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Experiências no Instituto Metapsíquico Internacional (27)

Em 1920, realizaram-se no Instituto Metapsíquico Internacional,


com Franck Kluski, médium não profissional e completamente
desinteressado, uma série de experiências inteiramente concludentes.
Entre as diferentes manifestações, produziu-se uma materialização,
perfeitamente reconhecida, da irmã defunta do Conde J. Potocki. O
interesse aumentou quando se obtiveram moldagens de membros
materializados, em condições de fiscalização que excluem qualquer idéia
de fraude ou embuste.
As experiências se fizeram sob a fiscalização dos Professores
Charles Richet, de Grammont, membros da Academia de Ciências, e do
Dr. Geley. Houve luz constante durante todas as sessões, e as mãos do
médium eram seguras, sem interrupção, à direita e à esquerda, por
fiscalizadores que se certificavam, continuamente, da posição das
pernas e dos pés.
As moldagens foram de variada natureza. Obtiveram-se, entre
outras, uma de um pé de criança, admirável de nitidez em seus
contornos; uma região inferior de uma face de adulto, na qual se
distingue o lábio superior, o inferior, a covinha subjacente e o queixo
barbado; há como uma verruga no lábio inferior, à esquerda. (28)
Para ter a certeza de que era com sua própria parafina que se
produziam as moldagens, o Dr. Geley, sem que ninguém o soubesse, nela
dissolveu colesterina; tomando-se uma porção dessa parafina, assim
preparada, fazendo-a dissolver em clorofórmio e se lhe ajuntando ácido
sulfúrico, dá-se um precipitado vermelho, que a parafina ordinária não
produz. Por acréscimo de precaução, o Dr. Geley tinha ainda colorido
de azul essa parafina. Eis o que aconteceu (29)
Tendo sido posta em excesso, e não se tendo dissolvido inteiramente,
a tinta azul formava no recipiente, acima da parafina, grumos
disseminados aqui e ali. Ora, no molde do pé, ao nível do terceiro
artelho, vê-se a presença de um desses grumos, incorporado na parafina,
que se solidificou por cima. Ele tem a dimensão de uma grande cabeça
de alfinete de vidro, e é de um azul carregado. O grumo é idêntico aos
que ficam no recipiente. Ele foi, pois, arrastado pelo ectoplasma, de
mistura com a parafina, e incorporado na moldagem.
Essa prova, imprevista e não preparada, é convincente. Enfim,
imediatamente depois da sessão, apanho pequenos fragmentos nas
bordas do molde do pé. Coloco-os em um tubo de ensaio e os faço
dissolver no clorofórmio.Junto o ácido sulfúrico: a cor vermelha,
característica da presença da colesterina, desenvolve-se, aumenta e
escurece pouco a pouco.
Uma prova de comparação feita com a parafina pura é negativa: o
líquido fica branco; a cor ligeiramente amarelada do ácido sulfúrico
(amarelada pela oxidação da cortiça que fecha o frasco) não é
modificada.
A prova é pois absoluta: as moldagens foram feitas com a nossa
parafina e durante a sessão.
Podemos afirmá-lo categoricamente, apoiando-nos, não só nas
modalidades experimentais, nas precauções tomadas e no testemunho
de nossos sentidos, senão, ainda, na presença da cor azul, idêntica nos
moldes e no recipiente, na incorporação acidental de um grumo daquela
cor no molde do pé, e, enfim, na reação denunciadora da presença da
colesterina. A pesada é concordante.
Obtiveram-se, ainda, duas moldagens de mãos, na sessão de 8 de
novembro de 1920, duas outras na de 11 de novembro, mais duas na de
27 e na de 31 de dezembro.
As moldagens não poderiam ter sido produzidas fraudulentamente,
empregando-se uma luva de borracha flexível, cheia de ar, por causa das
deformações que apresentaria.
Se a borracha fosse dura, não poderia sair da luva de parafina, sem
a quebrar ou a deformar, o que não se deu.
Mão artificial, feita sobre um membro humano, com uma matéria
fusível, como o açúcar, por exemplo, teria podido, dissolvendo-se nágua,
deixar uma luva de parafina; nesse caso, porém, o peso total da água de
parafina seria superior ao peso original, e o embuste ficaria descoberto.
Além disso, existe o relatório dos peritos Gabrielli, pai e filho, que
prova, à evidência, a incontestável autenticidade das moldagens obtidas
no Instituto Metapsíquico.
Por outra parte, o Dr. Nogueira de Faria fez publicar um livro
intitulado O Trabalho dos Mortos, no qual relata as numerosas
experiências de materialização que se realizaram em casa do Sr.
Eurípedes Prado, farmacêutico em Belém do Pará, no Brasil. A médium
era a sua mulher.
Essas sessões se fizeram debaixo de fiscalização minuciosa. Muitas
vezes era a Sra. Prado fechada numa gaiola, e os Espíritos se
materializavam do lado de fora. Tais experiências se reproduziram em
vários lugares, com o mesmo êxito, e, entre outros, na casa do
compositor Ettore Bosio, onde os fenômenos se revestiam da mesma
intensidade.
Não podendo estender-me sobre os pormenores das sessões, sou
obrigado a remeter o leitor às atas publicadas na Revoe Métapsychique,
n °, 1922 e n ° 1, 1923. (29-A)
Basta-me assinalar que se obtiveram, por várias vezes, moldagens
na parafina, de mãos e pés provenientes do Espírito João e de uma moça,
Raquel Figner.
Tendo o Instituto Metapsíquico aberto um inquérito a respeito
dessas sessões, a ele responderam 7 doutores, que afirmaram a realidade
dos fenômenos obtidos no grupo Prado e em casa do compositor Bosio,
onde a Sra. Prado também deu algumas sessões.
Tais atestados são acompanhados de uma carta do Sr. Frederico
Figner, que teve a alegria de ver, por várias vezes, sua filha Raquel,
perfeitamente materializada, e obteve um excelente molde de seu pé, na
parafina.
Não é mais possível, agora, negar que o corpo fluídico objetivado
não seja semelhante, em todos os pontos, e mesmo, anatomicamente,
idêntico ao nosso. É positivamente um ser de três dimensões, com
morfologia terrestre. Não se trata de um desdobramento do médium,
porque dele difere física e intelectualmente. O Espírito, que está
presente, que se forma sob os olhos dos assistentes, na Vila Cármen, ou
no laboratório do Dr. Gibier, quando reaparece em nosso mundo
objetivo, retoma instantaneamente seus atributos terrestres. Estes não
se criam no momento, preexistem, mas em estado latente, porque as
condições de vida no Além não são as nossas, e não existe para a alma
necessidades físicas análogas às do meio terrestre.
Crookes não foi o único que teve o privilégio de auscultar fantasmas
materializados. O Dr. Hitchman, presidente da Sociedade de
Antropologia de Liverpool, também foi favorecido.
Num círculo particular, com um médium não profissional, que não
queria que lhe pronunciassem o nome, pôde fotografar as aparições e
submetê-las a aprofundado exame médico. Em carta dirigida ao sábio
Aksakof, diz ele, depois de descrever suas operações fotográficas:
Sucedia-me, muitas vezes, entrar no gabinete, logo após a forma
materializada, e a via, então, ao mesmo tempo em que o médium(M.
B.).Por esse fato, creio ter obtido a mais científica certeza possível, de
que cada uma daquelas formas era uma individualidade distinta do
invólucro material do médium, porque as examinei com o auxílio de
vários instrumentos; nelas verifiquei a existência da respiração e da
circulação; medi-lhes a estatura, a circunferência do corpo, tomei-lhes o
peso, etc.
As aparições tinham o ar nobre e gracioso, tanto no moral como no
físico; pareciam organizar-se gradualmente, às expensas de uma massa
nebulosa, ao passo que desapareciam instantaneamente, e de maneira
absoluta.
Tendo tido muitas vezes e em presença de testemunhas
competentes, ocasião de colocar-me entre o médium e o Espírito
materializado, de apertar a mão a este último, de conversar com ele,
perto de uma hora, não me sinto mais disposto a aceitar hipóteses
fantasistas, tais como a ilusão da vista e do ouvido, a cerebração
inconsciente, a força psíquica e nervosa, e o resto. A verdade, no que
toca às questões da matéria e do espírito, não poderá ser adquirida senão
à força de pesquisas.
Sim, sem dúvida, mas já possuímos documentos em grande número,
provenientes de homens qualificados e pelos quais podemos conhecer,
melhor que os filósofos e os fisiologistas, o princípio inteligente do
homem. Estamos, agora, cientificamente certos de que ele sobrevive à
dissolução do corpo material e que leva consigo para o Além um corpo
espiritual apropriado ao novo meio no qual prossegue sua evolução
ininterrupta.
Não são sempre Espíritos desconhecidos os que se mostram nas
sessões. Por vezes, o fantasma é um ser caro, que um dos assistentes
reconhece, com indizível alegria, e então se desvanecem todos os
sofismas da crítica.
E Livermore, banqueiro americano, de espírito calculador e frio,
que revê sua querida companheira Estela, e que dela obtém escrita
idêntica à que ela possuía em vida; é o Dr. Nichols, que abraça a filha, e
pode conservar um molde de sua mão, assim como desenhos e
mensagens escritas por ela; é uma sobrinha, chamada Blanche, que
conversa em francês com sua tia, em casa do Dr. Gibier, enquanto que
o médium não conhece esse idioma.
Com Eusápia, a quem habitualmente se considera simples médium
de efeitos físicos, o ilustre Lombroso viu sua mãe; o grande publicista
italiano Vassalo, seu filho Naldino; o Professor Porro, sua filha Elsa; o
Dr. Venzano, seu pai e um de seus parentes, sem já falar nas aparições
reconhecidas por Bozzano, pelo Príncipe Ruspoli, etc. Estas últimas
testemunhas não estariam nenhuma dispostas a se iludirem com vagas
aparências, a tomarem como realidades os seus desejos. Se
convenceram, foi depois de haver escrutado, minuciosamente, todas as
circunstâncias, e reconhecido que não haveria outra hipótese capaz de
explicar aquelas esplêndidas manifestações.
O Espiritismo não inventou nada. Todos os seus ensinos repousam
nos conhecimentos que adquiriu na comunicação com os Espíritos, e é
para seus adeptos inigualável alegria ver como cada ponto da doutrina
se confirma, à medida que se vai estendendo o inquérito, começado há
meio século. Cada passo à frente, dado pela investigação independente,
conduz fatalmente para nós. Outrora, era a negação total, obstinada,
absoluta, das manifestações espíritas, sob todas as suas formas, desde os
simples movimentos de mesa e escrita automática até os transportes e as
materializações. Em nossos dias, só , os ignorantes, é que contestam,
ainda, a realidade dos fatos. A imensa maioria dos que se têm ocupado
com este assunto os admitem sem reservas, prontos a discutirem sua
origem e natureza. Há uma segunda fase: sábios, homens como Lodge,
Myers, Hodgson, Hyslop e outros, diante das provas intelectuais, obtidas
por meio do transe ou da escrita, chegam a convencer-se de que têm
estado, indiscutivelmente, em relação com alguns de seus amigos ou
parentes falecidos, sem que a telepatia ou a clarividência possa explicar
todos os fatos. São as práticas do Espiritismo ordinário, do trivial,
mesmo que triunfam. Vêm, em seguida, as manifestações
transcendentais: produzem-se aparições tangíveis, e vemos então
surgirem imitações da teoria do perispírito, sob os mais variados
vocábulos. Para explicar as mãos que agem, a distância, Ochorowicz
falará de mão dinâmica; Richet, de um ectoplasma; Morselli, de um
psicodinamismo. Quem não vê, porém, que isto não passa de palavras,
visto que o desdobramento do ser humano nos faz assistir,
naturalmente, à exteriorização completa do corpo fluídico?
Pese-se bem o valor de todos esses testemunhos, encarem-se
rigorosamente os fatos, e aparecerá a inanidade das teorias imaginadas
para alhear os Espíritos de toda explicação. As hipóteses
psicodinâmicas, biopsíquicas, as criações ou transfigurações de
personalidades segundas são tão forçadas, tão artificiais, tão arbitrárias,
acumulam elas tais impossibilidades racionais, que parecerão
absolutamente inverossímeis antes de 10 anos, como a teoria da
alucinação coletiva de Hartmann, que encantava a maioria dos críticos
superficiais, e que ruiu diante das fotografias, das impressões, das
moldagens.

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