias depois atingim os 0 lado tão dividido nos arredores de Kanab que a par­
ensolarado de uma colina, onde havia abun­ te que era considerada m inha estava quase
dância de grama para nossos animais. Para sem valor. Eu semeei um pouco de trigo, mas
êles havia bastança, mas para nós 0 limento fo i um fracasso.
escsseava. Um dia, em agôsto, ju n tei um pouco de
D entro da rota, encontraríam os os supri­ sementes, e parti para 0 m oinho, uma milha
mentos para o retorno, mas agora, abando­ e meia acima de Kanab, no Canyon. Pelo ca­
nando 0 curso estabelecido, não era possível minho encontrei um homem correndo, com ins­
encontrar mais nada. truções para que eu partisse imedatamente
Chegamos a um cam po m ilitar chamado para 0 território navajo, com 0 S h eriff Fouts,
Camp Apache, e pedim os mantimentos. Foi- de R ich field. Um crim inoso escapara da ca ­
nos recusado, pois transgrediria ordens ex ­ deia, e esperava-se que preveníssemos sua fu ­
pressas do govêrno. Nós apelamos para 0 Snr ga.
llea d , que mantinha uma carga de vivandeiro, Tirei os cavalos do carroção, tratei com
explicando nossa situação. Êle era de parecer um outro homem para que beneficiasse meu
que não deveríam os viajar sem dinheiro. cereal, e em pouco tempo estava a caminho da
Eu orei ao Senhor para que suavizasse o travessia do Colorado.
coração de alguém, a fim de que pudéssemos F oi lá que soubemos pela prim eira vêz da
obter alimento, e voltei a falar com o Snr. vêz da m orte do Presidente Y oung.
Ilead, explicando-lhe que éramos de U ta h ; que Constatamos que 0 fu g itiv o perseguido não
ao sair de casa não esperávamos encontrar havia ainda atravessado p or ali. Pareceu-nos
oportunidade de gastar d in h eiro; que em lu­ de bom alvitre visitar a agência M oquis, e fa ­
gar disso, leváram os bastança de provisões as zer preparativos para garantir sua prisão se
quais haviam sido deixadas nas montannas, aparecesse naquela parte do território. V ia ja ­
para nos utilizarm os delas 11a viagem de re­ mos umas cento e cinqüenta milhas para les­
torno. A gora, com o não poderíam os seguL' te, nos dias quentes de agôsto.
pelo mesmo caminho para casa, devido à ne­ Passando pelas aldeias M oquis, encontra­
ve, se êle nos fornecesse o suficiente para al­ mos o p ovo fazendo muito alarido para atrair
cançar nossos lares, nós lhe enviaríam os o pa­ a chuva que lhes salvaria as colheitas. Êles
gamento. espalharam farinha pelas trilhas que levavam
“ O h” , disse êle, “ vocês são m órm ons, não a suas la vou ra s; as mulheres vestiam-se de
s ã o ! De que precisam para chegar até em branco, e sentavam-se no topo de suas casas,
ca sa?” olhando para 0 chão através de uma abertura
Êle então nos perm itiu levar 0 necessário. particada 11a manta que envolvia sua cabeças.
A tin gin do a travessia do Colorado, a sul Outras pessoas circunvagavam com fisio ­
de St. George, descobrim os que a farinha e a nomias solenes, para induzir o Grande Pai de
carne que la deixáram os haviam sido usados, todos, com o diziam, a enviar chuva. Fazendo
mas obtivem os algum trigo que com em os cozi­ assim, acreditavam êles que 0 Grande Pai teria
do durante quatro dias, ou seja até a chegada a mais presteza em apiedar-se dêles, atendendo
St. George. seu pedido.
F orneci ao Presidente Y ou n g um relato da M uitos se dirigiram a mim, pedindo que eu
viagem , e conversei ainda bastante tempo com orasse para atrair chuva, afirm ando que eu
êle, que me d isse : costum ava auxiliar os Piutes a chamar chuva,
“ Eu conheço a sua história. V ocê deu à e êles se consideravam tão dignos de minlias
Ig re ja e ao llein o 0 prim eiro lugar em seu co ­ preces quanto os Piutes.
ração. Isto é direito. Não há maior dom do Eu exerci tôda a fé que pude encontrar
que êsse. Se existem homens que tenham lim ­ em mim para seu benefício, a fim de que não
pado suas vestes do sangue desta geração, eu sofressem privações. Em tôdas as suas aldeias
creio que você é um dêles, e poderá obter tô­ caiu, 11a noite seguinte, chuva em abundância.
das as bênçãos que se destinam ao homem, 110 R etornando da agência M oquis, encontra­
tem plo.” mos as populações sentindo-se bem. Êles a fir­

50 A L IA H O N A
maram que havia caído chuva suficiente para Se êste pequeno livro prestar testemunho
assegurar-lhes uma boa colheita de milho, fe i­ disto à geração vindoura, eu me darei por sa­
jã o e abóbora. N ós notam os que em suas al­ tisfeito.
deias e nos arredores havia chovido muito, mas
em ambos os lados o terreno estava sêco e
poeirento.
Em meu retorno a casa, descobri que a
plantação de outono que havia com eçado so­
frerá por demais a sêca para que eu pudesse
ainda fazer qualquer coisa, mas com as bênçãos
do Senhor, pude p rover as necessidades de m i­
nha fam ília.
Esta me parece ocasião propícia para en­
cerrar a narrativa dos incidentes de minlip
vida.
De maneira simples forn eci os dados para
a pena do Irm ão Little, com a esperança de qu<
sua publicação possa ser um testemunho a m ui­
tos, da verdade do evangelho, e do p oder de
revelação a todos os que buscarem os sussurros
do E spírito Santo.
Eu desejo que esta narrativa testemunhe
a quem possa atingir que o Senhor não é ne­
gligente no cum prir as promessas que faz a
Seus filhos. Minha vida inteira, desde que
abracei o evangelho, com prova êsse fato.

. . . Mormonismo pendentes quanto várias pessoas entre si. Como


(continuação da página 45) disse João L ocke há muito tempo atrás:
“ Se qualquer das igrejas tem poder para
Para que êle sabia que a tua fidelidade é
perseguir uma outra, a qual delas pertence o
mais forte do que os laços da m orte.” (D &
poder, e qual delas é certa? Pode ser respon­
C. 121: 41-44.)
dido sem dúvida que é a igreja original, que
E ntretanto, a Ig reja não deve perdoar o
tinha o direito e a autoridade sôbre a errônea
êrro nem o pecador em nome da tolerância.
e herética. Isto é ” , disse êle, “ um modo de
Ela não deve também aquiescer ou servir de
m palavras altissonantes e especiais não d i­
instrumento, mesmo que seja pelo silêncio,
zer absolutamente nada, pois tôda igreja é
quando o mal e o pecado são lançados contra
original por si mesma. A decisão de qual de­
a verdade e o direito. Devem os estar em
las é a verdadeira é uma questão que perten­
guarda contra ideologias estranhas e sutis,
ce ao supremo ju iz de todos os hom ens.”
conceitos subsersivos que conduzem à condu­
ta im oral e à apostasia. Sempre que sinto­ A lgum as igrejas tradicionalm ente prim iti­
mas de apostasia surgem na aparência ou na vas parecem estar interessadas principalm en­
conduta, medidas reparadoras são aplicadas. te na perpetuação das crenças, fórm ulas, ritos
Mas quando conselhos, admoestações e instru­ e instituições convencionais. Elas requerem
ção falham , a igreja tem um dever para os m eticulosa conform idade com os moldes tradi­
seus membros de tom ar ação positiva, e até cionais de crença e cerimônia. Seu objetivo
de curar ou amputar o crescim ento maligno. principal é o de manter a tradição geral.
O Senhor d isse: “ . . . se o teu ôlho direi­ Mas a Ig reja de Jesus Cristo, sempre que
to te escandalizar, arranca-o e atira-o para organizada na terra, quer durante a breve per­
longe de ti, pois é .mellior que se perca um m anência do Salvador, 110 M eridiano dos Tem­
dos teus membros do que seja todo o teu co r­ pos, e as subseqüentes atividades dos A pósto­
po lançado no in fern o.” (M ateus 5 :2 9 ). Mas los, quer na dispensação da Plenitude dos Tem­
a Ig reja não tem jurisdição fora de sua p ró­ pos, tem sempre sujeitado as crenças e o ri­
pria com unidade, nem também qualquer Ig re ­ tual tradicional à pesquisa e crítica, à luz da
ja tem jurisdição sôbre alguma outra. Várias revelação contínua e conhecim ento desenvol­
ig r°ja s estão umas para as outras, tão inde­ vido. Suas inspiradas apreciações dos valores

Fevereiro de 1961 51
humanos e espirituais vão diretamente ao cen­ mos humildemente, é a mais im portante m en­
tro da vida individual e social, do local e do sagem que já veio ao mundo desde a Ressur­
m omento, com a constante lem brança dos efei­ reição e a A scenção do Salvador. Isto pode
tos de tal vida na outra que virá após ela. Sua parecer a alguns uma declaração extravagan­
organização nos últim os dias fo i precedida pelo te, mas se refere à visita do mesmo ser glori-
furacão devastador da denúncia ao sectarismo fica d o que ascendeu aos céus com seu corpo
e aos credos da época, e à proclam ação de uma ressuscitado, na presença de seus seguidores e
nova revelação de Deus. A crítica às crenças de anjos os quais prom eteram que Êle volta­
e mitos tradicionais tem sido muito mais rece­ ria novamente. Êle apareceu aos homens, no
bida com perseguição do que com argumentos nosso tempo de preparação para sua prom eti­
sonori . da segunda vinda, e virá para ju lg a r e rei­
nar com o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Quando Jesus estava na terra, êle fr e ­
D eclaram os que Deus interveio nos as­
qüentemente se defrontava com objetores e
suntos dos homens em antecipação à batalha
aparteadores que, olhando para o passado, ape­
final contra as hostes dos Hades, os A nti-C ris­
lavam para a lei de Moisés. Sua característica
tos, que estão organizados e preparados para
visão do futuro era, “ Ouviste o que fo i dito
batalhar contra a religião, contra Deus e to­
aos a n t ig o s ... porém eu vos d igo q u e . . . ”
dos os princípios de amizade, justiça, am or e
Em outras palavras, Êle falava com autorida­
tolerância, pelas quais o Salvador morreu.
de divina. Estava preocupado com o que nós
A o lado desta declaração de fé num Deus
somos com o indivíduos, com a ordem social, e
pessoal e sua proxim idade a êste mundo, está
com o estabelecim ento do Keino de Deus na
a nossa reafirm ação da doutrina bíblica de
terra, fase preparatória para a vinda do Reino
que o homem fo i criado à imagem de Deus e
dos Céus. Êle convidava os ouvintes a porem
tem portanto um estado divino em potencial,
à prova pela experiência real, os seus ensina­
com capacidade para viver e p rogredir para
mentos, dizendo que se algum homem fizesse
sempre. Cremos na dignidade essencial do h o­
a Sua vontade, conheceria a verdade da dou­
mem, e em que êle fo i intencionalm ente cria­
trina. Esta é uma promessa contínua para
do pelo Senhor com o ser livre, e não um es­
todos os homens, em tôda a parte.
cravo de outros homens ou nações.
Num espírito de amizade e fraternidade, Nunca devem os entregar-nos à crença de
pedim os aos nossos ouvintes que considerem que o homem é um ob jeto sem alma, feito para
com espírito de oração a nossa mensagem, sub­ servir a uma máquina ou a um estado. C re­
m etendo nossa doutrina à mesma prova que mos que essa liberdade é, depois da própria
Jesus propôs, e prometem os que ficarão saben­ vida, o mais precioso dom. De fato, o homem
do se nossa doutrina é D ivina ou apenas hu­ tem coragem de sacrificar sua própria vida
mana. para salvar e preservar a liberdade.
Cremos na im ortalidade da alm a; cremos
Resumindo, a mensagem do M ormonismo que a m orte é necessária à vida, uma parte
é a de que o Deus de A braão, de Isaac e de dela, sua continuação, e não o seu fim ; os h o­
Jacó, é o verdadeiro Deus, o Messias do N ovo mens que guardam os mandamentos de Deus,
Testam ento; de que a versão do Rei Tiago, da não precisam ter mêdo da m orte, pois iremos,
Bíblia Sagrada, é realmente a palavra de Deus, com o disse Tennyson, encontrar nosso Guia
e de que Jesus de Nazaré é de fato o C risto; face a face, quando aquêle que nos tirou do
de que as profecias narradas na Bíblia, con cer­ abismo volta r e nós tiverm os “ atravessado a
nentes aos últimos dias, estão agora em fase de linha.”
cu m prim ento; de que uma nova dispsnsação Dá-nos paz, ó Sen h or; a paz que vem da
do Evangelho fo i dada aos homens e de que com preensão, da tolerância e da fra tern id a d e;
o Reino de Deus está agora divinam ente o r­ do amor ao nosso próxim o e do teu amor, Se­
ganizado na terra, preparando-se para a vin­ nhor. V enha a nós o Teu reino e Tua vontade
da do Reino dos Céus. Esta mensagem, se seja feita assim na terra com o nos céus, em
fô r verdadeira, e da sua veracidade testifica­ nome de Jesus Cristo. Amém.

Já se encontram impressos em livro os artigos publicados por esta revista


sob o título “ Fé, Essa C onquistadora,” história de Jacob Ilam blin, um gran­
de pioneiro M órmon. A guardam os as solicitações dos Santos para enviar-
lhes os volumes em bonita encadernação.

52 A L IA H O N A
S e u .
O D O N TO LA N D O NA M ISS Ã O B R A S IL E IE A DO lizados aqui na própria capela. E quem fo i a prem ia­
SU L da? Ora, f o i a Irm ã Antonieta, e a ela parabéns e
felicidades.
Nestes últimos mêses o ramo recebeu muitos novos
membros, ou seja futuros membros. Estão em jú b ilo
os lares dos seguintes irm ãos: Sr. e Sra. João P. Telles,
com o nascimento de N en ildo; Irm ã Therezinra F ran ­
ça, com o nascimento de Viviane, e Sr. e Sra. Dalvo
Baldocchi, com Ester L u cilia ; nossa irm ã M aria Dias
Lopes é vovó de duas lindas meninas, e a irmã H ilda
é a feliz mãezinha.
A todos os irmãos, abraços dos S .U . D . de R ibei­
rão Preto e votos de um feliz 1961 com muitas bênçãos
de nosso P a i Celestial.
M aria A parecida Bueno

PÔRTO A L E G R E

F oi com grande satisfação que recebemos a noticia N o dia 14 de novembro fo i realizado o Baile Auri-
da colação de gráu do nosso irm ão Daniel Samways, do verde. Tom aram parte os três ramos porto-alegrenses
Kamo de P on ta Grossa, com o odontolando pela F a cu l­ e o de Canoas, tornando-o assim bastante concorrido e
dade Estadual de Farm ácia e O dontologia de Ponta envolto numa atm osfera de tão grande harmonia e hos­
Grossa. O irmão Daniel Samways sempre f o i um San­ pitalidade, que talvez o mais insensível dos não-mem-
to dos Últimos Dias exemplar, o qual tem ocupado na bros a tenha notado.
Ig re ja as mais diversas posições de liderança e respon­ Pa ra salão tivemos a Sociedade Libanesa, uma das
sabilidade, sempre procurando cumprir suas designações melhores de nossa capital, e o conjunto Quitadinha que
da melhor m aneira possível e dentro do espírito do é bastante conhecido
Evangelho.
, P or motivos como êstes é que sentimos a presente
alegria de poder comunicar através desta revista o su­
cesso não só espiritual mas também cultural e intelec­
tual que nosso estimado irmão tem alcançado.
Demonstrando seu grande espírito, o irmão Daniel
Sanvways aceitou seu chamado para ser missionário de
tempo integral ( j á era missionário loca l) e iniciará êste
trabalho grandioso em princípios de fevereiro de 1961.
Extendemos um convite aos jovens da missão para
ae mirarem nos exemplos individuais do irmão de P on ­
ta Grossa. Certamente nosso P a i Celestial está con ­
tente com a sua obra.
A o irmão Daniel Samways e à sua fam ília as nos­
sa mais sinceras congratulações.
A Missão Brasileira do Sul

RAM O D E R IB E IR Ã O PRETO Tivemos a honra de ter conosco o Presidente So-


rensen e espôsa, que partilharam de nossa alegria dan­
A pós longo tempo voltamos a dar as nossas n otí­ çando também.
cias, e isto fazem os com muita alegria e satisfação. Periòdicam ene os que estavam sentados ouviam uma
N o mês de Dezembro tivemos a nossa festa de N a ­ pergun ta: “ O Senhor não quer mais nada? Dôces,
tal, no dia 22, quinta-feira. salgados, b eb id a s?” Num português todo atrapalhado.
Nessa festa as crianças receberam a visita do “ Bom Eram o missionários americanos, que desta vêz iam de
Velhinho” , e ganharam cestinhas bem recheadas. Tôdas mesa em mesa, não de porta em porta.
estavam felizes e tivemos reunidas 46 crianças que con ­ Quase ao fim do Baile, ouviu-se a marcha nupcial,
tam de pouco mais de 1 ano até 10 anos, e mais algu­ tocada pelo conjunto, homenageando o nosso irmão H ar.
mas de 10 anos a 12. Sendo que muitos grandes g os­ mon Bauer e espôsa, que haviam contraído núpcias há
tariam de ser crianças no momento, pois o “ Bom V elh i­ apenas dois dias.
nho” fo i amigo, andou distribuindo abraços e sorrisos. Como o nosso baile transcorreu dentro dos pa­
No dia 23 do mês passado, vamos dizer do ano pas­ drões mórmons, não houve bebidas alcoólicas nas me­
sado, regressou de sua missão a Irm ã M arly Pim enta. sas, nem nuvens de fum aça a contaminar o ambiente
Voltou alegre, com muitas novidades, e a ela desejamos em que estávamos. Nosso olhar também não acusou
desde logo uma feliz permanência entre os irmãos que nenhuma pessoa menos decentemente vestida.
tanto a estimam. O baile f o i iniciado e terminado com uma prece
Começamos bem o ano de 1961, pois no dia 1.° de petição e agradecimento pelas horas tão felizes que
tivemos o primeiro batismo do ano, e isto na fonte que desfrutamos.
está uma beleza. A gora todos os batism os serão rea­ João Guilherme Burnett.

Fevereiro de 1961 53
G E N E A L O G IA

Súplica do â M o r t o A
Um dos mais gloriosos princípios do evangelho de “ Centenas de nomes haviam acabado de chegar, e
Jesus Cristo é o da salvação de nossos mortos. aquilo que lhe f o i dito por aquelas pessoas se cumpTiu.
A im portância dêsse trabalho f o i salientada pelo Podem im aginar a extensão da alegria que dominou
Presidente Anthon H. Lund, em 1919, quando era P r i­ seu coração, e que testemunho recebeu de que o Senhor
meiro Conselheiro do Presidente H eber J. Grant. Na desejava que se fizesse aquela o b r a ? ”
inauguração do templo havaiano êle relatou a seguin­ O homem que recebeu essa visitação era meu b i­
te história: savô, George Farnworth. Êle nasceu a 24 de jan eiro
“ Lembro-me de que certo dia, no templo de Man- de 1819, e morreu a 11 de julho de 1903. F o i batizado
ti, um irmão de Mount Pleasant dirigiu sua carroça na Ig r e ja a 30 de outubro de 1853 e depois deixou a
para lá, a fim de tomar parte nos trabalhos. A o pas­ In glaterra com sua espôsa e filho. Am bos morreram
sar pelo cemitério de E fraim , de manhã cedo, êle Viu na viagem , em St. Louis, Missouri. Êle atravessou as
à sua frente uma enorme m ultidão, e se pôs a im agi­ planícies em carroção e se estabeleceu em Pleasant
nar com o poderia ser aquilo. Porque tantas pessoas Grove, Utah, em 1855. Em 1859 êle e sua segunda es­
estariam ali? E ra cêdo demais para funerais, pensou. pôsa, M ary Jane Allan, se mudaram para Mount P lea ­
Dirigindo-se para o local, várias pessoas vieram até êle sant. Enquanto lá permaneceram, ocorreu a experiên­
e lhe falaram . ‘ E stá indo ao tem p lo?’ , inquiriram. cia relatada pelo Presidente Lund. P or aquela época
“ ‘ S im ’ . o Presidente Lund estava na presidência do Tem plo de
‘ “ P ois bem, êstes que você vê aqui são seus p a ­ M anti, que acabava de ser dedicado, e o Irm ão F arn ­
rentes, e desejam que você fa ç a o trabalho por êles. ’ worth e sua espôsa com pareciam freqüentem ente às
“ ‘ S im ,’ fo i a resposta, ‘ mas eu h oje estou indo a sessões de lá.
fim de terminar a minha obra. N ão consegui mais no­ Preserva-se em nossa fam ília o relato escrito por
mes, e não conheço os nomes dêsses que você diz serem meu bisavô dessa impressionante entrevista. Tais f o ­
meus parentes. ’ ram as suas palavras:
“ ‘ Mas ao chegar h oje ao templo, você descobrirá “ Sanpete County
que existem registros que dão os nossos nomes. ’ “ 16 de ju lh o de 1888
“ Êle fico u surpreendido, e os observou até que to ­ H o je de manhã, mais ou menos às 10 :00 horas,
dos desaparecessem, seguindo depois com a carroça. viajan do entre P igeon H ollow e o cem itério de E fraim ,
Quando entrava no templo, o registrador Farnsworth senti uma sensação muito extranha, tal com o nunca
se dirigiu a êle dizendo, ‘ A cabei de receber registros me havia antes dominado. D ebaixo dessa influência
da Inglaterra, os quais pertencem a v o cê .’ prossegui, olhando para diante. Parecia que bem à

54 A L IA H O N A
por Loi.i Anno Farnworth*

minha frente estava uma vasta multidão de homens; “ E sta é a minha sincera oração, ‘ Deus me ajude
iogo adiante, à direita estava postado um possante ho­ a fazer o que puder por êles! ’
mem . . . Êle acenou com a mão direita, e disse,
“ GEORGE F A R N W O R T H .”
“ ‘ Êles são seus parentes, todos nós temos estado
esperando, esperando e esperando que seu templo se
A o penetrar no tem plo, no dia seguinte, o regis-
completasse. Êle agora já f o i dedicado e aceito p or
nosso P ai, e você é o nosso representante. Nós espera­ trador, Moses Franklin Farnsworth levou-lhe os nomes
mos que fa ça por nós aquilo que não podemos fazer que haviam acabado de chegar da Inglaterra, sô­
sozinhos. V ocê teve o privilégio de ouvir o evangelhd bre a fam ília Farnworth, alguns dêles atingindo mes­
do Filho de D eus; nós não temos bênção tão gra n d e.’ mo a antigos tempos. George era seu representante
no auxiliá-los a alcançar a perfeição. Êsse homem e sua
“ Exatamente então eu olhei para êles e vi que
fam ília foram fié is no cumprimento das ordenanças tem-
eram todos homens, parecendo-me estranho não iden ti­
plárias em b enefício daqueles mortos.
fica r mulheres. Procurei reconhecer alguns dêles, mas
não conhecia ninguém. Estava então pensando, ‘ Como Tal experiência de meu bisavô fo i sempre uma
poderei descobrir seus n om es?’ quando pareceu-me ou­ maravilhosa inspiração para todos nós. V ocê pode ava­
vir uma voz a meu lado que dizia. liar a alegria com que prestou seu testemunho ao mun­
“ ‘ Quando fô r requerido, isto lhe será dado a co­ do!
nhecer. ’ A in da existem selamentos a serem feitos, e estamos
“ Olhando para êles pensei pois, ‘ Serei digno de planejando com pletá-los tão logo que possível, reunin­
a ju d á -lo s ?’ E bem naquele momento as lágrim as cor­ do os nomes em grupos fam iliares completos.
riam por minhas faces. N a humildade de minha alma M uitas pessoas nesta terra têm parentes queri­
exclamei, ‘ Deus, a ju d a -m e !’ e em voz alta, ‘ Deus sen­ dos aguardando que essa obra seja fe ita em seu bene­
do meu ajudador, farei tudo o que p u d er.’ Pareceu-me fíc io e eu oro de todo o coração para que todos te­
como se tôda a m ultidão dissesse a uma só voz, nham um desejo m aior de pesquisar os antepassados,
‘ A m ém ’ . Eu j á não podia mais me conter, e chorei al­ sendo unidos a êles nos laços do selamento, de form a
to limpando as fa ces e os olhos. D epois de me co n ­ que quando nos puzermos diante do trono de Dsus para
trolar olhei para a frente, e j á todos haviam desapare. sermos ju lgados, Êle possa dizer, “ Bem está, servo bom
cido. e f ie l; sôbre o pouco foste fiel, sôbre muito te coloca­
“ Chegando a E fraim sentia-me tão exausto, que rei: entra no gozo do teu senhor.”
precisei atar minha, carroça e descançar, antes que pu­
desse prosseguir para Ma-nti. * Estudante da Universidade de Brigham Y oung

Fevereiro de 1961 55
a tu ír a .* ! »
Pergunta: Que evidências apresentamos
para fundam entar a prim eira visão de Joseph
Smith, a fim de p rova r a verdade de sua histó­
ria, e que êle não fo i enganador nem enganado ?

ia s Resposta: É fa to conhecido, que a verda­


de ou falsidade de uma história reside princi­

MiiBcoiiiain
palmente nos detalhes. E xistem alguns p or­
menores ligados à visão de Joseph Smith, que
a muitos podem parecer de pouca im portân­
cia, sendo mesmo desconsiderados por vários
membros, porém que encerram vital e dom i­
nante im portância.

U O ãS a) Todos reconhecem os o fa to de que em


1820 o Credo de Nicéa predom inava por todo
o mundo cristão, tanto católico com o protes­
tante. M inistros, estudiosos e professores v i­
nham aceitando, em grande maioria, através
dos séculos êsse Credo com o verdadeiro. A tu al­
mente, o m undo religioso ridiculariza a idéia
de um Deus antropom órfico, defenda ou não

EU
o Credo de Nicéa, considerando a Deus com o
uma essência ou p oder invisível, no u n iv erso;
muitos, se não todos declaram que êle não tem
paixões, é im aterial e que o Pai e o Filho são
meras expressões de um mesmo Deus ou su­
prema influência governativa de poder. Era

GOSTARIA
crença com um nos dias do p rofeta Joseph
Smith, que Cristo tinha sido uma m anifesta­
ção de Deus na carne, mas que depois de Sua
ressurreição, Êle perdeu o corpo e fo i novamen­
te absorvido na essência, poder ou espírito
“ im aterial” , que preenche o universo.

DE
N ão é razoável supor que Joseph Smith,
aos quatorze anos de idade pudesse ter loca li­
zado o êrro desta doutrina que lhe tinha sido
ensinada religiosam ente antepondo-se a ela ao
afirm ar o que não era verídico. O mais natu­
ral seria que declarasse, ao retornar do bosque,
que tinha visto um anjo. Além disso, era mui­

SABER
to p ou co provável que êle afirmasse ter-lhe d i­
to o m ensageiro que todos os mestres e ensina­
mentos religiosos estavam em desacordo com a
verdade divina. Presum ivelm ente êle diria
que o mensageiro o instruirá a juntar-se a al­
guma das seitas religiosa em con flito, e se êle
esperasse, o Senhor o chamaria mais tarde para
com eçar uma nova religião. Porém jam ais te­
ria declarado que dois personagens gloriosos
lhe apareceram e ordenaram que não se afilias­
se a qualquer das crenças e igrejas existentes.
Não há dúvida de que tal coisa era o
que mais longe estava de sua mente quan­
JOSEPH F IE L D IN G S M I T H Jr. do se dirigiu ao bosque, e isso êle expressou
P residente do Conselho dos Doze mais tarde. Joseph não teria ousado sair da
entrevista declarando que tôdas as crenças e
Responde à sua pergunta igrejas estavam erradas. A inda que m uito jo -

6 A IilA H G N A
vem, êle possuia discernim ento suficiente para F o i o Filh o quem perguntou o que êle que­
com preender que tal afirm ativa teria sido fa ­ ria e fo i o F ilh o quem respondeu. Se Joseph
tal, e apenas atrairia condenação sôbre :>i. Smith fôsse culpado de fraude e mentira, nun­
Sem qualquer dúvida deve-se deduzir que ca teria im aginado êste incidente, nem o rela­
quando Joseph Smith saiu para orar, tinha taria desta maneira. É m uito provável que êle
idéia de que algures a verdade divina poderia ivesse dito que o Pai lhe perguntara o que de­
ser encontrada. Se êle astutamente tivesse p er­ ' ejava, e que o p róp rio Pai lhe havia fo rn eci­
petrado um plano, não ousaria enfrentar c do a resposta. Se Joseph Smith tivesse volta­
mundo religioso com tal história de que rece­ do com uma afirm ação assim, todo o mundo,
beu uma visitação de ambos, o Pai e o Filho. se não fôsse por sua ignorância das coisas ce­
Conform e todos os ensinamentos que até ali lestiais, teria sabido, que êle era culpado de
havia recebido, é evidente que tal pensamento fraude, apesar de ter acertado com uma gran­
deveria ser o que mais afastado estaxa de sua de verdade perdida pelo m undo em relação às
mente. Era revolucionário demais e discorda­ personalidades distintas do Pai e do Filho.
va de todo o mundo religioso, tanto católico A inda aqui, o relato de Joseph Smith harm o­
com o protestante. Êle poderia ter afirm ado niza-se com a verdade Divina.
que o Filho de Deus lhe aparecera, mas mes­ Talvez não seja necessário, demonstrar
mo isto ainnda é coisa rem ota considerando-se aqui, pelas escrituras, as distintas personalida­
a crença universal. des do Pai e do F ilho, mas vejam os uma ou
duas citações para com provar a harmonia entre
a visão de Joseph Smith e os fatos conform e
TÔDAS A S R E V E LA Ç Õ E S VÊ M A T R A V É S revelados no N ovo Testamento.
DE CRISTO
No batismo de Jesus, lem os:
“ E, sendo Jesus batizado, saiu logo da
Eis aqui um outro detalhe relativo à visão,
água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu
que o profeta não poderia ter conhecido e que
o E spírito de Deus descendo com o pom ba e
não é em geral com preendido nem mesmo en­
vindo sôbre ê l e :
tre os membros da I g r e ja : Quando A dão es­
tava no jardim do Ed^m, gozava da presença “ E eis que uma voz dos céus dizia: Êste
de Deus, nosso Pai Eterno. Depois da queda é o Meu Filh o amado, em quem me com prazo.”
êle fo i expulso da presença do Pai, que se re­ (M at. 3:16-17. V e ja também João 12:29.)
tirou de A dão, e quando nasceram-lhe filhos, “ Ouvistes que Eu vos disse: V ou, e venho
êstes também foram excluídos da presença do para vós. Se me amásseis, certamente exul-
Pai. Então, de acôrdo com as escrituras, Je­ taríeis por ter d ito : V ou para o P a i; porque
sus Cristo tornou-se o advogado de A dão e seus Meu Pai é m aior do que E u .” (João 14:28.)
filhos, e também seu m ediador, estando entre “ Disse-lhes Jesus: Não me toques, p or­
a humanidade e o Pai Eterno, pleiteando por que ainda não subi para Meu Pai, mas vai
nossa causa. (I João 2 :1. D. & C. 29 :5 ; 110 - A ) . para Meus irmãos, e dize-lhes: Subo para Meu
(1 Tim. 2 :5 ; Heb. 9:15.) Desde aquêle tempo Pai e vosso Pai, e para Meu Deus e vosso Deus.
foi Jesus Cristo quem dirigiu seus servos na (Joã o 20:17.)
terra e deu revelação e direção aos profetas. “ E eu já não estou mais no m un do; porém
Se Joseph Smith fôsse um enganador e tivess? êles estão no m undo, e eu vou para Ti. Pai
por qualquer processo m aravilhoso achado santo, guarda em Teu nome aquêles que me
uma grande verdade perdida entre as brumas deste, para que sejam um, assim com o nós.
da apostasia, nunca teria afirm ado que o Pai (Joã o 17 :11.)
lhe apresentara o Filho, ordenando-lhe que d i­ Estas e dezenas de outras passagens de­
rigisse a Êle suas perguntas, e que fôra o Filho monstram a separação entre as pessoas do Pai,
quem forn ecera as respostas. Qual fo i a nar­ do Filh o e do E spírito Santo. Somente a apos­
ração que êle fêz ao ministro com o qual tinha tasia e a rejeição das doutrinas de Jesus p o­
amizade? Ei-la aqui em suas próprias pala­ diam coloca r o m undo em tal estado de escuri­
vras : dão. A ocasião havia chegado, nos dias de
“ . . . V i duas personagens cu jo brilho e Joseph Smith, o P rofeta, para que se cum ­
glória não podem ser descritos, de pé diante prissem as predições dos profetas com a in­
de mim no ar. Uma delas me falou, chaman­ trodução da Dispensação da Plenitude dos Tem­
do-me pelo nome, e disse, apontando para a pos. (Para m aior evidência, veja as obras de
outra — Êste é Meu Filho A m ado. O u ça-O ! Orson P ratt.)
(Pérola de Grande V alor — Joseph Smith Traduzido por
2:17.) R odolpho A lberto Reader.

Fevereiro de 1961 57
SflCGRDÓCIO n o s miSSÕGS
IDE VÓS, OS MENSAGEIROS DA GLÓRIA

T odo homem que possue o Sacerdócio de cerdócio e serem agentes do Senhor, têm uma
M elquizedek tem ao mesmo tem po um privilé­ responsabilidade especial concernente ao tra­
gio especial e uma obrigação solene no tocante balho m issionário organizado da Igreja.
ao grande program a missionário da Igreja. O sacerdócio é o poder e a autoridade de
Como agentes do Senhor — irmãos que Deus delegados ao homem na terra para agir
têm Sua autorização para agir em Seu nome em tôdas as coisas pela salvação da hum anida­
na salvação dos homens — qual é nossa obri­ de. Quanto aos não-m em bros da Ig reja , uma
gação missionária? das coisas principais que se lhes deve fazer
B bem conhecido que todo membro da para conduzi-los à salvação é pregar-lhes o
Igreja , m oço ou velho, macho ou fêm ea, pos­ evangelho. E o trabalho missionário organiza­
suidor ou não do sacerdócio, tem a obrigação do da Ig re ja é m antido pelas organizações do
de pregar o evangelho e tentar atrair outros sacerdócio.
à Ig reja . “ . . . e todo o que fô r prevenido de­ Falando das responsabilidades dos oficiais
verá prevenir o seu vizin ho.” (D. & C. 88:81.) da Ig reja de continuar em seus campos res­
Nas águas do batism o o n ovo converso as­ pectivos de designação, disse Joseph Sm ith:
sume a obrigação de fazer determinadas coi­ “ A pós tudo que tem sido dito, o dever maior
sas com o preparativo à recepção das bênçãos e mais im portante é o de pregar o evangelho.”
do Senhor. No que concerne ao trabalho m is­ (H istory o f the Church, Y ol. 2, p. 478.)
sionário, a linguagem do convênio batismal Presentemente êsse trabalho missionário
estipula : “ . . . servir de testemunhas, afron ­ organizado é desenvolvido através de missões
tando até a m orte, para serdes redim idos p or parciais, estacas e missões integrais. Os distri­
D eus, e serdes contados entre os da prim eira tos dentro dads missões integrais, têm também
ressurreição, para terdes a vida eterna.” (M o- program as m issionários que são análogos aos
siah 1 8 :9.) adm inistrados na estacas.
Onde, pois, se localizam os quoruns do sa­
O Presidente D avid O. M clvay sugeriu du­
cerdócio nêsse grande program a m issionário?
rante uma recente conferência geral, que todo
E o que deveriam fazer para abreviar a sua
membro da Ig reja deveria trazer um converso
efetiva e gloriosa realização?
a cada ano.
Tal procedim ento de esforço missionário Dentre outra scoisas, todo quorum do Sa­
não exige chamada especial, nom eação, ou de­ cerdócio de M elquizedek — élderes, setentas
signação pela im posição das mãos. Os m em bros e sum o-sacerdotes — deveria ter um progra­
da Ig reja têm automàticamente a obrigação de ma positivo, bem organizado e incluindo
repetir a mensagem da restauração a outros. pelo menos os seguintes assuntos:
Os irmãos podem bem convidar os conhe­ 1. Instruir m em bros do quorum para ser­
cidos não-membros para jan tar ou se reunirem viço eficiente em missões distritais e integrais.
em seu lar, e então ensinar-lhes o evangelho. Parte do program a regular do quorum é
Mais proveitoso ainda é ler o L ivro de M órm on estudar o evangelho. Todos os membros do
para pessoas não-membros. Nos trens e ônibus, quorum devem participar das aulas regulares
no trabalho e nos campos atléticos, em clubes do sacerdócio. Os élderes e suas esposas de­
e unidades sociais, em casa e no estrangeiro, veriam receber aulas em noites de semana e oá
“ em todo lugar que esteja,” aquêles que têm quoruns em preenderão p rojetos para que seus
testemunho do evangelho devem usar tôda membros leiam o L ivro de M órm on e os ou­
oportunidade aproveitável para relatar a his­ tros livros padrões da Ig reja . Deveriam ser
tória de Joseph Smith e a restauração e ex ­ realizadas reuniões nos lares de membros ina­
plicar os princípios básicos do plano de salva­ tivos com o parte do program a de reativação
ção. no sacerdócio da Igreja , e com o sub-produto
P or serem metmbros batizados, os possui­ dessas reuniões, os dirigentes adquirirão e x ­
dores do Sacerdócio têm essa obrigação cons­ periências de trabalho missionário.
tante e básica de fazer trabalho missionário 2. F orn ecer trabalhadores à vinha.
extra-oficialm ente e sem nomeação especial. Os élderes dignos e qualificados, cujas cir­
Mas além disso, pela razão de possuírem o sa­ cunstâncias o perm itirem , deverão servir com o

58 A L IA H O N A
missionários, tanto em casa com o no estran­ 4. E m preender p rojetos para criar espí­
geiro. Um procedim ento permanente é que rito missionário e percepção entre os Santos
todo jovem elder digno e qualificado receba em geral.
o privilégio de servir com o missionário inte­ E n coraja r as fam ílias a com eçar contas
gral. Os irmãos mais idosos poderão ser cha­ particulares para o sustento de seus membros
mados juntam ente com as suas esposas, saindo em missão. Induzir os membros de quoruns
também a converter e ensinar aos novos ir­ e os demais a incluir sempre, nas suas orações
mãos, nos pequenos ramos, a form a por que de fam ília 0 pedido de que seus filhos possam
operam os program as da Igreja. seguir missões no devido tempo. Prom over
3. P rovidenciar assistência despedidas
financeira de missionários. Falar sôbre 0 as­
sunto de vêz em quando nas reuniões da Ig re ­
quando necessário.
ja. P rocu rar in fu n dir nos corações de todos os
A fortunadam ente, muitos indivíduos ou
membros da Igreja , especialmente dos que es­
suas fam ílias podem arcar com o fard o fin an ­
tão em idade pre-missionária, a consciência de
ceiro do trabalho missionário. B isso devem
que há uma obrigação de fazer o trabalho mis­
fazer sempre, onde estiverem, e de tôdas as
sionário a qual repousa sôbre todo possuidor
maneiras. Os m issionários e suas fam ílias de­
do sacerdócio.
vem receber a oportunidade de sacrificar seus
5. A ju d a r a integrar novos conversos.
rendim entos para o soerguim ento do reino.
Esse é um program a indispensável da Ig re ­
Mas há, naturalmente, ocasiões em que algu­
ja . Os novos membros devem receber carinho­
mas pessoas precisam de assistência. Essa as­
so acolhim ento, e trabalho a fazer nas várias
sistência pode ser fornecida, quando necessá­
organizações. Tôdas as pessoas devem sempre
rio, pelos quoruns do sacerdócio.
se lem brar de abraçar os novos conversos, e
Todo quorum do Sacerdócio de M elquize­ fazer com que a sua entrada na Ig re ja e nas
dek — élderes, setentas e sumo-sacerdotes — várias organizações seja agradável e feliz.
deve ter um fundo missionário ativo. P or meio 6. A ju d a r ativamente os que estão em
de p rojetos ou doações, ou ainda o que fô r missão.
mais apropriado, os quoruns levantarão e uti­ E screver cartas. E nviar presentes em di­
lizarão somas substanciais 11a causa missioná­ nheiro. Encam inhar nomes aos missionários
ria. Se não houver necessidade urgente de para proselitism o. Reconhecer a presença dos
fundos no local, êles devem ser transmitidos missionários integrais e distritais que estão
à Prim eira Presidência para uso nas missões freqüentando a Igreja. Providenciar 0 uso de
integrais que dêle precisam. fontes batismais onde f ô r necessário.

FORTIFIQUE-SE O LAR CONTRA


A OBSCENIDADE
Suplemento da JÇição para oâ M -eitrei Viiitantei do J^amo

LIÇÃO NP 3
Preparado com o suplemento à mensagem dos mestres visitantes de M arço de 1961

“ Quem ” , perguntou o Salmista séculos Naquêle grande conselho realizado antes


atrás, “ subirá ao monte do Senhor? ou quem de que êste m undo fôsse, L ú cifer tentou ga­
estará 110 seu lugar san to?” Sua resposta fo i nhar dom ínio sôbre os espíritos dos homens.
concisa, franca e inevitável: “ Aquêle que é Ê le falhou nesse a rtifício e foi, juntamente
lim po de mãos e puro de c o r a ç ã o ; . . . ” (S al­ com uma m ultidão de seguidores, lançado para
mos 24:3-4.) fó ra dos céus. Tendo sido assim im pedido em
Assêio, pureza, virtude —■ êstes atributos sua tentativa de fazer com que as almas hu­
se dirigem à vida eterna. Os seus opostos — manas estivessem sujeitas a êle coletivamente,
sujeira, impureza e v ício — são causa (e ao dedica-se a um esforço concentrado a fim de
mesmo tem po resultado) de decadência m oral ganhar poder sôbre elas individualm ente. P er­
e destruição espiritual. sistente e perspicaz, êle parece estar continua­

Fevereiro de 1961 59
mente em pregando novos truques para reali­ 2 — Orar em fam ília e em segrêdo. P e­
zar seus desejos. Os seus m étodos são cada cado e oração, com o óleo e água, não
vêz mais sutis, sofisticados e m ortíferos. se juntam .
Êle com preende que o pecado não acon­ 3 — Ter certeza de que seus filhos têm
tece simplesmente p or acaso, mas sim que co ­ com panheiros adequados e atividades
m eça com uma idéia ou um pensamento mau. boas e sadias.
Sabendo disso, êle faz da mente do homem — 4 — Tornar accessível um m aterial de
onde tais pensamentos se originam e am adure­ boa leitura para todos os membros
cem — o seu alvo primeiro. Um dos utensílios da fam ília. Depõe tristemente con ­
principais que em prega nesse assalto é a lite­ tra os pais, o fato dos filh os se en-
ratura obscena. velverem com literatura obscena, me­
ramente porque não têm coisa me­
A porn ografia é um grande negócio. De
lhor para ler.
algumas de nossas maiores cidades, transborda
5 — E stabelecer p or palavras e atos um
mensalmente o valor de centenas e milhares de
bom exem plo de viver lim po e espi­
dólares de depravação impressa e fotografad a.
ritual.
Desce com o praga nas caixas postais, escolas
6 — Cuidar bem daquilo que os membros
e becos escondidos, p or tôda parte desta ter­
da fam ília estão lendo e fazendo. Is­
ra. Não há evidência de que nossas com uni­
to não é “ espiar” , mas apenas uma
dades SUD estejam isentas dessa chuva de su­
precaução delicada, perfeitam ente
jeira.
com patível com a responsabilidade
Existe uma tendência deplorável acêrca
paterna.
de tal problem a, assim com o acêrca de muitos 7 — Passar às autoridades apropriadas
outros. A tendência de considerá-lo com o sé­
qualquer literatura obscena descober­
rio, está certo, mas sempre “ um problem a
ta no correio ou em qualquer ou­
a lh eio. . . que nunca me afetará pessoalmente,
tro lugar, e cooperar com êles de
ou à m inha fam ília.”
tôdas as maneiras possíveis.
Esta ilusão é séria, pois os m ercadores de
fuligem nos consideram a todos com o fregu e­ O contato com êsses materiais não pode
ses p oten ciais. . . tendo em mira particu lar­ de maneira alguma ser recom en d a d o: êle não
mente os adolescntes, que estão experim entan­ aumena a profu ndidade nem a m aturidade do
do impulsos e emoções adultas. caráter, mas simplesmente destrói aquilo que
0 que podem os nós, com o membros da é mais belo num ser humano. Os puros de co ­
Ig re ja e particularm ente com o pais, fazer a ração são verdadeiram ente abençoados, e é
fim de manter nossos lares livres dessa influên­ contra tal estado bendito que o adversário e
cia indesejável? Podem revelar-se úteis as se­ s?us agentes estão se debatendo através do uso
guintes sugestões: dêsses materiais. Êles atacam a mente e as
emoções, sabendo muito bem que nelas se en­
1 — A centuar a im portância da pureza contra a base e o com êço de tôda palavra e
pessoal. Não há defesa mais efetiva ato mau, desde o princípio dos tempos. É
contra a porn ografia do que uma con ­ nossa responsabilidade particular fazer com
vicção pessoal de seu êrro. que não consigam sucesso.

Editorial Existem os que ensinam a batizar os não


(continuação da página 40) arrependidos antes de haverem realmente aban­
donado todos os seus pecados, dizendo, “ Se
tizar — “ todos aqueles que se humilharem dian­
êle fô r batizado agora, e receber o dom do
te de Deus, e desejarem batizar-se e vierem
E spírito Santo, será capaz de livrar-se dos
com os corações quebrantados e espíritos con ­
tritos, testificando diante da Ig reja que se ar­ pecados” ; isto é coloca r o carro na fren te dos
rependeram verdadeiram ente de todos os seus bois. Está em com pleta contradição com os
pecados, e estão dispostos a tom ar sôbre si o mandamentos do Senhor. Provou-se que quan­
nome de Jesus Cristo, com o firm e propósito do uma pessoa faz a necessária retribuição por
de servi-Lo até o fim e manifestam verdadeira­ seus pecados, e tem certeza em seu coração de
mente, p or suas obras, que receberam o E spí­ que deu o passo necessário para sentir um ar­
rito de Cristo para a remissão de seus pecados, rependim ento com pleto, antes de ser batizado,
serão recebidos pelo batismo na Sua Ig reja , é capaz de enfrentar satanás. Êstes não retor­
(D . & C. Seção 20:37.) nam a seus vícios, mas permanecem firm es e

A L IA H O N A
fortes na fé. Êles progridem e tornam-se f o r ­ A todos os membros do Brasil e a todos
tes defensores da verdade, em palavras e atos. os demais a quem esta mensagem alcançar,
Façam os disto nosso guia durante 1961. enviamos nossas calorosas saudações, orando
Que nós reconheçam os esta im portante respon­ para que o E spírito do Senhor venha habitar
sabilidade e a cumpramos. Assim nos achare­ em seus lares e fam ílias, no decorrer de 1961,
mos mais capazes de cum prir as outras desig­ e que êste ano seja realmente um ano de rea­
nações recebidas no ramo ou distrito. lizações e progresso.

Um pai ideal so estonteante. As vêzes há alguns acidentes


(continuação da página 43) insignificantes e o jú n ior sabe que entre h o­
mens há uma grande porcentagem de dar e to­
A gora ambos poderão com eçar de novo a cons­
mar e “ homens não reclam am .” Êle também
truir uma verdadeira amizade de pai para f i ­
aprende a dar a sua parte de rudeza com a
lho naquela base de homem para homem.
tática de um ursinho que realmente não ma­
chuca. Êle sabe que intimamente papai é um
“ COMO CONSEGUIR UMA BOA IMAGEM jov em com um m aravilhoso senso de humor, e
DE UM P A I” quando as circunstâncias permitem êle pode d i­
vertir-se. Tudo isso existe na lembrança de um
Um menino leva muitos anos para conhe­ menino ju n to de seu pai.
cer seu pai. De sua infância êle tem muitas
lembranças felizes, mas suas relações mais ín­
A IM AGEM DA AUTORIDADE
timas são entre êle e sua mãe. De certo m odo
seu pai até o confunde, quando vem às vezes Outra coisa que um menino deveria apren­
para casa com aquêle seu olhar preocupado e der de seu pai é a imagem da autoridade pru­
esgotado. Êle lembra-se do suave aviso de sua dente. Desta êle deduz que vive num mundo
mãe, “ Não aborreça seu pai h oje à noite, êle ordenado, e que o centro do seu m undo infan­
está cansado.” til é presidido por seu pai. Isto porém não quer
D epois de alguns anos êle gradativam ente
sabe que a vida não é tão fá cil com o parece
para o papai. Êle com preende que a casa, o
carro, o alimento, as roupas, o dinheiro para a
escola e o dinheiro para as férias é ganho por
alguém que sai para conseguir o suficiente para
pagar tudo isso. Êle tem conhecim ento das d í­
vidas e contas e deseja encontrar urânio no
quintal para poder ajudar. Tudo isso é bom
para um menino. ■ j
Mais alguma coisa aprende êle a respeito
de seu pai — a paciência e luta necessárias
para criar e governar uma fam ília. Êle vê a
p c
figu ra “ do grande u rso” somente às vêzes, p o ­
. . . fa z ataduras
rém na maioria das vêzes êle nota que papai
sempre consegue aquilo que êle precisa com
paciência, luta e persistência. dizer que êle seja um ditador, um m onarca de
Quando a mamãe avisa a fam ília que pa­ cega autoridade m ongol. Ê le aprende que esta
pai está preocupado com alguma coisa, êle autoridade simplesmente significa que as deci­
nota que o papai o esconde tão bem, e fr e ­ sões finais são geralm ente levadas a efeito pe­
quentemente brinca e faz piadas com o se não lo papai. Êle nota que muitas vêzes mamãe é
houvesse nada. Na verdade êle gosta de ouvir chamada para dar sua opinião e sugestões e
seu pai dar boas gargalhadas de vêz em quan­ ela as dá livrem ente; mas no final a discussão
do. Êle também gosta de sentir o im pacto f í ­ termina e ela apela para a decisão do papai e
sico da luta com êle ou de ser vencido. O jú ­ a mantém uma vêz que esta esteja tomada.
nior sente-se m elhor depois de uma dessas lu­ Em muitos lares há u|ma confusa imagem
tas. Há um forte sentimento m asculino de de autoridade porque o pai não mantém sua
aventura com a com petição de músculos, ao divisão norm al de trabalho que é presidir e to ­
ser atirado para o alto, ao ser girado num pas- m ar iniciativa na liderança da fam ília. Torna-

Fevereiro de 1961 61
se então necessário para a mãe afirm ar sua Há um certo espírito de abandono con fian ­
liderança e isto poderá fica r muito confuso para te que um menino adora ver em seu pai e que
um menino que procura obter um quadro do pa­ êle tenta imitar. Na realidade, com o um me­
pel do pai na fam ília. Quando êste rapaz se ca­ nino eventualmente sabe, seu pai somente apa­
sar, êle poderá interpretar de maneira errônea renta ser sossegado, e sua coragem é calcula­
seu m odêlo de fam ília fazendo o papel de che­ da, não cega. A inda assim, é êste grande es­
fe do mesmo m odo que seu pai fazia, isto é, pírito de aventura masculina que leva os olhos
dependendo exclusivam ente da espôsa. de um menino a brilhar e seu coração a bater.

 IM AGEM DA DISCIPLINA

Os juizes da juventude não têm somente


declarado, “ Devem os devolver o pai à antiga si­
tuação de cabeça da fam ília ” , mas êles também
têm recom endado um padrão de disciplina para
os filhos, muito mais severo e consistente. A l­
guns pais são levados a acreditar que qualquer
form a de disciplina seja prim itiva e arcaica,
e que iniba o desenvolvim ento da personalida­
de de uma criança. Como resultado disto, seus
filhos frequentem ente fracassam no desenvol­
vim ento norm al da personalidade para se tor­
narem verdadeiros monstros sociais.

Mesmo nas grandes cidades, os pais deveriam


esforçar-se para que seus filh os tivessem aque­
las aventuras de pai-e-filho, na praia, na m on­
tanha, ao longo de algum riacho de trutas ou
somente acam pando em algum lugar. Na vida
mais tarde é êste mesmo tipo de espírito que
faz de um homem um grande pilôto de avião
à ja to, um bom engenheiro civil, ou um ótim o
presidente de uma corporação. Técnicos no
assunto observaram quantos líderes nos n egó­
cios, na indústria, no govêrno, vêm de fazen ­
das e cidades pequenas. M uitos dêles sentem
que um menino tende a desenvolver um espí­
. . . fa z nós de escoteiro
rito de aventura e iniciativa mais forte numa
com unidade rural. O mesmo poderá acontecer
A disciplina simplesmente significa um ra­
e acontece na cidade, mas o pai deve cu lti­
zoável quadro de regras padronizadas, adm i­
vá-lo. E isto leva tempo. O tipo de tempo que
nistradas com discernim ento e julgam ento, sen­
o pai gasta com um menino é im portante. O
do usadas com severidade quando se fizer ne­
que êle precisa “ é qualidade de tem po” que é
cessário. A form a de disciplina depende da
preferível à quantidade. R esponder às pergun­
criança e das circunstâncias. Òbviamente, a
tas quando êle as faz, dar-lhe atenção com ple­
disciplina nunca deverá ser nem áspera nem
ta quando êle está tentando explicar alguma
brutal, e um pai ou uma mãe com gênio n ervo­
coisa, ajudá-lo com seus problem as no mom en­
so deverão procurar acalmar-se antes de tratar
to em que êles aparecem, isto tudo é o que um
do problem a de seu filho.
menino considera com o “ qualidade de tem po”
ju n to de seu pai.
“ A IMAGEM D A AVEN TU RA M ASCU LIN A”

A s mulheres poderão ser m uito mais cora­ A IM AGEM DE UM LÍDER


josas do que a m aioria dos homens. E ntretan­
to um m enino geralmente aprende a coragem Um menino não necessita dé m uito tempo
física e o espírito de aventura p or interm édio para iden tificar as qualidades de um líder es­
de seu pai. pecialmente em seu pai. Liderança significa

62 A L IA H O N A
“ orientação do cam inho.” Faz com que o me­ que seu pai seja, bom ou mau, o menino geral­
nino se sinta confiante e seguro se êle tem um mente procura im itá-lo. Um pai enfadonho
pai que conhece o caminho e não tem mêdo de portanto geralm ente cria um filh o enfadonho.
ajudar os outros a encontrá-lo. Um pai que bebe provavelm ente terá um filh o
que bebe. Um pai que mente terá possivelm en­
te um filh o mentiroso. Um menino que vir seu
pai a roubar se ju stifica rá numa conduta se­
melhante quase que imediatamente.
Tal com portam ente, em geral, provocará
revolta do pai, que então dirá a seu filh o “ fa ­
ça com o eu d ig o ” . Com a maioria dos rapazes
isto provavelm ente porá uma tocha acesa em
10 toneladas de TN T. Na presença do pai o
menino poderá fin g ir atender, porém quando
está sozinho, êle se vangloria de ser “ exata­
mente com o o pap ai.”
É uma ordem de civilização in ferior que
os adultos forcem um cód igo de cidadania a
suas crianças, que êles próprios não praticam.
Cria um ressentimento nos corações e mentes
Liderança significa portanto tom ar tem­ da juventude daquela geração. Êles se sentem
po para esclarecer as coisas e antecipar p rob le­
mas. Significa ter as respostas numa d ificu l­
dade. E isto é im portante para um menino
para atravessar muitas crises. Naturalmente o
líder deverá ser passível de ensinamentos. Êle
deverá orientar sua curiosidade em qualquer
problem a até à base, a fim de que possa ter al­
guma opinião a êste respeito. Um boin líder,
portanto, desenvolve opiniões em vários assun­
tos, mas procura evitar opiniões form adas acêr­
ca de qualquer um dêles. Se houver alguma
chance para aprender êle deve tornar-se um
bom ouvinte. Contudo deve form ar uma op i­
nião firm e na presença dos fatos e não será
facilm ente persuadido a menos que alguém
apresente outras razões ou conclusões mais
palpáveis. Faz um menino sentir-se orgulhoso
de seu pai o fato de êle ser suficientem ente ca­
paz de dizer que estava errado ou quando êle
pressionados e são fàcilm ente agitados para se
muda de ponto de vista acêrca de algo.
revoltarem con tra a sociedade adulta. Na ver­
Um menino também gosta de ver a quali­ dade uma autoridade escreveu. “ A hora da
dade de iniciativa na liderança de seu pai.
revolução chega no m om ento em que a ju ven ­
Quando um grupo está estudando um p roble­
tude de uma geração em particular acha a hi­
ma, um menino não raras vêzes tem a im pres­
pocrisia dos seus anciões totalm ente intolerá­
são de que estão todos igualm ente confusos e
v e l.”
somente esperando por alguma orientação. Dá-
lhe grande orgulho o fato de ser muitas vêzes
seu pai quem parece trazer uma resposta p ro­ IM AGEM DA ESPIRITUALIDADE
veitosa e não tem receio de expressá-la.
O rapaz tem um espírito fam into. Êle tem
A IMAGEM D A M ASCULINIDADE a ansiedade de ouvir falar sôbre Deus e sôbre
EXEM PLAR o significado da vida. Êle deseja se sentir par­
te do vasto universo do qual se sente o p ró­
Um menino tende a ver em seu pai o h o­ prio centro. Êle gosta de ter esta explicação
mem que êle mesmo será um dia. O que quer muitas e muitas vêzes.

Fevereiro de 1961 63
Um bom pai não mandará seu filh o à igre­ 1 — Gênio impulsivo.
j a ; êle o levará. A m aioria dos pais não têm 2 — Im paciência.
a tendência de dar lugar em suas vidas à reli­
3 — Falta de atenção ou interesse nos f i­
gião adulta. Êles pensam em religião nos ter­ lhos.
mos da versão sim plificada que receberam
4 — Tensão nervosa.
quando crianças. Êles se recordam de que fo i
5 — Preocupação.
preciosa e querem que suas crianças tenham o
I
mesmo auxílio, mas êles não querem ir à igre­ i
Quando perguntaram aos jovens o que
ja com o adultos e não querem tentar com pre­
consideravam com o qualidades mais im portan­
ender os pontos de vista profu ndos e inspira­
tes num pai ideal, quase todos concordaram
dores dos grandes exem plos espirituais com o
que três eram as qualidades essenciais: amor,
Moisés e Paulo, que nunca puderam ser com ­
capacidade de disciplinar e desejo de dar bom
pletamente com preendidos pelas crianças.
exem plo. Comentando o amor paternal os ra­
0 pai que torna a religião um tóp ico ex ci­
pazes o definiram c o m o :
tante e inspirador no lar, e orienta nos meios
“ Interêsse em seu filh o e em seus filh o s.”
da oração e da devoção será capaz de colher
os fru tos durante muitos anos. Ouve-se dizer “ Nem m uito accessível, nem muito seve­
que as fam ílias que oram juntas, permanecem r o .”
juntas, e um menino que vem dêste tipo de lar, “ D esejoso de passar algum tempo com
geralmente recorda-se da fôrça que o derivou. seus filh o s.”
Há alguns anos atrás, era considerado óti­
“ Firm e, porém não muito ríg id o .”
mo em psicologia, p or alguns círculos, o fato
de negar às crianças qualquer prática religio­ “ C om preensivo.”
sa, a fim de que elas pudessem “ escolher por “ Não um ditador, ansioso de auxiliar um
si mesmas depois de adultas.” Isto p rovou ser menino a fazer as coisas de maneira correta, em
com pletam ente errôneo. Como um técnico no lugar de somente perseguí-lo.
assunto recentemente com entou: “ É com o fa ­ Comentando sôbre a capacidade de dar
zer com que uma criança ande nua pelas ruas disciplina, êles disseram :
até que ela mesma possa escolher suas próprias “ Fazer com que um jov em se prenda ao
roupas.” E provàvelm ente ela iria preferir que está certo.”
continuar nua.
“ Controle constante sôbre os filh os.”
O QUE DIZEM OS MENINOS À RESPEITO “ D everia ser o disciplinador e cabeça da
DE SEUS PAIS fam ília.”
“ Êle deveria falar de maneira serena, p o ­
Recentemente um grupo de meninos fo i rém carregar uma bengala bem grande.”
convidado a avaliar seus pais. A m aioria dê­
O Sentimento geral acêrca de dar exem ­
les era com posta de adolescentes e a êles p er­
plos fo i resumido no com entário de um dos
guntaram p rim eiro: “ Qual o traço mais carac­
jovens. “ Êle deveria ser tudo aquilo que es­
terístico que vocês admiram em seus p a is?” A s
pera que seu filh o se ja .”
seguintes características foram enumeradas pe­
los rapazes nesta ordem :
CONCLUSÃO FINAL
1 — Am or.
2 — E xem plo.
Quase todos os pais querem ser “ pais
3 — Paciência e gênio calmo.
ideais” , mas bem poucos conseguem alcançar
4 — Bondade.
êste desejo. Paternidade ideal é uma luta eter­
5 — Capacidade de Organização.
na e a m aioria dos pais se sentem capazes de
6 — Coragem.
usar uma coroa de campeão somente em breves
Em seguida perguntaram aos ra p azes: intervalos de tempo. Êste artigo é pois dedi­
“ qual o traço de caráter que vocês menos adm i­ cado a todos os pais que estiverem tentando
ram em seus p a is?” galgar essa posição.

O Futuro. . . do Homem dos alfinetes e dentro da curva de barbante.


(continuação da página 47) O resultado é uma curva fechada com
cando-se dois alfinetes em uma fôlha de papel, dois “ f o c ii” onde os alfinetes estão. Quando
fazendo uma curva com um barbante sôbre os os dois “ f o c ii” se m ovimentam juntos, a curva
alfinetes e fazendo passar um lápis em volta torna-se um círcu lo o qual é uma espécie dis­

64 A L IA H O N A
tinta de elipse. Conform e os “ f o c ii” se distan­ bita se não encontrasse condições as quais es­
ciam mais e mais, a elipse torna-se alon­ gotam sua energia, isto é, a energia dada a
gada, até que, estando os dois “ f o c ii” êle quando colocad o na órbita.** No caso do
infinitam ente afastados, surge uma outra espé­ Sputnik, o elemento mais im portante que des­
cie distinta de curva, chamada parábola. Um gasta sua energia é o atrito que encontra ao
satélite m ovimentando-se em uma órbita para­ girar através cios restos da atm osfera da ter­
bólica iria espaço à dentro sem nunca voltar, ra que ainda perm anecem na altitude da ór­
pois a segunda atração à qual deve v o l­ bita. Se a órbita fica r mais distante da ter­
tar-se está 110 infinito. Qualquer elipse p od e­ ra, com o no caso do fogu ete americano “ Ex-
ria ser uma órb ita ; p or isso, há um número in­ p lo re r” , então êsses resíduos de atmosfera di­
finito de possíveis órbitas para um corpo sóli­ minuem, a porcentagem de perda de energia
do. A órbita tom ada pelo satélite dependerá do satélite também, e aquêle gira em tôrno da
inteiramente do processo orbitário. Se isso pu­ terra p or um período de tem po mais longo.
desse ser plenamente controlado, a órbita p o­
deria ser selecionada conform e se deseja. P o­ A o dim inuir a energia, o satélite gradual­
rém um controle com pleto é habilidade que mente cai em direção à terra em linha espiral.
ainda precisamos adquirir. Presentemente, os Finalm ente, quando êle se encontra dentro da
atm osfera, o calor do atrito se torna intenso
homens sentem-se satisfeitos em colocar um sa­
o suficiente para tornar o satélite incandes­
télite dentro de qualquer órbita com pletam en­
cente e êsse se queima ou se evapora com o um
te fora da parte principal da atm osfera da ter­
ra. m etetoro, um viajante vindo de alguma parte
da imensidade de espaço, o qual é um fragm en­
0 corpo em torno do qual o satélite exe­ to da criação, que fo i finalm ente atraído ao
cuta sua órbita é tom ado sempre com o s?u cen­ cam po de gravitação da terra. E nviar um Spu-
tro em um dos “ f o c ii” da órbita elíptica. Con­ tinik ao espaço é um princípio m uito humilde
sequentemente, o satélite não permaneça a uma na conquista do espaço pplo homem. Porém,
distância constante da terra. A única exceção isso ainda é extremamente significativo e as­
a isso seria quando a órbita é um círculo, e segura-nos que a experiência será frutífera.
isso não acontece frequentem ente, desde que
Em sua extensão ela é com parável ao desco­
para conseguir essa órbita particular o p ro­
brim ento da A m érica por Colom bo. Esta e a
cesso orbitário requereria muito mais p reci­
próxim a geração dedicar-se-ão com m aior v i­
são do que atingim os até agora.
gor à exploração e subjugação do espaço exte­
Desde que a gravidade diminui a medida rior. Bilhões de dólares serão gastos. Cente­
que se distancia da terra, a velocidade orbital nas ds cientistas e engenheiros de tôda a es­
de um nosso satélite deve dim inuir conform e pecialidade im aginável serão requeridos nesse
êle se afasta da terra. Assim, a lua possue d esen volvim en to; tecnologias novas provavel­
uma velocidade orbital menor do qua o Sputi- mente surgirão e novas sub-ciências serão cria­
nik. das. Em atividades de pesquisa e desenvolvi­
0 Sputnik I, quando mais perto da terra mento dessa espécie, o cientista hesita em deter­
em sua órbita elíptica superficial (posição or­ minar prazos de novas etapas, desde que a so­
bital chamada p erigee), tinha uma velocidade lução de muitos dos problem as inerentes pode
orbital de cin co milhas p or segundo. Se a ve­ ser protelada p or dificuldades inesperadas.
locidade tivesse sido m aior do que essa em Para os cientistas e engenheiros que atualmen­
“ p erigee” , a órbita teria sido uma elipse mais te trabalham com foguetes, plenamente cientes
alongada, até que com uma velocidade orbital dos problem as ainda por ser resolvidos, parece
em “ perigee” de sete milhas por segundo a ór­ seguro que o desenvolvim ento será muito fru tí­
bita teria passado para o espaço exterior, além fero.
dos limites do nosso sistema solar, para nunca
A m edida que nos aprofundam os 110 nos­
rptornar. Isso ocorreria a menos que, p or aca­
so fu tu ro tri-dm ensional, nossas vidas conti­
so, passando perto de outro grande corp o do
nuam a ser preenchidas com maravilhas, como
sistema solar o satélite fôsse fortem ente in-
tem sido nos cem últim os anos, e exclamamos
flên ciado pela atração da gravidade dêsse n o­
vo corpo.

Perguntaria você, “ Se o satélite gira em ** Esta energia é tremenda. Uma “ onça” de Sputnik
uma órbita fixa , p or que então êle eventual­ tem a mesma energia que um Cadillac rodando a 100
milhas por hora. Se alguém pudesse atirar uma bala
mente cai em direção à terra ?” A resposta é com a velocidade do Sputnik, aquela bala teria 100 vê­
que o satélite giraria para sempre em sua ór­ zes a energia de uma bala do melhor rifle.

Fevereiro de 1961 65
com o o salm ista: “ Que é o homem m ortal para da ciência, com o é evidente no seu telegra­
que te lembres dêle? e o filh o do homem, para ma ao Bispo L orin Farr, de Ogdsn, quando o
que o visites? Deseret Telegrapli fo i dedicado. Êle d isse:
“ Em meu coração eu dedico esta linha ao Se­
“ Contudo, pouco menor o fizeste do que nhor Deus de Israel — para a edificação do
os anjos, e de glória e de honra o coroaste. Seu reino, provando que êste e todos os me­
“ Fazes com que êle tenha dom ínio sôbre lhoram entos podem contribuir para o nosso be­
as obras das tuas m ã os. . . ” n efício e a glória de Deus, até poderm os nos
elevar pelo p oder do Oniponte, ds m undo para
E continuarem os a nos m aravilhar com a m undo, para a nossa mais com pleta satisfa­
grande visão de B righam Y oung, desta fase çã o.”

Uma âncora segura. . . m oças mais bonitas. Os ideais do Evangelho


(colntinuação da página 41 os farão ssntir os deveres de filhos e serão es­
tudantes mais dedicados, mais fiéis 110 amor,
de, prazer, alegria e felicidade nesta vida vêm com panhias mais agradáveis, amigos mais
p or seguirmos a admoestação de C risto: “ Bus­
leais, membros mais ativos da sociedade, e
cai primeiramente o Reino de D eus. . . !” pais mais dignos de futuras famílias. Êles fa ­
Se pudesse expressar o meu mais p rofu n ­ rão ds vocês, filhos de Deus que cumprem com
do desejo em relação a vocês e a todos os j o ­ sucesso 0 propósito de sua criação 11a terra.
vens do m undo, eu d iria : “ Para obterem o
Se lhes fôsse solicitado que citassem a ra­
m aior sucesso na vida, com mentes e corações
satisfeitos, pratiquem os ideais do Evangelho zão principal que os levou a m atricular-se aqui
11 a U niversidade de Brigham Y oung, as respos­
de Jesus Cristo, em suas vidas diárias.” Eu
tas seriam muitas e variadas. A s mais comuns
não hesito em fazer esta declaração, s^m m odi­
fica r coisa alguma. Sei que os resultados se­ ssria m : tornar-m e mais especializado na p ro ­
rão conform es com minha promessa. Êles oh fissã o ; desenvolver os meus talentos ou voca ­
ção ; tornar-me mais eficiente, mais útil aos ou­
tornarão mais generosos, meus ra p azes! As
tros e ter mais prazeres pessoais.
m oças serão mais belas, porque seus pensamen­
tos m odificarão os semblantes. Mesmo que Se você estiver cursando E ducação V o ca ­
não sejam os mais belos, êles irradiarão aqui­ cional, seu propósito será ensinar uma v o ca ­
lo que torna os rapazes mais generosos e as çã o ; se fô r educação Científica, o propósito

66 A L IA T IO X A
será ensinar Ciência ou então aplicá-la em al­ teligência, previniu-nos de que nesta presente
guma indústria onde seu conhecim ento possa década a U nião Soviética graduará 1.200.000
ser aproveitado. Se estiver se especializando — (Um m ilhão e duzentos mil estudantes
em Engenharia, seu propósito será ensinar ou universitários em Ciências Básicas e Física,
praticar Engenharia. Seja qual fô r a p rofis­ enquanto que nós graduarem os apenas 900.000
são escolhida, eu os aconselho a mante­ (novecentos m il). Qualitativamente, 0 traba­
rem uma firm e determ inação de fru tifica r den lho dos russos em ciência pura, aplicada, e en­
tro dela. Lem bro-m e de uma admoestação do genharia sempre fo i e tem sido de caráter ele­
Dr. W arl G. M aeser; “ Não seja um in ferior.” vado. Seria uma grande tolice imaginar que
Em tôda a extensão das atividades téc­ os Soviéticos ficarão atrás de nós com o pensa­
nicas ou ^científicas, não há substituto para o dores abstratos, sôbre assuntos do Universo,
homem de prim eira classe. Um homem consi­ ou com o profissionais em t e o r ia ..
derado de segunda classe na profissão não p o ­
Da mesma reportagem consta uma decla­
de substituí-lo. N ão há utilidade alguma para
ração de Dean D unning da E scola Universitá­
o homem de segunda classe frente a um p ro ­
ria de Engenharia de C olum bia: “ nada pode
blema, mesmo que haja no momento muita pres­
ser feito para evitar que os russos ganhem de
sa de se obter a solução. Homens de segunda
nós em poder técnico e cien tífico ao alcance
classe geralmente dão mais prejuízo do que lu­
do h om em : nós já perdeimos a batalha do p o ­
cros em tôdas as profissões, dependendo do
der humano em engenharia, pelo menos em nú­
número de homens de prim eira classe que es­
mero. No setor técnico e cien tífico, estamos na
tejam disponíveis.
contagem de dois para um contra n ó s !” (E x ­
Assim dizia James B. Conant, 110 seu ar­
traído de D iscursos Vitais para 0 Dia, VOL.
tigo “ Ferm ento da E du cação.”
X X I I , n.° 19).
“ A necessidade de sermos superiores e ex ­
celentes, particularm ente no campo da enge­ Eu pensei em citar êstes poucos com entá­
nharia, (e isto eu uso simplesmente com o rios para insistir na superioridade p or parte
exem plo), é com provado numa recente rep or­ dos estudantes da U niversidade de Brigham
tagem do “ Comitê U nido de Energia A tôm i­ Y oung. Seja qual fô r a carreira escolhida,
ca ” intitulado “ O poder do homem 11a Ciência faça tudo ao seu alcance para superá-la. E s­
e Engenharia dos Estados Unidos, Oeste da force-se por ser um bom professor, (nós pre­
E uropa e 11a liússia. Esta reportagem fo i fe i­ cisamos dêles) um engenheiro ou geólogo de
ta p or Ilarris C ollingw ood para a B iblioteca prim eira classe.
do Congresso, e é um estudo de considerável Mas existe uma coisa mais elevada do que
valor. a excelência e a superioridade 11a profissão es­
A s seguintes sotações foram publicadas colhida ; e é sôbre isso que eu gostaria de
pelo Presidente do Sub-com itê de pesquizas de chamar sua atenção.
desenvolvim ento. E xiste algo mais elevado do que 0 intelec­
“ Não deve ser segrêdo que os Estados U ni­ to, algo superior à excelência, e êste algo é
dos estão em perigo grave de cair perante 0 aquilo que se sente com ênfase nos vestíbulos
mundo Soviético, num cam po crítico de vida da Universidade de B righam Y oung. É êste
e m orte, 11a com petição da educação e treina­ “ a lg o ” que faz o hom em ; é 0 que torna a mu­
mento de cientistas, engenheiros e técnicos em lher fo rm o sa ; coloca 0 homem a serviço da hu­
número adequado e suficiente. Mesmo que tal manidade e faz da mulher carinhosa servidora
fa to não seja segrêdo, parece que ainda não daquêles a quem a m a ! São essas as coisas
nos com penetram os dêle. em que o homem realmente crê em seu coração,
“ Os russos, desde a revolução de 1917, au­ coisas que com partilha com outros andando de
mentam constantemente seus esforços para edu­ sala em sala, de classe em classe, coisas que
car técnicos competentes. Nosso número de en­ guiam seus passos em um salão de dança, nos
genheiros é bem escasso com parado com o da jo g o s e em todos os acontecim entos ao seu re­
União Soviética, e temos uma pequena diantei­ dor. Êste “ a lg o ” em que os homens realmen­
ra 110 número de cientistas. Daqui p or dian- te acreditam é aquilo em que realmente pen­
tre, os russos dem onstrarão alargar a diferen ­ sam. O que se pensa é 0 que se vive. Para
ça — para nossa desvantagem. Em 1954, gra­ mudar os homens dêste m undo, temos antes
duamos apenas a metade do número de espe­ que mudar seus pensamentos. Os homens
cialistas treinados em engenharia do que nc não desistem de seus ideais; êles poderão fa ­
ano de 1950. No mesmo ano, os soviéticos lhar 11a sua realização, mas nunca voltam atrás.
duplicaram seu número de especialistas. A l­ “ O futuro de qualquer nação pode ser de­
iem Dulles, diretor da A gên cia Central de In ­ term inado” , disse um grande escritor “ pelos

Fevereiro de 1961 67
pensamentos, dos rapazes entre dezoito e Permitam-me ainda alguns minutos para
vinte e cin co anos de idade.” ilustrar o que quero d iz e r : não vou me refe­
Paulo também disse: “ A ndai pelo E spí­ rir aos pontos fundam entais da religião senão
rito, e não saíisfareis a cobiça da ca rn e ; pois para afirm ar que qualquer religião desenvolvi­
a carne luta contra o E spírito, e o E spírito da se caracteriza por três doutrinas essenciais:
contraria a carne, porque êstes são opostos um a doutrina de Deus, a doutrina do pecado e
ao o u t r o ; de sorte que não façais as coisas salvação, e a da im ortalidade. Nenhuma reli­
que quereis.” (Gaiatas 5:16-17). gião é m erecedora do nome de Cristã se não
Há pouco eu li um artigo sôbre um guar- considerar essas três doutrinas com o fundam en­
da-caça que encontrou um barbante amarrado tais. A ba ixo da doutrina do pecado e salva­
em uma árvore que conduzia para dentro da ção, surgem muitas outras doutrinas aplicá­
densa floresta. Êle então resolveu seguir o veis em nossas vidas diárias. São êstes prin ­
barbante para descobrir seu significado. Ca­ cípios e sua aplicação que determinam a fe li­
minhando sôbre raízes enormes e galhos pen­ cidade e o sucesso, ou a miséria e a queda de
dentes, prosseguiu seu caminho do m elhor je i­ um indivíduo. E u afirm o que esta U niversi­
to possível, e finalm ente alcançou um caçador dade é livre para ensinar êste fato, não so­
que tinha nas mãos um rôlo de barbante se­ mente na aula de T eologia, mas em qualquer
melhante a uma bola. Perguntando ao caçador cla sse ; e os grandes homens, caros estudan­
qual a razão do barbante, êle respondeu : “ Ou­ tes, provam o valor da aplicação dos ideais do
vi dizer que muitas pessoas perderam-se nesta E vangelho. Tom em com o exem plo a f é ; em
floresta : portanto, eu pensei que caso perdes­ nossa Ig re ja frizam os com ênfase o princípio
se o senso de direção, teria um meio para en­ da fé em Deus, com o outras Igrejas também
contrar o caminho de volta .” o fazem. Podem os discutir sôbre a fin alida­
Todos nós estamos nos m ovim entando para de ou propósito da fé, e as pessoas poderão
a densa floresta da humanidade. A lguns p er­ duvidar do seu p oder com o um princípio ati­
dem a d ireçã o; mas outros providenciam uma vo. Mas os grandes homens do m undo re co ­
âncora para encontrar seu caminho de re+orno; nhecem o efeito da fé sôbre o desenvolvim en­
e o encontram, mesmo que tenham provado to espiritual do homem.
e ficad o confusos com os prazeres da associa­ A poiem o princípio da fé com o fo i ensi­
ção humana. nado por Jesus Cristo, pois tendo Deus em
Esta âncora, eu repito, é o E vangelho de nossas mentes, avaliam os a im ortalidade de
Jesus Cristo e seus ideais. F elicidade, satisfa­ nossas almas. Lem bro-m e dos lamentos de uma
ção e caráter, m aior do que o intelectual, re­ mulher desesperada que considerava o futuro
sultam de firm arm o-nos nessa âncora. de seu filh o recentem ente assassinado. A l­
E agora, tenho tempo apenas para com en­ guém falou-lhe sôbre a im ortalidade da alma.
tar as oportunidades desta Universidade, de Eu estava perto, e mesmo sendo menino, com ­
ensinar as verdades fundam entais. Êste pen­ preendi o séntido da exclam ação da m ã e : Oh,
samento fo i expressado pelo Dr. Sidney B. se ao menos eu sou besse! Para os corações
Sperry na oração da abertura, de que nesta esco­ humanos, o saber, significa m u ito; significa
la, destinada a tornar-se a m aior do m undo, é m uito para nós sabermos que há um espírito
oferecida aos estudantes a oportunidade de em nosso interior, um espírito que faz o ho­
orientação para êste elevado padrão de v id a ; m em ; e que a inspiração de Deus T odo P od e­
é forn ecid o um guia, uma âncora ou uma bús­ roso lhe dá com preensão e entendimento. Co­
sola para guiar através da densa floresta. Se­ nhecer e sentir isso, exige esforço igual ou
ja qual fô r a matéria, os princípios do E vange­ semelhante ao de entrar no labirinto da f lo ­
lho de Jesus Cristo podem ser elaborados sem resta humana. Lencionando literatura com o
temor de qualquer objeção, e o professor pode poema “ Ode às Intim ações da Im ortalidade” ,
expressar livrem ente sua honesta con vicção, um professor consciencioso encontrará boa
quer seja a matéria geologia mundial, os m i­ oportunidade para ensinar a im ortalidade das
lhões de anos necessários para a preparação a lm a s:
do mundo físico, engenharia, artes, literatura,
N ascer nada mais é do que um sono e es­
1— enfim , qualquer princípio do E vangelho
quecim ento,
pode ser tocado, abreviado ou extenso, para
p rover uma âncora segura aos estudantes que A alma que surge conosco, a estrêla de
procuram a verdade. É isto que eu admiro nossa vida,
nas pessoas jovens. Minha experiência de mais Teve em alguma parte seu lugar, e surge
de cinqüenta anos em associação com elas me na distância;
convenceu de que amatai a verdade, e que o Não em com pleta nudez, não em com ple­
que procuram obterão nesta escola. to torm ento,

68 A L IA H O N A
Do lar celestial que abrigou nossa infân ­ Enquanto concordarem em pagar 0 p r e ç o !
cia. Assim eu exauri a taça do prazer,
Que oportunidade para ensinar a pre-exis- E segui minha trilha pela vida,
tê n cia ! Bis aí um dos grandes ideais do E van­ Mas socegando tratei de escolher
gelho ; nós somos filh os de Deus, e não nos Uma espôsa de virtudes revestida.
desenvolvem os meramente pela natureza das Meu dinheiro era bem suficiente
amebas. Pra garantir-lhe uma vida confortável,
Estudantes que op ortu n id a d e! Um lar tranqüilo de aconchego quente
Então chegamos às nossas ações e atitu­ E descendência numerosa e invejável.
des. Podem os resum ir os nossos ideais com a
décim a-terceira regra de fé. Desposei uma jovem bem saudável,
“ Cremos em sermos honestos, verdadeiros, V irtuosa e de fam a inabalada.
castos, benevolentes, virtuosos, e em fazer o Dei-lhe em troca posição segura e estável.
bem a tôda a humanidade. Se houver algu ­ E meu nome de fam ília antiga e respei­
ma coisa amável ou louvável, nós a p rocurare­ tada.
m os.” Dediquei-lhe 0 am or de um coração
São inúmeras as oportunidades que sur­ Que floreceu na doença e no pecado,
gem 11a sala de aula para se ensinar êsses Mas pagando a derradeira prestação,
ideais e âncoras aos estudantes, em princípios D esfiz com satanás o antigo trato.
que desenvolvam 0 caráter do homem e a be­ E la estava para dar-me um filho,
leza da mulher. E enquanto angustiada ela gritava,
V ocês leram recentemente um artigo em Com amor e tem or eu revoltado,
“ Seleções” sôbre 0 crescim ento m aligno das D esejei não ter jam ais nascido.
relações sexuais ilícitas entre estudantes de Pois 0 filh o que me deu estava cego,
escolas superiores? E os resultados ameaça­ A leija d o, fra co e sem vigor,
dores da dim inuição, não só do caráter com o E a mãe dedicou-m e o seu desprêso,
da saúde de milhares de jov en s? Se êsse as­ P or ter seguido a atração do tentador.
sunto fôsse abordado 11a classe, que ótima
oportunidade para apresentar 0 “ F orta leci­ Eu afirm ei que fru iria a liberdade
mento de nossos ideais” , nas palavras de t^lla E todos sabem o caminho que trilhei,
W lieeler W ilc o x : Mas ninguém me fêz ver a realidade
Do perigo que enfrentava, e sossobrei.
Eu afirm ei que fru iria a liberdade, Os ministros falam muito sôbre as almas,
E faria com o fazem todos os rapazes. E xcluídas dos prazeres celestiais,
Não dei ouvidos à veracidade Mas não lembram o que sofrem as crian­
Das palavras de muitos pregadores. ças
Expressei-me sôbre Deus em tom de es- Estropiadas pelo estigma dos pais.
cárneo
A cusando-o de nos dar sangue e ardor, Nós crem os em sermos honestos, verdadei­
Para depois nos atirar 110 inferno, ros e fiéis a nossas com panheiras e fiéis aos
P or nos renderm os ao desejo tentador. ideais que as tornarão mães dignas, e farão
dos pais aquilo que devem ser — homens re­
E eu disse; a religião é sem valor, tos, para que seus filh os tenham um nasci­
A s leis do mundos sem significado. mento puro e real.
Ilom em mau é aquêle está prêso Oh, quão gloriosas são as oportunidades
E não pode m anejar 0 seu legado. da ju v e n tu d e ! Prim eiram ente, vencer nas p ro­
Pois não existe um lugar cham ado in­ fissões escolhidas; depois vencer nas coisas do
fern o mundo. Se você pretende ser fie l aos seus
E 0 céu só se torna realidade, ideais, será também fiel a si próprio e à sua
Quando um jovem se enamora de uma escola, excedendo-se em seus diversos depar­
moça, tamentos. Mas, mais elevado que isto, você
Nos verdes anos de sua m ocidade. será fie l aos ideais espirituais de honestidade,
virtude e castidade — a âncora de sua vida
O dinheiro com prará nosso perdão, — atraindo felicidade e paz a sua alma. Eu
Se retinir nos pratos das Igrejas. sei que você será feliz agindo a ssim ! Isto não
E moedas de ouro e prata apagarão é uma opinião, não é uma advertên cia; tôda
Qualquer traço de pecado e impurezas, e qualquer alegria (uso alegria, não prazer)
Pois em tôda parte existem homens e qualquer felicidade, pode ser sua, conform an­
Que palm ilhando as estradas do vício do-se a êstes ideais, pertuando-se nêles para
Têm sorrisos de mulheres e ministros. instilá-los no coração de todos os jovens. Foi

Fevereiro de 1961 69
para isso que esta instituição de ensino foi U nindo prece ã prece, até que a frágil
estaoelecida. corda
E dw in Markham, em sua poesia sôbre a
Se torne em corrente que inquebrável sus­
ponte do N iágara, expressa o pensamento do
tenta
construtor que atirava corda após corda sôbre
o abismo, para então lançar o cabo e construir A âncora que alcança do infinito a borda.
a ponte suspensa:
Que Deus nos ajude a encontrar a âncora,
Assim queremos alçar nosso tím ido pen­ avançando no estudo, para que em breve se­
samento jam oferecidos à humanidade os nossos présti-
Para além do vazio, até às mãos de Deus, mos, a fim de render e prestar serviços de fé
E levando nossa crença a superar o tor­ no Reino de Deus, eu oro em nome de Jesus
mento ; Cristo. Amém.

t f l e m i m ò c m c i a ! )

MISSIONÁRIOS DESOBRIGADOS DAS MISSÕES BRASILEIRAS

Sister E lãer Elãer Elãer


M ya A oto lieôn idas Gaertner Shenvin W. Jam ison M onte J. Gibson

E lãer Elãer
Nelson E. Eead Eonald J. Dent

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E lãer S iter
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H arry D. Groom M arly Pim enta G ordon K a y Jensen

70 A L IA H O N A
“NOUVELLE ÈRE”
NA MISSÃO FRANCESA
HISTÓRIA DE NOSSA CAPA

A Missão Francesa teve um inicio muito alcançar tal objetivo, foi chamado para servir
humilde. Foi organizada no número 46 da rua com o Segundo Conselheiro da Missão o Elder
Richer, em Paris, França, a 15 de outubro de R obert L. Bennett. O Presidente H enry D.
1912, com E dgar B. Brossard com o Presidente e M oyle o designou a 17 de dezem bro para aque­
Norman 1). Salisbury, Secretario. A reunião la posição, dando-lhe uma maravilhosa bênção.
de organização foi presidida pelo Presidente
Os acontecim entos que se seguiram per­
R udger Clawson, da Missão Européia, e
tencem à história. Em fevereiro daquele ano
membro do Conselho dos Doze. Apenas 17
os Presidentes Brossard e Bennett, sob a dire­
pessoas presenciaram a organização, sendo to­
ção do Presidente A lvin R. D yer da Missão E u­
mados à Missão Suissa os seguintes ra m os: Lau-
ropéia, introduziram a nova mensagem da res­
sanne. Genève, Neuchâtel, La Chaux-de-Fonds,
tauração e as lições.sôbre “ A maneira de conver­
Paris e L y o n ; e à Missão B elgo Holandesa, Liè-
ter.” M arço veio a ser o maior mês da história
ge, Seraing, Bruxelles, Verviers e Lille. O to ­
da Missão Francêsa desde que fo i aberta, en­
tal de membros dos ramos da Missão Suisso-
trando para a Igreja 114 novos membros. Êsse
Alemã era de 198 e da Missão B elgo-IIolandêsa
recorde foi superado em junho, quando 130
de 205, perfazendo um total de 403 membros,
pessoas entraram nas águas do batismo. Aquele
mais 29 missionários.
ob jetivo de 100 batismos para o ano foi ultra­
A través de duas guerras mundiais e uma passado ainda 110 mês de julho. Um novo ob­
interrupção de vários anos devido à guerra da je tiv o de 800 membros foi estabelecido.
Coréia, a Missão Francesa levou meio século
para elevar a 2.500 membros, êsses originais Nesta “ N ova E ra” , quando o coração do
403. povo francês se volta para a mensagem do evan­
gelho, e os missionários se apegam mais do que
Durante 24 dos seus 48 anos da existência
nunca ao verdadeiro significado de sua obra,
a missão esteve fechada e seu progresso estag­
converter e batizar, serão recebidos 11a Igreja
nado, por m otivo de guerra. Foi preciso um
mais membros do que os convertidos nos ante­
quarto de século para atingir 2.500 membros,
riores 25 anos. E 111 1960, 1000 irmãos ju n ta­
representando um número de adeptos de menos
ram-se aos antigos, e espera-se um número
de cinqüenta por ano, mas essa média não foi
muito maior para 1961.
de início obtida. No entanto, em 1958 regis­
trou-se um número de 214 conversões, e 154 Assim cresce e progride a obra de Deus
novos membros juntaram-se à Igreja em Fran­ constantemente. O progresso da Missão Fran­
ça 110 ano de 1959. cêsa é típ ico : 11111 longo, duro período de tra­
Em dezem bro de 1959 o Presidente Henrv balho pioneiro deitando os fundam entos, e de­
1). M oyle, Segundo Conselheiro da Primeira pois, num desabrochar se edifica a estrutura,
Presidência foi a Paris para proclam ar a intro­ para que todos a possam ver. Entretanto, to­
dução da “ Nova E ra ” na Missão Francesa. 1960 do êsse desenvolvim ento não é considerado se­
deveria ser o ano estandarte para a missão. Um não com o um prelúdio do crescim ento que real­
ob jetivo de 400 batismos foi estabelecido para mente está para florescer, voltando-se as al­
o ano, mais do que o dôbro do número alcan­ mas do povo para Nosso Pai Celestial, e vindo
çado no ano anterior. A uxiliando a Missão a fazer parte de Seu Reino aqui 11a terra.
Devolver a
A LIA H O N A
C a ix a P o s ia l W \2 * — S á o P a u lo . F > l. S . P .
N ã o »endo re c la m a d a d e n tr o d e 3 0 d ia s . PORTK PAGO

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