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INVESTIGADOR DE POLÍCIA I
APOSTILAS OPÇÃO
LÍNGUA PORTUGUESA
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extra-
em-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo
nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar
1.1. Interpretação e compreensão de textos. palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para
1.1.1. Identificação de tipos textuais: narrativo, descritivo e resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça
dissertativo. a memória visual, favorecendo o entendimento.
1.1.2. Critérios de textualidade: coerência e coesão.
1.1.3. Recursos de construção textual: fonológicos, morfológi- Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva,
cos, sintáticos e semânticos. há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim
1.1.4. Gêneros textuais da Redação Oficial. de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.
1.1.4.1. Princípios gerais.
1.1.4.2. Uso dos pronomes de tratamento. No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto
1.1.4.3. Estrutura interna dos gêneros: ofício, memorando, com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da
requerimento, relatório, parecer. época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen-
1.2. Conhecimentos linguísticos. tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui
1.2.1. Conhecimentos gramaticais de acordo com o padrão não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica
culto da língua. da fonte e na identificação do autor.
1.2.2. Princípios gerais de leitura e produção de texto. Inter-
textualidade. Tipos de discurso. Vozes discursivas: citação, A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de
paródia, alusão, paráfrase, epígrafe. resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exce-
1.2.3. Semântica: construção de sentido; sinonímia, antoní- to, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequa-
mia, homonímia, paronímia, polissemia; denotação e conota- da. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
ção; figuras de linguagem. adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por
1.2.4. Pontuação e efeitos de sentido. isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não
1.2.5. Sintaxe: oração, período, termos das orações; articula- ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra
ção das orações: coordenação e subordinação; concordância alternativa mais completa.
verbal e nominal; regência verbal e nominal.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento
do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontex-
tualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso
Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali- para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para
dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta
compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de será mais consciente e segura.
necessitar de um bom léxico internalizado.
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um
confronto entre todas as partes que compõem o texto.
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá
trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica- até o fim, ininterruptamente;
se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos
diante de uma temática qualquer. umas três vezes ou mais;
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
Denotação e Conotação 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expres- 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
são gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma con- 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compre-
venção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + signi- ensão;
ficado) que se constroem as noções de denotação e conotação. 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto cor-
respondente;
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta,
atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que
depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se
construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
Os textos literários exploram bastante as construções de base conota- exata ou a mais completa;
tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
diferenciadas em seus leitores. lógica objetiva;
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis- 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste resposta;
caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,
ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e definindo o tema e a mensagem;
esclareçam o sentido. 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantís-
Como Ler e Entender Bem um Texto simos na interpretação do texto.
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e Ex.: Ele morreu de fome.
Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc- O TEXTO ARGUMENTATIVO
nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
• Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é Um texto argumentativo tem como objetivo convencer alguém das
transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer
através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje- tema ou assunto.
tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên-
É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar,
cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o
depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve,
que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti-
com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve
vo, fenomênico, ela é exata e dimensional.
também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da
• Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das
leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo
personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos,
que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da
pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen-
opinião.
to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-
cial e econômico . Geralmente apresenta uma estrutura organizada em três partes:
• Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o a introdução, na qual é apresentada a ideia principal ou tese;
observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama, o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal; e
para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as a conclusão. Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser
partes mais típicas desse todo. de diferentes tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados
• Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos estatístico, pesquisas, causas socioeconômicas ou culturais, depoimentos -
ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma enfim tudo o que possa demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor
visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e tem consistência. A conclusão pode apresentar uma possível
típicos. solução/proposta ou uma síntese. Deve utilizar título que chame a atenção
• Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, do leitor e utilizar variedade padrão de língua.
que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de
A linguagem normalmente é impessoal e objetiva.
um incêndio, de uma briga, de um naufrágio.
• Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge- O roteiro da persuasão para o texto argumentativo:
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu-
lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É Na introdução, no desenvolvimento e na conclusão do texto argumen-
predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer tativo espera-se que o redator o leitor de seu ponto de vista. Alguns recur-
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis- sos podem contribuir para que a defesa da tese seja concluída com suces-
mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. so. Abaixo veremos algumas formas de introduzir um parágrafo argumenta-
tivo:
TEXTO DISSERTATIVO • Declaração inicial: É uma forma de apresentar com assertivi-
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons- dade e segurança a tese.
ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques-
tão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever ‘ A aprovação das Cotas para negros vem reparar uma divida moral e
com clareza, coerência e objetividade. um dano social. Oferecer oportunidade igual de ingresso no Ensino Superi-
or ao negro por meio de políticas afirmativas é uma forma de admitir a
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir diferença social marcante na sociedade e de igualar o acesso ao mercado
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como de trabalho.’
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão.
• Interrogação: Cria-se com a interrogação uma relação próxima
com o leitor que, curioso, busca no texto resposta as perguntas feitas na
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan-
introdução.
do o contexto.
‘ Por que nos orgulhamos da nossa falta de consciência coletiva? Por
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em : que ainda insistimos em agir como ‘espertos’ individualistas?’
• Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda-
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob- • Citação ou alusão: Esse recurso garante à defesa da tese cará-
jetiva da definição do ponto de vista do autor. ter de autoridade e confere credibilidade ao discurso argumentativo, pois
• Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo- se apoia nas palavras e pensamentos de outrem que goza de prestigio.
cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan- ‘ As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não
tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias chorarem mais, trazerem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num as costas e irem embora’. O comentário do fotógrafo Sebastião Salgado
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de- sobre o que presenciou na Ruanda é um chamado à consciência públi-
sencadeia a conclusão. ca.’’
• Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in- • Exemplificação: O processo narrativo ou descritivo da exempli-
trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para ficação pode conferir à argumentação leveza a cumplicidade. Porém,
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer deve-se tomar cuidado para que esse recurso seja breve e não interfira
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese no processo persuasivo.
e opinião.
‘ Noite de quarta-feira nos Jardins, bairro paulistano de classe média.
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é
Restaurante da moda, frequentado por jovens bem-nascidos, sofre o se-
a obra ou ação que realmente se praticou.
gundo ‘arrastão’ do mês. Clientes e funcionários são assaltados e amea-
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou
çados de morte. O cotidiano violento de São Paulo se faz presente.’’
Também não há como dizer o que é certo ou errado em termos da ex- Variação linguística: como falantes da língua portuguesa, percebe-
tensão do parágrafo, pois o que é importante mesmo, é a organização das mos que existem situações em que a língua apresenta-se sob uma forma
ideias. No entanto, é sempre útil observar o que diz o dito popular – “nem bastante diferente daquela que nos habituamos a ouvir em casa ou nos
oito, nem oitenta…”. meios de comunicação. Essa diferença pode manifestarse tanto pelo voca-
bulário utilizado, como pela pronúncia ou organização da frase.
Assim como não é aconselhável escrevermos um texto, usando apenas
parágrafos muito curtos, também não é aconselhável empregarmos os Nas relações sociais, observamos que nem todos falam da mesma
muito longos. forma. Isso ocorre porque as línguas naturais são sistemas dinâmicos e
extremamente sensíveis a fatores como, por exemplo, a região geográfica,
Essas observações são muito úteis para quem está iniciando os traba- o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de formalidade do
lhos de redação. Com o tempo, a prática dirá quando e como usar parágra- contexto. Essas diferenças constituem as variações linguísticas.
fos – pequenos, grandes ou muito grandes.
Observe abaixo as especificidades de algumas variações:
Até aqui, vimos que o parágrafo apresenta em sua estrutura, uma ideia
principal e outras secundárias. Isso não significa, no entanto, que sempre a 1. Profissional: no exercício de algumas atividades profissionais, o
ideia principal apareça no início do parágrafo. Há casos em que a ideia domínio de certas formas de línguas técnicas é essencial. As variações
secundária inicia o parágrafo, sendo seguida pela ideia principal. Veja o profissionais são abundantes em termos específicos e têm seu uso restrito
exemplo: ao intercâmbio técnico.
As estacas da cabana tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo 2. Situacional: as diferentes situações comunicativas exigem de um
estremeceu violentamente sob meus pés. Logo percebi que se tratava de mesmo indivíduo diferentes modalidades da língua. Empregam-se, em
um terremoto. situações formais, modalidades diferentes das usadas em situações infor-
mais, com o objetivo de adequar o nível vocabular e sintático ao ambiente
Observe que a ideia mais importante está contida na frase: “Logo per- linguístico em que se está.
cebi que se tratava de um terremoto”, que aparece no final do parágrafo.
As outras frases (ou ideias) apenas explicam ou comprovam a afirmação: 3. Geográfica: há variações entre as formas que a língua portuguesa
“as estacas tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo estremeceu assume nas diferentes regiões em que é falada. Basta prestar atenção na
violentamente sob meus pés” e estas estão localizadas no início do pará- expressão de um gaúcho em contraste com a de um amazonense. Essas
grafo. variações regionais constituem os falares e os dialetos. Não há motivo
linguístico algum para que se considere qualquer uma dessas formas
Então, a respeito da estrutura do parágrafo, concluímos que as ideias superior ou inferior às outras.
podem organizar-se da seguinte maneira:
4. Social: o português empregado pelas pessoas que têm acesso à
Ideia principal + ideias secundárias escola e aos meios de instrução difere do português empregado pelas
pessoas privadas de escolaridade.
ou
Algumas classes sociais, assim, dominam uma forma de língua que
Ideias secundárias + ideia principal
goza prestígio, enquanto outras são vítimas de preconceito por emprega-
rem estilos menos prestigiados. Cria-se, dessa maneira, uma modalidade
Afirmação b. O aluno finge que lê, finge que ouve, finge que estuda.
A profissionalização de uma equipe começa com a procura e aquisição Coerência textual é a relação que se estabelece entre as diversas
das pessoas que tenham experiência e as aptidões adequadas para o partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está ligada ao en-
Comparação: é estabelecida por articuladores : tanto (tão)...como, Gêneros textuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza,
tanto (tal)...como, tão ...quanto, mais ....(do) que, menos ....(do) que, literários ou não. Modalidades discursivas constituem as estruturas e as
assim como. funções sociais (narrativas, dissertativas, argumentativas, procedimentais e
Ele é tão competente quanto Alberto. exortativas), utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa
forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios,
Explicação ou justificativa: os articuladores do tipo pois, que, por- convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comédias,
que introduzem uma justificativa ou explicação a algo já anteriormente contos de fadas, convênios, crônicas, editoriais, ementas, ensaios, entrevis-
referido. tas, circulares, contratos, decretos, discursos políticos
Não se preocupe que eu voltarei A diferença entre Gênero Textual e Tipologia Textual é, no meu en-
pois tender, importante para direcionar o trabalho do professor de língua na
porque leitura, compreensão e produção de textos1. O que pretendemos neste
pequeno ensaio é apresentar algumas considerações sobre Gênero Tex-
As pausas tual e Tipologia Textual, usando, para isso, as considerações feitas por
Os articuladores são, muitas vezes, substituídos por “pausas” (marca- Marcuschi (2002) e Travaglia (2002), que faz apontamentos questionáveis
das por dois pontos, vírgula, ponto final na escrita). Que podem assinalar para o termo Tipologia Textual. No final, apresento minhas considerações
tipos de relações diferentes. a respeito de minha escolha pelo gênero ou pela tipologia.
Compramos tudo pela manhã: à tarde pretendemos viajar. (causalida- Convém afirmar que acredito que o trabalho com a leitura, compreen-
de) são e a produção escrita em Língua Materna deve ter como meta primordial
Não fique triste. As coisas se resolverão. (justificativa) o desenvolvimento no aluno de habilidades que façam com que ele tenha
Ela estava bastante tranquila eu tinha os nervos à flor da pele. ( oposi- capacidade de usar um número sempre maior de recursos da língua para
ção) produzir efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica
Não estive presente à cerimônia. Não posso descrevê-la. (conclusão) de interação humana.
http://www.seaac.com.br/
Luiz Antônio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na esco-
A análise de expressões referenciais é fundamental na interpretação do la a partir da abordagem do Gênero Textual Marcuschi não demonstra
discurso. A identificação de expressões correferentes é importante em favorabilidade ao trabalho com a Tipologia Textual, uma vez que, para ele,
diversas aplicações de Processamento da Linguagem Natural. Expressões o trabalho fica limitado, trazendo para o ensino alguns problemas, uma vez
referenciais podem ser usadas para introduzir entidades em um discurso ou que não é possível, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embo-
podem fazer referência a entidades já mencionadas,podendo fazer uso de ra possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se con-
redução lexical. cretizam em formas diferentes – gêneros – que possuem diferenças especí-
ficas.
Interpretar e produzir textos de qualidade são tarefas muito importantes
na formação do aluno. Para realizá-las de modo satisfatório, é essencial Por outro lado, autores como Luiz Carlos Travaglia (UFUberlândia/MG)
saber identificar e utilizar os operadores sequenciais e argumentativos do defendem o trabalho com a Tipologia Textual. Para o autor, sendo os
discurso. A linguagem é um ato intencional, o indivíduo faz escolhas quan- textos de diferentes tipos, eles se instauram devido à existência de diferen-
do se pronuncia oralmente ou quando escreve. Para dar suporte a essas tes modos de interação ou interlocução. O trabalho com o texto e com os
escolhas, de modo a fazer com que suas opiniões sejam aceitas ou respei- diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da compe-
tadas, é fundamental lançar mão dos operadores que estabelecem ligações tência comunicativa. De acordo com as ideias do autor, cada tipo de texto é
(espécies de costuras) entre os diferentes elementos do discurso. apropriado para um tipo de interação específica. Deixar o aluno restrito a
apenas alguns tipos de texto é fazer com que ele só tenha recursos para
atuar comunicativamente em alguns casos, tornando-se incapaz, ou pouco
Autor e Narrador: Diferenças capaz, em outros. Certamente, o professor teria que fazer uma espécie de
Equipe Aprovação Vest levantamento de quais tipos seriam mais necessários para os alunos, para,
a partir daí, iniciar o trabalho com esses tipos mais necessários.
Qual é, afinal, a diferença entre Autor e Narrador? Existe uma diferença
enorme entre ambos. Marcuschi afirma que os livros didáticos trazem, de maneira equivoca-
da, o termo tipo de texto. Na verdade, para ele, não se trata de tipo de
Diferenças entre Língua Padrão, Linguagem Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.
Formal e Linguagem informal.
Variações regionais:
Língua Padrão: A gramática é um conjunto de regras que estabelecem
um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão.
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes
Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem
a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que,
sempre são obedecidas pelo falante.
em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como:macaxeira e
Os conceitos linguagem formal e linguagem informal estão, sobretu- aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques, ligados
do associados ao contexto social em que a fala é produzida. às características orais da linguagem.
Informal: Num contexto em que o falante está rodeado pela família ou Variações sociais ou culturais:
pelos amigos, normalmente emprega uma linguagem informal, podendo
usar expressões normalmente não usadas em discursos públicos (pala- Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e
vrões ou palavras com um sentido figurado que apenas os elementos do também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exem-
grupo conhecem). Um exemplo de uma palavra que tipicamente só é usada plo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
na linguagem informal, em português europeu, é o adjetivo “chato”.
Formal: A linguagem formal, pelo contrário, é aquela que os falantes As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como
usam quando não existe essa familiaridade, quando se dirigem aos superio- os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
res hierárquicos ou quando têm de falar para um público mais alargado ou
desconhecido. É a linguagem que normalmente podemos observar nos Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um
discursos públicos, nas reuniões de trabalho, nas salas de aula, etc. linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos,
advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.
Portanto, podemos usar a língua padrão, ou seja, conversar, ou escre-
ver de acordo com as regras gramaticais, mas o vocabulário (linguagem) Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor
que escolhemos pode ser mais formal ou mais informal de acordo com a sobre o assunto:
nossa necessidade. Ptofª Eliane
Vício na fala
Variações Linguísticas Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permi- Para pior pió
tindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimen- Para telha dizem teia
tos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso Para telhado dizem teiado
cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social. E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da
fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de infor-
malidade. CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, res- E chamei pra passear.
tringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela A gente fomos no shopping
qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator Pra “mode” a gente lanchar.
foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total sobera- Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
nia sobre as demais. Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro
A progressão temática ocorre geralmente através de um esquema de Incluem frases claras, em que não há ambiguidade sintática ou semân-
temas derivados. Cada argumento pode encerrar um tópico com seus tica, e levam em consideração o significado mais conhecido, mais difundido
respectivos comentários. das palavras.
Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresen- O vocabulário é preciso. Geralmente, estes textos não incluem vocábu-
tam uma preeminência de orações enunciativas, embora também incluam, los a que possam ser atribuídos um multiplicidade de significados, isto é,
com frequência, orações dubitativas e exortativas devido à sua trama evitam os termos polissêmicos e, quando isso não é possível, estabelecem
argumentativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor mediante definições operatórias o significado que deve ser atribuído ao
da informação de base, o assunto em questão; as últimas, para convencer termo polissêmico nesse contexto.
o leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes A Definição
artigos, opta-se por orações complexas que incluem proposições causais
para as fundamentações, consecutivas para dar ênfase aos efeitos, con- Expande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que
cessivas e condicionais. determina de forma clara e precisa as características genéricas e diferenci-
ais do objeto ao qual se refere. Essa descrição contém uma configuração
Para interpretar estes textos, é indispensável captar a postura de elementos que se relacionam semanticamente com o termo a definir
ideológica do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que através de um processo de sinonímia.
circunstâncias e com que propósito foi organizada a informação exposta.
Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar Recordemos a definição clássica de "homem", porque é o exemplo por
estratégias tais como a referência exofórica, a integração crítica dos dados excelência da definição lógica, uma das construções mais generalizadas
do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das dentro deste tipo de texto: O homem é um animal racional. A expansão do
entrelinhas a fim de converter em explícito o que está implícito. termo "homem" - "animal racional" - apresenta o gênero a que pertence,
"animal", e a diferença específica, "racional": a racionalidade é o traço que
Embora todo texto exija para sua interpretação o uso das estratégias nos permite diferenciar a espécie humana dentro do gênero animal.
mencionadas, é necessário recorrer a elas quando estivermos frente a um
texto de trama argumentativa, através do qual o autor procura que o leitor Usualmente, as definições incluídas nos dicionários, seus portadores
aceite ou avalie cenas, ideias ou crenças como verdadeiras ou falsas, mais qualificados, apresentam os traços essenciais daqueles a que se
cenas e opiniões como positivas ou negativas. referem: Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodécimo e último signo ou
parte do Zodíaco, de 30° de amplitude, que o Sol percorre aparentemente
A Reportagem antes de terminar o inverno.
É uma variedade do texto jornalístico de trama conversacional que, Como podemos observar nessa definição extraída do Dicionário de La
para informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma Real Academia Espa1ioJa (RAE, 1982), o significado de um tema base ou
figura-chave para o conhecimento deste tópico. introdução desenvolve-se através de uma descrição que contém seus
A conversação desenvolve-se entre um jornalista que representa a pu- traços mais relevantes, expressa, com frequência, através de orações
blicação e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a unimembres, constituídos por construções endocêntricas (em nosso exem-
atenção dos leitores. plo temos uma construção endocêntrica substantiva - o núcleo é um subs-
tantivo rodeado de modificadores "duodécimo e último signo ou parte do
A reportagem inclui uma sumária apresentação do entrevistado, reali- Zodíaco, de 30° de amplitude..."), que incorporam maior informação medi-
zada com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o diálogo. As ante proposições subordinadas adjetivas: "que o Sol percorre aparentemen-
perguntas são breves e concisas, à medida que estão orientadas para te antes de terminar o inverno".
divulgar as opiniões e ideias do entrevistado e não as do entrevistador.
Língua Portuguesa 18 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
As definições contêm, também, informações complementares relacio- Se coloco a semente em um composto de areia, terra preta, húmus, a
nadas, por exemplo, com a ciência ou com a disciplina em cujo léxico se planta crescerá mais rápido.
inclui o termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimológica do vocábulo
("do lat. piscis"); a sua classificação gramatical (s.p.m.), etc. Quando rego as plantas duas vezes ao dia, os talos começam a
mostrar manchas marrons devido ao excesso de umidade.
Essas informações complementares contêm frequentemente
abreviaturas, cujo significado aparece nas primeiras páginas do Dicionário: Estes relatos adotam uma trama descritiva de processo. A variável
Lat., Latim; Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo próprio masculino, etc. tempo aparece através de numerais ordinais: Em uma primeira etapa, é
possível observar... em uma segunda etapa, aparecem os primeiros brotos
O tema-base (introdução) e sua expansão descritiva - categorias bási- ...; de advérbios ou de locuções adverbiais: Jogo, antes de, depois de, no
cas da estrutura da definição - distribuem-se espacialmente em blocos, nos mesmo momento que, etc., dado que a variável temporal é um componente
quais diferentes informações costumam ser codificadas através de tipogra- essencial de todo processo. O texto enfatiza os aspectos descritivos, apre-
fias diferentes (negrito para o vocabulário a definir; itálico para as etimologi- senta as características dos elementos, os traços distintivos de cada uma
as, etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em bloco median- das etapas do processo.
te barras paralelas e /ou números.
O relato pode estar redigido de forma impessoal: coloca-se, colocado
Prorrogar (Do Jat. prorrogare) V.t.d. l. Continuar, dilatar, estender uma em um recipiente ... Jogo se observa/foi observado que, etc., ou na primeira
coisa por um período determinado. 112. Ampliar, prolongar 113. Fazer pessoa do singular, coloco/coloquei em um recipiente ... Jogo obser-
continuar em exercício; adiar o término de. vo/observei que ... etc., ou do plural: colocamos em um recipiente... Jogo
observamos que... etc. O uso do impessoal enfatiza a distância existente
A Nota de Enciclopédia entre o experimentador e o experimento, enquanto que a primeira pessoa,
Apresenta, como a definição, um tema-base e uma expansão de trama do plural e do singular enfatiza o compromisso de ambos.
descritiva; porém, diferencia-se da definição pela organização e pela ampli- A Monografia
tude desta expansão.
Este tipo de texto privilegia a análise e a crítica; a informação sobre um
A progressão temática mais comum nas notas de enciclopédia é a de determinado tema é recolhida em diferentes fontes.
temas derivados: os comentários que se referem ao tema-base constituem-
se, por sua vez, em temas de distintos parágrafos demarcados por subtítu- Os textos monográficos não necessariamente devem ser realizados
los. Por exemplo, no tema República Argentina, podemos encontrar os com base em consultas bibliográficas, uma vez que é possível terem como
temas derivados: traços geológicos, relevo, clima, hidrografia, biogeografia, fonte, por exemplo, o testemunho dos protagonistas dos fatos, testemunhos
população, cidades, economia, comunicação, transportes, cultura, etc. qualificados ou de especialistas no tema.
Estes textos empregam, com frequência, esquemas taxionômicos, nos As monografias exigem uma seleção rigorosa e uma organização coe-
quais os elementos se agrupam em classes inclusivas e incluídas. Por rente dos dados recolhidos. A seleção e organização dos dados servem
exemplo: descreve-se "mamífero" como membro da classe dos vertebra- como indicador do propósito que orientou o trabalho. Se pretendemos, por
dos; depois, são apresentados os traços distintivos de suas diversas varie- exemplo, mostrar que as fontes consultadas nos permitem sustentar que os
dades: terrestres e aquáticos. aspectos positivos da gestão governamental de um determinado persona-
gem histórico têm maior relevância e valor do que os aspectos negativos,
Uma vez que nestas notas há predomínio da função informativa da lin- teremos de apresentar e de categorizar os dados obtidos de tal forma que
guagem, a expansão é construída sobre a base da descrição científica, que esta valorização fique explícita.
responde às exigências de concisão e de precisão.
Nas monografias, é indispensável determinar, no primeiro parágrafo, o
As características inerentes aos objetos apresentados aparecem atra- tema a ser tratado, para abrir espaço à cooperação ativa do leitor que,
vés de adjetivos descritivos - peixe de cor amarelada escura, com manchas conjugando seus conhecimentos prévios e seus propósitos de leitura, fará
pretas no dorso, e parte inferior prateada, cabeça quase cônica, olhos muito as primeiras antecipações sobre a informação que espera encontrar e
juntos, boca oblíqua e duas aletas dorsais - que ampliam a base informativa formulará as hipóteses que guiarão sua leitura. Uma vez determinado o
dos substantivos e, como é possível observar em nosso exemplo, agregam tema, estes textos transcrevem, mediante o uso da técnica de resumo, o
qualidades próprias daquilo a que se referem. que cada uma das fontes consultadas sustenta sobre o tema, as quais
O uso do presente marca a temporalidade da descrição, em cujo tecido estarão listadas nas referências bibliográficas, de acordo com as normas
predominam os verbos estáticos - apresentar, mostrar, ter, etc. - e os de que regem a apresentação da bibliografia.
ligação - ser, estar, parecer, etc. O trabalho intertextual (incorporação de textos de outros no tecido do
O Relato de Experimentos texto que estamos elaborando) manifesta-se nas monografias através de
construções de discurso direto ou de discurso indireto.
Contém a descrição detalhada de um projeto que consiste em
manipular o ambiente para obter uma nova informação, ou seja, são textos Nas primeiras, incorpora-se o enunciado de outro autor, sem modifica-
que descrevem experimentos. ções, tal como foi produzido. Ricardo Ortiz declara: "O processo da econo-
mia dirigida conduziu a uma centralização na Capital Federal de toda
O ponto de partida destes experimentos é algo que se deseja saber, tramitação referente ao comércio exterior'] Os dois pontos que prenunciam
mas que não se pode encontrar observando as coisas tais como estão; é a palavra de outro, as aspas que servem para demarcá-la, os traços que
necessário, então, estabelecer algumas condições, criar certas situações incluem o nome do autor do texto citado, 'o processo da economia dirigida -
para concluir a observação e extrair conclusões. Muda-se algo para consta- declara Ricardo Ortiz - conduziu a uma centralização...') são alguns dos
tar o que acontece. Por exemplo, se se deseja saber em que condições sinais que distinguem frequentemente o discurso direto.
uma planta de determinada espécie cresce mais rapidamente, pode-se
colocar suas sementes em diferentes recipientes sob diferentes condições Quando se recorre ao discurso indireto, relata-se o que foi dito por ou-
de luminosidade; em diferentes lugares, areia, terra, água; com diferentes tro, em vez de transcrever textualmente, com a inclusão de elementos
fertilizantes orgânicos, químicos etc., para observar e precisar em que subordinadores e dependendo do caso - as conseguintes modificações,
circunstâncias obtém-se um melhor crescimento. pronomes pessoais, tempos verbais, advérbios, sinais de pontuação, sinais
auxiliares, etc.
A macroestrutura desses relatos contém, primordialmente, duas cate-
gorias: uma corresponde às condições em que o experimento se realiza, Discurso direto: ‘Ás raízes de meu pensamento – afirmou Echeverría -
isto é, ao registro da situação de experimentação; a outra, ao processo nutrem-se do liberalismo’
observado. Discurso indireto: 'Écheverría afirmou que as raízes de seu
Nesses textos, então, são utilizadas com frequência orações que co- pensamento nutriam -se do liberalismo'
meçam com se (condicionais) e com quando (condicional temporal):
Pelo contrário, as intervenções dos professores no quadro das incorre- Todos estes recursos permitem juntar uma frase ou uma sequência a
ções a nível da estrutura do texto, permite-nos concluir que essas incorre- uma outra que se encontre próxima em termos de estrutura de texto, reto-
ções não são designadas através de vocabulário técnico, traduzindo, na mando num elemento de uma sequência um elemento presente numa
maior parte das vezes, uma impressão global da leitura (incompreensível; sequência anterior:
não quer dizer nada).
a)-Pronominalizações: a utilização de um pronome torna possível a re-
Para além disso, verificam-se práticas de correção algo brutais (refazer; petição, à distância, de um sintagma ou até de uma frase inteira.
reformular) sendo, poucas vezes, acompanhadas de exercícios de recupe-
ração. O caso mais frequente é o da anáfora, em que o referente antecipa o
pronome.
Esta situação é pedagogicamente penosa, uma vez que se o professor Ex.: Uma senhora foi assassinada ontem. Ela foi encontrada estrangu-
desconhece um determinado quadro normativo, encontra-se reduzido a lada no seu quarto.
fazer respeitar uma ordem sobre a qual não tem nenhum controle.
No caso mais raro da catáfora, o pronome antecipa o seu referente.
Antes de passarmos à apresentação e ao estudo dos quatro princípios Ex.: Deixe-me confessar-lhe isto: este crime impressionou-me. Ou ain-
de coerência textual, há que esclarecer a problemática criada pela dicoto- da: Não me importo de o confessar: este crime impressionou-me.
mia coerência/coesão que se encontra diretamente relacionada com a
dicotomia coerência macro-estrutural/coerência micro-estrutural. Teremos, no entanto, que ter cuidado com a utilização da catáfora, pa-
ra nos precavermos de enunciados como este:
Mira Mateus considera pertinente a existência de uma diferenciação Ele sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com o António.
entre coerência textual e coesão textual.
Num enunciado como este, não há qualquer possibilidade de identificar
Assim, segundo esta autora, coesão textual diz respeito aos processos ele com António. Assim, existe apenas uma possibilidade de interpretação:
linguísticos que permitem revelar a inter-dependência semântica existente ele dirá respeito a um sujeito que não será nem o João nem o António, mas
entre sequências textuais: que fará parte do conhecimento simultâneo do emissor e do receptor.
Ex.: Entrei na livraria mas não comprei nenhum livro.
Para que tal aconteça, torna-se necessário reformular esse enunciado:
Para a mesma autora, coerência textual diz respeito aos processos O António sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com ele.
mentais de apropriação do real que permitem inter-relacionar sequências
textuais: As situações de ambiguidade referencial são frequentes nos textos dos
Ex.: Se esse animal respira por pulmões, não é peixe. alunos.
Ex.: O Pedro e o meu irmão banhavam-se num rio.
Pensamos, no entanto, que esta distinção se faz apenas por razões de Um homem estava também a banhar-se.
sistematização e de estruturação de trabalho, já que Mira Mateus não Como ele sabia nadar, ensinou-o.
hesita em agrupar coesão e coerência como características de uma só
propriedade indispensável para que qualquer manifestação linguística se Neste enunciado, mesmo sem haver uma ruptura na continuidade se-
transforme num texto: a conetividade. quencial, existem disfunções que introduzem zonas de incerteza no texto:
ele sabia nadar(quem?),
Para Charolles não é pertinente, do ponto de vista técnico, estabelecer ele ensinou-o (quem?; a quem?)
uma distinção entre coesão e coerência textuais, uma vez que se torna
difícil separar as regras que orientam a formação textual das regras que b)-Expressões Definidas: tal como as pronominalizações, as expres-
orientam a formação do discurso. sões definidas permitem relembrar nominalmente ou virtualmente um
elemento de uma frase numa outra frase ou até numa outra sequência
Além disso, para este autor, as regras que orientam a micro-coerência textual.
são as mesmas que orientam a macro-coerência textual. Efetivamente, Ex.: O meu tio tem dois gatos. Todos os dias caminhamos no jardim.
quando se elabora um resumo de um texto obedece-se às mesmas regras Os gatos vão sempre conosco.
de coerência que foram usadas para a construção do texto original.
Os alunos parecem dominar bem esta regra. No entanto, os problemas
Assim, para Charolles, micro-estrutura textual diz respeito às relações aparecem quando o nome que se repete é imediatamente vizinho daquele
Também neste caso, surgem algumas regras que se torna necessário Quando analisamos certos exercícios de prolongamento de texto (con-
respeitar. Por exemplo, o termo mais genérico não pode preceder o seu tinuar a estruturação de um texto a partir de um início dado) os alunos são
representante mais específico. levados a veicular certas informações pressupostas pelos professores.
Ex.: O piloto alemão venceu ontem o grande prêmio da Alemanha. S-
chumacher festejou euforicamente junto da sua equipa. Por exemplo, quando se apresenta um início de um texto do tipo: Três
crianças passeiam num bosque. Elas brincam aos detetives. Que vão eles
Se se inverterem os substantivos, a relação entre os elementos linguís- fazer?
ticos torna-se mais clara, favorecendo a coerência textual. Assim, Schuma-
cher, como termo mais específico, deveria preceder o piloto alemão. A interrogação final permite-nos pressupor que as crianças vão real-
mente fazer qualquer coisa.
No entanto, a substituição de um lexema acompanhado por um deter-
minante, pode não ser suficiente para estabelecer uma coerência restrita. Um aluno que ignore isso e que narre que os pássaros cantavam en-
Atentemos no seguinte exemplo: quanto as folhas eram levadas pelo vento, será punido por ter apresentado
uma narração incoerente, tendo em conta a questão apresentada.
Picasso morreu há alguns anos. O autor da "Sagração da Primavera"
doou toda a sua coleção particular ao Museu de Barcelona. No entanto, um professor terá que ter em conta que essas inferências
ou essas pressuposições se relacionam mais com o conhecimento do
A presença do determinante definido não é suficiente para considerar mundo do que com os elementos linguísticos propriamente ditos.
que Picasso e o autor da referida peça sejam a mesma pessoa, uma vez
que sabemos que não foi Picasso mas Stravinski que compôs a referida Assim, as dificuldades que os alunos apresentam neste tipo de exercí-
peça. cios, estão muitas vezes relacionadas com um conhecimento de um mundo
ao qual eles não tiveram acesso. Por exemplo, será difícil a um aluno
Neste caso, mais do que o conhecimento normativo teórico, ou lexico- recriar o quotidiano de um multi-milionário,senhor de um grande império
enciclopédico, são importantes o conhecimento e as convicções dos parti- industrial, que vive numa luxuosa vila.
cipantes no ato de comunicação, sendo assim impossível traçar uma fron-
teira entre a semântica e a pragmática. 2.Princípio da Progressão: para que um texto seja coerente, torna-se
necessário que o seu desenvolvimento se faça acompanhar de uma infor-
Há também que ter em conta que a substituição lexical se pode efetuar mação semântica constantemente renovada.
por
- Sinonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior Este segundo princípio completa o primeiro, uma vez que estipula que
parte dos traços semânticos idêntica: A criança caiu. O miúdo nun- um texto, para ser coerente, não se deve contentar com uma repetição
ca mais aprende a cair! constante da própria matéria.
- Antonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior
parte dos traços semânticos oposta: Disseste a verdade? Isso Alguns textos dos alunos contrariam esta regra. Por exemplo: O ferreiro
cheira-me a mentira! estava vestido com umas calças pretas, um chapéu claro e uma vestimenta
- Hiperonímia-a primeira expressão mantém com a segunda uma re- preta. Tinha ao pé de si uma bigorna e batia com força na bigorna. Todos
lação classe-elemento: Gosto imenso de marisco. Então lagosta, os gestos que fazia consistiam em bater com o martelo na bigorna. A
adoro! bigorna onde batia com o martelo era achatada em cima e pontiaguda em
- Hiponímia- a primeira expressão mantém com a segunda uma re- baixo e batia com o martelo na bigorna.
lação elemento-classe: O gato arranhou-te? O que esperavas de
um felino? Se tivermos em conta apenas o princípio da recorrência, este texto não
será incoerente, será até coerente demais.
d)-Retomas de Inferências: neste caso, a relação é feita com base em
conteúdos semânticos não manifestados, ao contrário do que se passava No entanto, segundo o princípio da progressão, a produção de um tex-
com os processos de recorrência anteriormente tratados. to coerente pressupõe que se realize um equilíbrio cuidado entre continui-
dade temática e progressão semântica.
Vejamos:
P - A Maria comeu a bolacha? Torna-se assim necessário dominar, simultaneamente, estes dois prin-
R1 - Não, ela deixou-a cair no chão. cípios (recorrência e progressão) uma vez que a abordagem da informação
R2 - Não, ela comeu um morango. não se pode processar de qualquer maneira.
R3 - Não, ela despenteou-se.
Assim, um texto será coerente se a ordem linear das sequências a-
Vamos, seguidamente, preocupar-nos, sobretudo, com o caso das con- Assim, o leitor vai esforçar-se na procura de um fio condutor de pen-
tradições inferenciais e pressuposicionais. samento que conduza a uma estrutura coerente.
Existe contradição inferencial quando a partir de uma proposição po- Tudo isto para dizer que deve existir nos nossos sistemas de pensa-
demos deduzir uma outra que contradiz um conteúdo semântico apresenta- mento e de linguagem uma espécie de princípio de coerência verbal (com-
do ou dedutível. parável com o princípio de cooperação de Grice8 estipulando que, seja qual
Ex.: A minha tia é viúva. O seu marido coleciona relógios de bolso. for o discurso, ele deve apresentar forçosamente uma coerência própria,
uma vez que é concebido por um espírito que não é incoerente por si
As inferências que autorizam viúva não só não são retomadas na se- mesmo.
gunda frase, como são perfeitamente contraditas por essa mesma frase.
É justamente tendo isto em conta que devemos ler, avaliar e corrigir os
O efeito da incoerência resulta de incompatibilidades semânticas pro- textos dos nossos alunos.
fundas às quais temos de acrescentar algumas considerações temporais,
uma vez que, como se pode ver, basta remeter o verbo colecionar para o 1. Coerência:
pretérito para suprimir as contradições. Produzimos textos porque pretendemos informar, divertir, explicar, con-
vencer, discordar, ordenar, ou seja, o texto é uma unidade de significado
As contradições pressuposicionais são em tudo comparáveis às infe- produzida sempre com uma determinada intenção. Assim como a frase não
renciais, com a exceção de que no caso das pressuposicionais é um conte- é uma simples sucessão de palavras, o texto também não é uma simples
údo pressuposto que se encontra contradito. sucessão de frases, mas um todo organizado capaz de estabelecer contato
Ex.: O Júlio ignora que a sua mulher o engana. A sua esposa é-lhe per- com nossos interlocutores, influindo sobre eles. Quando isso ocorre, temos
feitamente fiel. um texto em que há coerência.
Na segunda frase, afirma-se a inegável fidelidade da mulher de Júlio, A coerência é resultante da não-contradição entre os diversos segmen-
enquanto a primeira pressupõe o inverso. tos textuais que devem estar encadeados logicamente. Cada segmento
textual é pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez será pressu-
É frequente, nestes casos, que o emissor recupere a contradição pre- posto para o que lhe estender, formando assim uma cadeia em que todos
sente com a ajuda de conectores do tipo mas, entretanto, contudo, no eles estejam concatenados harmonicamente. Quando há quebra nessa
entanto, todavia, que assinalam que o emissor se apercebe dessa contradi- concatenação, ou quando um segmento atual está em contradição com um
ção, assume-a, anula-a e toma partido dela. anterior, perde-se a coerência textual.
Ex.: O João detesta viajar. No entanto, está entusiasmado com a parti-
da para Itália, uma vez que sempre sonhou visitar Florença. A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao con-
texto extra verbal, ou seja, àquilo o que o texto faz referência, que precisa
4.Princípio da Relação: para que um texto seja coerente, torna-se ne- ser conhecido pelo receptor.
cessário que denote, no seu mundo de representação, fatos que se apre-
sentem diretamente relacionados. Ao ler uma frase como "No verão passado, quando estivemos na capi-
tal do Ceará Fortaleza, não pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto
Ou seja, este princípio enuncia que para uma sequência ser admitida que chegou a nevar", percebemos que ela é incoerente em decorrência da
como coerente, terá de apresentar ações, estados ou eventos que sejam incompatibilidade entre um conhecimento prévio que temos da realizada
congruentes com o tipo de mundo representado nesse texto. com o que se relata. Sabemos que, considerando uma realidade "normal",
em Fortaleza não neva (ainda mais no verão!).
Assim, se tivermos em conta as três frases seguintes
1 - A Silvia foi estudar. Claro que, inserido numa narrativa ficcional fantástica, o exemplo acima
2 - A Silvia vai fazer um exame. poderia fazer sentido, dando coerência ao texto - nesse caso, o contexto
3 - O circuito de Adelaide agradou aos pilotos de Fórmula 1. seria a "anormalidade" e prevaleceria a coerência interna da narrativa.
A sequência formada por 1+2 surge-nos, desde logo, como sendo mais No caso de apresentar uma inadequação entre o que informa e a reali-
congruente do que as sequências 1+3 ou 2+3. dade "normal" pré-conhecida, para guardar a coerência o texto deve apre-
O avião (1) deixou Maringá às 7 horas de sábado e pousou no aeropor- Pronomes: a função gramatical do pronome é justamente substituir ou
to de Congonhas às 8h27. Na volta, o bimotor (1) decolou para Maringá às acompanhar um nome. Ele pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a
21h20 e, minutos depois, caiu na altura do número 375 da Rua Andaquara, ideia contida em um parágrafo ou no texto todo. Na matéria-exemplo, são
uma espécie de vila fechada, próxima à avenida Nossa Senhora do Sabará, nítidos alguns casos de substituição pronominal: o sogro de Name Júnior
uma das avenidas mais movimentadas da Zona Sul de São Paulo. Ainda (4), Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha
não se conhece as causas do acidente (2). O avião (1) não tinha caixa Ribeiro Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela
preta e a torre de controle também não tem informações. O laudo técnico (6), João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos. O pronome possessivo seus
demora no mínimo 60 dias para ser concluído. retoma Name Júnior (os filhos de Name Júnior...); o pronome pessoal ela,
contraído com a preposição de na forma dela, retoma Gabriela Gimenes
Segundo testemunhas, o bimotor (1) já estava em chamas antes de ca- Ribeiro (e o marido de Gabriela...). No último parágrafo, o pronome pessoal
ir em cima de quatro casas (9). Três pessoas (10) que estavam nas casas elas retoma as três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião:
(9) atingidas pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram ferimen- Elas (10) não sofreram ferimentos graves.
tos graves. (10) Apenas escoriações e queimaduras. Elídia Fiorezzi, de 62
anos, Natan Fiorezzi, de 6, e Josana Fiorezzi foram socorridos no Pronto Epítetos: são palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo
Socorro de Santa Cecília. que se referem a um elemento do texto, qualificam-no. Essa qualificação
pode ser conhecida ou não pelo leitor. Caso não seja, deve ser introduzida
Vejamos, por exemplo, o elemento (1), referente ao avião envolvido no de modo que fique fácil a sua relação com o elemento qualificado.
acidente. Ele foi retomado nove vezes durante o texto. Isso é necessário à
clareza e à compreensão do texto. A memória do leitor deve ser reavivada Exemplos:
a cada instante. Se, por exemplo, o avião fosse citado uma vez no primeiro a) (...) foram elogiadas pelo por Fernando Henrique Cardoso. O pre-
parágrafo e fosse retomado somente uma vez, no último, talvez a clareza sidente, que voltou há dois dias de Cuba, entregou-lhes um certifi-
da matéria fosse comprometida. cado... (o epíteto presidente retoma Fernando Henrique Cardoso;
poder-se-ia usar, como exemplo, sociólogo);
E como retomar os elementos do texto? Podemos enumerar alguns b) Edson Arantes de Nascimento gostou do desempenho do Brasil.
mecanismos: Para o ex-Ministro dos Esportes, a seleção... (o epíteto ex-Ministro
dos Esportes retoma Edson Arantes do Nascimento; poder-se-iam,
Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de mais nada, antes Em um texto existem dois tipos de informações implícitas, o pressu-
de tudo, em princípio, primeiramente, acima de tudo, precipuamente, princi- posto e o subentendido.
palmente, primordialmente, sobretudo, a priori (itálico), a posteriori (itálico). O pressuposto é a informação que pode ser compreendida por uma
palavra ou frase dentro do próprio texto, faz o receptor aceitar várias ideias
Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterio- do emissor.
ridade): então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princí-
pio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, poste- O subentendido gera confusão, pois se trata de uma insinuação, não
riormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente agora atualmente, hoje, sendo possível afirmar com convicção.
frequentemente, constantemente às vezes, eventualmente, por vezes,
A diferença entre ambos é que o pressuposto é responsável pelo emissor e
ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simulta-
a informação já está no enunciado, já no subentendido o receptor tira suas
neamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, nesse hiato, enquanto, quan-
próprias conclusões. Profª Gracielle
do, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que,
todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal, nem bem.
Parágrafo:
Semelhança, comparação, conformidade: igualmente, da mesma
forma, assim também, do mesmo modo, similarmente, semelhantemente, Os textos são estruturados geralmente em unidades menores, os pa-
analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de rágrafos, identificados por um ligeiro afastamento de sua primeira linha em
acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, relação à margem esquerda da folha. Possuem extensão variada: há pará-
tanto quanto, como, assim como, como se, bem como. grafos longos e parágrafos curtos. O que vai determinar sua extensão é a
Leia o texto para responder às próximas 3 questões. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 4 - De acordo com o texto, os brasileiros são
piores do que outros povos em
Sobre os perigos da leitura (A) eficiência de correios e andar a pé.
Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente (B) ajuste de relógios e andar a pé.
da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o (C) marcar compromissos fora de hora.
que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabili- (D) criar desculpas para atrasos.
dade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 (E) dar satisfações por atrasos.
minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada?
Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam- (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 5 - Pondo foco no processo de coesão textual
se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja do 2.º parágrafo, pode-se concluir que Levine é um
leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os (A) jornalista.
meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a (B) economista.
mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esfor- (C) cronometrista.
çando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de (D) ensaísta.
todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...] (E) psicólogo.
A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o
oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 6 - A expressão chá de cadeira, no texto, tem o
de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear significado de
os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treina- (A) bebida feita com derivado de pinho.
dos durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre (B) ausência de convite para dançar.
os próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado! (C) longa espera para conseguir assento.
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse (D) ficar sentado esperando o chá.
se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado (E) longa espera em diferentes situações.
pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.
(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado) Leia o texto para responder às próximas 4 questões.
(A) Thierry Henry ter dado um passe com a mão para o gol da França. (MP/RS – 2010 – FCC) 11 - O assunto do texto está corretamente resumi-
(B) a Gillette ter modificado a publicidade do futebolista francês. do em:
(C) a Gillete não concordar com que a França dispute a Copa do Mundo. (A) O uso da internet deveria motivar reações contrárias de inúmeros
(D) Thierry Henry ganhar 8,4 milhões de dólares anuais com a propaganda. especialistas, a exemplo de Nicholas Carr, que procura descobrir as cone-
(E) a FIFA não ter cancelado o jogo em que a França se classificou. xões entre raciocínio lógico e estudos científicos sobre o funcionamento do
cérebro.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 8 - A expressão o gato subiu no telhado é parte (B) O mundo virtual oferecido pela internet propicia o desenvolvimento de
de uma conhecida anedota em que uma mulher, depois de contar abrupta- diversas capacidades cerebrais em todos aqueles que se dedicam a essa
mente ao marido que seu gato tinha morrido, é advertida de que deveria ter navegação, ainda pouco estudadas e explicitadas em termos científicos.
dito isso aos poucos: primeiramente, que o gato tinha subido no telhado, (C) Segundo Nicholas Carr, o uso frequente da internet produz alterações
depois, que tinha caído e, depois, que tinha morrido. No texto em questão, no funcionamento do cérebro, pois estimula leituras superficiais e distraí-
a expressão pode ser interpretada da seguinte maneira: das, comprometendo a formulação de raciocínios mais sofisticados.
(D) Usar a internet estimula funções cerebrais, pelas facilidades de percep-
(A) foi com a “mão do gato” que Thierry assegurou a classificação da Fran- ção e de domínio de assuntos diversificados e de formatos diferenciados de
ça. textos, que permitem uma leitura dinâmica e de acordo com o interesse do
(B) Thierry era um bom jogador antes de ter agido com má fé. usuário.
(C) a Gillette já cortou, de fato, o contrato com o jogador francês. (E) O novo livro de Nicholas Carr, a ser publicado, desperta a curiosidade
(D) a Fifa reprovou amplamente a atitude antiesportiva de Thierry Henry. do leitor pelo tratamento ficcional que seu autor aplica a situações concre-
(E) a situação de Thierry, como garoto-propaganda da Gillette, ficou instá- tas do funcionamento do cérebro, trazidas pelo uso disseminado da inter-
vel. net.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 9 - A expressão diz que não, no final do 2.º (MP/RS – 2010 – FCC) 12 - Curiosamente, no caso da internet, os verda-
parágrafo, significa que deiros fundamentos científicos deveriam, sim, provocar reações muito
estridentes. O autor, para embasar a opinião exposta no 2o parágrafo,
(A) a Procter & Gamble nega o rompimento do contrato. (A) se vale da enorme projeção conferida ao pesquisador antes citado,
(B) o jogo em que a França se classificou deve ser refeito. ironicamente oferecida pela própria internet, em seu website.
(C) a repercussão na França foi bastaPnte negativa. (B) apoia-se nas conclusões de Nicholas Carr, baseadas em dezenas de
(D) a Procter & Gamble é proprietária da Gillette. estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro humano.
(E) os publicitários franceses se opõem a Thierry. (C) condena, desde o início, as novas tecnologias, cujo uso indiscriminado
vemprovocando danos em partes do cérebro.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 10 - Segundo a revista Forbes, (D) considera, como base inicial de constatação a respeito do uso da inter-
(A) Thierry deverá perder muito dinheiro daqui para frente. net, que ela nos torna menos sensíveis a sentimentos como compaixão e
(B) há três jogadores que faturam mais que Thierry em publicidade. piedade.
(C) o jogador francês possui contratos publicitários milionários. (E) questiona a ausência de fundamentos científicos que, no caso da inter-
(D) o ganho de Thierry, somado à publicidade, ultrapassa 28 milhões. net, [...]deveriam, sim, provocar reações muito estridentes.
(E) é um absurdo o que o jogador ganha com o futebol e a publicidade.
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo.
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo.
Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista The Atlantic, o polêmico artigo Também nas cidades de porte médio, localizadas nas vizinhanças das
"Estará o Google nos tornando estúpidos?" O texto ganhou a capa da regiões metropolitanas do Sudeste e do Sul do país, as pessoas tendem
revista e, desde sua publicação, encontra-se entre os mais lidos de seu cada vez mais a optar pelo carro para seus deslocamentos diários, como
website. O autor nos brinda agora com The Shallows: What the internet is mostram dados do Departamento Nacional de Trânsito. Em consequência,
doing with our brains, um livro instrutivo e provocativo, que dosa lingua- congestionamentos, acidentes, poluição e altos custos de manutenção da
gem fluida com a melhor tradição dos livros de disseminação científica. malha viária passaram a fazer parte da lista dos principais problemas
Novas tecnologias costumam provocar incerteza e medo. As reações mais desses municípios.
estridentes nem sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente, no Cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das capitais,
caso da internet, os verdadeiros fundamentos científicos deveriam, sim, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas
provocar reações muito estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos. A facilida-
científicos sobre o funcionamento do cérebro humano. Conclui que a inter- de de crédito e a isenção de impostos são alguns dos elementos que têm
net está provocando danos em partes do cérebro que constituem a base do colaborado para a realização do sonho de ter um carro. E os brasileiros
que entendemos como inteligência, além de nos tornar menos sensíveis a desses municípios passaram a utilizar seus carros até para percorrer curtas
sentimentos como compaixão e piedade. distâncias, mesmo perdendo tempo em congestionamentos e apesar dos
O frenesi hipertextual da internet, com seus múltiplos e incessantes estímu- alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo
los, adestra nossa habilidade de tomar pequenas decisões. Saltamos textos aumento da frota.
Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fo- SÍLABA
nemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados
quais caracterizam a oposição entre os vocábulos. numa só emissão de voz.
Ex.: em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em:
si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de FONEMA. • Monossílabo - possui uma só sílaba: pá, mel, fé, sol.
• Dissílabo - possui duas sílabas: ca-sa, me-sa, pom-bo.
Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três sílabas e • Trissílabo - possui três sílabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta.
seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa sílaba pode haver um ou mais • Polissílabo - possui mais de três sílabas: es-co-la-ri-da-de, hos-pi-ta-
fonemas. li-da-de.
No sistema fonética do português do Brasil há, aproximadamente, 33 fo-
nemas. TONICIDADE
Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se
É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica.
Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja 1. Para (verbo) de para (preposição)
um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo”
são acentuadas porque as vogais “i” e “u” estão tônicas nestas palavras. “Esse carro velho para em toda esquina”.
“Estarei voltando para casa daqui a uma hora”.
2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:
1. Pela, pelo (verbo pelar) de pela, pelo (preposição + artigo) e pelo (subs-
• L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível. tantivo)
• N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen. 2. Polo (substantivo) de polo (combinação antiga e popular de por e lo).
• R – câncer, caráter, néctar, repórter. 3. pera (fruta) de pera (preposição arcaica).
• X – tórax, látex, ônix, fênix.
• PS – fórceps, Quéops, bíceps.
As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros
elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das processos para formação de palavras, como:
palavras.
• Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas
por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo,
Exs.:
grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, alco-
cinzeiro = cinza + eiro
ômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino
endoidecer = en + doido + ecer
/ sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego);
predizer = pre + dizer
• Onomatopeia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zun-
Os principais elementos móficos são : zum, miau);
SUFIXO
Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma São invariáveis:
de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães; a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pi-
ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc. sa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo;
b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não-
3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém, molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem-
armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns. desocupa-o-copo;
4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar, c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o
lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hí- perde-ganha, os perde-ganha.
fens (ou hífenes). Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso
Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones. por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guarda-
5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, ani- marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa-
mais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis. dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou
Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules. salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate.
6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil,
fósseis; réptil, répteis. Adjetivos Compostos
Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, bar- Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona.
ris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis. Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latino-
7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o americanos; cívico-militar, cívico-militares.
pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tôni- 1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando o
cos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses; segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos
Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é se- Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico:
melhante a dos substantivos. - Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade -
Veja o esquema dos tempos simples em português: O VERBO HAVER (empregado impessoalmente)
Presente (falo)
O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na
INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei)
3ª pessoa do singular - quando significa:
Imperfeito (falava)
1) EXISTIR
Mais- que-perfeito (falara)
Há pessoas que nos querem bem.
Futuro do presente (falarei)
Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá.
do pretérito (falaria)
Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios.
Presente (fale)
Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.
SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse)
2) ACONTECER, SUCEDER
Futuro (falar)
Houve casos difíceis na minha profissão de médico.
Não haja desavenças entre vós.
Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que
Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.
se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema
3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado:
dos tempos simples.
Há meses que não o vejo.
Infinitivo impessoal (falar)
Haverá nove dias que ele nos visitou.
Pessoal (falar eu, falares tu, etc.)
Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava.
FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando)
O fato aconteceu há cerca de oito meses.
Particípio (falado)
Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no
5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser:
pretérito imperfeito, e não no presente:
a) agente do fato expresso.
Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada.
O carroceiro disse um palavrão.
Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos.
(sujeito agente)
Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo.
O verbo está na voz ativa.
Havia (e não HÁ) muito tempo que a policia o procurava.
b) paciente do fato expresso:
4) REALIZAR-SE
Um palavrão foi dito pelo carroceiro.
Houve festas e jogos.
(sujeito paciente)
Se não chovesse, teria havido outros espetáculos.
O verbo está na voz passiva.
Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.
c) agente e paciente do fato expresso:
5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e
O carroceiro machucou-se.
seguido de infinitivo):
(sujeito agente e paciente)
Em pontos de ciência não há transigir.
O verbo está na voz reflexiva.
Não há contê-lo, então, no ímpeto.
6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de
Não havia descrer na sinceridade de ambos.
rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical.
Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas.
Falo - Estudam.
E não houve convencê-lo do contrário.
Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está
Não havia por que ficar ali a recriminar-se.
fora do radical.
Falamos - Estudarei.
Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de
7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em:
há muito (= desde muito tempo, há muito tempo):
a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua
De há muito que esta árvore não dá frutos.
conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto -
De há muito não o vejo.
cantei - cantarei – cantava - cantasse.
b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou
O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com
nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse.
ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª
c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa,
pessoa do singular:
como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fe-
Vai haver eleições em outubro.
nômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc.
Começou a haver reclamações.
d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o
Não pode haver umas sem as outras.
mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: ma-
Parecia haver mais curiosos do que interessados.
tado - morto - enxugado - enxuto.
Mas haveria outros defeitos, devia haver outros.
e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conju-
gação.
A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser
verbo ser: sou - fui
construída de três modos:
verbo ir: vou - ia
Hajam vista os livros desse autor.
Haja vista os livros desse autor.
QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO Haja vista aos livros desse autor.
CRER REQUERER
Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem
Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste,
Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam requereram
Conjugam-se como crer, ler e descrer Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos,
requerereis, requereram
DIZER Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis,
Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem requererão
Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere-
Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, ríeis, requereriam
disseram Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram
Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais,
Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam requeiram
Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,
Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, requerêsseis, requeressem,
dissesse Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem requerem
Particípio dito Gerúndio requerendo
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer Particípio requerido
O verbo REQUERER não se conjuga como querer.
FAZER
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem REAVER
Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Presente do indicativo reavemos, reaveis
Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve-
Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão ram
Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis,
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam reouveram
Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou-
Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, vésseis, reouvessem
fizessem Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem reouverem
Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen-
ta a letra v
PERDER
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem SABER
Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem
Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam
Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos,
PODER soubéreis, souberam
Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam
ABOLIR OUVIR
Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem
Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam
Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis, Particípio ouvido
aboliram
Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão PEDIR
Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Presente do subjuntivo não há Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram
Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis, Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam
abolissem Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam
Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir
Imperativo afirmativo abole, aboli
Imperativo negativo não há POLIR
Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem
Infinitivo impessoal abolir Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Gerúndio abolindo Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam
Particípio abolido
O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I. REMIR
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem
AGREDIR Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam
Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem
Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam RIR
Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I. Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam
Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram
COBRIR Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão
Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam
Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam
Particípio coberto Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
FALIR Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Presente do indicativo falimos, falis Gerúndio rindo
Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam Particípio rido
Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram Conjuga-se como rir: sorrir
Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram
Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão VIR
Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm
Presente do subjuntivo não há Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham
Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram
Imperativo afirmativo fali (vós) Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão
Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações. Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes)
16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos, 14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na
sofrem variação normalmente. terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a
Esses pneus custam caro. este sua impessoalidade.
Conversei bastante com eles. Chove a cântaros. Ventou muito ontem.
Conversei com bastantes pessoas. Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.
Estas crianças moram longe.
A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e 14. ESQUECER E LEMBRAR
adjetivos). • quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto:
Esqueci o nome desta aluna.
Exemplos: Lembrei o recado, assim que o vi.
• quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto:
- acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM Esqueceram-se da reunião de hoje.
EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR Lembrei-me da sua fisionomia.
PARA = passagem
15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa.
A regência verbal trata dos complementos do verbo. • perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos.
• pagar - Pago o 13° aos professores.
• dar - Daremos esmolas ao pobre.
ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA • emprestar - Emprestei dinheiro ao colega.
1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto) • ensinar - Ensino a tabuada aos alunos.
• pretender (transitivo indireto) • agradecer - Agradeço as graças a Deus.
No sítio, aspiro o ar puro da montanha. • pedir - Pedi um favor ao colega.
Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
2. OBEDECER - transitivo indireto 16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto:
Devemos obedecer aos sinais de trânsito. O amor implica renúncia.
3. PAGAR - transitivo direto e indireto • no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição
Já paguei um jantar a você. COM:
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto. O professor implicava com os alunos
Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos! Nesse caso, a palavra que não exerce função sintática; como o próprio
nome indica, é usada apenas para dar realce. Como partícula expletiva,
Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é aparece também na expressão é que.
quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um
poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja: Quase que não consigo chegar a tempo.
Elas é que conseguiram chegar.
“Pegue um jornal
Pegue a tesoura. Advérbio: modifica um adjetivo ou um advérbio. Equivale a quão. Quando
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. funciona como advérbio, a palavra que exerce a função sintática de adjunto
Recorte o artigo.” adverbial; no caso, de intensidade.
Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o Que lindas flores!
código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema. Que barato!
Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o Pronome: como pronome, a palavra que pode ser:
emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida
ou para dilatar a conversa. • pronome relativo: retoma um termo da oração antecedente, projetando-o
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso recep- na oração consequente. Equivale a o qual e flexões.
tor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando Não encontramos as pessoas que saíram.
atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.
• pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse caso, exerce a função * objeto indireto
sintática de adjunto adnominal. Ele se atribui muito valor.
Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce Daremos a seguir alguns exemplos:
função sintática. Como conjunção, a palavra se pode ser:
Encontre o termo em destaque que está erradamente empregado:
* conjunção subordinativa integrante: inicia uma oração subordinada subs- A) Senão chover, irei às compras.
tantiva. B) Olharam-se de alto a baixo.
Perguntei se ele estava feliz. C) Saiu a fim de divertir-se
D) Não suportava o dia-a-dia no convento.
E) Quando está cansado, briga à toa.
* conjunção subordinativa condicional: inicia uma oração adverbial condi-
Alternativa A
cional (equivale a caso).
Se todos tivessem estudado, as notas seriam boas.
Ache a palavra com erro de grafia:
A) cabeleireiro ; manteigueira
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase sem prejuízo
B) caranguejo ; beneficência
algum para o sentido. Nesse caso, a palavra se não exerce função sintáti-
C) prazeirosamente ; adivinhar
ca. Como o próprio nome indica, é usada apenas para dar realce.
D) perturbar ; concupiscência
Passavam-se os dias e nada acontecia.
E) berinjela ; meritíssimo
Alternativa C
Parte integrante do verbo: faz parte integrante dos verbos pronominais.
Nesse caso, o se não exerce função sintática.
Identifique o termo que está inadequadamente empregado:
Ele arrependeu-se do que fez.
A) O juiz infligiu-lhe dura punição.
B) Assustou-se ao receber o mandato de prisão.
Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede objeto direto, caracteriza
C) Rui Barbosa foi escritor preeminente de nossas letras.
as orações que estão na voz passiva sintética. É também chamada de
D) Com ela, pude fruir os melhores momentos de minha vida.
pronome apassivador. Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel
E) A polícia pegou o ladrão em flagrante.
é apenas apassivar o verbo.
Alternativa B
Vendem-se casas.
O acento grave, indicador de crase, está empregado CORRETAMENTE
Aluga-se carro.
em:
Compram-se joias.
A) Encaminhamos os pareceres à Vossa Senhoria e não tivemos respos-
ta.
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a um verbo que não é B) A nossa reação foi deixá-los admirar à belíssima paisagem.
transitivo direto, tornando o sujeito indeterminado. Não exerce propriamente C) Rapidamente, encaminhamos o produto à firma especializada.
uma função sintática, seu papel é o de indeterminar o sujeito. Lembre-se de D) Todos estávamos dispostos à aceitar o seu convite.
que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa do singular. Alternativa C
Trabalha-se de dia. Assinale a alternativa cuja concordância nominal não está de acordo com o
Precisa-se de vendedores. padrão culto:
A) Anexa à carta vão os documentos.
MESÓCLISE Ex: "(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes
veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs,
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – ama- vulcanizadas." (fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza)
rei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu –
amaria, amarias, …) Assonância
Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações oficiais As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser
foram incorporados ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse
cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos expedientes, etc. Men- objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados
cione-se, por exemplo, a fixação dos fechos para comunicações oficiais, grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação
regulados pela Portaria no 1 do Ministro de Estado da Justiça, de 8 de julho restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem
de 1937, que, após mais de meio século de vigência, foi revogado pelo sua compreensão dificultada.
Decreto que aprovou a primeira edição deste Manual.
Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua fala-
Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das ca- da e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata
racterísticas específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros
entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência – elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação,
de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa
e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações,
deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma
clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases. para comunicar.
A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acor-
evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com impesso- do com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo,
alidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore
língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico,
correspondência particular, etc. não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente.
Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz
Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, da língua, a finalidade com que a empregamos.
passemos à análise pormenorizada de cada uma delas.
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por
1.1. A Impessoalidade sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles reque-
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. rem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é
Para que haja comunicação, são necessários: a) alguém que comunique, b) aquele em que a) se observam as regras da gramática formal, e b) se
algo a ser comunicado, e c) alguém que receba essa comunicação. No emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É
caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na
ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexi-
que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão cais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das
Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de ex- A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, conforme já
pressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão. De sublinhado na introdução deste capítulo. Pode-se definir como claro aquele
nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza
rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais
próprios da língua literária. características da redação oficial. Para ela concorrem:
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão ofici- poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto;
al de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunica- b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento
ções oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita,
expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas como a gíria e o jargão;
sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível
utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, uniformidade dos textos;
como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguísticos
limitada. que nada lhe acrescentam.
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a É pela correta observação dessas características que se redige com
exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo texto redigido.
acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais
difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção.
ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a
outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fá-
cil compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser
Outras questões sobre a linguagem, como o emprego de neologismo e desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assun-
estrangeirismo, são tratadas em detalhe em 9.3. Semântica. tos em decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com
que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verda-
1.3. Formalidade e Padronização de. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significa-
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem do das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não possam ser
a certas regras de forma: além das já mencionadas exigências de impesso- dispensados.
alidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa
formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que
ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma são elaboradas certas comunicações quase sempre compromete sua
autoridade de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes clareza. Não se deve proceder à redação de um texto que não seja seguida
de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à por sua revisão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a
civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunica- máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no
ção. redigir.
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária unifor- Por fim, como exemplo de texto obscuro, que deve ser evitado em to-
midade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é natural das as comunicações oficiais, transcrevemos a seguir um pitoresco quadro,
que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O estabeleci- constante de obra de Adriano da Gama Kury, a partir do qual podem ser
mento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente feitas inúmeras frases, combinando-se as expressões das várias colunas
para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, da em qualquer ordem, com uma característica comum: nenhuma delas tem
apresentação dos textos. sentido!
CAPÍTULO II
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definiti- AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS
vo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padroniza- 2. Introdução
ção. Consulte o Capítulo II, As Comunicações Oficiais, a respeito de nor- A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os
mas específicas para cada tipo de expediente. preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais da Redação Oficial.
Além disso, há características específicas de cada tipo de expediente, que
1.4. Concisão e Clareza serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de passarmos à sua análi-
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto se, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de
oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informa- comunicação oficial: o emprego dos pronomes de tratamento, a forma dos
ções com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, fechos e a identificação do signatário.
é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o
qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. 2.1. Pronomes de Tratamento
É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias 2.1.1. Breve História dos Pronomes de Tratamento
ou repetições desnecessárias de ideias. O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga
tradição na língua portuguesa. De acordo com Said Ali, após serem incor-
O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao princípio de e- porados ao português os pronomes latinos tu e vos, “como tratamento
conomia linguística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a palavra”, passou-se a
palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la empregar, como expediente linguístico de distinção e de respeito, a segun-
como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens da pessoa do plural no tratamento de pessoas de hierarquia superior.
substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusiva- Prossegue o autor:
mente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada a- “Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a
crescentem ao que já foi dito. palavra a um atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria supe-
rior, e não a ela própria. Assim aproximavam-se os vassalos de seu rei com
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se o trata-
alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias secundárias. Estas mento ducal de vossa excelência e adotaram-se na hierarquia eclesiástica
últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; vossa reverência, vossa paternidade, vossa eminência, vossa santidade.”
mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação
a) do Poder Executivo; Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por for-
Presidente da República; ça da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade.
Vice-Presidente da República; Corresponde-lhe o vocativo:
Ministros de Estado; Magnífico Reitor,
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; (...)
Oficiais-Generais das Forças Armadas; Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierar-
Embaixadores; quia eclesiástica, são:
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo cor-
de natureza especial; respondente é:
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Santíssimo Padre,
Prefeitos Municipais. (...)
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunica-
b) do Poder Legislativo: ções aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo:
Deputados Federais e Senadores; Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou
Ministros do Tribunal de Contas da União; Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,
Deputados Estaduais e Distritais; (...)
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reve-
rendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa
c) do Poder Judiciário: Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais; 2.2. Fechos para Comunicações
Juízes; O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de
Auditores da Justiça Militar. arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que
vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministério da
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-
Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. Respeitosamente,
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:
do cargo respectivo: Atenciosamente,
Senhor Senador,
Senhor Juiz, Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autorida-
Senhor Ministro, des estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente
Senhor Governador, disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores.
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em pági- 3.2. Forma de diagramação
na isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de
frase anterior ao fecho. apresentação:
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no
3. O Padrão Ofício texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-
do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformi- se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
zá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da pági-
de padrão ofício. As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por na;
ora busquemos as suas semelhanças. d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos
em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e
3.1. Partes do documento no Padrão Ofício direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem
O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes: espelho”);
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da
expede: margem esquerda;
Exemplos: f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0
Mem. 123/2002-MF cm de largura;
Aviso 123/2002-SG g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
Of. 123/2002-MME h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pon-
tos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não
b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à comportar tal recurso, de uma linha em branco;
direita: i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras
Exemplo: maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra
Brasília, 15 de março de 1991. forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do do-
cumento;
c) assunto: resumo do teor do documento j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel bran-
Exemplos: co. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e i-
Assunto: Produtividade do órgão em 2002. lustrações;
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impres-
sos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;
d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a co- m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich
municação. No caso do ofício deve ser incluído também o endereço. Text nos documentos de texto;
n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o
e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de do- arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveita-
cumentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura: mento de trechos para casos análogos;
– introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser for-
apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: mados da seguinte maneira:
“Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, em- tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do
pregue a forma direta; conteúdo
– desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos
distintos, o que confere maior clareza à exposição; 3.3. Aviso e Ofício
– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a 3.3.1. Definição e Finalidade
posição recomendada sobre o assunto. Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente i-
dênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusiva-
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em mente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao
que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos. passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Adminis-
Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estru- tração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
tura é a seguinte:
– introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o 3.3.2. Forma e Estrutura
encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício,
deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encami- com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário (v. 2.1 Pronomes de
nhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado Tratamento), seguido de vírgula.
(tipo, data, origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela Exemplos:
qual está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula: Excelentíssimo Senhor Presidente da República
“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, encaminho, Senhora Ministra
anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do Departamento Geral Senhor Chefe de Gabinete
de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.”
ou Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes in-
“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do tele- formações do remetente:
grama no 12, de 1o de fevereiro de 1991, do Presidente da Confederação – nome do órgão ou setor;
3.4.2. Forma e Estrutura As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, têm as seguintes finalidades:
com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, complementar ou finan-
que ocupa. ceira.
Os projetos de lei ordinária ou complementar são enviados em regime
Exemplos: normal (Constituição, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1o a
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração 4o). Cabe lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob o regime nor-
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos mal e mais tarde ser objeto de nova mensagem, com solicitação de urgên-
cia.
4. Exposição de Motivos
4.1. Definição e Finalidade Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Membros do Congres-
Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da Repú- so Nacional, mas é encaminhada com aviso do Chefe da Casa Civil da
blica ou ao Vice-Presidente para: Presidência da República ao Primeiro Secretário da Câmara dos Deputa-
a) informá-lo de determinado assunto; dos, para que tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput).
b) propor alguma medida; ou
c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo. Quanto aos projetos de lei financeira (que compreendem plano pluria-
nual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicionais), as
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da Repúbli- mensagens de encaminhamento dirigem-se aos Membros do Congresso
ca por um Ministro de Estado. Nacional, e os respectivos avisos são endereçados ao Primeiro Secretário
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a do Senado Federal. A razão é que o art. 166 da Constituição impõe a
exposição de motivos deverá ser assinada por todos os Ministros envolvi- deliberação congressual sobre as leis financeiras em sessão conjunta, mais
dos, sendo, por essa razão, chamada de interministerial. precisamente, “na forma do regimento comum”. E à frente da Mesa do
Congresso Nacional está o Presidente do Senado Federal (Constituição,
4.2. Forma e Estrutura art. 57, § 5o), que comanda as sessões conjuntas.
Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do padrão
ofício (v. 3. O Padrão Ofício). O anexo que acompanha a exposição de As mensagens aqui tratadas coroam o processo desenvolvido no âmbi-
motivos que proponha alguma medida ou apresente projeto de ato normati- to do Poder Executivo, que abrange minucioso exame técnico, jurídico e
vo, segue o modelo descrito adiante. econômico-financeiro das matérias objeto das proposições por elas enca-
minhadas.
A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas
formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter exclusiva- Tais exames materializam-se em pareceres dos diversos órgãos inte-
mente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeta ressados no assunto das proposições, entre eles o da Advocacia-Geral da
projeto de ato normativo. União. Mas, na origem das propostas, as análises necessárias constam da
exposição de motivos do órgão onde se geraram (v. 3.1. Exposição de
No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmente leva Motivos) – exposição que acompanhará, por cópia, a mensagem de enca-
algum assunto ao conhecimento do Presidente da República, sua estrutura minhamento ao Congresso.
segue o modelo antes referido para o padrão ofício.
b) encaminhamento de medida provisória.
Já a exposição de motivos que submeta à consideração do Presidente Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o Presi-
da República a sugestão de alguma medida a ser adotada ou a que lhe dente da República encaminha mensagem ao Congresso, dirigida a seus
apresente projeto de ato normativo – embora sigam também a estrutura do membros, com aviso para o Primeiro Secretário do Senado Federal, juntan-
padrão ofício –, além de outros comentários julgados pertinentes por seu do cópia da medida provisória, autenticada pela Coordenação de Documen-
autor, devem, obrigatoriamente, apontar: tação da Presidência da República.
a) na introdução: o problema que está a reclamar a adoção da medi-
da ou do ato normativo proposto; c) indicação de autoridades.
b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou aquele ato As mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação de pes-
normativo o ideal para se solucionar o problema, e eventuais alter- soas para ocuparem determinados cargos (magistrados dos Tribunais
nativas existentes para equacioná-lo; Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e Diretores do Banco Central,
c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser tomada, ou qual Procurador-Geral da República, Chefes de Missão Diplomática, etc.) têm
8.2. Forma e Estrutura 06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibili- correta em:
dade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretan- (A) As características do solo são as mais variadas possível.
to, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação (B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente.
oficial (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais). (C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada.
(D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações.
O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve (E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo.
ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do
destinatário quanto do remetente. 07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de
flexão de grau.
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferenci- (A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo.
almente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo (B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran-
deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.. te as férias.
(C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos.
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de lei- (D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim.
tura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de (E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade.
confirmação de recebimento.
Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala-
8.3 Valor documental vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas.
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio
eletrônico tenha valor documental, i. é, para que possa ser aceita como 08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a estatal ciência e tecnologia.
identidade do remetente, na forma estabelecida em lei. (A) à ... sobre o ... do ... para
(B) a ... ao ... do ... para
PROVA SIMULADA I (C) à ... do ... sobre o ... a
(D) à ... ao ... sobre o ... à
(E) a ... do ... sobre o ... à
01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras.
(A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer.
09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a
(B) O chefe deferia da opinião dos subordinados.
franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois
(C) O processo foi julgado em segunda estância.
eles devem estar aptos comercializar seus produtos.
(D) O problema passou despercebido na votação.
(A) ao ... a ... à
(E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio.
(B) àquele ... à ... à
(C) àquele...à ... a
02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é:
(D) ao ... à ... à
(A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz.
(E) àquele ... a ... a
(B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido.
(C) A colega não se contera diante da situação.
10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a
(D) Se ele ver você na rua, não ficará contente.
norma culta.
(E) Quando você vir estudar, traga seus livros.
(A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso
trarão grandes benefícios às pesquisas.
03. O particípio verbal está corretamente empregado em:
(B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando
(A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos.
com o meio ambiente.
(B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas.
(C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol-
(C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime.
vendo projetos na área médica.
(D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos.
(D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre-
(E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda.
sentadas pelos economistas.
(E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no
04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em
litoral ou aproveitam férias ali.
conformidade com a norma culta.
Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do
11. A frase correta de acordo com o padrão culto é:
interior da concha de moluscos reúne outras características interes-
(A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às
santes, como resistência e flexibilidade.
chuvas.
(A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
(B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla-
componentes para a indústria.
mações.
(B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de
(C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à
componentes para a indústria.
cultura.
(C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de com-
(D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da
ponentes para a indústria.
13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo 19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem
com o padrão culto. a
(A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações. (A) processo e livro.
(B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente. (B) livro do processo.
(C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido. (C) processos e processo.
(D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada. (D) livro de registro.
(E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris. (E) registro e processo.
14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto 20. Analise as proposições de números I a IV com base no período
direto e indireto em: acima:
(A) Apresentou-se agora uma boa ocasião. I. há, no período, duas orações;
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo. II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
(C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa. III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais;
(D) A conta, deixamo-la para ser revisada. IV. de registro é um adjunto adnominal de livro.
(E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder. Está correto o contido apenas em
(A) II e IV.
15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo. (B) III e IV.
Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos (C) I, II e III.
respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é: (D) I, II e IV.
(A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção. (E) I, III e IV.
(B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
(C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção. 21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do
(D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção. acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho:
(E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas;
II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura
16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação pelo Juiz;
do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen-
de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo te ao da palavra mas;
Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-
urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex- dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar.
celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve- Está correto o contido apenas em
rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das (A) II e IV.
Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se (B) III e IV.
programar e participar do referido evento. (C) I, II e III.
Atenciosamente, (D) I, III e IV.
ZZZ (E) II, III e IV.
Assistente de Gabinete.
De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais.
são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por Ao transformar os dois períodos simples num único período compos-
(A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos to, a alternativa correta é:
(B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais.
(E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos (D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais.
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis.
17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
respeitam as regras de pontuação. 23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci-
(A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou, dos galhos da velha árvore.
que temos uma arrecadação bem maior que a prevista. Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre
(B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar.
sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada. (A) Quem podou? e Quando podou?
(C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade (B) Qual jardineiro? e Galhos de quê?
Policial, confessou sua participação no referido furto. (C) Que jardineiro? e Podou o quê?
38. ''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que é uma em- 41 Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como melhor
preitada complexa; o item em que essa equivalência é feita de forma definição:
INCORRETA é: A) registro de fatos históricos em ordem cronológica;
A) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial; B) pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidiano;
B) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica; C) seção ou coluna de jornal sobre tema especializado;
C) não é uma questão vital = é uma questão desimportante; D) texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e estrutura bas-
D) não é um problema universal = é um problema particular; tante variados;
E) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida. E) pequeno conto com comentários, sobre temas atuais.
39. ''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o verbo desse 42 O texto começa com os tempos verbais no pretérito imperfeito -
segmento do texto no futuro do subjuntivo, a forma correta seria: vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudança para o pretérito perfei-
A) mantiver; B) manter; C)manterá; D)manteria; to - olhei, vi etc.; essa mudança marca a passagem:
E) mantenha. A) do passado para o presente;
B) da descrição para a narração;
40. A forma de infinitivo que aparece substantivada nos segmentos C) do impessoal para o pessoal;
abaixo é: D) do geral para o específico;
A) ''Como entender a resistência da miséria...''; E) do positivo para o negativo.
B) ''No decorrer das últimas décadas...'';
C) ''...desde que se passou a registrá-las...''; 43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO que
D) ''...começa a exercitar seus músculos.''; me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado se
E) ''...por ter se tornado um forte oponente...''. deve a que:
A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa;
PROTESTO TÍMIDO B) o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste
Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e faltavam inútil;
dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei para o C) a situação do fato não permite a perfeita identificação do menino;
lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma D) esse pronome indefinido tem valor pejorativo;
trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era E) o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas ou a pesso-
um menino. as.
Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, bra- 44 ''Ainda há pouco eu vinha para casa a pé,...''; veja as quatro frases a
ços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os seguir:
gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esbura- I- Daqui há pouco vou sair.
cada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia I- Está no Rio há duas semanas.
estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento de III - Não almoço há cerca de três dias.
sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo IV - Estamos há cerca de três dias de nosso destino.
mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor abando- As frases que apresentam corretamente o emprego do verbo haver
nado. são:
A) I - II
Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de B) I - III
sucos de frutas, vários casais de jovens tomavam sucos de frutas, alguns C) II - IV
mastigavam sanduíches. Além, na esquina da praça, o carro da radiopatru- D) I - IV
lha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. Ninguém E) II - III
tomava conhecimento da existência do menino.
A dicotomia entre Direito Público e Direito Privado tornou-se um lugar Direito agrário
comum ao estudo do direito, não conferindo bases sólidas e rigorosas para Direito financeiro e tributário
uma orientação.
Princípios ordenadores do Direito Privado
As principais críticas da divisão são:
É possível identificar alguns princípios que ordenam o Direito Privado:
A divisão entre Direito Público e Direito Privado como um conceito
abrangente: essa crítica indica a falta de precisão ao distinguir o direito em Princípio da personalidade: todo o ser humano é sujeito de direitos e
dois grandes ramos e, ao mesmo tempo, sustenta a necessidade de uma obrigações, pelo simples fato de ser homem,
melhor classificação dos ramos dogmáticos capazes de se ajustar às suas
Autonomia da vontade: o reconhecimento de que a geral capacidade
finalidades próprias.
jurídica da pessoa humana lhe confere o poder de praticar certos atos ou
A inexistência da divisão entre Direito Público e Direito Privado: essa abster-se deles, segundo ditames de sua vontade,
crítica se baseia na ideia dos direitos metaindividuais, sobretudo tendo em
Liberdade de estipulação negocial: a admissão de que esse poder
vista a necessidade de especificar os direitos de uma dada coletividade. A
implica a faculdade de outorgar direitos e aceitar deveres e inaugurando os
compreensão é que a distinção entre interesses públicos de privados, que
negócios jurídicos),
em certa época era o suficiente para expressar toda a gama de interesses
da coletividade, acabou por se tornar insuficiente para abranger o espectro Propriedade individual: o reconhecimento de que o homem, por seu
de interesses que a sociedade moderna manifestava. trabalho ou por formas outras que a lei contempla, pode exteriorizar a sua
personalidade em bens imóveis ou móveis que passam a ser objeto
A divisão do Direito Público e Direito Privado como simplificação do
exclusivo de seu querer, e de seu patrimônio,
direito como fenômeno jurídico complexo: essa crítica se fundamenta na
simplificação da divisão a partir dos manuais de Direito (ou apostilas de Intangibilidade familiar: a noção de que entre as situações jurídicas
cursos preparatórios para ingresso em carreiras públicas). O fato é que constituídas pelo livre querer dos indivíduos uma há que é a expressão
nesses materiais de estudo, são apresentados aos estudiosos imediata de seu ser pessoal, a família a cobro de indébitas ingerências em
simplificações de um de um fenômeno complexo como o direito, eliminando sua vida íntima,
as importantes porosidades e a real dinâmica e prática do direito.
Legitimidade da herança e do direito de testar: a aceitação de que,
A grande maioria das criticas apresentadas se fundamentam a partir da entre os poderes que o homem exerce sobre os seus bens, inclui-se o de
insuficiência de critérios claros para justificar a divisão entre Direito Publico poder transmiti-los, no todo ou em parte, a seus herdeiros, a começar dos
e Direito Privado. descendentes.
Destacam-se as seguintes críticas aos critérios apresentados:
Crítica do critério quanto ao conteúdo da relação jurídica: distinguir a Direito Misto
relação a partir do interesse predominante é insatisfatório já que existem
inúmeros interesses particulares albergados pela Constituição Federal e O Direito Misto pode ser considerado como o conjunto de normas
integrantes no domínio do Direito Público (p. ex., proteção dos direitos jurídicas que possuem natureza pública e privada como, por exemplo, a
fundamentais). hipótese da regulamentação das relações dos produtores e consumidores
ou dos empregadores e empregados.
Crítica do critério quanto ao tipo da relação jurídica: a dificuldade desse
critério resulta na analise da sujeição das partes, isto porque em muitos Trata-se de ramos do Direito que assumem ambas as naturezas,
casos no Direito Privado há imposição de obrigações às partes (p. ex, próprias do direito social. É o caso do Direito do Trabalho, Direito do
contrato de adesão). Consumidor, Direito Agrário entre outros.
Crítica do critério quanto à forma da relação jurídica: Em muitas Todavia, a justificativa do Direito Misto recebeu diversas críticas pelas
normas de Direito Privado possuem o caráter imperativo e em outras doutrinas tendo em vista que uma categoria mista não especifica e
normas de Direito Público possuem certo respeito e atenção à autonomia determina nenhum conteúdo jurídico.
da vontade. Os autores que se referem ao direito misto não definem
Os ramos do Direito Privado satisfatoriamente uma categoria ou uma classificação nova.
A abordagem da divisão do Direito Privado apresentada está baseada Tendo em vista que a categoria mista não auxilia a distinguir o Direito
a partir da história do direito romano que, não distinguiam o Direito Civil do Público e o Direito Privado e,ao contrário, acaba produzindo confusão, a
Comercial: todas as relações de ordem privada continham-se no jus civile doutrina prefere afastar essa classificação.
ou, então, no jus gentium, que era relativo aos estrangeiros ou relações A constitucionalização do Direito Privado
entre romanos e estrangeiros4
A constitucionalização do direito privado se traduz na perda de
Em razão das corporações de mercadores, no final da Idade Média, centralidade dos códigos, em especial do código civil, como vetores
verificou-se uma gradativa diferenciação das normas do Direito Civil, a fim sistematizadores do próprio direito privado, pelo que a constituição assume
de governar algumas relações surgidas no comércio (jus mercatorum). o papel de eixo central ou de elemento harmonizador do ordenamento
Ademais, o Direito Comercial assegurou certa autonomia do Direito Civil jurídico.
tendo em vista que as condições históricas determinaram o
Constitucionalização do direito privado é uma expressão utilizada para
referir-se ao processo de transformação ou de mudança de paradigma que
Direito 10 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a relação entre o direito constitucional e o direito privado passou a sofrer da dignidade da pessoa humana. Também é chamada de repersonalização
com o constitucionalismo e, mais especificamente, com a democracia do direito civil.13
constitucional.
DAS PESSOAS
Rompendo com a ideia de sistema jurídico que existia no
mundo feudal, é justamente com o liberalismo anglo-saxônico e mais
Pessoa física e jurídica
especificamente com a ideia de constitucionalismo e de direitos
fundamentais, que veio a surgir apenas com John Locke no século Toda pessoa tem personalidade civil, isto é, tem aptidão, conferida
XVII,5 6 e ainda com a ideia estadunidense de controle de pela lei, para exercer direitos e assumir obrigações na ordem civil. A
constitucionalidade que ele carregava que passou a surgir uma relação de personalidade civil do homem, a pessoa física, começa no nascimento com
continuidade entre a constituição e o direito privado.7 vida e termina com a morte; a personalidade civil de associações, a pessoa
jurídica, surge quando elas se formam de maneira legal e pela vontade de
No direito romano existia uma distinção entre direito público e direito
seus componentes e desaparece quando se dissolvem.
privado, porém, não existia uma relação de continuidade entre ambas as
coisas, ambos operavam como mundos à parte. Eventualmente, o direito Pessoa, do ponto de vista jurídico, é toda entidade natural ou moral
privado determinava a interpretação do direito público, mas não o contrário, com capacidade para ser sujeito ativo ou passivo de direito, na ordem civil.
até mesmo por não existir entre eles o conceito de constitucionalismo e São sujeitos de direito as pessoas físicas (entes humanos) e as pessoas
de hierarquia de normas como nós conhecemos.8 jurídicas. Para o direito brasileiro, pessoa física é todo ser humano, sem
distinção de sexo, raça ou nacionalidade. É também denominada pessoa
Concebendo o Direito como uma ordem piramidal
natural, singular ou individual, e, como tal, com aptidão para ter direitos e
escalonada,9 10 o jurista deve conceber o direito como ramos conexos, e
obrigações. Pessoa jurídica é toda formação ou instituição humana a que
não ignorar a relação entre o Direito privado e a Constituição na
se atribui personalidade própria, porque caracterizada por um fim diferente
interpretação jurídica.11
dos objetivos particulares de cada indivíduo que a compõe e por dispor de
A constitucionalização do direito privado se traduz na perda de meios próprios de ação. É chamada ainda pessoa moral, coletiva, civil ou
centralidade dos códigos, em especial do código civil, como vetores fictícia.
sistematizadores do próprio direito privado, pelo que a constituição assume
Pessoa física. A existência da pessoa natural ou física começa com o
o papel de eixo central ou de elemento harmonizador do ordenamento
nascimento e termina com a morte, embora a lei proteja, desde a
jurídico.12 Nesse novo paradigma, da originária justaposição de ambos os
concepção, o nascituro. No direito antigo, dizia-se morte natural em
ramos, em princípio carente de conexões, passou-se por necessidade
oposição à morte civil -- pena, hoje inexistente, de privação de todos os
interna a uma relação de recíprocacomplementariedade e
direitos civis. Atualmente, distinguem-se apenas a morte real, que se prova
condicionamento. E isso significa que não apenas a constituição pode
pela certidão de óbito ou por sentença declaratória do falecimento, quando,
contribuir para a interpretação do direito privado, mas que o direito privado
sendo certo o fato da morte, falta o sepultamento; e a morte presumida,
também pode contribuir para a interpretação da constituição, não se
cuja declaração também depende de sentença judicial, a ser requerida pelo
constituindo em uma relação de unilateralidade.
interessado para efeitos de sucessão.
Não se deve confundir a "constitucionalização do direito privado" com a
Essa sentença é fornecida vinte anos depois de declarada, por
"publicização do direito privado". A denominada publicização compreende a
sentença anterior, a ausência da pessoa que desapareceu de seu
subtração de matérias do direito privado, em alguns casos transformadas
domicílio, sem que dela houvesse notícia por dois anos (ou por quatro, se
em ramos autônomos, como o direito agrário, o direito de águas, o estatuto
tivesse deixado representante ou procurador encarregado de administrar-
da criança e do adolescente, os direitos autorais, e o direito do consumidor,
lhe os bens). Se o ausente tem mais de oitenta anos e datam de cinco suas
e a submissão dessas matérias ao direito público, em muito relacionados
últimas notícias, pode-se pedir declaração judicial de morte presumida. Se
com o estado social doséculo XX, devido a uma necessidade maior
duas ou mais pessoas falecem na mesma ocasião, sem que se possa
de intervenção do estado em áreas que adquiriram grande complexidade
apurar quem morreu primeiro, presumem-se simultaneamente mortas.
ou relevância social em tempos mais recentes.13
Apenas para os efeitos da previdência social, a morte presumida pode ser
Afirmar que "a Constituição Social passa a reger a dinâmica das declarada pela autoridade judicial, depois de seis meses de ausência do
relações privadas, buscando não mais apenas garantir a eficácia das segurado.
liberdades individuais do cidadão em face o Estado, mas visa também
O status da pessoa física, sua situação jurídica, resulta de
prevenir a escravização do homem pelo próprio homem através da
circunstâncias individuais que influem na sua capacidade de fato, como
intervenção no domínio econômico e social"14está incorreto. O que é
idade, sexo e sanidade mental; de sua posição na família, ou seja, o estado
descrito em tal citação é a ideia de estado social,15 e não o efeito da
civil (solteiro, casado, viúvo ou divorciado) e o parentesco (consanguíneo
constitucionalização do direito privado. Portanto, é incorreto, como querem
ou por afinidade); e de sua posição no estado, do que resultam a
alguns, expressar que a "constitucionalização do direito privado" tem uma
nacionalidade e a cidadania. Além do status individual, familial e político, a
relação com a passagem do estado liberal para o estado social.11
pessoa física pode ainda revestir-se de diversas qualidades jurídicas, ao
Também não deve ser confundido com a "eficácia horizontal dos apresentar-se como proprietário, sucessor, herdeiro, sócio, empregador,
direitos fundamentais" também chamada de "eficácia imediata dos direitos empregado, procurador, devedor, credor etc.
fundamentais entre privados", "eficácia privada" ou "eficácia em relação a
Denomina-se capacidade jurídica ou de gozo a possibilidade legal de
terceiros" (em alemão: Drittwirkung), como normalmente é feito.16 17 12 18
exercer direitos e contrair obrigações, por si ou por outrem. Por definição,
Em países como os Estados Unidos e a Inglaterra esse tipo de todas as pessoas físicas são dotadas de capacidade de direito. Devido a
abordagem ao direito está solidificada há alguns séculos devido à limitações decorrentes do status individual (idade, sexo, discernimento ou
estabilidade democrática. Em países como Brasil e Portugal, devido aos sanidade mental), porém, nem todas as pessoas têm aptidão para o efetivo
governos autocráticos e ao estabelecimento historicamente recente exercício da própria capacidade, ou seja, da capacidade de fato. Disso
da democracia, esse debate também é recente, pois em momentos de decorre a noção de incapacidade para certos atos da vida civil, que pode
autocracia essa relação entre a constituição e o direito privado costuma ser ser absoluta ou relativa. São absolutamente incapazes os menores de 16
afetada. anos, os loucos de qualquer espécie, os surdos-mudos que não puderem
exprimir sua vontade e os ausentes, como tais declarados por decisão
Repersonalização do direito privado judicial. São incapazes, relativamente a certos atos, os maiores de 16 anos
A chamada repersonalização do direito privado é a colocação da e menores de 21; os pródigos (aqueles que desordenadamente gastam e
pessoa humana como centro do direito privado, compreendendo que ela destroem seus bens) declarados por sentença; e os silvícolas enquanto não
está acima dopatrimônio por não ter um preço, mas sim se adaptam à civilização.
uma dignidade.19 Assim, ela está intimamente conectada com o princípio Para os menores, a incapacidade pode cessar antes dos 21 anos, por
concessão do pai (ou da mãe, no caso de pai morto); ou, ainda, por
As pessoas jurídicas de direito privado tomam forma de sociedades, Vida: cria direitos e deveres
associações e fundações. São sociedades, civis ou comerciais, as que têm Morte: extingue direitos e deveres
fins lucrativos; associações, as que não têm. Entre as últimas, encontram-
se os sindicatos, federações e confederações sindicais e as associações Capacidade civil
religiosas, pias, científicas, literárias, beneficentes, culturais, esportivas ou Todo ser humano é dotado de personalidade jurídica. A personalidade
simplesmente recreativas. Tais associações apenas se constituem como está intimamente ligada à capacidade das pessoas. São elementos que se
pessoas jurídicas se, obedecidas as exigências legais, se fizerem inscrever completam. Portanto, capacidade de gozo ou de direito confunde-se com a
no registro civil respectivo. Algumas delas são reconhecidas pela personalidade jurídica e é inerente a qualquer ser humano, não podendo
autoridade competente como entidades de utilidade pública e gozam de ser-lhe recusada.
favores estabelecidos em lei.
Pessoa é o ente a quem a ordem jurídica confere poderes. A
Chamam-se fundações as instituições criadas para a realização de capacidade é a aptidão para adquirir direitos ou exercê-los, por si ou por
objetivos geralmente altruísticos e que não correspondem a uma outrem. O conjunto desses poderes é a personalidade jurídica, sendo a
associação de pessoas, mas a um patrimônio autônomo. Conceituam-se capacidade elemento da personalidade.
juridicamente pela universalidade de bens ou recursos personalizados, em
função de fins predeterminados e relativamente imutáveis. As fundações A regra, portanto, é a capacidade. A incapacidade é exceção. A
resultam de instituição oficial, quando criadas por força da lei ou de primeira exprime poderes ou faculdades, sendo a personalidade resultante
instituição particular, ou ainda por escritura pública ou em testamento. O desses poderes. A incapacidade civil é a restrição ao poder de agir e, pela
instituidor de uma fundação, seja o estado seja o particular, pode declarar a característica de restrição, vem expressamente prevista em lei, podendo
maneira de administrá-la e indicar os que devem aplicar o respectivo ser absoluta ou relativa.
patrimônio. Estes formularão os estatutos da fundação projetada e
promoverão os atos necessários a seu funcionamento. A incapacidade será absoluta quando houver proibição total do
exercício do direito, acarretando a nulidade do ato quando praticado pelo
Conceito próprio incapaz.
A palavra pessoa deriva do latim, traduzindo a ideia de soar com Incapacidade absoluta:
intensidade, pois tinha por significado a máscara que os atores romanos
São absolutamente incapazes, consoante o art. 30 do Código Civil:
Em regra, são proibidos, por implicarem afronta aos direitos de a. absolutos, pois devem ser respeitados por todos;
personalidade, as utilizações de voz, nome, imagem ou qualquer exposição b. extrapatrimoniais, pois não se reduzem a dimensionamento de
vexatória da pessoa humana. Assim é que atributos personalíssimos como interesses nem avaliações econômicas;
o nome e a imagem não podem ter utilização que exponha a pessoa ao
desprezo público ou com fins comerciais, neste último caso, salvo com c. intransmissíveis, pois, por serem inerentes à pessoa, não se
expressa autorização da pessoa (arts. 16 e ss. do CC). admite transmissão, nem causa mortis;
Desse modo, qualquer tentativa de lesão aos direitos da personalidade d. imprescritíveis, pois o exercício do direito para a preservação pode
pode ser coibida com fundamento legal. Consoante o Enunciado 5 da CJF: se dar a qualquer momento;
“Arts. 12 e 20: 1) as disposições do art. 12 têm caráter geral e aplicam-se e. indisponíveis, pois o titular não pode privar-se de tais direitos;
inclusive às situações previstas no art. 20, excepcionados os casos
expressos de legitimidade para requerer as medidas nele estabelecidas; 2) f. vitalícios, pois, enquanto persiste a vida do titular, os direitos
as disposições do art. 20 do novo Código Civil têm a finalidade específica persistem também, tendo alguns, inclusive, efeitos post mortem;
de regrar a projeção dos bens personalíssimos nas situações nele
g. gerais, pois são concedidos a todos pelo simples fato de se estar
enumeradas. Com exceção dos casos expressos de legitimação que se
vivo e, por fim,
conformem com a tipificação preconizada nessa norma, a ela podem ser
aplicadas subsidiariamente as regras instituídas no art. 12” (Enunciado h. necessários, por serem imprescindíveis à própria vida.
aprovado na 1 Jornada de Direito Civil da CJF/Justiça Federal — set.
2002). E, ainda, o Enunciado 140 da III Jornada: “Art. 12: A primeira parte Pessoa jurídica
do art. 12 do Código Civil refere-se às técnicas de tutela específica, É o ente fictício formado por pessoas naturais ou patrimônios e
aplicáveis de ofício, enunciadas no art. 461 do Código de Processo Civil, reconhecido como sujeito de direitos e deveres. Em que pesem a teoria da
devendo ser interpretada com resultado extensivo”. ficção e a teoria orgânica ou da realidade, parece-nos que a teoria da
Dentre os direitos da personalidade, destacam-se a vida, a liberdade, a realidade técnica é a que melhor se acomoda para as pessoas jurídicas.
honra, o nome e a imagem. São, portanto, faixas de proteção dos direitos Tal teoria posiciona a pessoa jurídica como produto da técnica jurídica,
da personalidade: rejeitando a tese ficcional para considerar os entes coletivos uma realidade
que não seria objetiva, pois a personificação dos grupos se opera por
a. integridade física, compreendendo: vida; alimentos; o próprio construção jurídica, ou seja, o ato de atribuir personalidade não seria
corpo (vivo ou morto); o corpo alheio e partes separadas do corpo; arbitrário, mas à vista de uma situação concreta.
b. integridade intelectual, compreendendo: liberdade de pensa- Personalidade jurídica
mento; autoria científica, literária e artística. No direito empresarial,
a propriedade industrial (Lei n. 9.279/96) e, no direito civil, o direito É adquirida mediante o registro da pessoa jurídica no órgão
de autor (Lei n. 9.610/98). A cisão entre a propriedade industrial e competente. O registro corresponde à inscrição do contrato social ou
o direito de autor é, também, internacional, com a Convenção de estatuto perante o órgão competente, surgindo, com esse ato, a
Paris tratando da Propriedade Industrial e a Convenção de Berna personalidade jurídica da própria pessoa jurídica, distinta, portanto, da
do Direito de Autor; personalidade de seus membros.
Maria Helena Diniz[2] conceitua pessoa jurídica como sendo " a Conceito
unidade de pessoas naturais ou de patrimônios, que visa à consecução de "É a sede jurídica da pessoa onde ela se presume presente para efei-
certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e tos de direito e onde exerce ou pratica, habitualmente, seus atos e negó-
obrigações." cios jurídicos" (Washington de Barros Monteiro). Para Orlando Gomes,
Em síntese, pessoa jurídica consiste num conjunto de pessoas ou "domicílio é o lugar onde a pessoa estabelece a sede principal de seus
bens, dotado de personalidade jurídica própria e constituído na forma da lei negócios (constitutio rerum et fortunarum), o ponto central das ocupações
habituais". Em nosso Código Civil encontramos a indicação de qual seria,
São três os requisitos para a existência da pessoa jurídica: organização como regra geral, o domicílio da pessoa natural (note-se que o Código não
de pessoas ou bens, liceidade de propósitos ou fins e capacidade jurídica fornece um conceito de domicílio):
reconhecida por norma.
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a
Classificação sua residência com ânimo definitivo.
Conforme o artigo 40 do Código Civil brasileiro de 2002, as pessoas Cumpre ressaltar que domicílio e residência podem ou não coincidir. A
jurídicas (admitidas pelo Direito brasileiro) são de direito público (interno ou residência representa o lugar no qual alguém habita com intenção de ali
externo) e de direito privado. As primeiras encontram-se no âmbito de permanecer, mesmo que dele se ausente por algum tempo. A chamada
disciplina do direito público, e as últimas, no do direito privado. moradia ou habitação nada mais é do que o local onde o indivíduo perma-
nece acidentalmente, por determinado lapso de tempo, sem o intuito de
Pessoas jurídicas de direito público interno ficar (p. ex., quando alguém aluga uma casa para passar as férias).
O Art. 41 do Código Civil brasileiro de 2002 elenca quais são as No conceito de domicílio estão presentes dois elementos: um subjetivo
pessoas jurídicas de direito público interno. e outro objetivo. O elemento objetivo é a caracterização externa do domicí-
As pessoas jurídicas de direito público interno se dividem em entes de lio, isto é, a residência. O elemento subjetivo é aquele de ordem interna,
administração direta União, Estados, Distrito representado pelo ânimo de ali permanecer. Logo, domicílio compreende a
Federal e Territórios e Município e entes de administração indireta, como é ideia de residência somada com a vontade de se estabelecer permanente-
o caso das autarquias (como o INSS) e das demais entidades de caráter mente num local determinado.
público criadas por lei, como por exemplo as fundações públicas de direito Importância do domicílio
público (fundação pública).
É de interesse do próprio Estado que o indivíduo permaneça em de-
Sua existência legal (personalidade), ou seja, sua criação e extinção, terminado local no qual possa ser encontrado, para que assim seja possível
decorre de lei. se estabelecer uma fiscalização quanto as suas obrigações fiscais, políti-
Pessoas jurídicas de direito público externo cas, militares e policiais. No campo do Direito Internacional Privado, é o
domicílio, na maioria das legislações, que irá solucionar a questão sobre
Conforme o Art. 42 do Código Civil brasileiro de 2002, são pessoas qual lei deve ser aplicada ao caso concreto. O domicílio, como salientou
jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as Roberto Grassi Neto, "tem especial importância para a determinação da lei
pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. aplicável a cada situação, para determinação do lugar onde se devem
São exemplos de pessoas jurídicas de direito público externo as celebrar negócios e atos da pessoa, e onde deve ela exercer direitos,
nações estrangeiras, Santa Sé e organismos internacionais propor ação judicial e responder pelas obrigações".
(ONU, OEA, União Europeia,Mercosul, UNESCO, FAO etc). Pluralidade de domicílios e domicílio incerto
Pessoas jurídicas de direito privado É perfeitamente possível que uma pessoa possua mais de um domicí-
Conforme o Art. 44 do Código Civil brasileiro de 2002, são pessoas lio, residindo em um local e mantendo, por exemplo, escritório ou consultó-
jurídicas de direito privado: as associações, as sociedades, as fundações, rio em outro endereço. A pluralidade de domicílios é disciplinada nos arts.
as organizações religiosas, os partidos políticos e as empresas individuais 71 e 72, do Código Civil:
de responsabilidade limitada. As pessoas jurídicas de direito privado são Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde,
instituídas por iniciativa de particulares. alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
As pessoas jurídicas de direito privado dividem-se em duas categorias: Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações
de um lado, as estatais; de outro, as particulares. Para essa classificação concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
interessa a origem dos recursos empregados na constituição da pessoa,
posto que são estatais aquelas para cujo capital houve contribuição do Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos,
Poder Público (sociedades de economia mista, empresas públicas) e cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponde-
particulares as constituídas apenas com recursos particulares. A pessoa rem.
jurídica de direito privado particular pode revestir seis formas diferentes: Há também casos de pessoas que vivem de passagem por vários lo-
a fundação, a associação, a cooperativa, a sociedade, a organização cais, como os circenses, sendo que o Código Civil estabelece, para tanto, a
religiosa e os partidos políticos. seguinte solução:
Personalidade legal Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha resi-
A personalidade legal de uma pessoa jurídica, incluindo seus direitos, dência habitual, o lugar onde for encontrada. (grifo nosso).
deveres, obrigações e ações, é separada de qualquer uma das outras
pessoas físicas ou jurídicas que a compõem. Assim, a responsabilidade Tal regra aplica-se também em relação às pessoas que têm vida errante,
legal de uma pessoa jurídica não é necessariamente a responsabilidade como ambulantes, vagabundos, pessoas desprovidas de moradia etc.
legal de qualquer um de seus componentes.
Portanto, fato jurídico em sentido amplo, significa, segundo o Doutrina- Os atos lícitos se dividem em: Ato jurídico em sentido estrito, negócio
dor Agostinho Alvim “fato jurídico é todo o acontecimento da vida rele- jurídico e ato-fato jurídico, os quais serão tratados mais abaixo:
vante para o direito, mesmo que seja ilícito”., ou ainda, nas palavras de
Carlos Roberto Gonçalves “Fato jurídico em sentido amplo é todo o Os ilícitos, ao contrário dos lícitos, são aqueles atos humanos pratica-
acontecimento da vida que o ordenamento jurídico considera relevan- dos em desacordo com o que prescreve o ordenamento jurídico, possuindo,
te no campo do direito.” portanto, efeitos negativos, tendo em vista que tais atos repercutem na
esfera jurídica. O ordenamento jurídico impõe a eles efeitos jurídicos não
Para Pablo Stolze Gagliano fato jurídico em sentido amplo é todo o a- desejados pelo agente, ou seja, o invés de direitos, acabam criando deve-
contecimento natural ou humano capaz de criar, modificar, conservar ou res, obrigações, como, por exemplo, a indenização por danos morais e
extinguir relações jurídicas. materiais. Exemplo: Artigo 186 do CC; médico que pratica eutanásia; furar
sinal vermelho.
CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS EM SENTIDO AMPLO
- Classificação dos atos lícitos:
A classificação dos negócios jurídicos em sentido amplo é matéria de
grande discussão entre os doutrinadores, pois é comum que apresentem Os atos lícitos se dividem em: Ato jurídico em sentido estrito, negócio
divergências em seu modo de classificá-los, isto em virtude da modificação jurídico e ato-fato jurídico, os quais serão tratados mais abaixo:
das grandes modificações do CC/1916.
Ato jurídico em sentido estrito ou meramente lícito:
A nova classificação dos fatos jurídicos, ou seja, a classificação aplica-
da depois da entrada em vigor do novo Código Civil, toma por base o ser Os atos jurídicos meramente lícitos são atos jurídicos praticados pelo
humano como objeto de partida, já que ele é o destinatário da norma jurídi- homem, sem a intenção de alcançar efeitos jurídicos que não estejam
ca e agente de sua aquisição. previstos em lei, é uma manifestação volitiva submissa à lei. São atos que
se caracterizam pela ausência da autonomia do interessado em auto regu-
Assim de acordo com a nova classificação feita por Pablo Stolze Gagli- lar sua vontade (como acontece com os negócios jurídicos que serão
ano os fatos jurídicos em sentido amplo podem ser classificados como tratados mais adiante). São atos voltados à produção de efeitos juridica-
fatos naturais ou fatos jurídicos strictu sensu e fatos humanos ou mente previstos na lei.
fatos jurídicos latu sensu. O ato jurídico em sentido estrito constitui simples manifestação de von-
tade, sem contudo negocial, que determina a produção de efeitos legalmen-
Serão fatos naturais ou jurídicos strictu sensu quando decorrerem te previstos.
da simples manifestação da natureza, e serão fatos humanos ou jurídicos
latu sensu quando decorrerem da atividade humana. Exemplo: a notificação, o efeito jurídico pretendido nada mais é do que
constituir o devedor em mora, efeito este previsto em lei.
a) Fatos Naturais ou Jurídicos Strictu Sensu
Reconhecimento da paternidade.
Conforme já relatado anteriormente, os fatos naturais ou jurídicos em A tradição.
sentido estrito são fatos relevantes para o direito que decorrem da simples A quitação.
manifestação na natureza, ou seja, são alheios à vontade humana, ou Perdão.
ainda, a vontade humana concorre de forma indireta para sua ocorrência, Na confissão ( a confissão vai produzir efeitos jurídicos mesmo que a
como, por exemplo, nos casos dos fatos jurídicos naturais ordinários, intenção do agente seja outra, desde que não seja uma vontade viciada).
exemplificados mais abaixo.
O ato jurídico meramente lícito é vontade aderente, ou seja, vontade
Os fatos naturais são classificados em ordinários e extraordinários. humana que busca os efeitos previstos na norma, já o negócio jurídico é
conduta humana acrescido da vontade criativa.
São Fatos Naturais Ordinários (esperados): o nascimento, a morte, O elemento básico desta categoria reside na circunstância de que o
a maioridade, o decurso de tempo (ex. usucapião, prescrição e decadên- agente não goza de ampla liberdade de escolha na determinação dos
cia), etc; efeitos resultantes de seu comportamento, como se dá no negócio jurídico,
como no contrato, por exemplo.
São Fatos Naturais Extraordinários (imprevisíveis, aleatórios): o Importa saber que apesar de nos atos jurídicos meramente lícitos não
terremoto, os raios, as tempestades, e todos os demais atos que se enqua- existir ampla liberdade de escolha pelo agente como ocorre nos negócios
dram na categoria de caso fortuito ou força maior. jurídicos, ainda assim não deixa o instituto de possuir a manifestação de
É importante ressaltar que para as tempestades, o terremoto, as chu- vontade como elemento próprio.
vas, etc, por si só não geram efeitos jurídicos, somente o serão se forem
realmente relevantes para o ordenamento, ou seja, se gerarem consequên- Existe uma subtipificação dos atos jurídicos meramente lícitos, quais
cias jurídicas, que é o caso, por exemplo, das chuvas que destruíram a sejam: a) atos materiais (reais); e b) participações. Nos atos materiais
cidade de Blumenau - SC, tal foi a relevância deste fato da natureza, que (reais) o agente possui vontade consciente de produzir os efeitos previstos
certamente este acontecimento natural gerará várias obrigações, principal- em lei, como por exemplo, no reconhecimento da filiação, a percepção de
mente no que tange ao pagamento de seguros. frutos (colher o fruto de uma árvore, em local permitido), a fixação de domi-
cílio, a despedida sem justa causa do empregado. As participações são
b) Fatos Humanos ou Jurídicos Latu Sensu atos de mera comunicação, dirigidos a um destinatário, sem cunho negoci-
al, que se consumam por uma declaração; Nas participações há um ato
São ações humanas que criam, modificam, transferem ou extinguem intencional que se consuma por meio da declaração, com as repercussões
direitos, dividem-se em atos lícitos e ilícitos. pretendidas pelo seu autor, consistente no desejo de levar a terceiros a
ciência de um determinado intuito, ou da ocorrência de determinado fato;
Antes de continuar, contudo, com a classificação, não se pode deixar exemplos: notificação, intimação, confissão, aviso, etc.
de explicar que nos “atos jurídicos” (que podem também ser denominados
atos humanos ou atos jurígenos), são os eventos de uma vontade humana, Ato-fato jurídico:
quer tenham intenção precípua de ocasionar efeitos jurídicos quer não.
No ato-fato jurídico, apesar de existir conduta volitiva, não se leva em
Os Atos Jurídicos lícitos são aqueles atos emanados de uma vonta- consideração o que a vontade, a consciência ou intenção humana, mas sim
de humana, praticados em conformidade com o ordenamento jurídico, e a consequência do ato produzido.
que, por isso, produzem os efeitos almejados pelo agente.
- atos reais – são aqueles que decorrem de certos acontecimentos, Em definição, o Direito Civil é conceituado por Gama (2006, pág. 140)
dando-se relevo ao fato resultante, indiferentemente de ter havido, ou não, como "Corpo de leis e princípios que regem as relações de ordem privada
vontade em obtê-lo, como é o caso da aquisição da propriedade pelo louco entre os indivíduos, os aspectos referentes à pessoa, à propriedade e bens,
que pinta um quadro ou do incapaz que descobre tesouro; aos direitos e obrigações daí decorrentes".
Nesses termos, o trabalho a ser exposto tem como base preliminar a-
- atos-fatos jurídicos indenizativos – são os casos de indenizabilidade nalisar específicos assuntos de importância singular para essa ramificação
sem ilicitude, ou sem culpa, que se configuram naquelas situações em que, a fim de facilitar a compreensão e o entendimento dos graduandos da área
de um ato humano não contrário ao direito, decorre prejuízo de terceiro, da Ciência Jurídica. Entre os assuntos a serem esmiuçados estão às con-
com dever de indenizar, como sucede nos casos de estado de necessida- cepções e desdobramentos a cerca de Fatos, Atos e Negócios Jurídicos,
de, em que a lei permite a destruição ou deterioração de coisa alheia, ou a bem como todos os aspectos inerentes a cada um.
lesão à pessoa, a fim de remover perigo iminente, considerando o ato não
contrário ao direito, mas determinando, por outro lado, a indenização ao II Fatos Jurídicos:
lesado, nos termos do art. 188, II c/c arts. 929 e 930, CC.
"1 ação ou coisa feita ou em processo de realização; 2 - o que acon-
- atos-fatos caducificantes ou extintivos – aquelas situações cujo efeito tece por causas naturais ou não; ocorrência; 3 algo cuja existência pode
consiste na extinção de determinado direito e, por consequência, da pre- ser constatada de modo indiscutível", dessa forma Houaiss (2004, pág.
tensão, da ação e da exceção dele decorrentes, como ocorre na decadên- 335) define a concepção. Nessa premissa que se assenta à noção de fato,
cia e na prescrição. proposta por Gusmão (2008), como elemento necessário para que as
O exemplo trazido pelos doutrinadores para esta classificação era o relações jurídicas possam ser construídas e desenvolvidas pelo homem e
caso do artigo 178, § 1º do CC de 1916, que tratava da decadência da ação que é abarcada pela ramificação civil da Ciência Jurídica e abordada a
anulatória do casamento, no caso de anterior defloramento da esposa. seguir.
1 Conceito de Fato Jurídico em Sentido Amplo.
Negócio jurídico:
Em definição o Fato Jurídico em Sentido Amplo (lato sensu) é a base
Consiste na declaração de vontade voltada a obtenção de um efeito ju- primordial para a formação dos direitos subjetivos de cada indivíduo e, por
rídico, capaz de criar uma reação jurídica, não sendo, portanto, apenas um consequência, estimulando a formação da relação jurídica e a concretiza-
ato livre de vontade. ção do Ordenamento Jurídico.
Conforme é apresentado por Diniz (2004, pág. 341), o fato jurídico ne-
Para MIGUEL REALE, “negócio jurídico é aquela espécie de ato jurídi- cessita de dois (02) fatores que o constituem: o fato e uma declaração da
co que, além de se originar de um ato de vontade, implica na declaração norma jurídica. O primeiro consiste em qualquer casualidade ou evento que
expressa da vontade, instauradora de uma relação entre dois ou mais atue sobre o direito subjetivo, ao passo que o segundo é responsável por
sujeitos tendo em vista um objetivo protegido pelo ordenamento jurídico”. conferir as atribuições e efeitos jurídicos aquele fato.
Entende-se como sendo a declaração de vontade privada destinada a 2 Classificação do Fato Jurídico:
produzir efeitos que o agente pretende e o direito reconhece, tais como a
2.1 Quanto a Natureza do Fato Jurídico:
constituição, modificação ou extinção de relações jurídicas, de modo vincu-
lante, obrigatório para as partes intervenientes, cf. FRANCISCO DO AMA- A Positivo: é caracterizado por algum evento que surge de forma po-
RAL. sitiva para o indivíduo e que não causa nenhum dano ou lesão como, por
exemplo, o nascimento.
Francisco do Amaral afirma, ainda, que o negócio jurídico é o meio de
realização da autonomia privada, e o contrato é o seu símbolo. B Negativo: possui como aspecto o fato de causar alguma lesão ou
dano ao indivíduo, como, a guisa de citação, o pagamento de uma dívida
No negócio jurídico a manifestação da vontade tem finalidade negocial, inexistente. Em seu artigo 876, o Código Civil contempla essa situação e
que abrange a aquisição, conservação, modificação ou extinção de direitos. estabelece que "Art. 876 Todo aquele que recebeu o que lhe não era
Não obstante, carece ainda salientar que a Declaração de Vontade po- No que tange a formalidade, pode ser público ou particular. O primeiro
de configurar em duas formas distintas, a Declaração Direta ou a Declara- se fundamenta nos moldes emitidos pela legislação, podendo ser tanto pelo
ção Indireta. A primeira consiste na declaração mediante a informação de Estado quanto por um de seus funcionários. Ao passo que a particular não
consentimento ou não para que o negócio jurídico para que o Negócio necessita da interferência de um funcionário do Estado, tendo que salientar
jurídico ocorra, por parte de um ou de ambos os envolvidos. Ao passo que que ambos seguirão a formalidade de contrato particular.
a segunda é caracterizada quando há a utilização de algum instrumento ou Relativo à tipificação, pode ser apresentada de forma livre ou vincula-
meio podendo incluir desde SEDEX e AR até mesmo a utilização de um da. A primeira é caracterizada pela ausência de obstáculos tanto pela
procurador. legislação quanto pelas partes envolvidas para a maneira como o instru-
No que tange a situação de absolutamente capazes, admite-se o re- mento será feito. Já a forma vinculada também chamada de necessária -,
presentante já que o representado na esfera judicial não existe por si só. apresenta como aspecto à imposição por parte das normas jurídicas ou por
Quanto à questão dos relativamente incapazes, há uma dicotomia, caso ele uma das partes (imposição convencional) envolvidas. A formalidade que é
se manifeste será considerada direta e ao passo que for representado por instituída pela vontade privatista tem que ser estruturada no comum-acordo
terceiros, será considerado indireto. entre as partes.
2.2.2 Objeto em conceituação, é aquilo sobre o que incide um direito 2.3 Elementos Naturais: abrangem todos os efeitos que decorrem da
ou uma obrigação. Pode ser classificado em duas espécies distintas: celebração do negócio jurídico, não se fazendo necessário qualquer men-
ção expressa, já que a própria legislação determina as consequências na
A Objeto Jurídico é o que está estabelecido por um indivíduo como esfera jurídica.
matéria sobre qual versará o negócio jurídico. A guisa de exemplificação,
as prestações de um serviço ou um comportamento que o obrigue. 2.4 Elementos Acidentais: são as estipulações ou cláusulas acessó-
rias, que ambas as partes podem adicionar em seu negócio a fim de modi-
B Objeto Material são os bens sobre as quais incidem os poderes ficar alguma das consequências naturais. A ramificação civil da Ciência
de uma relação jurídica iniciada Jurídica elenca: condição, termo e modo ou encargo.
Faz-se mister ainda discorrer a cerca dos requisitos necessários para V - Comento Final:
que um objeto seja qualificado para ser matéria de um negócio jurídico,
conforme estabelecido pela legislação. São elencados três (03) condições: Com base no que foi apresentado, neste estudo, buscou-se elencar os
licitude, determinável, possível. aspectos básicos e fundamentais que constituem os Fatos, Atos e Negó-
cios Jurídicos, bem como toda a gama de informações que se desdobram
I Objeto Lícito é aquele que não contraria nenhuma pré- de seu conteúdo. Sendo, portanto, uma peça primordial e de importância
determinação estabelecida em lei, estando em conformidade aos bons singular para a formação e estruturação de todo o arcabouço teórico que
costumes, à ordem pública e à moral. Caso a matéria em questão seja integra os conhecimentos de um Operador do Direito.
ilícita, o negócio jurídico será considerado nulo e não produz nenhum efeito
na esfera jurídica. Não obstante a isso, deve-se ainda destacar o fato que o conteúdo ex-
planado é crucial para o entendimento de todos os demais assuntos que
II Objeto Determinado ou Determinável - durante a celebração de um variam da relação entre dois ou mais indivíduos, a fim de configurar uma
negócio deve ser determinado o objeto sobre o qual será versado, devendo relação jurídica e embasada no diploma legal que rege essas situações, ou
ser descriminado o gênero e a quantidade. seja, o Código Civil.
III Objeto Possível durante o negócio jurídico, o objeto sobre o qual é Referências:
tratado carece ser possível juridicamente ou fisicamente. Vedando, dessa
forma, exacerbações e exageros impossíveis de ser realizados. Disponível em: . Acesso dia 29 de Março de 2008, às 20h33min.
2.2.3 Agente Capaz ou Capacidade o Direito Civil estabelece que o Disponível em: . Acesso dia 02 de Abril de 2008, às 14h14min.
agente capaz deva ser uma pessoa dotada de consciência e vontade, Disponível em: . Acesso dia 29 de Março de 2008, às 20h46min.
sendo reconhecida pelo Ordenamento Pátrio como apta para exercer todos
e quaisquer atos da vida civil. Logo, o indivíduo que celebra o negócio DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro Teoria Geral do
jurídico tem que atender o requisito mínimo para ser considerado plena- Direito Civil (ed. 21ª rev., aum. e atual.). São Paulo: Saraiva, 2004.
mente capaz, na esfera civil, ou seja, maior de dezoito (18) anos e sem
nenhuma restrição determinada pela legislação. Quando é praticada por FERNANDES, Francisco; LUFT, Celso Pedro; GUIMARÃES, F. Mar-
absolutamente incapaz menor de dezesseis (16) anos -, o negócio será ques. Dicionário Brasileiro Globo (ed. 53ª). São Paulo: Globo S.A., 2000.
Coação O negócio jurídico é todo ato decorrente de uma vontade auto regula-
Entende-se como coação capaz de viciar o consentimento todo fator da, onde uma ou mais pessoas se obrigam a efetuar determinada presta-
externo capaz de influenciar, mediante força física ou grave ameaça, a ção jurídica colimando a consecução de determinado objetivo. Como em
vítima a realizar negócio jurídico que sua vontade interna não deseja efetu- todo ato jurídico, os efeitos do negócio jurídico são previamente instituídos
ar. pelas normas de direito, porém, os meios para a realização destes efeitos
estão sujeitos à livre negociação das partes interessadas, que estabelecem
Vícios Sociais as cláusulas negociais de acordo com suas conveniências, claro que sem
ultrajar Os limites legais.
Simulação:
Negócio simulado é aquele forjado pelas partes e que na verdade não O negócio jurídico mais comum é o contrato, apesar de existirem ou-
existe, com o objetivo de prejudicar terceiros. São atos praticados sempre tros tipos de atos negociais, como o testamento, por exemplo.
com a cumplicidade de outrem, ou seja, são bilaterais. Podem apresentar
uma declaração de vontade intencionalmente discrepante da vontade real A classificação mais comum dos negócios jurídicos é a seguinte:
ou um consentimento externo em harmonia com a vontade interna, mas
que de qualquer modo está em detrimento com a ordem jurídica. Negócios receptícios e não receptícios: o negócio jurídico receptício é
aquele em que a manifestação da vontade de uma parte deve estar em
Fraude contra credores: consonância com a outra parte para que o negócio se constitua e produza
A fraude contra credores é um ato praticado pelo devedor, com ou sem efeitos. Há a necessidade de duas vontades dirigidas em sentidos opostos,
a cumplicidade de outrem, com o objetivo de desfazer o seu patrimônio ou seja, à vontade de uma parte deve ser direcionada à outra parte, que,
para impossibilitar o pagamento de suas dívidas, prejudicando, portanto, os por sua vez, deve recebe-la e manifestar suas intenções ao outro interes-
credores. Pode decorrer de uma simulação ou da realização de um negócio sado, produzindo então o acordo de vontades.
de fato existente, porém anulável, segundo o art. 147, II, CCB.
Já os negócios não receptícios são aqueles que se realizam com uma
Atos Ilícitos simples manifestação unilateral de vontade, não havendo a necessidade de
seu direcionamento a uma pessoa especifica para que se plenifique e
São atos que vão de encontro com o ordenamento jurídico, lesando o produza efeitos.
direito subjetivo de alguém.
Negócios “inter vivos” e “mortis causa”: Os negócios
Para que se configure o ato ilícito é mister que haja um dano moral ou “inter vivos” são aqueles que se realizam e se aperfeiçoam enquanto
material à vítima, uma conduta culposa (dolo ou culpa “stricto sensu”) por as partes estão vivas.
parte do autor e um nexo causal entre o dano configurado e a conduta
ilícita. “Mortis causa” são aqueles cujos efeitos só são produzidos com o ad-
vento da morte de uma das partes. E o caso dos testamentos ou dos con-
Ilícito civil gera uma obrigação indenizatória pelos danos efetivos e, em tratos de seguro de vida.
alguns casos, pelo que a vítima deixou de lucrar com o dano provocado.
Negócios onerosos e gratuitos: Negócio jurídico oneroso é aquele
Tal obrigação decorre da responsabilidade civil, que é a possibilidade em que as partes acordam uma prestação e uma contra prestação pecuniá-
jurídica que determinada pessoa tem de responder pelos seus atos, sejam ria, produzindo, para ambas, vantagens e encargos.
eles lícitos ou não. A responsabilidade pode ser direta (responder pelos
próprios atos) ou indireta (responder por atos de terceiros). O negócio gratuito ou gracioso caracteriza-se pela presença de vanta-
gens para somente uma das partes, enquanto que para a outra há somente
O Ato Jurídico Inexistente não constitui um ato propriamente dito, de encargos.
vez que a própria expressão ato inexistente constitui uma contradictio in
adiectio.
Isso não significa que os incapazes não podem figurar como sujeitos Os principais tipos de condição admitidos em nosso direito são a con-
de uma relação jurídica negocial. Participam indiretamente de tais relações dição suspensiva e a condição resolutiva.
através de seus representantes legais, no caso dos absolutamente incapa-
zes, ou de um assistente, quando se trata dos relativamente incapazes. Segundo o art. 118 do Código Civil, “subordinando-se a eficácia do ato
Dessa forma, a representação é a forma de suprimento da incapacidade à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquiri-
absoluta, sendo a assistência a maneira adotada pelo direito para a prote- do o direito, a que ele visa”.
ção dos relativamente incapazes.
Dessa maneira, a condição resolutiva é o contrário da suspensiva, uma
Há casos, entretanto, em que a capacidade ordinária ou geral a qual se vez que esta última, ao se observar o fato condicionante, permite que o ato
referem os arts. 5º e 6º do Código Civil não é suficiente para conferir a passe a produzir seus efeitos normais, enquanto que a primeira, quando se
possibilidade jurídica para uma pessoa manifestar validamente seu consen- dá o acontecimento previsto por ela, cessa todos os efeitos que o negócio
timento. Nestas situações, estamos na seara da chamada capacidade já produzia desde sua formação.
especial, que é exigida ao indivíduo devido à sua posição em relação ao
objeto do ato negocial, ou devido a determinadas circunstâncias relativas à Termo
própria situação da pessoa. Termo é todo evento futuro e certo ao qual ficam subordinados os efei-
tos decorrentes do negócio jurídico. Aliás, a diferença básica entre termo e
Liceidade do objeto condição é justamente a certeza do acontecimento futuro que, no caso do
Para que o negócio jurídico possa realizar-se de forma perfeita e efi- termo, deve existir necessariamente.
caz, o direito, além de exigir a presença do consentimento e a capacidade
das partes, pressupõe que a relação jurídica gire entorno de um objeto Nos negócios a termo é comum o aparecimento de um termo inicial,
lícito, ou seja, tolerado pelo ordenamento jurídico e pelos bons costumes. que corresponde ao dia em que o negócio começará a produzir seus efeitos
De maneira que a presença de objeto ilícito é causa incontestável de anu- ordinários. Possui, portanto, características suspensivas, pois deixa os
lação do negócio, conforme dita o art. 145, II, do Código Civil. efeitos do ato suspensos até a chegada da data acordada pelas partes.
Contudo, o termo inicial não corresponde ao dia em que os direitos das
Idoneidade do objeto partes serão adquiridos, e sim, ao marco inicial para a possibilidade do
Ainda nas considerações sobre o objeto da relação negocial, temos exercício destes direitos, estes existindo desde a formação do ato. E o que
que, além de lícito, deve ser ele idôneo, ou seja, passível de figurar como encontramos disciplinado no art. 123 do Código Civil.
centro de uma relação jurídica. Assim, o objeto cuja prestação for impossí-
vel de ser realizada tanto pelo devedor quanto por qualquer outra pessoa Também é comum o advento do chamado termo final, que nada mais é
normal gera a nulidade do ato ao qual pertence. do que o dia marcado pelas partes para o rompimento dos efeitos jurídicos
do negócio, possuindo, com efeito, características resolutivas.
Forma
À vontade, para que possa dar eficácia ao negócio jurídico colimado Prazo é o lapso de tempo existente entre o termo inicial e o final. As-
pelas partes, deve ser manifestada através de um meio determinado pela sim, quando alguém compra um automóvel e divide o pagamento em
norma jurídica ou pelos próprios interessados. São solenidades ou ritos que prestações, o termo inicial corresponderá ao dia acordado para o pagamen-
devem ser seguidos para que a vontade deixe o âmbito subjetivo e passe a to da primeira prestação e o termo final à data para a efetuação da última
existir no mundo exterior ao individuo, gerando então efeitos jurídicos. parcela, sendo o prazo o tempo que decorrer entre a primeira prestação e a
última.
O nosso direito adota o princípio da forma livre para a validade das e-
missões volitivas na seara negocial, conforme podemos apreender do art. Modo ou Encargo
129 do Código Civil. Porém, esse mesmo artigo põe a salvo os negócios Modo é a determinação acidental que, quando aparece no negócio,
cuja forma é previamente determinada pela lei, não se admitindo para a restringe o direito ou as vantagens auferidas por uma das partes, na medi-
Quanto ao objeto subdividem-se em: positivas, que são as dedar Extinção das obrigações sem pagamento (novação, compensação,
e as de fazer; negativas, que são as de não fazer (arts. 882 e transação, confusão, compromisso e remissão).
883); alternativas; divisíveis; indivisíveis. Quanto ao sujeito, as obriga-
ções classificam-se em: individuais; solidárias. Novação do latim novare, inovar. Constituição de uma nova obrigação,
em substituição à anterior, que se extingue. E a extinção de uma dívida
A Obrigação Positiva de dar é aquela cujas prestações consiste na anterior pela criação de uma nova obrigação. Código Civil: arts. 999 a
entrega de uma coisa móvel ou imóvel, seja para constituir um direito real, 1.008.
seja somente para facultar o uso, ou ainda, a simples detenção, seja,
finalmente, para restituí-la ao seu dono. Tal definição compreende duas É a forma de extinção da obrigação mediante a substituição de uma di-
espécies de obrigações: a de dar, propriamente dita, e a de restituir. O vida por outra. Opera-se pela mudança do credor (art. 999, III, do Código
devedor não se desobriga, nesta relação jurídica, oferecendo outra coisa, civil), pela mudança do devedor (art. 999, II do Código Civil), como, por
ainda que mais valiosa. Se a coisa a dar é certa, nela se compreendem os igual, pela troca do objeto ou da causa da obrigação (art. 999, I, do mesmo
seus acessórios, ainda que se achem, no momento, dela separados, salvo Código).
se, na convenção, o devedor foi eximido desse encargo. A obrigação positi-
va de dar pode estar fundada em coisa certa ou em coisa incerta. Na obri- Sua prova demonstra-se pela constituição válida da nova obrigação
gação de dar coisa certa, o credor não está obrigado a receber outra coisa, que substitui a anterior. Diante de uma nova obrigação assim constituída
mesmo que seja mais valiosa. O devedor entregar ou restituir o bem ao após a penhora, a questão é passível de exame em sede de embargos.
credor, sem que se permita qualquer modificação no objeto da prestação.
Compensação do latim, compensatio. Equilibrar, contrabalançar. Modo
No tocante a obrigação positiva de fazer (arts. 878 a 881), o devedor de extinção de obrigações recíprocas. Quando duas pessoas são, simulta-
obriga-se a criar algo novo, que não existia no mundo real, transcendendo neamente, credoras e devedoras entre si, as obrigações respectivas se
a simples entrega ou restituição do bem. compensam. Pode ser legal ou voluntária, conforme determinada em lei ou
resultante da vontade das partes. Somente se aplica a dívidas líquidas, que
Compromete-se, então, a prestar uma atividade qualquer, lícita e van- representem dinheiro ou coisas fungíveis. Código Civil: arts. 1.009 a 1.024.
tajosa, ao seu credor, por exemplo, escrever um livro sob encomenda da
editora, ministrar aulas particulares. As obrigações de fazer são, muitas Transação do latim transigere, transigir, ceder, condescender, contem-
vezes, resolvidas em prestações de trabalho por parte do devedor, como porizar, chegar a acordo. In/transigente, aquele que não transige ou não
acontece nas locações de obras; porém, muitas outras vezes, consistirão cede. Ato jurídico pelo qual as partes (transigentes) extinguem obrigações
num ato ou fato, para cujas execuções se não exige um desenvolvimento litigiosas mediante concessões mútuas. O Código Civil disciplina a transa-
de força física ou intelectual. Quando alguém promete prestar uma fiança, a ção nos arts. 1.025 a 1.036, assim dispondo os arts. 1.025, 1.026, 1.027,
essência do ato, objeto da prestação, não consiste no significante dispêndio 1.028, 1.029, 1.030, 1.033 e 1.035: “Art. 1.025. É lícito aos interessados
de esforço, que a prestação da fiança possa exigir, mas sim na necessida- prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas. Art.
de de concluir a operação jurídica, a que se vem ligar, de um lado, os 1.026. Sendo nula qualquer das cláusulas da transação, nula será esta.
riscos, e do outro, as vantagens do crédito fornecido ““. Parágrafo único. Quando a transação versar sobre diversos direitos contes-
tados e não prevalecer em relação a um, fica, não obstante, válida relati-
Celso Antonio Bandeira de Mello, nesse sentido observa que “A moti- "No princípio da impessoalidade se traduz a ideia de que a Administra-
vação deve ser prévia ou contemporânea à expedição do ato. Em algumas ção tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas
hipótese de atos vinculados, isto é, naqueles em que há aplicação quase ou detrimentosas. Nem favoritismo nem perseguições são toleráveis.
automática da lei, por não existir campo para interferência de juízos subje- Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou ideológicas não podem
Princípios que regem o regime jurídico da Administração Pública: O Poder Público tem uma série de vantagens que o coloca num grau
Princípio da supremacia do interesse público. de superioridade em relação aos particulares. O nome que se dá a esse
Princípio da indisponibilidade do interesse público. conjunto de vantagens é "cláusulas exorbitantes", pois exorbitam o padrão
dos contratos particulares, conferindo vantagens à Administração.
Princípio da supremacia do interesse público + Princípio da indis-
ponibilidade do interesse público = binômio prerrogativas + limites na Deveres: Os deveres também surgem em razão dos interesses que a
lei Administração representa quando atua. Exemplo de deveres que a Admi-
nistração tem e o particular não tem:
Princípio da supremacia do interesse público:
Muitas classificações têm sido elaboradas para os órgãos públicos, na Órgãos subalternos são todos aqueles que se acham hierarquizados
sua maioria sem interesse prático, pelo que nos permitimos omiti-las, para a órgãos mais elevados, com reduzido poder decisório e predominância de
grupá-los apenas quanto à sua posição estatal, estrutura e atuação funcio- atribuições de execução. Destinam-se à realização de serviços de rotina,
nal, porque essas divisões revelam as características próprias de cada tarefas de formalização de atos administrativos, cumprimento de decisões
categoria e facilitam a compreensão de seu funcionamento, suas prerroga- superiores e primeiras soluções em casos individuais, tais como os que,
tivas e seu relacionamento interno e externo. nas repartições públicas, executam as atividades-meios e atendem ao
público, prestando-lhe informações e encaminhando seus requerimentos,
Órgãos independentes, autônomos, superiores e subalternos: como são as portarias e seções de expediente.
quanto à posição estatal, ou seja, relativamente à posição ocupada pelos
órgãos na escala governamental ou administrativa, eles se classificam em: Órgãos simples ou compostos: quanto à estrutura, os órgãos podem
independentes, autônomos, superiores e subalternos, como veremos a ser simples ou compostos.
seguir.
Órgãos simples ou unitários são os constituídos por um só centro de
Órgãos independentes são os originários da Constituição e represen- competência. Essa unitariedade tem levado alguns autores a identificar o
tativos dos Poderes de Estado — Legislativo, Executivo e Judiciário—, órgão simples com o cargo de seu agente e com o próprio agente, o que é
colocados no ápice da pirâmide governamental, sem qualquer subordina- um erro; o órgão é a unidade de ação; o cargo é o lugar reservado ao
ção hierárquica ou funcional, e só sujeitos aos controles constitucionais de agente; e o agente é a pessoa física que exercita as funções do órgão.
um Poder pelo outro. Por isso, são também chamados órgãos primários do
Estado. Esses órgãos detêm e exercem precipuamente as funções políticas O que tipifica o órgão como simples ou unitário é a inexistência de ou-
judiciais e quase-judiciais outorgadas diretamente pela Constituição, para tro órgão incrustado na sua estrutura, para realizar desconcentradamente
serem desempenhadas pessoalmente por seus membros (agentes políti- sua função principal ou para auxiliar seu desempenho. O número de seus
cos, distintos de seus servidores, que são agentes administrativos), segun- cargos e agentes não influi na unidade orgânica se esta é mantida num
do normas especiais e regimentais. único centro de competência, como ocorre numa portaria, que é órgão
simples ou unitário, com diversos cargos e agentes.
Nessa categoria encontram-se as Corporações Legislativas (Congres-
so Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Assembleias Legis- Órgãos compostos são os que reúnem na sua estrutura outros órgãos
lativas, Câmaras de Vereadores), as Chefias de Executivo (Presidência da menores, com função principal idêntica (atividade-fim realizada de maneira
República, Governadorias dos Estados e do Distrito Federal, Prefeituras desconcentrada) ou com funções auxiliares diversificadas (atividades-meios
Municipais), os Tribunais Judiciários e os Juízos singulares (Supremo atribuídas a vários órgãos menores). Assim, uma Secretaria de Educação
Tribunal Federal, Tribunais Superiores Federais, Tribunais Regionais Fede- órgão composto tem na sua estrutura muitas unidades escolares, órgãos
rais, Tribunais de Justiça e de Alçada dos Estados-membros, Tribunais do menores com atividade-fim idêntica e órgãos de pessoal, de material, de
Júri e Varas das Justiças Comum e Especial). De se incluir, ainda, nesta transporte etc. —órgãos menores com atividades-meios diversificadas que
classe o Ministério Público federal e estadual e os Tribunais de Contas da auxiliam a realização do ensino, mas todos eles integrados e hierarquiza-
União, dos Estados-membros e Municípios, os quais são órgãos funcional- dos ao órgão maior.
mente independentes e seus membros integram a categoria dos agentes
políticos, inconfundíveis com os servidores das respectivas instituições. No órgão composto, o maior e de mais alta hierarquia envolve os me-
nores e inferiores, formando com eles um sistema orgânico, onde as fun-
Órgãos autônomos são os localizados na cúpula da Administração, ções são desconcentradas (e não descentralizadas), isto é, distribuídas a
imediatamente abaixo dos órgãos independentes e diretamente subordina- vários centros de competência, que passam a realizá-las com mais preste-
dos a seus chefes. Têm ampla autonomia administrativa, financeira e za e especialização, mas sempre sob a supervisão do órgão mais alto e
técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos, com funções precípuas fiscalização das chefias imediatas, que têm o poder de avocação e de
de planejamento, supervisão, coordenação e controle das atividades que revisão dos atos das unidades menores, salvo nos órgãos independentes.
constituem sua área de competência. Participam das decisões governa-
mentais e executam com autonomia as suas funções específicas, mas Órgãos singulares ou colegiados: quanto à atuação funcional, os ór-
segundo diretrizes dos órgãos independentes, que expressam as opções gãos podem ser singulares ou colegiados.
políticas do Governo.
Órgãos singulares ou unipessoais são os que atuam e decidem a-
Órgãos colegiados ou pluripessoais são todos aqueles que atuam e Portanto, na estrutura e organização do Estado e da Administração dis-
decidem pela manifestação conjunta e majoritária da vontade de seus tingue-se nitidamente poder, órgão, função, competência, cargo e agente.
membros. Nos órgãos colegiados não prevalece a vontade individual de Neste tópico interessam-nos os agentes públicos, para conceituá-los,
seu Chefe ou Presidente, nem a de seus integrantes isoladamente: o que classificá-los e situá-los no quadro geral do Governo e da Administração.
se impõe e vale juridicamente é a decisão da maioria, expressa na forma
legal, regimental ou estatutária. Os agentes públicos, gênero que acima conceituamos, repartem-se ini-
cialmente em quatro espécies ou categorias bem diferençadas, a saber:
A atuação desses órgãos tem procedimento próprio, que se desenvolve agentes políticos, agentes administrativos, agentes honoríficos e agentes
nesta ordem: convocação, sessão, verificação de quorum e de impedimen- delegados, que, por sua vez, se subdividem em subespécies ou subcatego-
tos, discussão, votação e proclamação do resultado. Com a proclamação rias, como veremos a seu tempo. Essa classificação não corresponde
do resultado torna-se inalterável a deliberação colegial, só admitindo modi- exatamente à dos demais autores pátrios, mas se nos afigura a mais lógica
ficação ou correção através de novo pronunciamento do órgão, se cabível, e condizente com a realidade nacional, como procuraremos demonstrar a
(por via recursal ou de ofício) seguir.
Após a votação, os votos vencedores da maioria fundem-se unitaria- Agentes políticos: são os componentes do Governo nos seus primei-
mente num ato simples (e não complexo, como erroneamente pensam ros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por
alguns) e os votos vencidos da minoria ficam sem efeito jurídico na constitu- nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de atribui-
ição do resultado, só servindo para ensejar recurso (embargos), quando ções constitucionais. Esses agentes atuam com plena liberdade funcional,
legalmente admitido. desempenhando suas atribuições com prerrogativas e responsabilidades
próprias, estabelecidas na Constituição e em leis especiais. Não são servi-
Como as deliberações e decisões dos Órgãos colegiados estão sempre dores públicos, nem se sujeitam ao regime jurídico único estabelecido pela
formalmente vinculadas a um procedimento legal para sua emissão e Constituição de 1988. Têm normas específicas para sua escolha, investidu-
validade, o desrespeito a esse procedimento, tal seja a sua relevância, ra, conduta e processo por crimes funcionais e de responsabilidade, que
pode conduzir à nulidade do ato final. Essa ilegalidade é possível apresen- lhes são privativos.
tar-se desde a convocação da sessão até a proclamação do resultado da
votação. Observe-se, neste ponto, que a nulidade de um ou de alguns Os agentes políticos exercem funções governamentais, judiciais e qua-
votos não invalida a manifestação do Órgão se, excluídos aqueles, ainda se-judiciais, elaborando normas legais, conduzindo os negócios públicos,
remanescer a maioria necessária a favor da decisão impugnada. decidindo e atuando com independência nos assuntos de sua competência.
São as autoridades públicas supremas do Governo e da Administração na
Nas relações com a própria Administração e com terceiros os órgãos área de sua atuação, pois não estão hierarquizadas, sujeitando-se apenas
colegiados são representados por seus dirigentes, e não por seus mem- aos graus e limites constitucionais e legais de jurisdição. Em doutrina, os
bros, conjunta ou isoladamente. O ato colegial só é necessário para a agentes políticos têm plena liberdade funcional, equiparável à independên-
manifestação da vontade do órgão no desempenho específico de suas cia dos juízes nos seus julgamentos, e, para tanto, ficam a salvo de res-
funções. Assim, as Corporações Legislativas, os Tribunais e as Comissões ponsabilização civil por seus eventuais erros de atuação, a menos que
deliberam e decidem por seus plenários e câmaras, mas se fazem repre- tenham agido com culpa grosseira, má-fé ou abuso de poder.
sentar juridicamente e se administram por seus Presidentes, Chefes ou
Procuradores. Realmente, a situação dos que governam e decidem é bem diversa da
dos que simplesmente administram e executam encargos técnicos e profis-
Apreciados os órgãos públicos como centros de competência, aptos à sionais, sem responsabilidade de decisão e de opções políticas. Daí por
realização das funções do Estado, vejamos, agora, as pessoas físicas que que os agentes políticos precisam de ampla liberdade funcional e maior
atuam como seus agentes, com parcelas de seu poder. resguardo para o desempenho de suas funções. As prerrogativas que se
concedem aos agentes políticos não são privilégios pessoais; são garantias
Agentes públicos — São todas as pessoas físicas incumbidas, defini- necessárias ao pleno exercício de suas altas e complexas funções gover-
tiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. Os agentes namentais e decisórias. Sem essas prerrogativas funcionais os agentes
normalmente desempenham funções do órgão, distribuídas entre os cargos políticos ficariam tolhidos na sua liberdade de opção e de decisão, ante o
de que são titulares, mas excepcionalmente podem exercer funções sem temor de responsabilização pelos padrões comuns da culpa civil e do erro
cargo. A regra é a atribuição de funções múltiplas e genéricas ao órgão, as técnico a que ficam sujeitos os funcionários profissionalizados.
quais são repartidas especificamente entre os cargos, ou individualmente
entre os agentes de função sem cargo. Em qualquer hipótese, porém, o Nesta categoria encontram-se os Chefes de Executivo (Presidente da
cargo ou a função pertence ao Estado, e não ao agente que o exerce, República, Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares imediatos (Ministros
razão pela qual o Estado pode suprimir ou alterar cargos e funções sem e Secretários de Estado e de Município); os membros das Corporações
nenhuma ofensa aos direitos de seus titulares, como podem desaparecer Legislativas (Senadores, Deputados e Vereadores); os membros do Poder
os titulares sem extinção dos cargos e funções. Judiciário (Magistrados em geral); os membros do Ministério Público (Pro-
curadores da República e da Justiça, Promotores e Curadores Públicos); os
Os cargos, como já vimos, são apenas os lugares criados no órgão pa- membros dos Tribunais de Contas (Ministros e Conselheiros); os represen-
ra serem providos por agentes que exercerão as suas funções na forma tantes diplomáticos e demais autoridades que atuem com independência
legal. O cargo é lotado no órgão e o agente é investido no cargo. Por aí se funcional no desempenho de atribuições governamentais, judiciais ou
vê que o cargo integra o órgão, ao passo que o agente, como ser humano, quase judiciais, estranhas ao quadro do serviço público.
É de se distinguir, todavia, a eleição política da eleição administrativa, Descentralização - É o que tem por objeto o descongestionamento
visto que aquela é feita diretamente pelo povo, ou indiretamente, por seus administrativo, afastando do centro (o Estado) e atribuindo a uma pessoa
representantes, para uma investidura cívica, e esta é realizada internamen- distinta, poderes de administração, constituídos do exercício de atividades
te pelos próprios pares do eleito, no seio do colegiado, ou por votantes (não públicas ou de utilidade pública. Desta forma, em seu próprio nome, o ente
eleitores) da categoria profissional a que pertence o candidato ao mandato. descentralizado age por outorga do serviço ou atividade pública, bem como
Merece, ainda, distinção entre o eleito para integrar um colegiado ou para por delegação de sua execução. A descentralização distingue-se da “des-
dirigi-lo e o que é nomeado para o mesmo órgão pelo Executivo: aquele concentração”, que vem a se constituir na distribuição ou repartição de
exerce um mandato administrativo; este, uma delegação administrativa da funções entre vários órgãos da mesma entidade estatal (União, Estados,
própria Administração, e por isso mesmo pode ser destituído da função DF, Municípios).
sumariamente e a qualquer tempo pelo delegante, embora a renovação do
colegiado tenha prazo certo. O mesmo ocorre com algumas investiduras Delegação de competência - Pode ser encarada como uma forma de
políticas por nomeação, dependentes de aprovação pelo Legislativo, mas aplicação do “princípio da descentralização”, mas o Decreto-Lei n. 200/67
que podem ser desconstituídas a qualquer tempo e sem mais formalidades coloca-o como princípio autônomo e diferenciado daquele. Constitui-se na
pelo Executivo, como podem prosseguir além do mandato do nomeante, transferência, pelas autoridades administrativas, de atribuições decisórias a
independentemente de nova aprovação e nomeação. seus subordinados, mediante ato específico e que indique, com clareza e
precisão, a autoridade delegante (a que transfere), a delegada (que recebe)
Investidura originária e derivada: investidura originária é a que vincu- e o objeto da delegação (a própria atribuição). Através desse princípio visa,
la inicialmente o agente ao Estado, tal como a primeira nomeação para a Administração Pública, maior objetividade e precisão às suas decisões.
cargo público a que se refere a Constituição (art. 37, II); investidura deriva- com vistas a situá-las o mais próximo possível dos fatos, das pessoas e
da é aquela que se baseia em anterior vinculação do agente com a Admi- dos problemas que pretende atender.
nistração, como a promoção, a transferência, a remoção, a reintegração
etc. Para o funcionalismo em geral, a investidura originária depende de Controle - Em sentido amplo, caracteriza-se numa das formas de e-
concurso público de provas, ou de provas e títulos, salvo as dispensas xercício do poder hierárquico, com o objetivo de fiscalização, pelo órgão
indicadas em lei; a investidura derivada normalmente se faz por seleção superior, do cumprimento da lei, das instruções e da execução das atribui-
interna pelo sistema de mérito e tempo de serviço, na forma estatutária. ções específicas, dos órgãos inferiores, bem como dos atos e rendimento
de cada servidor. Pelo enfoque da reforma administrativa e que mais dire-
Investidura vitalícia, efetiva e em comissão: investidura vitalícia é a tamente interessa ao nosso estudo, constitui-se em instrumento da supervi-
que tem caráter perpétuo, como a dos Magistrados, e cuja destituição exige são ministerial, a que sujeitam-se todos os órgãos da Administração fede-
processo judicial; investidura efetiva é a que tem presunção de definitivida- ral, inclusive os entes descentralizados (autarquias, paraestatais), normal-
de, para tornar o agente estável no serviço após o estágio probatório, pelo mente não sujeitos ao poder hierárquico das autoridades da Administração
que a sua destituição depende de processo administrativo; investidura em direta. Visa, especificamente, à consecução de seus objetivos e à eficiência
comissão é a de natureza transitória, para cargos ou funções de confiança, de sua gestão, sendo exercido de diversos modos e que poderão chegar,
sendo o agente exonerável ad nutum, a qualquer tempo, e independente- se for o caso, à intervenção, mediante controle total.
mente de justificativa. Nesta modalidade de investidura o agente não adqui-
re estabilidade no serviço público, nem as vantagens da função integram CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
seu patrimônio, dada a precariedade de seu exercício. PÚBLICA
O Estado tem como função primordial o oferecimento de utilidades aos
A investidura efetiva é própria dos cargos do quadro permanente da administrados, não se justificando sua atuação senão no interesse público.
Administração, ocupados pela grande massa do funcionalismo, com provi- Assim, entende-se que todas as vezes que o Estado atua, o faz porque à
mento inicial por concurso, para o desempenho de atividades técnicas e coletividade deve atender.
administrativas do Estado, com caráter de exercício profissional. Diversa-
mente, a investidura em comissão é adequada para os agentes públicos de No início dos estudos sobre o Direito Administrativo havia o entendi-
alta categoria, chamados a prestar serviços ao Estado, sem caráter profis- mento de que os serviços público eram poderes estatais (e não deveres),
sional, e até mesmo de natureza honorífica e transitória. Tais agentes, em que independiam da vontade ou da necessidade do cidadão ou do residen-
sua maioria, são delegados ou representantes do Governo, pessoas de sua te de um determinado local.
confiança, providos nos altos postos do Estado, para o desempenho de
funções diretivas ou missões transitórias características de múnus público. Esta ideia inicial foi superada com o surgimento da Escola Francesa do
Serviço Público, capitaneada por Léon Duguit, quando se passou a enten-
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA der serviço público como serviços prestados aos administrados.
Os princípios referidos no programa são aqueles constantes da reforma
administrativa de 1967 (Decreto-Lei n. 200, de 25.02.67), mantidos tacita- HELY LOPES MEIRELLES nos deixou o seguinte conceito de serviço
mente pela reforma de 1990 (Lei n. 8028, de 12.04.90 e Decreto 99.180, de público:
15.03.90). São eles o do “planejamento”, o da .coordenação”, o da “descen- "Serviço Público é todo aquela prestado pela Administração ou por
tralização”, o da “delegação de competência” e o do “controle”, que serão seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessi-
sucintamente analisados a seguir: dades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniência
do Estado."
Planejamento – É o estudo e estabelecimento das diretrizes e metas (HELY LOPES MEIRELLES, Direito Administrativo Brasileiro, São Pau-
que deverão orientar a ação governamental, através de um piano geral de lo, Ed. Malheiros, 1997, 22ª Ed., pg. 297)
governo, de programas globais, setoriais e regionais de duração plurianual,
do orçamento-programa anual e da programação financeira de desembol- Nesse sentido, prendendo-se aos critérios relativos à atividade pública,
so. Desta forma, as atividades da Administração Pública deverão adaptar- ensina o Professor JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO:
se aos programas aprovados pela Presidência da República, isto é, não "..., conceituamos serviço público como toda atividade prestada pelo
são permitidos desvios que comprometam os limites financeiros de desem- Estado ou por seus delegados, basicamente sob o regime de direito públi-
bolso ou afrontem a respectiva programação. co, com vistas a satisfação de necessidades essenciais e secundárias da
coletividade."
Coordenação – É o que visa entrosar as atividades da Administração, (JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO, Manual de Direito Adminis-
de modo a evitar a duplicidade de atuação, a disperso de recursos, a diver- trativo, Rio de Janeiro, Ed. Lumen Juris, 3ª ed., 1999, pg. 217)
gência de soluções e outros males característicos da burocracia.
O certo é que, possível a parceria, podem os serviços públicos serem A descentralização administrativa se apresenta de três formas. Pode
executados direta ou indiretamente. ser territorial ou geográfica, por serviços, funcional ou técnica e por colabo-
ração.
O Estado, por seus diversos órgãos e nos diversos níveis da federa-
ção, estará prestando serviço por EXECUÇÃO DIRETA quando, dentro de A descentralização territorial ou geográfica é a que se verifica quando
sua estrutura administrativa -ministérios, secretarias, departamentos, dele- uma entidade local, geograficamente delimitada, é dotada de personalidade
gacias -, for o titular do serviço e o seu executor. Assim, o ente federativo, jurídica própria, de direito público, com capacidade jurídica própria e com a
será tanto o titular do serviço, quando o prestador do mesmo. Esses órgãos capacidade legislativa (quando existente) subordinada a normas emanadas
formam o que a doutrina chama de ADMINISTRAÇÃO CENTRALIZADA, do poder central.
porque é o próprio Estado que, nesses casos, centraliza a atividade.
No Brasil, podem ser incluídos nessa modalidade de descentralização
O professor CARVALHO DOS SANTOS, em sua obra já citada (pg. os territórios federais, embora na atualidade não existam.
229), conclui:
"O Decr.-lei n° 200/67, que implantou a reforma administrativa federal, A descentralização por serviços, funcional ou técnica é a que se verifi-
denominou esse grupamento de órgãos de administração direta (art. 4°, I), ca quando o poder público (União, Estados, Distrito Federal ou Município)
isso porque o Estado, na função de administrar, assumirá diretamente seus por meio de uma lei cria uma pessoa jurídica de direito público – autarquia
encargos." (GN) e a ela atribui a titularidade (não a plena, mas a decorrente de lei) e a
execução de serviço público descentralizado.
Por outro lado, identifica-se a EXECUÇÃO INDIRETA quando os servi-
ços são prestados por pessoas diversas das entidades formadoras da Doutrina minoritária permite, ignorando o DL 200/67, a transferência da
federação. titularidade legal e da execução de serviço público a pessoa jurídica de
direito privado. Essa classificação permitiria no Brasil a transferência da
Ainda que prestados por terceiros, insisto, o Estado não poderá nunca titularidade legal e da execução dos serviços às sociedades de economia
abdicar do controle sobre os serviços públicos, afinal, quem teve o poder mista e às empresas públicas.
jurídico de transferir atividades deve suportar, de algum modo, as conse-
quências do fato. Na descentralização por serviços, o ente descentralizado passa a deter
a "titularidade" e a execução do serviço nos termos da lei não devendo e
Essa execução indireta, quando os serviços públicos são prestados por não podendo sofrer interferências indevidas por parte do ente que lhe deu
terceiros sob o controle e a fiscalização do ente titular, é conhecido na vida. Deve pois, desempenhar o seu mister da melhor forma e de acordo
doutrina como DESCENTRALIZAÇÃO. com a estrita demarcação legal.
Leciona o Professor CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO que: A descentralização por colaboração é a que se verifica quando por
"Diz-se que a atividade é descentralizada quando é exercida, ..., por meio de contrato (concessão de serviço público) ou de ato administrativo
pessoas distintas do Estado. unilateral (permissão de serviço público), se transfere a execução de
determinado serviço público a pessoa jurídica de direito privado, previamen-
Na descentralização o Estado atua indiretamente, pois o faz através de te existente, conservando o poder público, in totum, a titularidade do servi-
outras pessoas, seres juridicamente distintos dele, ainda quando sejam ço, o que permite ao ente público dispor do serviço de acordo com o inte-
criaturas suas e por isso mesmo se constituam, ..., em parcelas personali- resse público.
zadas da totalidade do aparelho administrativo estatal."
(CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, Curso de Direto Adminis- Feitas as distinções concernentes ao tema, vale recordar que a des-
3 EMPRESA PÚBLICA
2 AUTARQUIA 3.1 Noção
2.1 Noção A exploração da atividade econômica deve ser realizada, em regra ge-
A origem do vocábulo autarquia é grega, significando qualidade do que ral, pelo setor privado, mas, excepcionalmente, tal atividade pode ser
se basta a si mesmo, autonomia, entidade autônoma. realizada diretamente pelo setor público, respeitado o disposto no art. 173
da Constituição da República.
A ideia da autarquia reside na necessidade da pessoa política criar Por várias vezes o Poder Público institui entidades para a realização de
uma entidade autônoma (com capacidade de administrar-se com relativa atividades típicas do setor privado, como a indústria, o comércio e a bancá-
independência e não de maneira absoluta, visto que há a fiscalização do ria, regidas pelas mesmas normas da iniciativa privada.
ente criador) para a realização de atividade tipicamente pública, sendo uma Esses entes podem ser a empresa pública ou a sociedade de econo-
das formas de materialização da descentralização administrativa. mia mista. Neste tópico dedicaremos ao estudo da primeira.
As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado criadas
Nesta linha de pensamento, autarquias são entes administrativos autô- por autorização legislativa específica, com capital exclusivamente público,
nomos, criados por lei específica, com personalidade jurídica de direito para realizar atividades econômicas ou serviços públicos de interesse da
público interno, para a consecução de atividades típicas do poder público, Administração instituidora nos moldes da iniciativa particular, podendo
que requeiram, para uma melhor execução, gestão financeira e administra- revestir de qualquer forma admitida em direito.
tiva descentralizada.
3.2 Características
2.2 Características As empresas públicas possuem as seguintes características:
As autarquias possuem as seguintes características: personalidade jurídica de direito privado;
personalidade jurídica de direito público; capital exclusivamente público;
realização de atividades especializadas (capacidade específica), realização, em regra, de atividades econômicas;
em regra; revestimento de qualquer forma admitida no Direito;
descentralização administrativa e financeira; derrogações (alterações parciais) do regime de direito privado
criação por lei específica. por normas de direito público;
criação por autorização legislativa específica.
2.3 Personalidade Jurídica de Direito Público
Tendo personalidade jurídica, as autarquias são sujeitos de direito, ou 3.3 Personalidade Jurídica de Direito Privado
seja, são de titulares de direitos e obrigações próprios, distintos dos perten- Por realizarem, em regra, atividades econômicas, o art. 173 da Consti-
centes ao ente político (União, Estado, Município ou Distrito Federal) que tuição da República estabelece que devem as empresas ter o mesmo
as institui. tratamento jurídico da iniciativa privada, inclusive no que tange às obriga-
ções tributárias e trabalhistas.
Submetem-se a regime jurídico de direito público quanto à criação, ex-
tinção, poderes, prerrogativas, privilégios e sujeições, ou melhor, apresen- 3.4 Capital Exclusivamente Público
tam as características das pessoas públicas, como por exemplo as prerro- A grande distinção entre a empresa pública e a sociedade de economia
gativas tributárias, o regime jurídico dos bens e as normas aplicadas aos mista está na distribuição do capital, pois na primeira (empresa pública) só
servidores. há capital público, ou seja, todo o capital pertence ao poder público, inexis-
tindo capital privado.
Por tais razões, são classificadas como pessoas jurídicas de direito pú-
blico. 3.5 Atividades Econômicas
As empresas públicas não realizam atividades típicas do poder público,
2.4 Capacidade Específica mas sim atividades econômicas em que o Poder Público tenha interesse
Outra característica destas entidades é capacidade específica, signifi- próprio ou considere convenientes à coletividade.
cando que as autarquias só podem desempenhar as atividades para as
Direito 46 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
derrogações (alterações parciais) do regime de direito privado
Atualmente, admitem a doutrina e a jurisprudência que as empresas por normas de direito público;
públicas podem exercer serviços públicos, sendo tratadas, neste caso, criação por autorização legislativa específica.
como concessionárias de serviço público, continuando a ser aplicado o
direito privado. 4.3 Personalidade Jurídica de Direito Privado
Como as empresas públicas, as sociedades de economia mista tam-
3.6 Qualquer Forma Admitida no Direito bém possuem personalidade jurídica de direito privado.
As empresas públicas, de acordo com o Decreto-Lei 200/67, podem re-
vestir-se de qualquer forma admitida no Direito, inclusive a forma de Socie- 4.4 Capital Público e Privado
dade Anônima. Diferente da empresa pública, cujo capital pertence exclusivamente ao
Poder Público, na sociedade de economia mista é possível que haja capital
3.7 Derrogações do Regime de Direito Privado Por Normas de Di- privado. Apenas deve ser destacado que o controle será público, tendo o
reito Público Estado a maioria absoluta das ações com direito a voto.
Apesar de serem pessoas jurídicas de direito privado, não se aplica o
Direito Privado integralmente às Empresas Públicas, pois são entidades da 4.5 Atividades Econômicas
Administração Pública algumas normas públicas são aplicadas a estes Da mesma forma que as empresas públicas, as sociedades de econo-
entes, com destaque a obrigatoriedade de realizarem licitações e concursos mia mista também realizam atividades econômicas ou serviços públicos.
públicos, e a vedação de seus servidores acumularem cargos públicos de
forma remunerada. 4.6 Forma de Sociedade Anônima
As sociedades de economia mista, por força de lei, são regidas pela
3.8 Criação por Autorização Legislativa Específica forma de sociedade anônima, diferente da empresa pública que pode ter
De acordo com a nova redação dada pela emenda constitucional nº 19 qualquer forma admitida em direito.
ao art. 37, XIX, da Constituição da República, a criação das empresas
públicas necessita de autorização legislativa específica. Para extingui-las 4.7 Derrogações do Regime de Direito Privado
precisa-se apenas de uma autorização legislativa, não necessitando ser Como às empresas públicas, não se aplica o regime de direito privado
específica na íntegra.
3.9- Divisão das Empresas Públicas 4.8 Criação por Autorização Legislativa Específica
As empresas públicas dividem-se em: De acordo com a nova redação dada pela emenda constitucional nº 19
empresas públicas unipessoais - são as que o capital pertence a ao art. 37, XIX, da Constituição da República, a criação das sociedades de
uma só pessoa pública. economia mista será igual a das empresas públicas, necessitando de
empresas públicas pluripessoais - são as que o capital pertence a autorização legislativa específica.
várias pessoas públicas.
A extinção também será igual a da empresa pública, ou seja, é preciso
4 SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA a autorização legislativa, não necessitando ser específica.
4.1 Noção
As sociedades de economia mista são as pessoas jurídicas de direito 5 FUNDAÇÃO PÚBLICA
privado, com a participação do Poder Público e de particulares no seu 5.1 Noção
capital, criadas para a realização de atividade econômica de interesse Existem dois tipos de fundação, uma regida pelo Direito Público e outra
coletivo, podendo, também, exercer serviços públicos. por normas privadas.
São semelhantes à empresa pública, tendo como diferenças básicas o Em primeiro lugar, devemos definir fundação como sendo a atribuição
fato do capital ser diversificado (capital público e privado) e só podendo ter de personalidade jurídica a um patrimônio, que a vontade humana destina a
a forma de sociedade anônima. uma finalidade social. Trata-se de um patrimônio com personalidade.
Aspectos Empresa Pública Sociedade de Economia Mista As fundações públicas são instituídas pelo poder público, com, é claro,
patrimônio público afetado a um fim público.
Parte do capital pertencente ao
Capital exclusivamente Poder Público e outra parte ao 5.2 Características
Capital
público setor privado, tendo, sempre, o As fundações públicas possuem as seguintes características:
controle público. são criadas por dotação patrimonial;
Qualquer forma admi- Somente a forma de Sociedade desempenham atividade atribuída ao Estado no âmbito social;
Forma sujeitam ao controle ou tutela por parte da Administração Direta;
tida em Direito. Anônima.
possuem personalidade jurídica de direito público, em regra;
De acordo com o art. criação por autorização legislativa específica.
109 da CF, as causas
As causas de interesse das
de interesse das 5.3 Dotação Patrimonial
sociedades de economia mista
empresas públicas Como ensina a doutrina, a fundação pública vem a ser um patrimônio
Competência federais serão julgadas na Justiça
federais serão julgadas dotado de personalidade jurídica, assim, para ser criada, é necessária a
Estadual, com exceção das
na Justiça Federal, dotação de um de conjunto de bens (patrimônio).
causas trabalhistas.
com exceção das
causas trabalhistas. 5.4 Atividade Social
O objetivo da fundação é a realização de atividade social, educacional
4.2 Características ou cultural, como saúde, educação, cultura, meio-ambiente e assistência
As sociedades de economia mista possuem as seguintes característi- social.
cas:
personalidade jurídica de direito privado; 5.5 Personalidade Jurídica de Direito Público
capital público e privado; Com o advento da nova Constituição, como ensina Celso Antônio
realização de atividades econômicas; Bandeira de Mello as fundações públicas passaram a ter o mesmo trata-
revestimento da forma de Sociedade Anônima; mento jurídico das autarquias, sendo assim, classificadas como pessoas
detenção por parte do Poder Público de no mínimo a maioria das jurídicas de direito público.
ações com direito a voto;
3 DEFINIÇÃO DOUTRINÁRIA DE MARÇAL JUSTEN FILHO Possui como objeto a formação de instituições empresariais tendo na
Entidade paraestatal ou serviço social autônomo é uma pessoa jurídica maioria das vezes em seu bojo a contribuição com o interesse coletivo,
de direito privado criada por lei, atuando sem submissão à Administração sendo a sua atuação materialmente administrativa não governamental. Hely
Pública, promover o atendimento de necessidades assistenciais e educa- Lopes Meirelles diz ser normalmente seu objeto:
cionais de certas atividades ou categorias profissionais que arcam com sua
manutenção mediante contribuições compulsórias. “A execução de uma atividade econômica empresarial, podendo ser
também uma atividade não econômica de interesse coletivo ou, mesmo, um
4 DEFINIÇÃO DOUTRINÁRIA DE HELY LOPES MEIRELLES serviço público ou de utilidade pública delegado pelo Estado.
São pessoas jurídicas de direito público, cuja criação é autorizada por
lei específica (CF, art. 37, XIX e XX), com patrimônio público ou misto, para No primeiro caso a entidade paraestatal há que revestir a forma de
realização de atividades, obras ou serviços de interesse coletivo, sob empresa pública ou sociedade de economia mista, devendo operar sob as
normas e controle do estado. Não se confundem com as autarquias nem mesmas normas e condições das empresas particulares congêneres, para
com as fundações públicas, e também não se identificam com as entidades não lhes fazer concorrência, como dispõe expressamente a CF; nos outros
estatais. Responde por seus débitos, exercem direitos e contraem obriga- casos o estado é livre para escolher a forma e estrutura da entidade e
ções, são autônomas. operá-la como lhe convier, porque em tais hipóteses não está intervindo no
domínio econômico reservado à iniciativa privada.
Hely Lopes Meirelles acredita que o paraestatal é gênero, e, diferente
de Celso Antonio Bandeira de Mello, do qual são espécies distintas as O patrimônio dessas entidades pode ser constituído com recursos par-
empresas públicas, sociedades de economia mista e os serviços sociais ticulares ou contribuição pública, ou por ambas as formas conjugadas. Tais
autônomos, as duas primeiras compondo a administração indireta e a empreendimentos, quando de natureza empresarial, admitem lucros e
última, a categoria dos entes da cooperação. devem mesmo produzi-los, para desenvolvimento da instrução e atrativo do
capital privado.”
5 CARACTERÍSTICAS
É mais fácil visualizar as diferenças entre os doutrinadores do que as 6 RELAÇÕES COM TERCEIROS
semelhanças, porém vê-se em todos, por obvio, tratar-se de uma pessoa As Entidades Paraestatais estão sujeitas a licitação, seguindo a lei
jurídica de direito privado e criada por lei. 8.666/83, para compras, obras, alienações e serviços no geral, segundo o
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA No campo da administração Pública, como unanimemente reconhecem
(De Acordo Com A Emenda Constitucional n.º 19/98) os constitucionalistas e os administrativistas, afirma-se de modo radical-
Primeiramente, cumpre distinguir o que é Administração Pública. As- mente diferente a incidência do princípio da legalidade. Aqui, na dimensão
sim, MEIRELLES elabora o seu conceito: dada pela própria indisponibilidade dos interesses públicos, diz-se que o
"Em sentido formal, a Administração Pública, é o conjunto de órgãos administrador, em cumprimento ao princípio da legalidade, "só pode atuar
instituídos para consecução dos objetivos do Governo; em sentido material, nos termos estabelecidos pela lei". Não pode este por atos administrativos
é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em de qualquer espécie (decreto, portaria, resolução, instrução, circular etc.)
acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técni- proibir ou impor comportamento a terceiro, se ato legislativo não fornecer,
co, dos serviços do próprio Estado ou por ele assumidos em benefício da em boa dimensão jurídica, ampara a essa pretensão (6). A lei é seu único e
coletividade. Numa visão global, a Administração Pública é, pois, todo o definitivo parâmetro.
aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus serviços,
visando à satisfação das necessidades coletivas ". Temos, pois, que, enquanto no mundo privado se coloca como apropri-
ada a afirmação de que o que não é proibido é permitido, no mundo público
A Administração Pública, ainda, pode ser classificada como: direta e assume-se como verdadeira a ideia de que a Administração só pode fazer
indireta. A Direta é aquela exercida pela administração por meio dos seus o que a lei antecipadamente autoriza.
órgãos internos (presidência e ministros). A Indireta é a atividade estatal
entregue a outra pessoa jurídica (autarquia, empresa pública, sociedade de Deste modo, a afirmação de que a Administração Pública deve atender
economia mista, fundações), que foram surgindo através do aumento da à legalidade em suas atividades implica a noção de que a atividade admi-
atuação do Estado. nistrativa é a desenvolvida em nível imediatamente infralegal, dando cum-
primento às disposições da lei. Em outras palavras, a função dos atos da
A Constituição Federal, no art. 37, caput, trata dos princípios inerentes Administração é a realização das disposições legais, não lhe sendo possí-
à Administração Pública: vel, portanto, a inovação do ordenamento jurídico, mas tão-só a concretiza-
"Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da ção de presságios genéricos e abstratos anteriormente firmados pelo
União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos exercente da função legislativa.
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiên-
cia" Sobre o tema, vale trazer a ponto a seguinte preleção de MELLO:
"Para avaliar corretamente o princípio da legalidade e captar-lhe o sen-
Trata-se, portanto, de princípios incidentes não apenas sobre os ór- tido profundo cumpre atentar para o fato de que ele é a tradução jurídica de
gãos que integram a estrutura central do Estado, incluindo-se aqui os um propósito político: o de submeter os exercentes do poder em concreto –
pertencentes aos três Poderes (Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder administrativo – a um quadro normativo que embargue favoritismos, perse-
Judiciário), nas também de preceitos genéricos igualmente dirigidos aos guições ou desmandos. Pretende-se através da norma geral, abstrata e
entes que em nosso país integram a denominada Administração Indireta, impessoal, a lei, editada pelo Poder Legislativo – que é o colégio represen-
ou seja, autarquias, as empresas públicas, as sociedades de economia tativo de todas as tendências (inclusive minoritárias) do corpo social –
mista e as fundações governamentais ou estatais (4). garantir que a atuação do Executivo nada mais seja senão a concretização
da vontade geral"
Destarte, os princípios explicitados no caput do art. 37 são, portanto, os
da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da De tudo isso podemos extrair uma importante conclusão. Contraria-
eficiência. Outros se extraem dos incisos e parágrafos do mesmo artigo, mente ao que ocorre em outros ordenamentos jurídicos, inexiste qualquer
como o da licitação, o da prescritibilidade dos ilícitos administrativos e o da possibilidade de ser juridicamente aceita, entre nós, a edição dos denomi-
responsabilidade das pessoas jurídicas (inc. XXI e §§ 1.º a 6.º). Todavia, há nados decretos ou regulamentos "autônomos ou independentes". Como se
ainda outros princípios que estão no mesmo artigo só que de maneira sabe, tais decretos ou regulamentos não passam de atos administrativos
implícita, como é o caso do princípio da supremacia do interesse público gerais e normativos baixados pelo chefe do Executivo, com o assumido
sobre o privado, o da finalidade, o da razoabilidade e proporcionalidade. objetivo de disciplinar situações anteriormente não reguladas em lei. E,
sendo assim, sua prática encontra óbice intransponível no modus constitu-
Vejamos, agora, o significado de cada um dos precitados princípios cional pelo qual se fez consagrar o princípio da legalidade em nossa Lei
constitucionais da Administração Pública. Maior.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS Regulamento, em nosso país, portanto, haverá de ser sempre o regu-
Caput Do Art. 37 lamento de uma lei, ou de dispositivos legais objetivamente existentes.
A mera leitura dessa definição bem nos revela que esse princípio pode Todavia, foi neste século, pelos escritos de Hauriou, que o princípio da
ser decomposto em duas perspectivas diferentes: a impessoalidade do moralidade, de forma pioneira, se fez formular no campo da ciência jurídica,
administrador quando da prática do ato e a impessoalidade do próprio capaz de fornecer, ao lado da noção de legalidade, o fundamento para a
administrado como destinatário desse mesmo ato. invalidação de seus atos pelo vício denominado desvio de poder (15). Essa
moralidade jurídica, a seu ver, deveria ser entendida como um conjunto de
Com efeito, de um lado, o princípio da impessoalidade busca assegurar regras de conduta tiradas da disciplina interior da própria Administração,
que, diante dos administrados, as realizações administrativo- uma vez que ao agente público caberia também distinguir o honesto do
governamentais não sejam propriamente do funcionário ou da autoridade, desonesto, a exemplo do que faz entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto,
mas exclusivamente da entidade pública que a efetiva. Custeada com o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno. Afinal, ponde-
dinheiro público, a atividade da Administração Pública jamais poderá ser ra, como já proclamavam os romanos "nem tudo que é legal é honesto"
apropriada, para quaisquer fins, por aquele que, em decorrência do exercí- (nort omne quod licet honestum est).
cio funcional, se viu na condição de executá-la. É, por excelência, impesso-
al, unicamente imputável à estrutura administrativa ou governamental Hoje, por força da expressa inclusão do princípio da moralidade no ca-
incumbida de sua prática, para todos os fins que se fizerem de direito. put do art. 37, a ninguém será dado sustentar, em boa razão, sua não
incidência vinculante sobre todos os atos da Administração Pública. Ao
Assim, como exemplos de violação a esse princípio, dentro dessa par- administrador público brasileiro, por conseguinte, não bastará cumprir os
ticular acepção examinada, podemos mencionar a realização de publicida- estritos termos da lei. Tem-se por necessário que seus tos estejam verda-
de ou propaganda pessoa do administrador com verbas públicas ou ainda, deiramente adequados à moralidade administrativa, ou seja, a padrões
a edição de atos normativos com o objetivo de conseguir benefícios pesso- éticos de conduta que orientem e balizem sua realização. Se assim não for,
ais. inexoravelmente, haverão de ser considerados não apenas como imorais,
mas também como inválidos para todos os fins de direito.
No âmbito dessa particular dimensão do princípio da impessoalidade, é
que está o elemento diferenciador básico entre esse princípio e o da iso- Isto posto, CARDOSO fornece uma definição desse princípio, hoje a-
nomia. Ao vedar o tratamento desigual entre iguais, a regra isonômica não gasalhado na órbita jurídico-constitucional:
abarca, em seus direitos termos, a ideia da imputabilidade dos atos da "Entende-se por princípio da moralidade, a nosso ver, aquele que de-
Administração ao ente ou órgão que a realiza, vedando, como decorrência termina que os atos da Administração Pública devam estar inteiramente
direta de seus próprios termos, e em toda a sua extensão, a possibilidade conformados aos padrões éticos dominantes na sociedade para a gestão
de apropriação indevida desta por agentes públicos. Nisso, reside a dife- dos bens e interesses públicos, sob pena de invalidade jurídica".
rença jurídica entre ambos.
Admite o art. 5.º, LXXIII, da Constituição Federal que qualquer cidadão
Já, por outro ângulo de visão, o princípio da impessoalidade deve ter possa ser considerado parte legítima para a propositura de ação popular
sua ênfase não mais colocada na pessoa do administrador, mas na própria que tenha por objetivo anular atos entendidos como lesivos, entre outros, à
pessoa do administrado. Passa a afirmar-se como uma garantia de que própria moralidade administrativa.
este não pode e não deve ser favorecido ou prejudicado, no exercício da
atividade da Administração Pública, por suas exclusivas condições e carac- Por outra via, como forma de também fazer respeitar esse princípio, a
terísticas. nossa Lei Maior trata também da improbidade administrativa.
Jamais poderá, por conseguinte, um ato do Poder Público, ao menos A probidade administrativa é uma forma de moralidade administrativa
de modo adequado a esse princípio, vir a beneficiar ou a impor sanção a que mereceu consideração especial pela Constituição, que pune o ímprobo
alguém em decorrência de favoritismos ou de perseguição pessoal. Todo e com a suspensão de direitos políticos (art. 37, §4.º).
qualquer administrado deve sempre relacionar-se de forma impessoal com
a Administração, ou com quem sem seu nome atue, sem que suas caracte- Deste modo, conceitua CAETANO:
rísticas pessoais, sejam elas quais forem, possam ensejar predileções ou "A probidade administrativa consiste no dever de o "funcionário servir a
discriminações de qualquer natureza. Administração com honestidade, procedendo no exercício das suas fun-
ções, sem aproveitar os poderes ou facilidades delas decorrentes em
Será, portanto, tida como manifestadamente violadora desse princípio, proveito pessoal ou de outrem a quem queira favorecer".
nessa dimensão, por exemplo, o favorecimento de parentes e amigos A moralidade administrativa e assim também a probidade são tuteladas
(nepotismo), a tomada de decisões administrativas voltadas à satisfação da pela ação popular, de modo a elevar a imoralidade a causa de invalidade
agremiação partidária ou facção política a que se liga o administrador do ato administrativo. A improbidade é tratada ainda com mais rigor, porque
(partidarismo), ou ainda de atos restritivos ou sancionatórios que tenham entra no ordenamento constitucional como causa de suspensão dos direitos
por objetivo a vingança pessoas ou a perseguição política pura e simples políticos do ímprobo (art. 15, V), conforme estatui o art. 37, § 4.º, in verbis:
(desvio de poder). "Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direi-
tos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
Dessa perspectiva, o princípio da impessoalidade insere-se por inteiro ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo
no âmbito do conteúdo jurídico do princípio da isonomia, bem como no do de outras sanções cabíveis, podendo vir a configurar a prática de crime de
próprio princípio da finalidade. responsabilidade (art. 85, V).
Perfilhando este entendimento, sustenta MELLO: Dessa forma, o desrespeito à moralidade, entre nós, não se limita ape-
Além do mais, seria absurdo que um Estado como o brasileiro, que, por Observe-se ainda que, inexistindo disposição normativa em sentido
disposição expressa de sua Constituição, afirma que todo poder nele cons- oposto, tem-se entendido que os atos administrativos de efeitos internos à
tituído "emana do povo" (art. 1.º, parágrafo único, da CF), viesse a ocultar Administração não necessitam ser publicados para que tenham por atendi-
daqueles em nome do qual esse mesmo poder é exercido informações e do seu dever de publicidade. Nesses casos, seria admissível, em regra, a
atos relativos à gestão da res publica e as próprias linhas de direcionamen- comunicação aos destinatários. O dever de publicação recairia, assim,
to governamental. É por isso que se estabelece, como imposição jurídica exclusivamente sobre os atos administrativos que atingem a terceiros, ou
para os agentes administrativos em geral, o dever de publicidade para seja, aos atos externos.
todos os seus atos.
Temos, pois, que as formas pelas quais se pode dar publicidade aos
Perfilhando esse entendimento, CARDOZO define este princípio: atos administrativos, nos termos do princípio constitucional em exame,
"Entende-se princípio da publicidade, assim, aquele que exige, nas serão diferenciadas de acordo com o que reste expressamente estabeleci-
formas admitidas em Direito, e dentro dos limites constitucionalmente do no Direito Positivo, e em sendo omisso este, conforme os parâmetros
estabelecidos, a obrigatória divulgação dos atos da Administração Pública, estabelecidos na teoria geral dos atos administrativos.
com o objetivo de permitir seu conhecimento e controle pelos órgãos esta-
tais competentes e por toda a sociedade". No que tange ao direito à publicidade dos atos administrativos, ou mais
especificamente, quanto ao direito de ter-se ciência da existência e do
A publicidade, contudo, não é um requisito de forma do ato administra- conteúdo desses atos, é de todo importante observar-se que ele não se
tivo, "não é elemento formativo do ato; é requisito de eficácia e moralidade. limita aos atos já publicados, ou que estejam em fase de imediato aperfei-
Por isso mesmo os atos irregulares não se convalidam com a publicação, çoamento pela sua publicação. Ele se estende, indistintamente, a todo o
nem os regulares a dispensam para sua exequibilidade, quando a lei ou o processo de formação do ato administrativo, inclusive quando a atos prepa-
regulamento a exige". ratórios de efeitos internos, como despachos administrativos intermediários,
manifestações e pareceres.
No que tange à forma de se dar publicidade aos atos da Administração,
tem-se afirmado que ela poderá dar-se tanto por meio da publicação do É, assim que se costuma dizer que constituem desdobramentos do
ato, como por sua simples comunicação a seus destinatários. princípio da publicidade o direito de receber dos órgãos públicos informa-
ções de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral (art. 5.º,
É relevante observar, todavia, que também a publicação como a comu- XXXIII, da CF) (29), o direito à obtenção de certidões em repartições públi-
nicação não implicam que o dever de publicidade apenas possa vir a ser cas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
satisfeito pelo comprovado e efetivo conhecimento de fato do ato adminis- pessoal (art. 5.º, XXXIV, da CF), e, naturalmente, o direito de acesso dos
trativo por seus respectivos destinatários. Deveras, basta que os requisitos usuários a registros administrativos e atos de governo (art. 37, § 3.º, II) (30).
exigidos para a publicidade se tenham dado, nos termos previstos na Evidentemente, uma vez violados esses direitos pelo Poder Público, pode-
ordem jurídica; e para o mundo do Direito não interessará se na realidade rão os prejudicados, desde que atendidos os pressupostos constitucionais
fática o conhecimento da existência do ato e de seu conteúdo tenha ou não e legais exigidos para cada caso, valerem-se do habeas data (art. 5.º,
chegado à pessoa atingida por seus efeitos. Feita a publicação ou a comu- LXXII, da CF) (31), do mandado de segurança (art. 5.º, LXX, da CF), ou
nicação dentro das formalidades devidas, haverá sempre uma presunção mesmo das vias ordinárias.
absoluta da ciência do destinatário, dando-se por satisfeita a exigência de
publicidade. Salvo, naturalmente, se as normas vigentes assim não deter- É de ponderar, contudo, que os pareceres só se tornam públicos após
minarem. sua aprovação final pela autoridade competente; enquanto em poder do
parecerista ainda é uma simples opinião que pode não se tornar definitiva.
Assim, se a publicação feita no Diário Oficial foi lida ou não, se a co- As certidões, contudo, não são elementos da publicidade administrativa,
municação protocolada na repartição competente chegou ou não às mãos porque se destinam a interesse particular do requerente; por isso a Consti-
de quem de direito, se o telegrama regularmente recebido na residência do tuição só reco0nhece esse direito quando são requeridas para defesa de
destinatário chegou faticamente a suas mãos ou se eventualmente foi direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal (art. 5.º,
extraviado por algum familiar, isto pouco ou nada importa se as formalida- XXXIV, b).
des legais exigidas foram inteiramente cumpridas no caso.
É forçoso reconhecer, todavia, a existência de limites constitucionais ao
Nesse sentido, afirma MELLO: princípio da publicidade. De acordo com nossa Lei Maior, ele jamais poderá
"O conhecimento do ato é um plus em relação à publicidade, sendo ju- vir a ser compreendido de modo a que propicie a violação da intimidade, da
ridicamente desnecessário para que este se repute como existente (...). vida privada, da honra e da imagem das pessoas (art. 5.º, X, c/c. art. 37, §
Quando prevista a publicação do ato (em Diário Oficial), na porta das 3.º, II (32), da CF), do sigilo da fonte quando necessário ao exercício profis-
repartições (por afixação no local de costume), pode ocorrer que o destina- sional (art. 5.º, XIV, da CF), ou com violação de sigilo tido como imprescin-
tário não o leia, não o veja ou, por qualquer razão, dele não tome efetiva dível à segurança da sociedade e do Estado (art. 5.º, XXXIII, c/c. art. 37, §
ciência. Não importa. Ter-se-á cumprido o que de direito se exigia para a 3.º, II, da CF).
publicidade, ou seja, para a revelação do ato".
Para finalizar, faz-se de extrema importância, perceber-se que o pro-
Caberá à lei indicar, pois, em cada caso, a forma adequada de se dar a blema da publicidade dos atos administrativos, nos termos do caput do art.
publicidade aos atos da Administração Pública. Normalmente, esse dever é 37 da Constituição da República, em nada se confunde com o problema da
satisfeito por meio da publicação em órgão de imprensa oficial da Adminis- divulgação ou propaganda dos atos e atividades do Poder Público pelos
tração, entendendo-se com isso não apenas os Diários ou Boletins Oficiais meios de comunicação de massa, também chamadas – em má técnica – de
das entidades públicas, mas também – para aquelas unidades da Federa- "publicidade" pelo § 1.º desse mesmo artigo. Uma coisa é a publicidade
ção que não possuírem tais periódicos – os jornais particulares especifica- jurídica necessária para o aperfeiçoamento dos atos, a se dar nos termos
mente contratados para o desempenho dessa função, ou outras excepcio- definidos anteriormente. Outra bem diferente é a "publicidade" como propa-
Destare, a obrigação de indenizar é a da pessoa jurídica a que perten- Desta maneira, cria-se aqui uma forma de contrato administrativo inusi-
ce o agente. O prejudicado terá que mover a ação de indenização contra a tado entre administradores de órgãos do poder público com o próprio poder
Fazenda Pública respectiva ou contra a pessoa jurídica privada prestadora público. Quando ao contrato das entidades não há maiores problemas
de serviço público, não contra o agente causador do dano. O princípio da porque entidades são órgãos públicos ou parapúblicos (paraestatais) com
impessoalidade vale aqui também. personalidade jurídica de modo que têm a possibilidade de celebrar contra-
tos e outros ajustes com o poder público, entendido poder da administração
Impede ressalvar, todavia, que nem sempre as pessoas que integram a centralizada. Mas, os demais órgãos não dispõem de personalidade jurídica
Administração Pública encontram-se a exercer propriamente função públi- para que seus administradores possam, em seu nome, celebrar contrato
ca. Por vezes, no âmbito do que admite nossa Constituição, será possível com o poder público, no qual se inserem.
encontrarmos pessoas da Administração Indireta que não estejam exer-
cendo tais tipos de atividades, como é o caso, por exemplo, das empresas Consoante, SILVA discorre a respeito:
públicas e das sociedades de economia mista para o exercício de atividade "Tudo isso vai ter que ser definido pela lei referida no texto. A lei pode-
econômica (art. 173, da CF). Nesses casos, naturalmente, eventuais danos rá outorgar aos administradores de tais órgãos uma competência especial
por essas empresas causados a terceiros haverão de ser regrados pela que lhes permita celebrar o contrato, que talvez não passe de uma espécie
responsabilidade subjetiva, nos termos estabelecidos pela legislação civil. de acordo-programa. Veremos como o legislador ordinário vai imaginar
Exigirão, em princípio, a configuração da ação dolosa ou culposa (negligen- isso"
te, imprudente ou imperita), para que tenha nascimento o dever de indeni-
zar. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
Além dos quatro citados princípios explicitamente abrigados pelo texto
O mesmo se poderá dizer, ainda, do agente que vier a causar dano a constitucional, existem outros implicitamente agregados ao regramento
alguém fora do exercício da função pública. Nesse caso, por óbvio, não constitucional da Administração Pública. Vejamos.
haverá de ser configurada a responsabilidade objetiva predefinida no art.
37, § 6.º, de nossa Lei Maior. Princípio Da Supremacia Do Interesse Público Sobre O Privado E
Princípio Da Autotutela
Entretanto, como pontifica MELLO, a responsabilidade objetiva "só está A Administração Pública na prática de seus atos deve sempre respeitar
consagrada constitucionalmente para atos comissivos do Estado, ou seja, a lei e zelar para que o interesse público seja alcançado. Natural, assim,
para comportamentos positivos dele. Isto porque o texto menciona ‘danos que sempre que constate que um ato administrativo foi expedido em des-
A respeito, deve ser lembrada a Súmula 473 do Supremo Tribunal Fe- Como desdobramento dessa ideia, afirma-se também o princípio da
deral, quando afirma que: proporcionalidade, por alguns autores denominado princípio da vedação de
"a administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de excessos. Assim, pondera MELLO:
vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revo- "Trata-se da ideia de que as consequências administrativas só podem
gá-los, por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos ser validamente exercidas na extensão e intensidades proporcionais ao que
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial". realmente seja demandado para cumprimento da finalidade de interesse
público a que estão atreladas".
Princípio Da Finalidade
Foi visto no exame do princípio da legalidade que a Administração Pú- Em outras palavras: os meios utilizados ao longo do exercício da ativi-
blica só pode agir de acordo e em consonância com aquilo que, expressa dade administrativa devem ser logicamente adequados aos fins que se
ou tacitamente, se encontra estabelecido em lei. Inegável, portanto, que pretendem alcançar, com base em padrões aceitos pela sociedade e no
sempre tenha dever decorrente e implícito dessa realidade jurídica o cum- que determina o caso concreto (53).
primento das finalidades legalmente estabelecidas para sua conduta.
Segundo STUMM , esse princípio reclama a cerificação dos seguintes
Disto deduz-se o denominado princípio da finalidade. Como bem ob- pressupostos:
serva MELLO: Conformidade ou adequação dos meios, ou seja, o ato administrativo
"Esse princípio impõe que o administrador, ao manejar as competên- deve ser adequado aos fins que pretende realizar;
cias postas a seu encargo, atue com rigorosa obediência à finalidade de Necessidade, vale dizer, possuindo o agente público mais de um meio
cada qual. Isto é, cumpre-lhe cingir-se não apenas à finalidade própria de para atingir a mesma finalidade, deve optar pelo menos gravoso à
todas as leis, que é o interesse público, mas também à finalidade específica esfera individual;
obrigada na lei a que esteja dando execução". Proporcionalidade estrita entre o resultado obtido e a carga empregada
para a consecução desse resultado.
Enfim, o princípio da finalidade é aquele que imprime à autoridade ad-
ministrativa o dever de praticar o ato administrativo com vistas à realização Por conseguinte, o administrador público não pode utilizar instrumentos
da finalidade perseguida pela lei. que fiquem aquém ou se coloquem além do que seja estritamente necessá-
rio para o fiel cumprimento da lei.
Evidentemente, nessa medida, que a prática de um ato administrativo
in concreto com finalidade desviada do interesse público, ou fora da finali- Assim sendo, sempre que um agente público assumir conduta despro-
dade específica da categoria tipológica a que pertence, implica vício ense- porcional ao que lhe é devido para o exercício regular de sua competência,
jador de sua nulidade. A esse vício, como se sabe, denomina a doutrina: tendo em vista as finalidades legais que tem por incumbência cumprir,
desvio de poder, ou desvio de finalidade. poderá provocar situação ilícita passível de originar futura responsabilidade
administrativa, civil e, sendo o caso, até criminal.
Concluindo, essas considerações querem apenas mostrar que o princí-
pio da finalidade não foi desconsiderado pelo legislador constituinte, que o CONSIDERAÇÕES FINAIS
teve como manifestação do princípio da legalidade, sem que mereça cen- Segundo nossa carta constitucional, o "bem de todos" é objetivo fun-
sura por isso. damental da República Federativa do Brasil (art. 3.º, IV) e, por conseguinte,
uma finalidade axiológico-jurídica que se impõe como pólo de iluminação
Princípio Da Razoabilidade E Da Proporcionalidade para a conduta de todos os órgãos e pessoas que integram a estrutura
Na medida em que o administrador público deva estrita obediência à lei básica do Estado brasileiro.
(princípio da legalidade) e tem como dever absoluto a busca da satisfação
dos interesses públicos (princípio da finalidade), há que se pressupor que a Sendo assim, a noção do bem comum, historicamente condicionada e
prática de atos administrativos discricionários se processe dentro de pa- posta no âmbito das concepções dominantes em nossa sociedade e época,
drões estritos de razoabilidade, ou seja, com base em parâmetros objeti- deve ser considerada obrigatório parâmetro para a definição do sentido
vamente racionais de atuação e sensatez. jurídico-constitucional de quaisquer dos princípios que governam as ativi-
dades da Administração Pública.
Deveras, ao regular o agir da Administração Pública, não se pode su-
por que o desejo do legislador seria o de alcançar a satisfação do interesse A maior parte dos princípios da Administração Pública encontra-se po-
público pela imposição de condutas bizarras, descabidas, despropositadas sitivado, implícita ou explicitamente, na Constituição. Possuem eficácia
ou incongruentes dentro dos padrões dominantes na sociedade e no mo- jurídica direta e imediata. Exercem a função de diretrizes superiores do
mento histórico em que a atividade normativa se consuma. Ao revés, é de sistema, vinculando a atuação dos operadores jurídicos na aplicação das
se supor que a lei tenha a coerência e a racionalidade de condutas como normas a respeito dos mesmos e, objetivando a correção das graves dis-
instrumentos próprios para a obtenção de seus objetivos maiores. torções ocorridas no âmbito da Administração Pública que acabam por
impedir o efetivo exercício da cidadania.
Dessa noção indiscutível,extrai-se o princípio da razoabilidade: Em boa
definição, é o princípio que determina à Administração Pública, no exercício O sistema constitucional da Administração pública funciona como uma
de faculdades, o dever de atuar em plena conformidade com critérios rede hierarquizada de princípios, regras e valores, que exige não mais o
racionais, sensatos e coerentes, fundamentados nas concepções sociais mero respeito à legalidade estrita, mas vincula a interpretação de todos
Consagrada inequivocamente a tese da responsabilidade civil do Esta- Explica-nos Marcelo CAETANO a necessidade de se separar os atos
do, cumpre-nos agora analisar as hipóteses em que se exclui o seu dever funcionais dos agentes administrativos daqueles praticados fora da quali-
de indenizar. A responsabilidade estatal independe de culpa, ficando desde dade funcional, chamados pessoais. O Estado, como pode depreender-se
logo afastadas as excludentes de responsabilidade civil que se baseiam sem maiores delongas, é responsável apenas quanto aos primeiros atos.
neste elemento. Do acima exposto poder-se-ia concluir, em uma primeira leitura, que o
4.1 A Questão da Responsabilidade do Estado por Atos Lícitos. Estado não responderia pelo abuso de poder praticado pelo agente admi-
nistrativo.
Ao iniciarmos o estudo das hipóteses em que o Estado se vê liberto da
obrigação de indenizar, cremos oportuna uma breve notícia acerca da "(...) se os titulares dos órgãos abusam dos seus poderes ou resolvem
responsabilidade estatal por atos lícitos. Com efeito, dado tratar-se de sem se investirem das cautelas exigidas na lei para as deliberações ou se
responsabilidade objetiva, a análise deve partir do pólo passivo da relação, os agentes procedem ilegalmente em termos tais que não se possa admitir
isto é, o que deve ser analisado é o teor de injustiça do dano sofrido pelo que ao produzir o dano se achassem no exercício da função de que foram
particular, não se devendo enfatizar o caráter ilícito ou não da atuação do investidos, então, estamos perante atos pessoais, pelos quais a pessoa
agente administrativo estatal. Portanto, cumpre desde logo esclarecer que jurídica não tem que responder, devendo os indivíduos, seus autores, ser
a licitude do ato estatal não constitui excludente de sua responsabilidade, responsabilizados pelo que fizeram".
pois retira o teor de culpabilidade da ação, mas não tem o condão de Entretanto, nem sempre será o Estado dispensado do dever de indeni-
interromper a cadeia causal. zar, pois a dissimulação do funcionário estatal frequentemente poderia
A responsabilidade civil do Estado por ato lícito tem sua origem na se- levá-lo a enganar o particular, que, de boa-fé, acreditaria estar diante de
gunda metade do século XIX. Surge a partir da ideia que não obstante agente público. Portanto:
gozar o Poder Público de discricionariedade, podendo por isso realizar "(...) se o público, na sua boa-fé foi iludido pelo procedimento dos titula-
certas ingerências na vida do cidadão sem que se caracterize a figura do res dos órgãos ou dos agentes da Administração que excederam os seus
abuso de poder, todo dano injustamente sofrido pelo particular em decor- poderes, mas por forma a ser difícil aos prejudicados distinguir se havia
rência do agir do Estado deveria ser ressarcido. Portanto, é a partir do abuso ou não, pode a lei admitir o direito destes pedirem indenização à
desenvolvimento da teoria do risco administrativo que irá se desenvolver a pessoa jurídica. E esta terá de indenizar, embora se lhe reconheça o direito
tese da responsabilidade estatal por atos lícitos. de se ressarcir pelos bens do titular ou agente culpado ( direito de regresso
Esta posição não se impôs desde logo, tendo tido como principal ad- ou ação regressiva)".
versária a corrente positivista, que defendia ser a indenização devida pelo Desta forma, caso o particular tenha tido motivos para acreditar que o
Estado apenas nos casos expressamente previstos em lei, e nenhuma agente encontrava-se no desempenho de sua função pública, ou que tenha
norma até então elaborada previa a responsabilidade do Estado dissociada a entidade para a qual trabalha se beneficiado do resultado de sua conduta
da noção de ato ilícito. abusiva, deverá o Estado responder pelo dano. Conforme salienta Hely
Os primeiros defensores do alargamento do dever de indenizar do Es- Lopes MEIRELLES:
tado recorreram a princípios gerais de direito, como o direito à igualdade e "(...) o essencial [para gerar o dever de o Estado reparar o dano] é que
à equidade. Dada a mentalidade legalista do século XIX, não lograram o agente da Administração haja praticado o ato ou a omissão administrativa
grande sucesso. Pouco depois, surgiram doutrinadores advogando a tese no exercício de suas atribuições ou a pretexto de exercê-las. Para a vítima
de que esta responsabilidade havia sido legalmente prevista, e se utiliza- (...) o necessário é que se encontre a serviço do Poder Público, embora
vam para corroborar sua tese de interpretações extensivas e analógicas. atue fora ou além de sua competência administrativa".
Assim, defendeu o jurista português Afonso QUEIRÓ a tese de que:
Neste sentido, decidiu o Tribunal de Justiça de São Paulo, em antigo
"Em princípio, e salvo disposição contrária da lei, o patrimônio de uma mas elucidador acórdão:
pessoa não pode ser especialmente sacrificado por um ato ou fato adminis-
Portanto, observa-se que para o Estado eximir-se de seu dever de in- As modernas concepções do Estado de Direito, tem na concessão e
denizar, mister é que a ausência de nexo causal impossibilite qualquer garantia de direitos aos seus cidadãos o seu fundamento mais precioso. A
atribuição de responsabilidade a ele. A jurisprudência concede especial própria teleologia do Estado indica como elemento central está função de
atenção à característica de imprevisibilidade do dano, sem o que não se há garantia, o que se pode observar em qualquer das teorias filosóficas a
como falar em caso fortuito ou força maior. Caso não restem comprovados, respeito, com exceção às de matriz marxista (1). Esta finalidade autentica-
deverá o Estado responder, em benefício da vítima, que não deve ver o mente estatal de conceder e garantir direitos, todavia, com a evolução
prejuízo que sofreu restar irressarcido. jurídico-política que se assistiu nos último séculos, passou a ser desempe-
nhada em primeiro pela Constituição, que elevada à condição de "lei das
Admite-se, outrossim, que a ocorrência de um fenômeno da natureza, leis" passou a sistematizar esta outorga de direitos e deveres aos cidadãos,
não obstante seja insuficiente para excluir o dever indenizatório por parte disciplinando inclusive a forma como as normas jurídicas que lhe fossem
do Estado, possa influenciar na determinação da quantia devida, ao ser inferiores disporiam do estabelecimento ou restrição a tais direitos.
admitido como uma das causas eficientes para o dano. Nestas hipóteses, o
A atribuição primordial da Administração Pública é oferecer utilidades No primeiro caso (serviço público), o serviço visa a satisfazer
aos administrados, não se justificando sua presença senão para prestar necessidades gerais e essenciais da sociedade, para que ela possa
serviços à coletividade. Esses serviços podem ser essenciais ou apenas subsistir e desenvolver-se como tal; na segunda hipótese (serviço de
úteis à comunidade, daí a necessária distinção entre serviços públicos e utilidade pública), o serviço objetiva facilitar a vida do indivíduo na
serviços de utilidade pública; mas, em sentido amplo e genérico, quando coletividade, pondo à sua disposição utilidades que lhe proporcionarão
aludimos a serviço público abrangemos ambas as categorias. mais conforto e bem-estar. Daí se denominarem, os primeiros, serviços pró-
comunidade e, os segundos, serviços pró-cidadão, fundados na
Conceito e classificação dos serviços públicos consideração de que aqueles (serviços públicos) se dirigem ao bem comum
e estes (serviços de utilidade pública), embora reflexamente interessem a
Conceito — O conceito de serviço público não é uniforme na doutrina,
toda a comunidade, atendem precipuamente às conveniências de seus
que ora nos oferece uma noção orgânica, só considerando como tal o que
membros individualmente considerados.
é prestado por órgãos públicos; ora nos apresenta uma conceituação
formal, tendente a identificá-lo por características extrínsecas; ora nos Serviços próprios do Estado: são aqueles que se relacionam
expõe um conceito material, visando a defini-lo por seu objeto. Realmente, intimamente com as atribuições do Poder Público (segurança, polícia,
o conceito de serviço público é variável e flutua ao sabor das necessidades higiene e saúde públicas etc.) e para a execução dos quais a Administração
e contingências políticas, econômicas, sociais e culturais de cada usa da sua supremacia sobre os administrados. Por esta razão, só devem
comunidade, em cada momento histórico, como acentuam os modernos ser prestados por órgãos ou entidades públicas, sem delegação a
publicistas. Eis o nosso conceito: particulares.
Serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus Tais serviços, por sua essencialidade, geralmente são gratuitos ou de
delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades baixa remuneração, para que fiquem ao alcance de todos os membros da
essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniências do coletividade.
Estado.
Serviços impróprios do Estado: são os que não afetam
Fora dessa generalidade não se pode, em doutrina, indicar as substancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem
atividades que constituem serviço público, porque variam segundo as interesses comuns de seus membros, e, por isso, a Administração os
exigências de cada povo e de cada época. Nem se pode dizer que são as presta remuneradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas
atividades coletivas vitais que caracterizam os serviços públicos, porque ao (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações
lado destas existem outras, sabidamente dispensáveis pela comunidade, governamentais), ou delega sua prestação a concessionários,
que são realizadas pelo Estado como serviço público. permissionários ou autorizatários. Esses serviços, normalmente, são
rentáveis e podem ser realizados com ou sem privilégio (não confundir com
Também não é a atividade em si que tipifica o serviço público, visto que
monopólio), mas sempre sob regulamentação e controle do Poder Público
algumas tanto podem ser exercidas pelo Estado quanto pelos cidadãos,
competente.
como objeto da iniciativa privada, independentemente de delegação estatal,
a exemplo do ensino, que, ao lado do oficial, existe o particular, sendo Serviços administrativos: são os que a Administração executa para
aquele um serviço público e este, não. O que prevalece é a vontade atender a suas necessidades internas ou preparar outros serviços que
soberana do Estado, qualificando o serviço como público ou de utilidade serão prestados ao público, tais como os da imprensa oficial, das estações
pública, para sua prestação direta ou indireta, pois serviços há que, por experimentais e outros dessa natureza.
natureza, são privativos do Poder Público e só por seus órgãos devem ser
executados, e outros são comuns ao Estado e aos particulares, podendo Serviços industriais: são os que produzem renda para quem os
ser realizados por aquele e estes. Daí essa gama infindável de serviços presta, mediante a remuneração da utilidade usada ou consumida,
que ora estão exclusivamente com o Estado, ora com o Estado e remuneração, esta, que, tecnicamente, se denomina tarefa ou preço
particulares e ora unicamente com particulares. público, por ser sempre fixada pelo Poder Público, quer quando o serviço é
prestado por seus órgãos ou entidades, quer quando por concessionários,
Essa distribuição de serviços não é arbitrária, pois atende a critérios permissionários ou autorizatários. Os serviços industriais são impróprios do
jurídicos, técnicos e econômicos, que respondem pela legitimidade, Estado, por consubstanciarem atividade econômica que só poderá ser
eficiência e economicidade na sua prestação. explorada diretamente pelo Poder Público quando “necessária aos
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
Diante dessa realidade, impõe-se classificar os serviços públicos pelos
conforme definidos em lei” (CF,art. 173).
caracteres comuns do gênero e traços distintivos das espécies em que se
diversificam. Serviços uti universi ou gerais: são aqueles que a Administração
presta sem ter usuários determinados, para atender à coletividade no seu
A repartição das competências para a prestação de serviço público ou Competência do Município — A competência do Município para
de utilidade pública pelas entidades estatais — União, Estado, Distrito organizar e manter serviços públicos locais está reconhecida
Federal, Município — opera-se segundo critérios técnicos e jurídicos, tendo- constitucionalmente como um dos princípios asseguradores de sua
se em vista sempre os interesses próprios de cada esfera administrativa, a autonomia administrativa (art. 30). A única restrição é a de que tais serviços
natureza e extensão dos serviços, bem como a capacidade para executá- sejam de seu interesse local. O interesse local, já definimos, não é o
los vantajosamente para a Administração e para os administrados. interesse exclusivo do Município, porque não há interesse municipal que o
não seja, reflexamente, do Estado-membro e da União. O que caracteriza o
A Constituição de 1988 manteve a mesma linha básica de repartição interesse local é a predominância desse interesse para o Município em
de competências advinda das Constituições anteriores: poderes reservados relação ao eventual interesse estadual ou federal acerca do mesmo
ou enumerados da União (arts. 21 e 22), poderes remanescentes para os assunto.
A permissão, por sua natureza precária, presta-se à execução de A remuneração de tais serviços é tarifada pela Administração, como os
serviços ou atividades transitórias, ou mesmo permanentes, mas que demais de prestação ao público, dentro das possibilidades de medida para
exijam frequentes modificações para acompanhar a evolução da técnica ou oferecimento aos usuários. A execução deve ser pessoal e intransferível a
as variações do interesse público, tais como o transporte coletivo, o terceiros. Sendo uma modalidade de delegação discricionária, em princípio,
abastecimento da população e demais atividades cometidas a particulares, não exige licitação, mas poderá ser adotado para escolha do melhor
mas dependentes do controle estatal. autorizatário qualquer tipo de seleção, caso em que a Administração ficará
vinculada aos termos do edital de convocação.
Em geral, a permissão não gera privilégio, nem assegura exclusividade
ao permissionário, salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica A modalidade de serviços autorizados é adequada para todos aqueles
justificada (art. 16). A permissão para a prestação de serviço público ou de que não exigem execução pela própria Administração, nem pedem
utilidade pública, agora, pela Constituição de 1988, exige licitação, nos especialização na sua prestação ao público, como ocorre com os serviços
termos do seu art. 175, do art. 2º da Lei 8.666/93, e dos arts. 2O, IV, e 40, e de táxi, de despachantes, de pavimentação de ruas por conta dos
da Lei 8.987/95. Observe-se, ainda, que aos permissionários não se moradores, de guarda particular de estabelecimentos ou residências, os
estendem automaticamente as prerrogativas dos concessionários, só se quais, embora não sendo uma atividade pública típica, convém que o Poder
beneficiando das que lhes forem expressamente atribuídas. Público conheça e credencie seus executores e sobre eles exerça o
necessário controle no seu relacionamento com o público e com os órgãos
Embora ato unilateral e precário, a permissão é deferida intuitu administrativos a que se vinculam para o trabalho.
personae e, como tal, não admite a substituição do permissionário, nem
possibilita o traspasse do serviço ou do uso permitido a terceiros sem Os serviços autorizados não se beneficiam das prerrogativas das
prévio assentimento do permitente. atividades públicas, só auferindo as vantagens que lhes forem
expressamente deferidas no ato da autorização, e sempre sujeitas a
Quanto aos atos dos permissionários praticados em decorrência da modificação ou supressão sumária, dada a precariedade ínsita desse ato.
permissão, podem revestir-se de certa autoridade pela delegação recebida Seus executores não são agentes públicos, nem praticam atos
do Poder Público, e, nessas condições, tornam-se passíveis de mandado administrativos; prestam, apenas, um serviço de interesse da comunidade,
de segurança, desde que lesivos de direito líquido e certo (Lei 1.533/51, art. por isso mesmo controlado pela Administração e sujeito à sua autorização.
1º, § 1º). A contratação desses serviços com o usuário é sempre uma relação de
Direito Privado, sem participação ou responsabilidade do Poder Público.
Outra observação que se impõe é a de que os atos dos permissioná- Qualquer irregularidade deve ser comunicada à Administração autorizante,
rios são de sua exclusiva responsabilidade, sem afetar a Administração mas unicamente para que ela conheça a falta do autorizatário e, se for o
permitente. Embora praticados por delegação do Poder Público e sob sua caso, lhe aplique a sanção cabível, inclusive a cassação da autorização.
fiscalização, por eles respondem os próprios permissionários, mas, subse-
quente-mente, poderá ser responsabilizada a Administração permitente, As entidades convenentes, sejam públicas ou privadas, ficam obriga-
por culpa na escolha ou na fiscalização do executor do serviço. das a realizar licitação, na sua modalidade de pregão, de preferência na
forma eletrônica, para a aquisição de bens ou serviços comuns, quando o
A permissão vem sendo a modalidade preferida pelas Administrações fizerem com recursos repassados pela União. E o que dispõe o Dec. 5.504,
federal, estaduais e municipais para delegação de serviços de transporte de 5.8.2005.
coletivo a empresas de ônibus nas respectivas áreas de sua competência,
muito embora o antigo Código Nacional de Trânsito (Lei 5.108, de 21.9.66) Convênios administrativos
admitisse também a concessão e a autorização (art. 44).
Convênios administrativos são acordos firmados por entidades públicas
Observe-se, finalmente, que serviço permitido é serviço de utilidade de qualquer espécie, ou entre estas e organizações particulares, para
pública e, como tal, sempre sujeito às normas do Direito Público. Não se realização de objetivos de interesse comum dos partícipes.
pode, assim, realizar permissão ou traspassar a prestação de serviço
Segundo Hely Lopes Meirelles o fato administrativo resulta do ato Art. 2º. São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades men-
administrativo que o determina. Entretanto, pode ocorrer o contrário, cionadas no artigo anterior, nos casos de:
no caso da apreensão de mercadoria (atividade material de apreender), a) incompetência;
primeiro se apreende e depois se lavra o auto de infração, este sim o b) vício de forma;
ato administrativo. Pode ocorrer também independente de um ato ad- c) ilegalidade do objeto;
ministrativo, quando se consuma através de uma simples conduta d) inexistência dos motivos;
administrativa, alteração de local de um departamento público se perfaz e) desvio de finalidade.
sem a necessidade de um ato administrativo, porém, não deixa de ser
um atividade material. Até fenômenos naturais, quando repercutem na COMPETÊNCIA – Di Pietro prefere fazer alusão ao SUJEITO ao revés
esfera administrativa, constituem fatos administrativos, um raio que de falar da COMPETÊNCIA. É o poder que a lei outorga ao agente
destrói um bem público, chuvas que deterioram um equipamento do público para desempenho de suas funções. Competência lembra a
serviço público. Ex de fato administrativos: Construção de uma ponte, capacidade do direito privado, com um plus, além das condições normas
varredura de ruas, dispersão de manifestantes, reforma de escolas públi- necessárias à capacidade, o sujeito deve atuar dentro da esfera que a lei
cas. traçou. A competência pode vir primariamente fundada na lei (Art. 61, §
1º, II e 84, VI da CF), ou de forma secundária, através de atos adminis-
Para Diógenes Gasparini os fatos administrativos não se preorde- trativos organizacionais. A CF também pode ser fonte de competência,
nam à produção de qualquer efeito jurídico, traduzem mero trabalho ou consoante arts. 84 a 87 (competência do Presidente da República e dos
operação técnica do agente público. Ex: de atos materiais: dar aula. Ministros de Estado no Executivo); arts. 48, 49, 51 inciso IV e 52 (compe-
Ainda que não seja a regra, deles, atos materiais, podem advir efeitos tência do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado Federal).
jurídicos, ex: o direito a indenização do paciente que foi negligente-
mente operado por um cirurgião-médico do serviço público. Já os atos Para Di Pietro, competência é o conjunto de atribuições das pessoas
administrativos, ao contrário, predestinam-se a produção de efeitos jurídicas, órgãos e agentes, fixadas pelo direito positivo.
jurídicos, são os típicos atos administrativos, sejam concretos ou abstra-
tos, atos de governo (declaração de guerra, declaração de estado de A competência é inderrogável, isto é, não se transfere a outro órgão
emergência, declaração de estado de sítio, atos administrativos dos Tribu- por acordo entre as partes, fixada por lei deve ser rigidamente observada. A
nais de Contas, do Poder Legislativo, Judiciário, pelas Concessionárias de competência é improrrogável, diferentemente da esfera jurisdicional
serviço público). Celso Antonio não concorda em colocar os atos de onde se admite a prorrogação da competência, na esfera administrativa a
governo ou atos políticos sob a rubrica atos administrativos por traduzi- incompetência não se transmuda em competência, a não ser por alteração
rem exercício de função política e não administrativa, porém, Gasparini legal. A competência pode ser objeto de delegação (transferência de
diz que hoje em dia a sua sindicabilidade é ampla pelo judiciário, logo, funções de um sujeito, normalmente para outro de plano hierarquicamente
perfeitamente enquadráveis na noção de ato administrativo. inferior, funções originariamente conferidas ao primeiro – ver art. 84 pará-
grafo único da CF) ou avocação (órgão superior atrai para si a competên-
ESPÉCIES ATOS PERTINENTES A ATIVIDADE PÚBLICA - No exer- cia para cumprir determinado ato atribuído a outro inferior) consoante art.
cício da função legislativa o legislativo edita leis, o Judiciário, decisões 11 da Lei 9.784/99 (Lei do procedimento administrativo federal), "a
judiciais, e o executivo, atos administrativos. Temos, assim, na ativida- competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que
de pública geral, três categorias de atos inconfundíveis entre si: atos foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legal-
legislativos, atos judiciais e atos administrativos. mente admitidos".
ATOS DA ADMINISTRAÇÃO QUE NÃO SÃO TÍPICOS ATOS ADMI- Para Di Pietro a regra é a possibilidade de delegação e avocação e
NISTRATIVOS – Podem ser atos privados da administração, contratos a exceção é a impossibilidade de delegação e avocação que só ocorre
regidos pelo direito privado, compra e venda e locação. Atos materiais, os quando a competência é outorgada com exclusividade a um determinado
chamados fatos administrativos já estudados. órgão. Ver artigos 12 e 13 e 15 da mesma lei. Para José dos Santos Carva-
lho Filho tanto a delegação quanto a avocação devem ser consideradas
3- ATO ADMINISTRATIVO. como figuras excepcionais, só justificáveis ante os pressupostos que a lei
Conceito de Diógenes Gasparini, toda prescrição, juízo ou conheci- estabelecer.
mento, predisposta à produção de efeitos jurídicos, expedida pelo Estado
ou por quem lhe faça as vezes, no exercício de suas prerrogativas e como OBJETO – Também chamado de conteúdo, é a alteração no mundo
parte interessada numa relação, estabelecida na conformidade ou compati- jurídico que o ato administrativo se propõe realizar, é identificado pela
bilidade da lei, sob o fundamento de cumprir finalidades assinaladas no análise do que o ato enuncia, prescreve ou dispõe. O objeto é uma res-
sistema normativo, sindicável pelo Judiciário. posta a seguinte pergunta: para que serve o ato? Consiste na aquisição,
na modificação, na extinção ou na declaração de direito conforme o fim
Do conceito de Gasparini ressalta a presença do atos concretos e que a vontade se preordenar. Ex: uma licença para construção tem como
abstratos (chamados regulamentos do Executivo, art. 84, IV da CF). A objeto permitir que o interessado possa edificar de forma legítima; o objeto
prescrição destina-se a produzir efeitos jurídicos: certificar, criar, de uma multa é a punição do transgressor da norma jurídica administrativo;
extinguir, transferir, declarar ou modificar direitos e obrigações. Exclu- o objeto da nomeação, é admitir o indivíduo como servidor público; na
em-se do conceito, os atos materiais, os atos de particulares, os de origem desapropriação o objeto do ato é o comportamento de desapropriar cujo
constitucional (sanção e veto), atos legislativos e as sentenças judiciais. conteúdo é o imóvel sobre a qual ela recai.
Como anotado por José dos Santos Carvalho Filho, a forma e pro- Abaixo jurisprudência do STJ, sobre vício de finalidade, ou seja, des-
cedimento se distinguem, a forma indica apenas a exteriorização da vio de finalidade de ato administrativo, verbis:
vontade e o procedimento uma sequência ordenada de atos e vontades,
porém, a doutrina costuma caracterizar o defeito em ambos como vício de DESAPROPRIAÇÃO. UTILIDADE PÚBLICA.
forma. Ex: portaria de demissão de servidor estável sem a observância do Cuida-se de mandado de segurança no qual o impetrante pretende in-
processo administrativo prévio (art. 41, § 1º, II, da CF); ou, contratação validar ato de autoridade judicial que imitiu o Estado do Rio de Janeiro na
direta de empresa para realização de obra pública em hipótese na qual a lei posse de imóvel objeto de processo expropriatório. Visa, ainda, à
exija o procedimento licitatório. anulação do Dec. Expropriatório n. 9.742/1987. A segurança foi concedi-
da pelo TJ-RJ ao entendimento de que haveria ocorrido manifesto desvio
A forma é uma garantia jurídica para o administrado e para a admi- de finalidade no ato expropriatório, pois, além de o Decreto omitir qual
nistração, é pelo respeito à forma que se possibilita o controle do ato a utilidade pública na forma do DL n. 3.365/1941, os imóveis desapropri-
administrativo, quer pelos seus destinatários, que pela própria administra- ados destinavam-se a repasse e cessão a terceiros, entre eles, os
ção, que pelos demais poderes do Estado. Em regra a forma é escrita, inquilinos. O Min. Relator entendeu que se submete ao conhecimento do
porém a Lei 9.784/99, consagra em seu art. 22 praticamente o informa- Poder Judiciário a verificação da validade da utilidade pública, da desapro-
lismo do ato administrativo. Excpecionalmente, admitem-se ordens priação e seu enquadramento nas hipóteses previstas no citado DL. A
verbais, gestos, apitos (policial dirigindo o trânsito), sinais luminosos. Há vedação que encontra está no juízo valorativo da utilidade pública, e a mera
ainda, casos excepcionais de cartazes e placas expressarem a vontade da verificação de legalidade é atinente ao controle jurisdicional dos atos admi-
administração, como os que proíbem estacionar em ruas, vedam acesso de nistrativos, cuja discricionariedade, nos casos de desapropriação, não
pessoas a determinados locais, proíbem fumar etc. Até mesmo o silêncio ultrapassa as hipóteses legais regulamentadoras do ato. Com esse
pode significar forma de manifestação de vontade, quando a lei fixa um entendimento, a Turma não conheceu do recurso. REsp 97.748-RJ, Rel.
prazo, findo o qual o silêncio da administração significa concordância ou Min. João Otávio de Noronha, julgado em 5/4/2005.
discordância.
5. MÉRITO ADMINISTRATIVO.
MOTIVO – É o pressuposto de fato e de direito que serve de fun- Como bem leciona Hely Lopes Meirelles, o mérito administrativo
damento ao ato administrativo. Pressuposto de direito é o dispositivo conquanto não se possa considerar requisito de sua formação, deve ser
legal em que se baseia o ato e o pressuposto de fato corresponde ao apreciado neste tópico dadas as suas implicações com o motivo e o
conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a objeto (conteúdo) para que serve o ato? do ato, e consequentemente,
administração a praticar o ato. A ausência de motivo ou a indicação de com as suas condições de validade e eficácia. Portanto, considera-se
motivo falso invalidam o ato administrativo. Ex. de motivos: no ato de mérito administrativo a avaliação (valoração) da conveniência e oportuni-
punição de servidor, o motivo é a infração prevista em lei que ele praticou; dade relativas ao objeto e ao motivo, na prática do ato discricionário, ou
no tombamento, é o valor cultural do bem; na licença para construir, é o seja, aquele em que a lei permite ao agente público proceder a uma avalia-
conjunto de requisitos comprovados pelo proprietário. ção de conduta (motivo e objeto), ponderando os aspectos relativos à
conveniência e à oportunidade da prática do ato.
Motivação – Motivação é a demonstração por escrito de que os pres-
supostos de fato realmente existiram. A motivação diz respeito às forma- Os atos discricionários possuem requisitos sempre vinculados
lidades do ato, que integram o próprio ato, vindo sob a forma de "consi- (competência, finalidade e forma), e outros dois (motivo e objeto) em
derandos". A lei 9.784/99 em seu art. 50 indica as hipóteses em que a relação aos quais a Administração decide como valorá-los, desde que
motivação é obrigatória. Segundo José dos Santos Carvalho Filho, pela observados os princípios constitucionais, e submetendo-se nos casos de
própria leitura do art. 50 da Lei 9.784/99 pode-se inferir que não se pode desvio de poder a sindicabilidade do Judiciário.
mesmo considerar a motivação como indiscriminadamente obrigatória
para toda e qualquer manifestação volitiva da Administração. Ainda segun- Os atos administrativos vinculados possuem todos os seus requisi-
do ele, o art. 93, X, não pode ser estendido como regra a todos os atos tos (elementos) definidos em lei, logo, não há falar-se em MÉRITO
administrativos, ademais a CF fala em "motivadas", termo mais próximo ADMINISTRATIVO (ex: licença para exercer profissão regulamentada em
de motivo do que de motivação. Já para Maria Sylvia Zanella Di Pietro a lei), logo, caberá ao Judiciário examinar todos os seus requisitos, a
motivação é regra, necessária, tantos para os atos vinculados quanto conformidade do ato com a lei, para decretar a sua nulidade ou não; já nos
para os discricionários já que constitui garantia da legalidade adminis- atos administrativos discricionários, o controle judicial também é possí-
trativa prevista no art. 37, caput, da CF. vel, porém, terá que respeitar a discricionariedade administrativa nos
limites em que ela é assegurada à Administração Pública pela lei (legalida-
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES – Segundo a qual o mo- de administrativa – 37, caput, CF).
tivo do ato administrativo deve sempre guardar compatibilidade com a
situação de fato que gerou a manifestação de vontade. Se o interessa- Os autores que afirmam uma tendência de ampliar o alcance da a-
do comprovar que inexiste a realidade fática mencionada no ato como preciação do Poder Judiciário, falam em aplicar o princípio da razoabi-
determinante da vontade, estará ele irremediavelmente inquinado de lidade para aferir a valoração subjetiva da administração pública.
vício de legalidade. (25) Ex: administração revoga permissão de uso sob Aplica-se também o princípio da moralidade dos atos administrativos (art.
a alegação de que a mesma tornou-se incompatível com a destinação do 37, caput, CF), todavia, não cabe ao magistrado substituir os valores
bem público objeto da permissão, e logo a seguir permite o uso do mes- morais do administrador público pelos seus próprios valores, desde
Autorização – ato administrativo unilateral, discricionário e precário Pareceres – São atos que contém opiniões de órgãos técnicos a res-
pelo qual a Administração faculta ao particular o uso do bem público no peito de problemas e dúvidas que lhe são submetidos, orientando a
seu próprio interesse mediante (autorização de uso – fechamento de Administração sobre a matéria técnica neles contida. Muito embora sejam
rua para realização de festa), ou exerça atividade (autorização de servi- opinativos, os pareceres da consultoria jurídica, órgãos exercentes de
ços de vans-peruas, táxi), ou a prática de ato, sem esse consentimento, função constitucional essencial à justiça na órbita dos entes da federação,
seriam legalmente proibidos (autorização como ato de polícia – porte de obrigam, em princípio, a Administração, não obstante se optar por des-
arma). Ex: art. 176, parágrafo primeiro, art. 21, VI, XI, XII, todos da Consti- considerá-los, deverá motivar suficientemente porque o fazem. O
tuição Federal. parecer embora contenha um enunciado opinativo (opinar é diferente de
decidir), pode ser de existência obrigatória no procedimento administrati-
Permissão – É ato administrativo discricionário e precário pelo vo (caso em que integra o processo de formação do ato) e dar ensejo à
qual a Administração consente que ao particular utilize privativamente nulidade do ato final se não contar do respectivo processo (por ausência
bem público. Com o advento da Lei 8.987/95 (art. 40), o instituto da per- de requisito FORMAL), exemplo, casos em que a lei exige prévia audiên-
missão como ato administrativo está restringido ao uso de bens públi- cia de um órgão jurídico-consultivo, processo licitatório. Neste caso, o
cos, porquanto a permissão de serviços públicos passou a ter natureza parecer é obrigatório, muito embora seu conteúdo não seja vinculante.
jurídica de contrato administrativo bilateral, de adesão, e resultante de Quando o ato decisório se limita a aprovar o parecer, fica este integrado
atividade vinculada do administrador em virtude da exigência normal de ao ato como razões de decidir (motivação), agora, se ao revés, o ato
licitação para a escolha do contratado. decisório decide de maneira contrária ao parecer, deve expressar for-
malmente as razões que o levaram a não acolher o parecer, sob pena de
Licença – Ato vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público, verifi- abuso de poder e ilegalidade.
cando que o interessado atendeu a todas as exigências legais, faculta-
lhe o desempenho de atividade ou a realização de fatos materiais antes Pareceres normativos – É aquele que quando aprovado pela autori-
vedados ao particular, exemplo, o exercício de uma profissão, a constru- dade competente, é convertido em norma de procedimento interno, aos
ção de um edifício em terreno próprio. Se o interessado preenche os quais se confere uma eficácia geral e abstrata para a Administração,
requisitos legais para a concessão de licença, e por ser um ato admi- dispensando seus entes, órgãos e agentes de reproduzirem as motiva-
nistrativo vinculado, se for negada, caberá a impetração de mandado de ções, se forem as mesmas nele examinadas.
segurança ex vi do art. 5º, inciso LXIX da CF.
Apostila – São atos enunciativos ou declaratórios de uma situação
Em regra a licença por ser ato vinculado não pode ser revogada por anterior criada por lei. Ao apostilar um título a Administração não cria
conferir direito adquirido. Contudo, o STF em 1999 (RE nº 212.780-RJ, um direito, porquanto apenas declara o reconhecimento da existência de
Rel. Min. Ilmar Galvão) reafirmou decisão anterior no sentido de que não um direito criado por norma legal. Segundo Hely Lopes Meirelles equiva-
fere direito adquirido decisão que, no curso do processo de pedido de le a uma averbação.
licença de construção, em projeto de licenciamento, estabelece novas
regras de ocupação de solo, ressalvando-se ao prejudicado o direito à ATOS PUNITIVOS – São aqueles que contêm uma sanção imposta
indenização nos casos em que haja ocorridos prejuízos. pela lei e aplicada pela Administração, visando punir as infrações admi-
nistrativas ou conduta irregulares de servidores ou de particulares
Aprovação, Homologação ou Visto ou atos de confirmação – Pres- perante a Administração.
supõem sempre a existência de outro ato administrativo.
Multa – imposição pecuniária por descumprimento de preceito admi-
A aprovação pode ser prévia (art. 52, III da CF), ou posterior (art. 49, nistrativo, geralmente, é de natureza objetiva, independente da ocorrência
IV da CF), é uma manifestação discricionária do administrador a respeito de dolo ou culpa.
de outro ato.
Interdição de atividades – Ato pelo qual a Administração veda a prá-
A homologação constitui manifestação vinculada, isto é, ou bem tica de atividades sujeitas ao seu controle ou que incidam sobre seus
procede à homologação se tiver havido legalidade ou não o faz em caso bens. Funda-se na lei e no poder de polícia administrativa, e pressupõe
contrário, é sempre produzida a posterior. Ex: licitação. a existência de um prévio e devido processo administrativo (Art. 5º, LV
Um ato administrativo quando editado e publicado passa a ter vigên- Invalidade ou anulação – É o desfazimento do ato por razões de ile-
cia, logo, possui existência jurídica (perfeição). Um ato administrativo galidade. a)- atinge o ato em sua origem, produzindo efeitos retroativos à
existe quando contiver: motivo, conteúdo, finalidade, forma, e assinatura de data em que foi emitido (ex tunc); b)- pode ser feita pela própria administra-
autoridade competente. O ato administrativo que entrou no plano da exis- ção ou pelo judiciário; c)- deve observar o princípio do contraditório quando
tência "é". Existindo, pode ser válido se obedecidas as condições formais afetar interesses de terceiros; d)- A doutrina não é unânime quanto ao
(órgão competente) e materiais (está de acordo com a lei e a Constituição) caráter vinculado ou discricionário da invalidação, os que defendem o
de sua produção e consequente integração no sistema ou inválido (nulo dever de anular apegam-se ao princípio da legalidade e da autotutela e os
ou anulável) em caso contrário. Contudo, o ato administrativo inválido é que defendem a faculdade de anular se apoiam na predominância do
existe e produz eficácia; ou seja, é qualidade do ato administrativo (que interesse público sobre o particular. Ex: loteamento irregular realizado
existe é válido ou inválido) e que está apto a produzir efeitos jurídicos, isto em área municipal, valendo-se o interessado de documentos falsos que
é, incidir/juridicizar o fato ocorrido no mundo real. fizeram com que conseguisse aprovar o projeto na municipalidade e obter
alvará, inúmeras famílias adquiriram os lotes, construíram casas, foram
O Ato existe, é válido e eficaz. Ex: nomeação de posse do Prefeito cobrados tributos etc. Após foi descoberta a falsidade. A doutrina neste
municipal eleito democraticamente. caso entende que a Administração terá liberdade discricionária para
avaliar qual será o prejuízo menor, manter (convalidar) ou anular o ato
O ato existe, é válido e ineficaz. Ex: ato que permite a contratação ilegal.
depois que o vencedor da licitação tenha promovida a competente garantia.
Vícios que geram a possibilidade de invalidação – previstos no art.
O ato existe, é inválido e como tal pode ser eficaz ou ineficaz. Ex: 2º da Lei 4.717/65 –
ato de declaração de utilidade pública para fins de utilidade pública, para Vícios relativos ao sujeito – Diz a Lei 4.717/65 em seu art. 2º, pará-
fins expropriatórios, editados por vingança política. grafo único,
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-
O ato existe, é inválido e ineficaz. Ex: o ato que permite a nomeação se-ão as seguintes normas:
de servidor para cargo de provimento efetivo no serviço público (Câmara a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas
Municipal), sem o prévio concurso, depois do recesso parlamentar. atribuições legais do agente que o praticou;
EXTINÇÃO – MODALIDADES O vício relativo ao sujeito pode se dar através de usurpação de po-
Extinção natural – por cumprimento de seus efeitos. Ex: a destruição der (crime previsto no art. 328 do CP – a pessoa que pratica o ato não foi
de mercadoria nociva ao consumo público, neste caso, o ato cumpriu seus investida no cargo); excesso de poder (excede os limites de sua compe-
objetivos, extinguindo-se naturalmente. tência) e função de fato (pessoa que pratica o ato está irregularmente
investida no cargo.
Extinção subjetiva ou objetiva – Ocorre quando do desaparecimento
do sujeito ou do objeto. Ex: a morte do permissionário extingue o ato de Vícios relativos ao objeto – Diz a lei já citada,
permissão por ausência do elemento subjetivo. Vejamos agora, outro c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa
exemplo, agora de extinção objetiva. Sendo o objeto um dos seus elemen- em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo;
tos essenciais do ato administrativo, se depois de praticado o ato desapa- Ex: município que desaproprie bem imóvel da União; nomeação para
rece o objeto ocorre a chamada extinção objetiva, ex: interdição de esta- cargo inexistente; desapropriação de bem não definido com precisão;
belecimento, e após o estabelecimento é definitivamente desativado pelo intervenção federal disfarçada por ato de requisição, caso da intervenção
proprietário. na área de saúde no Rio de Janeiro pelo Governo Federal etc.
Retirada – Que pode se realizar mediante REVOGAÇÃO quando se Vícios relativos à forma – Diz a Lei 4.717/65,
dá por razões de conveniência e oportunidade ou por razões de INVA- b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta
LIDAÇÃO (ANULAÇÃO), que compreende as ideias de vícios dos atos ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do
administrativos, convalidação e as modalidades de cassação e caduci- ato;
dade. Ex: o decreto é a forma normal que deve revestir o ato do Chefe do
Executivo e o Edital é a única forma possível para convocar os interessa-
Revogação – É ato administrativo discricionário (não se aplica ao ato dos em participar de concorrência pública (modalidade de licitação).
vinculado, porque nestes não há conveniência e oportunidade) pelo qual a
Administração extingue um ato válido, por razões de conveniência e Vícios quanto ao motivo – Diz a Lei 4.717/65, em seu art. 2º,
oportunidade. a)- Não retroage pois pressupõe um ato editado em confor- d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou
Atos individuais: São aqueles editados com um destinatário específi- Classificação dos atos administrativos
co. Ex: Permissão para uso de bem público.
quanto ao conteúdo
Quanto à esfera jurídica de seus destinatários:
Admissão:
Atos ampliativos: São aqueles que trazem prerrogativas ao destinatá- Admissão é o ato administrativo unilateral vinculado, pelo qual a Admi-
rio, alargam sua esfera jurídica. Ex: Nomeação de um funcionário; Outorga nistração faculta à alguém o ingresso em um estabelecimento governamen-
de permissão. tal para o recebimento de um serviço público. Ex: Matrícula em escola.
Atos restritivos: São aqueles que restringem a esfera jurídica do des- É preciso não confundir com a admissão que se refere à contratação
tinatário, retiram direitos seus. Ex: Demissão; Revogação da permissão. de servidores por prazo determinado sem concurso público.
Os atos de gestão (praticados sob o regime de direito privado. Ex: con- Aprovação:
tratos de locação em que a Administração é locatária) não são atos admi- Aprovação é o ato administrativo unilateral discricionário, pelo qual a
nistrativos, mas são atos da Administração. Para os autores que conside- Administração manifesta sua concordância com ato jurídico já praticado ou
ram o ato administrativo de forma ampla, os atos de gestão são atos admi- que ainda deva ser praticado. É um ato jurídico que controla outro ato
nistrativos. jurídico.
Quanto ao grau de liberdade conferido ao administrador: Aprovação prévia ou “a priori”: Ocorre antes da prática do ato e é
um requisito necessário à validade do ato.
Atos vinculados: São aqueles praticados sem liberdade subjetiva, isto
é, sem espaço para a realização de um juízo de conveniência e oportuni- Aprovação posterior ou “a posteriore”: Ocorre após a pratica do ato
dade. O administrador fica inteiramente preso ao enunciado da lei, que e é uma condição indispensável para sua eficácia. Ex: Ato que depende de
estabelece previamente um único comportamento possível a ser adotado aprovação do governador.
em situações concretas. Ex: Pedido de aposentadoria por idade em que o
servidor demonstra ter atingido o limite exigido pela Constituição Federal. Na aprovação, o ato é discricionário e pode ser prévia ou posterior. Na
homologação, o ato é vinculado e só pode ser posterior à prática do ato.
Para outros autores a homologação é o ato administrativo unilateral pelo
Tendo em vista que o contrato tem prazo determinado, se o Poder Permissão de serviço público: É o ato administrativo unilateral, dis-
Concedente extingui-lo antes do término por questões de conveniência e cricionário e precário pelo qual transfere-se a prestação do serviço público
oportunidade, deverá indenizar, pois o particular tem direito à manutenção à particulares.
do vínculo.
Autorização:
Concessão para uso de bem público: Autorização é o ato administrativo unilateral discricionário pelo qual o
Poder Público faculta a alguém, em caráter precário, o exercício de uma
Concessão comum de uso ou Concessão administrativa de uso: É dada atividade material (não jurídica).
o contrato administrativo por meio do qual delega-se o uso de um bem
público ao concessionário, por prazo certo e determinado. Por ser direito Autorização de uso: É o ato administrativo unilateral, discricionário e
pessoal não pode ser transferida, “inter vivos” ou “causa mortis”, à terceiros. precaríssimo através do qual transfere-se o uso do bem público para parti-
Ex: Área para parque de diversão; Área para restaurantes em Aeroportos. culares por um período de curtíssima duração. Libera-se o exercício de
uma atividade material sobre um bem público. Ex: Empreiteira que está
Concessão de direito real de uso: É o contrato administrativo por construindo uma obra pede para usar uma área pública, em que irá instalar
meio do qual delega-se o uso em imóvel não edificado para fins de edifica- provisoriamente o seu canteiro de obra; Fechamento de ruas por um final
ção; urbanização; industrialização; cultivo da terra (Decreto-lei 271/67). de semana; Fechamento de ruas do Município para transportar determina-
Delega-se o direito real de uso do bem. da carga.
Cessão de uso: É o contrato administrativo através do qual transfere- Difere-se da permissão de uso de bem público, pois nesta o uso é
se o uso de bem público de um órgão da Administração para outro na permanente (Ex: Banca de Jornal) e na autorização o prazo máximo esta-
mesma esfera de governo ou em outra. belecido na Lei Orgânica do Município é de 90 dias (Ex: Circo, Feira do
livro).
Concessão para realização de uma obra pública:
Autorização de serviço público: É o ato administrativo através do
Contrato de obra pública: É o contrato por meio do qual delega-se a qual autoriza-se que particulares prestem serviço público.
realização da obra pública. A obra será paga pelos cofres públicos.
Os atos administrativos oficiais, pelos predicativos e peculiaridades, in-
Concessão de obra pública ou Concessão de serviço público pre- trínsecos ou finalísticos, podem ser classificados em seis categorias, que
cedida da execução de obra pública: É o contrato por meio do qual abrangem a totalidade dos documentos de redação oficial, pelas quais os
delega-se a realização da obra pública e o direito de explorá-la. A obra atos administrativos são expressos e formalizados.
pública será paga por meio de tarifas. Atos deliberativo-normativos: São aqueles que contém um comando
geral do Executivo, visando à correta aplicação da lei, e explicitando a
Concessão para delegação de serviço público: É o contrato por norma legal observada pela administração e pelos administrados.
meio do qual delega-se a prestação de um serviço público, sem lhe conferir
a titularidade, atuando assim em nome do Estado (Lei 8987/95 e Lei Exemplos: decretos, despachos, instruções, resoluções, portarias, a-
9074/95). córdãos, manuais.
Atos de correspondência: Estes atos podem ser de correspondência
“Incumbe ao Poder Público na forma da lei, diretamente ou sob regime individual ou pública. Sua característica é ter destinatário declarado.
de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de
serviços públicos” (art. 175 da CF). Exemplos: ofícios, circulares.
Atos enunciativos: São todos aqueles em que a administração limita-
“A lei disporá sobre o regime das empresas concessionárias e permis-
se a atestar ou certificar um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado
sionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua
assunto, sem vincular-se a seu enunciado.
prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e resci-
são da concessão ou permissão; os direitos dos usuários, política tarifária, Exemplos: parecer.
a obrigação de manter serviço adequado” (art. 175, parágrafo único da CF).
Atos de assentamento: São aqueles que se destinam a registro. São
Permissão: documentos que contém assentamentos sobre fatos ou ocorrências.
Permissão é o ato administrativo unilateral discricionário pelo qual o Exemplos: atas.
Poder Público (Permitente), em caráter precário, faculta a alguém (Permis-
sionário) o uso de um bem público ou a responsabilidade pela prestação de Atos negociais: São declarações de vontade da autoridade adminis-
um serviço público. Há autores que afirmam que permissão é contrato e trativa, destinadas a produzir efeitos específicos e individuais para o parti-
não ato unilateral (art. 175, parágrafo único da CF). cular interessado.
Exemplos: licença, autorização, permissão, homologação, dispensa,
Tendo em vista que a permissão tem prazo indeterminado, o Promiten- renúncia.
te pode revogá-lo a qualquer momento, por motivos de conveniência e
oportunidade, sem que haja qualquer direito à indenização. Atos ordinatórios: Visam a disciplinar o funcionamento da Administra-
ção Pública e a conduta funcional de seus agentes.
Quando excepcionalmente confere-se prazo certo às permissões são
Exemplos: avisos
denominadas pela doutrina de permissões qualificadas (aquelas que tra-
07- Assinale a opção que elenque dois princípios norteadores da Adminis- 12. No que tange à licitação, é correto afirmar:
tração Pública que se encontram implícitos na Constituição da República (A) Para a compra e alienação de bens imóveis, a Administração Pública
Federativa do Brasil e explícitos na Lei n. 9.784/99. pode se valer do tipo de licitação denominado pregão.
a) Legalidade / moralidade. (B)) A concorrência é a modalidade de licitação obrigatória nas concessões
b) Motivação / razoabilidade. de direito real de uso.
c) Eficiência / ampla defesa. (C) Havendo interesse público, a autoridade competente pode substituir a
d) Contraditório / segurança jurídica. tomada de preços pelo convite.
e) Finalidade / eficiência. (D) O concurso destina-se à escolha de trabalho técnico, científico, artístico
ou contratação de serviço ou fornecimento de bens.
08. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em (E) O leilão é o tipo de licitação entre quaisquer interessados para a venda
especial de bens sem utilidade para a Administração.
(A) na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás
natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as 13. Com relação aos poderes administrativos, é INCORRETO afirmar que o
normas da legislação específica. poder
(B) quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justifica- (A) disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e
damente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, man- aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à
tidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas. disciplina administrativa.
(C) quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular (B) regulamentar é inerente ao chefe do Executivo para, mediante decreto,
preços ou normalizar o abastecimento. expedir atos normativos compatíveis com a lei e visando desenvolvê-la.
(D) nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no (C)) discricionário vincula o administrador público à competência, forma e
tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspon- objeto do ato, deixando livre a opção quanto ao juízo de mérito.
dentes, realizadas diretamente com base no preço do dia. (D) hierárquico tem por objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as
(E)) para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamen- atividades administrativas, no âmbito da Administração Pública.
te ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica (E) Legislativo, no exercício do poder de polícia que compete ao Estado,
especializada ou pela opinião pública. cria, por lei, as chamadas limitações administrativas ao exercício das liber-
dades públicas.
09. Considere as assertivas a respeito dos atributos do ato administrativo:
I. Os atos administrativos, qualquer que seja sua categoria ou espécie, 14. O leilão é uma modalidade de licitação
nascem com a presunção de legitimidade, independentemente de norma (A) adequada para a venda de bens móveis inservíveis para a administra-
legal que a estabeleça. ção ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, a quem ofere-
II. A imperatividade existe em todos os atos administrativos, sendo o atribu- cer o maior lance, independentemente do valor da avaliação.
to que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução. (B) adequada somente para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer
III. A possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
direta execução pela própria Administração, independentemente de ordem (C) que a Administração Pública pode utilizar para a alienação de qualquer
judicial, consiste na auto-executoriedade. bem imóvel, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da
Está correto o que se afirma APENAS em avaliação.
(A) I e II. (D) que a Administração Pública pode utilizar para a alienação de bem
(B)) I e III. imóvel, a quem oferecer o maior lance, independentemente do valor da
(C) II. avaliação.
(D) II e III. (E) adequada para a venda de bens móveis inservíveis para a administra-
(E) III. ção ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, a quem ofere-
cer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
10. Observe as seguintes proposições:
I. A faculdade de que dispõe a Administração Pública de ordenar, coorde- Nas questões que se seguem, assinale:
nar, controlar e corrigir suas atividades decorre do poder disciplinar. C – se a proposição estiver correta
II. Dentre os atributos do poder de polícia, a autoexecutoriedade permite à E – se a mesma estiver incorreta
Administração, com os próprios meios, decidir e executar diretamente suas
decisões, sem intervenção do Judiciário. 15. Pregão é uma das 6 modalidades de licitação utilizadas no Brasil,
III. O poder normativo da Administração Pública se expressa por meio das considerada como um aperfeiçoamento do regime de licitações para a
resoluções, portarias, deliberações, instruções e dos decretos. Administração Pública Federal. Esta modalidade possibilita o incremento da
IV. O poder discricionário permite ao administrador editar atos que exorbi- competitividade e ampliação das oportunidades de participação nas
tem os ditames legais, desde que convenientes e oportunos. licitações, por parte dos licitantes que são Pessoas Jurídicas ou Pessoas
Está correto o que se afirma APENAS em Físicas interessadas em vender bens e/ou serviços comuns conforme os
(A) I e II. editais e contratos que visam o interesse público.
(B) I e IV. 16. Também chamado de Leilão Reverso ou Holandês, o Pregão é
(C) I, II e III. realizado em lances sucessivos e decrescentes, no chamado "quem dá
(D)) II e III. menos" (NBS). Desta forma, a Administração Publica que está comprando,
(E) III e IV. gera economia significa o bom uso do dinheiro público.
42. Assinale a alternativa incorreta: 48. Sobre dispensa e inexigibilidade de licitação, considere as hipóteses
a) Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do abaixo, previstas na Lei de Licitações:
cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e I. Casos de guerra ou grave perturbação da ordem.
enteado, ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assen- II. Quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justifica-
tamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial. damente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, man-
b) A licença será concedida, sem prejuízo da remuneração do cargo efeti- tidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas.
vo, por até trinta dias, podendo ser prorrogada por até trinta dias e, exce- III. Contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou
dendo estes prazos, sem remuneração, por até noventa dias. através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica espe-
c) Não será concedida nova licença em período inferior a dezoito meses do cializada ou pela opinião pública.
término da última licença concedida. Estas hipóteses correspondem, respectivamente, a casos de
d) Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou (A) inexigibilidade, dispensa e dispensa.
companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para (B) dispensa, inexigibilidade e dispensa.
o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e (C) dispensa, dispensa e dispensa.
Legislativo. (D) inexigibilidade, inexigibilidade e dispensa.
e) O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período (E) dispensa, dispensa e inexigibilidade.
que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a
cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça 49. Na sessão pública para recebimento das propostas do pregão eletrôni-
Eleitoral. co, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até
10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais
43. Assinale a alternativa incorreta: Sem qualquer prejuízo, poderá o e sucessivos, até a proclamação do vencedor. Não havendo pelo menos
servidor ausentar-se do serviço: três ofertas nestas condições,
a) por 1 (um) dia, para doação de sangue; (A) poderão os autores das melhores propostas, até o máximo de três,
b) por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços
c) por 10 (dez) dias consecutivos em razão de casamento oferecidos.
d) por oito dias consecutivos em razão de falecimento do cônjuge, compa- (B) todos os proponentes presentes, independentemente do número, pode-
nheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou rão oferecer novos lances verbais e sucessivos.
tutela e irmãos. (C) o pregoeiro reabrirá prazo para que novos concorrentes apresentem
propostas.
44. A respeito dos princípios básicos da Administração Pública, considere: (D) a sessão será suspensa e o processo encaminhado à autoridade com-
I. Conjunto de princípios ou padrões morais que norteiam a conduta dos petente para decidir sobre o prosseguimento ou não do pregão.
agentes públicos no exercício de suas funções e a prática dos atos admi- (E) o pregoeiro declarará encerrada a sessão e prejudicado o pregão.
nistrativos.
II. Adequação entre meios e fins, vedada imposição de obrigações, restri- 50. De acordo com a Lei no 9.784/99, que regula o processo administrativo
ções e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao no âmbito da Administração Pública Federal, a competência
atendimento do interesse público. (A) é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribu-
Os itens I e II referem-se, respectivamente, aos princípios da ída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente
(A) finalidade e adequabilidade. admitidos.
(B) legalidade e finalidade. (B) para decisão de recursos administrativos é delegável.
(C) continuidade e moralidade. (C) não pode ser delegada para órgão que não seja hierarquicamente
(D) moralidade e proporcionalidade. subordinado ao órgão delegante.
(E) eficiência e proporcionalidade. (D) para edição de atos normativos pode ser delegada.
(E) pode ser feita por ato interno, desnecessária a sua publicação.
45. Sendo um dos requisitos do ato administrativo, o objeto consiste
(A) na criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas concer- 51. Os candidatos aprovados em concurso público na esfera federal, cujo
nentes a pessoas, coisas e atividades sujeitas à ação do Poder Público. prazo de validade não expirou, aguardam a respectiva nomeação. Contudo,
(B) na situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização foram surpreendidos com a abertura de novo concurso para o preenchi-
do ato administrativo. mento dos mesmos cargos. Esta decisão do órgão responsável pelo certa-
(C) no revestimento exteriorizador do ato administrativo. me
(D) no resultado específico que cada ato deve produzir, conforme definido (A) somente é válida se todos os aprovados no concurso posterior alcança-
na lei. rem notas superiores às dos concursados anteriores.
(E) no poder conferido pela lei ao administrador para que ele, nos atos (B)) é vedada, uma vez que não se admite a abertura de novo concurso
discricionários, decida sobre a oportunidade e conveniência de sua enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior, com prazo de
prática. validade não expirado.
(C) é válida, desde que os cargos postos em disputa sejam de livre nomea-
46. Nas hipóteses de danos causados a terceiros, o servidor que o causou ção e o interesse público justifique a necessidade de novo concurso.
responderá perante (D) é permitida, desde que os classificados no concurso posterior não
(A) ao Poder Legislativo. sejam nomeados antes dos concursados
(B) à Fazenda Pública, em ação direta e progressiva. anteriores com direito à nomeação.
(C) ao órgão em que atuava, em ação administrativa. (E) atende ao interesse público e possibilita que os aprovados em ambos
(D) ao Tribunal de Contas. os certames integrem uma única lista classificatória que será considerada
(E) à Fazenda Pública, em ação regressiva. para efeito de ordem de aproveitamento.
82) A Administração Pública pode anular seus próprios atos quando eiva- 89) A Constituição Federal estabelece o princípio da ampla acessibilidade
dos de ilegalidade, bem como revogá-los por motivo de conveniência ou aos cargos, funções e empregos públicos.
oportunidade, no exercício do princípio da: Pode-se afirmar corretamente que:
a) Autotutela;
Assim, os direitos humanos de primeira geração seriam os direitos de A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos
liberdade, compreendendo os direitos civis, políticos e as liberdades Direitos Humanos
clássicas. Os direitos humanos de segunda geração ou direitos de como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as na-
igualdade, constituiriam os direitos econômicos, sociais e culturais. Já como ções, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade,
direitos humanos de terceira geração, chamados direitos de fraternidade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e
estariam o direito ao meio ambiente equilibrado, uma saudável qualidade da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela
de vida, progresso, paz, autodeterminação dos povos e outros direitos adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por
difusos.[6] assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva,
Posteriormente, com os avanços da tecnologia e com a Declaração dos tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos
Direitos do Homem e do Genoma Humano feita pela UNESCO, a doutrina dos territórios sob sua jurisdição.
estabeleceu a quarta geração de direitos como sendo os direitos Artigo I.
tecnológicos, tais como o direito de informação e biodireito.[7]
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direi-
O jurista brasileiro Paulo Bonavides, defende que o direito à paz, que tos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos
segundo Karel Vasak seria um direito de terceira geração, merece uma outros com espírito de fraternidade.
maior visibilidade, motivo pelo qual constituiria a quinta geração de direitos
humanos.[8] Artigo II.
Dia Nacional dos Direitos Humanos (Portugal) 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liber-
dades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie,
A Assembleia da República de Portugal, reconhecendo a importância seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra nature-
da Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovou em 1998 uma za, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra
Resolução na qual institui que o dia 10 de Dezembro passa a ser condição.
considerado o Dia Nacional dos Direitos Humanos.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição polí-
Referências tica, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma
↑ Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, adoptada e pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem gover-
proclamada pela Resolução 217A (III) da Assembleia Geral das Nações no próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
Unidas, em 10 de dezembro de 1948.
↑ a b Natural rights. The Columbia Electronic Encyclopedia, 2005. Artigo III.
↑ Peter Jones. Rights. Palgrave Macmillan, 1994, p. 73
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
“a) o Estatuto adota regras de direito material em parte já reconhecidas em Neste novo cenário, a soberania estatal não é absoluta, de forma que,
outros tratados internacionais ratificados pelo Brasil, como é o caso da se determinado estado membro não adotar providências a fim de garantir
Convenção Americana de Direitos Humanos; b) estabelece ainda um os direitos humanos poderá ser pressionado ou obrigado pelas instâncias
mecanismo internacional de proteção a direitos humanos parecido com o internacionais. Neste ponto, trago à colação lição de Flávia Piovesan1 a
da Corte Interamericana de Direitos Humanos, cuja jurisdição já foi reco- respeito das características deste novo cenário:
nhecida pelo nosso país; c) e a própria Constituição Federal, no artigo 7º do “1ª) a revisão da noção tradicional de soberania absoluta do Estado,
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, explicita que o Brasil que passa a sofrer um processo de relativização, na medida em que são
propugnará pela formação de um Tribunal Internacional de direitos huma- admitidas intervenções no plano nacional, em prol da proteção dos direitos
nos”. humanos; permitem-se formas de monitoramento e responsabilização
internacionais, quando os direitos humanos forem violados (transita-se de
Por essas razões, podemos concluir que não há qualquer óbice constitu- uma concepção “hobbesiana” de soberania centrada no Estado para uma
cional quanto à aceitação da jurisdição do TPI pelo Estado brasileiro. concepção “kantiana” de soberania centrada na cidadania universal);
No entanto, para que o Estatuto venha a ter uma efetiva aplicação, será 2ª) a cristalização da ideia de que o indivíduo deve ter direitos protegi-
necessário que se faça uma Lei para implementar as normas nele contidas, dos na esfera internacional, na condição de sujeito de direito. Prenuncia-se,
estabelecendo procedimentos que permitam que o Estado brasileiro res- desse modo, o fim da era em que a forma pela qual o Estado tratava seus
ponda a todas as formas de cooperação exigidas pelo artigo 88 do referido nacionais era concebida como um problema de jurisdição doméstica, decor-
documento. rência de sua soberania.”
O sistema internacional de proteção dos direitos humanos é constituído
Segundo informações obtidas no site do Ministério da Justiça, o Brasil já por duas esferas: a esfera global, formada pela ONU, e a esfera regional,
possui um Anteprojeto de Lei, coordenado pelo Professor Tarciso Dal Maso constituída, no caso brasileiro, pela Organização dos Estados Americanos -
Jardim. O referido Anteprojeto está atualmente em poder do Ministro da OEA. Tais sistemas, e seus respectivos instrumentos específicos (tratados,
Justiça para apreciação e possíveis alterações. convenções, recomendações, etc.) não são estanques, antes disso, são
Referências: complementares, pelo que coexistem com o propósito de salvaguardar os
mesmos direitos, objetivando a máxima eficácia na tutela de proteção aos
[1] RAMOS, A C. O estatuto do Tribunal Penal Internacional e a Consti- direitos humanos.
tuição Brasileira. In CHOUKR, F.H.; AMBOS, K. Tribunal Penal Interna- Necessário frisar que o sistema internacional de proteção aos direitos
cional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p.246. humanos é dotado das características típicas de um modelo de prestação
jurisdicional, apresentando poderes de coerção e sanção destinados à
[2] RAMOS, A C. O estatuto do Tribunal Penal Internacional e a Consti- imposição de suas decisões aos Estados-membros transgressores.
tuição Brasileira. In CHOUKR, F.H.; AMBOS, K. Tribunal Penal Interna-
cional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p.260. No âmbito global, também conhecido como o Sistema das Nações Uni-
das de proteção dos direitos humanos, a justicialização operou-se com
[3] SANT’ANA, J.C.F. O Brasil e a execução de sentença da Corte Inte- ênfase na esfera penal, mediante a criação de Tribunais ad hoc e, posteri-
ramericana de Direitos Humanos. In ANNONI, D. Os novos conceitos ormente, do Tribunal Penal Internacional.
de novo direito internacional. Rio de Janeiro: América Jurídica, 2002, p.
Já nos sistemas regionais, a justicialização operou-se na esfera civil, a
254.
exemplo da atuação das Cortes europeia e interamericana. No âmbito da
OEA, o Pacto de San José previu dois órgãos processuais internacionais,
[4] PIOVESAN, F. A constituição Brasileira de 1988 e os Tratados
que são a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, com sede em
Internacionais de Proteção dos Direitos Humanos. In BOUCAULT, E.A.;
Washington DC (EUA), e a Corte Interamericana de Direitos Humanos, com
ARAÚJO, N. Os direitos humanos e o direito internacional. Rio de Janeiro:
sede em San José (Costa Rica). Enquanto a Comissão é um órgão político-
Renovar, 1999, p.128.
administrativo, com competência para, dentre outras funções, receber e
analisar petições individuais que contenham denúncias de violação aos
[5] PIOVESAN, F.; IKAWA, D.R. O Tribunal Penal Internacional e o
direitos humanos contra os Estados-partes, a Corte é um verdadeiro órgão
direito brasileiro. In FERRAZ, D.A.; HAUSER, D. A nova ordem mundial e
judiciário internacional, dotado de força jurídica vinculante e obrigatória.
os conflitos armados. Belo Horizonte: Mandamentos, 2002, p.2
Para que o Estado reconheça a competência contenciosa da Corte In-
O sistema internacional de direitos humanos teramericana, ele deve manifestar vontade expressa para tanto. No caso
Alan Saldanha Luck brasileiro, reconheceu-se a competência consultiva da Corte Interamericana
em 1992, ao ratificar o Pacto de San José, só aceitando a competência
Resumo: Investiga o sistema internacional de proteção dos direitos contenciosa em 1998, malgrado a Constituição Federal de 1998 já houves-
humanos em suas esferas global e regional, e a observância do seu conte- se previsto a formação de um “tribunal internacional de Direitos Humanos”,
údo pelo Estado brasileiro. na forma da diretriz dada pelo art. 7º do Ato das Disposições Constitucio-
O sistema internacional de direitos humanos surgiu a partir da criação nais Transitórias.
da Organização das Nações Unidas - ONU, em 24 de Outubro de 1945, e A incorporação dos tratados internacionais de proteção dos Direitos
do consequente estabelecimento de órgãos e instâncias voltadas à prote- Humanos no ordenamento jurídico brasileiro gera para o País a obrigação
ção dos direitos humanos. Com a posterior Declaração Universal dos de reconhecer a prevalência da norma internacional sobre a norma interna,
Direitos Humanos, proclamada em 10 de dezembro de 1948, que veiculava de forma que incorporada a norma alienígena ao ordenamento jurídico
verdadeiro código de princípios e valores universais a serem respeitados brasileiro, seja com status de lei ordinária ou de norma constitucional (art.
pelos Estados, materializava-se então a estrutura formal e material da 5º, §3º com redação dada pela EC 45/04), esta prevalecerá qualquer que
chamada “jurisdição” internacional, vocacionada à proteção dos direitos seja o grau hierárquico da norma conflitiva. Ademais, o poder constituinte
fundamentais da pessoa humana. derivado ou reformador brasileiro está sujeito à limitação consubstanciada
O marco temporal do movimento de internacionalização dos direitos em não fazer reformas à Constituição que vão de encontro com um preceito
humanos foi o pós-guerra, e os espólios da campanha nazista na Europa. de tratado internacional.
O marco ideológico foi a disseminação da ideia de que a proteção dos Neste sentido lecionam LUIZ FLÁVIO GOMES e VALERIO DE OLI-
direitos humanos não deve se reduzir ao domínio reservado do Estado, isto VEIRA MAZZUOLI2:
é, não deve ficar ao alvedrio exclusivo da competência nacional ou à juris-
1. A Magna Carta, de 1215, instituiu a separação dos poderes ao declarar 14.Constitui discriminação racial toda distinção, exclusão, restrição ou
que o funcionamento do parlamento, um órgão que visa defender os súdi- preferência que, fundada em raça, cor, descendência ou origem nacional
tos perante o rei, não pode estar sujeito ao arbítrio deste. ou étnica, objetive anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício,
em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais
( ) Certo ( ) Errado nos campos político, econômico, social, cultural, ou em qualquer outro
2.Os sistemas das minorias e de mandatos, criados no âmbito das Nações campo da vida pública ou privada, constituindo a prática do racismo crime
Unidas, garantiam que os habitantes pertencentes às minorias de determi- inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de detenção. (
nados países europeus enviassem petições ao Comitê de Minorias. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado Considerando que a Política Nacional de Direitos Humanos é respon-
3.A Declaração de Filadélfia é considerada a primeira carta política a atribu- sável pelo desenvolvimento de políticas públicas para a afirmação dos
ir aos direitos trabalhistas o estatuto de direito fundamental, juntamente direitos humanos na sociedade brasileira, assinale a opção correta
com as liberdades individuais e os direitos políticos. acerca dos programas nacionais de direitos humanos (PN-
DHs).(questão modificada)
( ) Certo ( ) Errado
15. A implementação do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos
4. A importância histórica do habeas corpus, de 1679, consiste no fato de visa fortalecer os direitos humanos como instrumento transversal das
que essa garantia judicial, instituída na Inglaterra para proteger a liberdade
Auto e Laudo Verifica-se que os exames de corpo de delito e as outras perícias são,
em regra, feitos por peritos oficiais, e na sua ausência o exame poderá ser
Conceitualmente há diferenças entre auto e laudo, na prática porém, feito por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior,
estas diferenças tendem a desaparecer. Exemplo típico de auto é o cha- escolhidas de preferência as que tiverem habilitação técnica, relacionada à
mado “auto de corpo de delito”. A vítima dirige-se ao plantão do Pronto natureza do exame. Os peritos não oficiais devem prestar o compromisso
Socorro Oficial e, ao ser atendida, já se abre o inquérito. Além do médico de bem e fielmente desempenhar o cargo (art. 159 CPP). Observe-se as
clínico, ali se encontra o legista, que dita ao escrivão suas observações partes não podem indicar perito, sendo procedimento privativo da autorida-
médico-legais. Faz-se, assim, simples relatório imediato, ditado e sem de policial ou judicial (art. 278 CPP). A iniciativa da perícia cabe tanto às
O uso das fotografias criminalísticas Preste atenção nos detalhes abaixo para se proteger:
As fotografias são primeiramente usadas na fase de investigação do
crime. São fotos de: impressões digitais, objetos da cena do crime, pega- Como agem? - Modus Operantis
das, cápsulas deflagradas para futura comparação de balística, armas
utilizadas pelo assassino, etc. - Atacam em locais públicos;
- Escolhem vítimas sozinhas;
Passando à fase do julgamento do crime, as fotografias são usadas di- - Os ataques são, em sua maioria, noturnos e durante finais de sema-
ante do juiz. O promotor ou advogado de acusação utilizam essas fotos na;- Abordam pedindo informação ou oferecendo algo atrativo;
para mostrar a crueldade e a frieza do criminoso para com a vítima. Tam-
bém é utilizada na defesa do réu, nos casos de legítima defesa Impressão digital
Um dos mais recentes métodos de detecção de impressões digitais é o
Laudos psicológicos vapor de cola (ou vapor de cianocrilato – Super Bonder). A amostra a ser
Este é o campo da Psicologia que trabalha os assuntos referentes à examinada é exposta ao vapor de cianocrilato por alguns minutos. A digital
Justiça. Uma ciência importantíssima na área de investigação criminal. aparece em leves contornos brancos visíveis a olho nu ou ao microscópio.
Mesmo assim, é praticamente desconhecida nos procedimentos da polícia
brasileira. Nos Estados Unidos o FBI conta com o Instituto do Comporta- Para quem não tem acesso a aparelhos específicos de detecção com
mento Humano, voltado especialmente para pesquisas nesta área. vapor de cola aqui vai uma receita caseira para fazer o sua própria detec-
ção. Se você não é da força polícial ou não tem um laboratório equipado à
Em agosto foi preso em São Paulo um assassino de série (serial killer) disposição não adiantará muito o experimento abaixo que é receitado pela
que ficou conhecido como "O maníaco do parque" ou "O caso motoboy". polícia norte-americana às delegacias que tem poucos recursos.
Um maníaco sexual que teve tempo de agir o suficiente para fazer, no
mínimo, seis vítimas e só foi detido graças a uma denúncia anônima. Pro- Você vai precisar de:
vando que a investigação, definitivamente, é o ponto critico para a solução
de um crime. Para tanto são necessários setores especializados em inves- - cola a base de cianocrilato (Super Bonder);
tigação e comprovar as denúncias anônimas. - uma folha de alumínio;
- uma fonte leve de calor;
Um psicólogo forense pode prever os passos do homicida do parque - uma caixa para servir de câmara para os objetos.
auxiliando os trabalhos da polícia. A divulgar o retrato falado do suspeito e
esperar uma denúncia são apenas fatores que auxiliam, e muito, a investi- A cola e o papel alumínio são encontrados em qualquer supermercado.
gação. A fonte de calor pode ser uma lâmpada de 60W (nunca use qualquer tipo
de chama, a cola poderá desprender vapores venenosos). A caixa pode ser
Aqui você vai conhecer como a psicologia decifra crimes e descobrir de papelão e ter um tamanho suficiente para conter em seu interior os
como se monta um complexo quebra-cabeças chamado comportamento objetos a serem examinados.
humano.
IV- Legislação Fiscal Por último, devemos estar atentos para a hipótese da segregação com-
pulsória. Nesse caso, a decisão da autoridade sanitário dispensa a avalia-
- Leis 7.713 e 8.541/92 - tratam do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica ção médico-pericial para a concessão da licença remunerado, devendo ser
e Pessoa Física, ai incluído o dispositivo (inciso XIV, art. 6.° da Lei utilizada para definir o tempo de afastamento e a liberação para retorno ao
7.713/88 e art. 47 da Lei 8.541/92) que isenta do pagamento de Imposto de trabalho.
Renda os proventos de aposentadoria de pessoas portadoras de seqüe-
las de acidentes do trabalho ou de doença constante da relação contida no Médico Perito
referido inciso, desde que comprovada em exame médico-pericial especi-
alizado. O médico que assume a especialidade de perícia médica deve ter boa
formação médica, manter-se atualizado com as diversas técnicas utilizadas
Existem, ainda, miríades de instrumentos legais, a nível estadual ou nas investigações médico-periciais, visando a conclusões seguras, e a-
municipal, cuja aplicação implica em avaliação médico-pericial. companhar a evolução da legislação que define os procedimentos nessa
área.
Ao tratarmos do atestado médico para abono de faltas ao trabalho, trans-
crevemos os dispositivos de leis ora citados, a titulo de esclarecimento Reiteramos que a aceitação da função pericial deve ser espontânea, sem
sobre as decisões a serem adotadas pelo médico perito. que isso implique renunciar as determinações judiciais, nem fugir do com-
promisso social assumido.
Capacidade e Incapacidade Laboral
Convém, entretanto, julgar-se impedido de realizar perícia medica em seu
O indivíduo é considerado capaz para exercer uma determinada atividade próprio paciente, seu parente, pessoa com que mantenha relação que
ou ocupação quando reúne as condições morfopsicofisiológicas compatí- possa vir a influir no livre julgamento pericial e nos casos em que se julgar
veis com o seu pleno desempenho. Não necessariamente implica ausência inseguro para emitir sua conclusão, em face do pouco domínio da especia-
de doença ou lesão. lidade médica a que se reportar o caso. Assim é que, por exemplo, um
exame de sanidade mental deve ser da competência privativa do psiquiatra,
Por outro lado, determinada limitação imposta por doença ou lesão que salvo se o médico indicado julgar-se competente par assumir a avaliação.
não o incapacita para uma certa função poderá impedi-lo de executar várias
outras. As condições morfopsicofisiológicas exigidas para o desempenho Nesse item, queremos destacar o papel do médico perito junto aos servi-
das tarefas de um comissário de bordo (aeronauta) não são as mesmas se ços de administração e assistência de pessoal das empresas e de órgãos
esse trabalho estivesse sendo executado no escritório da mesma empresa. públicos. Nas empresas organizadas, bem estruturadas e nas instituições
Conclui-se, portanto, que o exame de aptidão física e/ou mental e a avalia- da Administração Pública, de regra, essa tarefa e executada por médicos
ção médico-pericial realizada para a concessão da licença médica depen- com formação e especialização em medicina do trabalho, apoiados por
dem do conhecimento dos dados profissiográficos da atividade exercida ou outros profissionais especializados, como o enfermeiro, o assistente social
a exercer. A omissão de tais informações, muitas vezes, explica a ocorrên- e o psicólogo, que tornam o procedimento médico-pericial mais seguro e
cia de problemas que surgem entre o examinado e o médico perito, quando mais eficiente.
a conclusão pericial não corresponde à recomendação feita pelo médico
assistente. Como estabelecem a Lei 8.213/91, do Plano de Benefícios do Regime
Geral da Previdência Social e a Lei 8.112/90, do Regime Jurídico Único, a
Imaginemos a hipótese de três trabalhadores que apresentassem ao concessão da licença médica, nos períodos de até 15 dias, para os traba-
exame médico-pericial a mesma entidade mórbida - cegueira de um olho: lhadores filiados ao Regime Trabalhista e, por qualquer período, inclusive
um auxiliar administrativo, um motorista jovem e um motorista idoso, sem na ocorrência e invalidez, para os servidores públicos do Regime Estatutá-
outras experiências profissionais. Consolidada a lesão, isto e, após realiza- rio, é de responsabilidade e competência dos médicos que atuam junto aos
dos os tratamentos indicados, o primeiro trabalhador reunia condições para órgãos de pessoal.
retornar ao trabalho, sem restrições; enquanto o motorista jovem seria
reabilitado para nova ocupação, e o terceiro, o motorista idoso, dificilmente Como afirmamos, a concessão da licença é de sua inteira responsabili-
obteria êxito na mudança de atividade e terminaria por ser aposentado por dade, porquanto resulta de conclusão médico-pericial com base em exame
invalidez. A mesma entidade (a visão monocular) ensejaria a concessão do obrigatório. O atestado do médico assistente deve ser entendido como uma
benefício extremo (aposentadoria por invalidez) ao motorista idoso e ne- recomendação; como tal, não tem poder de decisão. Se sua conclusão
nhum benefício seria concedido ao auxiliar administrativo, não pela defici- coincide com a recomendação do médico atestante, tanto melhor, porém a
ência objeto da nossa hipótese. responsabilidade da decisão continua sendo do médico perito.
Embora se trate de conclusões médico-periciais simples e óbvias, depen- O exame médico-pericial deve ser registrado em formulário próprio,
dem, contudo, do conhecimento da legislação previdenciária e do acesso conclusivo, datado e assinado. As informações do setor médico-assistencial
às informações sobre a real ocupação exercida pelo examinado. devem ser juntadas ao prontuário do trabalhadora mesmo que a recomen-
dação do médico assistente não tenha sido acatada, no todo ou em parte.
Uma questão que deve ser considerada, quando da avaliação médico-
pericial, é o risco, para si próprio e para terceiros, que pode advir do exercí- O médico perito não deve admitir conclusão pericial insegura, para tanto
cio da ocupação. E o que pode ocorrer com o motorista epiléptico e a deve recorrer a exames subsidiários, pareceres de especialistas, relatórios
condução de um ônibus. Nessa hipótese, configura-se a existência de dos médicos assistentes ou pesquisas realizadas no prontuário do setor
incapacidade laborativa, embora o exame clínico e eventuais exames médico-assistencial.
subsidiários não a constatem. Situação semelhante ocorreria quando o
médico perito concluísse que o exercício da atividade desencadearia ou Já comentamos que a falta do atestado médico, incorreção ou omissões
Reiteramos que a conclusão médico-pericial tende a ser insegura, imper- Por sua vez, o desconhecimento pelo médico assistente de detalhes da
feito, se o médico perito não tem a formação exigida pela especialidade e legislação a que nos referimos, o que convençamos, não o torna menos
não pode contar com apoio de um serviço estruturado, de preferência com competente em sua área de atuação médica, entretanto faz com que as
equipe multidisciplinar e todos os recursos necessários a uma conclusão recomendações ingeridas no atestado possam não se identificar com as
legal, técnica e socialmente correta. exigências impostas na habilitação ao beneficio pretendido ou requerido
pelo trabalhador.
Nesse sentido, entendemos que o médico do trabalho é o que melhores
condições reúne para o desempenho da tarefa. Considerando que esse Por exemplo, um dedicado e hábil especialista, para exercer plenamente
especialista tem como função pericial monitorar os trabalhadores, em sua especialidade, não precisa saber que o conceito de "invalidez" para que
defesa de sua saúde, o surgimento da incapacidade laboral é tido como o segurado da Previdência Social habilite-se aos benefícios da Lei 8.213/91
uma intercorrência verificada no processo de seu monitoramento; nada não é o mesmo quando se trata da concessão do beneficio da Lei 6.179/74.
mais justo, mais técnico e social do que reconhecer o fato e adotar o pro-
cedimento mais adequado para o trabalhador, ou seja, a concessão da Visando a esclarecer as dúvidas quanto ao papel do atestado médico na
licença remunerado. concessão da licença de natureza médica, transcrevemos os dispositivos
legais que disciplinam a questão.
Junta Médica Oficial
Legislação Previdenciária
São dois ou mais médicos, geralmente três, investidos em função pericial, Lei 8 213/91, de 24 07.91, reproduz integralmente
mediante designação formal. A junta médica oficial poderá ser designada artigos das leis e regulamentos previdenciários anteriores.
pela autoridade administrativa do órgão a que estiver vinculada a pessoa a
ser periciada, o que ocorre na Administração Pública, ou pode ser nomeada
pelo juiz, quando entender que o parecer médico-pericial subsidiará seu - Seção V - Dos Benefícios
julgamento. Outrossim, esse recurso pode ser utilizado para atender dili-
gências do Ministério Público, entre outros de ocorrência menos freqüente. art. 42.
A junta médica oficial recebe missão especifica, visando a definir o nexo § 1º -"A concessão da aposentadoria por invalidez dependerá da verifica-
de causalidade objeto do julgamento, em nível judicial ou administrativo. ção da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a
cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas,
A junta deve reunir-se formalmente, em local, data e horário previamente fazer-se acompanhar de médico de sua confiança. " (grifo nosso)
estabelecidos, realizar o exame com a presença de todos os seus integran-
tes, inclusive dos assistentes técnicos (somente médicos), quando indica- § 2º -"A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao
dos pelas partes. Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá o direito à aposenta-
doria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de
O laudo ou relatório médico e a conclusão médico-pericial devem ser agravamento ou progressão da doença ou lesão."
datados e assinados pela junta e pelos assistentes técnicos. Quando hou-
ver divergência na conclusão, os pareceres discordantes serão apresenta- Art. 59 - O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumpri-
dos em separado. do, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar inca-
pacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de
A junta médica poderá recorrer a exames subsidiários, pareceres de 15 (quinze) dias consecutivos.
outros especialistas, informações contidas em prontuário médico, sempre
buscando melhor consistência em sua conclusão. Parágrafo único - Não será devido auxílio-doença ao segurado que se
filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou lesão
Atestado Médico para Abono de Faltas ao Trabalho e invocada como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade so-
Atestado de Aptidão Física e Mental brevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
O atestado para abonar faltas ao trabalho fornecido pelo médico assisten- Art. 60 - O auxílio-doença será devido ao segurado empregado e empre-
te a seu paciente, no caso de um trabalhador, tem motivado sérios desen- sário a contar do 16º (décimo sexto) dia do afastamento da atividade, e no
tendimentos, envolvendo o requerente do benefício, o médico perito da caso dos demais segurados a contar da data do início da incapacidade e
empresa, do Órgão público, da Previdência Social, e, às vezes, o próprio enquanto ele permanecer incapaz.
médico atestante e até as representações sindicais dos trabalhadores.
§ 1º - Quando requerido por segurado afastado da atividade por mais de
No entender do trabalhador e, por vezes, do próprio médico assistente, a 30 (trinta) dias, o auxílio-doença será devido a contar da data da entrada do
recomendação contida no atestado não pode deixar de ser atendida pelo requerimento.
médico perito, sob pena de se configurar o cometimento de delito ético e
infração legal. Se, por um lado, mostra que o documento seria sempre tido § 2º - O disposto no § 1º não se aplica quando o auxílio-doença for decor-
como incontestável, não permitindo outras avaliações sobre seu soberano rente de acidente de trabalho.
poder de decisão, do que deveria orgulhar-se a classe médica, por outro
lado, as legislações previdenciária e da administração pública não confir- § 3º - Durante os primeiros 15 (quinze) dias consecutivos ao do afasta-
mam o acerto desse entendimento. mento da atividade por motivo de doença, incumbirá a empresa pagar ao
segurado empregado o seu salário integral ou, ao segurado empresário, a
Já comentamos que nem sempre o médico assistente tem acesso às sua remuneração.
informações sobre as reais tarefas exercidas pelo trabalhador, sobretudo
determinadas peculiaridades inerentes às condições do trabalho e como se § 4º - A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou convênio,
realiza. Desse modo, por mais competente que seja a avaliação médica, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao
sem esse conhecimento torna-se impraticável aferir-se, com segurança, a período referido no § 3º, semente devendo encaminhar o segurado a perí-
capacidade ou incapacidade laboral do examinado. O trabalhador, ao omitir cia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar a 15
detalhes sobre a função que realmente exerce, poderá induzir o médico (quinze) dias.
que o atende a emitir parecer equivocado sobre a necessidade ou não do
afastamento. Quantas vezes atendemos um "motorista", conforme registro
Art. 204 - Findo o prazo da licença, o servidor será submetido a nova A Traumatologia Forense tem por objeto o estudo dos efeitos na
inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da pessoa das agressões físicas e morais, como também a determinação de
licença ou pela aposentadoria. seus agentes causadores. Este reconhecimento é feito através do exame
pericial na vítima, bem como no local do crime, denominado exame de
Em face da presente legislação, com abrangência no setor público e setor corpo de delito, o corpo do delito ao contrario do que muitos pensam não é
privado, o abono das faltas ao trabalho motivadas por incapacidade resul- apenas a vitima, mas todo o local e instrumentos utilizados para a pratica
tante de doença ou lesão acidentaria é da competência e atribuição do do delito, pelo qual se atribui a extensão dos danos provocados.
médico perito, especificamente designado para tal função. Exame pericial
Contudo, o atestado médico, embora não reuna, por si só, os elementos O exame deve ser requerido por autoridade legalmente competente (p.
suficientes para o abono das faltas, convém ao médico perito que o receba, ex., um delegado de polícia), dirigido a um médico legista competente (ou
retirar dele as informações que servirão de base a orientar seu trabalho. É órgão do qual o mesmo seja funcionário). Este requerimento deve conter
tecnicamente recomendável que a investigação pericial se inicie pela infor- alguns elementos imprescindíveis para a realização do laudo, tais como a
mação prestada pelo médico assistente do periciado. Melhor seria se o completa identificação da pessoa, a hora, local e finalidade do exame.
atestado contivesse, como regra geral, as seguintes informações sobre o O laudo pericial tem como norma geral uma narrativa contínua, que é
atendimento médico: registro, data, local, natureza (urgência, eletivo), feita à medida que o exame é realizado. Nele deve constar, de forma
diagnóstico (ou suspeitas), tratamento(s) realizado(s) e instrução sobre abreviada e sucinta, apenas constando-se o que for essencial, a narrativa
repouso. Restaria ao perito, após confirmados os elementos médicos dos fatos proferida pela vítima.
através da inspeção médica, proceder a análise profissiográfica em relação
à atividade exercida pelo examinando e emitir a conclusão sobre conces- O perito deve assinalar as lesões ou sua ausência (hipótese em que o
são ou indeferimento do pedido de benefício. Tal parceria, trabalho sintoni- perito esquivar-se de proceder a exame, expondo seus motivos), os locais
zado entre o médico assistente e o perito, respeitando-se a autonomia e tipos de lesão.
desses profissionais, honrará a instituição médica e zelará pelo direito do
Exame complementar
trabalhador.
Por diferir o Direito penal a natureza delituosa da lesão corporal
Até aqui, apenas fizemos referência ao papel do atestado médico, como consoante sua gravidade, é mister um exame suplementar, decorridos
um dos responsáveis por problemas que surgem em relação à prática trinta dias do fato. Neste exame o perito assinala a presença ou não das
médico-pericial de abonar faltas ao trabalho, em razão da doença ou lesão. sequelas da(s) lesão(ões), bem como o grau de incapacitação gerada por
Muitas dificuldades verificadas nessa área também podem ser imputadas a ela(s) na vítima.
avaliação médico-pericial imperfeito, incorreta ou equivocada, em razão da
desatenção do médico perito, ao deixar de praticar o ato em sua plenitude. Registros
Temos constatado, através de denúncias dirigidas ao CRM, que pedidos de
Se resultou em dano permanente ou perda ou inutilização de membro, As consequências das lesões leves são equimoses, escoriações e feri-
sentido ou função orgânica; das contusas, o percentual em relação ao total das lesões corporais é de
80%.
Se inabilitou a vítima ao trabalho, ou doença incurável ou, ainda,
deformidade; 3.2 - LESÃO GRAVE:
Se provocou aceleração de parto ou aborto. Lesão Corporal Grave ocorre quando o agente utiliza-se de culpa, a
vontade de causar e ofender à sua vitima, será considerada grave se
causar: Incapacidade para as ocupações habituais normais durante 30
A Medicina Legal é a área da Medicina onde são estudados os meios dias, ou Debilidade permanente de membros, sentido ou funções.
de auxiliar a justiça na elucidação dos fatos, que só podem ser desvenda-
dos com o conhecimento médico, sendo esta composta de regras médicas, A debilidade é a perda de força o enfraquecimento,resultado de um da-
jurídicas e técnicas, para realização de perícias, as quais irão elucidar a no anatômico ou funcional, portanto, as funções passíveis de debilitação
verdade sobre um fato em que a justiça está interessada em descobrir toda são as atividades de órgão ou aparelhos do corpo Huma-
a verdade. no.(rins,coração,olhos,ouvidos e mastigação).
O nosso tema de estudo são as lesões corporais, sendo esta uma das mais
A determinação legal encontra - se no § 1o do art.129, CP, que em
importantes, a Traumatologia Médico-Legal, chamada por doutrinadores de
seus incisos resultem em: I - incapacidade para as ocupações habituais,
Traumatologia Forense, tem vital importância, pois é responsável em forne-
por mais de 30 (trinta) dias; II - perigo de vida; IV - aceleração de parto:
cer elementos fundamentais que levam a compreender as causas que
produziram lesões a um individuo, analisa as características e o grau do O perigo de vida, antes não era considerada uma lesão grave, por a
dano causado, mostra qual a forma de energia , e os objetos utilizados . recuperação ocorrer menos de um mês, se enquadrando nas lesões leves,
com o advento do Código Penal de 1940 esta falha foi corrigida, sendo
1 – CONCEITO DE TRAUMATOLOGIA FORENSE: relacionado a gravidade com o risco que o paciente estaria correndo ,
decorrente da ofensa recebida.
A Traumatologia Médico Legal é responsável pelo estudo das lesões e
estados patológicos, que são produzidos na forma de violência sobre o Aceleração de Parto, trauma físico ou psíquico, existe a antecipação do
corpo humano, sendo elas recentes ou tardias, com maior interesse nas parto com expulsão do feto, desrespeitando o período fisiológico, quando
áreas, penais e trabalhistas, e menor na área cível. ocorrer o óbito fetal, e o resultado for aborto, a lesão transforma-se em
gravíssima.
Para Hélio Gomes, ¨ Estuda as lesões corporais, que são infrações
consistentes no dano ao corpo ou à saúde, física ou mental, e resultantes A perícia médica deve ser realizada logo após a lesão no menor espa-
de traumatismos, tanto materiais como morais". ço de tempo, e pode ser repetida após trinta dias, buscando constatar se a
vítima já está apta a exercer suas atividades e ocupações habituais.
O estudo da Traumatologia forense para FRANÇA (2008) é o ramo da
Medicina Legal que estuda a ação de uma energia externa sobre o orga- Para a doutrina, e essa é uma posição majoritária, a incapacidade ces-
nismo do indivíduo (FRANÇA, 2008), ou seja, é o estudo das lesões e sa quando a vítima reúne condições razoáveis de retomar suas ocupações,
estados patológicos, imediatos ou tardios, produzidos por violência sobre o sem que haja risco de agravamento da lesão.
corpo humano. Conforme estudos, as lesões causadas por fraturas, são as que mais
2 – CONCEITO DE LESÃO CORPORAL: incapacitam, alcançando período superior a trinta dias, com exceção das
fraturas nasais, onde a recuperação da vítima é menor.
É o que atinge a integridade física ou psíquica dos ser humano, repre-
sentam os elementos que determinaram o crime, determinadas legalmente 3.3 - LESÃO GRAVÍSSIMA:
no Código Penal Brasileiro no art.129 e parágrafos , são classificadas A definição doutrinária para lesões corporais de natureza gravíssima é
quanto a sua intensidade em : leve, grave e gravíssimas. decorrente do agravamento punitivo elencado no § 2o do art.129 do Código
Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa Penal brasileiro, e vinculam-se com as lesões que venham a causar: I -
incapacidade permanente para o trabalho; II - enfermidade incurável; III -
Sujeito passivo é o que padece da lesão. perda ou inutilização de membro, sentido ou função; IV - deformidade
permanente; V – aborto.
Para Nelson Hungria no Direito penal, a lesão corporal é "toda e qual-
As lesões com maior probabilidade de colocar em risco a vida da vítima
quer ofensa ocasional à normalidade funcional do corpo ou organismo
são:• Feridas penetrantes do abdômen e do tórax; • Hemorragias abundan-
humano, seja do ponto de vista anatômico, seja do ponto de vista fisiológico
tes; Estados de choque;Queimaduras generalizadas; • Fraturas de crânio e
ou psíquico".
da coluna vertebral, sendo assim, só cabe ao perito determinar se há risco
Para FRANÇA, (2008) as lesões corporais são, vestígios deixados pela que levem o paciente a morte por se tratar de um prognóstico médico.
ação da energia externa ou agente vulnerante, que podem ser , fugazes,
Debilidade permanente de membro, sentido ou função, ocorre quando
temporárias ou permanentes, podendo ser superficiais ou profundas.
há perda de força, o enfraquecimento, resultante de um dano anatômico ou
funcional. Inclui-se ainda nesta categoria a perda de um ou dois dedos, os
Sangue escuro e líquido (exceções da morte por monóxido de carbono) É produzida pelo impedimento da passagem de ar respirável por meio
direto ou indireto de obstrução
Congestão polivisceral (principalmente fígado e mesentério)
Direto à oclusão dos orifícios ou dos condutos respiratórios. Existem as
Distensão e edema do pulmões seguintes modalidades: Sufocação da boca e das foças nasais e sufocação
direta por oclusão das vias respiratórias.
CLASSIFICAÇÃO Indireta à compressão, em grau suficiente do tórax e abdome que im-
pede os movimentos respiratórios. É sempre acidental ou criminosa, um
Asfixias puras à manifestadas pela anoxemia e hipercapnéia: dos sinais mais importantes é a mascara equimótica, produzida pelo reflexo
sangüíneo da veia cava superior em face da compressão torácica.
Asfixia em ambientes por gases irrespiráveis:
Soterramento
a.1) Confinamento
Obstrução das vias respiratórias por terra ou substâncias pulverulentas.
a.2) Asfixia por monóxido de carbono É, na sua maioria, acidental e, muito raramente, homicida ou suicida.
a.3) Asfixia por outros vícios de ambiente O diagnóstico se fez pelo estudo dos comemorativos e do local, pela
Obstaculação à penetração do ar nas vias respiratórias: presença de substâncias estranhas, sólidas ou semi-sólidas, principalmente
pulverulentas, no estômago e esôfago e, ainda, pelos sinais gerais de
b.1) Sufocação direta asfixia.
b.2) Sufocação indireta Afogamento
Afogamento É um tipo de asfixia mecânica, produzida pela penetração de um meio
líquido ou semilíquido nas vias respiratórias, impedindo a passagem do ar
Soterramento
até os pulmões.
Asfixias Complexas à Constrição das vias respiratórias com anoxemia
Pode ser acidental, suicida ou homicida.
e excesso de gás carbônico, interrupção por compressão dos elementos
nervosos do pescoço: A morte por afogamento dividi-se em três fases: Fase de defesa, fase
de resistência e de exaustão.
Enforcamento
Tourdes descreve três períodos no afogamento experimental com ani-
Estrangulamento
mais: Período de resistência ou de dispnéia, período de grandes inspira-
Asfixias Mistas à Em que se confundem e se superpõem em graus va- ções e convulsões e período de morte aparente.
riados, os fenômenos circulatórios respiratórios e nervosos (esganadura)
Sinais característicos do afogado:
ESTUDO ESPECÍFICO DAS ASFIXIAS MECÂNICAS
Sinais externos:
mancha verde de putrefação; Chama-se de suspensão típica ou completa aquela em que o corpo fica
sem tocar em qualquer ponto de apoio e suspensão atípica ou incompleta,
lesões postmortem produzidas por animais aquáticos; se apoiado pelos pés, joelhos ou outra parte qualquer do corpo.
Sinais internos à podem ser de dois tipos: Evolução
A – Lesões internas determinadas pela presença de líquido no interior A morte por enforcamento pode surgir rápida ou tardiamente, depen-
das vias respiratórias: dendo das lesões locais ou a distância.
presença de líquido nas vias respiratórias; Na evolução do enforcamento estudaremos:
presença de corpos estranhos no líquido das vias respiratórias dos a- Fenômenos apresentados durante o enforcamento – o enforcamento
fogados;
se desenvolve em três períodos:
lesões dos pulmões;
Período inicial – Começa quando, pela constricção do pescoço, leva à
diluição do sangue; sensação de calor, zumbidos, sensações luminosas na vista e perda da
consciência produzidos pela interrupção da circulação cerebral.
presença de líquidos no ouvido médio;
Segundo Período – Caracteriza-se pelas convulsões e excitação do
B – Lesões na base do crânio:
corpo provenientes dos fenômenos respiratórios, pela impossibilidade de
hemorragia temporal; entrada e saída de ar, diminuindo o oxigênio (hipoxemia) e aumentando o
gás carbônico (hipercapnéia). Associados a pressão do feixe vásculo-
hemorragia etmoidal; nervoso, comprimindo o nervo vago.
C – Sinais gerais de asfixia Terceiro Período – Surgem sinais de morte aparente, até o apareci-
à Putrefação mento da morte real, com cessação da respiração e circulação.
O cadáver retirado da água sofre, com o ar atmosférico, uma acelera- 2. Fenômenos da Sobrevivência – Há alguns que, ao serem retirados
ção do fenômeno putrefativo. ainda com vida, morrem depois sem voltar à consciência devido ao grande
sofrimento cerebral pela anóxia. Em outros casos, mesmo recobrando a
à Flutuação consciência, tornam-se fatais algum tempo depois. Finalmente, há os que
Numa primeira fase, em virtude da densidade do corpo ser sempre sobrevivem com uma ou outra desordem.
maior que a do líquido de submersão, a tendência do cadáver é ir para o Estas manifestações podem ser locais ou gerais:
fundo. Numa Segunda fase, com o aparecimento do gases da putrefação, o
cadáver flutuará. Na terceira fase, com a rotura dos tecidos moles e o Locais: o sulco, tumefeito e violáceo, escoriando ou lesando profunda-
esvaziamento dos gazes, a densidade do corpo volta a prevalecer sobre a mente a pele. Dor, afasia e disfagia relativas à compressão dos órgãos
da água e verifica-se a Segunda imersão. Finalmente, numa quarta fase, cervicais e congestão dos pulmões.
muito mais adiante, com a evolução para a adipocera, diminuindo o peso Gerais: são referentes aos fenômenos asfíxicos e circulatórios, levan-
específico do corpo, o cadáver voltará a superfície, ocorrendo a Segunda do, às vezes, ao coma, amnésia, perturbações psíquicas ligadas à confu-
flutuação. são mental e à depressão; paralisia da bexiga, do reto e da uretra.
à Causas jurídicas de morte por afogamento Tempo necessário para a morte no enforcamento – varia de acordo
Em muitas oportunidades, a tarefa de determinar se o afogamento foi com aspectos pessoais e circunstanciais. A morte poderá ser rápida, por
causado por homicídio, suicídio ou acidente passa a ser mais importante. inibição, ou levar de 5 a 10 minutos, conforme se observa em enforcamen-
Essa é uma questão, todavia, que nem sempre pode ser respondida pelos tos judiciais.
legistas e sim pela perícia criminal. Lesões Anátomo-Patológicas
Enforcamento Na morte por enforcamento, a ação do laço sobre o pescoço nos per-
O enforcamento é uma modalidade de asfixia que se caracteriza pela mite estudar:
interrupção do ar atmosférico até as vias respiratórias, em decorrência da Aspecto do Cadáver – a posição da cabeça sempre se mostra voltada
constricção do pescoço por um laço fixo, agindo o peso do próprio corpo
como força ativa. para o lado contrário do nó, fletida para diante com o mento tocando
É mais comum nos suicídios, podendo, no entanto, Ter como etiologia o tórax.
o acidente, o homicídio e a execução judicial.
A face pode apresentar-se branca ou arroxeada, e as equimoses são
Modo de Execução raras. Assinala-se a presença de líquido ou espuma sanguinolenta pela
boca e narinas. A língua é cianótica e sempre está projetada além das
Há certas formas de enforcamento que seguem uma orientação deter- arcadas dentárias. Olhos protusos e pavilhão auricular violáceo, surgindo
minada, devendo-se considerar: a natureza e disposição do laço, o ponto ocasionalmente otorragia.
de inserção superior e o ponto de suspensão do corpo.
No enforcamento completo, os membros inferiores estão suspensos, e
O laço que aperta o pescoço pode ser de várias naturezas: cordas, cin- os membros superiores, colados ao corpo, com os punhos cerrados mais
tos, fios de arame, lençóis, punhos de rede, gravatas, correntes, cortinas e
Medicina Legal 21 A Opção Certa Para a Sua Realização
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ou menos fortemente. Na forma incompleta, os membros assumem as mais São sinais encontrados nas asfixias em geral, como congestão polivis-
variadas posições. ceral, sangue fluido e escuro, pulmões distendidos, equimioses viscerais e
espuma sanguinolenta na traquéia e nos brônquios.
Sinais Externos – Sulco do pescoço (mais importante), pode ser único,
duplo, triplo ou múltiploa dpender do número de voltas; situa-se na porção Mecanismo da Morte por Enforcamento:
superior do pescoço e depois desliza para o ponto de apoio da cabeça,
dirigindo-se em sentido do nó, obliquamente, de baixo para cima e de Morte por asfixia mecânica
diante para trás (sulco típico). A consistência e a tonalidade do leito do Morte por obstrução da circulação
sulco variam com a consistência do laço, e a sua profundidade varia com a
espessura do laço. Morte por inibição devido à compressão dos elementos nervosos do
pescoço.
Sinais encontrados nos sulcos dos enforcados:
Estrangulamento
Sinal de Ponsold – livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo
das bordas do sulco. No estrangulamento, a morte se dá pela constricção do pescoço por
um laço acionado por uma força estranha, obstruindoa passagem do ar aos
Sinal de Thoinot – zona violácea ao nível das bordas do sulco. pulmões, interrompendo a circulação do sangue ou encéfalo e comprimindo
Sinal de Azevedo Neves – livores punctiformes por cima e por baixo os nervos do pescoço. Nesse tipo de morte ao contrário do enforcamento, o
das bordas do sulco. corpo da vítima age passivamente.
Sinal de Neyding – infiltrações hemorrágicas punctiformes no fundo do O mais comum é estrangulamento-homicídio, principalmente quando a
sulco. vítima é inferior em forças ou é tomada de surpresa. Contitui uma forma,
não muito rara, de infanticídio.
Sinal de Ambroise Paré – pele enrugada e escoriadado fundo do sulco.
Sintomatologia:
Sinal de Lesser – vesículas sanguinolentas no fundo do sulco.
No estrangulamento, os sintomas são variados conforme a sua manei-
Sinal de Bonnet – marcas da trama do laço. ra: lenta, violenta ou contínua.
Sinais Internos – são em grande número podendo ser divididos em: Normalmente, o estrangulamento passa por três períodos: resistência,
perda da consciência e convulsões, asfixia e morte aparente. Depois, surge
Sinais Locais: a morte real.
Lesões da parte profunda da pele e da tela subcutânea do pescoço – Estudaremos a seguir os sinais externos e internos.
caracterizadas por sufusões hemorrágicas da parte profunda da pele e da
tela subcutânea. Sinais Externos:
Lesões dos vasos – sinal de Amussat(secção de túnica interna da caró- Aspecto da face e do pescoço – A face mostra-se tumefeita e violácea;
tida comum), sinal de Étienne Martin (secção da túnica externa da carótida os lábios e orelhas arroxeados, podendo surgir espuma rósea ou sanguino-
comum), sinal de Friedberg (sufusão hemorrágica da túnica externa da lenta das narinas e boca. A língua se projeta além das arcadas e é extre-
carótida comum), sinal de Lesser (rotura da túnica íntima da carótida inter- mamente escura. Equimoses de pequenas dimensões na face, nas conjun-
na ou externa) e sinal de Ziemke (rotura da túnica interna das veias jugula- tivas, pescoço face anterior do tórax.
res).
Sulco – Quanto mais consistente e duro for laço, constante é o sulco.
Lesões do aparelho laríngeo – fraturas das cartilagens tireóide e cricói- Pode ser único, duplo ou múltiplo. A direção é no sentido horizontal, po-
de, e do osso hióide. dendo ser ascendente ou descendente. Sua profundidade é uniforme e não
há descontinuidade, podendo verificar-se a superposição do sulco onde a
Lesões da coluna vertebral – fraturas ou luxações da coluna cervical, parte do laço se cruza. As bordas são cianóticas e elevadas, e o leito é
no caso de queda brusca do corpo. deprimido e apergaminhado.
Sinais dos Planos Profundos do Pescoço: Sinais Internos:
Os sinais mais comumente descritos na literatura sobre enforcamento Lesões dos planos profundos do pescoço:
são:
Infiltração hemorrágica dos tecidos moles do pescoço.
Musculares – infiltração hemorrágica dos músculos cervicais (sinal de
Hoffman-Haberda) rotura transversal, e hemorragia do músculo tiro-hioídeo Lesões da laringe.
(Sinal de Lesser).
Lesões das artérias carótidas.
Cartilagens e Ossos – hióide – fratura do corpo ( sinal de Morgagni-
Valsalva-Orfila-Röemmer); tireóide – fratura das apófises superiores (sinal Lesões a distância.
de Hoffman); fratura do corpo (sinal de Helwig); e cricóide – fratura do corpo Fisiopatologia:
(sinal de Morgagni-Valsalva-Depez).
Na morte por estrangulamento três são os fatores que interferem:
Ligamentos – rotura dos ligamentos tireoídeo e cricoídeo (sinal de
Bonnet). Asfixia – resulta da interrupção da passagem de ar até os pulmões pela
constricção do pescoço comprimindo a laringe.
Vasculares – já foram citados acima.
Compressão dos vasos do pescoço – compromete mais as veias jugu-
Neurológicos – rotura da bainha mielínica do vago (sinal de Dotto). lares que as artérias carótidas, e estas menos que as vertebrais, fazendo
Vertebrais – fratura da apófise adantóide do áxis (sinal de Morgagni); com que o sangue do segmento cefálico fique bloqueado.
fratura do corpo de C1 e C2 (sinal de Morgagni), luxação da Segunda Compressão dos nervos do pescoço.
vértebra cervical (sinal de Ambroise Paré).
Histodiagnóstico Panorâmico do Pescoço:
Faríngeos – equimoses retrofaríngeas (sinal de Brouardel-Vibert-
Descoust). Epiderme – os sulcos produzidos por laços finos e duros mostram:
Laríngeos – rotura das cordas vocais (sianl de Bonnet). bordas do sulco cortadas a pique e o plano epidérmico infiltrado por
uma camada de sangue recente;
Sinais à Distância:
destacamento e "desfibrilação" da camada interna subendotelial; A maior parte das definições que têm sido feitas com relação à
morte podem ser chamadas de definições negativas, porquanto se expres-
Veias Jugulares Interna e externa: sam pela via da exclusão. Por outras palavras, diz-se que ocorre morte toda
achatamento e diminuição da luz do vaso. vez que não ocorrem certos e determinados fenômenos ditos vitais (SCI-
GLIANO et al., 1989).
Nervo Vago:
Desde o ponto de vista estritamente jurídico até que conceituar a
hemorragia periférica do epineuro; morte não é difícil: "é a extinção do sujeito de direito". Ou, como nô-lo diz
ROJAS (1966): "é o termo legal da existência civil da pessoa".
infiltração hemática constituída por hemácias mais ou menos abundan-
tesnos septos e interstícios; Tampouco o é desde o ângulo médico: morte é a cessação da vida.
Há de se ter presente, contudo, que isto, mais que uma definição é um
rotura do epineuro nos casos mais violentos. simples prognóstico de irreversibilidade de um processo: a vida não mais
Linfonodos: há de retornar.
raramente mostram-se deformados; E assim pode-se, licitamente, questionar em que consiste essa vida
que não mais há de retornar ? E, por conseguinte, qual é o instante em que
aparecem infiltrados por sangue recente. o caminho se torna unidire cional e sem retorno, podendo-se falar em
Esganadura morte ?
É a constricção do pescoço pelas mãos obstruindo a passagem do ar Preliminarmente, mister esclarecer que pelo próprio contexto da
pelas vias respiratórias até os pulmões. É sempre homicida. matéria que estamos analisando, nos referimos à vida no caso do homem,
isto é, do ser humano. Não é que esta seja diferente dos demais sistemas
Sintomatologia: viventes na sua essência; todavia, ela oferece um inegável "plus" de sofisti-
cação intelectiva que lhe permite relacionar-se com os demais seres con-
Este tipo de morte pode ser por asfixia, como por inibição, devido à
gêneres.
compressão dos elementos nervosos do pescoço. A esganadura vem
sempre acompanhada de outras lesões, principalmente traumáticas. É desta maneira que, como qualquer sistema vivente, o ser huma-
no exibe intensa negantropia, isto é, é capaz de estabelecer a sua ordem
Estudaremos os seguintes sinais a seguir:
ou, por outras palavras, lutar contra a tendência natural do Universo a
Sinais Externos a Distância – cianose da face, congestão das conjunti- aumentar a entropia, às expensas do constante suprimento de energia. Isto
vas, equimoses punctiformes da face e do pescoço. é o que lhe permite ser mais organizada e, ao mesmo tempo, é isto, tam-
bém, o que, na medida em que aumenta a sua complexidade, a torna mais
Sinais Externos Locais – os mais importantes são produzidos pelas u- instável (PAULETE VANRELL, 1973).
nha do agressor, de forma semilunar, apergaminhados, de tonalidade
pardo-amarelada, conhecidos como estigmas ou marcas ungueais. Podem É curial que, como parte dessa instabilidade, na ausência do su-
surgir escoriações. primento energético necessário, o caminho inverso é inexoravelmente
percorrido, levando ao progressivo aumento de entropia, isto é à disgrega-
Sinais Locais Profundos – são os seguintes: ção e à desorganização total.
Infiltrações hemorrágicas das estruturas profundas do pescoço.
É por isso, que com a destruição do nível de complexidade mais A duração deste estado foi um dos elementos que mais aguçou a
elevado - os neurônios ou a sua somatória, o Sistema Neural - acabamos curiosidade dos pesquisadores. Historicamente, surgiram opiniões das mais
por verificar uma verdadeira desintegração da personalidade, aumento de díspares, indo desde alguns minutos até dias de morte aparente.
entropia do sistema, que se trasuntará na sua morte. A causalidade permite distinguir as seguintes formas de morte apa-
1. Morte Real rente:
O conceito de morte, interessando a áreas tão diversas das ciên- Sincopal. É a mais freqüente das causas, resultando, em geral, de
cias biológicas, jurídicas e sociais, está longe de ter um consenso quanto uma perturbação cardiovascular central e/ou periférica, bem como por
ao momento real de sua ocorrência. É que a morte, observada desde o perturbações encefálicas e/ou metabólicas.
ponto de vista biológico, e atentando-se para o corpo como um todo, não é Histérica (Letargia e Catalepsia). As crises histéricas ocupam o se-
um fato único e instantâneo, antes o resultado de uma série de processos, gundo lugar em freqüência na produção de estados de morte aparente. O
de uma transição gradual. termo genérico letargia designa todos os estados de sopor de longa dura-
Com efeito, levando-se em consideração a diferente resistência vi- ção, acompanhados de perda de movimentos, sensibilidade e consciência,
tal das células, tecidos, órgãos e sistemas que integram o corpo à privação que podem ser confundidos com a morte real.
de oxigênio, forçoso é admitir que a morte é um verdadeiro "processo Asfíctica. É também uma das causas assaz freqüente de morte a-
incoativo", que passa por diversos estágios ou etapas no devir do tempo. parente. Manifesta-se sob duas formas: mecânica, quer com via aérea livre,
Cada campo do conhecimento e cada ramo da medicina acabaram quer com via obstruída, e não mecânica, asfixia de utilização ou histotóxica
por tomar um momento desse processo, adotando-o como critério definidor (absorção de CO, cianuretos e venenos meta-hemoglobinizantes).
de morte. A Medicina Legal teve de adotar uma determinada etapa do Tóxica. Compreende a anestesia e a utilização de morfina ou ou-
citado processo como o seu critério de morte e, para tanto, optou pela tros alcalóides do ópio (heroína) em doses tóxicas.
etapa da morte clínica.
Apopléctica. É causada pela congestão (ingurgitação) e hemorragia
Até não há muito tempo, uma das grandes questões era poder de- no território de uma artéria encefálica (em geral a lentículo-estriatal). É mais
terminar se uma pessoa, realmente, estava morta ou se se encontrava em freqüente em pacientes com antecedentes de hipertensão arterial essenci-
um estado de morte aparente. Tudo isto visando evitar a inumação precipi- al, mas também pode observar-se em outros quadros:
tada, que seria fatal nesta última situação. O fato assumiu tal importância
Medicina Legal 24 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Traumática. Que ocorre em casos em que se produzem outros efei- Morte Natural
tos gerais simultâneos, como:
Morte Violenta: homicídio, suicídio, acidente
Elétrica (por eletroplessão ou fulguração). Pode observar-se nos a-
tingidos por descargas de eletricidade comercial e que sobrevivem, que- Morte Duvidosa: súbita, sem assistência, suspeita
dando em um estado de morte aparente. A mesma coisa pode ser vista em 5. Morte Natural
pessoas afetadas pela indução de descargas de eletricidade natural (quero-
aurântica) - fulguração - em uma área de 30 a 60 metros de diâmetro, em É aquela que sobrevém como conseqüência de um processo espe-
torno do ponto da faísca. rado e previsível como, por exemplo, com o decorrer do tempo, quando é
de se prever que o envelhecimento natural, com o esgotamento progressivo
Térmica (termopatias e criopatias). A morte aparente, nestes casos, das funções orgânicas, que se acompanham de processos de involução,
sobrevém quando falham os mecanismos de regulação da temperatura esclerose e atrofia de órgãos e sistemas, levará à extinção da vida.
corporal decorrentes de um desequilíbrio no nível de combustão intraorgâ-
nica. As termopatias soem ocorrer nos casos de "golpes de calor" hipertér- Em outros casos, o óbito é um corolário de uma doença interna,
micos ou de hiperpirexia, com retenção calórica. É uma ocorrência mais aguda ou crônica, a qual pode ter acontecido e transcorrido sem a interven-
freqüente no verão ou em regiões com altas temperaturas e elevada taxa ção de qualquer fator externo ou exógeno. É evidente que, "strictu senso", a
de umidade relativa ambiente, em pessoas com patologias pré-existentes causa do óbito não é "natural" e sim patológica, isto é, como conseqüência
ou sem elas, velhos e crianças, mais sensíveis ao calor. Também podem de uma doença ou de uma degeneração. Todavia, o uso habitual do termo,
observar-se com freqüência em certas atividades ou profissões submetidas considera este tipo de morte como "natural", uma vez que tanto a sua
à intermação (mineiros, foguistas, caldeireiros, cozinheiros etc.) e na intoxi- causa, quanto o seu desenlace, soem ocorrer de forma espontânea, como
cação anfetamínica. evolução natural e previsível do processo mórbido.
A morte aparente por criopatia ocorre quando há hipotermia global 6. Morte Violenta
aguda. Observa-se com freqüência em ébrios que dormem ao relento, nos No extremo diametralmente oposto das mortes naturais, encontra-
quais a vasodilatação periférica aumenta a perda calórica, facilitando a mos as mortes de causa violenta: homicídios, suicídios e acidentes. Nestes
hipotermia; também nas crianças desabrigadas na época invernal; nos casos, muito embora a causa final do decesso possa ser previsível, e. g.
acidentes com queda das vítimas ao mar (pilotos, náufragos); e até por anemia aguda por hemorragia aguda traumática, na gênese do processo e
causa iatrogênica (transfusões de sangue frio). O estado de morte aparente como causa primeira, existe a violência (lat. violentia, e este de vis, força),
pode instalar-se quando a temperatura central diminui abaixo dos 32ºC. isto é, um fenômeno no qual, de uma ou outra forma, interveio a força como
Causas gerais. A morte aparente pode observar-se em algumas causa desencadeante.
formas terminais de cólera, na eclâmpsia durante o período comatoso, e em Estas são também denominadas mortes médico-legais, porquanto
algumas formas de epilepsia. no seu estudo e apreciação, deve mediar a intervenção médica e judicial,
Quanto à Rapidez: ambas agindo em benefício da segurança coletiva e como tutela dos bens
jurídicos da sociedade.
morte rápida
7. Morte Duvidosa: Morte Súbita
morte lenta
Como já vimos, denomina-se morte súbita aquela que, pela brevi-
3. Morte Rápida dade de instalação do processo - desde segundos até horas - não possibili-
Denomina-se morte rápida ou súbita aquela que, pela brevidade de ta que seja realizada uma pesquisa profunda e uma observação clínica
instalação do processo - desde segundos até horas - não possibilita que mais demorada, hábil a ensejar um diagnóstico com certeza e segurança.
seja realizada uma pesquisa profunda e uma observação acurada da Tampouco oferece chances para poder instituir um tratamento adequado e,
sintomatologia clínica, hábil a ensejar um diagnóstico com certeza e segu- é por isso que toma ao paciente, sua família e relações, de surpresa. O
rança, nem poder instituir um tratamento adequado e, muitas vezes, sequer termo morte súbita tem uma dupla conotação:
elidir se houve ou não violência. 1) objetiva, a rapidez com que ocorre o óbito,
Muita polêmica tem sido criada em torno da valoração da duração 2) subjetiva, caráter inesperado, inopinado, com que se dá o de-
do período pré -mortal, isto é, do lapso transcorrido entre a ação da causa cesso.
desencadeante e a morte propriamente dita.
Existem três critérios hábeis para definir uma morte como inopina-
/ da, a saber:
4. Morte Lenta período pré-mortal - ou seja a rapidez entre a causa desencadean-
Recebe o nome de morte lenta ou agônica aquela que, em geral, te e o óbito - estimado de minutos a horas é aquele que, por sua brevidade,
vem de maneira esperada, devagar, significando a culminação de um não permite identificar uma sintomatologia clínica utilizável para um diag-
estado mórbido, isto é, de uma doença ou da evolução de um traumatismo. nóstico seguro, nem realizar um tratamento de acordo ou descartar uma
violência.
Afora as características e dados que eventualmente aflorem do e-
xame perinecroscópico, alguns dos quais podem apontar para morte rápida Estado de saúde prévio ou curso de uma doença não grave, inca-
- como, e. g. espasmo cadavérico - outros também podem orientar no paz de levar ao óbito em prazo breve. A morte, assim, é inesperada. O
sentido de uma morte lenta, demorada, ponto final de uma longa agonia, tal "inopinado" do fato é o que levanta a dúvida.
o caso da emaciação, da caquexia, da presença de extensas escaras de Aspecto de morte natural, sem elementos de violência.
apoio, entre outros.
Destarte, a morte súbita ou inesperada, implica na morte de um
Contudo, desde o ponto de vista médico-legal, e em persistindo dú- sujeito em bom estado de saúde aparente, com agonia breve e que, pelo
vidas, o diagnóstico diferencial entre morte rápida e morte lenta, se baseia seu caráter inopinado, desperta dúvidas médico-legais quanto à sua causa
em docimasias químicas ou histoquímicas, isto é, na pesquisa do glicogê- jurídica.
nio e da glicose no fígado, e na constatação da adrenalina ou do pigmento
feocrômico nas supra-renais. As várias provas que existem em tal sentido Como se vê, pois, a morte pode ser súbita, mas esperada, isto é,
se embasam no maior consumo ou gasto de citadas substâncias durante o pode encontrar-se dentro das previsões de quem conhecesse o real estado
demorado processo agônico, gasto este que se não observa, dada a rapi- de alguma patologia da qual a vítima fosse portadora, e. g. úlcera péptica,
dez do processo, na morte súbita. não tratada, que se perfura causando hemorragia fulminante. Tal caso,
muito embora possa ser rotulado de morte súbita, também foge, completa-
Quanto à Causa: mente, da alçada médico-legal.
Causa Indeterminada da Morte: São aqueles casos em que, nem É com apoio nestes dois tipos de fenômenos que se estabelece-
as informação colhidas, nem os achados da necropsia, apontam para uma ram, desde a antigüidade, os critérios de realidade da morte (provas da
causa provável que determinara a morte. Daí que se diga que a morte morte), que podem ser circulatórios, respiratórios, químicos, dinamoscópi-
resultou de causa indeterminada. Corresponde as denominadas coloquial- cos e neurológicos:
mente de autópsias brancas. Provas Circulatórias
Causa Violenta da Morte: Quando os achados da necropsia, reali- Baseiam-se na pesquisa da parada circulatória: pela ausculta
zada em um suposto caso de morte natural súbita e inesperada demons- (Bouchut), pelo fundo de olho, pela oscilação de uma agulha implantada no
tram que, mesmo na ausência de dados de anamnese ou de sinais exter- coração (Middeldorff), pela cianose ao ligar um dedo (Magnus); pela falta
nos de violência, o exame necroscópico acaba revelando uma causa vio- de batimentos na radioscopia de tórax (Piga), pelo eletrocardiograma
lenta. (Guérin e Fache), pela sucção com ventosa escarificada (Boudimir e La-
8. Morte Duvidosa: Morte sem Assistência vasseur), pela hiperemia conjuntival pelo éter (Halluin) ou pela dionina
(Terson), pelo não aparecimento de flictena pela aproximação de uma
As maiores dúvidas que suscita este tipo de óbito se relacionam chama (Ott), pela não distribuição da fluoresceína injetada intravenosa
com o fato de ocorrer sem testemunhas, em locais isolados ou em pessoas (Icard), pela perda da turgência dos globos oculares (Stenon-Louis), pela
que moram sozinhas ou, pelo menos, que no momento da morte não havia medição da radioatividade no "clearance" de Xe133 na córtex cerebral.
ninguém na residência, e que tampouco procuraram por auxílio.
Provas Respiratórias
Nestas circunstâncias, não há qualquer orientação diagnóstica e
via de conseqüência deverá proceder-se à necropsia como forma possível Baseiam-se na pesquisa da parada respiratória: pela ausência de
de determinar a "causa mortis", tanto médica quanto jurídica, elucidando se murmúrio vesicular na ausculta, pela ausência de mobilidade de uma
se trata de morte de causa natural ou foi produzida mediante violência. superfície líquida, pela ausência de embaçamento de um espelho colocado
na frente da boca ou narinas (Winslow).
Por estas razões, a medida mais correta, é proceder ao exame ne-
croscópico, incluindo o exame toxicológico das vísceras, desde que ne- Provas Químicas
nhuma outra causa de morte natural exsurja, quer da perinecroscopia, quer Baseiam-se na pesquisa de substâncias ou modificações que se o-
da própria necropsia. riginam das fases iniciais da decomposição cadavérica: pela eliminação de
9. Morte Duvidosa: Morte Suspeita ácido sulfídrico gasoso (Icard), pela oxidação ou fosqueamento de uma
agulha de metal (Cloquet-Laborde), pelo aumento da acidez tecidual (Asca-
Rotula-se como morte suspeita aquela que, mesmo com testemu- relli, Silvio Rebello, Lecha-Marzo, De Dominicis).
nhas, e com alguns dados de orientação diagnóstica, se mostra duvidosa
quanto à sua origem, logo desde a investigação policial sumária, quer por Provas Dinamoscópicas
atitudes estranhas do meio ambiente, quer por indícios que impedem Baseiam-se na ausência de movimentos ou respostas dinâmicas
descartar de plano a violência (possibilidade de intoxicação, presença de de defesa: pela ausência de vibração pulsátil (Collongest), pela falta de
ferimentos etc.). reação à injeção subcutânea de éter (Rebouillat), deformação persistente
Sua freqüência é bastante elevada, e de acordo com estatística re- da pupila pela compressão ocular (Ripauld), aproximação de uma haste
alizada na Cidade de São Paulo, onde foi observada uma incidência da quente na planta do pé (Lancisi), "mancha negra da esclerótica" ("livor
ordem de 69,41 % de mortes de causa natural definida e de 18,53 % de scleroticae nigrescens", de Sommer e Larcher), pela ausência de contração
muscular ao choque elétrico (Roger e Beis).
Nada mais é do que um caso particular de rigidez cadavérica, de "Causa mortis" Médica
instalação instantânea e ainda em vida, cuja principal característica é uma O término inexorável da vida, há de ter, sempre, uma causa médi-
contratura muscular que faz persistir, após a morte, a posição ou a atitude ca, válida e plausível. Os mecanismos da morte podem manifestar-se das
que a vítima apresentava no momento do óbito. formas mais variadas mas, a final e fatalmente, sempre deverá alcançar
a) ambiente muito úmido (pântano, fossa séptica, alagado ou terra Considera-se o sexo como normal quando é fruto do interesse
argilosa), e de duas pessoas em atingir um equilíbrio, nos planos físico, psicológico e
social, com a finalidade reprodutiva.
b) ausência de ar ou escassa ventilação.
a) sexo genético: a definição do sexo de um indivíduo é realizada a
O processo tem início por volta de dois meses após a inumação e partir de seu genoma, ou seja, dos genes da pessoa. Na espécie humana,
se completa em torno de um ano. A putrefação sofre um desvio, pára, e os genes estão distribuídos em 23 pares de cromossomos, sendo 22 pares
algumas enzimas microbianas provocam mudanças nas estruturas moles de autossomos e um último par XX ou XY (44A+XX ou XY). É justamente
Nos casos em que é difícil a identificação, realiza-se o teste. Re- Consangüinidade: descendentes ou ascendentes que tenham a
sultados positivos caracterizam o sexo feminino, enquanto que negativos o mesma linhagem genética têm maior probabilidade de gerar filhos portado-
masculino. res de anomalias. Nestes casos, exames médicos podem autorizar o ma-
trimônio, caso não se verifiquem impedimentos genéticos.
b) sexo endócrino: o desenvolvimento dos aparelhos reprodutores
e dos sinais característicos se dá de acordo com a secreção de hormônios Grau de Parentesco: os quatro graus iniciais de parentesco podem
em diversas glândulas do corpo. Por exemplo, os ovários e os testículos ser assim representados:
vão se formar de acordo com secreções que se originam na hipófise, uma 1o. Grau: pai e filho.
glândula de nosso corpo. Outras glândulas também produzem hormônios
que, por exemplo, vão provocar o desenvolvimento de barba ou seios nos 2o. Grau: irmãos e netos.
indivíduos. 3o. Grau: sobrinho e tios.
c) sexo morfológico: cada sexo apresenta características próprias, 4o. Grau: primos.
como a forma dos aparelhos genitais, sinais secundários como barba nos
homens e mamas nas mulheres. Quando os nubentes apresentam 3o. ou 4o. grau de parentesco,
é realizado o Exame Médico Pré-Nupcial, para autorizar o enlace.
d) sexo psicológico: independente do sexo da pessoa, ela pode se
comportar como sendo de seu sexo ou do sexo oposto, em decorrência de b) anulação do casamento/impedimentos materiais (casamentos
desajustes hormonais, psicológicos ou sociais a que é exposta durante sua anuláveis):
vida.
Incapacidade de consentir: as mulheres adquirem capacidade para
e) sexo jurídico: é aquele declarado no registro civil de nascimento, se casar aos 16 anos, e os homens aos 18. Existem meios legais de supri-
feito com base em declaração assinada por testemunhas. Situações de mir esta exigência, como a emancipação. Débeis mentais não podem se
engano, quer seja doloso ou culposo, podem acontecer, e nestes casos casar enquanto nesta condição, por serem incapazes de exprimir sua
deve ser feita a retificação. vontade. Surdos-mudos só podem se casar caso sejam educados de forma
a serem capazes de exprimir sua vontade.
1.3- Diferenciação sexual:
Prazo Viuvez/Separação: deve ser observado um prazo mínimo de
A diferenciação sexual existente entre indivíduos do sexo femini- 300 dias entre a data da viuvez ou da separação legal e o novo matrimônio,
no e masculino se dá tanto pela carga genética (cromossomos XX e XY) salvo se durante este prazo a mulher conceber.
como também pela carga hormonal, reduzida por diversas glândulas do
corpo. Identidade: eventualmente, podem ser exigidos exames que com-
provem a identidade dos noivos, em função de dúvidas como por exemplo,
1.4 - Estados Intersexuais: a semelhança, para verificar o verdadeiro grau de parentesco existente.
São quadros clínicos que apresentam problemas de diagnóstico, São casos raros.
terapêuticos e jurídicos, na definição do verdadeiro sexo do indivíduo. Doença Grave: doenças contagiosas ou transmissíveis, como a
1.4.1- Hermafroditas: apresentam os dois tipos de órgãos sexuais AIDS, a lepra e a tuberculose, podem justificar a anulação do casamento,
internos (ovário e testículo) se forem comprovadas como anteriores ao casamento e não informadas
com antecedência pelo portador ao cônjuge.
1.4.2- Pseudo-hermafroditas: apresentam dos dois tipos de órgãos
sexuais externos (vagina e pênis) Honra e Boa Fama: quando o histórico sexual de um dos nubentes
contém casos de homossexualismo, aborto ou gravidez anteriores, e não
1.4.3 - Síndromes Especiais (Aneuploidia):são aberrações genéti- seja informado ao parceiro, este pode, se se sentir afetado em sua honra,
cas que envolvem o aumento ou a diminuição do número de cromossomos. promover a anulação da união.
Síndrome de Turner (XO): chamada de síndrome do ovário rudi- Problemas psíquicos: desajustes mentais devem ser de conheci-
mentar, só se desenvolve em mulheres, e tem como características a mento do parceiro antes da efetivação do matrimônio.
amenorréia (ausência de menstruação), mamas subdesenvolvidas, baixa
estatura, pele com aspecto senil, tórax em forma de barril, dentre outras. Defeitos Sexuais: casos de disfunções sexuais também devem ser
de conhecimento do parceiro antes da efetivação do matrimônio.
Síndrome de Klinefelter (XXY): se desenvolve em homens, e tem
como características a ausência de desenvolvimento dos órgãos sexuais, Himenoplastia: A lei estabelece a possibilidade de anulação do ca-
ausência de esperma (azoospermia), retardamento mental e desenvolvi- samento caso verifique-se que a nubente não era virgem, quando do ca-
mento de mamas, dentre outras. samento, ou que simulou a virgindade, através da himenoplastia.
Prova da tentativa do crime de estupro na hipótese em que não houve • Exame geral - Descrição das vestes: do estado psíquico, das lesões
contato corporal. Trata-se do exemplo citado por Hungria, em que o agente corporais.
não chega a ter qualquer contato corporal. Nessa hipótese, somente é • Exame genital - Descrição dos seios, vulva e períneo, procurando si-
cabível o exame de corpo de delito indireto, ou seja, a prova testemunhal, nais sugestivos de
pela ausência de vestígios materiais do crime.
gravidez, contusões, sugilações, equimoses, hematomas, escoriações,
Prova da autoria. Interessante a observação feita por Nelson Hungria, etc. Exame do ânus.
refletindo as limitações periciais da época, no sentido de que os vestígios
que denotam indícios da violência ou da cópula são alheios à prova da • Exames complementares: Pesquisa de espermatozóides e contam
autoria. Trata-se de prova da materialidade do crime. Contudo, na atualida- nação venérea em secreção vagina1. Teste de gravidez; outros exames a
de, com o avanço da medicina, é possível colher o material genético do depender do caso.
suposto estuprador e comparar com o material contido nos vestígios do • Comentário Médico-Forense (a critério).
crime, tais como esperma, pêlos, presentes no corpo da vítima.
• Conclusão
Como prova de estupro o exame de DNA não é essencial à valia da
conclusão sobre a autoria do estupro. Descabe falar em cerceio de defesa Quesitos padronizados (no IML Nina Rodrigues) :
quando sequer foi requerido. Da mesma forma há de concluir-se quanto à
1) Houve conjunção carnal que resultasse a perda da virgindade?
fragilidade da prova quando alicerçada em depoimento da vítima, reconhe-
cendo o autor do delito, e do irmão que o surpreendeu ainda dentro da 2) Houve prática de ato libidinoso diverso da conjunção carnal?
residência.
3) Há sinais de violência para fins libidinosos?
Contudo, a recusa do réu na realização do exame poderá junto com as
demais provas colhidas servirem para o convencimento do juiz que possui No caso afirmativo:
liberdade para apreciar as provas (CPP, art. 157). O exame de DNA, dessa 4) Resultou da violência lesão corporal de natureza grave?
forma, não é essencial à conclusão da autoria do estupro, conforme já
decidiu o Supremo Tribunal Federal. 5) Trata-se de paciente menor de quatorze anos, alienado, débil mental
ou apresenta qualquer outra coisa que a impossibi1ite ou tivesse impossibi-
Na realidade esse exame poderá servir de instrumento para a compro- litado de oferecer resistência?
vação da negativa de autoria. Embora constitua importante meio probatório,
não pode ser considerado o único hábil à comprovação da negativa de CONCLUSÃO
autoria, uma vez que, segundo o art. 157 do CPP, o juiz formará sua con- Existem situações onde o comportamento sexual é passível de punição
vicção pela livre apreciação das provas, e, ainda, de acordo com o art. 167 pela nocividade que acarreta a nível individual e socia1. O Código Penal
do CPP, "não sendo possível o exame de corpo de delito por haverem Brasileiro promulgado em 07 de dezembro de 1940 trata a questão dos
desaparecido os vestígios da prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta". crimes contra a liberdade sexual, porém a Lei 12.025 de 2009 trouxe diver-
Via de regra, a palavra da vítima tem valor probatório relativo, devendo sas alterações.
ser aceita com reservas. Contudo, nos crimes praticados às ocultas, sem a A alteração que mais salta aos olhos é a criação do crime de "estupro
presença de testemunhas, como nos delitos contra os costumes, a palavra de vulnerável", que passa a ser tipificado no artigo 217-A do Código Penal.
da vítima, desde que corroborada pelos demais elementos probatórios, A redação do novo artigo pune com prisão de oito a 15 anos quem mantiver
deve ser aceita. qualquer tipo de relação sexual com menor de 14 anos.
Nessas condições, é muito evidente que suas declarações, apontando Está proibida, a partir da entrada em vigor da lei, a prática sexual com
o autor do crime que lhe vitimou, assume caráter extraordinário, frente às menores de 14 anos. Grave erro do legislador. Primeiro por causa da
demais provas. Não seria razoável e nem é comum, que a pessoa com desproporcionalidade. O rapaz de 18 anos que transa com a namorada de
essas qualidades viesse a juízo cometer perjúrio, acusando um inocente de 13 está sujeito a uma pena mais severa (8 a 15 anos) que a do estupro
lhe haver constrangido à conjunção carnal ou a ato libidinoso outro qual- com violência cometido contra mulher adulta (artigo 213), que é de seis a
quer. Neste sentido: 10 anos de reclusão, e mais severa também que a do estupro com violên-
Não obstante os laudos periciais atestarem a inexistência de atos libi- cia cometido contra menor entre 14 e 18 anos de idade (oito a 12 anos de
dinosos, de conjunção carnal e de lesões corporais, a palavra da vítima, de cadeia).
crucial importância nesses delitos, corroborada por prova testemunhal Embora o Código de 1940 presumisse a violência se a relação sexual
harmônica, autoriza a condenação que, para ser elidida, demanda inegável fosse praticada com menor de 14 anos, a jurisprudência mais moderna do
revolvimento fático-probatório. Em se tratando de delito contra os costumes, STF e do STJ vinha relativizando esta presunção, excluindo o crime quan-
a palavra da ofendida ganha especial relevo. Aliada aos exames periciais, do se comprovava o consentimento válido da menor.
lide o argumento da negativa de autoria.
Ou seja, o artigo 217-A é um tremendo retrocesso, por ignorar que nos
Embora verdadeiro o argumento de que a palavra da vítima, em crimes dias de hoje é cada vez mais raro haver moça ou rapaz virgem aos 14
sexuais, tem relevância especial, não deve, contudo, ser recebida sem anos, não porque foram vítimas de agressão sexual, mas porque fizerem
reservas, quando outros elementos probatórios se apresentam em conflito esta opção livre e conscientemente. O pior é que, ao tentar proteger os
com suas declarações. Assim, existindo dúvida, ainda que ínfima, no espíri- menores de 14 anos, a lei nova não fez qualquer distinção entre o sexo
to do julgador, deve, naturalmente, ser resolvida em favor do réu, pelo que consentido e o violento, colocando o namorado mais velho na mesma vala
merece provimento seu apelo, para absolvê-lo por falta de provas que comum do chamado pedófilo celerado, que estupra o menor com violência
também tem importante valor probatório, quando estiver em consonância ou ameaça apenas para satisfazer a lascívia.
com os demais elementos probatórios.
Transar com a namorada menor de 14 anos, mesmo que com a con-
VI)PERÍCIA cordância dela, ficou até mais grave do que matar alguém, já que no primei-
A perícia de Estupro busca lesões corporais e o diagnóstico de possí- ro caso a pena é de oito a 15 anos de prisão, enquanto que a pena do
vel conjunção carnal. O ideal é que a perícia seja feita nas primeiras 48 condenado por homicídio simples (artigo 121 do Código Penal)é de seis a
horas do fato ocorrido. 12 anos de prisão.
1.2 O controle da moral pelo cristianismo: A partir da segunda metade do século XX, podem-se destacar dois e-
ventos importantes que marcaram o estudo da sexualidade: o desenvolvi-
Com a queda do Império Romano, houve a dissolução das cidades ro- mento de métodos contraceptivos, que rompe com associação, que ate
manas e posterior formação dos Feudos na Europa, com a regência da então existia, entre a atividade sexual e a reprodução; e o surgimento de
igreja católica, que aos poucos foi construindo e enrijecendo a moral cristã, novas reflexões sobre o tema.
já que o tratamento dado ao casamento, à família e à sexualidade não foi
sempre o mesmo dentro do cristianismo. Nessa época, as mulheres encontravam-se totalmente desamparadas,
não existindo nenhum tipo de lei que resguardasse os seus direitos, consi-
Neste sentido dispõe GRECO e RASSI: “A trajetória da formação da deradas seres inferiores, eram vítimas de constantes assédios e estupros,
teologia cristã acerca do controle da sexualidade e do casamento é uma ficando totalmente vulnerável a todos os tipos de violência, já que os seus
amálgama dos costumes germânicos, da tradição estóica grega e dos agressores não sofriam nenhuma punição.
testamentos bíblicos, o novo e o antigo.”
É neste contexto histórico, que surgem os movimentos feministas, com
O tratamento cristão sobre a sexualidade pode ser dividido em duas objetivo de combater as descriminações ocasionadas pelas desigualdades
etapas: a primeira pregava à recusa concupiscência (desejo) e ao prazer, derivadas dos padrões estabelecidos pela moralidade sexual, lutando pelos
restringindo o sexo à reprodução; e a segunda etapa, que institui o casa- direitos legais da mulher, dentre os quais pode destacar: direito a integrida-
mento cristão, monogâmico e indissolúvel, a qual tinha como limite a ativi- de física, a autonomia, direitos trabalhistas, reprodutivos, proteção contra a
dade sexual legitima. violência doméstica, assédio sexual e estupro.
Nesse período, o único comportamento permitido era a virgindade e o Esses movimentos foram os principais responsáveis pelo crescimento
ascetismo, sendo a castidade considerada um estado superior que possibi- sobre o estudo de gênero, dando novas perspectivas sobre as questões
litava o conhecimento da fé e das vontades humanas, conferindo autorida- teóricas e de investigação sobre a sexualidade, as quais passaram a ser
de moral aos clérigos. Já o casamento, era considerado hierarquicamente vistas sob uma nova ótica, ocasionando várias conseqüências como: a
inferior à castidade, um mal, pois tinha como pressuposto o “pecado” das alteração do estereótipo masculinidade, feminilidade e seus respectivos
relações sexuais. papéis; novas atitudes liberais em relação ao corpo e as emoções; maior
tolerância ao sexo antes do casamento; maior tolerância as diferenças
Colaborando com o entendimento, GRECO e RASSI estabelecem: “... sociais e a educação sexual.
no inicio da teologia cristã o casamento era admissível, mas ainda assim
1.4 A sexualidade humana e o controle social pelo direito penal.
Esta prevista no caput do art. 213 do Código Penal: “Constranger mu- “EMENTA: ESTUPRO - CONFIGURAÇÃO- VIOLÊNCIA PRESUMIDA
lher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça: Pena- - IDADE DA VÍTIMA - NATUREZA. O estupro pressupõe o constrangi-
reclusão, de seis a dez anos”. mento de mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave
ameaça - artigo 213 do Código Penal. A presunção desta última, por
Dessa forma, para que haja a configuração deste delito em sua forma ser a vítima menor de 14 anos, é relativa. Confessada ou demonstrada
simplificada, era necessário que o Homem, sujeito ativo, constrangesse a aquiescência da mulher e exsurgindo da prova dos autos a aparên-
uma mulher, sujeito passivo, a conjunção carnal mediante violência ou cia, física e mental, de tratar-se de pessoa com idade superior aos 14
grave ameaça. anos, impõe-se a conclusão sobre a ausência de configuração do tipo
penal. Alcance dos artigos 213 e 224, alínea "a", do Código Penal.”
(grifos ora assinalados)
“EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - ESTUPRO - VIOLÊNCIA FICTA Pena – reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
OU PRESUMIDA. Vítima que possui compleição robusta, aparentando § 2o Se da conduta resulta morte:
ser mulher formada. Restou provado que o apelado foi por várias
vezes procurado pela vítima, para com ele manter relações sexuais. O Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos”
apelante é pessoa humilde que laborou em erro quanto a idade da A lei 12.015/2009 ao disciplinar o crime de estupro no titulo “Dos
moça que o procurava insistentemente para com ele manter congres- crimes contra a dignidade sexual”, trouxe uma idéia de dignidade,
so carnal. E da jurisprudência não configurar estupro, por violência demonstrando uma maior preocupação com a pessoa humana, pois o
presumida, quando a vitima, apesar da tenra idade, além de tomar a foco da proteção, não era mais a forma como a pessoa devia se com-
iniciativa para o ato sexual, apresentava ser mulher formada. Apelo portar sexualmente perante a sociedade, mas sim a proteção de sua
improvido, a unanimidade.” (grifos nossos) dignidade sexual, já que a expressão “crimes contra os costumes” não
Sendo pertinente ressaltar, a decisão do Relator Desembargador Car- trazia mais a realidade dos bens juridicamente protegidos pelo tipo penal
mo Antônio do Tribunal de Justiça do Amapá, no julgamento dos Embargos em comento.
Infringentes na ACr n.º 128.93, o qual estabelece: Percebe-se que as modificações ocorridas na sociedade trouxe-
“EMENTA: PENAL - ESTUPRO - VIOLÊNCIA PRESUMIDA - RELE- ram novas preocupações, ao invés de proteger a virgindade das mu-
VÂNCIA DO COMPORTAMENTO MORAL DA VÍTIMA - INEXISTÊNCIA lheres, como acontecia no passado, o Estado encontra-se diante de
DE DÚVIDA QUANTO À SUA IDADE. - 1) Nos crimes de estupro, pre- outros desafios, o que contribuiu para a elaboração de uma nova lei
sume-se a violência, quando a vítima não tem experiência em matéria que tem como finalidade a proteção da liberdade sexual do individuo
sexual e nem é despudorada e sem moral. - 2) Sendo do conhecimento e, num sentido mais amplo, a sua dignidade sexual.
do agente que a vítima, ao tempo do delito, tinha somente 13 anos, Colaborando com esse entendimento, Rogério Greco traz:
não lhe socorre o argumento de que ela apresentava desenvolvimento
corporal incompatível com sua idade. - 3) Embargos improvidos.” “O nome dado a um Título ou mesmo a um Capítulo do Código Penal
(Grifos propositais) tem o condão de influenciar na análise de cada figura típica nele contida,
pois, através de uma interpretação sistêmica ou mesmo de uma interpreta-
No entanto, há decisões em contrário, podendo destacar o entendimen- ção teleológica, onde se busca a finalidade da proteção legal, pode-se
to do Tribunal de Justiça de Goiás, no julgamento da Apelação Criminal n.º concluir a respeito do bem que se quer proteger, conduzindo, assim, o
14194.0.213, D.J.E. 11.04.95, cuja relatoria do Desembargador Juarez intérprete, que não poderá fugir às orientações nele contidas.”
Távora de Azeredo Coutinho, o qual optou pela presunção absoluta:
A nova redação dada pela lei 12.015 de 2009 teve duas finalidades:
“EMENTA:Recurso de apelação. Estupro. Violência presumida. Se a fundir num mesmo dispositivo o crime o crime de estupro e atentado violen-
pessoa ofendida, nos crimes sexuais, não for maior de catorze anos, pre- to ao pudor e admitir a violência sexual contra qualquer pessoa, mesmo
sume-se por avaliação feita pelo legislador, que o autor do crime atuou com que não seja do sexo feminino, sujeito passivo exclusivo do anterior crime
violência, ainda que na realidade tal não tenha ocorrido. de estupro.
A presunção legal absoluta da violência deve prevalecer, afastada Essa lei, além de alterar substancialmente o titulo VI da parte especial
qualquer dúvida sobre a maturidade da ofendida em se tratando de menor do código penal, transformou todo o sentido e significado do art. 213 do
sem auto determinação no campo sexual, incapaz de decidir, com liberdade Código Penal, trazendo como consequência, a revogação do artigo 214
dada sua pouca idade e sem condições pessoais para repelir propostas deste, já que as antigas definições dos crimes de estupro e atentado violen-
feitas pelo namorado. Recurso improvido”. to ao pudor, com a nova lei, transformaram-se em uma única redação que é
2.1.10. Ação Penal a atual definição do crime de estupro, não restando outra alternativa senão
a revogação do art. 214, passando a vitima daquele extinto delito, a partir
A ação penal no crime de estupro é, via de regra, de iniciativa privada, de então, a ser vitima do crime de estupro.
procedendo-se mediante queixa do ofendido. No entanto, se da violência
resultar lesão corporal de natureza grave ou morte, a ação penal será Sendo importante ressaltar, que a nova lei revogou também o art.224
pública. do Código Penal, que tratava da presunção de violência e trouxe em seu
art.227, o estupro de vulnerável, o qual tem como objetivo punir toda rela-
3 O crime de estupro após o advento da Lei 12.015 de 7 de agosto ção sexual ou qualquer outro ato considerado libidinoso praticado contra o
de 2009 menor de 14 anos ou qualquer pessoa que por enfermidade ou doença
A preocupação com a exploração sexual de crianças e adolescentes, mental não possua o discernimento para a prática do ato. Acabando com
bem como o desrespeito a pessoa humana, levou o Congresso Nacional a as antigas discussões que havia nos nossos tribunais acerca da presunção
criar uma CPMI, cujo resultado foi o PL 253/04, a qual durante o processo de violência, quando a vitima fosse menor de 14 anos.
legislativo sofreu algumas alterações culminando com a promulgação e 3.1 Elementos do tipo
publicação da Lei 12.015/09.
3.1.1 Bem Jurídico Tutelado
Com o advento dessa lei, o estupro passou a ser disposto no titulo VI
dos crimes contra a dignidade sexual, no capítulo I dos crimes contra a O bem jurídico protegido é tanto a liberdade quanto a dignidade sexual
liberdade sexual, passando a vigorar com as seguintes alterações: da pessoa humana, ou seja, da pessoa que sofreu o constrangimento,
podendo esta ser homem ou mulher, haja vista, que para a configuração do
“Titulo IV atual crime de estupro não é obrigatória a figura da mulher como sujeito
Dos crimes contra a dignidade sexual passivo, diferentemente do que ocorria no delito anterior. Desse modo, o
crime de estupro além de atingir a liberdade sexual da vítima atinge tam-
Capítulo I bém a sua dignidade, tendo em vista que esta se sente humilhada com a
prática do ato sexual contrário a sua vontade.
Dos crimes contra a liberdade sexual
Sendo importante trazer o conceito de liberdade sexual que nada mais
Estupro é do que a capacidade do sujeito dispor livremente de seu próprio corpo na
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a prática do ato sexual, ou seja, a faculdade que todas as pessoas têm de se
ter conjunção carnal ou praticar ou permitir que com ele se pratique outro comportar sexualmente segundo seus próprios anseios.
ato libidinoso.
Desse modo, a liberdade sexual tutelada pelo direito penal, esta rela- “Questiona-se sobre se o marido pode ser, ou não, considerado réu de
cionada com a percepção do que representa a sexualidade na vida huma- estupro, quando, mediante violência, constrange a esposa à prestação
na, preocupando-se em garantir que a atividade sexual das pessoas seja sexual. A solução justa é no sentido negativo. O estupro pressupõe cópulai-
exercida em condições de plena liberdade. lícita (fora do casamento). A cópula intra matrimonium é recíproco dever
dos cônjuges. O próprio CodexJuris Canonici reconhece-o explicitamente
3.1.2 Ação nuclear [...]. O marido violentador, salvo excesso inescusável, ficará isento até
mesmo da pena correspondente à violência física em si mesma (excluído o
A ação nuclear consubstancia no verbo “constranger” alguém, median- crime de exercício arbitrário das próprias razões, porque a prestação corpó-
te o emprego de violência ou grave ameaça, à conjunção carnal ou a práti- rea não é exigível judicialmente), pois é lícita a violência necessária para
ca(forma comissiva) de outro ato libidinoso(qualquer ato destinado ao o exercício regular de um direito.”
prazer sexual), bem como permitir que com ele se pratique outro ato libidi-
noso(forma passiva). Posição esta que não faz mais sentido, pois o marido só poderá se re-
lacionar com sua esposa desde que haja o seu o consentimento, podendo
Com a Lei 12.015 de 2009 os artigos 213 e 214 se transformaram em apenas dar causa a separação judicial devido a quebra dos deveres conju-
uma única figura (art.213), tornado-se um tipo misto, haja vista que o referi- gais, mas nunca poderá ser admitido práticas violentas ou ameaçadoras a
do delito, com a nova redação, comporta as condutas descritivas dos liberdade sexual da mulher com o intuito de se praticar o ato sexual, se
antigos crimes de estupro e atentado violento ao pudor. Portanto, se o homens e mulheres são iguais perante a lei, portanto a constituição não
agente do crime de estupro constranger a mesma vitima à pratica da con- permite o Código civil legislar de maneira contraria, tornando a mulher
junção carnal e/ou outro ato libidinoso qualquer, comete um crime único. submissa nas relações conjugais.
3.1.3 Sujeitos Dessa forma, se a constituição estabelece que homens e mulheres são
3.1.3.1 Sujeito ativo e Sujeito passivo iguais perante a lei, não cabe o Código civil legislar de maneira contraria,
tornando a mulher submissa nas relações conjugais, portanto não resta
Tanto o sujeito ativo como o sujeito passivo poderá ser qualquer pes- duvidas que existe o crime de estupro quando o agente deste delito for o
soa, haja vista que com a nova legislação, o crime estupro pode ser come- marido da vitima.
tido por agente homem contra vítima mulher, por agente homem contra
vitima homem, bem como por agente mulher contra vítima mulher, acaban- A redação dada ao artigo 226, inciso II, do Código Penal, prevê as cau-
do de vez com as antigas discussões entre os antigos crimes dos artigos sas de aumento de pena para o crime de estupro e demais crimes contra a
213 e 214 do CP. dignidade sexual, acabando com as antigas discussões quanto a possibili-
dade do marido praticar o crime de estupro:
Desse modo, pode-se afirmar que o homem poderá ser sujeito ativo do
crime de estupro quando sua conduta estiver relacionada com o coito “Art. 226 A pena é aumentada:
vagínico, já que o artigo 213 da atual legislação refere-se ao verbo conjun- II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio,
ção carnal, entendida como relação sexual normal, entre homem e mulher. irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da
No entanto no que diz respeito à prática de ato libidinoso, qualquer pessoa vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela.”
poderá ser sujeito ativo bem como sujeito passivo deste delito, pois nesse
caso trata-se de um crime comum. Sendo importante destacar que a nova lei, tutela tanto a conduta prati-
cada pelo homem contra a mulher, quanto a conduta praticada pela mulher
A mulher também poderá praticar o referido delito com a ajuda de ter- contra o homem, portanto a esposa que cometer o referido delito contra o
ceiros, já que a situação desta constranger um homem a ter conjunção seu marido também responderá pelo estupro com aumento de pena.
carnal com ela, dificilmente aconteceria, mesmo que ela estivesse com uma
arma apontada para a vitima.Todavia ela poderá cometer o crime de estu- 3.1.4 Tipo Objetivo e Subjetivo
pro em concurso, usando da grave ameaça para forçar o homem a ter
conjunção carnal com outra mulher. A conduta típica consubstancia-se no verbo constranger, o qual
significa forçar, compelir. Devendo esse constrangimento se dar
Hipótese esta, que não poderia ocorrer antes da Lei 12.015 de 2009, mediante violência( coação física) ou grave ameaça(violência moral),
pois esta conduta não se enquadrava nem no artigo 213 nem 214 do CP. para que a vitima seja forçada à pratica da conjunção carnal, ou seja, a
Haja vista que não seria estupro porque o homem não podia ser sujeito cópula vagínica, ou a praticar ou permitir que com ela se pratique
passivo do delito, nem seria atentado violento ao pudor porque o constran- outro ato libidinoso.
gimento não era para a prática de atos libidinosos, ocorrendo portanto, uma
lacuna jurídica. Sendo necessário para a configuração desse delito o emprego da vio-
lência sexual com o intuito de satisfazer o libido, característica esta que o
Sendo importante ressaltar, que a hipótese de uma mulher forçar um difere do constrangimento ilegal tipificado no artigo 146, deste Código.
homem a ter conjunção carnal com ela ou com outra mulher será menos
provável de ocorrer, do que a hipótese deste ser vitima de estupro pelo fato A expressão conjunção carnal matem o mesmo significado, introdução
de ter sido obrigado a praticar outro ato libidinoso com outro homem. No do pênis na vagina, no entanto o novo tipo penal preferiu especificá-la e
entanto a nova legislação preocupou-se em abarcar todas as situações associar a prática de qualquer ato libidinoso. Nesse sentido , pode-se
relacionadas com a liberdade sexual do individuou, equiparando homens e afirmar que o ato libidinoso é gênero, do qual envolve a conjunção carnal,
mulheres no pólo ativo do delito. devendo ser respeitada tal separação para a tipificação do referido delito.
3.1.3.2 Sujeito ativo: marido? O ato libidinoso descrito no artigo é aquele destinado ao prazer,
conceito este muito abrangente, exigindo uma valoração por parte do
Questão controvertida que dividiu a doutrina e a jurisprudência durante magistrado, já que não há um conceito preciso, como ocorre no caso
muitos anos, mas que com o advento da Lei 12.015 de 2009 vem perdendo da conjunção carnal, gerando uma serie de discussões tanto na dou-
muitos adeptos, pois com a nova lei o estupro passou a ter uma nova trina quanto na jurisprudência.
redação, equiparando homens e mulheres no pólo passivo do delito, não
Nesse sentido, afirma DELGADO apud PRADO:
O elemento subjetivo do tipo é continua o mesmo do delito anterior, ou Continua material, haja vista que demanda resultado naturalístico, con-
seja, é dolo, consistente na vontade livre de praticar a conduta descrita no substanciado no tolhimento da liberdade sexual da vitima; comissivos, pois
tipo penal, não admitindo a forma a forma culposa. Há entendimentos que os verbos do tipo indicam uma ação; instantâneos, devido o resultado se
além do elemento subjetivo é necessário o dolo específico, ou seja, a dar definida no tempo; de dano, pois a consumação se dar através de uma
vontade de obter a conjunção carnal ou outro ato libidinoso, com o intuito lesão praticada contra o bem tutelado; unissubsistente, porque pode ser
de satisfazer a própria lascívia. cometido apenas por um agente e plurisubsistente, pois esse delito é
praticado em vários atos.
3.1.4.1 Dissenso da vitima: nível de resistência da mulher
3.1.7 Formas
Como já foi dito no crime de estupro anterior a lei 12.015 de 2009, para
que haja a configuração do referido delito é necessário que a vitima tenha 3.1.7.1 Forma simples
sido constrangida mediante o emprego de violência ou grave ameaça à Esta prevista no caput do art. 213 do Código Penal: “Constranger al-
prática da conjunção carnal ou praticar ou permitir que se pratique, de guém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a
forma não consentida outro ato libidinoso. Sendo necessário, portanto, que praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: Pena-
não tenha havido o consentimento da vitima para a prática do ato sexual, reclusão, de 6 (seis) a 10(dez) anos”.
sob pena do ato ser considerado atípico, se a vitima não estiver inserido
nas situações do art. 217-A do CP. 3.1.7.2 Forma Qualificada
De acordo com DELGADO apud NUCCI o dissenso da vitima deveria A Lei nº 12.015, de 7 de agosto de 2009, criou duas modalidades quali-
resistir durante todo o ato: “Seria evidentemente paradoxal ouvir o depoi- ficadas no crime de estupro, os § 1º e § 2º do art. 213 do mesmo diploma
mento da vítima, afirmando ao magistrado, por exemplo, que a relação legal, os quais estabelecem:
sexual foi uma das melhores que já experimentou, embora se tenha inicia- “§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a
do a contragosto”. vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: Pena –
Com o advento da Lei 12.015 de 2009 essa posição ficou enfraquecida, reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. § 2o Se da conduta resulta morte:
haja vista que de acordo com esta era necessário que o dissenso da vitima Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos”.
durante todo o ato sexual, o que seria insensato exigir quando a vitima Sendo importante ressaltar que os resultados qualificadores tratam-se
fosse homem. Pois, em regra, o homem chega muito mais fácil a ejacula- de crimes qualificados pelo resultado ou crimes preterdolosos (dolo na
ção, inclusive, em situações em que não há qualquer romantismo. conduta antecedente e culpa na conseqüente), onde a lesão grave ou a
Sendo importante ressaltar que a vitima pode modificar a sua vontade morte deve ser decorrência de culpa ou dolo, ou pelo menos eventual, caso
a qualquer tempo, antes da penetração, mesmo que em momentos anterio- contrário, haverá concurso de crimes.
res tenha demonstrado a sua vontade de praticar o ato sexual, pois somen-
te o consentimento que precede imediatamente ao ato deve ser considera-
do.
Porém os fatos antecedentes também devem ser analisados para efei-
tos de prova, uma vez que na maioria das vezes o estupro não é cometido
na presença de testemunhas, dificultando a prova nos casos em que a
vitima mantinha relações de intimidade com o agente, a exemplo do que
ocorre com os namorados, noivos e ate entre pessoas casadas.
Dessa forma, entende-se que não deve exigir da vitima uma conduta
de quem em defesa de sua hora deve arriscar a sua vida, só consentido o
ato após o esgotamento de suas forças, avaliando-se cada caso concreto a
superioridade de forças do agente pra a prática do ato. Pois com o advento
da Lei 12.015 de 2009, a qual unificou o crime de estupro e atentado violen-
to ao pudor, deve-se o grau de resistência de qualquer pessoa (homem ou
mulher), guardadas a peculiaridade de cada um.
3.1.5 Consumação e Tentativa
A consumação vai depender da conduta praticada pelo agente. 3.1.8 Estupro de vulnerável
Quando se tratar da conjunção carnal, a consumação ocorrerá com a
introdução completa ou incompleta do pênis na vagina da vitima, já no A lei 12.015/2009 revogou o art. 224 do Código Penal, que tratava da
caso em que ocorre o ato libidinoso, segunda parte do art. 213 do presunção de violência e trouxe o art. 217-A, o estupro de vulnerável, o
Código Penal, a consumação é ampla, bastando um toque físico com o qual tem como objetivo punir toda relação sexual ou qual quer ato libidinoso
intuito de satisfazer a lascívia ou o constrangimento efetivo da vitima praticado contra o menor de 14 anos ou qualquer pessoa que por enfermi-
para que ocorra a consumação desse crime. dade ou doença mental não possua o discernimento necessário para a
prática do ato. Demonstrando dessa forma, a preocupação do legislador no
Colaborando com esse entendimento, NUCCI afirma: que diz respeito às condutas voltadas contra a criança ou adolescente ou e
“Basta a introdução ainda que incompleta do pênis na vagina, indepen- pessoas com deficiência.
dentemente da ejaculação ou satisfação efetiva do prazer sexual, sob um
aspecto. Com a prática de qualquer ato libidinoso, independentemente de
ejaculação ou satisfação do prazer sexual, em outro prisma”.
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Buscando solucionar o problema da presunção de violência o legisla- vulnerável, sendo necessário também o elemento subjetivo específico, o
dor, criou o tipo penal autônomo do art.217-A, o qual se encontra inserido qual consiste na busca da satisfação da lascívia.
no capítulo II do título VI, “Dos crimes contra o vulnerável”:
O objeto material desse delito é sempre o vulnerável, enquanto que a
“Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com o objeto jurídico é a liberdade sexual da vítima. A tentativa é perfeitamente
menor de 14 (catorze) anos: possível, embora seja de difícil comprovação.
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. Sendo importante ressaltar que com a revogação do art.223, do CP,
foram inseridas também no art.217-A as figuras qualificadas, as quais tem
§1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput previsão nos parágrafos 3 e 4 do mesmo diploma legal, possuindo penas
com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o neces- mais severas que o estupro comum.
sário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa,
não pode oferecer resistência.
§2o (VETADO)
§3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§4o Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.”
Nota-se que o novo tipo penal, não traz mais a elementar violência ou
grave ameaça, tendo em vista que o legislador compreendeu que o consen-
timento das pessoas com vulnerabilidade, ou seja, os menores de 14 anos
ou as pessoas que por enfermidade ou deficiência não possuam o discer-
nimento para a prática do ato sexual, não é valido, diferentemente do que
ocorria antes da nova legislação, onde se exigia a elementar embora se
presumisse a sua existência (art.224, “a”, do CP).
Embora o STF tenha se posicionado a respeito da presunção absoluta
do antigo art. 224 do CP, inúmeros julgados e inclusive a doutrina sustenta-
vam a relatividade desta presunção, causando uma enorme discussão 3.1.9 Ação penal e segredo de justiça
acerca do tema, fato este que foi solucionado com o novo tipo penal.
A Lei nº 12.015, de 7 de agosto de 2009, trouxe uma nova redação pa-
No entanto afirma NUCCI: ra o art.225 do código, a qual estabelece que a ação penal para os crimes
definidos nos Capítulos I (Dos crimes contra a liberdade sexual) e II (Dos
“Entretanto, não se vai apagar a própria etimologia do vocábulo, estu- crimes sexuais contra vulnerável), do Título VI (Dos crimes contra a digni-
pro, que significa coito forçado, violação sexual com emprego de violência dade sexual) do Código Penal, será de iniciativa pública condicionada à
física ou moral. Ademais, a rubrica do tipo penal traz o termo estupro de representação. No entanto, o parágrafo único do referido artigo dispõe que
vulnerável, representando uma violação forçada no campo sexual.” a ação será publica incondicionada nos casos em que a vitima for menor de
Apesar da supressão da elementar da violência ou grave ameaça do ti- 18 anos ou vulnerável.
po penal em comento, ter solucionado a questão acerca da relatividade da Esse artigo sofreu uma importante alteração, haja vista que, qualquer
presunção da violência, várias foram às críticas a essa alteração legislativa, que seja o crime contra a dignidade sexual a ação será publica, quer de
que tirou a possibilidade do magistrado afastar a violência nos casos em forma condicionada, quer incondicionada à representação, em alguns
que a vítima demonstrar pleno esclarecimento sobre a sexualidade e suas casos, diferentemente do que ocorria no caso do estupro anterior a nova
conseqüências. lei, o qual se procedia mediante ação penal privada propriamente dita.
Sendo importante ressaltar o entendimento de DELGADO, o qual traz: De fato, já estava ultrapassada a ideía de se poder preservar a imagem
“De fato, o nosso entendimento é de que o legislador deveria ter segui- da vítima dos crimes sexuais, deixando ao seu livre arbítrio processar ou
do outro caminho, qual seja, ou deixando claro que a presunção de violên- não o autor do delito, haja vista que a gravidade desses delitos, impõe uma
cia seria relativa, ou se preferisse torná-la absoluta, deveria reduzir essa resposta severa, sendo de interesse público a apuração dos fatos, buscan-
idade para menor de doze anos, de modo que, o ato libidinoso com criança do aplicação do jus puniendi estatal.
(de acordo com a definição do ECA), seria crime. No entanto, com adoles- A súmula 608 do Supremo Tribunal Federal, diz que: “No crime de es-
cente, só constituiria fato típico se houvesse o constrangimento ilegal tupro, praticado mediante violência real, a ação penal é pública incondicio-
mediante violência ou grave ameaça, ou na hipótese de vulnerabilidade por nada”.
tratar-se de pessoa explorada sexualmente” (art. 218, B, §2º, I, do CP).
Dessa forma, toda vez que o delito de estupro for cometido com o em-
Para Zaffaroni, o juiz poderá deixar de aplicar o art.217-A com base no prego de violência real, a ação penal será pública incondicionada, contrari-
fundamento constitucional no caso concreto, como a violação ao principio ando parte do dispositivo contido no art.225 do Código Penal, exigindo-se a
da proporcionalidade, ou seja, fundamentando no principio da proporciona- representação do ofendido apenas nas hipóteses em que o crime for come-
lidade mínima da pena com a magnitude da lesão. tido com emprego de grave ameaça.
O novo art.217-A, abrangeu tanto a conjunção carnal, quanto o ato libi- O art. 234-B do mesmo diploma legal, estabelece que os processos re-
dinoso, nos mesmo moldes do crime de estupro (art.213), elevando a pena ferentes a crimes previstos pelo Título VI, os crimes contra a dignidade
para reclusão, de oito a quinze anos, resolvendo mais um problema, con- sexual, correrão em segredo de justiça.
sistente na incidência do aumento determinado pelo art.9 da lei dos crimes
hediondos, o qual gerava a discussão do bis in idem.
Esse crime pode ser cometido por qualquer pessoa, sendo necessário
apenas que o sujeito passivo seja uma pessoa com vulnerabilidade, ou
seja, menor de 14 anos ou enfermo ou deficiente mental, sem discernimen-
to pára a prática do ato sexual.
O elemento subjetivo é o dolo, consubstanciado na vontade livre e
consciente de praticar a conjunção carnal ou outro ato libidinoso com o
Já o crime único, demanda apenas um constrangimento, cujo seu obje- Revogou o art.223 do CP, que apresentava uma redação defeituosa,
tivo pode ser tanto a prática da conjunção carnal quanto outro ato libidinoso acabando com uma série de debates doutrinários e jurisprudenciais acerca
ou ambos. do tema, já que o caput do referido artigo trazia uma nítida diferença ao
tratar do resultado qualificador decorrente de lesões corporais, o qual
O concurso de crimes sofre uma alteração significativa, não existindo mencionava: ”se da violência resulta...” e o seu parágrafo único, que tratava
mais a possibilidade de existir concurso material entre o crime de estupro e do resultado qualificador em caso de morte da vitima trazia: ”se do fato
atentado violento ao pudor, pois com a nova redação dada ao art.213 do resultar...”.
Código Penal, se o agente constranger a vitima á pratica da conjunção
carnal e da cópula anal, comete um único delito de estupro, já que o referi- Resolvendo a polêmica na medida em que substituiu os termos violên-
cia e fato pela terminologia conduta, bastando a pratica desta (constrangi-
do delito passou a ser um crime único de condutas alternativas.
mento exercido com violência ou grave ameaça) resultar em lesão corporal
No entanto, o concurso material poderá ser aplicado nos casos em que de natureza grave ou morte, para qualificar o resultado.
o delito de estupro tenha sido praticado reiteradamente e não estiverem
presentes os requisitos do art. 71 do código penal, só fazendo sentido o Sendo importante ressaltar, que a nova lei, revogou também o art. 224
concurso formal quando o agente constranger duas pessoas, ao mesmo do código penal, que tratava da presunção de violência e trouxe um artigo
tempo, para lhe satisfazer o libido. especifico destinado a proteção do vulnerável (art.217-A), mostrando dessa
forma, a preocupação do legislador com as condutas voltadas contra a
3.1.10.2 Aplicação retroativa da nova figura do estupro criança ou adolescente e pessoas com deficiência. Acabando com a antiga
discussão acerca da presunção de violência, quando a vitima era menor de
Com o advento da lei 12.015 de 2009 e a nova redação dada ao crime 14 anos.
de estupro, surgiram inúmeras discussões nas cortes brasileiras a cerca da
análise do disposto no art.213 do código Penal, haja vista, que o legislador Outro ponto de grande importância é o fato de a tutela penal vir a ser
ao unir numa só figura típica (estupro e atentado violento ao pudor), revo- aplicada com maior zelo, em relação às pessoas com vulnerabilidade,
gou o art.214 do mesmo diploma legal, acabando com o concurso material tendo em vista que estas são incapazes de externar seu consentimento de
entre os referidos delitos. forma plena, podendo relacionar-se sexualmente sem qualquer coação
física, diante do seu estado natural de impossibilidade de compreensão da
Dessa forma, com a nova legislação, o núcleo do tipo penal passou a seriedade desta pratica, motivo pelo qual não se aplica a tipificação no
ser constranger alguém, voltando-se a apenas um objeto, fornecendo modelo comum de estupro.
várias possibilidades de consumação, já que o agente pode mediante
violência ou grave ameaça praticar a conjunção carnal, outro ato libidinoso, Sendo importante ressaltar, que o art.217-A, abrangeu tanto a conjun-
ou permitir que seja praticado outro ato libidinoso, não havendo nenhuma ção carnal quanto o ato libidinoso, nos mesmos moldes do crime de estu-
possibilidade de se romper a unicidade do tipo, pretendendo-se visualizar pro, recebendo pena autônoma e superior a deste. Resolvendo o problema
dois delitos, quando ocorrer no mesmo cenário contra a mesma vítima. da incidência do aumento de pena determinado pelo art.9 da lei dos crimes
hediondos, quando era aplicado o art.224 do Código Penal, superando
Embora O legislador ao criar a lei 12.015/2009 tenha buscado punir dessa forma, as discussões que existiam acerca do bis in idem.
com mais rigor os crimes praticados contra a liberdade sexual, aplicando
penalidades mais severas, ao unificar a redação do art.213 e 214 do Códi- Destacando-se que com a nova legislação e atual definição do crime
go penal, criando o atual crime de estupro, a nova redação acabou sendo de estupro, a gravidez resultante de ato libidinoso diverso da conjunção
mais favorável para o réu. Devendo retroagir atingindo todos os agentes carnal, passou a ser causa especial de exclusão de ilicitude do crime de
que foram condenados em concurso material de infrações antes de sua aborto quando esta resultar de estupro, fato este que não podia ocorrer
vigência. antes do advento da lei 12.015 de 2009, resolvendo dessa forma, mais um
tema controvertido da legislação penal brasileira.
3.1.10.3 Gravidez resultante de ato libidinoso
4.2 Negativos
Desse modo afirma Nucci: Art.213. Constranger mulher a conjunção carnal, mediante violência ou
grave ameaça.
“Torna-se, então, um dilema a ser enfrentado: a palavra do acusa-
do(negando) contra a palavra da vitima(afirmando). O juiz haverá de anali- Atentado Violênto ao pudor
sar o passado comportamental de ambos, buscando conferir maior credibi- Art.214. Constranger, alguém, mediante violência ou grave ameaça, a
lidade a quem lhe passar confiança e retidão”. praticar ou permitir que com ele se pratiqueato libidinoso diverso da conjun-
Sendo pertinente destacar, o conceito de novatio legis in mellius, que ção carnal.”
nada mais é, do que uma terminologia empregada quando há a publicação Com o advento da lei 12.015 de 2009, estupro passou a ser definido
de uma nova lei que revoga outra anteriormente em vigência, beneficiando como:
de alguma forma o condenado.
“Estupro
Portanto, com a revogação do crime de estupro e a notio legis in milli-
us, o legislador concedeu a vários apenados o direito a revisão criminal Art.213 Constranger alguém mediante violência ou grave ameaça, a ter
bem como a diminuição de suas sentenças, haja vista, que quando o agen- conjunção carnal ou praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato
te do crime de estupro o praticava em concurso ou em continuidade delitiva libidinoso.
com o atentado violento ao pudor, tinha sua pena aumentada substancial- §1º Se da conduta resultar lesão corporal de natureza grave ou se a vi-
mente, o que não é mais possível com o advento da nova lei. tima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14(catorze) anos
Outro ponto relevante, é que a nova lei, além transformar os antigos §2º Se da conduta resultar morte: Pena –reclusão, de 12 (doze) a 30
crimes de estupro e atentado violento ao pudor em um único delito, não (trinta) anos”.
corrigiu a amplitude do atentado violento ao pudor, o qual pode ser qual-
quer ato atrelado à libido, aplicando a mesma pena para ambos os crimes, Ao unificar as antigas redações dos crimes de estupro e atentado vio-
causando uma verdadeira desproporção entre a conduta do agente e a lento ao pudor em um único tipo penal, incorporando-o no titulo Dos crimes
sanção imposta, haja vista que o ato libidinoso não é tão grave ao ponto de contra a dignidade sexual, qualquer referência a honestidade ou recato
aplicar a mesma pena imposta ao agente que praticou a conjunção carnal. social da vitima desapareceu, pouco importando como esta se comporta
perante a sociedade, ficando em foco apenas a proteção da liberdade
Desse modo afirma Luiza Nagib Eluf: sexual do ofendido.
“[A lei] tinha que ter detalhado melhor o que são esses atos libidinosos. Com a entrada dessa lei no ordenamento brasileiro, o antigo crime de
Quando fala em outro ato libidinoso pode ser qualquer ato. O direito penal estupro ganha nova roupagem, anteriormente, conhecido como um crime
tem que ser muito preciso e claro. Relação oral ou anal forçada é sim praticado por homens contra mulheres, já que trazia como elementar a
comparável ao estupro, mas outros atos já não são.” conjunção carnal, ato esse que só era possível coma cópula vaginal, ape-
A nova legislação revogou o art. 224 do Código Penal, que tratava da nas a mulher poderia figurar no pólo passivo desse delito, com a nova
presunção de violência e trouxe em seu art. 217-A, o estupro de vulnerável, redação dada por esta lei, qualquer pessoa poderá ser vitima desse crime.
o qual tem como objetivo punir toda relação sexual ou qualquer ato libidino- A lei 12.015 de 2009 além de revogar o crime de atentado violento ao
so praticado contra o menor de 14 anos ou qualquer pessoa que por en- pudor ampliou a antiga redação do delito de estupro, de modo que as
fermidade ou doença mental não possua discernimento necessário para a figuras típicas do estupro e do atentado violento ao pudor foram fundidas
prática do ato. em um único tipo penal, passando a integrar a nova redação do atual crime
de estupro. Com isso, o crime de estupro e de atentado violento ao pudor
Ao se fazer uma incisão perpendicular histológica no hímen, observa- Já para o professor, França (2005) ensina-os como:
se que ele é formado por uma mucosa que o reveste, bem como por pe- Comissurados, acomissurados e atípicos, conforme tenham ou não so-
queninos vasos, fibrilas elásticas e até mesmo musculares. Estes vasos lução de continuidade na orla. Os comissurados são; bi, tri, tetra e multila-
têm grande importância, porque a hemorragia que a mulher apresentará biados. Os acomissurados compreendem os imperfurados, os anulares, os
depois do defloramento é condicionada, ao calibre destes vasos que se irão semilunares, os helicóides, os cribriformes e os septados. Os atípicos
romper. Segundo o Professor Del-Campo (2007) quando se estuda o constituem os fenestrados, os de apêndice pendente e os de apêndice
hímen, nota-se que deve ser considerado: saliente.
No orifício que a membrana apresenta, o órbito himenal, é a membrana 3.4 As Classificações Jurídicas dos Hímens
propriamente dita, que ainda constitui a orla himenal. Não sendo é obrigató-
ria a sua existência porque há os chamados hímens imperfurados, em que Para melhor o entendimento dos juristas, os hímens podem ser dividi-
o orifício não se encontra presente. Quando isto ocorre, o sangue das dos em ausentes, imperfurados e perfurados no que consiste:
primeiras regras se acumula dentro da vagina e do útero, formando verda- ¨Os ausentes como já se explicita, são casos tidos como raríssimos
deiras coleções. Que recebem os nomes de hematólpos e hematométrio. nos quais a mulher nasce sem o hímen, alguns estudiosos antigos relata-
No sentido do acima citado, é indispensável que um médico pratique a vam essa hipótese como impossível, idéia já derrubada na atualidade.
abertura da membrana, para que o ciclo menstrual da paciente não se ¨Os imperfurados necessitam ser perfurados antes da primeira mens-
perturbe, as dimensões do óstio não são constantes e variam de mulher truação, mediante adequada incisão. Após sua intervenção deve ser lavra-
para mulher. Aliás, neste particular é preciso que se diga que não existem da uma ata judicial, na qual, se assegura o resguardo da honra da menina
duas mulheres com o mesmo tipo de hímen, pois isto caracteriza até uma de eventuais suspeitas futuras.
forma de identidade, sendo que cada mulher apresenta uma forma himenal
quase que pessoal. ¨Os perfurados ainda se dividem em resistentes, complacentes, não
complacentes e os rompíveis:
O óstio himenal em algumas mulheres é puntiforme, em outras é for-
mado por numerosos orifícios, podendo ser um orifício único cujo calibre 1. Os resistentes precisam também ser incisados, a fim de permitirem a
oscila de milímetros até mais de um ou dois centímetros de diâmetro. Estes conjunção carnal;
orifícios muito largos contribuem para a formação dos chamados hímens
2. Os complacentes toleram a introdução do pênis sem se romperem;
complacentes; nos quais na cópula não se realiza rotura da membrana. A
forma do óstio himenal é a mais variada possível, servindo de base a 3. Os rompíveis são hímens que se rompem por ocasião da primeira
numerosas classificações. cópula;
A queda do cavaleiro, neste ínterim a amazona sobre certas pontas ou Além do defloramento podem surgir, às vezes, ferimentos das vias ge-
superfícies pontiagudas. Examinando, de per si, causas mais raras capazes nitais. Para isso é preciso, porém, que haja desproporção muito grande
de produzir a rotura da membrana, veremos que o empalamento é de fato, entre os órgãos masculino e feminino. Isto é raríssimo nas mulheres e regra
capaz de realizá-la. Esta é, porém, causa tão rara que se apontam os nas crianças. Tanto assim que podemos dizer, com Thoinot, que abaixo de
casos assim acontecidos. (Apud GOMES, 1993, p. 426) 6 anos o coito é impossível; que nas crianças de 6 a 11 anos a cópula
acarreta rotura do períneo e do fundo de saco vaginal, e nas de 11 a 14
Nessas circunstâncias, o diagnóstico é fácil, porque, além da rotura do anos, as roturas da fúrcula e da fossa navicular.
hímen, existem lesões acentuadas inclusive, lacerações da vulva e mesmo
do períneo, que não se encontram no coito. Junto ao empalamento faz-se Após alguns destes conceitos apresentados, para uma melhor noção e
necessário encontrar a presença de outras violências. entendimento dos crimes sexuais, fazem-se necessárias, práticas diferen-
tes de perícias para cada um dos delitos abordados neste trabalho.
O Dr. Nilton Sales examinou uma menor, em que o hímen tinha sido ro-
to pelo pontapé que um indivíduo calçado de tamanco que lhe aplicara um 3.6 O Estupro e Sua Caracterização Médico-Legal
golpe nas partes genitais. No Instituto Médico-Legal de São Paulo, foi O estupro, já supracitado, por ser um crime que deixa vestígios, consi-
examinada uma menor de dois anos com hímen roto por um cachorrinho. dera-se indispensável à realização do exame pericial para sua devida
Quanto à masturbação, não se conhece caso de mulher que ao se mastur- comprovação. Há vários pontos a esclarecer na perícia do estupro. Em
bar, tenha rompido a membrana. primeiro lugar, o estado mental do agressor a fim de medir sua capacidade
Observações minuciosas, realizadas inclusive em hospícios de mulhe- de entendimento ao fato delituoso e, também, averiguar suas possibilidades
res, em que certas pacientes atritam a genitália com verdadeiro furor, não físicas de constranger e manobrar a vítima aos seus instintos sexuais.
permitiram apurar nenhum caso, o que vem mostrar que se trata apenas de A cópula vagínica deve ser comprovada, em se tratando de mulher vir-
suposição teórica. Manobras impudicas com o quirodáctilo, pênis artificiais gem, utilizam-se os mesmos meios de diagnóstico para um delito homólo-
e outros objetos, podem sim de fato, causar o defloramento. Desta forma é go, o crime sedução. Nos casos de mulher de vida sexual pregressa, a
preciso esclarecer aqueles casos em que médicos inexperientes, introduzi- perícia encontrará maiores dificuldades, a presença de esperma na cavida-
ram o quirodáctilo ou o espéculo na vagina de pacientes virgens, praticando de vaginal ou a dosagem alta da fosfatase ácida e da glicoproteína P30 na
desta forma, ingenuamente o seu defloramento. secreção vaginal, falam em favor da conjunção carnal.
Tal caso supra citado, apareceu no Instituto Médico-Legal de São Pau- Há também de se procurarem as provas de violência ou de luta,o que é
lo, em que compareceu ao exame e se registrou tal conduta atípica. Ainda presença certa nestes tipos de delito, apresentadas pela vítima, nas mais
podem haver causas patológicas, que podem acarretar a destruição ou a diversas regiões do corpo: equimoses e escoriações, mais evidenciadas
rotura himenal e entre elas é preciso considerar os casos de ulceração, nas faces internas das coxas, nos seios, nos braços, na face, ao redor do
gangrena, prolapsos uterinos, etc. nariz e da boca - como tentativa de fazer calarem os gritos da vítima. E
O prof. Afrânio Peixoto cita no seu livro um caso de rotura de membra- finalmente, escoriações na face anterior do pescoço, quando existe a
na por prolapso uterino, que se exteriorizou com violência. Nem sempre é tentativa de esganadura ou como forma de amedrontá-Ia.
assim, e o prof. Nuno Lisboa escreveu sobre um caso de prolapso uterino Para pesquisa de esperma, faz-se entrar em contato com o reagente
em hímen complacente, em que a membrana se conservou íntegra. Vistas de Florence o material coletado da cavidade vaginal e/ou do colo uterino e
as causas que podem condicionar o defloramento, estudaremos a rotura diz-se positiva a reação em que surge no campo microscópico, inúmeros
membranal em si mesma. cristais castanho-avermelhados de formato rômbico. O reativo de Florence
constitui-se de iodo metalóide, iodeto de potássio e água destilada.
• c) De acordo com a descrição, trata-se de lesão causada por arma 08) Considerando-se a pena cominada em abstrato, pode-se afirmar que
disparada a curta distância. é mais grave a lesão corporal da qual resulta
• d) Na situação considerada, o instrumento causador da lesão possui, A) perda de um braço, mantendo-se o outro íntegro.
necessariamente, menos que 5 cm de largura. B) perda de um rim, mantendo-se o outro normal.
C) estado de choque por hemorragia intensa.
• e) No caso em questão, é correto concluir que se trata de lesão corpo- D) interrupção da gravidez por antecipação do parto.
ral de natureza leve.
GABARITOS: 09) A constatação de rotura himenal recente é fundamental para a
1 - C 2 - E 3 - C 4 - E 5 - E 6 - X 7 - B 8 - C 9 - A 10 - B tipificação do delito de:
A) estupro contra menor de catorze anos.
B) estupros em geral.
PROVA SIMULADA II C) sedução.
D) corrupção de menores.
01) Ao examinarmos o cadáver de uma jovem verificamos: face
edemaciada e cianótica, língua escura projetada além das arcadas
dentárias, pequenas equimoses na face e pescoço, sulco
14) Os sulcos cervicais típicos de enforcamento e de estrangulamento 23) A pesquisa de espermatozóides em secreção retirada do interior da
são, respectivamente, vagina, para a comprovação de conjunção carnal, deve ser feita,
A) horizontal descontínuo e oblíquo contínuo. habitualmente, através de
B) oblíquo contínuo e horizontal descontínuo. A) exame ao microscópio.
C) horizontal contínuo e oblíquo descontínuo. B) dosagem de fosfatase ácida.
D) oblíquo descontínuo e horizontal contínuo. C) análise de DNA.
D) Observação de cristais de Teichmann.
15) A necropsia médico-legal, conforme preceitua o Código de Processo
Penal, pode ser realizada, do momento da constatação do óbito da 24) Por não ser sinal decorrente de afogamento verdadeiro, pode ser
vítima encontrado(a) em cadáver de afogado branco” (morte inibitória):
A) a qualquer hora, pois já se constatou a morte. A) a cianose.
B) apenas 2 horas após, quando aparecem os últimos fenômenos B) a maceração da pele.
abióticos imediatos. C) o sinal de Paltauf.
C) apenas 6 horas após, quando fenômenos abióticos consecutivos D) a escuma das vias aéreas.
estão bem evidentes.
D) apenas 12 horas após, quando o início da putrefação já é 25) Ao exame do cadáver, o médico legista constatou, entre outros sinais,
evidente. fratura do osso hióide. A sua primeira e mais forte hipótese é de que a
vitima sofreu:
16) A câmara de mina de Hoffmann A) queda acidental.
A) já pode ser notada ao exame externo do cadáver. B) massagem cardíaca externa
B) só pode ser observada ao exame de ossos do crânio. C) asfixia.
C) só pode ser observada ao exame interno do cadáver. D) fratura espontânea por osteoporose senil.
D) só pode ser observada ao exame por raio X.
26) Escoriação, equimose, edema e hematoma são sinais muito
17) Pode-se admitir que a ré, ao matar o próprio filho, estava inteiramente freqüentes em ferimentos contusos. Destes, não são produzidos por
privada da capacidade de entender o caráter criminoso de seu ato, se rotura de vasos sangüíneos e conseqüente hemorragia:
na ocasião ela A) escoriação e equimose.
A) era portadora de personalidade psicopática. B) equimose e edema.
B) estava sob estado puerperal. C) edema e hematona.
C) sofria de esquizofrenia. D) escoriação e edema.
D) sofria de neurose compulsiva.
27) Moderadores farmacológicos de apetite, que abolem a sensação de
18) No sistema de Vucetich para a classificação de impressões digitais, os fome, são, na maior parte dos casos:
algarismos 1, 2, 3 e 4 correspondem, respectivamente, às figuras de A) drogas psicolépticas.
A) arco, verticilo, presilha interna e presilha externa. B) drogas psicoanalépticas.
B) arco, presilha interna, presilha externa e verticilo. C) drogas psicodislépticas.
C) verticilo, presilha interna, presilha externa e arco. D) hormônios de emagrecimento.
D) verticilo, arco, presilha interna e presilha externa.
37. (Instituto Geral de Perícias – IGP/SC – Concurso Público – Edital 8-Um laudo pericial é composto geralmente por sete partes. Quais são
001/2008 Perito Médico-Legista – Médica) Manter relação anal com elas?
concordância da parceira maior de 18 anos caracteriza:
a) Estupro. 9-Qual é a parte “mais importante” de um relatório médico-legal?
b) Ato libidinoso sem violência. a)Preâmbulo; b)Descrição; c)Discussão;
c) Posse sexual mediante fraude. d)Conclusão; e)Resposta aos quesitos.
d) Sedução.
GABARITO: B 10-Qual a definição de atestado?
___LESÕES CORPORAIS______________________________________
38. (Instituto Geral de Perícias – IGP/SC – Concurso Público – Edital
001/2008 Perito Médico-Legista – Médica) Manter relação sexual com 11-Defina lesões corporais:
menina menor de 14 anos caracteriza:
a) Estupro. 12-Verdadeiro ou falso: as lesões corporais sempre resultam de uma vio-
b) Corrupção de menor. lência exercida sobre a
c) Posse sexual mediante fraude. pessoa.
d) Sedução de menor.
GABARITO: A 13-Como se classificam as lesões corporais?
39. (Instituto Geral de Perícias – IGP/SC – Concurso Público – Edital 14-Defina perigo de vida em medicina-legal:
001/2008 Perito Médico-Legista – Médica) Mulher virgem, com 17 anos,
engravida de seu namorado, permanecendo virgem, com hímem ínte- 15-O que o perito quer dizer quando conclui que alguma lesão corporal
gro, configura um quadro de: levou a uma aceleração do trabalho de parto?
a) Atentado violento ao pudor.
b) Conjunção carnal. 16-Definir:
c) Estupro. a)Meio insidioso:
d) Sedução. b)Meio cruel:
c)Tortura:
GABARITO: B
40. (Instituto Geral de Perícias – IGP/SC – Concurso Público – Edital 17-Completar: incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30
001/2008 Perito Médico-Legista – Médica) Mulher com gestação de 6 dias é a falta decondições ______________ da vítima para exercer nor-
meses descobre ter um feto anencéfalo e pratica o aborto. Conforme a malmente suas atividades costumeiras.
lei brasileira vigente trata-se de: (Físicas / psíquicas / físicas e/ou psíquicas)
a) Aborto legal.
b) Aborto criminoso. 18-Uma lesão corporal que provoque incapacidade permanente para o
c) Aborto eugênico. trabalho deve ser classificada, no mínimo, como ________.
d) Aborto social. a)Leve; b)Moderada; c)Grave; d)Gravíssima e)n.d.a
GABARITO: B
19-Uma lesão corporal que põe em perigo a vida do periciado deve ser
classificada como, no mínimo,_________.
QUESTÕES DE MEDICINA LEGAL a)Leve; b)Moderada; c)Grave; d)Gravíssima e)n.d.a
Por ISMAEL RAUBER SCHMITT
SET/2010 20-Uma lesão corporal que leve à uma aceleração do trabalho de parto
ATM 2012/2 UFRGS deve ser classificada como, no mínimo,______.
a)Leve; b)Moderada; c)Grave; d)Gravíssima e)n.d.a
___PERÍCIA MÉDICO-LEGAL__________________________________
1-Defina perícia médico-legal: 21-Qual a diferença entre esgorjamento e degolamento?
26-Feridas em forma de “botoeira” são mais freqüentemente associadas à 46-O que é eletrocussão em medicina legal?
lesão corporal por quais tipos de instrumentos?
a)Perfuro-contundentes; b)Perfuro-cortantes; c)Corto-contusos; 47-O que é o “mal dos caixões”?
d)Perfurantes; e)Contundentes;
48-Quais são os dois modos com que os agentes químicos podem lesar o
27-Uma explosão produz ferimento classificado como: corpo humano?
a)Perfuro-contuso; b)Perfuro-inciso; c)Corto-contuso;
d)Punctório; e)Contuso; ___ASFIXIOLOGIA FORENSE___________________________________
28-Instrumentos perfurantes produzem ferimentos puntiformes. Caracterize- 49-As asfixias, de maneira geral, são consideradas energias de ordem:
os: a)Mecânica; b)Física; c)Química; d)Físico-química; e)Outra.
29-Caracterize os ferimentos produzidos por instrumentos cortantes: 50-O que é asfixia mecânica?
30-Como o perito pode determinar o sentido em que se deu o ferimento por 51-Quais os sinais externos gerais que o perito pode encontrar em uma
instrumento cortante? vítima de asfixia?
31-Um instrumento contundente pode provocar vários tipos de ferimentos. 52-Quais os sinais internos característicos nas vítimas de asfixia?
Cite, pelo menos,
seis tipos: 53-O quê são as manchas de Tardieu?
32-Descreva um ferimento contuso: 54-Um homem sofreu asfixia mecânica através da constrição do pescoço
por um laço que ficou preso em uma máquina de impressão de jornais. Este
33-Considerando “D” o caminho que um projétil percorre da arma até o tipo de asfixia chama-se:
corpo da vítima e “d” o caminho que o projétil percorre dentro do corpo da a)Enforcamento; b)Estrangulamento; c)Esganadura;
vítima, podemos afirmar que: d)Sufocação indireta; e)Sufocação direta.
a)Trajeto = D , trajetória = d
b)Trajeto = d, trajetória = D 55-Uma mãe cometeu infanticídio comprimindo um travesseiro contra o
c)Trajeto = D+d , trajetória = d rosto do bebê. Este tipo de asfixia chama-se:
d)Trajeto = d , trajetória = D+d a)Enforcamento; b)Estrangulamento; c)Esganadura;
e)Trajeto = trajetória = D+d d)Sufocação indireta; e)Sufocação direta.
34-Quais as características do ferimento resultante de um disparo de projé- 56-Geralmente, quando ocorrem vítimas de asfixia em meio a uma multidão
til estando a arma encostada no corpo? esta se dá por:
a)Enforcamento; b)Estrangulamento; c)Esganadura;
35-E quando o tiro for à “queima roupa”? d)Sufocação indireta; e)Sufocação direta.
36-Em um disparo à distancia, podemos encontrar todas as características 57-Qual a diferença entre enforcamento, estrangulamento e esganadura?
abaixo no ferimento de entrada, com exceção de:
a)Halo de contusão e enxugo; 58-O que diferencia um enforcamento completo de um incompleto?
b)Orla de escoriação;
c)Halo equimótico; 59-Como podemos diferenciar os sulcos de enforcamento e estrangulamen-
d)Ferimento menor que o diâmetro do projétil; to?
e)Todos anteriores são possíveis de ser encontrados.
60-Marcar com V ou F:
37-Quais as características que um perito espera encontrar no ferimento de ( )A esganadura é exclusivamente homicida.
saída de um projétil? ( )Mesmo em mãos e pés macerados podemos colher impressões digitais
da vítima.
38-Perito que é perito reconhece algumas características de ferimentos que 61-A putrefação ocorre mais precoce ou tardiamente em uma vítima de
estão mais freqüentemente relacionadas com algum tipo de crime em asfixia?
especial. O que o perito pode pensar quando se depara com... 62-Pele anserina, maceração epidérmica, cadáver “gigantesco” e cogumelo
a)Feridas incisas de hesitação? de espuma fazem
b)Número de lesões maior do que o “esperado”, principalmente em face? o perito pensar em asfixia por qual causa?
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WINDOWS XP
Iniciando o Windows
Ao iniciar o windows XP a primeira tela que temos é tela de logon, nela,
selecionamos o usuário que irá utilizar o computador.
t
Botão Iniciar
Componentes da Janela
Meus documentos Para exemplificarmos uma janela, utilizaremos a janela de um aplicati-
A opção Meus Documentos abre apasta-padrão de armazenamento vo do Windows. O Bloco de Notas. Para abri−lo clique no botão Iniciar /
de arquivos. A pasta Meus Documentosrecebe todos os arquivos produzi- Todos os Programas / Acessórios / Bloco de Notas.
dospelo usuário: textos, planilhas, apresentações, imagens
etc.Naturalmente, você pode gravararquivos em outros lugares. Mas,
emcondições normais, eles são salvos na pasta Meus Documentos.
Se fôssemos analisar cada acessório que temos, encontraríamos vá- Minimizar: este botão oculta a janela da Área de trabalho e mantém o
rias aplicações, mas vamos citar as mais usadas e importantes. Imagine botão referente á janela na Barra de Tarefas. Para visualizar a janela
que você está montando um manual para ajudar as pessoas a trabalharem novamente, clique em seu botão na Barra de tarefas.
com um determinado programa do computador. Neste manual, com certe-
za você acrescentaria a imagem das janelas do programa. Para copiar as Maximizar: Este botão aumenta o tamanho da janela até que ela ocu-
janelas e retirar só a parte desejada, utilizaremos o Paint, que é um pro- pe toda a Área da Trabalho. Para que a janela volte ao tamanho original, o
grama para trabalharmos com imagens. As pessoas que trabalham com botão na Barra de Título, que era o maximizar, alternou para o botão
criação de páginas para a Internet utilizam o acessório Bloco de Notas, Restaurar. Clique neste botão e a janela será restaurada ao tamanho
que é um editor de texto muito simples. Assim, vimos duas aplicações para original.
dois acessórios diferentes.
Fechar: Este botão fecha o aplicativo que está sendo executado e sua
A pasta acessório é acessível dando−se um clique no botão Iniciar na janela. Esta mesma opção poderá ser utilizada pelo menu Arquivo/Sair. Se
Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e, no submenu o arquivos que estiver sendo criado ou modificado dentro da janela não foi
que aparece, escolha Acessórios. salvo antes de fechar o aplicativo, o Windows emitirá uma tela de alerta
perguntando se queremos ou não salvar o arquivo, ou cancelar a operação
de sair do aplicativo.
MEU COMPUTADOR
O ícone de Meu Computador representa todo o material em seu com-
putador. Meu Computador contém principalmente ícones que representam
as unidades de disco em seu sistema: a unidade de disquete A, o disco
rígido C e sua unidade de CD-ROM ou de DVD, bem como outros discos
rígidos, unidades removíveis etc. Clicar nesses ícones de unidade exibe o
Painel de controle
8. Clique na opção desejada.
9. Na próxima tela escolha a tarefa a ser realizada.
Meus Documentos
Seu disco rígido do PC tem uma grande quantidade de espaço onde
Você pode compartilhar a pasta Meus Documentos com outros com- Recuperando um arquivo
putadores conectados ao seu computador e com aqueles que estão confi- 1. Dê um clique duplo no ícone Lixeira.
gurados como um usuário diferente em seu computador. Siga exatamente 2. Localize o arquivo que você excluiu
os passos. 3. Clique uma vez no arquivo.
4. Clique em Arquivo.
Compartilhar Meus Documentos 5. Escolha Restaurar.
4. Clique com o botão direito do mouse na pasta Meus Docu-
mentos. Renomear um arquivo
5. Escolha Propriedades. 1. Localize o arquivo que quer renomear
6. Clique a guia Compartilhamento. Você pode utilizar o Explorer, ou se estiver abrindo um arquivo a
Isto traz a guia Compartilhamento para frente -onde você de- partir de qualquer pasta e encontrar aí um arquivo que quer reno-
cide quem consegue compartilhar, quem não, e quanto con- mear, você pode seguir os passos abaixo para alterar o nome de
trole essas pessoas têm sobre sua pasta. arquivo.
4. Escolha Compartilhar Esta Pasta. 2. Pressione a tecla F2.
Depois de pressionar a tecla F2, o texto do nome de arquivo já es-
Tudo agora ganha vida e você tem todo tipo de opção: tá selecionado para você. Você pode substituir inteiramente o no-
me existente, simplesmente começando a digitar ou mover o cur-
Criando uma pasta (DIRETÓRIO) sor para editar partes do nome.
A pasta Meus Documentos pode ficar facilmente desorganizada se 3. Digite um novo nome.
você não se antecipar e criar pastas adicionais para organizar melhor seu 4. Pressione Enter.
material. Lembre-se: Meus Documentos é como um grande gabinete de E aí está: você tem um novo nome.
arquivos. Quando precisar de um novo arquivo, digamos para um novo
assunto, você prepara uma pasta para ele. Conforme continuar a trabalhar, Copiando arquivos
você preencherá cada pasta com arquivos diferentes. No Windows, copiar um arquivo é como copiar informações em um
programa: você seleciona o arquivo e então escolhe Copiar do menu
Criar uma pasta (DIRETÓRIO) Editar. Para fazer a cópia, você localiza uma nova pasta ou unidade de
1. Dê um clique duplo em Meus Documentos. disco para o arquivo e então escolhe o comando Colar do menu Editar.
2. Clique em Arquivo > Novo, ou Isso é copiar e colar!
7. Em Meus Documentos clique com o botão direito do mouse
8. Novo > Pasta Copiar um arquivo
7. Localize o arquivo que quer copiar
COMO ABRIR ARQUIVOS E PASTAS 8. Clique com o botão direito do mouse no arquivo.
Tudo no Windows se abre com um clique duplo do mouse. Abra uma 9. Selecione Copiar.
pasta para exibir os arquivos (e talvez até outras pastas) armazenados 10. Localize o lugar onde você quer colar essa nova cópia.
nessa pasta. Abra um arquivo para iniciar um programa, ou abra um 11. Selecione Editar da barra de menus.
documento para editar. 12. Escolha Colar da lista.
Abrir um arquivo ou pasta Para ser realmente eficiente, você deve fazer isso a partir do Windows
1. Dê um clique duplo em um ícone da unidade de disco. Explorer. Todos os seus arquivos estão listados e disponíveis para serem
O ícone da unidade (C:) é uma boa escolha. Há sempre material manuseados. Apenas selecione o arquivo que quer copiar, escolha Editar
aí dentro. Um clique duplo no ícone abre unidade (C:) e permite do menu e então clique em Copiar. Agora, vá para a nova localização do
que você veja que arquivos e pastas residem lá. arquivo, clique em Editar novamente no menu e clique em Colar.
2. Dê um passeio.
Dê um clique duplo em uma pasta. Isso abre a pasta, e você vê Enviar Para
outra janela cheia de arquivos e talvez ainda mais pastas. A opção Enviar Para permite enviar uma cópia de um arquivo ou de
3. Para abrir outra pasta, dê um clique duplo em seu ícone. uma pasta para uma das muitas localizações: um disquete (normalmente
4. Feche a pasta quando tiver terminado. na unidade A:), sua área de trabalho, um destinatário de correio (por
Clique no botão fechar (x) da janela da pasta localizado no canto correio eletrônico) ou a pasta Meus Documentos.
superior direito da janela.
Utilizar Enviar Para
Só para lembrá-Io de onde você está com todos estes arquivos e pas- 1. Localize seu arquivo (ou pasta).
tas abertos, o nome da pasta atual que está vendo aparece na parte 2. Clique com o botão direito do mouse no arquivo.
superior da janela, na barra de título. 3. Escolha Enviar Para.
4. Clique em uma das quatro opções:
Excluindo arquivos ⇒ Disquete -Você deve ter um disco na unidade A: (ou sua unidade
Movendo arquivos
Mover arquivos é como copiar arquivos, embora o original seja excluí-
do; apenas a cópia (o arquivo "movido") permanece. É como recortar e
colar em qualquer programa. Lembre-se de que toda a questão em torno
de mover, copiar e excluir arquivos é para manter as coisas organizadas
de modo que seja fácil localizar seus arquivos.
Barra Padrão
Na barra Padrão, é aonde encontramos os botões para as tarefas que
executamos com mais freqüência, tais como: Abrir, salvar, Novo documen-
to, imprimir e etc.
Para iniciar o WordPad. Você pode ainda formatar o texto ainda pela caixa de diálogo para
1. Clique em Iniciar, aponte para Todos os Programas. formatação, para isso clique em: Menu Formatar / Fonte, a seguinte tela
2. Posicione o cursor do mouse em Acessórios. será apresentada:
3. Clique em WordPad.
Caixa de cores
Nesta caixa, selecionamos a cor que iremos utilizar, bem como a cor
do fundo em nossos desenhos.
Calculadora
A calculadora do Windows contém muito mais recursos do que uma
calculadora comum, pois além de efetuar as operações básicas, pode
ainda trabalhar como uma calculadora científica. Para abri-la, vá até aces-
sórios.
Calculadora padrão
Calculadora cientifica
Para utilizá-la com o mouse, basta clicar sobre o número ou função
desejada.
• O sinal de divisão é representado pela barra (I).
• A multiplicação é representada pelo asterisco (*)
• A raiz quadra é representado por [sqrt].
Mais uma característica do Windows Seven. Um sistema operacional O Centro de Boas-Vindas aparece quando o computador é ligado pela
multitarefa permite trabalhar com diversos programas ao mesmo tempo primeira vez, mas também pode aparecer sempre que se queira.
(Word e Excel abertos ao mesmo tempo).
Barra de tarefas
A barra de tarefas mostra quais as janelas estão abertas neste momento,
mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela,
permitindo assim, alternar entre estas janelas ou entre programas com
rapidez e facilidade.
Podemos alternar entre as janelas abertas com a seqüência de teclas É possível adicionar novos gadgets à Área de trabalho.
ALT+TAB (FLIP) permitindo escolher qual janela, ou programa deseja
manipular, ALT+ESC que alterna entre as janelas abertas seqüencialmen-
te e Tecla Windows (WINKEY) + TAB (FLIP 3D) também acessível pelo
botão.
Botão Iniciar
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá acesso
ao Menu Iniciar, de onde se podem acessar outros menus que, por sua
vez, acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar
mostra um menu vertical com várias opções. Alguns comandos do menu
Iniciar têm uma seta para a direita, significando que há opções adicionais
disponíveis em um menu secundário. Se você posicionar o ponteiro sobre
um item com uma seta, será exibido outro menu.
Executar:
Executar programas, arquivos, pasta, acessar páginas da internet, entre
outras utilidades.
Busca Instantânea: Com este recurso fica muito fácil localizar os arqui-
vos, programas, sites favoritos, músicas e qualquer outro arquivo do
usuário. Basta digitar e os resultados vão aparecendo na coluna da es-
querda.
Suspender: O Windows salva seu trabalho, não há necessidade de fechar Para alterar o tamanho da janela, clique na borda da janela e arraste-a até
os programas e arquivos antes de colocar o computador em suspensão. o tamanho desejado.
Na próxima vez que você ligar o computador (e inserir sua senha, se
necessário), a aparência da tela será exatamente igual a quando você
suspendeu o computador.
As informações que podem ser obtidas nesta barra são: Nome do Arquivo
e Nome do Aplicativo. Podemos mover a Janela a partir desta barra (clicar Ao clicar neste botão a janela retornará ao seu tamanho anterior, antes de
com o botão esquerdo do mouse, manter pressionado o clique e mover, ou ser maximizada. Caso a janela já inicie maximizado o tamanho será igual
arrastar). ao de qualquer outro não mantendo um padrão.
Dicas: Quando a Janela estiver Maximizada, ou seja, quando estiver Este botão aparece quando a janela está maximizada, não podendo mover
ocupando toda a área de trabalho a janela não pode ser movimentada. esta janela.
Arrastando a barra de título para o lado direito ou esquerdo da área de
trabalho (até que o cursor encoste no extremo direito ou esquerdo) o modo Botão Fechar:
de organização das janela “LADO a LADO” é sugerido.
Windows Explorer
No Windows, os Exploradores são as ferramentas principais para procurar,
visualizar e gerenciar informação e recursos – documentos, fotos, aplica-
ções, dispositivos e conteúdos da Internet. Dando uma experiência visual e O exemplo mostrado na ilustração introduzindo a palavra Internet no
funcional consistente, os novos Exploradores do Windows Seven permi- campo de Busca Instantânea resulta na apresentação de um número de
tem-lhe gerenciar a sua informação com flexibilidade e controle. Isto foi arquivos relacionados com o nome – arquivos cujo a palavra é menciona-
conseguido pela inclusão dos menus, barras de ferramentas, áreas de da tanto no nome como no conteúdo do arquivo.
navegação e antevisão numa única interface que é consistente em todo o Barra de Ferramentas (Comandos)
sistema.
Organizar
Ao abrir o Windows Explorer o novo sistema de BIBLIOTECAS permite
acesso rápido as principais pastas do usuário. O comando Organizar exibe uma série de comandos como, por exemplo,
recortar, copiar, colar, desfazer, refazer, selecionar tudo, Layout do Explo-
rador (Barra de menus, Painel de Detalhes, Painel de Visualização e
Painel de Navegação), Opções de pasta e pesquisa, excluir, renomear,
remover propriedades, propriedades e fechar.
A barra de comandos muda conforme o tipo de arquivo escolhido na pasta.
A nova Barra de Comandos mostra-lhe as tarefas que são mais apropria-
das aos arquivos que estão a sendo exibidos no Explorador. O conteúdo
da Barra de Comandos é baseado no conteúdo da janela. Por exemplo, a
Barra de Comandos do Explorador de Documentos contém tarefas apro-
priadas para trabalhar com documentos enquanto que a mesma barra no
Explorador de Fotos contém tarefas apropriadas para trabalhar com ima-
gens.
Ao contrário do Windows XP e Exploradores anteriores, tanto a Barra de
Comandos como a Área de Navegação estão disponíveis simultaneamen-
te, assim as tarefas na Barra de Comandos estão sempre disponíveis para
Os elementos chave dos Exploradores do Windows Seven são: que não tenha que andar a alternar entre a Área de Navegação e a Barra
de Comandos.
Busca Instantânea, que está sempre disponível.
Área de Navegação, que contém tanto as novas Pastas de Bus-
ca e as pastas tradicionais.
Barra de Comandos, que lhe mostra as tarefas apropriadas para
os arquivos que estão sendo exibidos.
Live Icons, que lhe mostram uma pré-visualização em miniatura
(Thumbnail), do conteúdo de cada pasta.
Área de Visualização, que lhe mostra informações adicionais so-
bre os arquivos. Live Icons (Modos de Exibição)
Área de Leitura, que permite aos utilizadores ver uma antevisão Os ícones “ao vivo” no Windows Seven são um grande melhoramento em
do conteúdo nas aplicações que suportem esta função. relação aos ícones tradicionais. Nas aplicações que tenham esta funciona-
lidade disponível, os Live Icons fornecem-lhe uma pré-visualização em
Barras de Endereço, Barras de Título e recursos melhorados. miniatura do conteúdo de cada arquivo, em vez de uma representação
genérica da aplicação que está associada ao arquivo. Conseguirá ver pré-
visualização dos arquivos - incluindo as primeiras páginas dos seus docu-
Busca Instantânea mentos, as suas fotos e mesmo as capas dos álbuns das músicas que têm
gravadas no computador sem ter que abrir qualquer desses arquivos.
Barra de Endereços
A Barra de Endereços melhorada contém menus que percorrem todas as
etapas de navegação, permitindo-lhe andar para trás ou para frente em
qualquer ponto de navegação.
Lixeira do Windows
É uma pasta que armazena temporariamente arquivos excluídos. Pode-
mos restaurar arquivos excluídos.
Dicas: O tamanho padrão é personalizado (podemos alterar o tamanho da
lixeira acessando as propriedades da lixeira);
Com a Área de Antevisão já não tem que clicar com o botão direito do
mouse em um arquivo para abrir a caixa das propriedades. Em vez disso,
uma descrição completa das propriedades do arquivo está sempre visível
no Painel de detalhes. Aqui também é possível adicionar ou editar proprie-
dades de um ou mais arquivos.
Painel de Visualização
De forma a oferecer-lhe uma maneira ainda mais completa de pré-
visualizar os conteúdos dos documentos sem ter que os abrir, os Explora-
dores como o Explorador de Documentos, Explorador de Música e o
Explorador de Imagens oferecem-lhe um Painel de Visualização opcional.
Nas aplicações que disponibilizem esta funcionalidade poderá navegar por
pré-visualizações legíveis de vários documentos ou antever alguns segun-
dos do conteúdo de arquivos de mídia.
Paint
Editor simples de imagens do Windows. A extensão padrão é a BMP.
Permite manipular arquivos de imagens com as extensões: JPG ou JPEG,
GIF, TIFF, PNG, ICO entre outras.
A pasta Acessórios é acessível dando−se um clique no botão Iniciar na Editor de vídeos. Permite a criação e edição de vídeos. Permite inserir
Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e no submenu, narrações, músicas, legendas, etc... Possui vários efeitos de transição
que aparece, escolha Acessórios. para unir cortes ou cenas do vídeo. A extensão padrão gerada pelo Movie
Maker é a MSWMM se desejar salvar o projeto ou WMV se desejar salvar
Bloco de Notas o vídeo.
Editor simples de texto utilizado para gerar programas, retirar a formatação
de um texto e etc.
Verificador de Erros
Varre a unidade em busca de erros, defeitos ou arquivos corrompidos e
caso o usuário deseje e tenta corrigi-los automaticamente.
Os principais tipos de backup são:
Normal: limpa os marcadores. Faz o backup de arquivos e pastas selecio-
nados. Agiliza o processo de restauração, pois somente um backup será
restaurado.
Cópia: não limpa os marcadores. Faz o backup de arquivos e pastas
selecionados.
Diferencial: não limpa os marcadores. Faz o backup somente de arquivos
e pastas selecionados que foram alterados após o ultimo backup.
Incremental: limpa os marcadores. Faz o backup somente de arquivos e
pastas selecionados que foram alterados após o ultimo backup.
Diário: não limpa os marcadores. Faz o backup de arquivos e pastas
selecionados que foram alterados durante o dia.
Ferramentas de Segurança
Recursos como o Firewall do Windows e o Windows Defender podem
Desfragmentador de Disco ajudar a manter a segurança do computador. A Central de Segurança do
É um utilitário que reorganiza os dados em seu disco rígido, de modo que Windows tem links para verificar o status do firewall, do software antivírus
cada arquivo seja armazenado em blocos contíguos, ao invés de serem e da atualização do computador. O UAC (Controle de Conta de Usuário)
dispersos em diferentes áreas do disco e elimina os espaços em branco. pode ajudar a impedir alterações não autorizadas no computador solicitan-
do permissão antes de executar ações capazes de afetar potencialmente a
operação do computador ou que alteram configurações que afetam outros
usuários.
Firewall do Windows
Um firewall é uma primeira linha de defesa contra muitos tipos de malware
(programa malicioso). Configurada como deve ser, pode parar muitos tipos
de malware antes que possam infectar o seu computador ou outros com-
putadores na sua rede. O Windows Firewall, que vem com o Windows
Seven, está ligado por omissão e começa a proteger o seu PC assim que
o Windows é iniciado. Foi criado para ser fácil de usar, com poucas opções
de configuração e uma interface simples.
Mais eficiente que o Firewall nas versões anteriores do Windows, a firewall
do Windows Seven ajuda-o a proteger-se restringindo outros recursos do
sistema operacional se comportarem de maneira inesperada – um indica-
dor comum da presença de malware.
Windows Update
Outra funcionalidade importante do Windows Seven é o Windows Update,
que ajuda a manter o seu computador atualizado oferecendo a opção de
baixar e instalar automaticamente as últimas atualizações de segurança e
Backup (cópia de segurança) funcionalidade. O processo de atualização foi desenvolvido para ser sim-
ples – a atualização ocorre em segundo plano e se for preciso reiniciar o
Permite transferir arquivos do HD para outras unidades de armazenamen- computador, poderá ser feito em qualquer outro momento.
to. As cópias realizadas podem seguir um padrão de intervalos entre um
backup e outro.
Não podem existir dois arquivos com o mesmo nome em um diretório, Exemplo de diretório
ou um sub−diretório com um mesmo nome de um arquivo em um mesmo Um exemplo de diretório é o seu diretório de usuário, todos seus ar-
diretório. quivos essenciais devem ser colocadas neste diretório. Um diretório pode
conter outro diretório, isto é útil quando temos muitos arquivos e queremos
Um diretório nos sistemas Linux/UNIX são especificados por uma "/" e melhorar sua organização. Abaixo um exemplo de uma empresa que
não uma "\" como é feito no DOS. precisa controlar os arquivos de Pedidos que emite para as fábricas:
/pub/vendas − diretório principal de vendas /pub/vendas/mes01−05 −
Diretório Raíz diretório contendo vendas do mês 01/2005 /pub/vendas/mes02−05 −
Este é o diretório principal do sistema. Dentro dele estão todos os dire- diretório contendo vendas do mês 02/2005/pub/vendas/mes03−05 − diretó-
tórios do sistema. O diretório Raíz é representado por uma "/", assim se rio contendo vendas do mês 03/2005
você digitar o comando cd / você estará acessando este diretório. • o diretório vendas é o diretório principal.
• mes01−05 subdiretório que contém os arquivos de vendas
No exemplo anterior, nosso trabalho de história pode ser identificado A posição onde o comando será digitado é marcado um "traço" pis-
mais facilmente caso fosse gravado com o nome trabalho.text ou traba- cante na tela chamado de cursor. Tanto em shells texto como em gráficos
lho.txt. Também é permitido gravar o arquivo com o nome Trabalho de é necessário o uso do cursor para sabermos onde iniciar a digitação de
Historia.txt mas não é recomendado gravar nomes de arquivos e diretórios textos e nos orientarmos quanto a posição na tela.
com espaços. Porque será necessário colocar o nome do arquivo entre
"aspas" para acessa−lo (por exemplo, cat "Trabalho de Historia.txt"). Ao O aviso de comando do usuário root é identificado por uma # (tralha),
invés de usar espaços, prefira capitalizar o arquivo (usar letras maiúsculas e o aviso de comando de usuários é identificado pelo símbolo $. Isto é
e minúsculas para identifica−lo): TrabalhodeHistoria.txt. padrão em sistemas UNIX.
Se estiver usando o modo gráfico, você deve segurar CTRL+ ALT en- Onde:
quanto pressiona uma tela de <F1> a <F6>.
No aviso de comando #(root) ou $(usuário), digite o nome do comando Supondo que você quer imprimir o texto contido do arquivo trabalho.txt
e tecle Enter. O programa/comando é executado e receberá um número de e a porta de impressora em seusistema é /dev/lp0, você pode usar os
identificação (chamado de PID − Process Identification), este número é útil seguintes comandos:
para identificar o processo no sistema e assim ter um controle sobre sua cat trabalho.txt >/dev/lp0. Direciona a saída do comando cat para a
execução. Todo o programa executado no GNU/Linux roda sob o controle impressora.
das permissões de acesso. cat <trabalho.txt >/dev/lp0. Faz a mesma coisa que o acima.
cat −n trabalho.txt >/dev/lp0 − Numera as linhas durante a impressão.
Tipos de Execução de comandos/programas head −n 30 trabalho.txt >/dev/lp0 − Imprime as 30 linhas iniciais do ar-
Um programa pode ser executado de duas formas: quivo.
cat trabalho.txt|tee /dev/lp0 − Mostra o conteúdo do cat na tela e envia
Primeiro Plano − Também chamado de foreground. Quando você de- também para a impressora.
ve esperar o término da execução de um programa para executar um novo
comando. Somente é mostrado o aviso de comando após o término de Os métodos acima servem somente para imprimir em modo texto (le-
execução do comando/programa. tras, números e caracteres semi−gráficos).
Interface do KDE
Uma das novidades do KDE é o Plastik, que é um estilo de menus
transparente e muito bonito. Na Figura 2.2. Interface do KDE você pode
ver a janela do ambiente inicial do KDE.
• useradd usuário: cria uma nova conta usuário, por exemplo, use-
radd marvin cria o usuário marvin;
• userdel usuário: apaga a conta do usuário especificado;
• uptime: mostra a quantas horas seu computador está ligado;
• vi: inicia o editor de textos vi. Saiba mais aqui;
• whereis nome: procura pelo binário do arquivo indicado, útil para
conhecer seu diretório ou se ele existe no sistema;
• w: mostra os usuários logados atualmente no computador (útil pa-
ra servidores);
• who: mostra quem está usando o sistema.
Finalizando
Praticamente todos os comandos citados possuem parâmetros que Figura 2.2. Interface do KDE
permitem incrementar suas funcionalidades. Por exemplo, se você digitar o
comando ls com o parâmetro -R (ls -R), este mostrará todos os arquivos A Área de Trabalho do KDE
do diretório, inclusive os ocultos. A área de trabalho compreende a área central (com o papel de pare-
de), o painel (ou barra de ferramentas) e os ícones de atalhos para dispo-
A melhor forma de conhecer os parâmetros adicionais de cada co- sitivos e programas. Podem ser adicionados novos itens na área de traba-
mando é consultando as informações de ajuda. Para isso, pode-se usar o lho, conforme você preferir. Estes itens podem ser tanto pastas de arqui-
recurso --help. Veja o exemplo para o comando ls: vos e aplicativos, quanto dispositivos de sistemas. Na área de trabalho do
ls --help KDE você também pode alterar o papel de parede e acessar alguns menus
especiais, clicando com o botão direito sobre o papel de parede.
Também é possível utilizar o comando man (desde que seu conteúdo
esteja instalado), que geralmente fornece informações mais detalhadas. Serão explicados agora os itens mais importantes da interface do
Par usar o man para obter detalhes do comando cp, por exemplo, a sinta- KDE. Lembre-se apenas que este Desktop é altamente gerenciável, ou
xe é: seja, o usuário pode deixar o KDE ao seu gosto, trocando praticamente
man cp toda a interface dele, ou deixando ela semelhante a interface de outros
sistemas operacionais.
Se você estiver utilizando o bash, pode-se aplicar o comando help ou
info da mesma forma que o comando man: O Painel ou Barra de Ferramentas
help cp Está localizado na parte inferior da janela e é utilizado para gerenciar
info cp a sua sessão do KDE. Ele possui menus que possibilitam o gerenciamento
da Área de Trabalho na qual o usuário está, e dos aplicativos que estão
Por padrão, o Conectiva Linux deixou três ícones com atalhos no pai-
nel. Um deles chama-se Meus Arquivos, e é um atalho para abrir o Kon-
queror como gerenciador de arquivos. O segundo chama-se Mostrar Área
de Trabalho e é um atalho para a visualização da sua área de trabalho, e o
último é um atalho para o navegador Internet. Para inserir mais ícones de
atalhos, basta clicar com o botão direito sobre o painel e escolher a opção
Adicionar -> Botão do Aplicativo, escolhendo em seguida o aplicativo a ser
deixado na barra de alhos. Se você desejar inserir uma pasta (ou a Lixeira)
nesta barra de botões de atalho, quando você tentar arrastá-la, o sistema
perguntará para você a maneira que deseja adicionar este ícone, que pode
ser como Navegador Rápido, que quando clicado abre uma barra de Figura 2.4. Aparência da Janela do KDE
menus com o conteúdo da pasta, ou como URL de Gerenciador de Arqui-
vos, que quando clicado abre uma janela do Konqueror para você navegar Será usada a janela do editor de texto avançado apenas como ilustra-
pela pasta. ção, não importa qual aplicativo você esteja utilizando. A aparência pode
ser modificada utilizando o Centro de Controle KDE que será visto mais à
Diversas Áreas de Trabalho frente. Observe a parte superior da janela: você pode notar que existem
Na barra de ferramentas estão presentes, ao lado dos atalhos, dois vários botões que executam determinadas ações. Começando da direita
ícones numerados, que representam uma Área de Trabalho do KDE. Você para a esquerda você tem:
pode usar várias Áreas de Trabalho ao mesmo tempo, para agilizar seu • O botão com um x fecha a janela.
serviço. Para cada nova Área de Trabalho criada, será criado um ícone de • O botão com um “quadrado” maximiza a janela.
número para representá-la.
• O botão com uma “linha” minimiza a janela.
Barra de Tarefas • O botão com um “?” (ponto de interrogação) representa a ajuda
A barra de tarefas está localizada ao lado dos botões dos Desktops clique sobre este botão e repare que um sinal de “?” seguirá o
Virtuais. Cada vez que você abre um aplicativo no Linux, fica um ícone ponteiro do mouse. Quando tiver dúvidas sobre a utilização de um
dele na barra de tarefas, indicando que ele está em uso. botão, clique sobre o botão da ajuda, e em seguida sobre o botão
que você tem dúvidas sobre a utilização. Abrirá uma janela com
O Menu K um texto de ajuda.
É um menu que contém atalhos para a maioria dos programas do • A barra de título da janela tem o nome do aplicativo.
KDE. Estes atalhos são divididos em tipos de programas semelhantes, ou • O ícone da aplicação na barra de ferramentas permite modificar
seja, os programas de escritório estão no atalho de escritório, e assim por as características da janela. Para isso clique com o botão direito
diante. No fim deste capítulo será feita uma explicação mais detalhada sobre ele.
sobre este menu.
Na área de trabalho do Desktop, existe um menu com diversas opções
Gerenciador de área de Transferência (Klipper) interessantes, que servem para dar mais rapidez ao trabalho do dia-a-dia.
Ainda na barra de ferramentas, está o gerenciador da área de transfe- A Figura 2.5. Menu da Área de Trabalho mostra este menu de opções.
rência, que é um programa que guarda o histórico de cópia e colagem que
você faz no seu sistema. É útil, pois você pode copiar várias coisas ao Para acessar este menu, clique com o botão direito do mouse sobre
tempo tempo, e não apenas uma coisa de cada vez. uma área livre da área de trabalho.
Data e Hora
É o relógio que aparece no canto direito da sua barra de ferramentas.
Com um clique sobre ele, aparecerá um calendário para você. Para ajustar
a data e hora, clique com o botão direito sobre ele e depois em Ajustar
Data e Hora.
CD-ROM e Disquete
Dentre os ícones da área de trabalho, encontram-se os de CD-ROM e
Disquete. O Conectiva Linux traz o supermount, que é um programa que
permite o acesso a disquetes e CD-ROMs com um clique.
Veja que o painel esquerdo também foi atualizado quando você criou
a pasta: isso ocorre porque as duas janelas estão interligadas. Observe
também que no canto inferior direito de cada painel existe uma caixa de
marcação. As duas caixas estão marcadas indicando a interligação das
janelas. Clicando por sobre a caixa de marcação você desvincula os
painéis. Esse recurso é útil quando você quer acessar um site de FTP num
painel, e em outro, acessar os arquivos da sua máquina.
Quando você criou o diretório Teste deve ter notado que pode criar
arquivos nesse menu também. Os arquivos que são criados dessa manei-
ra não têm conteúdo algum, apenas possuem um nome.
Alguns outros detalhes do Konqueror merecem atenção especial, co- Figura 2.11. Barra de Localização com Endereço Modificado
mo por exemplo, a maneira pela qual ele apaga os arquivos. Ele fornece
três ações que podem ser executadas para remover um arquivo: Observe que é bem fácil criar esses "filtros", que ajudam quando são
1. Movendo-os para a lixeira. procurados por determinado tipo de arquivos dentro de um diretório com
2. Apagando-os da maneira convencional. muitos arquivos.
3. Apagando o arquivo e sobrescrevendo a área ocupada no disco
com dados aleatórios e removendo esses dados diversas vezes, Agora que já conhece algumas das opções existentes no Konqueror,
garantindo assim que os arquivos não serão recuperados. veja alguns menus que fornecem mais algumas funcionalidades, na Figura
2.12. Menus Superiores do Konqueror.
As teclas de atalho associadas a essas funções são as seguintes:
1. Mover os arquivos para a lixeira: Del Figura 2.12. Menus Superiores do Konqueror
2. Apagar os arquivos: Shift - Del.
Nesta imagem observa-se o menu superior do Konqueror, onde o me-
Quando você for apagar os arquivos com um Shift-Del, o sistema nu Localização permite:
perguntará se você tem certeza disso. Nesta mesma janela, tem uma caixa • Informar um novo endereço a ser aberto.
com a seguinte mensagem: Não mostre esta mensagem novamente.
• Abrir uma nova janela com o conteúdo atual do Konqueror.
Deixe esta caixa marcada, caso não queira mais ver esta janela.
• Duplicar a janela.
Quando você apagar o arquivo com um Del, este arquivo vai para a li- • Sair do Konqueror.
xeira. Caso exista outro arquivo com um nome igual, na lixeira, o sistema
lhe perguntará se você deseja sobrescrever o arquivo antigo, ou deseja No menu Editar você pode:
mudar o nome do arquivo que você está apagando. • Desfazer a última ação efetuada.
• Copiar e colar arquivos da área de transferência.
O Konqueror é a que possibilita "filtrar" os arquivos que serão mostra- • Criar novos arquivos.
dos no painel. Para fazer isto, basta que você especifique um padrão de
• Modificar a seleção dos arquivos do painel.
procura (por exemplo: *.jpg para buscar todos os arquivos da pasta atual,
finalizados com jpg, ou seja, arquivos de figuras) ao final do endereço do
No menu Ver você pode modificar o modo de visão, recarregar o con-
diretório na barra de localização.
teúdo dos painéis, atribuir uma imagem de fundo ao painel, além de outras
opções. No menu Ferramentas existe uma opção de abrir um terminal
Veja o conteúdo da barra de localização antes da seleção:
texto no diretório atual, executar um comando e procurar um arquivo.
GNOME
O que é GNOME
Usuários mais experientes de sistemas operacionais baseados em U-
nix, têm prática na utilização de comandos digitados (o chamado "modo
texto") para executar tarefas no computador, mesmo porque, em alguns
casos, somente isso é necessário. No entanto, se você quer ver imagens,
vídeos, utilizar o mouse e aplicações gráficas, é necessário o uso de um Nautilus
ambiente gráfico. O Nautilus é um intuitivo gerenciador de arquivos. Usuários do Win-
dows o entenderão como o Windows Explorer do GNOME. Ele permite não
Para essa finalidade, utilizá-se ferramentas que tornam possíveis a e- só a navegação entre diretórios, como a visualização de arquivos em
xistência de um modo gráfico. Os mais conhecidos são os sistemas gráfi- miniaturas e a possibilidade de copiar ou mover pastas e arquivos. Além
cos Xfree86 e X.Org, este último mais atual. Grossamente falando, esses disso, o Nautilus oferece algumas funcionalidades interessantes, como a
softwares permitem que um ambiente gráfico funcione no sistema opera- criação de CDs, a alteração de permissões de arquivos com o uso do
cional. mouse, opção de busca de arquivos, enfim.
Os sistemas gráficos não trabalham sozinhos. É necessário comple- O Nautilus também associa determinados tipos de arquivos a progra-
mentá-los com gerenciadores de janelas (ou window managers), que são mas, de forma que basta clicar em um arquivo de música no formato Ogg
ferramentas que permitem controlar o tamanho de janelas, botões, cores, Vorbis, por exemplo, para ele acionar um software que o execute. Além
ícones, efeitos visuais, entre outros. disso, a ferramenta também é capaz de acessar diretórios através de FTP,
Samba, entre outros.
É neste ponto que o GNOME entra. Além de trabalhar com todos os
recursos gráficos, o GNOME também oferece um ambiente de desktop
completo, isto é, disponibiliza aplicativos para diversas finalidades (como
jogos, editores de texto, planilhas, gerenciadores de arquivos, manipulado-
res de imagens, ferramentas para redes, etc), controla recursos do compu-
tador, enfim.
Características do GNOME
O GNOME é um projeto em constante desenvolvimento, o que signifi- Multimídia
ca que, com o passar do tempo, algumas de suas características mudam. Para aplicações de áudio e vídeo, o GNOME oferece ferramentas mui-
Naturalmente, as versões usada pelo InfoWester para este artigo - a 2.12 e to boas. O destaque fica por conta do Totem, um player compatível com
a 2.14 - têm muitas diferenças em relação às primeiras. De qualquer vários formatos multimídia, além de ser capaz de executar DVDs.
forma, veremos a partir do próximo tópico os recursos mais interessantes
do GNOME. O Totem é baseado no framework GStreamer, que permite executar
WORD 2007
O Office Word 2007 está com um novo formato, uma nova interface do
usuário que substitui os menus, as barras de ferramentas e a maioria dos
painéis de tarefas das versões anteriores do Word com um único meca-
nismo simples e fácil de aprender.
A nova interface do usuário foi criada para ajudá-lo a ser mais produtivo no
Word, para facilitar a localização dos recursos certos para diversas tarefas,
para descobrir novas funcionalidades e ser mais eficiente. DESFAZER
Definição: Desfaz a digitação, supomos que você tenha digitado uma linha
A principal substituição de menus e barras de ferramentas no Office Word por engano é só clicar no botão desfazer que ele vai desfazendo digitação.
2007 é a Faixa de Opções. Criada para uma fácil navegação, a Faixa de A opção desfazer é localizado no topo da tela
Opções consiste de guias organizadas ao redor de situações ou objetos
específicos.
1º Colocar o botão clique na seta ao lado do Refazer digitação vai apare- Navega para a próxima página do documento
cer um submenu marque a opção visualização de impressão
Navega para página anterior do documento
ZOOM
Definição: Zoom significa Aumentar ou diminuir a visualização do docu-
mento você define o zoom em porcentagem quando o zoom é aumentado
você consegue visualizar o seu documento mais próximo da tela, quando
ele é diminuído você consegue visualizar o documento mais distante da
tela.
2º clique sobre
MUDANDO DE PAGINA
Definição: Essas opções PRÓXIMA PÁGINA e PÁGINA ANTERIOR que
aparecem quando você visualiza impressão elas permitem que você
visualize todas as páginas de seu documento sem precisar sair do visuali-
zar impressão.
2º Escolha Documento em Branco e Criar
1º clique
IMPRESSÃO RÁPIDA
Definição:
Definição: imprime em folha
Em Intervalo de Página
Por padrão esse botão não aparece no topo para colocá-lo
• Todos: Significa que todas as páginas do documento serão impressas
• Página Atual: Significa que apenas a página que tiver o cursor nela
será impressa
• Paginas: Neste campo são definidas quais páginas serão impressas
ex: 1, 2,3 coloque a vírgula como separador Em Cópias
• Numero de Cópias: escolha a quantidade de cópias que você irá
querer clicando na setinha pra cima para aumentar e setinha pra baixo
para diminuir a quantidade de cópias
ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA
Definição: a verificação de ortografia permite a correção de erros ortográfi-
cos e de palavras digitadas erradas, existe o erro que aparece com um
risco verde em baixo da palavra significando que aquela palavra tem erro
ortográfico, ou seja, excesso de espaço, conjugação do verbo errado, erro
de crase, etc.
1º clique sobre a Impressora Existe também outro erro quando a palavra aparece com um risco verme-
lho este tipo de erro aparece quando a palavra digitada não existe no
IMPRIMIR dicionário do Word.
Definição: Outro modo de imprimir um documento aqui poderá escolher Obs. Um exemplo utilizando os dois erros o Verde e o Vermelho
quais páginas, quantas cópias serão impressas, enquanto na impressão
rápida ele imprime o documento inteiro se tiver 10 páginas as 10 serão 1º O primeiro erro é o verde esta entre Carga e o do contém entre essas
impressas. duas palavras um excesso de espaço, ou seja, ao invés de se colocar
apenas um espaço foi colocado dois.
Ex: Carga do Sistema Operacional
1º clique sobre ou (CTRL+P)
2º O Segundo erro é o vermelho o ocasionamento deste erro foi que no
dicionário do Word a palavra que existe é ortográfico e não ortogra-
fio.
Ex:Verifique a ortografio
SELECIONANDO TEXTO
Definição: Para selecionar um texto coloque o cursor do mouse antes da
primeira palavra do texto quando o cursor virar um I clique com o botão
esquerdo e o segure arrastando-o, olhe no exemplo abaixo a parte roxa é
a parte do texto selecionada.
Ex:
COPIANDO TEXTO
Definição: Quando é necessário utilizar um determinado texto em outro
documento não é necessário digitar tudo novamente faça o seguinte.
2º Forma: é usar o Corretor ortográfico 1º selecione parte do texto a ser copiado
2º Na Aba Inicio clique sobre Copiar ou (CTRL+C)
RECORTAR TEXTO
Definição: Recortar um texto é o ato de se transferir de um lugar para
outro, sendo diferente do copiar que copia o texto e mantém o texto no
lugar, enquanto que o recortar arranca-o daquele lugar onde esta para
outro que você escolher.
Negrito
Definição: O negrito geralmente é utilizado para destacar uma letra, uma
palavra que você acha muito importante quando o negrito é colocado a
letra fica mais grossa que as normais.
1º Selecione o texto a ser negritado
Próximo erro: O Word acusou outro erro e mostra várias opções para que
você escolha procure a palavra que é correta e clique em Alterar no nosso 2º Aba início clique em Negrito ou (CTRL+N)
caso a correta é a primeira que ele mostra selecione-a e clique em Alterar Ex: Carro
Obs. Para retirar o negrito do texto selecione o texto que foi negritado e
desmarque a opção
Sublinhado
Definição: O sublinhado faz com que o texto fique com um risco em baixo
1º Selecione o texto a ser sublinhado
2º Aba Início clique em Sublinhado ou (CTRL+S)
Ex: Office 2007
Obs. Para retirar o sublinhado do texto selecione o texto que foi sublinhado
e desmarque a opção
Obs. Para retirar o tachado do texto selecione o texto que tem o Tachado Alinhar à Direita
e desmarque a opção Definição: Faz com o texto fique alinhada a sua direita
1º Selecione o texto a ser alinhado
Cor da fonte 2º Aba Início clique em Alinhar texto à Direita
Definição: Cor da fonte é utilizada quando se deseja alterar a cor do texto
ou de uma palavra Justificar
1º Selecione o texto a ser mudada a cor Definição: Alinha a margem direita e esquerda, adicionando espaços
2º Aba Início clique em Cor da Fonte extras entre as palavras conforme o necessário
1º Selecione o texto a ser alinhado
Obs. Quando falar fonte significa letra 2º Aba Início clique em Justificar ou (CTRL+J)
Tipo da fonte Ex: A memória ROM significa Memória apenas de leitura. Esta memória
Definição: Tipo da fonte permite ao usuário a mudança do estilo da letra. que esta fixa ao computador, não pode ser ampliada e vem com instruções
1º Selecione o texto a ser mudado o tipo da fonte que fazem a checagem geral. No instante inicial quando se liga o compu-
2º Aba Início clique em Tipo da Fonte ou (C- tador for encontrado algum problema é emitido um sinal com um código de
TRL+SHIFT+F) alerta.
Ex: Carro
Obs. Olhe como a margem esquerda e direita ficaram retas
Tamanho da fonte
Definição: Tamanho da fonte permite que a letra seja aumentada ou dimi- Marcadores
nuída 1º Aba Inicio clique em Marcador
1º Selecione o texto a ser mudado o tipo da fonte (letra) Ex:
2º Aba Início clique em Tipo da Fonte ou (CTRL+SHIFT+P) • Vectra
• Corsa
Aumentar Fonte
Definição: Aqui é outro modo de se aumentar a letra Obs. Para que a próxima linha tenha um marcador aperte ENTER para
1º Selecione o texto a ser mudado pular para linha de baixo
2º Aba Início clique em Aumentar Fonte ou (CTRL+SHIFT+>) Numeração
Reduzir Fonte 1º Aba Inicio clique em Numeração
Definição: outro modo de se diminuir o tamanho da letra Ex:
1º Selecione o texto a ser mudado 1. Vectra
2. Corsa
2º Aba Início clique em Reduzir Fonte ou (CTRL+SHIFT+<)
Aumentar Recuo
Primeira letra da sentença em maiúscula
Definição: faz com que a primeira letra do parágrafo selecionado fique em 1º Coloque o cursor no início do parágrafo na Aba Início clique em
maiúscula Aumentar Recuo ele vai criar um espaço entre a margem esquerda e
o parágrafo é o mesmo que apertar a tecla TAB
1º Aba Início 2º Coloque o curso no início da palavra e na Aba Início clique em Dimi-
Ex: Convertendo a primeira letra para maiúscula
nuir Recuo ele vai diminuir o espaço entre o seu parágrafo e a
Minúscula margem esquerda é o mesmo que apertar o BACKSPACE
Definição: faz com que todo texto selecionado fique em minúscula
Espaçamento entre as linhas
1º Aba Início Definição: Espaçamento é um espaço dado entre uma linha e outra
Ex: convertendo todo texto para minúscula
1º Na Aba Início clique em Espaçamento entre linhas escolha 1,5
Maiúsculas
Definição: Faz com que todo texto selecionado fique em maiúscula Localizar
Definição: Serve para localizar qualquer palavra em seu documento.
1º Aba Início
Ex: CONVERTENDO TODO TEXTO SELECIONADO PARA MAIÚSCULA
Substituir
Definição: Serve para substituir uma palavra por outra
Ex: País decide ampliar o programa nuclear
1º Aba Inserir
Ex: Digite: Apostila Office 2007
Obs.
Substituir: A palavra encontrada é substituída 1º Aba Inserir Editar Cabeçalho clique em
Substitui Tudo: A palavra encontrada e todas iguais a ela serão substituí- Escolha o modelo de data e hora a serem exibidos
das
Ficará: País decide ampliar o projeto nuclear Letra Capitular
Definição: Cria uma letra maiúscula no ínicio de um parágrafo
INSERIR NÚMERO DE PÁGINA 1º Selecione a letra que vai receber o capitular
Definição: Numerar pagina significa numerá-las seqüencialmente. 2º Aba Inserir escolha Capitular
Obs. Para retirar o capitular selecione a letra capitulada e escolha a opção
1º Guia inserir temos as seguintes opções: nenhum
1. Início da Página: a numeração ficará no início da Página
2. Fim da Página: Será colocada a numeração no fim da página WORDART
Definição: Inserir um texto decorativo no documento
INSERIR CABEÇALHO E RODAPÉ
1º Clique em e escolha o Modelo e clique em cima
2º É nesta caixa que é digitado o texto que irá aparecer deixe este texto
mesmo e aperte OK
Inserindo Cabeçalho
Definição: O conteúdo do cabeçalho será exibido no alto de cada página Selecionando o Wordart
impressa Para que você formate o seu wordart é necessário selecioná-lo, para fazê-
lo clique em cima irá aparecer um quadrado pontilhado em volta, quando
1ºAba Inserir um texto feito com o wordart é selecionado aparece uma Aba chamada
Ex: Digite: Apostila Office 2007 formatar é nessa aba que ocorre a formatação do seu texto.
Data e Hora no Cabeçalho
Ex:
1º Selecione
Digite a seguinte frase:
1º Selecione-o
2º Na Aba formatar Espaçamento
2º Na Aba Formatar/Alinhar Texto
3º Escolha Muito Afastado
Efeito sombra
Definição: Adiciona uma sombra à forma
Igualar altura
Definição: Deixa todas as letras com a mesma altura
1º Selecione
Digite a seguinte frase:
2º Na Aba formatar Igualar Altura 1º selecione-o
Ex:
2º Na Aba formatar Efeito sombra escolha estilo Sombra 8
Texto Vertical do Wordart
Definição: Desenha o texto verticalmente com as letras empilhadas uma Deslocando a sombra
em cima da outra Definição: O Word dá possibilidade de poder movimentar a sombra pra
direita, esquerda, a cima e abaixo
1º Selecione
2º Na Aba formatar Texto Vertical do Wordart
Ex:
Efeitos 3D
Definição: Coloca efeito 3D sobre o texto feito no wordart
2º Aba Formatar
3º Clique em Efeito 3d e escolha 3D4
COLUNAS
Definição: Divide o texto em duas ou mais colunas
1º Selecione o texto a ser dividido em coluna
2º Aba layout da Página
CONFIGURAR PÁGINA
QUEBRA DE PÁGINA
Descrição: Quando uma página chega ao fim é necessário pular para a
próxima página é através
de quebras de páginas que se consegue
Movimentando a figura
1º Botão direito em cima da figura Formatar Imagem
1º Aba Inserir/Imagem
2º Localize a figura e clique em inserir
CLIPART
Definição: são desenhos que são inseridos no documento
1º Aba Inserir
2º Na tela abaixo clique em Organizar Clipes
MARCA D’ÁGUA
Definição: Insere um texto fantasma atrás do conteúdo da página
1º Aba Layout Da Pagina
2º Nesta tela é definido se você vai querer figura ou texto para servir de
marca d’água
BORDAS E SOMBREAMENTO
1º Selecione o texto a ter borda
2º Clique sobre
HYPERLINK
Definição: Cria um link para uma página da web, uma imagem, um ende-
reço de email ou um programa.
2º Aba Inserir
Obs. Para que esse link criado funcione aperte CTRL+clique do mouse
BORDA
Colocando a borda ao redor
1º Selecione o texto a ser colocada borda.
2º Aba Inicio
Borda na Página
1º clique
Barra de Status
Função:
Aqui mostra que o documento tem 43 paginas e o cursor
(ponto piscante que fica na tela para poder digitar) esta parado na página
42
Aqui mostra quantas palavras em o seu documento para
SOMBREAMENTO ver mais detalhes clique em cima dessa opção vai aparecer a tela abaixo
Definição: Sombreamento é uma cor de fundo como a que aparece abaixo
Ex:
Microsoft Office 2007
1º clique
MODO DE VISUALIZAÇÃO
Definição: È o modo que lhe permite visualizar o documento também está
FORMAS
na barra de status da figura acima.
Definição: Inserir formas prontas como círculo, retângulos, setas, linhas,
símbolos de fluxograma e textos explicativos
Layout de Impressão: Dá pra visualizar o documento inteiro
1º Aba Inserir
3º
EQUAÇÃO
Definição: Inserir equações matemáticas ou desenvolver suas próprias
equações
Ex:
GRÁFICO
INSERINDO TABELA
1º Aba Inserir/Gráfico
2º é nesta tela que é definido o que vai aparecer no gráfico
1º Aba Inserir
Inserindo linha
Definição: supomos que precisássemos incluir uma linha entre a primeira e
a linha que esta escrito gasolina como você faria apagaria tudo e fazia
novamente, claro que não basta inserir uma linha entre elas por exemplo
nós queremos colocar essa linha a cima da linha que tem a gasolina e seu
preço faça o seguinte.
5º Escolha a Borda
Mesclando Célula
Definição: Mesclar uma célula significa tirar a divisão da linha no exemplo
abaixo mesclaremos a primeira linha.
1º Crie uma tabela com Duas linhas e Duas colunas
2º Selecione a primeira linha coloque o cursor do mouse à borda esquer- Inserindo coluna
da da tabela quando o cursor do mouse virar uma seta preta de um Definição: Agora será adicionada uma coluna ao lado da coluna gasolina
clique
Dividir célula
Definição: O ato de dividir uma célula é quando tem apenas uma linha e
você a dividi em várias colunas 1º de um clique com o Botão Direito na coluna gasolina Inserir Colunas
1º Selecione-a à Esquerda
Excluindo Linha
Neste exemplo excluiremos a linha que esta em branco
3º Ficará assim
Auto Ajuste
Definição: Ajustando a tabela de acordo com as necessidades são 3 os
ajuste que dão para ser feito em uma tabela no nosso exemplo será esco-
lhido AutoAjuste de Conteúdo cuja tabela será ajustada de acordo com o
seu conteúdo.
Excluir Tabela
Aqui será excluída a tabela inteira
1º Selecione a tabela
2º Aba Layout Excluir/ Excluir Tabela
Caso a senha seja colocada errada o próprio Word lhe informará que a
senha está incorreta
2º Na tela abaixo coloque a senha no campo Senha de proteção e Senha
de Gravação clique em OK
Word 20
Microsoft Excel 2007
O Microsoft Excel 2007 é uma versão do programa Microsoft Excel
escrito e produzido pela empresa Microsoft e baseado em planilha
eletrônica, ou seja, páginas em formato matricial compostas por células e
formadas por linhas e colunas.
3º O Word vai pedir para que você Redigite a senha de proteção
Entre as novidades dessa nova versão, estão as variedades nas
extensões de arquivos baseadas em XML, um layout incrivelmente
inovador formado de menus orientados por abas e uma porção de outras
facilidades que tornaram essa nova versão da ferramenta muito e eficiente.
O Microsoft Excel 2007 é muito utilizado para cálculos, estatísticas,
gráficos, relatórios, formulários e entre outros requisitos das rotinas
empresariais, administrativas e domésticas.
Melhor usabilidade
• Os seguintes aperfeiçoamentos facilitaram muito a criação de fór-
.xlsx, Pasta de trabalho padrão, pode ser considerado como a exten- mulas no Office Excel 2007:
são de arquivo .xls padrão em outras edições da Ferramenta. • Barra de fórmulas redimensionável: a barra de fór-
mulas se redimensiona automaticamente para aco-
.xlsm, Formato criado especialmente para a habilitação de macros em
modar fórmulas longas e complexas, impedindo que
planilhas, aplicações VBA.
as fórmulas cubram outros dados em uma planilha.
.xltx, Desenvolvido especiamente para estrutura de suportes a tem- Também é possível escrever mais fórmulas com
plates. mais níveis de aninhamento do que nas versões an-
teriores do Excel.
.xltm, Formato também criado com habilitação para Macros e aplica-
• Preenchimento Automático de Fórmula: escreva ra-
ções VBA, no entanto fornece suporte a templates. pidamente a sintaxe de fórmula correta com o pre-
.xlsb, Formato de pasta de trabalho Binária, é similar ao formato já e- enchimento automático de fórmulas.
xistente no Open Office XML, seta e utiliza partes inter-relacionadas como • Referências estruturadas: além de referências de cé-
em um ZIP container XML. lula, como A1 e L1C1, o Office Excel 2007 fornece
referências estruturadas que fazem referência a in-
xlam, Esse formato suporta Macros, possibilita estrutura de código a- tervalos nomeados e tabelas em uma fórmula.
dicional suplementar para a otimização de execuções automáticas presen- • Acesso fácil aos intervalos nomeados: usando o ge-
tes em VBA projects. renciador de nomes do Office Excel 2007, você pode
Alterações no Excel 2007 organizar, atualizar e gerenciar vários intervalos no-
meados em um local central, o que ajudará qualquer
Novos formatos de arquivo XML pessoa que precise trabalhar em sua planilha a in-
A introdução de um formato XML padrão para o Office Excel 2007, terpretar suas fórmulas e dados.
parte dos novos formatos de arquivo XML, é uma das principais inovações • No Office Excel 2007, as tabelas dinâmicas são muito mais fáceis
do Office Excel 2007. Esse formato é o novo formato de arquivo padrão do de usar do que nas versões anteriores do Excel. Tabelas dinâ-
Office Excel 2007. O Office Excel 2007 usa as seguintes extensões de micas são mais fáceis de criar e há muitos outros recursos no-
nome de arquivo: *.xlsx, *.xlsm *.xlsb, *.xltx, *.xltm e *.xlam. A extensão de vos ou aprimorados para resumir, analisar e formatar os dados
nome de arquivo padrão do Office Excel 2007 é *.xlsx. da tabela dinâmica.
• Os usuários poderá fazer conexões facilmente com dados exter-
Essa alteração oferece aprimoramentos em: interoperabilidade de da- nos sem precisar saber os nomes de servidor ou de banco de
dos, montagem de documentos, consulta de documentos, acesso a dados dados de fontes de dados corporativas.
em documentos, robustez, tamanho do arquivo, transparência e recursos • Além do modo de exibição normal e do modo de visualização de
de segurança. quebra de página, o Office Excel 2007 oferece uma exibição de
layout de página para uma melhor experiência de impressão.
O Office Excel 2007 permite que os usuários abram pastas de trabalho • A classificação e a filtragem aprimoradas que permitem filtrar da-
criadas em versões anteriores do Excel e trabalhem com elas. Para con- dos por cores ou datas, exibir mais de 1.000 itens na lista sus-
verter essas pastas de trabalho para o novo formato XML, clique no Botão pensa Filtro Automático, selecionar vários itens a filtrar e filtrar
do Microsoft Office e clique em Converter Você pode também converter dados em tabelas dinâmicas.
a pasta de trabalho clicando no Botão do Microsoft Office e em Salvar
Como – Pasta de Trabalho do Excel. Observe que o recurso Converter Mais linhas e colunas e outros limites novos
remove a versão anterior do arquivo, enquanto o recurso Salvar Como Alguns dos novos limites incluem:
deixa a versão anterior do arquivo e cria um arquivo separado para a nova • O Office Excel 2007 tem um tamanho de grade maior que permite
versão. mais de 16.000 colunas e 1 milhão de linhas por planilha.
• O número de referências de célula por célula aumentou de 8.000
Se a pasta de trabalho é referenciada por outras pastas de trabalho, para ser limitado pela memória disponível.
atualize todas as pastas de trabalho relacionadas ao mesmo tempo. Se um • Para melhorar o desempenho do Excel, o gerenciamento de me-
usuário que está usando uma versão anterior do Excel abre uma pasta de mória foi aumentado de 1 GB de memória no Microsoft Office Excel 2003
trabalho que faz referência a uma pasta de trabalho salva no novo formato para 2 GB no Office Excel 2007.
XML, as referências não serão atualizadas pelo recurso Atualizar Links. • Cálculos em planilhas grandes e com muitas fórmulas podem ser
Versões anteriores do Excel não podem atualizar links para pastas de mais rápidos do que nas versões anteriores do Excel porque o Office Excel
trabalho salvas no novo formato XML. 2007 oferece suporte a vários processadores e chipsets multithread.
Programabilidade: valores de retorno nulos Motivo da alteração: os gráficos passaram a usar texto do OfficeArt,
e as informações sobre disposição e tamanho do texto são utilizadas para
Descrição: no Excel 2003, algumas propriedades no modelo de obje- identificar sua escala em relação ao eixo.
to retornavam um valor nulo quando os valores de configuração de um
conjunto de objetos eram misturados. No Office Excel 2007, as proprieda- Caminho de migração: defina a escala como um valor fixo.
des retornam o valor da configuração para o padrão do conjunto. Por Visual: cores e formatação padrão dos gráficos
exemplo, se houver uma mistura de rótulos de dados automáticos e perso-
nalizados, o comando DataLabels.AutoText retornará um valor de falso. Se Descrição: os padrões de cores e outras formatações utilizadas nos
houver uma mescla de tipos diferentes de fontes em uma legenda, Le- gráficos foram alterados no Office Excel 2007. Os gráficos abertos nos
gend.Font.Name retornará o nome da fonte para as entradas da nova arquivos do Excel 2003 não sofreram modificações.
legenda.
Motivo da alteração: os padrões de formatação dos gráficos no Offi-
Motivo da alteração: essa alteração torna o modelo de objeto mais ce Excel 2007 foram estabelecidos em relação ao tema do documento e
consistente internamente. Não é necessário escrever o código para mani- ao estilo individual de cada gráfico. Essa alteração resulta em gráficos
pular valores de retorno nulos. mais atraentes visualmente que correspondem à aparência do restante do
documento, sem contudo exigir grandes alterações na sua formatação.
Caminho de migração: altere as macros que utilizam essa proprie-
dade para detectar casos de ocorrências mistas. Caminho de migração: as macros que criam gráficos passaram a
produzir diferentes resultados. Na maioria dos casos, o novo gráfico consti-
Programabilidade: propriedades do gráfico tui um resultado preferencial. Em algumas situações, nas quais uma
Descrição: as propriedades dos gráficos além de Chart.ChartGroups aparência precisa é desejada, as macros devem ser modificadas para se
que retornavam ChartGroups foram eliminadas. obter tal precisão na aparência.
Motivo da alteração: essas propriedades raramente eram utilizadas. Visual: tamanho padrão dos gráficos
Caminho de migração: altere as macros para utilizar Descrição: o tamanho padrão dos gráficos foi modificado no Office
Chart.ChartGroups. Execute um loop por todos os ChartGroups a fim de Excel 2007.
encontrar o tipo de gráfico correto. Motivo da alteração: os padrões de layout no Office Excel 2007 a-
Programabilidade: modelo de objeto do Excel 5.0 presentavam variações, dependendo do tipo de gráfico.
Descrição: a começar pelo Excel 97, o modelo de objeto do VBA para Caminho de migração: os gráficos podem ser redimensionados para
formas provenientes do Excel 5.0 foi ocultado. Já não há suporte disponí- qualquer tamanho desejado.
vel para formas de gráficos deste modelo de objeto. Visual: disposição do texto
Motivo da alteração: esse recurso já havia sido ocultado anterior- Descrição: o texto que compõe os gráficos pode apresentar disposi-
mente. ções diferentes em versões anteriores. Em raras situações, a alteração na
Caminho de migração: use o modelo de objeto da forma que se tor- disposição do texto pode acarretar uma sobreposição nos gráficos onde
nou disponível no Excel 97. antes o texto estava disposto corretamente. Em outros casos, o texto
cortado e marcado com reticências (...) se mantém inalterado.
Visual: padrões de preenchimento em gráficos 3D
Motivo da alteração: os comentários dos clientes sugerem que o tex-
Descrição: os padrões de preenchimento nos gráficos 3D são dese- to que aparece na tela deve permanecer idêntico ao da página impressa.
nhados sobre a superfície do gráfico 3D. Nas versões anteriores, esses Os clientes também manifestaram seu desejo de que o texto dos gráficos
preenchimentos eram desenhados sem levar em conta o ângulo da super- não sofra modificações quando deslocados de um programa para outro no
fície da tela. Office 2007. Os gráficos passaram a utilizar texto do OfficeArt, que confere
Motivo da alteração: os gráficos passaram a ser desenhados em 3D consistência entre a imagem exibida na tela e no papel impresso, bem
de forma realística, não sendo mais possível produzir essa ilusão de como em todos os programas.
óptica. Caminho de migração: os gráficos são desenhados no 2007 Office
Caminho de migração: os padrões de preenchimento podem ser System para corresponder o mais fielmente possível às versões do Office
substituídos por outros tipos de preenchimento, ou mesmo o gráfico ser 2003. As macros que dependem de uma precisão de pixels em layouts de
alterado para um modelo em 2D. gráficos podem produzir resultados ligeiramente diferentes dos obtidos
anteriormente.
POWERPOINT 2010
1) Guias
2) Os grupos em cada guia dividem a tarefa em subtarefas.
Para alterar o Layout do slide selecionado, basta clicar na Guia Início e
3) Os botões de comando em cada grupo executam um comando ou
depois no botão Layout, escolha o layout desejado clicando sobre ele.
exibem um menu de comandos.
6 – Painel de Anotações
Nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em um slide.
7 – Barra de Status
Exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre elas: o
número de
slides; tema e idioma.
8 – Nivel de Zoom
Clicar para ajustar o nível de zoom.
CRIAR APRESENTACOES
Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint engloba: iniciar com um
design básico; adicionar novos slides e conteúdo; escolher layouts; modifi-
car o design do slide, se desejar, alterando o esquema de cores ou apli-
cando diferentes modelos de estrutura e criar efeitos, como transições de INSERIR TEXTO
slides animados. Antes de inserir o primeiro texto é necessário conhecer a aplicação de
algumas
Para iniciar uma nova apresentação basta clicar no Botão do Microsoft teclas:
Office, e em seguida clicar em Novo.
Então escolher um modelo para a apresentação (Em Branco, Modelos
Instalados, Meus modelos, Novo com base em documento existente ou BARRA DE Permite a inserção de espaços em branco.
Modelos do Microsoft Office Online). ESPACOS
SHIFT Só funciona quando pressionada simultaneamente com outra
Depois de escolhido o modelo clicar em Criar. tecla. Serve para fazer letras maiúsculas e acessar a segunda
função da tecla, por exemplo: para digitar o sinal “@”, deve-se
pressionar simultaneamente as teclas SHIFT e 2.
Formatando o texto
3 – Negrito
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para selecionar
Aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acionado através
um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo sobre o ponto em
do comando Ctrl+N.
que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o
mouse até o ponto desejado e soltar o botão esquerdo.
4 – Italico
Aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do
Com o texto selecionado basta clicar nos botões para fazer as alterações
comando Ctrl+I.
desejadas
5 – Sublinhado
Sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado através do
comando Ctrl+S.
6 – Tachado
Desenha uma linha no meio do texto selecionado.
1 – Fonte Altera o tipo de fonte 7 – Sombra de Texto
Adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para destacá-lo no slide.
9 – Maiusculas e Minusculas
Altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minúsculas, ou outros
usos comuns de maiúsculas/minúsculas.
10 – Cor da Fonte
Altera a cor da fonte.
12 – Centralizar
Centraliza o texto. Também pode ser acionado através do comando C-
trl+E.
14 – Justificar
Alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando espaço extra
entre as palavras conforme o necessário, promovendo uma aparência
organizada nas laterais esquerda e direita da página.
15 – Colunas
Divide o texto em duas ou mais colunas.
Inserindo símbolos
Selecionar o símbolo.
EXCLUIR SLIDE
Para excluir um slide basta selecioná-lo e depois clicar no botão excluir, ou
clique no botão delete do teclado.
Inserindo figuras
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WORD 2010
Modo de exibição Backstage
• Botões para acessar os itens Próximo e Anterior A marca inteligente Nome de Pessoa (Contatos de Email
do Outlook) será removida e substituída pela funcionalidade
O MODI fornecia uma solução comum de verificação e Para determinar em que modo o documento se encontra,
geração de imagens do documento para o Office. Ele tam- consulte a barra de título do documento. Se (Modo de Com-
bém era a base do recurso Fax para o Office. Quando o patibilidade) aparecer após o nome do arquivo, significa que
MODI era instalado, ele era o manipulador padrão para ar- o documento está no modo de compatibilidade do Word 2007
quivos .tif, .tiff e .mdi. No Office 2010, o MODI foi completa- ou do Word 97-2003. Você pode continuar trabalhando no
mente preterido. Essa alteração também afeta a árvore de modo de compatibilidade ou converter seu documento no
configuração, que não mostra mais os nós Ajuda do MODI, formato de arquivo do Word 2010.
OCR ou Filtro de Serviço de Indexação no menu Ferramen-
tas. O recurso Fax da Internet no Office 2010 usa o driver de 1. Clique na guia Arquivo.
impressora de Fax do Windows para gerar um arquivo TIF
(formato de arquivo fixo). O MODI e todos os seus compo- 2. Execute um destes procedimentos:
nentes estão preteridos para a versão do Office 2010 de 64
bits. • Para converter o documento sem salvar uma cópia,
clique em Informações e em Converter.
Painel Pesquisa e Referência • Para criar uma nova cópia do documento no modo do
Word 2010, clique em Salvar como, digite um novo nome
para o documento na caixa Nome do arquivo e clique em
O painel Pesquisa e Referência foi removido do Win- Documento do Word na lista Salvar como Tipo.
dows Internet Explorer 7. Portanto, o atalho ALT+clique no
Microsoft Word 2010 não levam mais os usuários a esse 3. Clique em Informações e em Converter.
painel. O recurso Pesquisa e Referência deu origem a um Verificador de Compatibilidade
painel de pesquisa para busca em todos os sites e portais da
Intranet.
O Verificador de Compatibilidade lista elementos em um
documento que não têm suporte ou que funcionarão de ma-
Mala Direta usando um banco de dados do Works neira diferente no Word 2007 ou no formato do Word 97-
2003. Alguns desses recursos serão permanentemente alte-
Os usuários não podem fazer mala direta no Microsoft rados e não serão mais convertidos em elementos do Word
Word 2010 ou no Microsoft Publisher 2010 usando um banco 2010, mesmo se você converter posteriormente o documento
de dados do Microsoft Works, por causa de uma alteração no no formato Word 2010.
modelo do objetos. Isso afeta principalmente os usuários que
configuraram uma mala direta recorrente que lê o conteúdo Objetos inseridos do Word 2010
de um banco de dados do Works. Recomendamos usar o
Works para exportar os dados e, em seguida, criar uma nova
fonte de dados para executar a operação de mala direta. Os objetos inseridos do Open XML podem ser converti-
dos para permitir que usuários de versões anteriores do
Word os alterem.
Botão Pesquisar Bibliotecas
Gráficos SmartArt
Fonte: http://www.superdownloads.com.br/
FRISO
O Friso é o principal meio no Excel 2010 para aceder às
diversas funcionalidades, que poderão ser aplicadas sobre
um documento do Excel (designado por Livro), sendo consti-
tuído pelos seguintes componentes:
Separadores: agrupam os comandos relevantes por
actividades ou tarefas.
Grupos: organizam dentro de um separador os co-
Luiz - http://tecnologiaegestao.wordpress.com/ mandos relacionados.
Comandos: representados por botões, caixas de lis-
Ao nível do ambiente de trabalho, depois de o Excel 2007 tagem, caixas de verificação ou pequenos menus, executam
ter introduzido novos componentes (e.g., Botão Office e Fri- uma determinada tarefa ou funcionalidade.
so) e eliminado alguns dos componentes “históricos” das
versões anteriores (e.g., menus e barras de ferramentas Iniciadores de Caixa de Diálogo: representados pelo
tradicionais), o Excel 2010 apresenta algumas novidades botão posicionado no canto inferior direito de alguns grupos,
mas constitui essencialmente uma versão melhorada de dão acesso às caixas de diálogo associadas aos comandos
diversas funcionalidades. desses grupos.
A alteração mais visível ao nível do ambiente de trabalho As funções financeiras do Excel permitem realizar diver-
é o “abandono” daquele que foi apresentado como uma das sos tipos de cálculos financeiros como, por exemplo, deter-
grandes novidades do Excel 2007, o Botão Office, que aca- minar o pagamento de um empréstimo, o valor final de um
bou por ser convertido num novo separador do Friso, o se- depósito ou o capital inicial de um investimento.
parador Ficheiro. O separador Ficheiro agrupa fundamen-
Prazo: representa o tempo total que durará determi- FCA - Editora de Informática
nado investimento ou empréstimo. Combinações com a tecla Ctrl como atalhos do Excel
Períodos: representam a unidade de tempo na qual o
prazo de um investimento ou empréstimo poderá ser dividido. Abaixo coloco uma lista de combinações com a tecla Ctrl
Por exemplo, no caso dos empréstimos é comum a periodici- que ativam atalhos de teclado no Excel:
dade dos pagamentos ser mensal. Nos depósitos a prazo
poderemos ter, por exemplo, uma periodicidade mensal,
trimestral, semestral ou anual. Os períodos poderão ser defi- Ctrl + 1 -> Formatar conteúdo da célula atual;
nidos em termos de dias, semanas, meses, trimestres, se-
mestres, anos ou outro período de tempo especificado pelo
utilizador. Ctrl + 2 -> Ativar Negrito na célula atual;
Ctrl + 3 -> Ativar Itálico na célula atual;
Pagamento: representa o montante pago em cada um Ctrl + 4 -> Ativar Sublinhado na célula atual;
dos períodos estabelecidos para um investimento ou emprés- Ctrl + 8 -> Mostra os símbolos de tópicos da planilha, ca-
timo. so haja algum. Se não houver, sugere criação
Taxa: representa a taxa de juros de um empréstimo deles;
ou investimento. Ctrl + 9 -> Ocultar linha atual;
Ctrl + 0 -> Ocultar coluna atual;
Para além destes conceitos, aquando da utilização das Ctrl + - -> Abre janela para excluir conteúdo;
funções financeiras é necessário considerar e respeitar duas Ctrl + W -> Fecha a pasta de trabalho atual, dando a op-
regras básicas: ção de salvar as alterações;
Ctrl + R -> (Rght) Copia o conteúdo da célula da esquer-
Manter a consistência das unidades de tempo utiliza-
da, atualizando as colunas, se for uma fórmula;
das, principalmente na especificação das taxas e do número
Ctrl + T -> (Table) Seleciona todo o conjunto de células
de períodos.
contínuas à atual, ou a alguma que seja contínua a ela ou a
Utilizar valores negativos para pagamentos e depósi- outra já selecionada. Em resumo, tenta identificar e selecio-
tos e valores positivos para receitas e levantamentos. nar uma tabela;
Ctrl + U -> Abre janela para substituir uma expressão por
Em relação à primeira regra, considere, por exemplo, que outra;
pretende calcular o valor mensal a receber por um investi- Ctrl + I -> O mesmo que Ctrl + 3;
mento a N anos a uma determinada taxa de juro anual. Inde- Ctrl + O -> (Open) Abre uma pasta de trabalho nova;
pendentemente da função financeira a aplicar neste caso, Ctrl + P -> (Print) Abre a janela para impressão;
para que o Excel calcule correctamente o valor mensal é Ctrl + A -> Abre janela para abrir arquivo;
imprescindível que a taxa anual seja convertida para uma Ctrl + S -> O mesmo que Ctrl + 4;
taxa mensal, dividindo a taxa anual por 12 meses, e o núme- Ctrl + D -> (Down) Copia conteúdo da célula de cima, a-
ro de períodos sejam definidos em meses, multiplicando os N tualizando as linhas, se for uma fórmula;
anos por 12 meses. Se esta regra não for cumprida, as fun- Ctrl + F -> Copia a fórmula da célula acima, mas não a-
ções financeiras acabarão por devolver valores incorretos. tualiza dados, se for uma fórmula;
No que diz respeito à utilização de valores negativos e Ctrl + G -> (Go) Abre a janela Ir para..., possibilitando o
valores positivos, tal como para a regra anterior, as funções deslocamento a outra posição na planilha;
financeiras poderão devolver valores incorrectos que, por sua Ctrl + H -> Insere conteúdo da célula acima e permite se-
vez, poderão conduzir a interpretações erradas. Em qualquer guir adicionando mais dados. Equivale a copiar o conteúdo e
função financeira, sempre que se pretende referir o valor de mandar editá-lo;
um depósito ou pagamento, o valor introduzido deverá ser Ctrl + K -> Abre janela para inserir hiperlink;
negativo, indicando de certa forma uma saída de dinheiro. Ctrl + L -> Abre janela para localizar expressão na plani-
Por outro lado, para referir os valores de levantamentos ou lha;
receitas deverá ser introduzido um valor positivo, indicando Ctrl + Z -> Desfaz a última ação realizada;
dessa forma que se trata de uma entrada de dinheiro. Da Ctrl + X -> Recorta o conteúdo da célula atual e o coloca
mesma forma, se uma função financeira devolver um valor na área de transferência;
positivo, significa que é um valor a receber e, se devolver um Ctrl + C -> Copia o conteúdo da célula atual para a área
valor negativo, significa que se trata de um valor a pagar. de transferência;
Ctrl + V -> Cola o conteúdo da área de transferência na
CÁLCULO DE VALOR INICIAL E VALOR FINAL célula atual;
Ctrl + B -> Abre a janela Salvar como...;
Ctrl + N -> O mesmo que Ctrl + 2;
5 – Faixa de Opções
A Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os comandos
necessários para executar uma tarefa. Os comandos são organizados em
grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo
de atividade como gravação ou disposição de uma página. Para diminuir a SELECIONAR SLIDE
desorganização, algumas guias são exibidas somente quando necessário. Para selecionar um slide, basta clicar na guia Slide no painel à esquerda.
Por exemplo, a guia Ferramentas de Imagem somente é exibida quando
uma imagem é selecionada. LAYOUT
1) Guias
2) Os grupos em cada guia dividem a tarefa em subtarefas.
Para alterar o Layout do slide selecionado, basta clicar na Guia Início e
3) Os botões de comando em cada grupo executam um comando ou
depois no botão Layout, escolha o layout desejado clicando sobre ele.
exibem um menu de comandos.
6 – Painel de Anotações
Nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em um slide.
7 – Barra de Status
Exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre elas: o
número de
slides; tema e idioma.
8 – Nivel de Zoom
Formatando o texto
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para selecionar
um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo sobre o ponto em
que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o
mouse até o ponto desejado e soltar o botão esquerdo.
Com o texto selecionado basta clicar nos botões para fazer as alterações
desejadas
INSERIR TEXTO
Antes de inserir o primeiro texto é necessário conhecer a aplicação de
algumas
teclas:
4 – Italico
Aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do
comando Ctrl+I.
5 – Sublinhado
Sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado através do
comando Ctrl+S.
6 – Tachado
Desenha uma linha no meio do texto selecionado.
7 – Sombra de Texto
9 – Maiusculas e Minusculas
Altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minúsculas, ou outros
usos comuns de maiúsculas/minúsculas.
10 – Cor da Fonte
Altera a cor da fonte.
14 – Justificar
Alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando espaço extra
entre as palavras conforme o necessário, promovendo uma aparência
organizada nas laterais esquerda e direita da página.
15 – Colunas
Divide o texto em duas ou mais colunas.
Inserindo símbolos
Selecionar o símbolo.
Cabeçalho e Rodapé
INSERIR TABELA
SAIR DO POWERPOINT
Para sair do Microsoft Office PowerPoint, utilizar as seguintes opções:
• Acionar o Botão do Microsoft Office e clicar em Sair do PowerPoint.
Clicar no Botão Fechar. Ou pressionar as teclas ALT+F4.
Inserindo figuras
Para executar uma macro (uma ação ou um conjunto de ações que você
pode usar para automatizar tarefas. As macros são gravadas na linguagem
de programação Visual Basic for Applications), clicar em Executar macro e
selecionar a macro que você deseja executar.
TRANSICAO DE SLIDES
Adicionar a mesma transição de slides a todos os slides em sua apresen- A interface do usuário do PowerPoint 2010 foi atualizada com base na
tação: interface do usuário do Microsoft Office Fluent, que foi introduzida no 2007
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na guia Slides. Microsoft Office System. A interface do usuário do Microsoft Office Fluent
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. foi projetada para facilitar ainda mais a localização e a utilização da série
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, clicar em um completa de recursos fornecidos pelos aplicativos do Office e para manter
efeito de transição de slides. um espaço de trabalho organizado.
4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rápidos, clicar
no botão Mais . Faixa de opções
5. Para definir a velocidade de transição de slides, no grupo Transição
para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da Transição e, em
seguida, selecionar a velocidade desejada. A faixa de opções, parte da interface do usuário do Fluent, foi projeta-
1. No grupo Transição para Este Slide, clicar em Apli- da para otimizar os principais cenários do PowerPoint, de forma a facilitar
car a Tudo. o seu uso. A faixa de opções oferece acesso mais rápido a todos os co-
mandos do PowerPoint 2010 e facilita futuras adições e personalizações.
Adicionar diferentes transições de slides aos slides em sua apresen- Também é possível personalizar a faixa de opções. Por exemplo, é possí-
tação vel criar guias e grupos personalizados para conter os comandos utilizados
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na guia Slides. com mais frequência. Para ajudar a maximizar a edição do espaço da sua
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. apresentação na página, a faixa de opções pode ainda ficar oculta durante
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, clicar no efeito a criação.
de transição de slides que você deseja para esse slide.
4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rápidos, clicar Modo de exibição Backstage
no botão Mais .
5. Para definir a velocidade de transição de slides, no grupo Transição O Microsoft Office Backstage agora faz parte da interface do usuário
para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da Transição e, em do Fluent e é um recurso complementar à faixa de opções. O modo de
seguida, selecionar a velocidade desejada. exibição Backstage, que pode ser acessado na guia Arquivo, ajuda você a
6. Para adicionar uma transição de slides diferente a outro slide em sua localizar os recursos de uso frequente para gerenciar arquivos de apresen-
apresentação, repetir as etapas 2 a 4. tação do PowerPoint. (A guia Arquivo substitui o Botão do Microsoft Office
e o menu Arquivo, que eram usados em versões anteriores do Microsoft
Adicionar som a transições de slides Office.) O modo de exibição Backstage é utilizado para gerenciar arquivos
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na guia Slides. e dados referentes a arquivos; por exemplo, a inspeção de metadados
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. ocultos ou de informações pessoais e a definição de opções de arquivo.
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, clicar na seta
ao lado de Som de Transição e, em seguida, seguir um destes procedi-
mentos: Formato de arquivo
• Para adicionar um som a partir da lista, selecionar o som desejado.
• Para adicionar um som não encontrado na lista, selecionar Outro Som, O formato de arquivo do PowerPoint 2010 habilita novos recursos; por
localizar o arquivo de som que você deseja adicionar e, em seguida, clicar exemplo, compartilhamento na Web, coautoria de apresentação vinculada
em OK. e controle de versão. O PowerPoint 2010 continuará trabalhando com
1. Para adicionar som a uma transição de slides diferente, repetir apresentações do Office PowerPoint 2007.
as etapas 2 e 3.
Modo de exibição protegido
Opções da apresentação
Usar as opções na seção Opções da apresentação para especificar como
você deseja que arquivos de som, narrações ou animações sejam execu- Arquivos de um local potencialmente não seguro (por exemplo, Inter-
tados em sua apresentação. net ou anexo de email) ou arquivos com conteúdo ativo (como macros,
conexões de dados ou controles ActiveX) são validados e podem ser
• Impedir alterações acidentais em uma versão final de documen- A interface do Microsoft PowerPoint continua a mesma. Se você utiliza
to usando o comando Marcar como Final. o programa normalmente não vai se perder com as novas ferramentas. O
visual do Microsoft PowerPoint pode ser personalizado para ter um acesso
• Fornecer garantia de autenticidade, integridade e origem da a- mais fácil aos comandos que você utiliza mais frequentemente.
presentação adicionando uma assinatura digital.
• Atribuir permissões que impeçam outros usuários de copiar, im- O Microsoft PowerPoint 2010 traz um editor que permite aprimorar as
primir ou editar a apresentação selecionando o nível de acesso específico imagens e vídeos incluídos na apresentação. Há novos efeitos de anima-
às necessidades dos usuários. ção e transições 3D que podem deixar seus slides com um ar mais profis-
sional.
• Gerenciar as propriedades do documento por meio do modo de
exibição Backstage.
A preparação de projetos em conjunto é outra das novidades impor-
Visualizador do PowerPoint tantes do Microsoft PowerPoint 2010. A função SharePoint permite que
várias pessoas em lugares diferentes trabalhem numa mesma apresenta-
O Visualizador não é incluído em uma instalação do Office. Portanto, ção. Da mesma forma, é possível transmitir o seu projeto simultaneamente
para os usuários que precisam exibir uma apresentação PPT/PPTX em em vários computadores. David Moya
modo offline, um novo Visualizador do PowerPoint está disponível online.
Esse Visualizador permite exibir apresentações criadas no Microsoft Dificilmente assistimos a apresentações realizadas com o auxílio de
PowerPoint 2000, no PowerPoint 2002, no PowerPoint 2003, no PowerPo- um projetor que não tenham sido construídas com o PowerPoint, da Micro-
int 2007 e no PowerPoint 2010. Além disso, ele também oferece suporte soft. Em sua versão 2010, lançada com o Microsoft Office 2010, o aplicati-
para a abertura de apresentações do PowerPoint protegidas por senha. vo para apresentações permite adicionar molduras a vídeos e cortá-los,
assim como aplicar efeitos artísticos em imagens.
O Visualizador não pode ser instalado lado a lado com o Microsoft Of-
fice de 64 bits e não pode abrir arquivos criados no PowerPoint 95 ou em
Informática 89 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Aplique efeitos em suas imagens Outro novo recurso importante adicionado para a manipulação de ví-
deos é a adição de indicadores, que nos permite marcar trechos específi-
Assim como os outros integrantes da família Office 2010, o PowerPo- cos para facilitar a sua visualização durante a apresentação. Desta forma,
int também trouxe o recurso Efeitos Artísticos que nos permite aplicar é possível economizar tempo com as terríveis buscas manuais realizadas
efeitos, como traçado a lápis, filme plástico e fotocópia diretamente na na linha de tempo do vídeo.
ferramenta. Com isso, podemos melhorar as imagens da apresentação Capture telas direto no PowerPoint
sem recorrer a ferramentas de edição externas.
Para as pessoas que criam apresentações com tutoriais de utilização
de aplicativos ou apenas desejam ensinar um procedimento a algum
amigo, o PowerPoint 2010 traz o recurso Instantâneo, capaz de capturar
telas de aplicativos abertos e adicioná-los automaticamente à folha de
apresentação.
Reprodução
Uma ferramenta muito interessante no novo PowerPoint para uso cor- • Para localizar um modelo em Office.com, em Modelos do Offi-
porativo, principalmente para treinamentos, é o Broadcast Slideshow. Ela ce.com, clique numa categoria de modelo, selecione o modelo
permite fazer uma transmissão ao vivo de uma apresentação a partir do que pretende e, em seguida, clique em Transferir para transfe-
computador em que ela está, sem a necessidade de aplicativos auxiliares. rir o modelo de Office.com para o computador
Reprodução
Contudo, tal como acontece com o texto, evite incluir demasiadas aju-
das visuais nos seus diapositivos.
FECHAR UM DOCUMENTO
Para fechar um documento dê um clique em Arqui-
vo/Fechar. Será fechado o documento que você estava u-
sando, deixando o BrOffice.org livre para começar novos
trabalhos, seja ele texto, planilha, apresentações ou banco
de dados.
INSERIR TEXTO
Ao abrir o BrOffice.org Writer, você pode começar a inse-
rir texto imediatamente em um documento. Observe que o
'Writer' sempre começa com um documento padrão chamado
'Sem Título1', com o cursor no topo do documento onde o
texto que você digita irá aparecer.
ABRIR UM DOCUMENTO
Para abrir um documento dê um clique no botão ( ) e se-
lecione o arquivo, e depois pressione 'Abrir'. Ou use o atalho:
Ctrl + o
BORDAS
Para criar e manipular as bordas no BrOffice.org Writer,
clique em Inserir>Quadro e procure a aba Bordas:
TABULAÇÃO
Você pode definir diferentes tipos de paradas de tabula-
ção: à esquerda, à direita, decimal ou centralizada.
RECUAR PARÁGRAFOS
:( )
GALERIA DE IMAGENS:
Para acessar a galera de Imagens do BrOffice.org clique
em Ferramentas>Gallery/Galeria
VISUALIZAR EM ZOOM
Para visualizar seu texto em zoom vá na opção Exibir/Ver
no canto superior da tela e clique na opção 'Zoom' identifica-
do por um desenho de uma pequena lupa.
Para imprimir a seleção do texto que você quer, clique Selecione o modelo desejado, clique em 'OK' e o modelo
apenas na opção 'Seleção' da janela aberta e depois em será aberto:
'OK'.
INSERIR TABELA
Para criar uma tabela vá em:
Inserir>Tabela
Ou clique em Ctrl + F12 Digite o texto que quiser e repare que abrirá uma etiqueta
no centro do 'fontwork':
Digite um nome qualquer para a tabela se desejar.
OPENOFFICE CALC
Etapas
1. Clique em uma célula e digite o primeiro item da série,
por exemplo segunda-feira. Pressione Return.
Observação 2. Clique na célula novamente para ver a alça de pree-
Você pode também incluir o nome do arquivo e o nome enchimento — a caixa preta pequena no canto direito
da folha em uma referência a uma célula ou a um intervalo inferior da célula.
de células. Pode atribuir um nome a uma célula ou intervalo 3. Arraste a alça de preenchimento até realçar o intervalo
de células, para usar o nome em vez de uma referência a de células no qual deseja inserir a série.
coluna/número. Para obter detalhes, pesquise o termo refe- 4. Solte o botão do mouse. Os itens consecutivos na sé-
rências na ajuda on-line. rie são adicionados automaticamente às células real-
çadas.
Criando uma planilha
Para criar uma nova planilha a partir de qualquer progra-
ma do OpenOffice.org, escolha Arquivo - Novo – Planilha.
Movendo-se em uma folha Você pode usar o mouse ou o
teclado para mover-se em uma folha do Calc ou para sele-
cionar itens na folha. Se selecionou um intervalo de células,
Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que dese-
ja formatar.
2. Na barra Formatar objeto, clique no ícone que corres-
ponde à formatação que deseja aplicar.
Etapas
1. Clique em uma célula ou selecione um intervalo de
células.
2. Para editar o conteúdo de uma única célula, clique
duas vezes na célula, faça alterações necessárias e
pressione Return.
3. Para excluir o conteúdo da célula ou do intervalo de
células, pressione a tecla Backspace ou Delete. Na Etapas
caixa de diálogo Excluir conteúdo, selecione as op- 1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja
ções que deseja. formatar e escolha Formatar - Células.
3. Clique em OK. Abre-se a caixa de diálogo Formatar células.
2. Clique em uma das guias e escolha as opções de for-
Formatando planilhas matação.
O Calc permite-lhe formatar a folha manualmente ou ao
usar estilos. A diferença principal é que a formatação manual
aplica-se apenas às células selecionadas. A formatação de
estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no documento
de planilha.
Guia Fonte
Altera a fonte, o tamanho da fonte e o tipo de letra usado
na célula
Guia Alinhamento
Para aplicar formatação automática a um intervalo de Altera o alinhamento do texto e a orientação do texto no
células interior das células
Etapas
1. Selecione o intervalo de células que deseja formatar. Guia Bordas
2. Selecione ao menos um intervalo de células 3 x 3. Altera as opções de bordas das células
3. Escolha Formatar - AutoFormatação. Abre-se a caixa
de diálogo AutoFormatação. Guia Plano de fundo
4. Na lista de formatos, clique no formato que deseja u- Altera o preenchimento do plano de fundo das células
sar e clique em OK.
Guia Proteção de célula
Formatando células manualmente Protege o conteúdo das células no interior de folhas pro-
Para aplicar formatação simples ao conteúdo de uma cé- tegidas.
lula, como alterar o tamanho do texto, use os ícones na barra 3. Clique em OK.
Formatar objeto.
Usando fórmulas e funções
Para formatar células com a barra Formatar objeto Você pode inserir fórmulas em uma planilha para efetuar
Criando fórmulas
Uma fórmula começa com um sinal de igual (=) e pode
conter valores, referências a células, operadores, funções e * Você também pode editar uma célula pressionado
constantes. F2 ou dando um clique duplo na célula
Para criar uma fórmula 2. Clique na caixa de Linha de entrada e efetue as alte-
rações.
Etapas Para excluir parte da fórmula, pressione a tecla Delete
1. Clique na célula à qual deseja exibir o resultado da ou Backspace.
fórmula. 3. Pressione Return ou clique no ícone na barra Fórmula
2. Digite = e, a seguir, digite a fórmula. Por exemplo, se para confirmar as alterações.
desejar adicionar o conteúdo da célula A1 ao conteú-
do da célula A2, digite =A1+A2 em outra célula. Para rejeitar as alterações feitas, pressione Esc.
3. Pressione Return.
Usando funções
O Calc é fornecido com várias fórmulas e funções prede-
finidas. Por exemplo, em vez de digitar =A2+A3+A4+A5,
você pode digitar =SUM(A2:A5) .
Usando operadores
Você pode usar os seguintes operadores nas fórmulas:
Etapas
1. Clique na célula à qual deseja adicionar uma função.
2. Escolha Inserir – Função. Abre-se a caixa de diálogo
Assistente de função.
3. Na caixa Categoria, selecione a categoria que contém
o tipo de função que você deseja usar.
4. Na lista Funções, clique na função que deseja usar.
Exemplo de Fórmulas do Calc 5. Clique em Próximo.
=A1+15 6. Insira os valores necessários ou clique nas células
Exibe o resultado de adicionar 15 ao conteúdo da células que contêm os valores que você deseja.
A1 7. Clique em OK.
Observação
Se desejar especificar um intervalo de célula diferente pa-
ra os dados, clique no botão Encolher ao lado da caixa de
texto Intervalo e selecione as células. Clique no botão Enco-
lher novamente quando concluir.
3. Clique em Próximo.
4. Na caixa Escolher tipo de gráfico, clique no tipo de
gráfico que deseja criar.
5. Clique em Próximo.
6. Na caixa Escolher variante, clique na variante que de-
seja usar.
7. Clique em Próximo.
8. Na caixa Título do gráfico, digite o nome do gráfico.
9. Clique em Criar.
OPENOFFICE IMPRESS
Editando gráficos
Depois de criar um gráfico, poderá voltar e alterar, mover,
redimensionar ou excluir o gráfico.
Etapa
Clique no gráfico e siga um destes procedimentos:
• Para redimensionar o gráfico, mova o ponteiro do
mouse sobre uma das alças, pressione o botão do
mouse e arraste o mouse.
• O Calc exibe uma linha pontilhada do novo tamanho
do gráfico enquanto você arrasta.
NOVO
Criando uma nova Apresentação
Para criar uma nova Apresentação , No menu suspenso,
vá em Arquivo – Novo – clique no ícone “Apresentação”
O assistente fornece opções de design para os slides
ou utilize a tecla de atalho CTRL + N.
Se optarmos para e obter mais recursos prontos clique
em Próximo
ABRIR
Cria um novo documento de apresentação (BrOffice.org Para abrir uma apresentação que se encontre numa
Impress). É exibida a caixa de diálogo Assistente de Apre- pasta em seu computador , clique no menu Arquivo/Abrir e
sentações. em seguida localize e selecione (com duplo clique) o
documento desejado, ou utilize a tecla de atalho CTRL + O.
Use o Assistente para criar interativamente uma apresen-
tação. Com o Assistente, você pode modificar os exemplos DOCUMENTOS RECENTES
de modelos conforme a necessidade. O Assistente guia você Lista os arquivos abertos mais recentemente. Para abrir
passo a passo pelos elementos de design e oferece várias um arquivo da lista, clique no nome dele
opções de edição.
Este arquivo é aberto pelo módulo do que o salvou.
Especifica o tipo de apresentação e permite que você se-
lecione um modelo. ASSISTENTES
Guia na criação de cartas comerciais e pessoais, fax, agen-
Tipo das, apresentações etc.
Você pode determinar o tipo de apresentação neste área.
Use o Assistente para criar interativamente uma apresen-
FECHAR
Feche o documento atual sem sair do programa.
SALVAR TUDO
Se abrir um documento para impressão e não efetuar Salva todos os documentos abertos do BrOffice.org. Este
nenhuma alteração, mesmo assim, você será solicitado a comando só estará disponível se dois ou mais arquivos tive-
salvar as alterações ao fechar o documento. Isto se deve ao rem sido modificados.
fato de o manter um registro de quando um documento é
impresso. RECARREGAR
Substitui o documento atual pela última versão salva.
SALVAR Todos as alterações efetuadas após o último salvamento
Salvando a Apresentação serão perdidas.
Novas versões
Define as opções de salvamento para uma nova versão
do documento.
Ponteiro
Transforma o ponteiro do mouse em uma caneta que po-
de ser usada para escrever nos slides durante a apresenta-
ção de slides. Não é possível alterar a cor da caneta.
Primeiro Slide
Salta para o primeiro slide da apresentação de slides.
Slide Anterior
Salvar sempre uma versão ao fechar Move para trás um slide da apresentação de slides.
Se você tiver feito alterações no documento, o BrOffi-
ce.org salvará automaticamente uma nova versão quando Próximo Slide
você o fechar. Mova para frente um slide da apresentação de slides.
Fechar
Fecha a caixa de diálogo e salva todas as alterações.
Abrir
Abre a versão selecionada em uma janela somente leitu-
ra.
Mostrar DUPLICAR
Exibe todo o comentário da versão selecionada.
Excluir
Exclui a versão selecionada.
Comparar
Compare as alterações feitas em cada versão. Caso de-
seje, poderá Aceitar ou rejeitar alterações.
NAVEGADOR
Número de cópias
Insira o número de cópias desejadas.
Valores da seleção
Insere os valores de largura e de altura do objeto selecio-
nado nas caixas Eixo X e Eixo Y respectivamente, bem como
a cor de preenchimento do objeto na caixa Iniciar. O ângulo
Abre o Navegador, com o qual é possível saltar para ou- de rotação do objeto selecionado não é inserido.
tros slides ou mover entre arquivos abertos.
Aumento
Determina se o objeto duplicado terá o mesmo tamanho
do objeto original ou se será uma cópia reduzida ou ampliada
do objeto.
Cores
Define as cores para o objeto selecionado e para o objeto
duplicado. Se você fizer mais de uma cópia, essas cores
definirão o início e o fim de um gradiente de cores.
Início
Escolha uma cor para o objeto selecionado.
Fim
Escolha uma cor para o objeto duplicado. Se você fizer
mais de uma cópia, a cor será aplicada à última cópia.
Padrão
Retorna os valores visíveis na caixa de diálogo aos valo-
res de instalação padrão.
Tipo de campo
EDITAR PONTOS Define o tipo de um campo.
Permite que você altere a forma do objeto de desenho se-
lecionado. Fixo
Exibe o conteúdo do campo quando este foi inserido.
No menu suspenso, vá em Editar - Editar Pontos ( F8 )
Variável
Para editar a forma de um objeto de desenho seleciona- Exibe o valor atual do campo.
Abrir
Abre o objeto OLE selecionado com o programa em que
o objeto foi criado.
Após ter finalizado as alterações, feche o arquivo de ori- Insere um arquivo de vídeo ou de som no documento.
gem do objeto OLE. O objeto OLE será então atualizado no
documento recipiente. Na caixa de diálogo Abrir arquivo, selecione o tipo e o ar-
quivo que deseja inserir.
HYPERLINK
Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie e
edite hyperlinks. Nem todos os sistemas operacionais oferecem suporte a
todos os tipos de arquivos listados nesta caixa de diálogo.
FIGURA
Selecione a origem da figura que deseja inserir. OBJETOS
Insere um objeto em seu documento.
Som
Insere um arquivo de som no documento atual.
Vídeo
Insere um arquivo de vídeo no documento atual.
Miniaplicativo
Insere um miniaplicativo escrito na linguagem de progra-
mação Java (também conhecido como “miniaplicativo Java”)
no documento atual.
Fórmula
Selecione o arquivo. Insere uma fórmula no documento atual. Para obter mais
Na caixa Arquivo do Tipo, pode-se restringir a seleção a informações, abra a Ajuda do BrOffice.org Math.
PLANILHA
QUADRO FLUTUANTE
Insere uma nova planilha do BrOffice.org Calc no slide Insere um quadro flutuante no documento atual.
atual.
Os quadros flutuantes são usados em documentos HTML
No menu suspenso, vá em INSERIR – Planilha para exibir o conteúdo de outro arquivo.
Barra de rolagem
Adicionar ou remover uma barra de rolagem do quadro
flutuante selecionado.
Ativar
Exibe a barra de rolagem do quadro flutuante.
Desativar
Oculta a barra de rolagem do quadro flutuante.
Automático
Marque esta opção se o quadro flutuante ativo no mo-
mento puder ter uma barra de rolagem quando necessário.
Se você tiver criado um gráfico utilizando dados de um
intervalo de células, o BrOffice.org atualizará Borda
automaticamente o gráfico quando você alterar os dados. Exibe ou oculta a borda do quadro flutuante.
Será exibida automaticamente a Barra de ferramenta de Ativar
formatação do gráfico. Exibe a borda do quadro flutuante.
Desativar
Oculta a borda do quadro flutuante.
Espaçamento do conteúdo
E Clicando com o botão direito do mouse sobre o gráfico Defina a quantidade de espaço a ser deixada entre a bor-
obterá também as opções de formatação do gráfico da do quadro flutuante e o conteúdo dele, desde que os
documentos dentro e fora do quadro flutuante sejam docu-
mentos HTML.
Altura
Insira a quantidade de espaço vertical que deseja deixar
entre as margens superior e inferior do quadro flutuante e o
conteúdo do quadro. Os dois documentos dentro e fora do
quadro flutuante devem ser documentos HTML.
Padrão
Aplica o espaçamento padrão.
CARACTERE
Cor
Selecione a cor para o sublinhado.
Tachado
Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres se- Selecione um estilo de tracejado para o texto
lecionados. selecionado.
Se você salvar o documento no formato do MS Word,
No menu suspenso, vá em FORMATO – Caractere todos os estilos de tracejado serão convertidos em um estilo
de linha simples.
Fonte
Especifique a formatação e a fonte que você deseja apli- Palavras individuais
car. Aplica o efeito selecionado somente a palavras e ignora
os espaços.
Fonte
Insira o nome de uma fonte instalada que Relevo
você deseja utilizar ou selecione uma fonte da lista. Selecione um efeito de relevo para aplicar ao texto
selecionado. O efeito de alto relevo faz com que os
caracteres pareçam estar acima da página. O efeito de baixo
relevo faz com que os caracteres pareçam estar
pressionados para dentro da página.
Tipo de Fonte
Selecione a formatação que deseja aplicar. Estrutura de Tópicos (Contornos)
Ícone na barra de ferramentas: N negrito I Italico Exibe o contorno dos caracteres selecionados. Esse
efeito não funcionará com todas as fontes.
Tamanho
Insira ou selecione o tamanho de fonte que você deseja Sombras
aplicar. Para fontes dimensionáveis, você também pode Adiciona uma sombra que aparece embaixo e à direita
inserir valores decimais. dos caracteres selecionados.
Se estiver criando um estilo que é baseado em outro esti- Cor da fonte
lo, você pode inserir um valor percentual ou em pontos (por Define a cor do texto selecionado. Se você selecionar
exemplo, -2pt ou +5pt). Automático, a cor do texto será definida como preta para
planos de fundo claros e como branca para planos de fundo
Ícone na barra de ferramentas: escuros.
2. Para alterar a cor de uma seleção de texto, escolha o
texto a ser alterado e clique no ícone Cor da fonte.
Para aplicar outra cor, clique na seta ao lado do ícone
Efeitos da fonte Cor da fonte e selecione a cor que deseja usar.
Especifique os efeitos de fonte que deseja usar. 3. Se você clicar no ícone Cor da fonte antes de
selecionar o texto, o cursor com formato de lata de
As alterações são aplicadas à seleção atual, à palavra tinta aparecerá. Para alterar a cor do texto, selecione-
inteira que contém o cursor ou ao novo texto digitado. o usando o cursor com esse formato. Para mudar a
cor de uma única palavra, clique duas vezes nela.
PARÁGRAFO
Posição
Define as opções de subscrito e sobrescrito de um carac-
tere.
Sobrescrito
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e o posi-
Modifica o formato do parágrafo atual, por exemplo, ali-
ciona acima da linha de base.
nhamento e recuo. Para modificar a fonte do parágrafo atual,
selecione todo o parágrafo, escolha Formatar - Caractere e,
Normal
em seguida, clique na guia Fonte.
Remove a formatação de sobrescrito ou subscrito.
Recuos e espaçamento
Subscrito Define as opções de recuo e espaçamento para o pará-
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e o posi- grafo.
ciona abaixo da linha de base.
Alinhamento
Elevar/rebaixar em Define o alinhamento do parágrafo em relação às mar-
Insira em quanto deseja elevar ou rebaixar o texto sele- gens da página.
cionado em relação à linha de base. Cem por cento é igual à
altura da fonte.
Tabulações
Tamanho da Fonte Rel. Define a posição de uma parada de tabulação em um pa-
Insira o valor correspondente a quanto você deseja redu- rágrafo.
zir o tamanho da fonte do texto selecionado.
MARCADORES E NUMERAÇÃO
Adiciona marcadores ou numeração ao parágrafo atual e
Automático permite que você edite o formato da numeração ou dos mar-
Define automaticamente em quanto o texto selecionado cadores.
será rebaixado ou elevado em relação à linha base.
Marcadores
Dimensionar largura Exibe os diferentes estilos de marcadores que você pode
Insira a porcentagem de largura da fonte para alongar ou aplicar.
compactar horizontalmente o texto selecionado.
Tipo de numeração
Espaçamento Exibe os diferentes estilos de numeração que você pode
Especifica o espaçamento entre os caracteres do texto aplicar.
selecionado. Para espaçamento expandido ou condensado,
insira a quantidade que deseja expandir ou condensar o texto
Figuras
na caixa em.
Exibe os diferentes estilos que você pode aplicar a uma
lista hierárquica.
Padrão - utiliza o espaçamento entre caracteres especifi-
cado no tipo de fonte
Posição
Informática 109 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Define as opções de alinhamento, recuo e espaçamento Mostra a largura do formato do papel que você selecio-
para a lista numerada ou com marcadores. nou na caixa Formato. Se você tiver selecionado o formato
Usuário, insira um valor para a largura da página.
Personalizar Altura
Define as opções de formatação para as listas numera- Mostra a altura do formato do papel que você selecionou
das ou com marcadores. Se preferir, você pode aplicar a na caixa Formato. Se você tiver selecionado o formato Usuá-
formatação aos níveis individuais na hierarquia da lista. rio, insira um valor para a altura da página.
Retrato
A orientação da página é vertical.
Paisagem
A orientação da página é horizontal.
Bandeja de papel
Selecione a fonte de papel da impressora.
REDES DE COMPUTADORES
O termo "Rede de Processamento de Dados" já é um conceito antigo
na informática. O uso distribuído de recursos de processamento de dados
PÁGINA teve seu início há vários anos, quando o pesquisador norte-americano -
hoje considerado o pai da Inteligência Artificial, John McCarty - introduziu o
conceito de Compartilhamento de Tempo ou Timesharing. Em resumo, é a
maneira de permitir que vários usuários de um equipamento o utilizem
sem, teoricamente, perceberem a presença dos outros. Com essa ideia,
surgiram vários computadores que operavam em rede ou com processa-
mento distribuído. Um conjunto de terminais que compartilhavam a UCP -
Unidade Central de Processamento - e a memória do equipamento para
processarem vários conjuntos de informações "ao mesmo tempo".
Naturalmente esses conceitos evoluíram e as maneiras de utilização
de recursos de informática se multiplicaram, surgindo os mais diversos
tipos de uso compartilhado desses recursos.
O desenvolvimento das redes está intimamente ligado aos recursos de
comunicação disponíveis, sendo um dos principais limitantes no bom
desempenho das redes.
Uma rede pode ser definida de diversas maneiras: quanto a sua finali-
dade, forma de interligação, meio de transmissão, tipo de equipamento,
disposição lógica etc.
Genericamente, uma rede é o arranjo e interligação de um conjunto de
Define a orientação da página, as margens da página, o equipamentos com a finalidade de compartilharem recursos. Este recurso
plano de fundo e outras opções de layout. pode ser de diversos tipos: desde compartilhamento de periféricos caros
No menu suspenso, vá em FORMATO – Página até o uso compartilhado de informações (banco de dados etc.).
Rede de micro computadores é uma forma de se interligar equipamen-
Página tos (micros e seus recursos) para que seja possível a troca de informações
Define a orientação da página, as margens da página, o entre os micros, ou que periféricos mais caros (como impressoras e discos
plano de fundo e outras opções de layout. rígidos) possam ser compartilhados por mais de um micro.
TIPOS DE REDES
Formato do Papel
Selecione um formato de papel ao qual a impressora dê O conceito de rede de micros, mais que os próprios micros, é muito
suporte. Você também pode criar um tamanho de papel per- recente. No entanto, está começando a crescer e já existem no mercado
sonalizado, selecionando Usuário e inserindo as dimensões nacional vários sistemas para configurar redes de micros. Existem dois
de tamanho nas caixas Largura e Altura. tipos básicos principais, saber:
1. Redes estruturadas em torno de um equipamento especial cuja
Formato função é controlar o funcionamento da rede. Esse tipo de rede tem, uma
Selecione um formato de papel ao qual a impressora ofe- arquitetura em estrela, ou seja, um controlador central com ramais e em
reça suporte. Você também pode criar um tamanho de pági- cada ramal um microcomputador, um equipamento ou periférico qualquer.
na personalizado, selecionando Usuário e inserindo as di- 2. A outra forma mais comum de estruturação da rede é quando se
mensões de tamanho nas caixas Largura e Altura. tem os equipamentos conectados a um cabo único, também chamada de
arquitetura de barramento - bus, ou seja, os micros com as expansões são
simplesmente ligados em série por um meio de transmissão. Não existirá
um controlador, mais sim vários equipamentos ligados individualmente aos
micros e nos equipamentos da rede. Em geral, trata-se de uma placa de
expansão que será ligada a outra idêntica no outro micro, e assim por
diante.
Largura
Radix RadarUol
Excite Snap
HotBot Radix
Google Aol.Com
Cada servidor possui diversos grupos dentro dele, divididos por tema.
Atualmente, a maior rede brasileira de newgroups é a U-BR (http://u-br.tk).
Northern Light WebCrawler A U-BR foi criada após o UOL ter passado a não disponibilizar mais aces-
so via NNTP (via Gravity, Outlook Express, Agent, etc.) para não-
Como efetuar uma busca na Internet assinantes. De certa forma, isso foi bom, pois acabou "obrigando" os
usuários a buscar uma alternativa. Eis então que foi criada a U-BR.
A grande vantagem da U-BR, é que ela não possui um servidor cen-
tral, ou seja, se um dos servidores dela ficar "fora do ar", você pode aces-
sar usando um outro servidor. Os temas (assuntos) disponíveis nos news-
groups em geral, variam desde Windows XP até Política, passando por
hardware em geral, sociologia, turismo, cidades, moutain-bike, música,
Jornada nas Estrelas, futebol, filosofia, psicologia, cidades, viagens, sexo,
humor, música e muito mais. É impossível não achar um tema que lhe
agrade.
Instalação configuração e criação de contas
Para acessar um news, você precisa usar um programa cliente, o
newsreader. Um dos mais populares é o Outlook Express, da Microsoft,
O QUE SÃO "GRUPOS DE DISCUSSÃO" (NEWSGROUPS) mas não é o melhor. Existem inúmeros programas disponíveis na Internet,
Grupos de discussão, Grupos de Notícias ou Newsgroups, são espé- que possibilitam, a criação de grupos de discurções, entre eles destacam-
cies de fóruns, como estes que você já conhece. As comunidades do Orkut se o Gravity, da MicroPlanet.
também seguem um molde parecido com os newsgroups, porém com Para usários do Linux, recomendo o Pan Newsreader (também dispo-
muitas limitações. São incomparavelmente inferiores aos newsgroups. nível para Windows).
Tanto os fóruns da web como as comunidades do Orkut, você acessa pelo Para configurar uma conta de acesso no Outlook Express, vá no menu
seu navegador (Firefox, Internet Explorer, Netscape, etc.), através de um Ferramentas > Contas > Adicionar > News. Siga os passos exibidos na
endereço de uma página. Tela, informando o servidor de sua preferência quando solicitado, veja no
Entretanto, para acessar os newsgroups, você precisa de um leitor, exemplo abaixo:
chamado newsreader (Leitor de Notícias). Um popular leitor de newsgroup, CONFIGURAÇÃO DE UMA CONTA DE NEWSGROUP
é o Outlook Express, esse mesmo que vem com o Internet Explorer e você Microsft Outlook Express
usa para acessar seus e-mails, pois além de ser cliente de e-mail, ele tem
capacidade de acessar servidores de newsgroups, mas com algumas Para configurar o acesso aos newsgroups, siga os passos referidos
limitações. em baixo:
Em alguns casos, também é possível acessar os mesmos grupos de No Microsoft Outlook Express, seleccionar Tools / Accounts
discussão via navegador, mas isso se o administrador do servidor disponi-
bilizar esse recurso. Porém, acessando via navegador, estaremos deixan-
do de usar o serviço newsgroup de fato, passando a utilizar um simples
fórum da Internet.
Operação
Basicamente, um newsgroup funciona assim:
1. Alguém envia uma mensagem para o grupo, posta ela.
2. Essa mensagem fica armazenada no servidor do news, e qualquer
pessoa que acessar o servidor e o grupo onde essa mensagem foi posta-
da, poderá visualizá-la, respondê-la, acrescentar algo, discordar, concor-
dar, etc. A resposta também fica armazenada no servidor, e assim como a
mensagem original, outras pessoas poderão "responder a resposta" da
mensagem original. Para entender melhor, veja um exemplo da estrutura
de um newsgroup, veja o exemplo na figura abaixo. Aqui vai iniciar o processo de configuração da sua conta nos news-
groups. Para tal terá de preencher o nome e endereço de correio electróni-
co que pretende que apareçam nas mensagens, bem como o endereço de
servidor de newsgroups: news.iol.pt.
sistema operacional: Win98, NT 4.0, Me, 2000, XP não está disponível em português
free
disponível em português
Opera
Bastante rápido para carregar as páginas e não tão pesado quanto o
Netscape. O programa de instalação é o menor com 3.2 Mb. Possui
recurso de navegação por abas - novas páginas são abertas na mesma
janela do Opera, não havendo necessidade de abrir outras instâncias do
browser. Admite mouse gestures que são atalhos chamados através de
um movimento de mouse, como a atualização e o fechamento de uma
janela. Possui teclas de atalho para os principais sites de busca. Digitar,
por exemplo, (g palavra-chave) na barra de endereço equivale a uma
busca por palavra-chave no Google. Inclui genreciador de downloads, de
senhas gravadas e de cookies - arquivo que grava informações em texto Mozilla Firebird
durante a navegação - e pode também bloquear janelas popups. Para
Mais um filho do Mozilla. O Firebird pode ser chamado de Mozilla Li-
utilizar a linguagem Java, muito comum em sites de bancos, é necessário
te, pois ele traz apenas o browser e as funções mais úteis como controle
instalar o Plugin Java. Existe um programa de instalação em que o Java
de cookies, senhas, popups, abas, o que o torna bem leve, tanto para
está incluído, mas essa versão faz o programa crescer para 12.7 Mb.
baixar quanto para executá-lo. Não possui programa de instalação, basta
descompactar o arquivo - para isso é necessário o WinZip - num diretório
Opera qualquer. No site podem-se baixar extensões que acrescentam novos
recursos a ele, como os mouse gestures.
www.opera.com
Mozilla Firebird
versão atual: 7.11
texturizer.net/firebird/index.html
possui programa de e-mail
versão atual: 0.6
sistema operacional: Win 95 ou superior, Linux, Mac,
Página
O botão tem várias funções: Recortar
Copiar – Colar - Salvar Página - Enviar esta página através de e-
mail - Zoom Esta ferramenta aumenta o zoom da página fazendo com que
ela possa ficar ilegíve.Esta outra ferramenta só precisa ser utilizada se
Note que os que estão em cima do que está marcado são as “próxi- você não conseguir enxergar direito a letras ou imagens de um site -
mas páginas”(isso ocorre quando você volta várias páginas), e os que Tamanho do texto, configura o tamanho da fonte da página - Ver código
estão em baixo são as páginas acessadas. E o Histórico é para ver o fonte, visualiza o código fonte da página - Relatório Da Segurança,
histórico, últimos sites acessados. verifica se a página contem diretivas de segurança ou certificadas digitais -
Barra de endereço e botões atualizar e parar Privacidade da página, verifica se a página esta configurada de acordo
com a sua política de privacidade.
BOTÕES DE NAVEGAÇÕES
Impressão
Botão utilizado para imprimir a página da internet .
Voltar
Abaixo as funções de cada botão de seu navegador Internet Explorer
Alternar entre as abas
7.0 da Microsoft.
Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas
O botão acima possibilita voltar na página em que você acabou de sair
ou seja se você estava na página da Microsoft e agora foi para a da aposti- Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e
lasopcao, este botão lhe possibilita voltar para a da Microsoft sem Ter que suas respectivas páginas
digitar o endereço (URL) novamente na barra de endereços. Alternar entre as abas
Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas
Avançar Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e
O botão avançar tem a função invertida ao botão voltar citado acima. suas respectivas páginas
Parar
O botão parar tem como função obvia parar o download da página em
execução, ou seja, se você está baixando uma página que está demoran-
do muito utilize o botão parar para finalizar o download.
Home
O botão página inicial tem como função ir para a página que o seu na- Alternar entre as abas
vegador está configurado para abrir assim que é acionado pelo usuário, Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas
geralmente o Internet Explorer está configurado para ir a sua própria Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e
página na Microsoft, caso o usuário não adicionou nenhum endereço como suas respectivas páginas
página principal.
Download
É nada mais que baixar arquivos da Internet para seu computador U-
Pesquisar
pload em português significa carregar – é a transferência de um arquivo do
Este botão, é altamente útil pois clicando no mesmo Internet Explorer seu computador para outro computador.
irá abrir uma seção ao lado esquerdo do navegador que irá listar os princi-
Como efetuar download de uma figura na Internet.
pais, sites de busca na Internet, tal como Cadê, Google, Altavista etc. A
partir daqui será possível encontrar o que você está procurando, mas a) Clique com o botão direito do mouse sobre a figura desejada;
veremos isto mais a fundo nas próximas páginas. b) Escola a opção Salvar figura como;
c) Escolha o nome e a pasta onde o arquivo será baixado;
Favoritos d) Clique em Salvar.
O botão favoritos contem os Websites mais interessantes definidos Como efetuar download de arquivos na Internet
pelo usuário, porém a Microsoft já utiliza como padrão do IE 6 alguns sites Alguns arquivos como jogos; músicas; papéis de parede; utilitários
que estão na lista de favoritos. como antivírus etc.; são disponibilizados na Internet para download a partir
Para você adicionar um site na lista de favoritos basta você clicar com de links (texto destacado ou elemento gráfico), e o procedimento é pareci-
o botão direito em qualquer parte da página de sua escolha e escolher do com o download de figuras.
adicionar a favoritos. Geralmente utilizamos este recurso para marcar a) Clique no respectivo link de download;
nossas páginas preferidas, para servir de atalho.
b) Aparecerá uma tela com duas opções, Abrir arquivo ou Salvar ar-
quivo em disco;
Histórico c) Escolha Salvar arquivo em disco;
O botão histórico exibe na parte esquerda do navegador quais foram d) Escolha a pasta de destino e logo em seguida clique em Salvar.
os sites visitados nas últimas semanas, ou dias com isso você pode man- e) Observa-se a seguir uma Janela (de download em execução) que
O número de vírus e outras pragas eletrônicas na web aumentou, com Sabores dos vírus
624.267 identificados em 2007 ante 1,6 milhão no ano passado. 60% de
todas as ameaças em duas décadas surgiram nos últimos 12 meses. Neste artigo, veremos vários tipos diferentes de vírus de computador.
Eis um guia rápido sobre o que vem a seguir:
Os vírus de computador podem ser um pesadelo. Alguns conseguem • O termo geral de vírus de computador normalmente cobre pro-
limpar toda a informação contida no disco rígido, travar o tráfego de uma gramas que modificam o funcionamento de um computador (incluindo
rede por horas, transformar uma máquina inocente em um zumbi e enviar danos às máquinas) e que conseguem se autocopiar. Um verdadeiro vírus
cópias deles mesmos para outros PCs. Se você nunca teve uma máquina precisa de um programa hospedeiro para funcionar. O Melissa usava um
infectada por um vírus, então pode estar se perguntando o porquê de toda documento do Word.
essa comoção. Mas a preocupação é compreensível. De acordo com a
Consumer Reports, os vírus de computador ajudaram a contribuir com • Um worm, por sua vez, não precisa de um programa hospedeiro.
US$ 8,5 bilhões em perdas dos consumidores em 2008 [fonte: MarketWat- Ele é um aplicativo que consegue fazer uma cópia de si mesmo e a envia
ch (em inglês)]. Eles não são apenas um tipo de ameaça online, mas através das redes de computador.
certamente são os mais conhecidos da gangue.
• Os cavalos de Tróia (Trojan) são programas que afirmam fazer
uma coisa, mas na verdade fazem outra. Alguns deles podem danificar o
Os vírus de computador existem há muitos anos. De fato, em 1949,
disco rígido. Outros conseguem criar uma 'porta dos fundos', permitindo
um cientista chamado John von Neumann teorizou que um programa
que um usuário remoto acesse o sistema do computador da vítima.
autocopiado era possível [fonte: Krebs (em inglês)]. A indústria dos compu-
tadores não tinha nem uma década de existência e alguém já havia des-
coberto como jogar uma chave de boca nas engrenagens figurativas. Mas A seguir, veremos um vírus com um nome doce, mas que causa um efeito
foi preciso outras décadas para que programadores conhecidos como nojento em suas vítimas.
hackers começassem a construir vírus de computador.
Vírus ILOVEYOU
Embora os engraçadinhos tenham criado programas de vírus para
grandes sistemas de computador, foi a introdução do computador pessoal Um ano após o vírus Melissa chegar à Internet, uma ameaça digital
que os trouxe para a atenção pública. Um estudante de doutorado chama- surgia nas Filipinas. Diferente do Melissa, essa ameaça veio na forma de
do Fred Cohen foi o primeiro a descrever programas autocopiáveis criados um worm. Ele era um programa independente - batizado de ILOVEYOU -
para modificar computadores como vírus. O nome pegou desde então. capaz de fazer cópias de si mesmo.
Antigamente (no início dos anos 80), esses vírus dependiam dos hu- Inicialmente, esse vírus circulava pela Internet por e-mail, assim como
manos para realizarem o trabalho duro de espalhá-los para outros compu- o Melissa. O assunto do e-mail dizia que a mensagem era uma carta de
tadores. Um hacker gravava o vírus em disquetes e então, os distribuía amor de um admirador secreto. Um anexo era o que causava toda a
para outras pessoas. Não foi até os modems se tornarem comuns que confusão. O worm original tinha o arquivo nomeado como LOVE-LETTER-
essa transmissão se transformou um problema real. Hoje, quando pensa- FOR-YOU.TXT.vbs. A extensão vbs direcionava para a linguagem que o
mos em um vírus de computador, geralmente imaginamos algo que é hacker usou para criar o worm: Visual Basic Scripting [fonte: McAfee (em
transmitido sozinho via internet. Ele pode infectar as máquinas por meio de inglês)].
mensagens de e-mail ou links corrompidos. Programas como estes podem
se espalhar muito mais rápido do que os primeiros vírus. De acordo com a McAfee, produtora de softwares antivírus, o ILOVE-
YOU tinha uma vasta gama de ataques.
A seguir, veremos 10 dos piores vírus que acabam com um sistema
de computador. Vamos começar com o vírus Melissa. • Ele fazia uma cópia de si mesmo várias vezes e as escondia
em diversas pastas no disco rígido.
Vírus Melissa
• Ele acrescentava novos arquivos nas chaves de registro da ví-
tima.
Na primavera de 1999, um homem chamado David L. Smith criou um
vírus de computador baseado numa macro do Microsoft Word. Ele constru- • Ele substituía vários tipos diferentes de arquivos com cópias de
iu o vírus para que se espalhasse através de mensagens de e-mail. Smith si mesmo.
o batizou de "Melissa," dizendo que escolheu esse nome por causa de
uma dançarina exótica da Flórida [fonte: CNN (em inglês)].
Software antivírus Em 2001, outro vírus que atingiu a Internet foi o worm Nimda (que é
Admin, de trás para frente). O Nimda se espalhou pela web rapidamente,
tornando-se o vírus de computador com a propagação mais rápida de
É importante ter um programa de antivírus em seu computador e mantê-lo todos os tempos. De acordo com o CTO da TruSecure, Peter Tippett,
atualizado. Mas você não deve utilizar mais do que um pacote, já que foram necessários somente 22 minutos a partir do momento que atingiu a
vários programas podem interferir uns com os outros. Aqui está uma lista rede para ele chegar ao topo da lista de relatos de ataques [fonte: Anthes
de alguns pacotes de programas antivírus: (em inglês)].
• Avast Antivírus
No fim de janeiro de 2003, um novo vírus de servidor de rede espa- O MyDoom se espalha através de e-mail e redes P2P (peer-to-peer).
lhou-se pela Internet. Muitas redes de computador não estavam prepara- De acordo com a firma de segurança, MessageLabs, um em cada 12
das para o ataque, e como resultado, o vírus derrubou vários sistemas mensagens transportou o vírus pelo menos uma vez [fonte: BBC (em
importantes. O serviço de caixa automático do Bank of America caiu, a inglês)]. Assim como o vírus Klez, o MyDoom podia fazer um spoof nos e-
cidade de Seattle sofreu cortes no serviço de atendimento de emergências mails para dificultar o rastreamento da fonte de infecção.
e a Continental Airlines precisou cancelar vários voos devido aos erros no
sistema de passagens eletrônicas (em inglês) e de check-in. Vírus estranhos
Nem todos os vírus causam danos graves nos computadores ou des-
O culpado foi o vírus SQL Slammer, também conhecido como Sapphi- troem redes. Alguns apenas fazem com que as máquinas ajam de forma
re. Pelas estimativas, ele causou mais de US$ 1 bilhão em prejuízos antes estranha. Um vírus antigo chamado Ping-Pong gerava um gráfico de uma
dos patches de correção e dos softwares antivírus identificarem o proble- bola pulando, mas não danificava gravemente o computador infectado.
ma [fonte: Lemos (em inglês)]. O progresso do ataque do Slammer foi bem Existem vários programas de trote que podem fazer com que o usuário
documentado. Apenas alguns minutos depois de infectar o primeiro servi- pense que o computador está infectado, mas na verdade, eles são aplica-
dor, o Slammer dobrava o número de vítimas em poucos segundos. Quin- tivos inofensivos incapazes de fazerem cópias de si mesmos. Na dúvida, é
ze minutos após o primeiro ataque, o vírus infectou quase metade dos melhor deixar um programa antivírus remover esse aplicativo.
servidores que agem como pilares da Internet [fonte: Boutin (em inglês)].
A seguir, veremos dois vírus criados pelo mesmo hacker: o Sasser e o
O vírus Slammer nos ensinou uma lição valiosa: nunca é demais veri- Netsky.
ficar se você possui os últimos patches de correção e softwares antivírus. Vírus Sasser e Netsky
Os hackers sempre encontrarão uma maneira de explorarem quaisquer
fraquezas, sobretudo se a vulnerabilidade não for ainda muito conhecida.
Embora ainda seja importante tentar aniquilar os vírus antes que eles Às vezes, os programadores de vírus de computador escapam da pri-
destruam você, também é importante ter um plano para a pior situação são. Mas em alguns casos, as autoridades encontram um jeito de rastrear
possível para a ocorrência de um ataque desastroso. o vírus e descobrir a sua origem. Foi o caso dos vírus Sasser e Netsky.
Um alemão de 17 anos chamado Sven Jaschan criou os dois programas e
os lançou na Internet. Embora os worms se comportavassem de maneiras
Uma questão de tempo diferentes, as semelhanças do código levaram os especialistas em segu-
rança a acreditarem que ambos eram obras da mesma pessoa.
Virando música
Todos os ambientes são vulneráveis, partindo do principio de que não Mecanismos para Controles de Segurança
existem ambientes totalmente seguros. Muitas vezes encontramos vulne- Autenticação e autorização
rabilidades nas medidas implementadas pela empresa. Identificar as A autorização é o processo de conceder ou negar direitos a usuários
vulnerabilidades que podem contribuir para as ocorrências de incidentes ou sistemas, por meio das chamadas listas de controle de acessos (Acess
de segurança é um aspecto importante na identificação de medidas ade- Control Lists – ACL), definindo quais atividades poderão ser realizadas,
quadas de segurança. desta forma gerando os chamados perfis de acesso.
As vulnerabilidades estão presentes no dia-a-dia das empresas e se A autenticação é o meio para obter a certeza de que o usuário ou o
apresentam nas mais diversas áreas de uma organização. objeto remoto é realmente quem está afirmando ser. É um serviço essen-
cial de segurança, pois uma autenticação confiável assegura o controle de
Não existe uma única causa para surgimento de vulnerabilidades. A acesso, determina que esteja autorizado a ter acesso à informação, permi-
negligência por parte dos administradores de rede e a falta de conheci- te trilhas de auditoria e assegura a legitimidade do acesso. Atualmente os
mento técnico são exemplos típicos, porém esta relação pode ser entendi- processos de autenticação estão baseados em três métodos distintos:
da como sendo de n para n, ou seja, cada vulnerabilidade pode estar
presente em diversos ambientes computacionais. Identificação positiva (O que você sabe) – Na qual o requerente
demonstra conhecimento de alguma informação utilizada no processo de
Por que sistemas são vulneráveis autenticação, por exemplo, uma senha.
Quando grandes quantidades de dados são armazenadas sob formato
eletrônico, ficam vulneráveis a muito mais tipos de ameaças do que quan- Identificação proprietária (O que você tem) – Na qual o requerente
do estão em formato manual. demonstrar possuir algo a ser utilizado no processo de autenticação, como
um cartão magnético.
Os avanços nas telecomunicações e nos sistemas de informação am-
pliaram essas vulnerabilidades. Sistemas de informação em diferentes Identificação Biométrica (O que você é) – Na qual o requerente exi-
localidades podem ser interconectados por meio de redes de telecomuni- be alguma característica própria, tal como a sua impressão digital.
cações. Logo, o potencial para acesso não autorizado, abuso ou fraude
não fica limitado a um único lugar, mas pode ocorrer em qualquer ponto de Combate a ataques e invasões
acesso à rede. Destinados a suprir a infra-estrutura tecnológica com dispositivos de
software e hardware de proteção, controle de acesso e conseqüentemente
Além disso, arranjos mais complexos e diversos de hardware, softwa- combate a ataques e invasões, esta família de mecanismos tem papel
re, pessoais e organizacionais são exigidos para redes de telecomunica- importante no modelo de gestão de segurança, à medida que as conexões
ção, criando novas áreas e oportunidades para invasão e manipulação. eletrônicas e tentativas de acesso indevido crescem exponencialmente.
Redes sem fio que utilizam tecnologias baseadas em rádio são ainda mais Nesta categoria, existem dispositivos destinados ao monitoramento, filtra-
vulneráveis à invasão, porque é fácil fazer a varredura das faixas de radio- gem e registro de acessos lógicos, bem como dispositivos voltados pra a
freqüência. A Internet apresenta problemas especiais porque foi projetada segmentação de perímetros, identificação e tratamento de tentativas de
para ser acessada facilmente por pessoas com sistemas de informações ataque.
diferentes. As vulnerabilidades das redes de telecomunicação estão ilus-
tradas na próxima figura Firewalls
Os Firewalls são sistemas ou programas que barram conexões inde-
sejadas na Internet. Assim, se algum hacker ou programa suspeito tenta
fazer uma conexão ao seu computador o Firewall irá bloquear. Com um
Firewall instalado em seu computador, grande parte dos Cavalos de Tróia
será barrada mesmo se já estiverem instalados em seu computador.
Alguns programas de Firewall chegam ao requinte de analisar continua-
mente o conteúdo das conexões, filtrando os Cavalos de Tróia e os Vírus
de e-mail antes mesmo que os antivírus entrem em ação. Esta análise do
conteúdo da conexão serve, ainda, para os usuários barrarem o acesso a
sites com conteúdo erótico ou ofensivo, por exemplo. Existem, ainda,
pacotes de Firewall que funcionam em conjunto com os antivírus possibili-
tando ainda um nível maior de segurança nos computadores que são
Criptografia de Chaves Pública e Privada e Assinatura Eletrônica A ferramenta Scandisk (versão DOS) é inicializada automaticamente
de Documentos quando o computador não é desligado de forma correta (através do menu
Este tipo de método de criptografia utiliza duas chaves diferentes para Iniciar). Se ela encontra erros, pergunta se deve tentar salvar ou não. A
cifrar e decifrar suas mensagens. ferramenta também verifica a memória RAM e o status geral do computa-
dor, como a estrutura de pastas e arquivos.
Eis como funciona: com uma chave você consegue cifrar e com a ou-
tra você consegue decifrar a mensagem. Qual a utilidade de se ter duas Backup
chaves então? Ora, se você distribuir uma delas (a chave pública.) para O backup é uma ferramenta que permite a cópia de mais de um diretó-
seus amigos eles poderão cifrar as mensagens com ela, e como somente rio ou todo o conteúdo do computador para unidades externas de armaze-
a sua outra chave (a chave privada.) consegue decifrar, somente você namento. Como um disco rígido possui maior capacidade de armazena-
poderá ler a mensagem. Este método funciona ao contrário também, se mento do que um disquete, a ferramenta Backup permite a divisão das
você usa a sua chave privada para cifrar a mensagem, a chave pública informações em mais disquetes, em ordem seqüencial, que a mesma
consegue decifrá-la. Parece inútil, mas serve para implementar outro tipo ferramenta backup é capaz de copiar de volta ao disco rígido.
de serviço em suas mensagens (ou documentos): a Assinatura Eletrônica.
Confidencialidade - propriedade que limita o acesso a Protocolos seguros. uso de protocolos que garantem um grau
informação tão somente às entidades legítimas, ou seja, àquelas de segurança e usam alguns dos mecanismos citados aqui
autorizadas pelo proprietário da informação.
A OSI, por conta da ambiguidade da palavra “free” em inglês, prefere a Uma importante característica do software livre é o compartilhamento de
expressão Open Source, que em língua portuguesa é traduzida por código-fonte. Esse compartilhamento pode simplificar o desenvolvimento
software livre, software de código aberto ou software aberto. A de novas aplicações, que não precisam ser programadas a partir do zero.
disponibilidade do código-fonte não é condição suficiente para que ele seja Essa vantagem tem impacto significativo na redução de custos e na
considerado de código aberto. É necessário satisfazer dez critérios, diminuição da duplicação de esforços6 . Além disso, o compartilhamento
inspirados nas Orientações sobre Software Livre do projeto Debian: se refere à possível melhoria na qualidade devido ao maior número de
desenvolvedores e usuários envolvidos com o software. Um maior número
1. Livre redistribuição: Sua licença não pode restringir ninguém, de desenvolvedores é capaz de identificar e corrigir mais bugs (falhas) em
proibindo que se venda ou doe o software a terceiros; menos tempo e um número maior de usuários gera situações de uso e
necessidades variadas. É esperado que o desenvolvedor seja mais
2. Código-fonte: O programa precisa obrigatoriamente incluir
cuidadoso com o seu trabalho pois sabe que a sua produção será avaliada
código-fonte e permitir a distribuição tanto do código-fonte quanto do
por outros profissionais e possivelmente terá reflexos em sua carreira
programa já compilado;
profissional7 8 .
3. Obras derivadas: A licença deve permitir modificações e obras
Do ponto de vista econômico, o software livre promove o estabelecimento
derivadas que possam ser redistribuídas dentro dos mesmos termos da
de vários fornecedores com base no mesmo software. A competição entre
licença original;
fornecedores traz vantagens aos usuários, como melhorias nos serviços
4. Integridade do código do autor: A licença pode proibir que se de suporte e redução nos preços de pacotes (manuais, CDs, etc). Cerca
distribua o código-fonte original modificado desde que a licença permita a de 80% do dinheiro gasto com software pelas empresas são voltados para
distribuição de patch files com a finalidade de modificar o programa em aplicações personalizadas e treinamento6 . Esse modelo de negócio
tempo de construção; (suporte e venda de pacotes) incentiva o surgimento de pequenas
empresas que podem atender os mercados locais e consequentemente
5. Não discriminação contra pessoas ou grupos: A licença não redução da dependência de empresas estrangeiras.
pode discriminar contra pessoas ou grupos;
A pouca experiência do mercado em lidar com o software livre e o próprio
6. Não discriminação contra áreas de utilização: A licença não fato do software ser, em geral, gratuito, podem gerar dúvidas sobre a
pode restringir os usuários de fazer uso do programa em uma área viabilidade econômica ou a qualidade do software. Estes conceitos estão
específica; sendo revertidos aos poucos. As empresas estão percebendo que é mais
7. Distribuição da licença: Os direitos associados ao programa vantajoso aprimorar/contribuir com o software livre do que investir na
através da licença são automaticamente repassados a todas as pessoas construção de um novo software similar e proprietário.
às quais o programa é redistribuído sem a necessidade de definição ou Breve histórico
aceitação de uma nova licença;
Durante a década de 60, os computadores de grande porte, utilizados
8. Licença não pode ser específica a um produto: Os direitos quase exclusivamente em grandes empresas e instituições
associados a um programa não dependem de qual distribuição em governamentais, dominavam o mercado da Computação. Nesta época,
particular aquele programa está inserido. Se o programa é retirado de uma não era comum do ponto de vista comercial a ideia do software como algo
distribuição, os direitos garantidos por sua licença continuam valendo; separado do hardware. O software era entregue junto com o código-fonte
9. Licenças não podem restringir outro software: A licença não ou, em muitas vezes, apenas o código-fonte. Existiam grupos de usuários
pode colocar restrições em relação a outros programas que sejam que compartilhavam código e informações. Assim, no início, o software era
distribuídos junto com o software em questão; e livre: pelo menos para aqueles que tinham acesso à tecnologia da
época8 .
10. Licenças devem ser neutras em relação as tecnologias:
Nenhuma exigência da licença pode ser específica a uma determinada Em 1983, Richard Stallman, funcionário do Laboratório de Inteligência
tecnologia ou estilo de interface. Artifical do MIT, passou por uma experiência negativa com software
comercial e deu origem ao Projeto GNU. Durante o período que estava no
Ideologia: as diferenças entre Software Livre e Código Aberto MIT identificou uma falha no software de uma impressora Xerox. Tentou
Muitos defensores do software livre argumentam que a liberdade é corrigi-la, mas a empresa não liberou o código-fonte. Esse fato motivou
essencial não só do ponto de vista técnico, mas também sob a ótica da Richard Stallman a criar um mecanismo legal de garantia para que todos
moral e da ética. É neste aspecto que o movimento de software livre pudessem desfrutar dos direitos de copiar, redistribuir e modificar software,
(liderado pela FSF) se distingue do movimento de código aberto (liderado dando origem a Licença GPL. Para institucionalizar o Projeto GNU,
pela OSI), que enfatiza a superioridade técnica em relação ao software Stallman fundou a Free Software Foundation (FSF). Nasce assim o
proprietário, ao menos em potencial. Movimento do Software Livre.
Eclipse Foundation E muito mais: exportação para PDF, editor de fórmulas científicas,
extensões, etc...
A Fundação Eclipse é uma organização sem fins lucrativos, com membros
que apoiam e desenvolvem o Eclipse, um projeto de Software Livre, e que O LibreOffice está disponível na maioria das plataformas computacionais:
ajudam e cultivam tanto a comunidade de código aberto, como também o MS-Windows (Xp, Vista, Sete e Oito), Linux (32 et 64 bits, pacotes deb et
conjunto de produtos e serviços complementares da mesma plataforma. rpm), MacOS-X (processadores Intel e PowerPC). Em breve estará
disponível também para Android.
Linux Foundation
LibreOffice é livre para ser utilizado por qualquer pessoa. Você pode
A Fundação Linux (Linux Foundation - LF) é um consórcio de tecnologias instalar uma cópia do LibreOffice em todos os computadores que desejar,
sem fins lucrativos criado para fomentar o crescimento do sistema e utilizá-la para qualquer propósito, tanto por empresas, governos e
operacional Linux. Fundado em 2007 pela junção do Laboratório de administração pública em geral, quanto por projetos educacionais e de
Desenvolvimento Open Source (Open Source Develpment Labs - OSDL) e inclusão digital. Para maiores detalhes sobre seus direitos, veja o texto da
o Grupo de Padrões Livres (Free Standards Group - FSG), a LF patrocina licença que acompanha o LibreOffice ou
o trabalho do criador do Linux, Linus Torvalds, e é apoiada por empresas em http://www.libreoffice.org/about-us/license/ (em ingês).
líderes de Linux e código aberto e desenvolvedores de todo o mundo. A LF
promove, protege e padroniza o Linux "fornecendo um conjunto Principais empresas ligadas ao Software Livre
abrangente de serviços para competir eficazmente com plataformas Cygnus Solutions
fechadas".
Cygnus Solutions, originalmente Cygnus Support, foi fundada em 1989 por
GNOME Foundation John Gilmore, Michael Tiemann e David Henkel-Wallace para prover
A Fundação GNOME (GNOME Foundation) é uma organização sem fins suporte comercial ao software livre. Depois de dez anos de existência, a
lucrativos que coordena o desenvolvimento do projeto GNOME. Trabalha Cygnus se funde com a Red Hat.
com o objetivo de criar uma plataforma de computação de uso público e Canonical (Ubuntu)
geral completamente livre.
Canonical Ltd. é uma companhia privada fundada para atuar no suporte e
Mozilla Foundation serviços para o Ubuntu Linux e projetos relacionados.
A Mozilla Foundation é uma fundação que mantém todos projetos de Red Hat
software livre da linha Mozilla, como Firefox, Thunderbird e complemetos
entre outros. Red Hat, Inc. é um dos principais fornecedores de distribuição Linux. A
Red Hat fornece plataformas de sistema operacional, juntamente com
Electronic Frountier Foundation (EFF) middleware, aplicações e produtos de gerenciamento, bem como suporte,
A Electronic Frontier Foundation (EFF), é uma organização sem fins treinamento e serviços de consultoria. Red Hat cria, mantém e contribui
lucrativos com o objetivo de proteger os direitos de liberdade de para muitos projetos de software livre e também adquiriu vários pacotes de
expressão, no contexto da era digital. Tem atuado de várias maneiras, software proprietário e lançou o seu código fonte sob a licença GNU GPL.
proporcionando ou financiando defesa legal nos tribunais para indivíduos e IBM
novas tecnologias do efeito inibitório provocado por ameaças legais que
sejam consideradas infundadas e sem razão, entre outras. A IBM é uma das principais empresas de tecnologia, tem investido em
pesquisa e desenvolvimento, as tecnologias que desenvolve tem
Software Freedom Law Center (SFLC) influenciado projetos que vão de supercomputadores a consoles de video
A Software Freedom Law Center (SFLC) é uma organização de game e nanotecnologia. A IBM além do projeto Eclipse, mantém
profissionais voluntários que fornece auxílio e representação legal sobre um portal para fomentar o desenvolvimento de software livre.
aspectos jurídicos aos desenvolvedores de projetos de software livre sem Google
fins lucrativos.
Google Inc. (Google) tem investido muito em projetos de software livre, um
Creative Commons bom exemplo disso é o Google Summer of Code que incentiva estudantes
Creative Commons é uma organização não governamental sem fins do mundo todo a participarem do desenvolvimento de softwares livres.
lucrativos voltada a expandir a quantidade de obras criativas disponíveis, Oracle Corporation
através de suas licenças que permitem a cópia e compartilhamento com
menos restrições que o tradicional todos direitos reservados. Para esse Oracle Corporation em Janeiro de 2010, anunciou a aquisição da Sun
fim, a organização criou diversas licenças, conhecidas como licenças Microsystems, que foi importante para alguns membros da comunidade
Creative Commons, que tem sido adotadas por muitos criadores de Open Source e também para algumas outras companhias, que temiam que
conteúdo, pois permitem controle sobre a maneira como a propriedade a Oracle fosse acabar com o apoio tradicional que a Sun dava a projetos
intelectual será compartilhada. Open Source. O apoio aos projetos tem sido mantido. Em junho de 2011, a
Oracle doou o OpenOffice para a Fundação Apache.
Governo renova estratégias para difusão do software livre em 2013 A GPLv3 agrega vários exemplos de restrições adicionais que ferem o
Comitê Técnico de Implementação de Software Livre reúne-se neste mês, princípio do preâmbulo das GPLs de que os direitos concedidos na GPL
em Brasília, para planejar as próximas ações acompanham a obrigação de não negá-los a outros usuários do programa.
Distribuir software e depois limitar seus usos através de patentes nele
O IV Planejamento Estratégico de Ações do Comitê Técnico de Implemen- implementadas é uma restrição adicional que, pela lei norte-americana, a
tação de Software Livre do Governo Federal (Cisl) para o biênio 2013/2014 GPLv2 já proibia de forma implícita. Na GPLv3, a licença de patente pas-
acontece nos dias 10 e 11 deste mês, na sede da Escola de Administração sou a ser explícita. O uso de patentes para impor restrições adicionais às
Fazendária (Esaf), em Brasília. liberdades de qualquer outro usuário com relação ao programa, modificado
ou não, viola a licença.
Após os planejamentos de 2004, 2009 e 2010, o comitê pretende agora
retomar a discussão sobre a temática do software livre dentro do governo Leis draconianas que criminalizam a desativação de DRM (Digital Restric-
e elaborar o plano de ações conjuntas e específicas de cada órgão partici- tions Management, ou Gestão Digital de Restrições: são medidas técnicas
pante. de controle de acesso a informação em formato digital), mesmo para usos
permitidos por lei, também não podem ser usadas para impedir usuários
Uma das ações do Cisl, no fim de 2012, foi o recadastramento dos repre- de modificar o software GPL.
sentantes dos órgãos federais: atualmente, o comitê conta com 308 mem-
O uso de assinaturas digitais para impedir a execução de versões modifi-
bros inscritos de 147 órgãos governamentais.
cadas do software GPL que acompanha dispositivos como o vídeo-cassete
digital TiVo também é restrição adicional. Para quem acredita que os
Todos os integrantes do comitê estão convidados para o evento que
termos “sem restrições adicionais” da GPLv2 não proibiam a prática da
contará com a presença de diferentes autoridades do governo federal em
Tivoização, a GPLv3 esclarece que o usuário deve receber, juntamente
sua abertura oficial. Os interessados em participar podem inscrever-se por
com o código fonte, informação de instalação necessária para o pleno
meio do e-mail cisl@serpro.gov.br.
gozo das liberdades. Vale ressaltar que software em ROM em princípio
não caracteriza restrição adicional, e a GPLv3 explicitamente permite essa
O comitê
prática.
O Cisl foi criado com a missão de promover a capacitação em software
livre dos técnicos e gestores de TI e conta com a participação de institui- Terceirização não exime as partes do cumprimento das obrigações da
ções que incentivam a disseminação de conhecimentos e ações de com- GPL. Novell e Microsoft fecharam um acordo em que uma distribui o
partilhamento de informações. Entre suas principais diretrizes, estão: software e a outra impõe restrições, através do licenciamento restritivo de
priorizar soluções, programas e serviços baseados em software livre; supostas patentes. Nessas condições, Novell seria impedida de distribuir o
priorizar a aquisição de hardware compatível às plataformas livres; utilizar software, mas a GPLv3 abre uma exceção para que ela possa distribuir
o software livre como base dos programas de inclusão digital e formular software GPLv3 em nome da Microsoft, assim estendendo a licença de
uma política nacional para o software livre. patentes para todos. A exceção não vale para acordos posteriores.
Ou seja, a GPLv3 não impõe de fato novas restrições. Ao contrário, deixa
O grupo é coordenado pelo diretor-presidente do Serpro, Marcos Ma- claro que novas formas de restrição não fogem do escopo de “sem restri-
zoni, e tem como secretário-executivo Deivi Kuhn, analista do Serpro. ções adicionais”.
Mais vantagens
Entenda as diferenças entre a GPLv2 e GPLv3
Explicitando todos esses casos de restrições adicionais não permitidas, a
VINÍCIUS VIEIRA GPLv3 traz muito mais segurança para o usuário e mais facilidade para o
titular do programa coibir tais infrações da licença. Mas há várias outras
A GNU GPL é a licença de software livre preferida dentre os desenvolve- novidades da GPLv3 para trazer tranqüilidade ao usuário e ao desenvol-
dores. Mais de dois terços de todos os softwares livres a utilizam. Exem- vedor.
plos proeminentes são o GCC, o GNU Emacs e o núcleo Linux (não con-
fundir com sistema operacional GNU+Linux, com programas sob várias Quem recebe software livre em protocolos P2P, como bittorrent, pode
licenças). A grande maioria desses softwares permite relicenciamento sob estar violando a GPLv2, pois está também distribuindo o programa recebi-
a GPLv3, lançada em 29 de junho último, daí a importância de saber o que do, provavelmente desacompanhado dos fontes. A GPLv3 explicitamente
ela traz de novo. permite essa forma de distribuição, sem exigir aceitação dos termos da
Informática 159 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
licença, desde que a informação sobre como obter os fontes correspon- Design simplificado
dentes seja disponibilizada junto à oferta do binário. A GPLv3 também Nesta versão o Internet Explorer 9 esta com uma interface de usuário
flexibiliza a exigência de oferta de fontes em mídia tangível, permitindo a mais compacta. A maioria das funções da barra de comandos, (Imprimir ou
oferta dos fontes para download, inclusive em servidores mantidos por Zoom), podem agora ser acessadas com apenas um clique no botão de
terceiros. Só não exime o distribuidor dos binários da responsabilidade de Ferramentas. Os favoritos estão agora em um único botão na tela
providenciar os fontes para o usuário, caso o servidor sugerido deixe de principal. Trazendo nesta versão uma melhor clareza/limpeza vizual.
oferecê-los. Ficando desta forma somente os botões principais na estrutura principal.
A GPLv3 introduz compatibilidade com a conhecida licença Apache 2.0, Esta forma de exibição mais limpa foi inicialmente adotado pelo
assim como com a menos conhecida GNU Affero GPL, uma licença que navegador Google Chrome.
exige a oferta dos fontes mesmo para usuários remotos do software, como Sites Fixos
por exemplo software que roda num servidor na Internet. Ao visitar determinadas páginas da Web com frequência, o recurso
Sites Fixos permite que elas sejam acessadas diretamente na barra de
Advogados vão apreciar o ar mais “legalês” da GPLv3, a redução de
tarefas da área de trabalho do Windows 7.
ambigüidades, a internacionalização alcançada evitando o uso de termos
específicos da lei norte-americana de direito autoral, a permissão para Exibir e acompanhar downloads
adicionar termos de ausência de garantia e os dois mecanismos de perdão A caixa de diálogo Exibir Downloads é um novo recurso que mantém a
de infração acidental: cumprimento da licença em até 30 dias após a lista dinâmica dos arquivos baixados. Podendo agora o navegador emitir
primeira notificação de infração, ou cumprimento por 60 dias consecutivos um aviso, caso desconfie que o download seja mal-intencionado. Nesta
após a última infração, se não houver notificação antes do fim do prazo. janela de download, foi introduzido o recurso que permite pausar e reiniciar
um download inacabado. Esta lista mostra também onde encontrar no
Balanço positivo computador os arquivos baixados. A lista pode ser limpa a qualquer
Ainda que certa cautela seja justificável até que o entendimento da nova momento, porém os arquivos permanecem no computador no local
licença se consolide, temer a GPLv3 só faz sentido para quem pretendia prédefinido. Este local é definido nas configurações do navegador. Vale
modificar e/ou distribuir software sob a GPL e impor restrições adicionais ressaltar que tal recurso foi inicialmente implementado pelo Firefox,
aos demais usuários, esperando que prevalecessem interpretações da embutido no Google Chrome e agora disponível também no Internet
GPLv2 favoráveis a seus propósitos. Explorer.
Guias avançadas
O espírito da GPL sempre foi garantir que o software permaneça livre para
todos os seus usuários, inclusive para exploração comercial. Quem não A navegação por guias, proporciona uma melhor movimentação entre
compartilha esse espírito é tão livre para se abster de modificar ou distribu- várias páginas da Web. Com este recurso, é possível navegar em diversas
ir software sob a GPL quanto sempre foi. páginas simultaneamente. As guias também são destacáveis. Permitindo
assim que, ao arrastar uma guia, uma nova instância do navegador abra-
Com a GPLv3, você tem ainda mais garantias de que nenhum dos desen- se com a guia arrastada. O mesmo terá uma função de Ajuste. Está
volvedores ou distribuidores do software vá impedi-lo de executar, modifi- organizará as janelas lado-a-lado. Assim sendo, o navegador se auto-
car ou distribuir o software, enquanto você estiver disposto a também ajustará conforme a resolução do monitor. As guias também serão
respeitar as liberdades dos demais usuários do software. Se suas ativida- codificadas por cores, mostrando assim, quais páginas abertas estão
des dependem desse software, essa segurança adicional há de ser muito relacionadas umas às outras (tal recurso promete uma melhor praticidade
bem-vinda. visual e de navegação).
Copyright 2007 Alexandre Oliva Página Nova Guia
Permite-se distribuição, publicação e cópia literal da íntegra deste docu- O novo design da página Nova Guia exibe os sites que foram visitados
mento, sem pagamento de royalties, desde que sejam preservadas a nota frequentemente. Codificando as guias por cores, o navegador prometendo
de copyright, a URL oficial do documento e esta nota de permissão. melhor a usabilidade. Uma barra indicadora também mostra a frequência
de visitas em cada site. Permitindo ao usuário remover ou ocultar sites por
Internet Explorer 9 ele visitado. É o mesmo processo da limpeza de cache.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Pesquisa na barra de endereços
O Windows Internet Explorer 9 (abreviado IE9) é a nona versão Nesta versão é possível pesquisar diretamente na barra de endereços.
do navegador Internet Explorer criado e fabricado pela Microsoft. Ele é o Se digitar o endereço de um site, irá diretamente ao site desejado. Se
sucessor do Internet Explorer 8. digitar um termo de pesquisa ou endereço incompleto, se iniciará uma
O Internet Explorer 9 foi lançado em fase final em 14 de pesquisa usando o mecanismo de pesquisa padrão selecionado. Ao digitar
Março de 2011, sendo disponibilizado paraWindows Vista (32/64-bit) poderá também receber sugestões do próprio recurso.
e Windows 7 (32/64-bit). em 93 idiomas. Assim como ocorreu com Barra de Notificação
oInternet Explorer 7, a nona versão do navegador também traz drásticas
A Barra de Notificação aparecerá na parte inferior do Internet Explorer
mudanças em sua interface, optando por uma aparência minimalista,
fornece informações importantes de status, mas não o forçará a clicar em
privilegiando o espaço para exibição das páginas da web.
uma série de mensagens para poder continuar navegando.
Novidades
Supervisor de Desempenho de Complementos
Novos recursos
Os complementos, como as barras de ferramentas e plugins podem
• Design simplificado; aprimorar a experiência de navegação, mas também podem torná-la lenta.
• Sites Fixos; O Supervisor de Desempenho de Complementos informa se um
• Exibir e acompanhar downloads; complemento está afetando negativamente o desempenho do navegador e
permite que o desabilite ou o remova por completo.
• Guias avançadas;
Aceleração de hardware
• Página Nova Guia;
Este novo recurso do Internet Explorer usará a potência do
• Pesquisa na barra de endereços; processador gráfico presente no computador (conhecido como GPU)[6],
• Barra de Notificação; para lidar com tarefas carregadas de elementos gráficos, como streaming
• Supervisor de Desempenho de Complementos; de vídeo ou jogos online. Ao usar o GPU, o Internet Explorer dividirá o
processamento da página entre o GPU e a CPU. Desta forma, promete um
• Aceleração de hardware; aumento significativo na montagem e exibição do conteudo em relações às
• Antivírus (Somente da internet.) suas versões anteriores.
• Autenticidade: A chave privada é usada para cifrar a mensagem, com • É computacionalmente difícil calcular S a partir do conhecimento de P.
isso garante-se que apenas o dono da chave poderia tê-la editado.
• Os cálculos de P() e S() são computacionalmente fáceis para quem
Sistemas de criptografia de chave pública conhece as chaves.
Os algoritmos assimétricos contam com uma chave para criptografia e • É computacionalmente difícil calcular S() sem conhecer a chave S.
uma chave diferente, porém relacionada, para decriptografia. Esses algo-
ritmos têm a seguinte característica importante: Estas possibilidades levam ao seguinte cenário:
• É computacionalmente inviável determinar a chave de decriptografia • Cada usuário calcula o seu par de chaves (S, P) no seu computador.
dado apenas o conhecimento do algoritmo de criptografia e da chave de • A chave S é guardada de forma segura no seu computador.
criptografia.
• A chave P é distribuída a todos de forma pública.2
• Além disso, alguns algoritmos, como o RSA, também exibem a seguinte
característica: Complexidade de Algoritmo
• Qualquer uma das duas chaves relacionadas pode ser usada para Seja no comprimento de entrada para um algoritmo A. Um algoritmo A é
criptografia, com a outra usada para a decriptografia. de tempo polinomial se a função f(n) do tempo de execução no pior caso
de A é tal que f(n) = O (n ) para um constante k.
Um esquema de criptografia de chave pública possui seis ingredientes:
Um algoritmo A é de tempo exponencial se não existe constante k tal que
• Texto claro: essa é a mensagem ou dados legíveis que são alimentados f(n) = O (n ).
no algoritmo como entrada.
Algoritmos de tempo polinomial são computacionalmente eficientes (ou
• Algoritmo de criptografia: o algoritmo de criptografia realiza várias viáveis ou fáceis), e os algoritmos de tempo exponencial são computacio-
transformações no texto claro. nalmente ineficientes (ou inviáveis ou difíceis). Diz-se que um problema é
computacional inviável ou difícil se não se conhece qualquer algoritmo de
• Chaves pública e privada: esse é um par de chaves que foi selecionado tempo polinomial para resolvê-lo.
de modo que, se uma for usada para criptografia, a outra será usada para
Figura 13 - Certificadora Windows 2008 baseada em web Figura 18 - Recebendo o certificado após a liberação
Escolha a opção “Request a certificate” -> “Advanced certificate request” -> Nota
“Submit a certificate request by using a base-64-encoded …”. Na caixa de O certificado que você acabou de baixar (arquivo cer) não contem a chave
texto cole o conteúdo do arquivo texto ou então use o link para encontrar o privada, apenas a chave pública. A chave privada são os dados que gera-
arquivo certreq. No final receberá uma tela de confirmação de pedido ram o arquivo texto PKCS no IIS e precisa agora ser complementado pela
encaminhado e avisa que é necessário o administrador liberar o seu chave pública gerada e guardada no arquivo cer.
certificado. Estes passos estão nas Figuras 14, 15 e 16. ATENÇÃO: Não adianta ter uma cópia do arquivo cer e tentar utilizá-lo
novamente. Veremos a frente como fazer backup do certificado completo
(chaves públicas+privada).
Com o arquivo do certificado em mãos, vamos terminar o processo no IIS.
Volte no seu web site e utilizando o painel de ações do lado direito, Figura
19, escolha a opção “Complete Certificate Request”. Lembre-se conforme
a note acima que é neste momento que se fará a ligação entre a chave
privada do IIS com a chave pública enviada pelo CA.
Figura 14 - Escolha do tipo de certificado
Figura 23 - Opções do IE
INFORMÁTICA
Figura 30 - Importando o certificado no cliente
Professor: Alisson Cleiton
Nota http://www.alissoncleiton.com.br/arquivos_material/a8c722f9fb121ded
24c5df0bc9cac04d.pdf
Caso no wizard de importação você escolha a opção “Enable strong pro- 1. Os títulos das colunas, na primeira linha de uma planilha eletrônica
tection” o usuário irá ter que digitar uma senha, um PIN, todas as vezes Excel 2003, para serem congelados na tela deve-se selecionar
em que o certificado for utilizado. (A) a primeira célula da primeira linha, apenas.
A opção “Mark key as exportable” não é aconselhável, já que isso permiti- (B) a primeira célula da segunda linha, apenas.
ria que o usuário externo exporte o certificado e instale em outras máqui- (C) a primeira célula da primeira linha ou a primeira linha.
nas. (D) a primeira célula da segunda linha ou a segunda linha.
(E) somente as células com conteúdos de título, apenas.
Dica 5: Caso queira me certificar que realmente tenha sido o usuário que
acessou e assinou digitalmente um documento, o que devo guardar? 2. A formatação de um parágrafo que deve terminar avançando até 1 cm
Neste caso você pode acessar as propriedades do certificado e ler o dentro da margem direita de um documento Word 2003 exige a especifica-
Thumbprint que é um identificador único de um certificado, como mostra a ção
Figura 31 abaixo. (A) do Deslocamento em -1 cm (menos 1) a partir da margem direita.
(B) do Deslocamento em +1 cm (mais 1) a partir da margem direita.
(C) do Deslocamento em +1 cm (mais 1) a partir da margem esquerda.
(D) da medida +1 cm (mais 1) no recuo Direito.
(E) da medida -1 cm (menos 1) no recuo Direito.
16. A área para aplicação de um cabeçalho em um documento MS Word 22. O aplicativo equivalente ao MS-Excel é o BrOffice.org
deve levar em consideração, sem qualquer pré-definição de valores, as (A) Math.
medidas da (B) Writer.
(A) altura do cabeçalho igual à distância da borda somada à margem (C) Calc.
superior. (D) Base.
(B) margem superior igual à distância da borda somada à altura do cabe- (E) Draw.
çalho.
(C) margem superior somada à distância da borda, mais a altura do cabe- 23. A formatação no MS-Word (menu Formatar) inclui, entre outras, as
çalho. opções
(D) distância da borda igual à margem superior. (A) Parágrafo; Fonte; Colunas; e Molduras.
(E) altura do cabeçalho igual à margem superior. (B) Parágrafo; Fonte; Data e hora; e Legenda.
(C) Referência cruzada; Parágrafo; Maiúsculas e minúsculas; e Estilo.
17. NÃO se trata de uma opção de alinhamento da tabulação de parágra- (D) Cabeçalho e rodapé; Régua; Barra de ferramentas; e Marcadores e
fos no MS Word: numeração.
(A) Direito. (E) Barra de ferramentas; Marcadores e numeração; Referência cruzada; e
(B) Centralizado. Fonte.
(C) Esquerdo.
(D) Justificado. 24. A placa de circuito de um micro onde ficam localizados o processador
(E) Decimal. e a memória RAM, principalmente, é a placa
(A) serial.
18. Selecionando-se as linhas 3 e 4 de uma planilha MS Excel existente e (B) paralela.
clicando-se na opção Linhas do menu Inserir, ocorrerá a inserção de (C) USB.
(A) uma linha em branco, na posição de linha 3, sobrepondo a linha 3 (D) de vídeo.
existente. (E) mãe.
(B) uma linha em branco, na posição de linha 5, sobrepondo a linha 5
existente. 25. O espaçamento entre as linhas de um parágrafo do MS Word, aumen-
(C) uma linha em branco, na posição de linha 5, deslocando as linhas tado em 100% a partir do espaçamento simples, é definido apenas pela
existentes em uma linha para baixo. opção
(D) duas linhas em branco, nas posições de linha 3 e 4, sobrepondo as (A) Exatamente = 2 ou Duplo.
linhas 3 e 4 existentes. (B) Múltiplos =2 ou Duplo.
(E) duas linhas em branco, nas posições de linha 3 e 4, deslocando as (C) Múltiplos =2 ou Exatamente =2.
linhas existentes em duas linhas para baixo. (D) Pelo menos =2 ou Duplo.
(E) Duplo.
19. Para imprimir títulos de colunas em todas as páginas impressas de
uma planilha MS Excel deve-se selecionar as linhas de título na guia 26. Para repetir uma linha de cabeçalho de uma tabela no início de cada
(A) Planilha do menu Exibir. página do MS Word, deve-se, na janela “Propriedades da tabela”, assinalar
(B) Cabeçalho/rodapé do menu Exibir. a referida opção na guia
(C) Planilha da janela Configurar página. (A) Tabela.
(D) Página da janela Configurar página. (B) Página.
(E) Cabeçalho/rodapé da janela Configurar página. (C) Linha.
(D) Cabeçalho.
20. No MS Windows XP, se um arquivo for arrastado pelo mouse, pressio- (E) Dividir tabela.
nando-se simultaneamente a tecla SHIFT, será
(A) movido o arquivo para a pasta de destino, se as pastas de origem e 27. Sobre cabeçalhos e rodapés aplicados no MS Word, considere:
destino estiverem na mesma unidade ou se estiverem em unidades dife- I. Em um documento com seções é possível inserir, alterar e remover
rentes. diferentes cabeçalhos e rodapés para cada seção.
(B) movido o arquivo para a pasta de destino, se as pastas de origem e II. Em um documento é possível inserir um cabeçalho ou rodapé para
destino estiverem apenas em unidades diferentes. páginas ímpares e um cabeçalho ou rodapé diferente para páginas pares.
(C) copiado o arquivo na pasta de destino, se as pastas de origem e III. Os cabeçalhos e rodapés podem ser removidos da primeira página de
destino estiverem na mesma unidade ou se estiverem em unidades dife- um documento.
rentes. Está correto o que se afirma em
(D) copiado o arquivo na pasta de destino, se as pastas de origem e (A) I, apenas.
destino estiverem apenas em unidades diferentes. (B) I, II e III.
(E) criado na pasta de destino um atalho para o arquivo, se as pastas de (C) I e III, apenas.
origem e destino estiverem na mesma unidade ou se estiverem em unida- (D) II e III, apenas.
des diferentes. (E) III, apenas.
21. Considere os seguintes motivos que levaram diversas instituições 28. Assinalar “Quebrar texto automaticamente” em Formatar Células de
financeiras a utilizar teclados virtuais nas páginas da Internet: uma planilha MS Excel indica a possibilidade da quebra do texto em várias
I. facilitar a inserção dos dados das senhas apenas com o uso do mouse. linhas, cujo número de linhas dentro da célula depende da
II. a existência de programas capazes de capturar e armazenar as teclas (A) largura da coluna, apenas.
digitadas pelo usuário no teclado de um computador. (B) mesclagem da célula, apenas.
(C) largura da coluna e da mesclagem da célula, apenas.
OBJETIVO:
O Ministério Público do Governo Federal de um país deseja modernizar
seu ambiente tecnológico de informática.
Para tanto irá adquirir equipamentos de computação eletrônica avançados
e redefinir seus sistemas de computação a fim de agilizar seus processos
internos e também melhorar seu relacionamento com a sociedade.
REQUISITOS PARA ATENDER AO OBJETIVO:
(Antes de responder às questões, analise cuidadosamente os requisitos a
seguir, considerando que estas especificações podem ser adequadas ou
não). Quanto ao uso das especificações dos requisitos, a relação apresentada
§1 º - Cadastros recebidos por intermédio de anexos de mensagens ele- nos quadros é correta entre
trônicas deverão ser gravados em arquivos locais e identificados por (A) I-a - I-b - II-c.
ordem de assunto, data de recebimento e emitente, para facilitar sua (B) I-a - II-b - I-c.
localização nos computadores. (C) II-a - I-b - II-c.
§2º - Todos os documentos eletrônicos oficiais deverão ser identificados (D) II-a - II-b - II-c.
com o timbre federal do Ministério que será capturado de um documento (E) II-a - II-b - I-c.
em papel e convertido para imagem digital.
§3 º - A intranet será usada para acesso de toda a sociedade aos dados 37. Considere os dados da planilha eletrônica exemplificada no §5º. Está
ministeriais e às pesquisas por palavra chave, bem como os diálogos correta a fórmula inserida em B3 e pronta para ser propagada para B4 e
eletrônicos serão feitos por ferramentas de chat. B5 se for igual a
§4 º - Os documentos elaborados (digitados) no computador (textos) não (A) =B3+A2.
podem conter erros de sintaxe ou ortográficos. (B) =B$2+A3.
§5 º - Todas as planilhas eletrônicas produzidas deverão ter as colunas de (C) =B2+A3.
valores totalizadas de duas formas: total da coluna (somatório) e total (D) =B2+A2.
acumulado linha a linha, quando o último valor acumulado deverá corres- (E) =B2+A$3.
ponder ao somatório da coluna que acumular. Exemplo:
39. Uma determinação da diretoria de um órgão público obriga que a 45. Um papel de parede pode ser aplicado no Windows XP por meio das
segurança de zonas internet, intranet local, sites confiáveis e sites restritos Propriedades de Vídeo na guia
seja configurada no nível padrão para todas elas. O local apropriado para (A) Temas.
configurar essa segurança de zona, no Internet Explorer, é na aba Segu- (B) Aparência.
rança (C) Área de trabalho.
(A) da opção Configurar página do menu Formatar. (D) Proteção de telas.
(B) da opção Configurar página do menu Arquivo. (E) Configurações.
(C) das Opções da Internet do menu Editar.
(D) das Opções da Internet do menu Ferramentas. 46. Estando o cursor em qualquer posição dentro do texto de um docu-
(E) das Opções da Internet do menu Formatar. mento Word, a função da tecla especial Home é movimentá-lo para o
início
40. O supervisor de um departamento solicitou a um funcionário que ele (A) da tela.
fizesse uma lista de itens de hardware e de software que estavam em seu (B) da linha.
poder. O funcionário tinha em sua posse, além de uma CPU com Windows (C) da página.
XP, um hard disk, um pen drive onde tinha gravado o Windows Media (D) do parágrafo.
Player, e uma unidade de CD-ROM. Na CPU ele tinha instalado também o (E) do documento.
MS-Word e a Calculadora do Windows. Nessa situação, na lista que o
funcionário fez corretamente constavam 47. Para criar um cabeçalho novo em um documento Word deve-se primei-
(A) dois itens de hardware e três de software. ramente
(B) três itens de hardware e quatro de software. (A) clicar duas vezes na área do cabeçalho, apenas.
(C) três itens de hardware e cinco de software. (B) selecionar a opção Cabeçalho e Rodapé no menu Inserir, apenas.
(D) quatro itens de hardware e três de software. (C) selecionar a opção Cabeçalho e Rodapé no menu Exibir, apenas.
(E) quatro itens de hardware e quatro de software. (D) clicar duas vezes na área do cabeçalho ou selecionar a opção Cabeça-
lho e Rodapé no menu Inserir.
41. Prestam-se a cópias de segurança (backup) (E) clicar duas vezes na área do cabeçalho ou selecionar a opção Cabeça-
(A) quaisquer um destes: DVD; CD-ROM; disco rígido externo ou cópia lho e Rodapé no menu Exibir.
externa, quando os dados são enviados para um provedor de serviços via
internet. 48. Dada a fórmula =(A1+B1+C1+D1)/4 contida na célula E1 de uma
(B) apenas estes: CD-ROM; disco rígido e cópia externa, quando os dados planilha Excel, para manter o mesmo resultado final a fórmula poderá ser
são enviados para um provedor de serviços via internet. substituída pela função
(C) apenas estes: DVD, CD-ROM e disco rígido externo. (A) =MÉDIA(A1:D1)
(D) apenas estes: CD-ROM e disco rígido externo. (B) =MÉDIA(A1;D1)
(E) apenas estes: DVD e CD-ROM. (C) =MÉDIA(A1+B1+C1+D1)
(D) =SOMA(A1;D1)/4
42. Foi solicitado que, no editor de textos, fosse aplicado o Controle de (E) =SOMA(A1+B1+C1+D1)
linhas órfãs/viúvas. Para tanto, esta opção pode ser habilitada na aba
Quebras de linha e de página, no menu/Opção 49. A formatação da altura de uma linha selecionada da planilha Excel,
(A) Arquivo/Configurar página. com a opção AutoAjuste, indica que a altura da mesma será ajustada
(B) Formatar/Parágrafo. (A) na medida padrão, apenas no momento da formatação.
(C) Formatar/Tabulação. (B) na medida padrão, automaticamente a cada redefinição da letra.
(D) Exibir/Normal. (C) na medida determinada pelo usuário, automaticamente a cada redefi-
(E) Ferramentas/Estilo. nição da letra.
(D) com base no tamanho da maior letra, automaticamente a cada redefi-
43. O chefe do departamento financeiro apresentou a um funcionário uma nição da letra.
planilha contendo o seguinte: (E) com base no tamanho da maior letra, apenas no momento da formata-
ção.
82. Uma assinatura digital é um recurso de segurança cujo objetivo é 90. Uma única face de gravação, uma trilha de gravação em forma de
(A) identificar um usuário apenas por meio de uma senha. espiral e a possibilidade de ter conteúdo editado, sem ter de apagar todo o
(B) identificar um usuário por meio de uma senha, associada a um token. conteúdo que já estava gravado, são características de um DVD do tipo
(C) garantir a autenticidade de um documento. (A) DVD-RAM.
(D) criptografar um documento assinado eletronicamente. (B) DVD-RW.
(E) ser a versão eletrônica de uma cédula de identidade. (C) DVD+RW.
(D) DVD-RW DL.
83. NÃO se trata de uma função do chip ponte sul de um chipset, controlar (E) DVD+RW DL.
(A) disco rígido.
(B) memória RAM. 91. Cada componente do caminho
(C) barramento AGP. E:\ARQUIVOS\ALIMENTOS\RAIZES.DOC corresponde, respectivamente,
(D) barramento PCI Express. a
(E) transferência de dados para a ponte norte. (A) extensão do arquivo, nome do arquivo, pasta, subpasta e diretório raiz.
(B) extensão do arquivo, pasta, subpasta, nome do arquivo, e diretório raiz.
84. O MS Word, na versão 2003, possui uma configuração de página pré- (C) diretório raiz, nome do arquivo, pasta, subpasta, e extensão
definida que pode ser alterada, na opção Configurar Página do menu do.arquivo.
Arquivo, apenas por meio das guias Papel, (D) diretório raiz, pasta, subpasta, nome do arquivo e extensão do arquivo.
(A) Layout e Recuos. (E) diretório raiz, pasta, subpasta, extensão do arquivo e nome do arquivo.
(B) Layout e Propriedades.
(C) Margens e Propriedades. 92. O cabeçalho ou rodapé pode conter, além de número da página, a
(D) Margens e Layout. quantidade total de páginas do documento MS Word, escolhendo o mode-
(E) Margens e Recuos. lo Página X de Y inserido por meio da aba
(A) Inserir, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Número da página.
85. Estando o cursor numa célula central de uma planilha MS Excel, na (B) Inserir, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Cabeçalho ou botão
versão 2003, e pressionando-se a tecla Home, o cursor será movimentado Rodapé.
para a (C) Layout da página, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Número da
(A) primeira célula no início da planilha. página.
(B) primeira célula no início da linha em que está o cursor. (D) Layout da página, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Cabeçalho
(C) primeira célula no início da tela atual. ou botão Rodapé.
(D) célula adjacente, acima da célula atual. (E) Layout da página, do grupo Número de página e do botão Cabeçalho
(E) célula adjacente, à esquerda da célula atual. ou botão Rodapé.
86. O tipo mais comum de conexão à Internet, considerada banda larga 93. As “Linhas a repetir na parte superior” das planilhas MS Excel, em
por meio de linha telefônica e normalmente oferecida com velocidade de todas as páginas impressas, devem ser referenciadas na caixa Configurar
até 8 Mbps, utiliza a tecnologia página e aba Planilha abertas pelo botão
(A) ADSL. (A) Imprimir área, na aba inserir.
(B) Dial Up. (B) Imprimir títulos, na aba inserir.
(C) HFC Cable. (C) Inserir quebra de página, na aba Inserir.
(D) ISDN. (D) Imprimir área, na aba Inserir.
(E) RDIS. (E) Imprimir títulos, na aba Layout de página.
87. NÃO é um serviço provido pelos servidores DNS: 94. Dadas as células de uma planilha do BrOffice.org Calc, com os conte-
(A) Traduzir nomes de hospedeiros da Internet para o endereço IP e údos correspondentes: A1=1, B1=2, C1=3, D1=4 e E1=5, a função
subjacente. =SOMA(A1:D1!B1:E1) apresentará como resultado o valor
(B) Obter o nome canônico de um hospedeiro da Internet a partir de um (A) 6.
apelido correspondente. (B) 9.
(C) Obter o nome canônico de um servidor de correio a partir de um apeli- (C) 10.
do correspondente. (D) 14.
(D) Transferir arquivos entre hospedeiros da Internet e estações clientes. (E) 15.
(E) Realizar a distribuição de carga entre servidores Web replicados.
95. Um texto relacionado em um documento do editor BrOffice.org Writer e
88. A criptografia utilizada para garantir que somente o remetente e o definido com a opção de rotação a 270 graus será girado em
destinatário possam entender o conteúdo de uma mensagem transmitida (A) 60 graus para a direita.
caracteriza uma propriedade de comunicação segura denominada (B) 60 graus para a esquerda.
(A) autenticação. (C) 90 graus para a direita.
(B) confidencialidade. (D) 90 graus para a esquerda.
(C) integridade. (E) 270 graus para a direita.
(D) disponibilidade.
(E) não repudiação. 96. As tecnologias denominadas Matriz passiva e Matriz ativa são utiliza-
das em monitores de vídeo de
89. O barramento frontal de um microcomputador, com velocidade nor- (A) CRT monocromático.
malmente medida em MHz, tem como principal característica ser (B) LCD monocromático.