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Relatório de Escoamento de água

Engº responsável: PEDRO LEITE FERREIRA

1140993 - MÁRCIO FONTES


1180001 - ANA BEATRIZ TEIXEIRA
1171897 - PEDRO RAMOS MARRELLI

TURMA 2DB2
14/12/2018
Índice

Introdução .......................................................................................................................... 3
Descrição do aparelho ......................................................................................................... 4
Conceitos Teóricos..................................................................................................................5
Procedimento Experimental....................................................................................................8
Dados......................................................................................................................................... 8
Cálculos e resultados ........................................................................................................... 9
Conclusão...............................................................................................................................12

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Introdução

O escoamento é a forma como os fluidos se comportam em relação a diversas


variáveis e podem ser em relação à direcção da trajectória das partículas que o compõe
dependendo do estado de organização enquanto segue um fluxo. É conveniente
ressaltar que devido a esse estado organização se classifica o escoamento em:

 Laminar: as partículas do fluído tendem a percorrer trajectórias paralelas e


organizadas, ou seja as trajectórias de duas partículas vizinhas não se cruzam.

 Turbulento: as trajetórias das partículas são curvilíneas, não paralelas, alteram-


se em sentido, sendo irregulares. Apresentam entrecruzamento, formando uma
série de minúsculos redemoinhos. A velocidade num dado ponto varia
constantemente em grandeza e direção, com trajetórias irregulares.

Em geral o regime de escoamento de líquidos no interior de tubulações é turbulento,


excepto em situações especiais tais como escoamento com um caudal baixo, como
ocorre em gotejadores de irrigação, onde o escoamento é laminar.

Por outro lado sempre que um líquido escoa no interior de um tubo de um ponto para
outro, haverá uma certa perda de energia denominada perda de carga. Esta perda de
energia é devido ao atrito com as paredes do tubo e viscosidade do líquido em
escoamento. Quanto maior for a rugosidade da parede da tubulação, maior será a
turbulência do escoamento e, por consequente, maior será a perda de carga.

O número de Reynolds (Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluidos


para o cálculos do regime de escoamento de determinado fluído sobre uma superfície e
é utilizado em projectos de tubulações ou asas de aviões. A importância do número de
Reynolds é que este permite avaliar o tipo de escoamento indicando se o fluido escoa
de forma laminar ou turbulento. Para o caso de um fluxo de água num tubo cilíndrico,
admite-se os valores de 2000 como limite. Desta forma para valores menores ou igual
que 2000 considera-se escoamento laminar, e maior que 2000 o escoamento é
considerado turbulento.

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Descrição do aparelho

Figura 1

A figura 1 mostra o esquema do aparelho para avaliação da lei de resistência em


regime laminar e turbulento e o número critico de Reynolds. Mostra o ponto de
transição de fluxo laminar a turbulento, bem como as experiências didacticas.

A partir de um tanque a água è conduzida através de uma mangueira flexível para a


entrada de boca de sino do tubo, ao longo do qual a perda por atrito é medido. A altura
piezométrica é medida mediante uma secção de tubo com 45 mm de diâmetro. Os tubos
piezômetricos estão ligadas a um manómetro em U, que lê a diferença de pressão da
água.

A velocidade de escoamento ao longo do tubo é controlada por uma válvula colocada


no tubo de saída, e é medido por temporização da recolha de água em um cilindro de
medição.

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Conceitos teóricos

A resistência de atrito à qual o fluido é submetido à medida que escoa ao longo do tubo
resulta de uma perda contínua de energia. A figura 2 ilustra um caso simples da diferença
entre as alturas piezométricas nos pontos A e B que representam a perda de carga total
h, no comprimento do tubo, l. A perda de carga unitária j representa o quociente entre a
perda de carga total, h e o comprimento da tubagem, l de modo que:

Em 1883, Osborne Reynolds fez uma série de experiências para determinar as leis da
resistência nos tubos. Introduzindo um filamento de corante para o fluxo de água ao
longo de um tubo de vidro, revelou a existência de dois tipos de movimentos diferentes.
A baixas velocidades o filamento apareceu como uma linha reta, o qual passou para
baixo todo o comprimento do tubo, indicando fluxo laminar. Nas velocidades mais
elevadas, o filamento depois de passar ao longo do tubo, de repente mistura com a água
ao redor, indicando que no movimento tinha se tornado turbulento. Em experiências
com tubos de diferentes diâmetros e com água a diferentes temperaturas , Reynolds
chegou a conclusão que o parâmetro que determina se o fluxo será laminar ou
turbulento, em qualquer caso particular é :

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Sendo:

O movimento é laminar ou turbulento de acordo com o valor de Re é menor que ou


maior que um certo valor crítico. Se as experiências são feitas com o aumento das taxas
de fluxo, este valor de Re depende do grau de cuidado que é tomado para eliminar
perturbações ao longo do tubo. Por outro lado, se as experiências são feitas com a
diminuição do escoamento, a transição do escoamento turbulento para laminar
depende do valor de Re que é menos dependente dos distúrbios iniciais. Este valor de
Re é aproximadamente 2000, igual ou menor que este valor o escoamento torna-se
laminar independentemente de qualquer perturbação. Diferentes leis de resistência são
aplicadas ao escoamento laminar e turbulento.

Para um dado fluido que escoa ao longo de um dado tubo, experiências mostram que:

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Para os dados do regime laminar, seguindo a lei de resistência, obtemos os seguintes valores
através das fórmulas:

𝜆 = 64/ 𝑅𝑒
𝑗 = 32𝑈 /𝑑 𝐷2

Re 𝜆 j
449,876173 0,142261 0,384188
690,3272309 0,09271 0,384188
1371,197924 0,046675 0,384188
1067,706117 0,029229 0,384188
1906,618066 0,023799 0,384188

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Procedimento experimental

O aparelho de liga-se a um banco hidráulico para a medição direta da perda de carga


em dois tubos horizontais de pequeno diâmetro, a fim de se realizarem os ensaios para
regimes laminares e turbulentos. Por tanto pode ser utilizado para demonstração e
medir a alteração das leis da resistência de regime laminar a turbulento, tal como
determinar o ponto de transição entre os fluxos.

A valvula é aberta totalmente para obter o caudal volumétrico realiza-se a leitura da


altura piezométrica no manómetro em U e posteriormente faz-se a medição do caudal
volumétrico mediante um provete graduado.

O escoamento de água é medido em duas fases, o primero que é escoamento


gravítico a partir do reservatório para determinar regime laminar e o segundo que é a
recirculação através do grupo da electrobomba para determinar o regime turbulento.

Dados obtidos

Segundo as experiências realizadas os dados obtidos nas medições foram:

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Ensaios 𝑯𝟏 (m) 𝑯𝟐 (m) ΔH (m) T (ºC) Q(l/s)

1 0,316 0,283 0,033 178 0,001124


2 0,325 0,275 0,05 87 0,001724
3 0,347 0,242 0,105 73 0,003425
4 0,378 0,202 0,176 64 0,005469
5 0,398 0,173 0,225 67 0,006716
6 0337 0,257 0,08 75 0,002667
7 0,366 0,218 0,148 63 0,004762
8 0,530 0,008 0,522 71 0,008451
9 3,720 2,110 1,61 61 0,016393
10 3,530 1,530 2,00 58 0,017241
11 3,930 2,730 1,20 75 0,013333
12 4,140 3,170 0,97 62 0,01129
13 4,240 3,500 0,74 65 0,01

D =3 mm
ν – 1,06 x 10−6

Cálculos e resultados
Cálculo do Caudal e da Velocidade e do número de Reynolds

O caudal é calculado pelo método volumétrico . Através do caudal determina-se a


velocidade para cada ensaio tanto no regime laminar como no regime turbulento. Após
cálculo da velocidade determina-se o número de Reynolds mediante a formula:

𝑈x𝐷 ρUD
𝑅𝑒 = =
𝜈 μ

Cálculo de viscosidade dinâmica e viscosidade cinemática

A partir da formula de Poiseuille calculamos a viscosidade dinâmica (µ) em função da


temperatura:

E uma vez calculada a viscosidade dinâmica podemos determinar a viscosidade


cinemática (ν) recorrendo a fórmula:

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Ensaio ΔH T Q U Re Viscosidade Volume
(m) (ºC) (l/s) (m/s) (N.s/m²) (ml)
1 0,033 178 0,00000106 200
0,001124
0,15895625 449,876173
2 0,05 87 0,00000106 150
0,001724
Regime 0,24391562 690,3272309
laminar
3 0,105 73 0,00000106 250
0,003425
0,48448993 1371,197924
6 0,08 75 0,00000106 200
0,002667
0,37725616 1067,706117
7 0,148 63 0,00000106 300
0,004762
0,67367172 1906,618066
4 0,176 64 0,00000106 350
0,005469
0,77366986 2189,631686
5 0,225 67 0,00000106 450
Regime 0,006716
turbulento 0,95017876 2689,185183
8 0,522 71 0,00000106 600
0,008451 1,19553009 3383,575723
9 1,61 61 0,00000106 1000
0,016393 2,31919771 6563,767114
10 2,00 58 0,00000106 1000
0,017241 2,43915622 6903,272309
11 1,20 75 0,00000106 1000
0,013333 1,88628081 5338,530586
12 0,97 62 0,00000106 700
0,01129 1,59725391 4520,529932
13 0,74 65 0,00000106 650
0,01 1,41471061 4003,897939

Calculando as viscosidades dinâmicas e a viscosidades cinemáticas em função da temperatura, obtemos:

T (Cº) Viscosidade Dinâmica(𝜇 ) Viscosidade Cinemática (𝜈 ) P


178 0,000127136 7,53433E-08 1687,421515
87 0,000317593 1,99677E-07 1590,53889
73 0,000383802 7,39108E-08 5192,769154
64 0,000438206 3,77841E-08 11597,64019
67 0,000418827 2,28834E-08 18302,6108
75 0,000373117 1,15207E-07 3238,654385
63 0,000444972 5,13846E-08 8659,649138
71 0,000394962 1,28544E-08 30725,72866
61 0,000458995 4,61321E-09 99495,76293
58 0,000481336 4,58649E-09 104946,4971
75 0,000373117 4,60829E-09 80966,35963
62 0,0004519 9,42758E-09 47933,83346
65 0,000431596 1,09618E-08 39372,61052

10
2,5

2
y = 3E-08x2 + 7E-05x + 0,001
R² = 0,9929

1,5
dH (m)

0,5
y = 0,0001x - 0,0758
R² = 0,8321

0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Re

Através do gráfico conseguimos ver a transição do escoamento do regime laminar para


o regime turbulento. No 4º e 5º ensaio o escoamento foi turbulento por isso tivemos que
voltar a repetir para obtermos mais ensaios com escoamento laminar, e assim verificar
melhor essa transição.

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Conclusão

Como foi estudado, o escoamento varia em função do número de Reynolds, sendo


este inferior a 2000 referente ao regime de escoamento laminar, e igual ou superior a
2000 corresponde ao regime de escoamento turbulento.

Entre o primeiro e o terceiro ensaio o escoamento foi laminar, a partir do quarto


ensaio pode-se ver que o valor do número de Reynolds aumentou para um valor de
2189,631686 pelo que se considera regime turbulento. A transição entre os regimes
aconteceu no ensaio 4.

Entre o ensaio 4 e 5 o regime permaneceu turbulento. No ensaio 6 procuramos uma


perda de carga que estivesse entre os valores dos ensaios 1, 2 e 3 para assim
observarmos melhor os o gráfico no regime laminar. Nos ensaios 6 e 7 obtivemos um
valor de 1067,706 e 1906,618066 respectivamente. Nos ensaios 8 a 13 aumentamos o
valor da perda de carga e então voltamos a obter valores de Reynolds correspondente
ao regime turbulento.

No escoamento laminar o número de Reynolds começou pelos 449,88 e o máximo


alcançado foi 1906,62 enquanto que o escoamento turbulento começou a partir de
2189,63 e alcançou o valor máximo de 6903,272309.

Pode-se afirmar que o coeficiente ou número de Reynolds têm uma grande


importancia a mecânica dos fluidos e para o cálculo dos regimes pois determina a
estabilidade do fluxo.

No regime laminar, cada partícula segue sua trajetória de forma retilínea. Já no


escoamento turbulento o perfil da trajetória é retangular.

Podemos concluir dessa forma que o cálculo da lei de resistência depende da


influência de dois parâmetros: número de Reynolds e rugosidade relativa, e os mesmos
dependem do regime do fluxo de escoamento. Em regime laminar e turbulento liso o
fator de resistência é independente da rugosidade relativa e depende unicamente do
número de Reynolds. Em regime turbulento intermediário o fator de resistência
depende da rugosidade relativa e do número de Reynolds. Em regime turbulento rugoso
o fator de resistência depende domente da rugosidade relativa.

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