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12/12/2018 Adaptar práticas a valores, adaptar valores a práticas: compensação e reconciliação de habitantes periurbanos por mobilidade sus…

Desenvolvimento
sustentável e territórios
Economia, geografia, política, direito, sociologia

Vol. 6, n º 3 | Dezembro de 2015 :


A adaptação em tensão (1/2)
Adaptação de tensão (1/2)

Adaptar práticas a valores,


adaptar valores a práticas:
compensação e reconciliação de
habitantes periurbanos por
mobilidade sustentável
Adaptar as práticas aos valores, adaptar os valores às práticas: compensação e conciliação dos habitantes
suburbanos por uma mobilidade sustentável

G -H L D M

sumários
Français English
Essa contribuição, claramente orientada para a busca do universo de significação em que a
pessoa inscreve suas práticas, baseia-se no pressuposto de que a adaptação, diante da injunção de
sustentabilidade, é antes de tudo da pessoa: negocia com seus próprios valores de acordo com a
situação em que se encontra e se representa de certo modo. O acoplamento de uma abordagem
quantitativa para medir os movimentos e reactivação de manutenção abordagem qualitativa de
indivíduos pesquisados colocados de frente para a realidade mapear os seus movimentos (por
meio de um log-GPS) proporciona acesso para as justificações das suas práticas. Estas são
analisadas em termos de sustentabilidade e do status que esses mesmos indivíduos conferem a
ela, entre normas, teoria prática ou um novo rótulo de práticas mais antigas. Dois modos de
negociação são assim destacados: a conciliação entre os valores do indivíduo e sua
implementação pelo segundo; a compensação entre práticas que não respondem aos valores do
indivíduo e outros que respondem a ele, permitindo uma avaliação positiva geral intuitiva, pelo
menos aceitável para ele. Uma série de retratos das possíveis relações com a sustentabilidade que
foram apresentadas é esboçada através de cinco figuras de indivíduos sobre suas formas de
enfrentar esta injunção de sustentabilidade. pelo menos aceitável para ele. Uma série de retratos
das possíveis relações com a sustentabilidade que foram apresentadas é esboçada através de
cinco figuras de indivíduos sobre suas formas de enfrentar esta injunção de sustentabilidade. pelo
menos aceitável para ele. Uma série de retratos do possível relação com a sustentabilidade que
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12/12/2018 Adaptar práticas a valores, adaptar valores a práticas: compensação e reconciliação de habitantes periurbanos por mobilidade sus…
foram apresentadas é esboçado por cinco figuras de indivíduos sobre suas maneiras de ser
confrontados com essa liminar sustentabilidade.

Este texto, claramente focado no universo das práticas individuais, baseia-se na hipótese de que é
o processo de sustentabilidade. Todo mundo negocia com isso sozinho e por si só. Usando uma
abordagem quantitativa (uma medida dos movimentos) e uma qualitativa (uma entrevista que
torna as pessoas conscientes da sua mobilidade através de um logger-GPS). Estes são
investigados no campo da sustentabilidade e do status quo, que é trazido para o primeiro plano
pelas pessoas investigadas, entre padrões, teoria prática e novos rótulos de práticas de
treinamento. Dois modos de negociação são destacados: a conciliação entre os valores individuais
e sua implementação "na prática"; a resposta para a questão de como compensar o problema.

Entradas de índice
Palavras-chave: sustentabilidade , peri-urbana , mobilidade , conciliação , compensação
Palavras-chave: durabilidade , suburbano , mobilidade , conciliação , compensação

Texto completo
1 Como parte da busca por uma certa sustentabilidade de espaços e práticas, o
subúrbio permanece depreciado e, considerando uma injunção que traça uma cidade
compacta como horizonte, o consumo de espaço e o aumento das viagens de carro (
número e distância) deve parar. Hoje, esse tipo de discurso tende a ser matizado
(Vanier, 2012, Feildel e Martouzet, 2014). Esta pesquisa, entre outros, argumentam que
esta é tanto a não consideração das contradições inerentes aos processos sócio-
espaciais de suburbanização e a maneira pela qual surgiu a questão da sustentabilidade
do líder suburbana ao impasse em que são os discursos. Pois, mesmo que essa mesma
durabilidade seja vista como a capacidade de um sistema de se adaptar às flutuações de
seu ambiente, isso convida, portanto,
2 Por um lado, reconhece a diversidade das zonas suburbanas e os modos de vida e
viver (Hervouet, 2007; e Dodier . Al , 2012), por outro lado, ele destaca o potencial de
adaptação territórios periurbanos (Langumier, Dias e Demange, 2008) e procuramos
explicar as atitudes dos habitantes a esta injunção à sustentabilidade. De que maneira
os princípios desta injunção são aplicados? Como isso se traduz, especialmente na
articulação dos campos de habitat e mobilidade? Qual o status da sustentabilidade nas
palavras dos habitantes e em suas práticas?
3 Uma equipe composta principalmente por pesquisadores da UMR CITERES 1
abordou esse questionamento como parte da análise de mobilidade de uma amostra de
cerca de 40 pessoas que, em sua maioria, viviam na área periurbana e trabalhavam nas
zonas. áreas urbanas densas. Esta pesquisa, realizada em nome da PUCA, objetivou
compreender como os indivíduos, em situação, fazem com o espaço, pois oferece
oportunidades, mas também impõe restrições mais ou menos fortes (até
impossibilidade) para atingir os fins que eles se dão, respeitando, tanto quanto possível,
os seus valores. No quadro composto de todas as motivações, mecanismos,
comportamentos, isto é, o que compõe e revela o significado das mobilidades do
indivíduo 2e, mais especificamente, no conjunto de valores 3 , a questão da durabilidade
4
, colocada aqui como a estrutura geral do questionamento que propomos sobre a
adaptação , foi particularmente examinada .
4 O objetivo, ao colocar em perspectiva todos os dados quantitativos e qualitativos
coletados, é entender o lugar ocupado pela sustentabilidade (aquela ouvida pela
sociedade e ouvida pelos próprios respondentes) no sistema. justificativas das práticas.
Mais precisamente, é uma questão de detectar se, considerando que valores e normas
condicionam as práticas mais ou menos fortemente, elas correspondem a um respeito
por essas práticas.
5 Nossa contribuição está claramente orientada para a busca do universo de sentido em
que a pessoa inscreve suas práticas, considerando que elas também modificam esta e
repousam, no âmbito de uma abordagem centrada no indivíduo 5 , no pressuposto de
que a adaptação, em face da injunção de durabilidade, é a primeira da pessoa: ela

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negocia com seus próprios valores de acordo com a situação em que está localizada e
que ela se representa de alguma forma.
6 Após a apresentação de um quadro duplo dos elementos aqui trazidos, propomos a
análise, a partir dos materiais coletados, dos diferentes estatutos que podem levar o
durável como categoria de pensamento e em seu relatório às práticas. Assim, há duas
maneiras de se encarar a sustentabilidade nas pessoas que respondem a essa chamada
de sustentabilidade: entre negociação e compensação, há sistematicamente ou
negociação com seus próprios valores, ou uma forma de negociação consigo mesmo. .

1. Contexto teórico e contexto da


pesquisa
7 Os elementos de conhecimento e questionamento aqui propostos devem ser
compreendidos no âmbito da pesquisa PerVia, mas ele próprio faz parte de um
posicionamento metodológico, particularmente em termos de espaço (o caso particular
do peri-urbano) e questões sociais, com uma concepção de o indivíduo levando em
conta sua própria dinâmica, sua autonomia relativa e a situação em que ele evolui 6 .

1.1. Mobilidade no subúrbio, um contexto especial


de sustentabilidade
8 O movimento de soltar espaços residenciais em torno dos centros urbanos continua a
crescer. Esse fenômeno traz a marca do surgimento e da generalização de mobilidades
que permitem uma liberdade crescente das limitações do espaço e do tempo. Embora os
mecanismos políticos, financeiros, regulatórios, fundiários e imobiliários específicos do
fenômeno periurbano tenham sido trazidos à luz, o papel da mobilidade na constituição
desses territórios continua sendo principalmente questionado em termos de
movimentos e de sua racionalidade (Mercier 2006, Fol 2009). Levando em conta as
práticas espaciais periurbanas, suas formas de movimentação em relação à ocupação e
a apropriação do espaço habitacional, em outras palavras, o estudo do significado de
mobilidade permaneceu por muito tempo um ponto cego para a pesquisa, apesar de
alguns trabalhos (Piolle, 1990, alemão, Ascher e Lévy, 2004, Bailleul e Feildel, 2011).
Por outro lado, ser móvel significa fazer uso do capital para garantir ou tender para
uma posição espacial e para a afirmação de uma posição social (Ramadier eal. 2007;
Lussault, 2009). De fato, a mobilidade gradualmente se tornou um novo atributo do
poder individual (Barrère e Martuccelli, 2005). Essa mesma mobilidade é o conjunto de
motivos que levou à escolha de se deslocar, em tal momento, de tal modo, para tal
objetivo (Feildel e Martouzet, 2014). É também a representação 7que a pessoa é feita
desse conjunto, considerando que essa representação age sobre a autoimagem e reage
com ela, em sua relação com o tempo, espaço, sociedade. O indivíduo, móvel, se
apropria de territórios, desenvolve um conjunto de rotinas mobilitárias em torno de
jornadas, rotas, rotas, marcadas por marcos, marcos, referências. Finalmente, como
parte de uma profunda redefinição da relação com o risco e a incerteza de nossas
sociedades ocidentais (Ascher, 2005), a sustentabilidade impôs-se agora além das
alegações universalistas e científicas. (Mancebo, 2006), como meta política e social a
alcançar (Offner e Pourchez, 2007). Como tal, é sobre mudança (individual e coletiva)
ou pelo menos sobre a necessidade de mudança, levando todos e a sociedade a
implantar um conjunto de práticas mais virtuosas. No entanto, nem todos os territórios
oferecem as mesmas condições ou as mesmas possibilidades de ação e nem todos os
indivíduos se representam e, portanto, não vivem, o último da mesma maneira. De fato,
a implementação das condições de sustentabilidade nesses espaços particulares, que
são as periferias urbanas, não pode ser privada de um conhecimento profundo e
profundo dos modos de vida que emergem no âmbito de nossas sociedades
contemporâneas e, especialmente, de compreender a importância dos "efeitos do lugar"

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(Bourdieu, 1993) específicos desses espaços, que provavelmente influenciam suas


práticas (zapping territorial, cativeiro periurbano, etc.). todos os territórios não
oferecem as mesmas condições ou as mesmas possibilidades de ações e todos os
indivíduos não se representam e, portanto, não vivem, os segundos da mesma maneira.
De fato, a implementação das condições de sustentabilidade nesses espaços
particulares, que são as periferias urbanas, não pode ser privada de um conhecimento
profundo e profundo dos modos de vida que emergem no âmbito de nossas sociedades
contemporâneas e, especialmente, de compreender a importância dos "efeitos do lugar"
(Bourdieu, 1993) específicos desses espaços, que provavelmente influenciam suas
práticas (zapping territorial, cativeiro periurbano, etc.). todos os territórios não
oferecem as mesmas condições ou as mesmas possibilidades de ações e todos os
indivíduos não se representam e, portanto, não vivem, os segundos da mesma maneira.
De fato, a implementação das condições de sustentabilidade nesses espaços
particulares, que são as periferias urbanas, não pode ser privada de um conhecimento
profundo e profundo dos modos de vida que emergem no âmbito de nossas sociedades
contemporâneas e, especialmente, de compreender a importância dos "efeitos do lugar"
(Bourdieu, 1993) específicos desses espaços, que provavelmente influenciam suas
práticas (zapping territorial, cativeiro periurbano, etc.).
9 Nesse contexto, não podemos considerar o espaço das periferias urbanas como um
simples apoio material a práticas que, para sobreviver, deveriam, sob o efeito de
políticas públicas, estar em conformidade com exigências normativas. Nós formulamos
a hipótese de que as apostas da sustentabilidade não vêm exclusivamente da
implementação de um tipo de especificação aplicada coletivamente, mas são
principalmente da responsabilidade do indivíduo que, ao integrar este parâmetro como
uma dimensão cultural entre outras, não apenas como uma restrição, mas também
como uma oportunidade, põem em marcha uma utopia política (Martouzet e Laffont,
2014) que está no centro do tecido e da prática dos espaços: o indivíduo , capaz de
reflexividade, é um dos atores da transição para um modo sustentável de ocupação dos
espaços. assim,

1.2. Posicionamento teórico e metodológico


10 Podemos considerar que se o indivíduo é produto do que a sociedade lhe permite ser,
ele é capaz de ação, de reflexão, de relação e, conseqüentemente, de certa capacidade de
se distinguir. aos olhos dos outros e da sociedade, assim como aos seus próprios olhos.
Cada um, diferente, pode afirmar-se como tal por suas intenções "ajustando" os fins e
meios de suas ações ao contexto social (valores, representações, normas etc.). Os
processos referentes ao conceito de individuação (Remy e Voyé, 1992), a diminuição da
importância relativa da tradição nas decisões e a diversificação das funções de grupos e
indivíduos dentro da sociedade reforçando o processo de diferenciação rede social,
entre outros,
11 Além disso, propomos uma concepção do indivíduo, mais precisamente de um
indivíduo - hoje, como resultado do encontro de uma trajetória pessoal e de uma
situação atual (Bailleul e Feildel, 2011). Um indivíduo-hoje sintetiza o que foi até então,
o que pretende ser mais tarde (a trajetória como síntese de situações passadas e
antecipadas) e é influenciado por todos os elementos sociais, econômico, político, etc.
que assim formam o seu ambiente de vida. A hipótese de uma coerência geral (espacial
e temporal) dessa trajetória permite destacar um quadro que mistura explicações
causais e explicações consequenciais. A situação influencia o indivíduo-hoje e, portanto,
sua trajetória, mas a trajetória, consistente e, em parte, desejada contribui para a
escolha do conteúdo da situação atual. Assim, o indivíduo tem habilidades, incluindo
espaço, deficiências, pretensões (habilidades pensadas, mas não eficazes) e complexas
(habilidades não pensadas, mas que seriam eficazes se fossem conhecidas e
reconhecidas). Nas escolhas que faz, ele pode ou não ser sustentável ou reivindicar estar
em um território que aparece como um contexto de ação, que possibilita ou não a ação,
facilita ou torna perigoso, difícil ou dispendioso . As práticas são assim consideradas
como o resultado do acoplamento entre o indivíduo e o território. pretensões
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(habilidades pensadas mas não eficazes) e complexos (habilidades não pensadas, mas
que seriam eficazes se fossem conhecidas e reconhecidas). Nas escolhas que faz, ele
pode ou não ser sustentável ou reivindicar estar em um território que aparece como um
contexto de ação, que possibilita ou não a ação, facilita ou torna perigoso, difícil ou
dispendioso . As práticas são assim consideradas como o resultado do acoplamento
entre o indivíduo e o território. pretensões (habilidades pensadas mas não eficazes) e
complexos (habilidades não pensadas, mas que seriam eficazes se fossem conhecidas e
reconhecidas). Nas escolhas que faz, ele pode ou não ser sustentável ou reivindicar estar
em um território que aparece como um contexto de ação, que possibilita ou não a ação,
facilita ou torna perigoso, difícil ou dispendioso . As práticas são assim consideradas
como o resultado do acoplamento entre o indivíduo e o território.
12 Nesse referencial teórico, o protocolo de pesquisa 8foi construído de forma a permitir
a expressão da representação do indivíduo de sua mobilidade. Inicialmente,
estabeleceu-se a necessidade de coletar uma narrativa de mobilidade. Primeiro,
equipamos o entrevistado com um logger-GPS que registra com precisão todas as suas
viagens semanais. No final desta etapa, obtemos uma pesquisa objetiva e exaustiva de
suas viagens. Esses dados possibilitam fazer uma medição estatística e um tratamento
cartográfico: a escala espacial de sua habitação. Então, o entrevistador instrui a pessoa
a especificar, tanto quanto possível, as principais modalidades de sua mobilidade, a fim
de não apenas trazer dados sobre a mobilidade, mas também um "discurso da
existência" para conhecer as condições em que essas práticas móveis se manifestam.
Isso estabelece uma agenda pela mobilidade discurso-like (lugares, lugar, frequência
das viagens, as atividades nestes locais, etc.) e um vislumbre das oportunidades e
constrangimentos experimentada pelo indivíduo em relação ao seu modo de ser móvel
e, portanto, o significado que ele dá. A relevância da narrativa da mobilidade é
justificada, principalmente porque permite uma perspectiva de mobilidade com os
modos de viver, valores, hábitos, etc. indivíduos, encorajando-os a mobilizar elementos
mais distantes no tempo do que a escala da vida diária obtida graças à pesquisa GPS. O
segundo passo é conjuntamente a continuação da aquisição de conhecimento e o
aprofundamento das informações coletadas no primeiro. Desta forma, a exploração dos
dados coletados não se limita a seus tratamentos estatísticos e cartográficos: nosso
protocolo de pesquisa foi construído de forma a utilizar a imagem desta pista de GPS
como uma ferramenta de reativação, capaz de funcionar como uma embreagem. do
discurso, levando o indivíduo a questionar a imagem que ele tem de sua vida e sua
mobilidade ao confrontar com uma imagem da realidade de suas práticas espaciais.
Assim, voltamos a ele para submeter, durante uma fase de manutenção, a imagem
cartográfica de sua trilha GPS, procedendo assim a uma "hermenêutica cartográfica"
(Martouzet et a exploração dos dados coletados não se limita a seus tratamentos
estatísticos e cartográficos: nosso protocolo de pesquisa foi construído de forma a
utilizar a imagem dessa trilha GPS como uma ferramenta de reativação, passível de
funcionar como uma embreagem discursiva, levando o indivíduo questionar a imagem
que tem de sua vida e de sua mobilidade pelo confronto com uma imagem da realidade
de suas práticas espaciais. Assim, voltamos a ele para submeter, durante uma fase de
manutenção, a imagem cartográfica de sua trilha GPS, procedendo assim a uma
"hermenêutica cartográfica" (Martouzet et a exploração dos dados recolhidos não se
limita à sua transformação estatística e cartográfica: nosso protocolo de pesquisa foi
construído para usar a imagem da faixa GPS como ferramenta de reactivação, capaz de
funcionar como shifter discurso, trazendo o indivíduo questionar a imagem que tem de
sua vida e de sua mobilidade pelo confronto com uma imagem da realidade de suas
práticas espaciais. Portanto, devolvido a ele que lhe apresente, durante a fase de
manutenção, a imagem cartográfica da pista GPS, fazê-lo em um "hermenêutica
cartográficos" (e Martouzet provavelmente funcionaria como uma embreagem
discursiva, fazendo com que o indivíduo questionasse a imagem que tem de sua vida e
de sua mobilidade pelo confronto com uma imagem da realidade de suas práticas
espaciais. Portanto, devolvido a ele que lhe apresente, durante a fase de manutenção, a
imagem cartográfica da pista GPS, fazê-lo em um "hermenêutica cartográficos" (e
Martouzet provavelmente funcionaria como uma embreagem discursiva, fazendo com
que o indivíduo questionasse a imagem que tem de sua vida e de sua mobilidade pelo
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confronto com uma imagem da realidade de suas práticas espaciais. Assim, voltamos a
ele para submeter, durante uma fase de manutenção, a imagem cartográfica de sua
trilha GPS, procedendo assim a uma "hermenêutica cartográfica" (Martouzet etal. ,
2010) de suas práticas espaciais diárias. Isso nos permite aprofundar, com o próprio
indivíduo, as condições de implementação de suas práticas, entre constrangimentos e
oportunidades, susceptíveis de constituírem alavancas, ao nível individual, para
alcançar a sustentabilidade dos espaços. áreas periurbanas (Figura 1).

Figura 1. O protocolo de pesquisa da pesquisa PerVia

13 Portanto, em PériVia, o peri-urbano é o lugar, o pretexto e a oportunidade de


observar a durabilidade / mobilidade do casal. Para explicar sua mobilidade
(dimensões física, ideal, imaginária), o indivíduo utiliza um conjunto de justificativas
mais ou menos complexas. Nesse contexto, a sustentabilidade questiona tanto a
realidade dos deslocamentos quanto o discurso dos indivíduos sobre o significado que
para eles “a dimensão móvel de sua existência” (Feildel Bailleul e Laffont, 2014). Em
contrapartida, hipotetizamos que a justificativa do significado de mobilidade destaca a
concepção individual de sustentabilidade.

2. Os estatutos conferidos ao regime


duradouro
14 Com base nas entrevistas, sustentável, como uma categoria de pensamento, serve
tanto padrão e / ou teoria prático e geralmente resultam de acções não intencionais
dirigidos para este objectivo. Consequentemente, o lugar da sustentabilidade é
globalmente muito variável e não muito óbvio para os respondentes. Portanto, é
necessário especificar o que cada um subjaz ao sustentável antes de identificar como o
sustentável é integrado à ação.

2.1. O sustentável como categoria


15 Primeiro, a sustentabilidade é considerada um conceito que serve para avaliar a ação.
Uma das manifestações desse duradouro em sua versão normativa é particularmente
saliente quando as pessoas imaginam o exercício da entrevista como uma avaliação que
transborda largamente as dimensões móveis e espaciais de suas práticas:
16 S2: "Arrumamos o nosso lixo o máximo possível, temos composto ... Eu tento
comprar comida que tenha o menor desperdício possível, mais bandejas de plástico ...
Eu até compro mais bolos por causa do embalagem [...] aquecemos relativamente
pouco, usamos a energia máxima do sol, colocamos cobertores para dormir [...] eu
mantenho o papel ... as crianças escrevem em papel de rascunho, guardo muitos
papéis para fazer DIY [...] paramos tudo, não há videocassete, desligamos tudo ...
recarregamos as baterias, compramos câmeras com baterias ao invés de baterias ... "

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17 A natureza imposta dessa norma é sentida como uma regra de vida que condena
aqueles que não se conformam a ela. É também experimentado como uma denúncia de
um modo de vida ao qual aspiram. Embora o aspecto normativo do sustentável tenha
sido freqüentemente criticado, nós retemos aqui que a sustentabilidade como uma
norma tem sido mobilizada pelos indivíduos para se posicionarem em relação a ela,
para avaliar suas ações.
18 Paralelamente, nas entrevistas, sustentável foi também associada a um conjunto de
conhecimentos adquiridos pelos indivíduos, o conhecimento que constituiu um
horizonte para práticas diárias muito bem definidos e compartilhados. Estes são feitos a
partir da internalização da norma e mobilizados de acordo com o contexto cotidiano.
Este segundo estado duradouro fez dele uma teoria prática, no sentido de que os
elementos citados pelos entrevistados, em vez díspares e, por vezes, difíceis de
reconciliar-los, têm uma forte dimensão pragmática.
19 D3 "Eu sou um pouco verde no espírito. Na mente há algo. Tomo o exemplo quando
assumi o negócio, o cedente estava construindo sites e ele queimou tudo o que restava
nos sites. E isso é algo que eu odeio. Todos os produtos que são queimados, tudo isso,
eu tenho latas de lixo, caixas de papelão. De qualquer forma, eu classifico minha
embalagem de papelão que eu vou para papelão, o fio que eu entendo porque é para
fazer um pequeno lucro, eu vendo, e então aqui! Bem, há coisas que quero dizer que
sou ... é ... no espírito, eu tenho. Depois, economizando energia ..., eu não posso dizer
sim porque de qualquer maneira eu preciso disso, e se pudéssemos andar muito bem
no carro elétrico eu vou dirigir no carro elétrico mas bom por enquanto não é o caso. "
20 Assim, as entrevistas mostraram que o conceito de sustentável não é tão fixo, e
refere-se a uma miríade de conhecimento mundano para concedido, associado com as
boas práticas nos campos da vida cotidiana 9. A diversidade de elementos que poderiam
ser citados pelas pessoas nos mostra que a categoria de sustentável, além de seu aspecto
normativo, tem uma consistência prática e é potencialmente em qualquer momento da
vida cotidiana. Essas pequenas ações, que foram objeto ou não de um esforço a ser
implementado, não estão, para os entrevistados, no auge das apostas planetárias. Além
disso, este conhecimento prático da vida cotidiana não é fixo, eles evoluem de um
período de vida para outro, de acordo com a família, o contexto espacial, etc. A
sustentabilidade dos pequenos gestos é, por vezes, desacreditada pelo facto de não ser
realizada por convicção, mas por hábito ou por outras razões que não as razões
ecológicas. Este duradouro na prática (sustentabilidade) é misturado com outras
noções como a de bem-estar, qualidade de vida, da equidade muitas vezes reduzida a
uma forma fraca de "doação". Além disso, a teoria duradoura como prática abrange um
campo muito mais vasto do que o da sua versão normativa. Pode-se ver uma forma de
oposição de um para o outro: o que a dimensão normativa se refere é muito importante
(mudança climática, fenômenos globalizados) para ser aplicável na prática. Mas a teoria
prática é, de fato, mais extensa do ponto de vista dos possíveis comportamentos que
aumentariam alguns, mas sem poder fingir visar as "grandes apostas sociais". Embora
as duas abordagens sejam complementares, os dois status da sustentabilidade que
correspondem a elas são experimentados como irreconciliáveis. o sustentável como
teoria prática abrange um campo muito maior que o da sua versão normativa. Pode-se
ver uma forma de oposição de um para o outro: o que a dimensão normativa se refere é
muito importante (mudança climática, fenômenos globalizados) para ser aplicável na
prática. Mas a teoria prática é, de fato, mais extensa do ponto de vista dos possíveis
comportamentos que aumentariam alguns, mas sem poder fingir visar as "grandes
apostas sociais". Embora as duas abordagens sejam complementares, os dois status da
sustentabilidade que correspondem a elas são experimentados como irreconciliáveis. o
sustentável como teoria prática abrange um campo muito maior que o da sua versão
normativa. Pode-se ver uma forma de oposição de um para o outro: o que a dimensão
normativa se refere é muito importante (mudança climática, fenômenos globalizados)
para ser aplicável na prática. Mas a teoria prática é, de fato, mais extensa do ponto de
vista dos possíveis comportamentos que aumentariam alguns, mas sem poder fingir
visar as "grandes apostas sociais". Embora as duas abordagens sejam complementares,
os dois status da sustentabilidade que correspondem a elas são experimentados como
irreconciliáveis. fenômenos globais) para ser aplicável na prática. Mas a teoria prática é,
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de fato, mais extensa do ponto de vista dos possíveis comportamentos que


aumentariam alguns, mas sem poder fingir visar as "grandes apostas sociais". Embora
as duas abordagens sejam complementares, os dois status da sustentabilidade que
correspondem a elas são experimentados como irreconciliáveis. fenômenos globais)
para ser aplicável na prática. Mas a teoria prática é, de fato, mais extensa do ponto de
vista dos possíveis comportamentos que aumentariam alguns, mas sem poder fingir
visar as "grandes apostas sociais". Embora as duas abordagens sejam complementares,
os dois status da sustentabilidade que correspondem a elas são experimentados como
irreconciliáveis.
21 Finalmente, sustentável pode ser alcançado como resultado não intencional: o
comportamento ou ação, como tal, pode ser descrito como sustentável por um
observador externo com base em argumentos objectivos, embora do ponto de vista do
autor da Nesse comportamento ou ação, não há referência à duração, nem no ato nem
no discurso dado a ouvir. Um exemplo flagrante é carpooling, às vezes praticado por
anos por indivíduos, e leva hoje um adjetivo "sustentável" devido a um campo científico
e profissional que se identificou como 'boas práticas'.
M2: "Mas nós carpool também. »
Enq:"Então, finalmente, nós falamos muito agora sobre carona, mas sempre existiu,
essa forma de solidariedade onde ..."
M2: "Sim, mas nós não achamos que isso é chamado de carona. "
22 Essa lacuna é significativa do jogo que é jogado entre as principais razões para a
prática e o valor potencial que poderia trazer, uma vez identificado como sustentável.
No entanto, a prática sustentável que não é especificamente intencionada como tal
existe e levanta a questão das condições de sua existência (em que contexto e de acordo
com qual sistema de justificativas chegamos a essas práticas particulares, que, se não
são descritos como sustentáveis pelo indivíduo, estão no sistema de referência científica
e profissional?). A análise das múltiplas dimensões da justificação das práticas de
mobilidade mostrou, assim, que era relativamente difícil estabelecer uma relação
sistemática entre uma prática que pudesse ser identificada como sustentável pelo
pesquisador e sua qualificação como sustentável pelo respondente. Este terceiro nível
de sustentabilidade, que tenderíamos a considerar como o mais objetivado, não é
sistematicamente repetido nos discursos. Existe, sem surpresa, uma certa lacuna entre
o julgamento do cientista e o do indivíduo em termos de sustentabilidade. No contexto
de nossa hipótese de pesquisa, considerando que a sustentabilidade periurbana
depende da propensão dos indivíduos a considerá-la como tal, essa lacuna se torna
muito importante. Esta durabilidade Considerando que a sustentabilidade da área
periurbana depende da propensão dos indivíduos a considerá-la como tal, esta lacuna
se torna muito importante. Esta durabilidade Considerando que a sustentabilidade da
área periurbana depende da propensão dos indivíduos a considerá-la como tal, esta
lacuna se torna muito importante. Esta durabilidadea posteriori não deve ser
confundido com o que seria mencionado entre as razões para a ação ou prática.
23 Essas três dimensões podem não ser as únicas identificáveis. No entanto, eles lançam
luz sobre a diversidade de modos de relacionamento entre vida sustentável e cotidiana,
entre a norma da sustentabilidade socialmente aceita e o sistema de valores múltiplos e
mutáveis da prática dos indivíduos.

2.2. Seja respeitoso ... ou cumpra ...?


24 Os discursos não apenas nos dizem o que é feito ou não e as circunstâncias do que é
feito, mas oferecem chaves para analisar o lugar qualitativo e o status da
sustentabilidade nos princípios de ação. Isso levanta três questões: sustentabilidade,
sustentabilidade são valores (Becker e Felonneau, 2011)? Se sim, como podemos
detectar o valor da sustentabilidade nos discursos e práticas? De que maneiras as
práticas "socialmente" e "socialmente sustentáveis", que poderiam ser realizadas em
prol da sustentabilidade, podem ser distinguidas daquelas que seriam feitas por outras
razões? De certo modo, postulamos aqui que a ação se refere ao valor da
sustentabilidade se é a última que melhor expressa a justificativa da própria prática,
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prática em um sentido extenso, incluindo as causas, os motivos da realização e suas


conseqüências. No entanto, a ideia de justificação refere-se a dois casos: a justificação
aos olhos dos outros e, neste caso, a durabilidade é um valor na medida em que é
considerada reconhecida como tal pelo interlocutor e deve, portanto, ser demonstrada;
justifique aos seus próprios olhos e, em seguida, o valor é um valor de ação, que não se
refere a mais nada.
25 A fim de distinguir esses dois casos e outros de uma prática que tem toda a aparência
de sustentabilidade e não é justificada pelos discursos, parece apropriado mobilizar a
diferenciação que Kant opera entre ações consistentes com deveres e ações respeitosas
do dever 10 . Ação consistente com a sustentabilidade como uma ação respeitosa é
aquele que objetivamente se reúne (qualquer que seja o significado dado a esse termo)
os critérios de sustentabilidade (a ação irá impedir ou limitar a um determinado
resultado julgado negativamente, para a preservação da biodiversidade, por exemplo).
A diferença entre as duas situa-se no mecanismo de deliberação que, em um
determinado quadro definido pelo objetivo perseguido, presidiu à implementação dessa
ação.
N1: "Eu não sou ... ótima biografia ... bem [...] é um pouco egoísta, mas quando eu vejo
meu interesse. Por exemplo, para pegar o trem, tentarei fazê-lo porque vejo um
interesse para mim. Depois que eu digo para mim mesmo, é verdade que é melhor
também levar menos o carro. "
26 Assim, a ação só é compatível com a sustentabilidade se cumprir, na sua
implementação, os critérios de sustentabilidade, mas se a deliberação que causou a sua
implementação atende outros critérios que a única sustentabilidade, de outros motivos
e outras motivações. Dessa forma, um indivíduo que usa o transporte público em vez de
seu carro por motivos relacionados à sua carteira torna uma ação consistente com o
durável. Por outro lado, se ele pegar o transporte público ao invés de seu carro para
reduzir as emissões de gases nocivos, isto é, levando em consideração o valor da
sustentabilidade como ele o concebe para este propósito. momento, sua ação será
respeitada pela sustentabilidade.
27 Qualquer ação respeitosa sustentável conformidade sustentável, qualquer ação ilegal
não é respeitoso sustentável, certas ações são ação sustentável e respeitoso com os
outros não, e desrespeitoso consistente sustentável pode estar de acordo com uma ou
não ser. Ao colocar essa distinção na moralidade kantiana, o que conta aqui é a "boa
vontade" de respeitar a sustentabilidade, uma vontade pré-ação, e não a mera
conformidade que toma forma na própria ação e no momento da -lo. As motivações
expressas nas entrevistas são de todos os tipos: agir por respeito ao dever ou agir por
prazer, por razões econômicas, para melhorar sua imagem com os outros ou consigo
mesmo, e assim por diante. Em outras palavras, é necessário conhecer o status que o
indivíduo dá à sustentabilidade, como um valor ou não, fazer uma separação entre os
celulares sob o dever e os motivos resultantes das inclinações. Não se trata aqui de
tentar conhecer ou avaliar o valor moral da pessoa, mas de saber se a durabilidade é um
valor, um princípio de ação ou não que, abaixo da pureza kantiana, permitiria
estabelecer critérios para avaliar o lugar da sustentabilidade nos discursos e,
indiretamente, nas práticas dos entrevistados. Portanto, e porque as práticas que
estamos analisando estão enraizadas em contextos particulares e não temos acesso às
reais motivações das pessoas, apenas ao que elas nos dizem e ao que elas próprias
querem diga e pense sobre isso11 . Assim, ações que respeitem a sustentabilidade são
aquelas que, de acordo com a sustentabilidade, podem ser assumidas, a despeito das
boas razões que o autor da ação teve que fazer de outra forma. Quanto às ações que
estão simplesmente alinhadas com a sustentabilidade, são aquelas justificadas por um
ou mais motivos que não estão relacionados ao respeito à sustentabilidade.
28 De um modo esquemático e um tanto ideal, na medida em que envolve a noção de
valor, dividimos entre práticas sustentáveis e outras que respeitam o valor sustentável,
tendo em conta que este respeito o valor da sustentabilidade não está muito presente
nos discursos. No âmbito da PériVia, assumimos certa coerência no indivíduo, cujo
único exame nos permite compreender seu modo de agir em uma situação. Podemos
distinguir duas coerências. O primeiro, fraco, consiste no fato de que os diferentes
elementos da estrutura dada não se contradizem. O segundo, forte, acrescenta que
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todos tendem, de forma complementar, para a mesma direção. No entanto, essa


coerência, fraca ou forte, raramente é total e, entre discursos e ações,

3. Fazer com o sustentável: a adaptação


entre conciliação e compensação
29 No conjunto de práticas e discursos, é possível destacar a contradição ou a coerência
entre um discurso (que gostaria de mostrar o quão importante é a durabilidade do
valor) e as práticas observadas graças às trilhas de GPS, mas também a coerência do
modo de vida do respondente, integrando não apenas uma posição de mudança, mas
todas as outras posições (alimentação, consumo, habitação). Assim, parecia sensato
considerar dois mecanismos de adaptação: conciliação e compensação.

3.1. Entre teoria e prática


30 A conciliação é uma deliberação interna do indivíduo que faz, mesmo que nesta
conciliação esta possa levar em consideração elementos relativos a outras pessoas, mas
sempre do ponto de vista do deliberativo. É uma negociação consigo mesmo, relativa a
um ato (e apenas um), às modalidades de sua implementação e que leva à separação
das coisas entre, de um lado, todos os elementos a serem considerados. formada pelas
consequências destinados deste ato e, em segundo lugar, a crença humana, em uma
determinada situação (meta, limitações, e urgência de tempo, identificado escolha
possível, etc). A temporalidade da decisão é da ordem do instantâneo, a deliberação é
feita no local, de forma intuitiva. Além disso, não ocorre sistematicamente para cada
ato e, em alguns casos, é o hábito ou a rotina que presidiu a sua implementação. A
conciliação é feita a partir de múltiplos parâmetros, que o entrevistador assume
hierarquicamente: o tempo gasto nessa ação (não vê esse tempo apenas como despesa);
o custo; prazer e desprazer; o interesse (no sentido amplo) por si mesmo no interesse
dos outros; os valores entre eles; esses mesmos valores em relação a restrições de
contexto ou situação, etc. os valores entre eles; esses mesmos valores em relação a
restrições de contexto ou situação, etc. os valores entre eles; esses mesmos valores em
relação a restrições de contexto ou situação, etc.
S2: "Eu nunca fiz as contas, nunca contei o quanto me custou ir de carro até Orleans.
Eu prefiro o trem porque é mais seguro, mais ecológico e posso trabalhar. Então eu
economizo tempo. O primeiro, o argumento real é o trabalho, trabalhar no trem
ainda é o primeiro argumento. Depois disso, seria um argumento ecológico, mas o
primeiro argumento ainda é poder trabalhar no trem. "
Inv: " Mas isso não é uma justificativa para o fato? "
S2: " Não é verdade. Isso permite que funcione, então é bom. "
Compensação pode ser abordada em oposição à conciliação. Primeiro, é
necessariamente entre vários atos, sejam ou não diferentes campos de prática. Então,
enquanto a conciliação está no domínio da ação, a compensação é mais da ordem da
fala e, portanto, aparece como um modo de justificação.
J1: " Assim, em princípio, sou a favor e tento retê-lo com enormes prescrições,
especialmente transporte! Mas para todo o resto eu tento, por exemplo, eu equipar
minha casa lâmpadas de baixo consumo de energia, tenho uma assinatura EDF dias
de pico. É principalmente um interesse econômico. Mas também tenho más práticas!
Por exemplo, em Veigné eu tenho uma piscina, uma piscina debaixo de uma estufa,
debaixo de um alpendre e assim eu aqueci eletricamente durante o período ... Isso
quer dizer, assim que eu começo a me banhar entre meados -Maré e verão, verão
estou saindo. E então eu aqueço novamente em setembro. Eu tenho um grande
consumo elétrico devido ao aquecimento da água da piscina . "
31 Através deste trecho de entrevista, é possível avançar duas coisas: primeiro, podemos
considerar dois modos de compensação: ter "feito" bem, o entrevistado pode se dar ao
luxo de agir de forma diferente ("menos bom "); tendo-se tornado consciente da
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natureza e das conseqüências de suas ações que, no final, ele avalia negativamente, ele
tenta "alcançar". Então, a conciliação e a compensação não são exclusivas umas das
outras e podem coexistir no mesmo indivíduo, fortalecer ou qualificar para a mesma
prática.

3.2. Figuras
32 Com base nas justificações e explicações recolhidos, é possível identificar os
contornos de figuras 12caracterizando a base do regime de enfrentamento utilizado
pelos respondentes (Figura 2). Essa construção de figuras não é um trabalho de
categorização nem um desejo de erigir uma tipologia na qual as populações estudadas
seriam introduzidas. É mais uma representação esquemática e arquetípica projetada
para ilustrar nossas análises e para dar uma posição relativa de indivíduos em relação a
uma ou mais dessas figuras. Estamos conscientes de que os objetos mobilizaram-se e as
realidades são complexas demais para permitir que se prendam a uma simplificação
que os privaria da maior parte do significado que se busca ali. No entanto,
indutivamente, é possível construir cinco figuras que caracterizam as capacidades que,
em termos absolutos, os indivíduos têm de se adaptar a um sistema de mudança e,
assim, trabalhar, no contexto de mobilidades sustentáveis, um modo de conciliação.
Esses números possibilitam definir as diferentes posturas com as quais cada indivíduo
manipula em graus variados para justificar essas práticas.

Figura 2. Teste de tipologia dos fundamentos da justificativa das práticas no âmbito da


liminar de sustentabilidade

Primeiro Regime de Modalidade de Reporte à


figura
característico adaptação mudança sustentabilidade

O Mantendo o seu
negociação constrangimento ausência
consumidor modo de vida

Sensível à noção de
Os pobres conciliação constrangimento culpa
esforço

o verde espírito militante adesão 13 escolha valorização

O Vida regulada por


conciliação reflexividade ética
dogmático princípios

O
tesoureiro Caça de resíduos negociação reflexo bom senso
14

33 Esses números destacam a existência de tendências, condicionando a capacidade de


adaptação a um sistema em mudança. Assim, os entrevistados se dividem em dois tipos
principais: aqueles que tendem a um modo de vida gerenciado por princípios; aqueles
que tendem para um modo de negociação. E essas tendências referem-se a oposição
entre o valor eo esforço de um lado e culpados e limpar o outro, o que, na justificação
das práticas, se encaixam por isso às vezes muito maniqueísta ou, inversamente, muito
mais complexa. De fato, se "o dogmático" e "o parcimonioso" referem-se apenas a
valores, "os pobres", que ele próprio chama de noção de esforço, e "o ecologista" que
não não, ambos mobilizarão, culparão e depuração com mais ou menos nuances. Para
os pobres a culpa decorre de não estar na norma e o desembaraço aduaneiro, frente a
essa anormalidade, será por algumas ações de baixo custo, e somente essas, por serem
sustentáveis. Quanto ao "verde", a culpa, não mostrado, ainda está presente na busca da
performance, e, portanto, de apuramento perpétua, ele mostrou estar em conformidade
com sustentável, como a empresa chama de um momento t. As figuras descritas aqui
não esgotam o possível e um estudo adicional, efectuada tanto no nosso painel de
respondentes e pela mobilização de outros indivíduos, iria estabelecer, com mais fineza,
uma generalização. a culpa, não exibida, está, no entanto, presente na busca pelo
desempenho e, portanto, no despacho aduaneiro perpétuo, que mostra estar em
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conformidade com o durável, como a empresa o nomeia em um dado momento. As


figuras descritas aqui não esgotam o possível e um estudo adicional, efectuada tanto no
nosso painel de respondentes e pela mobilização de outros indivíduos, iria estabelecer,
com mais fineza, uma generalização. a culpa, não exibida, está, no entanto, presente na
busca pelo desempenho e, portanto, no despacho aduaneiro perpétuo, que mostra estar
em conformidade com o durável, como a empresa o nomeia em um dado momento. As
figuras esboçadas aqui não esgotam as possibilidades e apenas um estudo mais
aprofundado, realizado tanto em nosso painel de respondentes, quanto mobilizando
outros indivíduos, estabeleceria, com maior finesse, uma generalização.

conclusão
34 Do trabalho de investigação emergiu uma constante: a inscrição espacial do indivíduo
refere-se a um sistema complexo de arbitragens, preferências, normas impostas pela
sociedade à qual cada indivíduo pertence, mas acima de tudo que é necessário o
indivíduo para si mesmo por diferentes razões. Assim, a mobilidade não é apenas a
simples ativação das potencialidades do espaço peri-urbano, mas também a atualização
de um modo de "fazer com" hábitos, preferências, aspirações, em uma palavra, com a
identidade próprio para cada um. A elaboração das figuras possibilita a
sustentabilidade não apenas como uma restrição a qual deve ser impelida, mas também
como uma oportunidade para realizar aspirações de identidade. Nossas análises
mostraram que esses números se referem a diferentes atitudes em relação à
sustentabilidade, no campo da mobilidade ou mais amplamente. Essas atitudes são
expressões da possível consideração da sustentabilidade como um valor entre outros,
mas também da maneira pela qual esse valor é aplicado ou não, ou parcialmente, re-
questionado ou morto, adaptado ou não, e do que caminho.
35 Acontece que a lacuna entre o valor da sustentabilidade e sua implementação nunca é
nula. Há sempre a negociação, visando reduzir simbolicamente a tensão entre o ideal e
o possível, entre o possível e o mais ou menos custoso (no sentido amplo do termo,
qualquer que seja a unidade de medida) e, portanto, a adaptação. Há uma solução para
um conflito interno com a pessoa (mas que envolve setores inteiros da sociedade, seu
funcionamento e sua organização viaos incentivos e injunções que declara) a montante
da ação, na ação, às vezes após a ação. Isso destaca dois tipos de valores de adaptação,
mais ou menos coerente, de reconciliação que são, por um lado, que está localizado em
um campo (o da mobilidade, por exemplo) para a escala de tempo da quase imediação
(a decisão sobre a hora e local), e compensação, por outro, o que corresponde à
sobreposição de vários campos na escala de tempo de longo prazo, alcançar um
equilíbrio aceitável aos olhos de o indivíduo, até mesmo uma "boa consciência". Esta
compensação é na forma de poupança ou crédito, antes da ação ou depois.
36 O indivíduo, confrontando-se sistematicamente com a materialidade dos fatos
(território da vida, restrições familiares, imprevistos ...) oscila, na aplicação de seus
valores frente à contingência, entre o respeito destes e um pragmatismo adaptativo
mais ou menos obrigado que é declinado sob estas duas formas principais. Nesta
oscilação, em traços largos, é feita uma interpretação das tensões nas formas de
desenvolver estratégias de adaptação na escala individual. Neste, nossa contribuição
destaca configurações práticas de adaptação, com uma orientação operacional.

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notas
1 Equipe criada para o projeto PériVia.
http://rp.urbanisme.equipement.gouv.fr/puca/activites/periurbain-epreuve-modeles-
habiter1440.pdf
2 A questão da mobilidade, um fenômeno "socioespacial" e, acima de tudo, um "fato social total"
perpassa e se integra em reflexões sobre a construção de posições sociais, sobre a formação de
identidades individuais e sociais (Ramadier , 2007), sobre a prática de localizações geográficas e
a estruturação de modos de viver (Stock, 2005).
3 Selon l’acception commune utilisée en sociologie et psychologie sociale, les valeurs sont des
objectifs ou des fins individuellement et socialement préférables. Elles « apparaissent organisées
en système, hiérarchisées à l’intérieur d’un même ensemble social, et variables dans l’espace et le
temps, donc socialement construites » (Guédez, 2003).
4 Par durabilité, nous entendons la catégorie de pensée servant à la fois de norme, de théorie
pratique et de résultat d’actions non intentionnellement dirigées vers ce but.
5 Le fait que nous posons que l’individu est l’acteur principal a valeur de postulat. Cela n’exclut en
rien les possibles déterminations d’ordre sociologiques qui interviennent dans la capacité
d’action de l’individu, ainsi que dans la légitimité qu’il confère à son action. L’individu est
considéré en situation, c’est-à-dire à un « moment » où ce qui relève du social est en lui (tout en
étant aussi hors de lui) et s’avère ainsi observable par les méthodes mises en œuvre.
6 En prenant pour entrée l’individu, nous actons deux choses : dans le discours, un individu a
besoin d’un décor qui est aussi actant. Parlant de sa mobilité, il montre un réseau (d’individus),
globalement centré sur lui, qui partage sa mobilité, participe à la construction de son identité
sociale et de son vivre ensemble ; l’individu est nécessairement, au-delà de sa capacité
d’autonomie (et de sa traduction), le produit de ce que la société lui permet d’être.
7 Ici, les représentations sont envisagées comme des conceptualisations du réel associées
directement aux valeurs et aux normes, donc socialement construites (Moscovici, 1961 ; Abric,
1994) qui permettent aux individus d’agir (adaptation, différenciation) et de communiquer
efficacement, à l’intérieur comme à l’extérieur du groupe social. C’est un ensemble de référents
dont disposent les individus, dont ils usent selon les situations, selon les acteurs en présence,
selon l’organisation fonctionnelle de l’espace, et notamment dans le cas de leurs pratiques de
déplacement (Carpentier, 2007).
8 Corpus de 37 personnes sur un échantillon de 79, permettant ainsi de couvrir très largement les
critères de périurbanité, de mobilité et de durabilité. Sur le plan sociographique, la
surreprésentation au niveau des catégories socioprofessionnelles, des cadres et professions
intellectuelles supérieures ou des professions intermédiaires (un total de 25 enquêtés) est
considérée à ce stade comme une caractéristique propre aux espaces périurbains.
9 L’alimentation, les circuits courts, les déchets et le recyclage, les économies d’énergie et d’eau,
la qualité du bâti et de son isolation, le jardin vivrier, le commerce équitable, le sport et
l’entretien du corps, l’usage de modes doux, le traitement des pollutions, etc.
10 Kant (1988) parle de conformité au devoir ou de respect envers le devoir (agir « par devoir »).
Il s’appuie sur le concept de volonté bonne qui est la volonté d'agir par devoir et non simplement
conformément au devoir car nos motivations ou nos vues intéressées peuvent rendre conformes
nos actions sans qu'il y ait volonté d'agir par devoir.
11 Nous entrons-là dans ce que Kant appelle l’Anthropologie : « l'Anthropologie est pour Kant la
science de la nature humaine, telle qu'elle est donnée dans l'expérience et telle aussi qu'elle
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apparaît dans l'histoire » (Delbos, 1988).
12 Recourir aux figures revient à reconnaître, de manière implicite, l’impossibilité de travailler
par catégorisation, du fait de la complexité des objets sur lesquels travaillent les sciences
humaines et sociales (aucun de ces objets n’entre totalement dans une catégorie, aussi englobante
celle-ci soit-elle, et une seule).
13 L’adhésion apparaît comme un régime d’adaptation singulier qui renvoie à l’idée kantienne de
respect. Une analyse plus approfondie permettrait d’en saisir toutes les subtilités.
14 Nous utilisons ici le vocable « économe » car il renvoie à une posture de pratiques et de
dépenses toutes deux mesurées se fondant sur une éthique de vie où chaque décision est pesée en
fonction d’une négociation entre la satisfaction d’un besoin personnel et l’ensemble des coûts
engendrés par la réalisation de celui-ci.

Table des illustrations


Titre Figure 1. Le protocole d’enquête de la recherche PériVia
http://journals.openedition.org/developpementdurable/docannexe/image/11057/img-
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Pour citer cet article


Référence électronique
Georges-Henry Laffont et Denis Martouzet, « Adapter les pratiques aux valeurs, adapter les
valeurs aux pratiques : compensation et conciliation des habitants du périurbain pour une
mobilité durable », Développement durable et territoires [En ligne], Vol. 6, n°3 | Décembre 2015,
mis en ligne le 18 décembre 2015, consulté le 12 décembre 2018. URL :
http://journals.openedition.org/developpementdurable/11057 ; DOI :
10.4000/developpementdurable.11057

Auteurs
Georges-Henry Laffont
Georges-Henry Laffont est chercheur à l’UMR CITERES (Tours). Ses recherches, sur le rapport
à l’espace, questionnent les manières de penser et représenter l’urbain, l’expérience individuelle,
la production de l’urbain contemporain, ghlaffont@gmail.com

Denis Martouzet
Denis Martouzet est professeur en urbanisme, membre de l’UMR CITERES (Tours). Ses travaux
portent sur le rapport, notamment affectif, des individus à l’espace et sur le projet comme
système complexe, denis.martouzet@univ-tours.fr

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