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O CAMPO DA CI

resenha
Gustavo Henrique de Araujo Freire*

AQUINO, Mirian de Albuquerque. (Org.).


O campo da Ciência da Informação: gênese, *
Doutor em Ciência da Informação
pelo convênio CNPq/IBICT – UFRJ/
conexões e especificidades. João Pessoa: ed. ECO, Brasil. Professor e pesquisador do
Universitária UFPB: 2011. Programa de Pós-Graduação em Ciência
da Informação da Universidade Federal
da Paraíba.
E-mail: ghafreire@gmail.com

N
esta segunda edição da coletânea da Universidade Federal da Paraíba; University
organizada pela professora Mirian de of the Manchester; Universidade Federal do
Albuquerque Aquino (UFPB), revista Ceará; Universidade Federal da Paraíba.
e ampliada, permanece o compromisso de O conhecimento que esses autores/
oferecer ao campo da Ciência da Informação uma pesquisadores compartilham nesta obra da
produção científica que privilegia a diversidade Ciência da Informação, representa diversas
sem descuidar da singularidade, “criando um visões e perspectivas de abordagem desse campo
mundo onde os atores sociais possam traçar científico. A seguir, algumas observações sobre
seu próprio caminho, sem a ajuda das grandes os textos de abordagem propriamente teórica.
metanarrativas que dominaram o mundo, as Miranda demonstra o necessário
pessoas e o conhecimento” (AQUINO, 2011, relacionamento entre a Teoria do conhecimento
p.11). objetivo de Popper e a Ciência da Informação,
As pessoas que compartilham essa jornada identificando “duas vertentes derivadas
do conhecimento no campo da Ciência da do Conhecimento Objetivo na acepção
Informação, são: Antonio Lisboa Carvalho de popperiana: a de ser uma atividade teórica e
Miranda, Maria Nélida Gonzávlez de Gómez, também uma atividade prática, interligadas
Aldo de Albuquerque Barreto, Lena Vania indissociavelmente” (p.27). Essa abordagem nos
Ribeiro Pinheiro, Eduardo Wense Dias, Regina ancora, pois, na sociedade em que vivemos, em
Maria marteleto, Virginia Bentes Pinto, Edna nível local na ação profissional e em nível global
Gusmão de Goés Brennand, Olga Maria tavares no engajamento político, representando uma
da Silva, Antonio Fausto Neto, Claudio Cardoso oportunidade de fundamento de intervenções
Paiva, Rachel Joffily Abath, Timothy D. Ireland, conscientes (planejadas) nas práticas de
Kevin Harris, Luiz Clementino Vivacqua de produtores e usuários da informação.
Oliveira e Elmano Pontes Cavalcanti. González de Gómez nos convida a
As instituições de origem desses caminhar desde os estudos sociais da informação
pesquisadores são: Programa de Pós-Graduação aos estudos do social na perspectiva da
em Ciência da Informação da Universidade abordagem representacional da informação.
Federal da Paraíba, da Universidade de “Dessa relação entre a conceitualização da Ciência
Brasília, da Universidade Federal de Minas da Informação, dos fenômenos/construtos de
Gerais e do convênio entre o Instituto Brasileiro informação e o alcance e extensão do domínio de
de Informação em Ciência e Tecnologia e sua constituição, que tais definições justificam,
a Universidade Federal do Rio de Janeiro; nos ocuparemos neste trabalho” (p.29). As
Programa de Pós-Graduação em Comunicação considerações sobre a “virada cognitivista”,

Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.22, n.1, p. 163-164, jan./abr. 2012 163
Gustavo Henrique de Araujo Freire

as reflexões sobre comunidades e práticas de “o específico da Ciência da Informação”, a


informação e a explanação sobre o conceito segunda apresentando os pressupostos da
de “ação de informação” são indispensáveis Antropologia da Informação. E qual seria o
aos profissionais interessados na mediação da problema central da Ciência da Informação?
informação através das redes sociais digitais. Para Dias, é o acesso à informação, “o que
É desse processo de transferência da Jesse Shera [1968] certa vez identificou
informação para o conhecimento que trata como a tarefa do bibliotecário: maximizar
Barreto, no seu capítulo da coletânea. “A a utilidade dos registros do conhecimento
informação, em nosso entender, se qualifica em benefício da sociedade” (p.100). O
como um instrumento modificador da que identificamos, atualmente, como a
consciência do indivíduo e de seu grupo social, responsabilidade social da Ciência da
pois sintoniza o homem com a memória de seu Informação. Marteleto, por sua vez, apresenta
passado e com as perspectivas de seu futuro” os pressupostos contextuais, empíricos,
(p.49). No texto, o conceito de “assimilação teóricos e metodológicos que “formam a base
da informação” é aplicado para realização de para uma agenda de estudos e de indagações
sondagem exploratória da opinião de agentes da antropologia da informação [...]” (p.107).
de informação, “sobre os possíveis mecanismos A autora encerra sua contribuição à coletânea
que poderiam influenciar a relação entre esclarecendo que “a agenda de questões da
informação e conhecimento” (p.50). Identificando antropologia da informação é pautada por
esses mecanismos, segundo o autor “é nestes uma outra epistemologia social, onde o que
momentos de passagem que o fenômeno está em cena é o novo eixo e espaço do poder,
da informação [...] que o pensamento se faz o novo fator das Programa de Pós-Graduação
informação e a informação se faz conhecimento” em Ciência da Informação ações de poder —
(p.56). o conhecimento” (p.114).
Já Pinheiro buscou identificar os sinais As abordagens teóricas aplicadas a
anunciadores da nova área, dissertando sobre problemas de informação são apresentadas
a gênese da Ciência da Informação. “A partir em oito textos, os quais traduzem perspectivas
da teoria da informação e da Cibernética, o políticas, comunicativas, gerenciais e
debate mundial sobre informação na ciência tecnológicas, que subsidiaram pesquisas e
contemporânea ficou ais intenso e entre as muitas reflexões dos pesquisadores, compartilhadas
abordagens existentes, algumas são, pela sua com profissionais atuantes nas diversas
importância, aqui mencionadas [...]” (p.71). A áreas de atividades do campo da Ciência da
autora destaca a “convergência de trabalhos para Informação.
as redes eletrônicas, tanto no exterior quanto Assim, este Campo da Ciência da
no nosso país”, bem como “a redescoberta, Informação nos leva da teoria à prática, e
nos estados Unidos, da modernidade de desta novamente àquela, no movimento
Otlet, reverenciado na Europa [...]” (p.86). existencial onde uma alimenta a outra, no
Imperdível para os profissionais interessados fluxo contínuo do ir e vir da informação
na Historiografia do campo da Ciência da ao conhecimento e dele novamente à
Informação. informação.
Dias e Marteleto encerram esta parte Como promete no subtítulo: gênese,
de textos teóricos, o primeiro abordando conexões e especificidades.

164 Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.22, n.1, p. 163-164, jan./abr. 2012

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