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ENSAIOS TECNOLÓGICOS
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
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GERÊNCIA DE ENSINO
COORDENADORIA DO CURSO ENGENHARIA CIVIL
COORDENADORIA DE LABORATÓRIOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
APRESENTAÇÃO
Este Manual de Procedimentos foi elaborado com o intuito de servir como referência para
as aulas práticas das disciplinas de Controle Tecnológico do Concreto e de Materiais de Construção
para os alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de Sergipe, Campus
Aracaju, devendo ser utilizado para fins didáticos, não substituindo, em nenhuma hipótese, as
Normas Técnicas pertinentes aos assuntos abordados pelos procedimentos.
Todos os procedimentos estão de acordo com as Normas Técnicas vigentes da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
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GERÊNCIA DE ENSINO
COORDENADORIA DO CURSO ENGENHARIA CIVIL
COORDENADORIA DE LABORATÓRIOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
SUMÁRIO
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GERÊNCIA DE ENSINO
COORDENADORIA DO CURSO ENGENHARIA CIVIL
COORDENADORIA DE LABORATÓRIOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
DEFINIÇÕES
Agregado Miúdo - material granular cujos grãos passam na peneira de 4,75 mm e que ficam
retidos na peneira de 0,075mm (areia de origem natural ou resultante do britamento de
rochas estáveis, ou mistura de ambas).
Agregado Graúdo - material granular cujos grãos passam na peneira com abertura de Malha
150 mm e ficam retidos na peneira de 4,75 mm (pedregulho, brita e seixo rolado).
Massa específica - relação entre a massa do agregado seco e o volume dos grãos, incluindo
os poros impermeáveis.
Superfície Específica - relação entre a área total da superfície dos grãos e sua massa.
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GERÊNCIA DE ENSINO
COORDENADORIA DO CURSO ENGENHARIA CIVIL
COORDENADORIA DE LABORATÓRIOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança - capacidade mínima de 1kg e sensibilidade de 0,1g;
Frasco Aferido;
Estufa;
Recipiente para amostra;
Água;
Espátula.
AMOSTRA
500g de agregado miúdo.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Pesar 500g de amostra na condição saturada superfície seca – amostra das baias
externas (ms);
2. Colocar a amostra no frasco e registrar a massa do conjunto (m1);
3. Encher o frasco com água até próximo da marca de 500 ml;
4. Movê-lo de forma a eliminar as bolhas de ar;
5. Após 1h, aproximadamente, completar com água até a marca de 500cm³ e determinar a
massa total (m2);
6. Retirar o agregado miúdo do frasco e secá-lo a (105 + ou – 5)ºC até massa constante;
7. Esfriar a amostra e pesar (m).
RESULTADO:
a) A massa específica aparente do agregado seco:
Onde:
d1 = massa específica aparente do agregado seco (g/cm³);
m = massa da amostra seca em estufa (g);
V = volume da água adicionada ao frasco (cm³);
Va = volume da água adicionada ao frasco (cm³) de acordo com a seguinte fórmula;
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COORDENADORIA DO CURSO ENGENHARIA CIVIL
COORDENADORIA DE LABORATÓRIOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Onde:
m2 = massa total (frasco + agregado + água) em g.
m1 = massa do conjunto (frasco + agregado) em g.
ρa = massa específica da água (g/cm³).
Onde:
d2 = massa específica do agregado saturado superfície seca (g/cm³)
ms = massa da amostra na condição saturada superfície seca (g)
V = volume da água adicionada ao frasco (cm³)
Va = volume da água adicionada ao frasco (cm³) conforme fórmula citada acima.
Onde:
d3 = massa específica do agregado (g/cm³)
m = massa da amostra seca em estufa (g)
V = volume da água adicionada ao frasco (cm³)
Va = volume da água adicionada ao frasco (cm³) conforme fórmula citada acima.
ms = massa da amostra na condição saturada superfície seca (g)
ρa = massa específica da água (g/cm³)
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GERÊNCIA DE ENSINO
COORDENADORIA DO CURSO ENGENHARIA CIVIL
COORDENADORIA DE LABORATÓRIOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança - Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;
Frasco de Chapman;
Água;
Funil;
Espátula;
Forma Metálica;
AMOSTRA
500g de agregado miúdo.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Colocar água até a marca de 200cm3, cuidando para que não fique água aderida nas
paredes;
2. Colocar cuidadosamente o agregado miúdo com o auxílio do funil e da espátula;
3. Ligeiramente inclinado, rotacionar (vai-vém) o frasco de Chapman de modo a propiciar
a saída
4. de pequenas bolhas de ar;
5. Verificar se não existe água ou agregado miúdo aderido nas paredes do gargalo;
6. Deixar o frasco de Chapman nivelado e vertical;
7. Realizar a Leitura (L) na escala graduada do gargalo.
RESULTADO:
A umidade é calculada por uma das seguintes fórmulas:
Onde:
H = porcentagem de umidade.
L = leitura no frasco.
= massa específica absoluta do agregado.
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COORDENADORIA DO CURSO ENGENHARIA CIVIL
COORDENADORIA DE LABORATÓRIOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança - Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;
Estufa;
Forma metálica (vasilhame);
Espátula;
Luvas;
AMOSTRA
500g de agregado úmido (Pi).
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Com muito cuidado e com as luvas proceda;
2. Colocar o agregado dentro do vasilhame e levar até a estufa por 24 horas até a
consistência de massa;
3. Retire a fora com o agregado da estufa;
4. Deixar esfriar e pesar o agregado agora seco (Pf).
RESULTADO:
A umidade é calculada pela seguinte fórmula
Onde:
Pi = peso inicial ou peso do agregado úmido.
Pf = peso final ou peso do agregado seco.
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança - Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;
Fonte de calor (Liquinho);
Vasilha (Tacho/frigideira)
Espátula;
Luvas;
AMOSTRA
500g de agregado úmido (Pi).
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Com muito cuidado e com as luvas proceda;
2. Colocar o agregado dentro do vasilhame e levar até a fonte de calor;
3. Com a espátula mexer constantemente;
4. Perceba que a água (umidade) retida no agregado está evaporando;
5. Assim que parar a evaporação, retire o vasilhame da fonte de calor;
6. Apague a fonte de calor;
7. Deixar esfriar e pesar o agregado agora seco (Pf);
8. Repetir o procedimento até atingir a constância de massa.
RESULTADO:
A umidade é calculada pela seguinte fórmula:
Onde:
Pi = peso inicial ou peso do agregado úmido.
Pf = peso final ou peso do agregado seco.
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COORDENADORIA DO CURSO ENGENHARIA CIVIL
COORDENADORIA DE LABORATÓRIOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Agregado Miúdo:
DEFINIÇÕES
Composição Granulométrica - proporção relativa das massas dos diferentes tamanhos dos
grãos que constituem o agregado, expressa em percentagem.
Percentagem Retida Acumulada - soma das percentagens retidas nas peneiras de abertura
de malha maior e igual a uma determinada peneira.
MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
• balança com resolução de 0,1% da massa da amostra;
• estufa;
• agitador mecânico (facultativo);
• bandejas;
• escova ou pincel;
• série de peneiras denominadas normais: 4,75mm, 2,36mm, 1,18mm, 600μm, 300μm,
150μm e fundo.
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Peneiras:
Conjunto de peneiras sucessivas com as seguintes aberturas, em milímetros:
NBR NM 248
AMOSTRA
A massa mínima para o ensaio é proporcional à dimensão máxima do agregado e deve estar
de acordo com a tabela:
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COORDENADORIA DE LABORATÓRIOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Formar duas amostras M1 e M2 de acordo com a tabela de amostragem e com a NBR
NM 27:2001;
2. Secar as amostras em estufa a 100ºC;
3. Determinar as massas (M1 e M2), à temperatura ambiente;
4. Colocar cada amostra (M1 ou M2) no conjunto de peneiras montado apropriadamente
com fundo e tampa;
5. Colocar a amostra ou porções da mesma sobre a peneira superior do conjunto, de
modo a evitar a formação de uma camada espessa de material sobre qualquer uma das
peneiras. A tabela abaixo mostra a máxima quantidade de material sobre as telas das
peneiras:
Agregado Miúdo Agregado Graúdo
D.Max = 4,75mm 0,33Kg
D.Max = 9,5mm 0,67kg
0,2kg D.Max = 12,5mm 0,89kg
D.Max = 19mm 1,4kg
D.Max = 25mm 1,8kg
D.Max = 37,5mm 2,7kg
6. A amostra é peneirada através da série normal de peneiras, de modo que seus grãos
sejam separados e classificados em diferentes tamanhos;
7. O peneiramento deve ser contínuo, de forma que após 1 minuto de peneiramento
contínuo, através de qualquer peneira não passe mais que 1% do peso total da amostra
(agitador de peneiras por ± 5 min e peneiramento manual até que não passe
quantidade significativa de material);
8. O material retido em cada peneira e fundo é separado e pesado;
9. O somatório de todas as massas não deve diferir mais de 0,3% da massa inicial da
amostra.
10. Se um agregado fino apresentar entre 5% a 15% de material mais grosso do que 4,8mm,
será ele ainda considerado globalmente como “agregado miúdo”;
11. Se um agregado grosso apresentar até 15% de material passando pela peneira 4,8mm,
será ele, ainda, globalmente considerado como “agregado graúdo”;
12. Porém, se mais do que 15% de um agregado fino for mais grosso do que 4,8mm, ou
mais do que 15% de um agregado grosso passar na peneira 4,8mm, serão consignadas
separadamente as composições granulométricas das partes do material acima e abaixo
da referida peneira.
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COORDENADORIA DE LABORATÓRIOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
RESULTADOS
Para cada amostra, calcular:
A percentagem retida em cada peneira com aproximação de 0,1%;
A percentagem média retida e acumulada com aproximação de 1%;
O módulo de finura, com aproximação de 0,01.
CLASSIFICAÇÃO DO AGREGADO:
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GRANULOMETRIA
Peneiras Massa retida (g) % retida individual % retida
ABNT (mm) M1 M2 M1 M2 Md acumulada
CURVA GRANULOMÉTRICA
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0 150μm 300μm 600μm 1,18 2,36 4,75 9,5 19,0 37,5 75 150 mm
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança - Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 0,01g;
Copos de Becker de aproximadamente 1000ml;
Água destilada;
Hidróxido de sódio (Soda cáustica);
Provetas graduadas de 10ml e 100ml;
Frasco Erlenmeyer com rolha esmerilhada de 250ml;
Funil de haste longa;
Papel filtro qualitativo;
Tubo de ensaio;
Colorímetro ou kit com Soluções Padrão;
Bastão de vidro.
AMOSTRA
200g de agregado miúdo seco ao ar.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Preparar no Copo de Becker de 1000ml a solução de hidróxido de sódio a 3%, para isso,
adicionar 30g de hidróxido de sódio (NaOH) a 970g de água destilada (H2O), com o
auxílio do bastão de vidro, mexer até a dissolução total do hidróxido de sódio;
2. Colocar a areia no Frasco de Erlenmeyer e adicionar 100ml da solução de hidróxido de
sódio a 3%;
3. Agitar vigorosamente e deixar em repouso por 24 ± 2h em ambiente escuro;
4. Com o auxílio do funil, papel filtro e do Copo de Becker de 400ml, filtrar a solução
contida no frasco de Erlenmeyer;
5. Encher um tubo de ensaio com a solução filtrada;
6. Efetuar a análise colorimétrica (comparação) entre a solução filtrada e o colorímetro ou
com o kit das Soluções Padrão. Ou simplesmente com solução padrão preparada no
laboratório (Solução de Ácido Tânico)
RESULTADO:
O resultado dar-se-á e partes de matéria orgânica por um milhão de partes de água
(ppm), para que isso ocorra comparamos a solução analisada com a escala colorimétrica
padrão, cuja as matizes, da mais clara para a mais escura, correspondem a 100, 200, 300,
400 e 500 ppm.
A solução padrão preparada no laboratório corresponde a 300 ppm, sendo assim se a
solução filtrada estiver mais escura que a solução padrão, a areia contém mais impurezas
orgânica do que a norma permite e deve-se realizar o ensaio de qualidade da areia.
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança - Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 0,01g;
Forma retangular pequena;
Proveta graduada;
Régua;
Concha ou pá;
AMOSTRA
4 kg de agregado miúdo seco e estufa até a constância de massa.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. A amostra do agregado deverá estar na temperatura ambiente;
2. O volume do Agregado a ser ensaiado deverá ser no mínimo o dobro do volume da
forma pequena (4kg);
3. Colocar a amostra dentro da forma grande;
4. Adicionar água seguindo a tabela abaixo para obter o teor de umidade requerido;
Teor de
0 0,5 1 2 3 4 5 7 9 12
Umidade (%)
Quantidade de
água (g) 0 20 20 40 40 40 40 80 80 120
RESULTADO:
Para os diversos teores de umidade (10 teores), calcular os respectivos coeficientes de
inchamento pela seguinte fórmula:
Vh = s x (100 + H)
Vo h 100
s = massa específica aparente do agregado seco.
h = massa específica aparente do agregado no estado úmido.
H = teor de umidade do agregado, em %
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Elaborar um gráfico tendo como eixo das abcissas (eixo x) os teores de umidade, e
como eixo das ordenadas (eixo y) os coeficientes de inchamento.
Traçar a curva de inchamento, de modo a obter uma representação aproximada do
fenômeno, conforme segue abaixo:
A umidade crítica (ponto C) é a umidade indicada pela intersecção da reta vertical com
o eixo x, sendo este teor de umidade o responsável pelo maior inchamento do
agregado.
O Coeficiente de Inchamento Médio (CIM) é a média aritmética dos pontos A e B.
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança com limite de erro de 0,5% da amostra;
Recipiente paralelepipédico;
Estufa (105 a 110ºC);
Régua;
Concha ou pá;
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Preparar a amostra a ser ensaiada de modo que esta tenha pelo menos o dobro do
volume do recipiente utilizado;
2. Sempre que a amostra ensaiada não estiver no estado seco, deve ser indicado o teor de
umidade correspondente;
3. Encher o recipiente deverá com o auxílio de uma concha/pá, sendo o agregado lançado
de uma altura de 10 a 12cm do topo do recipiente;
4. A superfície deverá ser alisada com uma régua tomando como limite as bordas da caixa
(rasar o topo);
5. O recipiente é pesado (kg) com o material nele contido, a massa do agregado (Ma) é a
diferença entre este e do recipiente vazio;
6. Durante a execução do ensaio deve-se tomar cuidado com a caixa (recipiente) para que
não ocorra segregação das partículas devido a batidas ou trepidações na mesma, bem
como com o agregado lançado (derramado da concha para a caixa);
7. Deve-se promover pelo menos três determinações com amostras distintas Ma(1), Ma(2)
e Ma(3);
RESULTADO:
A massa específica aparente é a média de três determinações dividindo-se a média das
massas pelo volume do recipiente utilizado.
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Conjunto de Peneiras ( # 1,18mm e # 0,075mm);
Uma recipiente para lavagem do agregado;
Água corrente;
Estufa;
Balança - Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;
Agregado miúdo [amostra seca em estufa (105 ± 5)ºC até a constância de massa];
Recipiente de vidro;
Luvas.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Pesar a amostra do agregado conforme a tabela abaixo:
RESULTADO:
O Percentual do material pulverulento é calculado pela fórmula:
m - % de material mais fino que a peneira de 0,075mm por lavagem (material pulverulento);
mi - É a massa original da amostra seca, em gramas;
mf - É a massa da amostra seca após a lavagem, em gramas.
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Recipiente;
Série de peneiras;
Balança - Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;
Agregado miúdo seco e estufa (105 a 110ºC) até a constância de massa (± 1500g);
Estufa;
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Peneiras o agregado miúdo através da série abaixo:
# 76mm
# 38mm
# 19mm
# 4,8mm
# 1,2mm
2. Formar as amostras para o ensaio com os pesos mínimos indicados na tabela:
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RESULTADO:
O teor global da argila em torrões é calculado segundo a expressão:
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DEFINIÇÕES
Agregado Miúdo - material granular cujos grãos passam na peneira de 4,75 mm e que ficam
retidos na peneira de 0,075mm (areia de origem natural ou resultante do britamento de
rochas estáveis, ou mistura de ambas).
Agregado Graúdo - material granular cujos grãos passam na peneira com abertura de Malha
150 mm e ficam retidos na peneira de 4,75 mm (pedregulho, brita e seixo rolado).
Massa específica - relação entre a massa do agregado seco e o volume dos grãos, incluindo
os poros impermeáveis.
Superfície Específica - relação entre a área total da superfície dos grãos e sua massa.
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Agregado Graúdo:
DEFINIÇÕES
Composição Granulométrica - proporção relativa das massas dos diferentes tamanhos dos
grãos que constituem o agregado, expressa em percentagem.
Percentagem Retida Acumulada - soma das percentagens retidas nas peneiras de abertura
de malha maior e igual a uma determinada peneira.
MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança - Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;
• Estufa;
• Agitador de peneiras;
• Bandejas;
• Escova ou pincel;
• Série de peneiras denominadas normais: 31,5mm, 25,0mm, 19,0mm, 12,5mm, 9,50mm,
6,30mm, 4,75mm e fundo.
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Peneiras:
Conjunto de peneiras sucessivas com as seguintes aberturas, em milímetros:
NBR NM 248
AMOSTRA
A massa mínima para o ensaio é proporcional à dimensão máxima do agregado e deve estar
de acordo com a tabela:
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Formar duas amostras M1 e M2 de acordo com a tabela de amostragem e com a NBR
NM 27:2001;
2. Secar as amostras em estufa a 100ºC;
3. Determinar as massas (M1 e M2), à temperatura ambiente;
4. Colocar cada amostra (M1 ou M2) no conjunto de peneiras montado apropriadamente
com fundo e tampa;
5. Colocar a amostra ou porções da mesma sobre a peneira superior do conjunto, de
modo a evitar a formação de uma camada espessa de material sobre qualquer uma das
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peneiras. A tabela abaixo mostra a máxima quantidade de material sobre as telas das
peneiras:
Agregado Miúdo Agregado Graúdo
D.Max = 4,75mm 0,33Kg
D.Max = 9,5mm 0,67kg
0,2kg D.Max = 12,5mm 0,89kg
D.Max = 19mm 1,4kg
D.Max = 25mm 1,8kg
D.Max = 37,5mm 2,7kg
6. A amostra é peneirada através da série normal de peneiras, de modo que seus grãos
sejam separados e classificados em diferentes tamanhos;
7. O peneiramento deve ser contínuo, de forma que após 1 minuto de peneiramento
contínuo, através de qualquer peneira não passe mais que 1% do peso total da amostra
(agitador de peneiras por ± 5 min e peneiramento manual até que não passe
quantidade significativa de material);
8. O material retido em cada peneira e fundo é separado e pesado;
9. O somatório de todas as massas não deve diferir mais de 0,3% da massa inicial da
amostra.
10. Se um agregado fino apresentar entre 5% a 15% de material mais grosso do que 4,8mm,
será ele ainda considerado globalmente como “agregado miúdo”;
11. Se um agregado grosso apresentar até 15% de material passando pela peneira 4,8mm,
será ele, ainda, globalmente considerado como “agregado graúdo”;
12. Porém, se mais do que 15% de um agregado fino for mais grosso do que 4,8mm, ou
mais do que 15% de um agregado grosso passar na peneira 4,8mm, serão consignadas
separadamente as composições granulométricas das partes do material acima e abaixo
da referida peneira.
RESULTADOS
Para cada amostra, calcular:
A percentagem retida em cada peneira com aproximação de 0,1%;
A percentagem média retida e acumulada com aproximação de 1%;
O módulo de finura, com aproximação de 0,01.
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CLASSIFICAÇÃO DO AGREGADO:
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GRANULOMETRIA
Peneiras Massa retida (g) % retida individual % retida
ABNT (mm) M1 M2 M1 M2 Md acumulada
CURVA GRANULOMÉTRICA
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0 150μm 300μm 600μm 1,18 2,36 4,75 9,5 19,0 37,5 75 150 mm
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança com limite de erro de 0,5% da amostra;
Recipiente paralelepipédico;
Estufa (105 a 110ºC);
Régua;
Concha ou pá;
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Preparar a amostra a ser ensaiada de modo que esta tenha pelo menos o dobro do
volume do recipiente utilizado;
2. Sempre que a amostra ensaiada não estiver no estado seco, deve ser indicado o teor de
umidade correspondente;
3. Encher o recipiente deverá com o auxílio de uma concha/pá, sendo o agregado lançado
de uma altura de 10 a 12cm do topo do recipiente;
4. A superfície deverá ser alisada com uma régua tomando como limite as bordas da caixa
(rasar o topo);
5. O recipiente é pesado (kg) com o material nele contido, a massa do agregado (Ma) é a
diferença entre este e do recipiente vazio;
6. Durante a execução do ensaio deve-se tomar cuidado com a caixa (recipiente) para que
não ocorra segregação das partículas devido a batidas ou trepidações na mesma, bem
como com o agregado lançado (derramado da concha para a caixa);
7. Deve-se promover pelo menos três determinações com amostras distintas Ma(1), Ma(2)
e Ma(3);
RESULTADO:
A massa específica aparente é a média de três determinações dividindo-se a média das
massas pelo volume do recipiente utilizado.
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COORDENADORIA DE LABORATÓRIOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Conjunto de Peneiras ( # 1,18mm e # 0,075mm);
Uma recipiente para lavagem do agregado;
Água corrente;
Estufa;
Balança - Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;
Agregado miúdo [amostra seca em estufa (105 ± 5)ºC até a constância de massa];
Recipiente de vidro;
Luvas.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Pesar a amostra do agregado conforme a tabela abaixo:
RESULTADO:
O Percentual do material pulverulento é calculado pela fórmula:
m - % de material mais fino que a peneira de 0,075mm por lavagem (material pulverulento);
mi - É a massa original da amostra seca, em gramas;
mf - É a massa da amostra seca após a lavagem, em gramas.
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança - Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 1g e com dispositivo para manter o
recipiente que conterá a amostra suspenso na água, no centro do prato da balança;
Recipiente / Forma;
Cesto aramado;
Fio de nylon;
Tanque com água;
Peneiras # 4,8mm e # 2,4mm;
Estufa;
Luvas.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Peneirar a amostra na peneira 4,8mm desprezando todo o material passante;
2. A massa mínima da amostra a ser ensaiada é função da Dimensão Máxima
Característica do agregado conforme a tabela abaixo:
3. Lavar a amostra e seca-la em estufa até a constância de massa;
4. Deixar a amostra esfriar até a temperatura ambiente;
5. Imergir o agregado em água, à temperatura ambiente, por um período de (24 ± 4) h;
6. Remover a amostra da água e espalha-la sobre um pano absorvente, promovendo a
retirada da água superficial (enxugando) de cada partícula;
7. Pesar a amostra com aparência opaca, na condição saturada de superfície seca (ms);
8. Zerar a balança, com a corrente e o cesto, imersos em água;
9. Colocar a amostra (B) no cesto, imergí-lo e determinar o seu peso (ma);
10. Secar a amostra em estufa até a constância de massa, determinar a massa do
agregado(m);.
RESULTADO:
d = __m__ (g/cm³)
m - ma
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ds = __ms__ (g/cm³)
ms - ma
da = __m__ (g/cm³)
ms - ma
Absorção:
A = ms – m x 100 (%)
m
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança - Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;
Recipiente / Forma;
Agregado graúdo com umidade (condição de uso);
Estufa;
Luvas.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. A massa mínima da amostra a ser ensaiada é função da Dimensão Máxima
Característica do agregado conforme a tabela abaixo:
RESULTADO:
O teor de umidade total é calculado pela fórmula:
H = Mi – Mf x 100 (%)
Mf
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DEFINIÇÕES
CONSTITUINTES
A análise química dos cimentos Portland resulta na determinação das proporções dos
óxidos inicialmente mencionados. As propriedades do cimento são, entretanto, relacionadas
diretamente com as proporções dos silicatos e aluminatos. As proporções destes últimos
podem ser determinadas a partir do resultado da análise em óxidos. Denomina-se essa
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PROPRIEDADES FÍSICAS
Densidade
A densidade absoluta do cimento Portland é usualmente considerada como 3,15,
embora, na verdade, possa variar para valores ligeiramente inferiores. A utilidade do
conhecimento desse valor se encontra nos cálculos de consumo do produto nas misturas
geralmente feitas com base nos volumes específicos dos constituintes. Nas compactações
usuais de armazenamento e manuseio do produto, a densidade aparente do mesmo é da
ordem de 1,5.
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Finura
A finura do cimento é uma noção relacionada com o tamanho dos grãos do produto. É
usualmente definida de duas maneiras distintas: pelo tamanho máximo do grão, quando as
especificações estabelecem uma proporção em peso do material retido na operação de
peneiramento em malha de abertura definida, e, alternativamente, pelo valor da superfície
específica (soma das superfícies dos grãos contidos em um grama de cimento).
A finura, mais precisamente a superfície específica do produto, é o fator que governa a
velocidade da reação de hidratação do mesmo e tem também sua influência comprovada
em muitas qualidades de pasta, das argamassas e dos concretos.
O aumento da finura melhora a resistência, particularmente a resistência da primeira
idade, diminui a exsudação e outros tipos de segregação, aumenta a impermeabilidade, a
trabalhabilidade e a coesão dos concretos e diminui a expansão em autoclave.
Exsudação é o fenômeno que consiste na separação espontânea da água de mistura,
que naturalmente aflora pelo efeito conjunto da diferença de densidades entre o cimento e
a água e o grau de permeabilidade que prevalece na pasta. É um tipo de segregação,
fenômeno mais geral, entendido como separação dos diversos constituintes das argamassas
e dos concretos por via de ação de diferentes causas, conduzindo, finalmente, a uma
heterogeneidade indesejável. A coesão nos concretos e argamassas frescas é responsável
pela estabilidade mecânica dos mesmos, antes do início da pega, e é medida pelo valor de
resistência do cisalhamento.
Trabalhabilidade é uma noção subjetiva, aproximadamente definida como o estado que
oferece maior ou menor facilidade nas operações de manuseio com as argamassas e
concretos frescos. São todos atributos importantes das misturas frescas, tratadas
minuciosamente no capítulo correspondentes da mistura fresca.
A finura do cimento é determinada naturalmente durante o processo de fabricação
para controle do mesmo, côo também nos ensaios de recepção do produto, quando deve
estar dentro dos limites de determinados nas especificações correspondentes. As
especificações brasileiras NBR 5732 (EB-1) e NBR 5733 (EB-2) prescrevem limite de retenção
na peneira nº 200 de malha de 75 micra de abertura. Para o cimento Portland comum, o
resíduo deixado nessa peneira não deve exceder 15% em peso. Para os cimentos Portland de
alta resistência inicial, tal índice não deve baixar a 6%. A especificação admite, nesse caso, a
determinação das superfícies específicas pelo turbidímetro de Wagner, não devendo, então,
ser superior a 1900cm2/g o valor obtido para essa superfície.
As peneiras normalizadas empregadas na determinação da mistura de materiais
pulvurulentos têm características geométricas diferentes de um país para outro. No Brasil,
são geralmente utilizadas as peneiras americanas padronizadas pela ASTM.
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Tempo de pega
O fenômeno da pega do cimento compreende a evolução das propriedades mecânicas
da pasta no início do processo de endurecimento, propriedades essencialmente físicas,
conseqüente, entretanto, a um processo químico de hidratação. É um fenômeno
artificialmente definido como o momento em que a pasta adquire certa consistência que a
torna imprópria a um trabalho. Tal conceituação se estende, evidentemente, tanto à
argamassa quanto aos concretos nos quais a pasta de cimento está presente e com missão
aglutinadora dos agregados.
No processo de hidratação, os grãos de cimento que inicialmente se encontram em
suspensão vão-se aglutinando paulatinamente uns aos outros, por efeito de floculação,
conduzindo à construção de um esqueleto sólido, finalmente responsável pela estabilidade
da estrutura geral. O prosseguimento da hidratação em subseqüentes idades conduz ao
endurecimento responsável pela aquisição permanente de qualidades mecânicas,
características do produto acabado. A pega e o endurecimento são dois aspectos do mesmo
processo de hidratação do cimento, vistos em períodos diferentes – a pega na primeira fase
do processo e o endurecimento na segunda e última fase do mesmo. A partir de um certo
tempo após a mistura, quando o processo de pega alcança determinado estágio, a pasta não
é mais trabalhável, não admite operação de remistura. Tal período de tempo constitui o
prazo disponível para as operações de manuseio das argamassas e concretos, após o qual
esses materiais devem permanecer em repouso, em sua posição definitiva, para permitir o
desenvolvimento do endurecimento.
A caracterização da pega dos cimentos é feita pela determinação de dois tempos
distintos – o tempo de início e o tempo de fim de pega. Os ensaios são feitos com pasta de
consistência normal, noção detalhada mais adiante, e, geralmente, com o aparelho de Vicat.
Nesse aparelho mede-se, em última análise, a resistência à penetração de uma agulha na
pasta de cimento.
Têm sido tentados outros procedimentos para a medida de outras características físicas
da mistura que conduzissem a uma melhor caracterização de fenômenos da pega. A medida
da evolução do valor do atrito interno da pasta de cimento mostra claramente pontos de
estreita correlação com os ensaios de penetração de agulha, confirmando, pelo crescimento
rápido desse valor no intervalo entre o tempo de início e o fim de pega, a ocorrência de uma
aglomeração de marcantes características mecânicas no interior da massa durante essa fase
do processo de hidratação.
Medições feitas sobre os valores de velocidade de propagação do som durante o início
de hidratação das pastas têm mostrado pontos característicos coincidentes com os tempos
de início e fim de pega definidos por penetração da agulha. O mesmo ocorre no exame dos
valores de resistência elétrica a correntes de alta freqüência, onde as curvas também
mostram pontos característicos coincidentes com os tempos de início e fim de pega. Não há
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Pasta de cimento
A ocorrência da pega do cimento deve ser regulada tendo-se em vista os tipos de
aplicação do material, devendo-se processar ordinariamente em períodos superiores a uma
hora após o inicio da mistura. Nesse prazo são desenvolvidas as operações de manuseio do
material, mistura, transporte, lançamento e adensamento. Há casos, entretanto, em que o
tempo de pega deve ser diminuído ou aumentado.
Nas aplicações em que se deseja uma pega rápida, como, por exemplo, nas obturações
de vazamentos, são empregados aditivos ao cimento, conhecidos com o nome de
aceleradores de pega. Tais aditivos serão tratados mais adiante, cabendo, no momento, a
citação de dois exemplos de aceleradores, o cloreto de cálcio e o silicato de sódio.
Contrariamente, em outros processos tecnológicos, ressalta-se a conveniência de um
tempo de pega mais longo, como, por exemplo, nas operações de injeção de pastas e
argamassas e nos lançamentos de concretos sob água, quando então se empregam aditivos
denominados retardadores. Entre estes, citam-se os açucares ordinários, a celulose e outros
produtos orgânicos. Alguns cimentos oferecem raramente o fenômeno da falsa pega, que
tem as características da pega ordinária, ocorrendo em período mais curto e não
correspondendo, entretanto, à evolução já descrita para o fenômeno. Trata-se de uma
anomalia, geralmente atribuída ao comportamento do gesso adicionado ao cimento, no
processo de manufatura, e que pode ser corrigida por destruição do incipiente esqueleto
sólido e formação mediante ação enérgica de mistura ou remistura.
O tempo de pega do cimento é determinado, como já foi dito, por ensaio do aparelho
de Vicat. A pasta é misturada em proporção que conduz a uma consistência denominada
normal. Essa consistência normal é verificada no mesmo aparelho de Vicat, utilizando-se a
chamada sonda de Tetmajer, um corpo cilíndrico, metálico, liso de 10mm de diâmetro e
terminado em seção reta. A sonda é posta a penetrar verticalmente em pasta fresca por
ação de um peso total (incluindo a sonda) de 300g. Na figura abaixo está representado o
aparelho de Vicat.
Esquema do aparelho de Vicat.
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Resistência
A resistência mecânica dos cimentos é determinada pela ruptura à compressão de
corpos-de-prova realizados com argamassa. A forma do corpo de prova, suas dimensões, o
traço da argamassa, sua consistência e o tipo de areia empregado são definidos nas
especificações correspondentes, e constituem características que variam de um país para
outro.
Quase todos adotam cubos de arestas de 5 a 7cm, predominando esta última dimensão.
Apenas no Brasil e no Uruguai empregam-se corpos-de-prova de forma cilíndrica. No Brasil,
o corpo-de-prova e um cilindro de 10cm de altura por 5cm de . A consistência da
argamassa é determinada pelo ensaio de escorregamento da argamassa normal sobre mesa
cadente. O processo é descrito pormenorizadamente no método NBR 7215 (MB-1) da ABNT.
Molda-se com argamassa um corpo-de-prova de formato tronco de cone, tendo como
diâmetros das bases 125 e 80mm e como altura 65mm sobre uma plataforma lisa de um
mecanismo capaz de promover quedas de 14mm de altura. No ensaio são executadas trinta
quedas em trinta segundos. Ver esquema de mesa cadente para ensaio de consistência.
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Exsudação
A exsudação é um fenômeno de segregação que ocorre nas pastas de cimento. Os grãos
de cimento, sendo mais pesados que a água que os envolve, são forçados por gravidade, a
uma sedimentação, quando possível. Resulta dessa tendência de movimentação dos grãos
para baixo um afloramento do excesso de água, expulso das porções inferiores. Esse
fenômeno ocorre, evidentemente, antes do início da pega. A água que se acumula
superficialmente é chamada exsudação e é quantativamente expressa como percentagem
do volume inicial da mesma, na mistura. É uma forma de segregação que prejudica a
uniformidade, a resistência e a durabilidade dos concretos. Já foi dito que a finura do
cimento influi na redução da exsudação, o que se compreende facilmente, considerando-se
que a diminuição dos espaços intergranulares aumenta a resistência ao percurso ascendente
da água.
PROPRIEDADES QUÍMICAS
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Estabilidade
A estabilidade do cimento é uma característica ligada à ocorrência eventual de
indesejáveis expansões volumétricas posteriores ao endurecimento do concreto e resulta da
hidratação de cal e magnésia livre nele presentes. Quando o cimento contém apreciáveis
proporções de cal livre (CaO), esse óxido, ao se hidratar posteriormente ao endurecimento,
aumenta de volume, criando tensões internas que conduzem a microfissuração, e pode
terminar na desagregação mais ou menos completa do material. Isso pode ocorrer quando
prevalecem temperaturas superiores a 1900oC no processo de fabricação do clinker e resulta
na supercalcinação da cal. Este óxido, como se sabe, hidrata-se de maneira extremamente
lenta, conduzindo a indesejável expansão em época posterior ao endurecimento do
material. Tal fenômeno ocorre com maior razão com o óxido de magnésio, motivo pelo qual
as especificações limitam a proporção da presença desses constituintes no cimento.
Determina-se a estabilidade do cimento pelos ensaios de expansão em autoclave onde
a pasta de cimento é submetida a um processo acelerado de endurecimento em
temperatura elevada, de modo a fazer aparecer, em sua provável grandeza, a expansão
resultante da hidratação, tanto da cal quanto da magnésia livre. No Brasil, utiliza-se, para
esse ensaio, a chamada agulha de Le Chatelier, que é constituída por uma forma cilíndrica de
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chapa de latão com 30mm de altura e 30mm de diâmetro, com uma fenda aberta segundo
uma geratriz. Soldadas às bordas dessa fenda estão duas hastes destinadas a multiplicar a
medida da abertura, que aumenta com a expansão do núcleo de pasta soldada no interior
do cilindro. No método MB 3435 da ABNT, esse ensaio é descrito em detalhe e é constituído,
em linhas gerais, da moldagem, cura do corpo-de-prova imerso em água na temperatura
ordinária, durante 12 horas, e subseqüente aquecimento do corpo-de-prova em água
conduzida lentamente à fervura, durante cinco horas ou mais. O valor da expansibilidade é
medido nas pontas das agulhas em milímetros, não podendo ultrapassar os limites descritos
pelas especificações de qualidade do cimento (no Brasil, a NBR 5732 e a NBR5733). Este
ensaio também pode ser feito a frio.
Calor de Hidratação
Durante o processo de endurecimento do cimento, considerável quantidade de calor se
desenvolve nas reações de hidratação. Essa energia térmica produzida é de grande
interesse para o engenheiro, principalmente pela elevação de temperatura, resultante nas
obras volumosas, a qual conduz ao aparecimento de trincas de contração ao fim do
resfriamento da massa. O desenvolvimento de calor varia com a composição do cimento,
especialmente com as proporções de silicato e aluminato tricálcicos.
O valor do calor de hidratação do cimento Portland ordinário varia entre 85 e 100cal/g,
reduzindo-se a 60 a 80cal/g nos cimentos de baixo calor de hidratação.
Os valores do calor de hidratação dos constituintes do cimento são os seguintes:
C3S – 120cal/g
C2S – 62cal/g
C3A – 207cal/g
C4AF – 100cal/g
Magnésia – 203cal/g
Cal – 279cal/g
O método mais comum para a determinação do calor de hidratação do cimento é o
calor de dissolução. Amostras secas de cimento em pó e de cimento parcialmente hidratado
e subseqüentemente pulverizado são dissolvidas em mistura de ácidos nítrico e clorídrico
numa garrafa térmica. A elevação de temperatura devidamente corrigida pela eliminação
dos fatores estranhos ao fenômeno determina as medidas do calor de dissolução das
amostras. Por diferença, o calor de hidratação do cimento é calculado.
O interesse do conhecimento do valor do calor de hidratação do cimento reside na
possibilidade do estudo da evolução térmica durante o endurecimento do concreto em
obras volumosas. Basicamente, trata-se de multiplicar o calor de hidratação do cimento pelo
peso do cimento contido no metro cúbico de concreto e dividir o resultado pelo calor
específico do concreto. Esse cálculo aproximado não se desenvolve, evidentemente, com
essa simplicidade esquemática, devendo ser considerados vários outros fatores que
intervêm na evolução do fenômeno, tais como a velocidade de reação, o coeficiente de
condutibilidade térmica do concreto, a variação do calor especifico do concreto com a
temperatura etc.
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Reação Álcali-Agregado.
Identifica-se como reação álcali-agregado a formação de produtos gelatinosos
acompanhada de grande expansão de volume pela combinação dos álcalis do cimento com a
sílica ativa finamente dividida, eventualmente presente nos agregados. Trata-se de
fenômeno estudado em época recente que, embora não tenha sido, até agora, constatado
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CLASSIFICAÇÃO
FABRICAÇÃO
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TRANSPORTE
ARMAZENAMENTO
BIBLIOGRAFIA
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Frasco volumétrico de “Le Chatelier”;
Balança com precisão de 0,01g;
Recipiente;
Funis de haste longa e curta;
Peneira # 0,15mm;
Termômetro com precisão de 0,5oC;
Local para efetuar o banho termo regulador, cujo o nível da água atinja a marca de
24cm3 da graduação do frasco de Le Chatelier quando imerso, bem como a
temperatura durante o ensaio não deve variar mais que 0,5oC.
Líquido não reagente com o cimento (xilol, querosene ou nafta)
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. A amostra de cimento deve ser ensaiada como recebida, caso exista corpos estranhos
peneira-la;
2. através da peneira # 0,15mm;
3. Colocar o líquido até entre a marca de 0 e 1cm3, para isso utilize o funil de haste longa;
4. Secar o colo do frasco volumétrico na parte acima do nível do líquido com papel
absorvente;
5. Submeter o frasco de Le Chatelier ao banho termo regulador até que seja obtido o
equilíbrio térmico;
6. Efetuar a leitura inicial V1;
7. Determinar a quantidade de amostra a ser ensaiada. Esta quantidade deve ser
suficiente para causar um deslocamento do líquido entre as marcas 18cm3 e 24cm3
(m=64g ± 0,01g);
8. Colocar a amostra de cimento dentro do frasco, para isso utilize o funil de haste curta.
Colocar em pequenas proporções, atentando para que não ocorra aderência de cimento
nas paredes internas do frasco, acima do nível do líquido;
9. Promover a saída de pequenas bolhas de ar, para isso submeta-o a movimentos
pendulares até que, voltando-se o frasco à posição vertical não haja mais bolhas;
10. Submergir o frasco volumétrico no banho termo regulador até que seja atingido o
equilíbrio térmico;
11. Efetuar a leitura final V2.
RESULTADO:
A massa específica é a massa da unidade de volume do material, sendo assim, obtém-se
o resultado dividindo-se a massa de cimento introduzida pela diferença de volume do
recipiente utilizado.
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= __m__ (g/cm3)
V1 – V2
= massa específica;
m = massa utilizada;
V1 = leitura do volume inicial;
V2 = leitura do volume final;
* O resultado deve ser a média de pelo menos duas determinações que não difiram
entre si mais que 0,01 g/cm3. O resultado deve ser expresso com duas casas decimais.
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança com precisão de 0,01g;
Tampa, Peneira #0,075mm e fundo;
Pincel médio e pequeno;
Bastão de PVC;
Flanela;
Relógio ou cronômetro;
Vidro-relógio;
AMOSTRA
Amostra de cimento (50 ± 0,05g) Mi.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Peneiramento – Eliminação dos finos (3 a 5min)
a) A peneira deve estar limpa e encaixada no fundo;
b) Colocar o cimento sobre a malha da peneira;
c) Imprimir suaves movimentos de vaivém na horizontal de maneira que o cimento se
espalhe sobre a superfície da malha, peneirar até que os grãos mais finos passem
quase que totalmente pela malha da peneira.
2. Peneiramento – Etapa intermediária (15 a 20min)
a) Tampar a peneira;
b) Retirar o fundo e dar suaves golpes no rebordo exterior do caixilho com o bastão de
PVC para desprender as partículas aderidas à tela e ao caixilho da peneira;
c) Limpar com o auxílio do pincel médio toda a superfície inferior da tela;
d) Esvaziar e limpar o fundo com a flanela;
e) Encaixar o fundo à peneira;
f) Destampar e promover suaves movimentos de vaivém na horizontal de modo que o
cimento fique uniformemente espalhado na tela, bem como girar e limpar a tela por
baixo com o pincel médio a intervalos regulares.
3. Peneiramento – Peneiramento final (60seg.)
a) Colocar a tampa e o fundo da peneira;
b) Segurar o conjunto com as duas mão e, mantendo ligeiramente inclinado, imprimir
movimentos rápidos de vaivém, girando o conjunto ± 60o (1/6 de volta) a cada 10seg;
c) Limpar a tela por baixo com o auxílio do pincel médio recolhendo todo material ao
fundo;
d) Repetir esta etapa (item 3) do ensaio até que a massa de cimento que passa ao fundo
durante o item 3 seja inferior a 0,05g (0,1% da massa inicial), para isso use o pincel
pequeno.
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4. Transferência do resíduo
a) Transferir a parte retirada na peneira para um recipiente (vidro-relógio), para isso use
o pincel médio
b) Pesar este material retido “R” com precisão de 0,01g.
RESULTADO:
O índice de finura é calculado pela fórmula:
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança com precisão de 0,01g;
Misturador mecânico;
Espátula;
Copo de Becker;
Molde tronco cônico e placa de vidro;
Aparelho de Vicat;
Relógio / cronômetro.
AMOSTRA
500 ± 0,1g de cimento.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Zerar o aparelho de Vicat;
a) Descer a sonda de Tetmajer até a placa de vidro;
b) Deixar a haste solta e em repouso, de modo que a sonda fique livremente encostada
na placa de vidro;
c) Ajustar o indicador do aparelho no zero da escala;
d) Subir a haste e fixa-la através do parafuso específico;
2. Preparar pasta padrão;
a) Colocar com o auxílio do copo de Becker uma quantidade de água na cuba do
misturador, medida essa que será determinada por tentativas (0g a 500g varia de
acordo com o cimento);
b) Adicionar lentamente o cimento;
c) Aguardar 30seg.;
d) Ligar o misturador na velocidade baixa por 30seg.;
e) Desligar o misturador;
f) No espaço de 120seg. faça:
- Nos primeiros 15seg. raspe com a espátula a cuba e a pá, de modo que toda a pasta
fique no fundo da cuba;
- Espere 105seg;
g) Ligar o misturador na velocidade alta por 60seg.;
h) Desligar o misturador.
3. Com o auxílio da espátula, encher a forma tronco-cônica de uma só vez, de modo a não
deixar espaços vazios;
4. Bata suavemente com a espátula na placa de vidro, propiciando assim a saída de
pequenas bolhas de ar retida na pasta;
5. Rasar o topo do molde, retire o excesso e alise com a espátula a superfície da pasta;
6. Colocar a forma tronco-cônica sobre a base do aparelho de Vicat;
7. Descer a sonda (haste) até a superfície da pasta (centralizar);
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RESULTADO:
A consistência da pasta é considerada normal quando a sonda parar a uma distância de
6 ± 1mm da placa de vidor.
Caso não se obtenha a consistência, limpe a sonda bem como todo o equipamento e
refaça o ensaio com outra quantidade de água.
Não é permitido efetuar mais de uma sondagem na mesma pasta.
Não é permitido reaproveitar ou corrigir a quantidade de água de uma pasta.
Dados obtidos :
Mcimento =
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança com precisão de 0,01g;
Misturador mecânico;
Espátula;
Copo de Becker;
Molde tronco cônico e placa de vidro;
Aparelho de Vicat;
Relógio / cronômetro.
AMOSTRA
500 ± 0,1g de cimento.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Zerar o aparelho
a) Descer a agulha até a placa de vidro;
b) Deixar a haste solta e em repouso, de modo que a agulha fique livremente encostada
na placa de vidro;
c) Ajustar o indicador do aparelho no zero;
d) Subir a haste e fixa-la através do parafuso específico;
2. Preparar pasta padrão, observando o instante em que se deu o contato do cimento com
a água (anote o horário);
3. Encher e rasar o topo da fora tronco-cônica (que se apóia na placa de vidro) com a pasta
padrão, para isso utilize a espátula;
a) Colocar a forma tronco-cônica sobre a base do aparelho de Vicat;
b) Fazer descer suavemente a agulha até que haja contato com a pasta. Fixe-a então
com o parafuso. Depois, soltar rapidamente a Agulha de Vicat (haste) sobre o molde
tronco-cônico, após 30 segundos fixe-a através do parafuso;
c) Efetuar a leitura no indicador;
d) Tempo de Início de Pega
O início da pega é constatado no momento em que a agulha estacionar a (4 ±
1)mm da placa de vidro (anote o horário).;
Caso não seja constatado o início de pega, levante a haste com a agulha, limpe-a
e volte a desce-la até a superfície da pasta de modo que a nova tentativa não se
de a menos de 10mm da borda do molde e entre as tentativas anteriores.
Até a Constatação do início de pega fazer a leitura a cada 15 min. (respeitando os
espaçamentos citados) e após o fim do início da pega, continuar a fazer as
leituras em intervalos de 30 min;
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RESULTADO:
O resultado do tempo de início de pega é expresso em horas e minutos, com
aproximação de 5min., sendo seu valor obtido em uma única determinação. O mesmo se
aplica ao resultado do tempo de fim de pega.
O tempo de início de pega é o intervalo decorrido entre o instante em que se deu o
contato do cimento com a água e o instante em que se constatou o início da pega.
O tempo de fim de pega é o intervalo decorrido entre o instante e que se deu o contato
do cimento com a água e o instante e que se constatou o fim da pega.
*A tabela abaixo ilustra as especificações mínimas quanto aos tempos de inicio e fim de
pega.
CIMENTO
Tempo em CP I I – Z,
CP I CP I – S CP I I I CP I V CP V – ARI
Horas F, E
INÍCIO DE
1 1 1 1 1 1
PEGA
FIM DE
10 10 10 12 12 10
PEGA
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Dados obtidos:
Mágua =
Mcimento =
Hora 1 = Consistência 1 =
Hora 2 = Consistência 2 =
Hora 3 = Consistência 3 =
Hora 4 = Consistência 4 =
Hora 5 = Consistência 5 =
Hora 6 = Consistência 6 =
Hora 7 = Consistência 7 =
Hora 8 = Consistência 8 =
Hora 9 = Consistência 9 =
Hora 10 = Consistência 10 =
Hora 11 = Consistência 11 =
Hora 12 = Consistência 12 =
Hora 13 = Consistência 13 =
Hora 14 = Consistência 14 =
Hora 15 = Consistência 15 =
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Hora 1 = Consistência 1 =
Hora 2 = Consistência 2 =
Hora 3 = Consistência 3 =
Hora 4 = Consistência 4 =
Hora 5 = Consistência 5 =
Hora 6 = Consistência 6 =
Hora 7 = Consistência 7 =
Hora 8 = Consistência 8 =
Hora 9 = Consistência 9 =
Hora 10 = Consistência 10 =
Hora 11 = Consistência 11 =
Hora 12 = Consistência 12 =
Hora 13 = Consistência 13 =
Hora 14 = Consistência 14 =
Hora 15 = Consistência 15 =
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Pasta em consistência normal (pasta padrão);
Agulha de “Lê Chatelier”;
Espátula fina;
Placas de vidro (quadrada com 5cm de lado);
Contrapeso;
Régua milimetrada com divisão de 0,5mm (ou paquímetro);
Forma metálica;
Água;
Óleo mineral e pincel.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Verificar a flexibilidade da agulha (aferição da agulha);
a) Posicionar a agulha e prendê-la no aferidor de agulhas Le Chatelier;
b) Pendurar um peso de 300g (6 x 50g) no local entre a haste e o cilindro de modo a
provocar uma abertura entre as hastes na ordem de 15 a 30mm de sua posição
inicial;
c) Caso a agulha apresente uma abertura maior que 30mm, esta deverá ser
considerada imprópria para o ensaio;
2. Lubrificar duas placas de vidro;
3. Apoiar uma das faces do cilindro sobre a placa lubrificada;
4. Preencher com a pasta padrão o cilindro e rasar o topo, para isso use a espátula;
5. Colocar a outra placa de vidro em cima, de modo que a agulha fique entre as duas
placas;
6. Colocar o peso sobre o conjunto (placa, agulha, placa);
7. Moldar seis corpos de prova, sendo três destinados ao ensaio a quente e os outros três
para ensaio a frio;
8. Efetuar as medidas dos afastamentos iniciais nas extremidades das agulhas, valor esse
em milímetros;
9. Cura inicial – após a moldagem os corpos de prova (placa, agulha, placa e contrapeso)
devem ser imersos em local com água (forma) durante 20 ± 4h;
10. Cura a frio – terminada a cura inicial, retirar os pesos e as placas de vidro e colocar as
agulhas em um tanque com água durante seis dias de maneira que as extremidades das
hastes fiquem fora da água;
11. Após a cura a frio, efetuar as medidas dos afastamentos finais nas extremidades das
agulhas, valor esse em milímetros (L2);
12. Cura a quente – terminada a cura inicial, retirar os pesos e as placas de vidro e colocar as
agulhas em um recipiente com água de maneira que as extremidades das hastes fiquem
fora, procede-se o aquecimento até a ebulição permanecendo assim durante 5h ou
mais.
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a) Efetuar as medidas dos afastamentos nas extremidades das agulhas, valor esse em
milímetros (L1);
b) Após três horas de ebulição, sem que ocorra o resfriamento das agulhas, efetuar as
medidas dos afastamentos nas extremidades das agulhas, valor esse em milímetros
(L2);
c) De duas e duas horas até a constância dos afastamentos, efetuar as medidas dos
afastamentos nas extremidades das agulhas, valor esse em milímetros (L3);
RESULTADO:
Expansibilidade a frio:
EXP = L2 – L1
Expansibilidade a quente:
EXP = L3 – L1
EXPANSIBILIDADE No 01 (mm) =
EXPANSIBILIDADE No 02 (mm) =
EXPANSIBILIDADE No 03 (mm) =
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MATERIAIS/EQUIPAMENTOS:
Balança com capacidade mínima de 1000g e precisão de 0,1g;
624 ± 0,4g de cimento;
300 ± 0,2g de água;
468 ± 0,3g de areia normal fração fina (# 0,15);
468 ± 0,3g de areia normal fração média fina (# 0,30);
468 ± 0,3g de areia normal fração média grossa (# 0,60);
468 ± 0,3g de areia normal fração grossa (# 1,18);
Misturador mecânico;
Moldes cilíndricos, colarinho ou gola e soquete;
Prensa universal;
Régua metálica;
Paquímetro;Placa de vidro;
Espátula metálica;
Óleo mineral;
Pano limpo e úmido;
Copo de Becker.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
1. Misturar a seco todas as frações de areia;
2. Preparar argamassa padrão;
a) Ligar o misturador na velocidade baixa;
b) No espaço de 30Seg. colocar com o auxílio do copo de Becker toda a água na cuba
do misturador, bem como adicionar todo o cimento (anote o horário);
c) Não desligue o misturador;
d) No espaço de 30seg. , colocar as areias já homogeneizadas;
e) Mudar a velocidade do misturador para alta, por 30seg.;
f) Desligar o misturador;
g) No espaço de 90seg., faça:
Nos primeiros 15seg., raspe com a espátula a cuba e a pá, de modo que toda a
argamassa fique no fundo da cuba;Espere 75seg. com a cuba coberta com um
pano limpo e úmido;
Retire o pano.
Ligar o misturador na velocidade alta por 60seg.;
Desligar o misturador.
3. Moldagem dos corpos de prova;
a) Untar com o óleo a parte interna dos moldes;
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Obs: A idade de um corpo de prova é contada a partir do instante que a água entrou em
contato com o cimento, até os instante atual.
RESULTADO:
Idade de________dias
Onde:
a) Identificação do corpo de prova.
b) Força obtida no manômetro (visor) da prensa.
c) Área da seção do corpo de prova. Área = x R2 ou x 2
4
d) Tensão em kgf/cm2 = Força
Área
e) Tensão em Mpa = Tensão em kgf/cm2
10
f) Média aritmética das tensões em Mpa. Tensão Média = Tensões em MPa .
Nº de corpos ensaiados
g) D R M = a maior das diferenças entre a tensão média e cada uma das tensões em
MPa dividido pela tensão média e multiplicado por cem.
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Logo:
D.R.M. 6% - Série aceita.
D.R.M. > 6% - Calcula-se uma nova média, desconsiderando o valor discrepante.
Persistindo o fato ( DRM >6%), refazer todo o ensaio - Série rejeitada.
Comparar a tensão média com os dados extraídos da (NBR 7215) conforme quadro:
CP I S CP II F CP IV CP V
32 32 32 ARI
Resistência à compressão 1 dia (Mpa)
Resistência à compressão 3 dias (Mpa)
Resistência à compressão 7 dias (Mpa)
Resistência à compressão 28 dias (Mpa)
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CIMENTO PORTLAND:
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* Ensaios facultativos
** Outras características podem ser exigidas, como calor de hidratação, inibição da
expansão devido à relação álcali-agregado, resistência a meios agressivos, tempo máximo de inicio
de pega.
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