Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
C C 2 0 2 3 – C O M P U T A Ç Ã O B Á S I C A
O funcionamento do teclado
1. O ato de pressionar uma tecla provoca uma alteração na corrente que flui pelos
circuitos associados a esta tecla
2. Um microprocessador instalado no interior do teclado (Intel 8048) percorre
continuamente os circuitos ligados às teclas. Ele detecta o aumento ou a
diminuição da corrente da tecla que foi pressionada. Ao detectar uma destas
alterações o processador pode determinar quando a tecla foi pressionada e quando
foi liberada. Cada tecla possui um conjunto único de código, mesmo que, para os
usuários, todas elas pareçam iguais. O processador pode, por exemplo, distinguir
se uma tecla shift pressionada é a da esquerda ou a da direita. Para distinguir
entre um sinal verdadeiro e uma flutuação esporádica na corrente, o processo de
varredura é repetido centenas de vezes por segundo. Somente os sinais detectados
em duas ou mais varreduras são tratados pelo processador.
3. Dependendo de qual circuito leva o sinal da tecla do microprocessador, este gera
um número, denominado código de varredura. Há dois códigos de varredura
para cada tecla, um para quando a tecla é pressionada e outro para quando a tecla
é liberada. O microprocessador armazena o número no próprio buffer de
memória temporária do teclado e carrega este número em uma porta de conexão
onde pode ser lido pelo sistema básico de entrada-e-saída (BIOS) do computador.
Em seguida o microprocessador processador do teclado envia um sinal de
interrupção através do cabo do teclado para indicar ao microprocessador do
computador que um código de varredura está aguardando. Uma interrupção
informa ao microprocessador do computador para suspender o que quer que
esteja fazendo e desviar sua atenção para o serviço solicitado pela interrupção.
4. A BIOS (parte do sistema operacional responsável pelas operações básicas de
entrada-e-saída) lê o código da varredura na porta do teclado e envia um sinal ao
teclado informando que já pode excluir este código de seu buffer
5. Se o código de varredura for de uma das teclas normais de deslocamento (shift)
ou de uma das chamadas teclas especiais (Ctrl, Alt, NumLock, CapsLock,
ScrollLock ou Insert), a BIOS altera dois bytes em uma área especial da memória
para manter um registro de qual dessas teclas foi pressionada.
6. Para todas as demais teclas, a BIOS verifica esses bytes para determinar a
situação das teclas shift e das teclas especiais. Dependendo do estado indicado
nesses bytes, a BIOS traduz o código de varredura apropriado para um código
ASCII, usado pelo PC, o qual representa um caractere, ou para um código
especial de uma tecla de movimentação de cursor. Letras maiúsculas e
minúsculas possuem códigos ASCII diferentes. Os aplicativos podem adotar
qualquer combinação de teclas como um caracter ou um comando a ser
apresentado na tela. A combinação Crtl+I, por exemplo, é universalmente usada
pelos aplicativos do Windows para apresentar um texto em Itálico. Em ambos os
casos, a BIOS coloca o código ASCII ou o código da tecla especial em seu
próprio buffer de memória temporária, onde é recuperado pelo sistema
CC2023 - Computação Básica : Entrada-e-Saída – p.3
Scanner de Mesa
Através do scanner conseguimos colocar uma imagem de um livro ou uma foto para a
tela do computador. A resolução da imagem vai depender da captação dos sensores em
cada ponto. Os primeiros scanners possuíam um sensor por cada ponto, ou preto ou
branco (monocromático). Scanners mais modernos conseguem fazer tons de cinza,
possuindo mais sensores por ponto. Para um scanner que utiliza 5 sensores por ponto,
ele vai captar 25= 32 tons de cinza. Se este scanner utilizar 8 sensores por ponto, este
conseguirá captar 28 = 256 tons de cinza. Um scanner com 256 tons de cinza consegue
reconhecer 256 variações desde o branco absoluto até o preto absoluto.
Para capturar imagens coloridas, o scanner deverá ter 3 máscaras, uma para cada cor
visual primária: vermelho (red), verde (green), azul (blue). A quantidade de vermelho,
azul e verde utilizada em cada ponto nos dará a cor do mesmo. Cada ponto com 8
sensores multiplicado por 3 cores, resulta em 24 sensores por ponto (2 24). Esta
qualidade na cor capturada denomina-se “RGB True Color”.
A resolução da imagem é expressa em pontos por polegada – DPI (dots per inch).
A instalação dos primeiros scanners que apareceram no mercado era um tanto
problemática. A interface SCSI (Small Computer Standar Interface – lê-se scuzzy) que
é uma placa de expansão e permite conectar até 7 periféricos, ou uma Fast Wide ou
Ultra SCSI que permite até 15 periféricos era muito difícil de instalar. Os novos
scanners podem ser ligados na mesma saída da impressora, isto é, da LPT1 (ou LPT2).
Localizada na parte traseira do computador sai um cabo que passa primeiro no scanner
e posteriormente do scanner um outro cabo liga-o à impressora.
4. Uma lente focaliza os raios de luz sobre diodos foto-sensíveis que convertem a
quantidade de luz em uma corrente elétrica. Quanto mais luz é refletida, maior
intensidade da corrente.
5. Um conversor analógico-digital (ADC) armazena todas as leituras analógicas de
voltagem como um pixel digital representando uma área escura ou clara ao longo
de uma linha que contem 300 pixels por polegada. Scanners mais sofisticados
podem converter as voltagens em tons de cinza. Se o scanner opera com imagens
coloridas, a cabeça de varredura em cada passagem é direcionada para um filtro
vermelho, verde ou azul antes de atingir a imagem original.
Nem sempre o papel é estacionário quando está sendo digitalizado. Scanners mais
sofisticados alimentam folhas de papel, passando-as pela cabeça de varredura que
permanece fixa. Roletes de transporte movimentam o documento por entre dois roletes
de borracha, bem semelhante a uma máquina de fax.
Monitores de vídeo
Os monitores são dispositivos de saída que exibem palavras e figuras fazendo a
interface usuário & hardware & software. A tela de vídeo é um dispositivo que
apresenta os dados ao usuário, transmite as informações desejadas e o que está
ocorrendo internamente no computador.
Dentro dos monitores existe o dispositivo chamado CRT (tubo de raios catódicos). Ele
dirige feixes de elétrons que sensibilizam uma camada de fósforo que, dividida em
pontos, brilha de acordo com a intensidade do feixe e forma figuras em tons mais
claros ou mais escuros e também caracteres.
Os monitores monocromáticos possuem um só tipo de fósforo, branco, verde ou
âmbar. Os monitores coloridos são formados pela composição de três tipos de fósforo
sensibilizados por três feixes diferentes. A tela é composta por pixels (elementos de
imagem) e cada pixel é constituído por três tipos diferentes de fósforos (vermelho,
azul e verde). Quando o ponto vermelho recebe um feixe de maior intensidade a cor ali
será predominantemente vermelha. Por outro lado, quando os três pontos recebem a
máxima intensidade, a cor é branca.
CC2023 - Computação Básica : Entrada-e-Saída – p.5
Para verificar isto mais de perto, molhe a ponta do dedo e espirre contra a tela do
monitor. Ao fazer isto, a gota formada vai funcionar como uma lente de aumento e
você vai compreender o que são os pixels.
A formação de uma imagem requer que os feixes de elétrons (raios) percorram a tela
em uma freqüência muito alta. É a chamada varredura, horizontal e vertical. Na
horizontal temos o traço e o retraço. O traço percorre a tela sensibilizando-a e no
retraço o feixe volta, só que desligado. A freqüência horizontal varia de acordo com a
Tabela 1. Também está relacionada a freqüência vertical, onde temos a formação de
quadros (frames), geralmente a razão de 60 telas por segundo.
Padrão Resolução Máxima Freqüência Horizontal Freqüência Vertical
MDA 720x350 18.300 Hz 50 Hz
CGA 640x200 15.750 Hz 60 Hz
EGA 640x350 21.500 Hz 60 Hz
VGA 640x480 31.500 Hz 60 ou 70 Hz
Tabela 1 – Características de vídeo padrão IBM .
Outra característica importante nos monitores é a varredura entrelaçada e a não
entrelaçada. Na varredura entrelaçada o feixe percorre primeiro as linhas horizontais
ímpares para depois retornar e preencher as linhas pares. A imagem perde um pouco
de qualidade. Ocorre o fenômeno conhecido por flickering. Já num monitor não
entrelaçado a imagem é formada de uma só vez, todas as linhas são percorridas
(seqüencialmente). A freqüência (tanto vertical quanto a horizontal) de operação em
um monitor NE é maior.
Para uma resolução maior, o monitor deve possuir uma freqüência de operação
mínima, de acordo com a seguinte tabela (tabela2).
Quanto às cores, podemos verificar na tabela 3 que elas variam de acordo com a
quantidade de bits que cada pixel é armazenado dentro da memória da interface para o
vídeo.
CC2023 - Computação Básica : Entrada-e-Saída – p.6
Mouse
Dispositivo de entrada que revolucionou o funcionamento dos computadores. Pode
possuir um mecanismo interno chamado mecânico, quando o contato é feito através de
lâminas metálicas, ou por detecção ótica, muitas vezes utilizando diodos
fotossensíveis.
Funcionamento do mouse
1. Quando movemos o mouse arrastando-o em uma superfície plana, uma esfera
feita de borracha, que se estende para além do fundo do mouse gira na direção do
movimento, fazendo contato e acionamento dos roletes montados em um ângulo
de 90º entre si.
2. Um dos roletes corresponde ao movimento para frente e para trás (movimentos
verticais na tela) e o outro detecta movimentos laterais (movimentos de um lado
para outro na tela).
3. Cada rolete está ligado a uma roda (codificador).
4. Na borda de cada codificador estão diminutos pontos de contato metálico. Dois
pares de barras de contato se estendem do invólucro do mouse e encostam nos
pontos de contato em cada codificador, resultando em um sinal elétrico.
5. Os sinais são enviados ao PC, que os converte, para o mover na tela. Ao acionar
qualquer botão na parte superior do mouse, também enviam-se sinais ao PC, que
um software realiza a tarefa desejada.
Impressoras
Para obter uma cópia física do trabalho realizado no computador, possuímos um
dispositivo de saída que imprime os dados. São as chamadas impressoras. Os vários
tipos de impressoras existentes no mercado possuem tecnologias diferentes e
dependem muito da finalidade do uso.
para quem imprime textos é que ela permite qualidade de carta – as letras impressas
parecem ter sido impressas por uma máquina de escrever.
Jato de tinta – com o desenvolvimento das impressoras Bubble Jet ou Ink Jet o
problema da arte-final já estava bem próximo do fim. Os canais (conduítes finíssimos)
utilizados para a impressão permitiam um preenchimento dos espaços que as agulhas
não ocupavam. Outro problema solucionado foi o barulho e também a rapidez.
CC2023 - Computação Básica : Entrada-e-Saída – p.9
A porta paralela
A porta paralela (parallel port) é uma interface de comunicação entre o computador e
um periférico. Quando a IBM criou seu primeiro PC (Personal Computer) ou
Computador Pessoal, a idéia era conectar a essa porta uma impressora, mas
atualmente, são vários os periféricos que utilizam-se desta Porta para enviar e receber
dados para o computador (ex. scanners, câmeras de vídeo, unidade de disco removível
e outros).
A comunicação paralela é aquela em que os bits, que compõem um byte ou palavra de
dados, são enviados ou recebidos simultaneamente bem como os sinais de controle de
comunicação. Para que isso seja possível, faz-se necessário um meio físico (fio) para
cada informação, seja ele de dado ou de controle.
A porta serial
A porta serial do PC se baseia na comunicação serial, na qual um byte é enviado por
apenas uma via ou fio. Para que isso seja possível, o byte é desmembrado em bits e
cada um é enviado separadamente, um após o outro. No local da recepção, os bits são
"montados" novamente, recompondo o byte. Os sinais de controle são enviados
separadamente.
Devido ao fato de que uma comunicação serial exige um sistema para desmembrar a
informação e um sistema idêntico para recompô-la, foram desenvolvidos padrões de
comunicação para que diferentes equipamentos pudessem se comunicar entre si. São
os protocolos de comunicação.
Porta USB
O USB combina todas as vantagens de uma norma multi-plataforma: (baixo custo,
maior compatibilidade, grande número de periféricos disponíveis, como impressoras,
câmeras digitais, periféricos para jogos, joysticks, teclados, periféricos de
armazenamento de dados) com as características que a Apple sempre incluí nos seus
produtos: a grande funcionalidade e facilidade de utilização.
As vantagens da norma USB incluem:
Flexibilidade de ligação (Plug-and-Play);
Cabos e ligações normalizados;
Configuração automática dos periféricos, logo que ligados;
Possibilidade de ligação de um periférico USB a um computador em
funcionamento (Hot Swapping);
Capacidade de ligação simultânea de múltiplos periféricos a um computador (até
127);
Rapidez na transferência de dados (12Mbps).
Os periféricos USB possuem cabos USB fixos, ou portas e cabos USB. Para efetuar a
ligação de um periférico USB a um computador, basta ligar o cabo USB do periférico
à porta USB do computador. É possível ligar ou desligar um periférico USB a
qualquer momento, e quantas vezes for necessário, sem que, por isso, haja necessidade
de desligar o computador, ou reiniciar a secção de trabalho para o reconhecimento do
sistema operativo dos novos periféricos ligados.
Hub USB
Um dos potenciais do USB é a capacidade ligação de vários dispositivos USB em
cadeia (até 127). Um hub é um dispositivo USB que incluí uma porta extra, na qual é
possível ligar outro dispositivo USB. Alguns hubs, tais como os teclados, são "bus
powered", isto é permitem a passagem da corrente elétrica da fonte (um iMac por
exemplo) para o dispositivo USB. Outros são "self-powered" e necessitam de um
adaptador que permita a sua ligação à corrente elétrica para suporte da corrente do
hub.