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Cinco argumentos conservadores em

prol da descriminação das drogas

direito

Diversos Autores

terça-feira, 25 ago 2015

A descriminalização do porte de drogas – uma política adotada com sucesso em Portugal e


nos estados americanos de Washington e Colorado — que está sendo analisada pelo Supremo
Tribunal Federal, costuma ser uma bandeira da esquerda.
Mas os seus melhores argumentos vêm do outro lado da política

1. O argumento individualista

Projetos coletivos, sejam eles a cidade sem carros, a cruzada aos infiéis, a sociedade
igualitária ou a sociedade totalmente sóbria, não devem se sobrepor à liberdade individual.
O cidadão tem todo o direito de se recusar contribuir para um projeto da maioria – pois a
liberdade individual é em si própria o bem público mais valioso.

O próprio Ludwig Von Mises já alertava para o perigo de conceder ao estado o poder de
estipular comportamentos individuais. Disse ele:
O ópio e a morfina certamente são drogas nocivas que geram dependência. No entanto, uma
vez que se admita que é dever do governo proteger o indivíduo contra sua própria insensatez,
nenhuma objeção séria pode ser apresentada contra outras intromissões estatais à
privacidade.

Ao abrirmos mão do princípio de que o estado não deve interferir em quaisquer questões
relacionadas ao modo de vida do indivíduo, a inevitável consequência será a regulamentação
e a restrição do comportamento de cada indivíduo aos seus mínimos detalhes.

[...]

Ao se abolir a liberdade de um homem em determinar o seu próprio consumo, todas as outras


liberdades já estão, por definição, abolidas.

[...]

E por que limitar a benevolente providência do governo apenas à proteção do corpo? Por
acaso os males que um homem pode infligir à sua mente e à sua alma não são mais graves
do que os danos corporais? Por que não impedi-lo de assistir a filmes e a demais espetáculos
de mau gosto? Por que não impedi-lo de ouvir músicas de baixa qualidade? Mais ainda:
por que não proibi-lo de ler livros ruins? As consequências causadas por ideologias nocivas
são, certamente, muito mais perniciosas, tanto para o indivíduo como para a sociedade, do
que as causadas pelo uso de drogas.

A propensão de nossos conterrâneos em exigir uma proibição autoritária sempre que veem
algo não lhes agrade, bem como sua solicitude em submeter-se a tais proibições mesmo que
o proibido lhes seja agradável, mostra o quanto ainda permanece profundamente arraigado
neles o espírito de servilismo. Serão necessários muitos anos de autodidatismo até que o
súdito possa transformar-se em cidadão. Um homem livre deve ser capaz de suportar que
seu conterrâneo aja e viva de modo diferente de sua própria concepção de vida. Precisa
livrar-se do hábito de chamar a polícia sempre que algo não lhe agrada.

Aquele que quer reformar seus conterrâneos deve recorrer à persuasão. Esta é a única
maneira democrática de se fazer mudanças. Se um indivíduo não é capaz de convencer
outras pessoas a respeito de suas ideias, então ele deve culpar apenas a sua própria
incapacidade. Ele não deveria exigir a criação de uma lei — ou seja, ele não deveria pedir
para o estado utilizar suas forças policiais com o intuito impor a compulsão e a coerção.

Em suma, somos donos do nosso corpo. A soberania do indivíduo sobre o próprio organismo
lhe dá o direito de nele introduzir quaisquer substâncias (inclui drogas) que desejar. Se o
estado limitar esta liberdade, ele estará se apossando indevidamente do corpo das pessoas,
violando a mais sacrossanta propriedade privada

O jurista Lysander Spooner distingue vício de crime. No primeiro, um homem prejudica


apenas a si próprio, ao passo que, no segundo, ele vitima o próximo.

Usar drogas não agride outrem. Logo, não pode ser considerado um crime. Pode levar à ruína
pessoal, mas uma pessoa não é verdadeiramente livre sem a liberdade de errar.

2. O argumento da moralidade
Existem muitos vícios que não devem ser criminalizados. Impor a lei moral contra esses vícios
é função das famílias e das igrejas, não de políticos.

Conservadores que prezam a supremacia da família deveriam ter pavor da idéia de entregar a
políticos o poder de legislar comportamento.

Não é minimamente racional um conservador autorizar o governo federal a se intrometer nos


hábitos alimentares, alcoólicos ou tabagistas dos indivíduos. Com efeito, até o início do
século XX inexistiam leis contra as drogas em praticamente todo o mudo. Naquela época,
todas as drogas já eram liberadas. Heroína era vendida nas farmácias da Belle Époque como
antitussígeno alternativo à morfina. Havia tônicos e analgésicos à base de cocaína ou ópio,
mas o vício era raro. O terror que conhecemos hoje resulta da interferência estatal (vide item
4).

Se as drogas serão para uso médico ou recreativo é algo que não deve importar a um
conservador. E também não deve importar a um conservador se o uso de drogas irá aumentar
ou diminuir. Um governo que tem o poder de proibir substâncias nocivas ou práticas imorais
é um governo que tem o poder de banir qualquer substância e qualquer prática. Sequer
deveria existir algo como 'substância controlada'.

Um conservador que preza famílias mais fortes, igrejas mais sólidas, uma cultura mais
vigorosa e uma ordem social mais robusta não pode terceirizar a políticos e burocratas a
função de proibir, regular, restringir ou controlar o que um indivíduo deseja comer, beber,
fumar, absorver, cheirar, aspirar, inalar, engolir, ingerir ou injetar em seu corpo.

Quando o estado assume o papel de regulador moral, as instituições que seriam naturalmente
responsáveis pela moralidade se enfraquecem, abrindo mão de suas funções. O indivíduo se
torna menos zeloso e mais dependente, sem falar no apelo do fruto proibido. A inibição moral
do consumo de drogas cabe à família, religião, cultura, e não aos burocratas.

3. O argumento do mercado eficiente

As pessoas têm preocupações legítimas quanto ao que significaria a descriminalização delas.


O consumo aumentaria? Provavelmente sim. As leis atuais de fato detêm algumas pessoas —
portanto, há uma pequena fração da população que passaria a ter algum problema com as
drogas caso a lei saísse da frente e parasse de impedi-las de experimentar. Isso é inegável.

Sob esse aspecto, as pessoas podem ser enquadradas em quatro categorias: (1) aquelas que
não usariam drogas mesmo que elas fossem legais e gratuitas; (2) aquelas que podem
experimentar um pouco, de maneira limitada, mas sem jamais ficarem viciadas; (3) aquelas
que podem se tornar usuárias contumazes, mas que também podem ser ajudadas por meio de
aconselhamento moral e educacional; e (4) as viciadas "naturais".

As categorias um e dois não representam problema social. A categoria três deve ser o alvo de
nossos esforços anti-drogas, bem como de acompanhamento médico e de ajuda moral. A
categoria quatro provavelmente não pode ser ajudada por nenhum meio humano. (E como as
últimas décadas vêm mostrando, o governo não tem como fazer com que esses indivíduos
patéticos se tornem abstêmios. Mas ele pode muito bem fazer com que esses indivíduos
imponham miséria e sofrimento às pessoas inocentes.)

No entanto, pelo bem do debate, digamos que o número de viciados se multiplique depois de
uma legalização completa. Isso criaria uma enorme oportunidade de mercado.
De um lado, empreendedores concorreriam entre si para produzir produtos com menor teor
— foi o que aconteceu depois da liberação do álcool, nos Estados Unidos. Pelo mesmo
motivo que um Black Label é bem mais seguro do que qualquer bebida destilada
clandestinamente, as drogas legalizadas serão menos letais que as drogas do mercado negro
(vide as causas do surgimento da metanfetamina cristal).

O mercado inevitavelmente impõe qualidade aos produtos.

Do outro, médicos, bioquímicos e farmacêuticos investiriam bilhões em pesquisa para ganhar


dinheiro curando viciados. Já há diversas iniciativas assim.

Por exemplo, o médico brasileiro André Waismann, radicado em Israel, descobriu um


método de menos de uma semana para reduzir o vício em opiáceos (heroína e morfina).

O combate ao vício de cigarros já está estabelecido, à base de antidepressivos e adesivos de


nicotina. Eu um mundo no qual o consumo de drogas é livre, haveria muito mais dinheiro
para inovações como essa. Em pouco tempo, resolveríamos a dependência como se ela fosse
uma gastrite — comprando um remédio de R$ 8,90 na farmácia.

No que mais, em um mercado livre e desregulamentado os competidores desenvolveriam


drogas recreativas e medicinais cada vez mais seguras, disputariam certificados de qualidade
de empresas privadas e estariam sujeitos a processos judiciais em caso de fraude ou
defeito. Estes selos privados teriam credibilidade porque estariam concorrendo no mercado
e dependendo de sua reputação para sobreviver. Uma vida perdida por conta de um produto
mal-testado pode significar sua falência.

4. O argumento da livre iniciativa

Atender à demanda do consumidor voluntário produzindo e vendendo algo que não causa
danos a terceiros não é uma agressão. É isso que um vendedor de drogas faz.

Afirmar que um comerciante de ecstasy está agredindo uma pessoa que voluntariamente lhe
procura e pede o fornecimento de seu produto faz tanto sentido quanto afirmar que a AmBev
agride alcoólatras.

Impedir o livre comércio de drogas, por outro lado, gera guerras e leva à chacina de inocentes.
Os mercados proibidos ou fortemente regulamentados são infestados de ofertantes
inescrupulosos e violentos.

Empiricamente, já deveria estar mais do que óbvio que a violência anda de mãos dadas com
os mercados que sofrem de ampla proibição estatal. Traficantes de drogas não são
(completamente) imprudentes; eles operam pelo dinheiro. Para compensar o alto risco de se
operar em um mercado que foi proibido pelo estado, os retornos monetários do comércio de
drogas têm de ser astronômicos. Por isso, o benefício de se ganhar uma fatia de mercado no
comércio de drogas é enorme. Cada novo cliente pode significar um lucro extra de milhares
de dólares por mês.

Consequentemente, para os traficantes, faz sentido ficar rondando portas de escola, vendendo
seus produtos para adolescentes, ou até mesmo dando amostras grátis para novatos. Ao passo
que você nunca vê representantes da Kellogg's vendendo caixas avulsas de Sucrilhos para as
crianças, pois o cliente adicional não compensa o custo, para um traficante tal estratégia faz
perfeito sentido. Conquistar novos clientes, nem que seja apenas um, é algo muito mais
valioso e lucrativo para quem opera nas indústrias proibidas do que para quem opera no setor
livre.

É por isso que matar um rival — e com isso ganhar acesso a seus clientes — é muito mais
lucrativo nos setores proibidos. As disputas territoriais de gangues rivais que ocorrem
atualmente nas grandes cidades são decorrência da proibição das drogas. Essas disputas não
ocorrem, como pensam alguns, porque o comércio de cocaína seja algo intrinsecamente
"louco" ou "insensato".

A repressão estatal elimina os produtores comuns, fazendo os preços dispararem. O aumento


do potencial de lucro atrai pessoas com habilidades criminosas e dispostas a tudo para ampliar
sua fatia de mercado.

Quando o estado ameaça prender os produtores de um determinado bem, ele acaba alterando
os incentivos de mercado, de modo que a violência passa a ser muito mais lucrativa para essa
indústria. Consequentemente, aquelas pessoas que têm predisposição para ser assassinas
cruéis ganham um incentivo adicional com a política de ilegalidade de certos mercados, o
que permite que elas prosperem e se tornem muito ricas em uma sociedade cujas leis
antidrogas são rigorosas.

A indústria impedida é então dominada por quadrilhas, e a inevitável consequência são os


conflitos armados entre os concorrentes. A criminalidade vai se alastrando por toda a
sociedade.

Logo, as leis antidrogas acabam por fazer com que sociopatas possam ganhar milhões por
ano vendendo drogas — sendo que com esse dinheiro ele agora poderá comprar armas
automáticas, contratar capangas, subornar policiais e se tornar o rei das ruas.

Com a Lei Seca (1920 — 1933), quando a produção e a venda de bebida alcoólica foram
banidas nos EUA, homicídios dispararam. Em 1929, a máfia de Al Capone metralhou
homens do concorrente Bugs Moran em uma disputa por mercados de álcool em
Chicago. Hoje, é inimaginável que a Budweiser mande explodir a Heineken. Por outro lado,
vemos a brutalidade dos narcocartéis no México, onde há 8 mil homicídios anuais ligados à
guerra contra as drogas.

5. O argumento politicamente incorreto

Proibir as drogas é nivelar por baixo: restringir a liberdade dos bravos e fortes, que saberiam
se controlar e ter uma relação saudável com as substâncias alucinógenas, em nome dos
impotentes que se tornariam viciados.

Uma sociedade pode ser caridosa com os fracos, mas não deve se guiar por eles. Proibir as
drogas em nome de potenciais viciados é cultuar a mediocridade. Isso não é postura de um
conservador.

_____________________________________________

Autores:

Leandro Narloch, jornalista e autor do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, e


do Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo, além de ser co-autor, junto com o
jornalista Duda Teixeira, do Guia Politicamente Incorreto da América Latina, todos na lista
dos livros mais vendidos do país desde que foram lançados.
Paulo Kogos, anarcocapitalista anti-político. Estuda administração no Insper e escreve para
o blog Livre & Liberdade e no seu blog pessoal.

Laurence Vance, acadêmico associado ao Mises Institute, escritor freelancer, professor


adjunto de contabilidade da Pensacola Junior College, em Pensacola, Flórida, e autor dos
livros Social Insecurity, The War on Drugs is a War on Freedom, King James, His Bible, and
Its Translators e War, Empire, and the Military: Essays on the Follies of War and U.S.
Foreign Policy.

Lew Rockwell, chairman e CEO do Ludwig von Mises Institute, em Auburn, Alabama, editor
do website LewRockwell.com, e autor dos livros Speaking of Liberty e The Left, the Right,
and the State.

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Em defesa do armamento da população - fatos e


dados sobre as consequências do desarmamento
política

Paulo Kogos

quarta-feira, 19 ago 2015

O ser humano tem o direito à vida. Isso significa que ele tem o direito de não ter sua integridade
física ameaçada ou violada.

Assumindo que a maldade existe, negar ao indivíduo a posse de meios de defender a própria vida
é violar o direito a ela.

O jurista britânico William Blackstoneafirmou que "o principal objetivo da sociedade é proteger
os indivíduos no usufruto de seus direitos absolutos, que lhes foram investidos pelas leis
imutáveis da natureza."

Assim sendo, as legislações de controle de armas impostas pelo governo violam o direito natural
das pessoas e pervertem a natureza das instituições humanas que, num arranjo natural, teriam na
preservação do direito sua principal razão de ser.

Embora o argumento ético seja suficiente para encerrar o caso, há ainda o fato de que o
armamento da população a torna mais segura.

Os 8 estados americanos com mais restrições à posse de armas possuem um índice de homicídio
com armas de fogo per capita 60% maior do que os 8 estados americanos menos restritivos
(ver aqui e aqui).
Os 9 países europeus com menos armas de fogo por habitante apresentam uma taxa de homicídios
per capita três vezes maior que os 9 países europeus com mais armas de fogo por habitante
(ver aqui, paginas 688 e 689).

Poder-se-ia argumentar que o armamento civil é uma variável irrelevante diante de diferenças
históricas, políticas e culturais. Mas a recorrente e abrupta elevação da criminalidade resultante
da promulgação de legislações de controle de armas prova o contrário.

Os gráficos abaixo (fonte aqui) mostram a série histórica de assassinatos por 100 mil habitantes
da Irlanda e da Jamaica, respectivamente. A linha vertical indica o ano em que armas de fogo
foram efetivamente abolidas para civis.
Basta que haja imposição de dificuldades para a obtenção de armas para que este efeito seja
observado, ainda que não haja um completo banimento. Os nove anos seguintes à introdução do
Estatuto do Desarmamento no Brasil, em 2003, apresentam uma taxa de homicídios 1,36% maior
que os nove anos anteriores. A porcentagem de homicídios praticados com armas de fogo
aumentou de 66,23% para 70,83%. (Fonte aqui).

A teoria econômica explica esses dados. Se o governo impede o comércio e a posse de armas de
fogo, as pessoas de bem têm seu acesso ao armamento dificultado. Colocado na clandestinidade,
o setor se torna hostil à concorrência e é dominado por ofertantes e compradores agressivos e
inescrupulosos.
Em outras palavras, os bandidos monopolizam as armas. A maior probabilidade de que suas
vítimas estejam desarmadas diminui o risco inerente à prática de ações criminosas.

De fato, uma pesquisa do Departamento de Justiça dos EUA com criminosos indicou que 74%
concordam que ladrões evitam entrar em residências ocupadas por medo de serem alvejados. E
57% deles concordam que bandidos têm mais medo de enfrentar uma vítima armada do que de
enfrentar a polícia.

As mulheres são as maiores vítimas do desarmamento. As tentativas de estupro são consumadas


32% das vezes, mas o índice cai para 3% quando a vítima está armada. A proteção adicional que
uma arma de fogo oferece para uma mulher é enorme, impondo maiores custos às ações
criminosas contra mulheres em geral.

Com efeito, dados criminalísticos indicam que uma mulher armada adicional aumenta a
segurança da população feminina a uma taxa maior do que um homem a mais armado aumenta
a segurança da população masculina (página 66)

No Reino Unido, um dos países com maiores restrições ao armamento civil, a taxa de estupros
per capita é 125% maior que nos EUA, país com maior número de armas por habitante do mundo.
As mulheres americanas utilizam armas de fogo 200 mil vezes por ano para se defenderem de
crimes sexuais.

Esta vocação defensiva das armas de fogo deve ser ressaltada. Anualmente, nos EUA, 2,5
milhões de inocentes fazem uso das armas de fogo para se protegerem de ataques (fonte aqui,
página 184), ao passo que o recorde anual de crimes com armas de fogo foi de 847.952 (fonte
aqui, página 169)

Dentre todos os casos de emprego defensivo das armas de fogo, em apenas 1 milésimo das vezes
utiliza-se força letal (fonte aqui, página 181). Isso destrói o argumento de que pequenas querelas
interpessoais resultariam em um tiroteio — afinal, nem mesmo a legítima defesa armada contra
criminosos costuma envolver disparos. Como disse o escritor Robert Heilein, "uma sociedade
armada é uma sociedade educada". E se não for, se torna.

De fato, nos EUA, há 80 vezes mais emprego civil de armas de fogo para prevenir crimes do que
mortes por armas de fogo, incluindo acidentes e suicídios. Estes, aliás, respondem por 61%
destes óbitos. E se um suicida estiver determinado a morrer, não vai ser o controle de armas que
o impedirá.

Acidentes com armamento, aliás, são muito raros. O lobby desarmamentista fica feliz quando
eles acontecem, fazendo grande alarde, mas dentre todos os acidentes fatais nos EUA, apenas
0,43% são causados por armas de fogo, embora haja 0,9 dessas ferramentas por habitante. Ainda
que consideremos apenas as vítimas fatais menores de 14 anos, menos treinadas e mais propensas
a brincar indevidamente com armas de fogo, o índice permanece baixo: 0,6% (fonte aqui).

Ressalte-se que esses acidentes são causados principalmente por negligência dos pais em relação
à segurança do armamento e pela ausência de familiarização da criança com tamanho poder de
fogo. Por mitigar esses dois fatores, uma cultura mais armamentista reduz drasticamente a taxa
de acidentes. Nela, os filhos aprendem desde cedo a respeitar esses poderosos instrumentos e os
pais acatam e impõe normas tácitas e formais de segurança, incentivando o senso de
responsabilidade moral das crianças.
Talvez isso explique por que o Brasil tem quase o dobro de acidentes com armas de fogo per
capita do que a Suíça, embora tenha 5,7 vezes menos armas por habitante. Instrução de tiro
infantil é uma tradição suíça.

Ainda assim, entre 2003 e 2012, as armas de fogo nas mãos da população brasileira (estimadas
entre 10 e 16 milhões) causaram apenas 0,7% das mortes acidentais de menores de 12 anos no
país. Embora cada uma dessas 353 mortes seja uma tragédia irreparável (páginas 92 e 93), uma
arma tem 18 vezes menos chances de matar uma criança acidentalmente, no Brasil, do que uma
piscina (fonte; o presente artigo utiliza a estimativa de 2 milhões de piscinas no Brasil, disponível
em diversos sites de empresas do setor).

Mais do que com acidentes, a mídia progressista fica radiante quando ocorrem assassinatos em
massa praticados com armas de fogo (mass shootings). Políticos não perdem a oportunidade de
defender ainda mais o controle de armas após estes trágicos eventos. A população, comovida e
em choque, se agarra a tais discursos demagógicos sem possuir a fundamentação econômica e
estatística para perceber tamanhas falácias.

Assassinos em massa têm como objetivo matar pessoas. Isto pode ser feito com armas brancas,
armas de fogo caseiras, armas de fogo contrabandeadas, veneno no suprimento de água,
sabotagem contra estruturas prediais, veículos pesados, gases tóxicos nos dutos de ar, seringas
contaminadas, ou atentados com explosivos improvisados, algo muito mais comum no mundo
que os mass shootings.

O desarmamento apenas impedirá que os inocentes obtenham meios de defesa contra esses
facínoras.

A sociedade moderna protege quartéis, corporações, tribunais, prédios do governo e políticos


com armamento pesado. Mas desampara as crianças com uma placa na porta da escola com os
dizeres "proibido o porte de armas". Não há registro de assassinos que tenham respeitado tais
avisos.

Entre 1977 e 1995, nos EUA, houve 16 mass shootings em escolas. Apenas um deles aconteceu
em um estado que permitia a posse civil de armas de fogo. Neste episódio, 3 pessoas foram
atingidas, uma fatalmente. Nos outros 15 eventos, dentre mortos e feridos, 118 pessoas foram
alvejadas, o que resulta em uma média de quase 8 baixas por ataque (fonte, página 5).

Em relação a períodos anteriores, estados que passaram a permitir o armamento civil obtiveram
uma redução de 69% no índice de vítimas fatais de mass shootings per capita. (fonte, página
100).

Civis armados são mais eficientes do que a polícia em impedir essas tragédias. Mass
shootings interrompidos pela polícia possuem uma média de 14,29 vítimas fatais. Mas quando
um civil armado detém o crime, esta média cai para apenas 2,33. (Fonte).

A superioridade do armamento civil em relação aos serviços estatais de policiamento é simples


de ser explicada. Civis possuem mais interesse do que a polícia na segurança própria, de seus
entes queridos e de suas comunidades. Além disso, a vítima está, por definição, presente no local
do crime, e poderá atuar imediatamente. Os policiais agirão apenas após algum tempo, se
agirem.

Com efeito, civis armados em legítima defesa conseguem capturar, matar, ferir ou afugentar
criminosos em 75% dos confrontos. A taxa de sucesso da polícia é de 61%. Em 1981, na
Califórnia, cidadãos armados mataram 126 bandidos em ação, contra 68 mortos pela polícia.

Pode-se concluir que boa parte da eficiência do armamento civil resulta da divisão de trabalho
entre a população geral e agentes profissionais de segurança.

Se o governo visasse a segurança do povo, facilitaria ao máximo o armamento civil, inclusive


isentando armas de impostos. Mas o objetivo estatal não é a nossa segurança e sim nosso
controle. Controle de armas não diz respeito a armas, mas sim a pessoas. As armas continuam
existindo nas mãos dos criminosos convencionais e do estado.

Esta assimetria de poder é extremamente desvantajosa para o homem comum, mas o governo
tenta convencê-lo de que ela é necessária para sua segurança.

Quando defendo o armamento civil, incluo armas de calibre militar automáticas e com
carregadores de alta capacidade. Fuzis e metralhadoras não podem ser exclusividades do crime
organizado. Elas podem ser a única chance de manutenção da ordem e de sobrevivência de
pessoas boas e honestas durante situações de crise, como os Distúrbios de Los Angeles, em 1992.

Saques, incêndios, tumultos e confrontos aterrorizaram a cidade por 6 dias. Diante da ameaça,
comerciantes coreanos em Koreatown armaram-se com escopetas e fuzis para defender seus
negócios contra as turbas ensandecidas. Enquanto bairros vizinhos ardiam em
chamas, Koreatown manteve-se a salvo.

Foi com armamento pesado que civis combateram e venceram tropas regulares militarmente
superiores em diversos momentos da História, como nas Batalhas de Lexington e Concord, que
iniciaram a Guerra Revolucionária Americana, e nos levantes da resistência judaica contra os
nazistas.

Justamente a mais importante e estratégica função do armamento civil é manter o governo com
medo do povo. Uma população armada é a última barreira física que separa uma sociedade do
totalitarismo. O processo de expansão do leviatã estatal inclui propaganda e doutrinação
ideológica para moldar o comportamento de massas, mas somente a consolidação de uma
assimetria armamentista permite que os governos centrais vençam a resistência do indivíduo e
nulifiquem autonomias localistas.

O historiador Carroll Quingley nos mostra como a dispersão do poder militar manteve a estrutura
política do medievo ocidental relativamente descentralizada entre o Século VIII e meados do
Século XI. A crescente disparidade de forças teria levado à formação de uma hierarquia política
baseada em poderio bélico. A manutenção do senhorialismo feudal, um sistema coletivista em
que os camponeses eram espoliados pelos nobres, era garantida por um constante esforço de
controle de armas que visava a impedir o acesso dos camponeses a armas como arcos e bestas.

No Japão feudal, civis eram autorizados a carregar espadas para autodefesa. Mas, nos anos finais
do Período Sengoku (1467-1603), fase marcada por guerras e levantes, os daimyos (senhores
feudais) vitoriosos acumularam um poder político colossal. Para garantir suas posições, esses
líderes ordenaram que suas tropas confiscassem as armas dos civis nas chamadas Caça às
Espadas.

O controle de armas como ferramenta de poder também pode ser observado no Brasil. As
Ordenações Filipinas, promulgadas no Século XVII por Filipe II da Espanha durante a União
Ibérica, regulava os tipos de armas que cada classe de pessoas poderia portar. O objetivo
era impedir emancipação colonial. A fabricação de armas no Brasil colônia era punida com a
morte.

Com efeito, a independência em 1822 foi facilitada pela ação de milícias autônomas compostas
por cidadãos armados.

No Brasil Império, o regente Diogo Antônio Feijó, que assumiu o cargo em 1835 e que temia o
poder da população, buscou a dissolução dessas milícias e efetivou a Guarda Nacional. Seu
objetivo era o fortalecimento do poder central. O porte de armas era proibido para índios e negros
(exceto capitães-do-mato) (página 30-32), evidenciando que o propósito do desarmamento é a
opressão do grupo vitimado, e não sua segurança.

Durante o Governo Provisório, o ditador Getúlio Vargas impôs restrições de calibres em reação
à Revolução Constitucionalista de 1932, que por pouco não libertou os paulistas do jugo da
União (página 37).

A História nos mostra quão temerários são os monopólios do poder de fogo, principalmente
aqueles controlados pelo estado, instituição que assassinou diretamente 1 em cada 20 seres
humanos falecidos no século XX.

(Refiro-me ao conceito de democídio, termo cunhado pelo cientista político R.J. Rummel,
definido como o assassínio de uma pessoa pelo seu governo. Inclui genocídios, politicídios e
assassinatos em massa, mas exclui mortes em ações contra alvos militares, execuções penais e
surtos de fome resultantes de ingerência socialista. O presente artigo utilizou a estimação do
número de pessoas falecidas no século XX feita pelo site Necrometrics, disponível
em http://necrometrics.com/all20c.htm.)

O desarmamento da população sempre precedeu o genocídio.

O Império Otomano desarmou o povo armênio antes da limpeza étnica de 1895-1897. Um atroz
confisco de armas com minuciosas buscas dentro dos lares precedeu o Genocídio Armênio de
1915-1917.

O registro das armas é extremamente perigoso, pois informa ao governo sua quantidade e
localização. Os registros de armas efetuados na República de Weimar em 1928 foram utilizados
por Adolf Hitler para acelerar os confiscos a partir de 1933. O führer afirmou que "o maior erro
que poderia ter feito seria permitir que raças submissas possuíssem armas". O resultado foi o
Holocausto.

Os ditadores comunistas Nicolae Ceausescu, da Romênia, e Fidel Castro, de Cuba,


também confiscaram armas previamente registradas por regimes anteriores.

Há muitos outros fãs notáveis do controle de armas, como os ditadores Pol Pot, que matou 2
milhões de pessoas no Camboja, e Idi Amin, que matou 300 mil cristãos em Uganda (fonte).
Mao Tsé-Tung baniu completamente o armamento civil em 1957, implantando a partir daí o
Grande Salto Para a Frente (1958-1961), uma campanha de coletivização lançada pelo Partido
Comunista da China que envolveu torturas e execuções. Dezenas de milhões de chineses foram
vitimados, inclusive por surtos de fome.

Controle de armas significa monopólio das armas pelo estado. Como o próprio Mao disse em
um discurso, "todo o poder político emana do cano de uma arma", acrescentando que seu
princípio era o de que "o Partido Comunista comande a arma, e a arma jamais poderá comandar
o Partido". Logo depois, afirmou que as armas dos comunistas russos trouxeram o socialismo.

O caso soviético é emblemático. Em abril de 1918, o governo bolchevique liderado por Lenin
ordenou o registro das armas civis. Em outubro, teve início o recolhimento. Em 1925, o ditador
Joseph Stalin instituiu punições duras contra o porte de armas não-autorizado, e chegou a proibir
facas em 1935.

As consequências foram tenebrosas. Em 1929, teve início o genocídio dos kulaks(termo


pejorativo soviético para se referir à uma classe de fazendeiros proprietários de terra) na Ucrânia,
causando surtos de fome. Em 1936, Stalin conduziu o Grande Expurgo, um período de repressão
sem precedentes, com execuções sumárias e perseguição a camponeses e inimigos políticos.

Entre 1929 e 1953, 20 milhões de russos foram exterminados.

Conclusão

Apesar de todas as evidências a favor do armamento civil, os governos mentem para o público.
Os governantes apregoam que armas não propiciam segurança, mas não se deslocam sem
seguranças fortemente armados. Celebridades progressistas fazem campanha para que famílias
comuns se desarmem, mas não aplicam o mesmo princípio aos seus onerosos seguranças
particulares.

A insistência do establishment em afirmar que o desarmamento torna uma sociedade mais segura
é uma clara aplicação de técnicas goebbelianas de propaganda: repetir um conceito de forma
superficial e vulgar voltada para as massas. Estas não possuem capacidade de reflexão profunda,
um atributo exclusivo do indivíduo. Eventualmente, as mentiras assim difundidas são tomadas
como verdades inquestionáveis.

A prudência recomenda, assim, que a população não acredite no que os governantes e seus
propagandistas dizem. Prudente é se armar. Defender a vida própria e de terceiros é um dever
moral e um direito natural. Como demonstrou São Tomás de Aquino, é natural dos seres
humanos preservar sua existência. Consequentemente, impedir o acesso aos meios de defesa é
um atentado à natureza humana.

A liberdade de se armar é intrínseca ao homem. Governos não podem nos dar algo que já é
nosso, mas podem retirar. Isto significa que armas servem não apenas para defender vida e
propriedade, mas também para defender o direito de continuar possuindo esses efetivos
dispositivos de segurança.

24 votos

autor
Paulo Kogos
é um anarcocapitalista anti-político. Estuda administração no Insper e escreve para o blog Livre & Liberdade e no
seu blog pessoal.

Como o porte irrestrito de armas garantiu a liberdade dos suíços

Se você é contra a economia de mercado, você nunca viveu fora dela

O Sistema S, que não sai das páginas policiais, é um escárnio e tem de ser abolido

A melhor ferramenta para se prever uma recessão nos EUA: a inversão da curva de juros

10

Um ano da abolição da neutralidade de rede: o apocalipse prometido não veio e os serviços melhoraram
11

O aquecimento global é uma fraude

12

Por que o nazismo era socialismo e por que o socialismo é totalitário

13

A verdadeira face de Nelson Mandela

14

O que significa ser um anarcocapitalista?

15

A explosiva situação fiscal do governo brasileiro - em dois gráficos (atualizados)

16

A mentalidade da esquerda e seus estragos sobre os mais pobres

17

Por que o comunismo não é tão odiado quanto o nazismo, embora tenha matado muito mais?
18

O horror da China comunista e seus pavorosos campos de morte

19

O que realmente é o fascismo

20

O verdadeiro Che Guevara

comentários (96)

Guilherme 19/08/2015 14:58

Sensacional!!!!

De longe o melhor artigo sobre o desarmamento...

Parabéns Kogos.

RESPONDER

Paulo Kogos 27/08/2015 23:37

obrigado Guilherme

RESPONDER

Airton Fernandes Baliero 13/10/2016 04:48

O melhor comentário que li a respeito até agora.

RESPONDER

RENATO MESSIAS DE MORAIS 02/09/2018 16:30

Sem dúvida, o mais embasado, claro e objetivo texto sobre o perigo do desarmamento.

RESPONDER

Milton Machado 19/08/2015 15:01

Ontem o Brasil inteiro assistiu no Jornal Nacional a invasão das moradias populares (minha
casa minha vida) pelos traficantes desalojados de seus redutos. Isso só é possível por que a
populkação não tem como resistir. O raciocínio torpe por trás do desarmamento nos faria
proibir a população de ter carros. Há mais mortes em acidentes no Brasil em um ano do que nos
dez an os de guerra do Vietna

RESPONDER

Derval Souza 19/08/2015 15:15

E NÃO nos obrigaria a ter extintor em todo lugar, afinal o bombeiro chega ainda mais
rápido que a polícia...

RESPONDER

Jair de Sousa Jr. 19/08/2015 15:02

Texto perfeito, até salvei nos favoritos

RESPONDER

Felipe 19/08/2015 15:05


Muito bom!

O melhor caminho para paz é pelo comercio e as armas.

RESPONDER

Rodrigo Pereira Herrmann 19/08/2015 15:07

Muito bom!

à exceção de armamento militar nas mãos de civis. não carece. uma pistola ou um revólver .38
são suficientes.

a eventual aprovação de uma lei que possibilite a posse e porte de armas de fogo pelo cidadão
comum teria um efeito positivo revolucionário na sociedade brasileira. acho que uma mudança
estrutural no país poderia se iniciar por essa via.

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cmr 19/08/2015 15:55

"uma pistola ou um revólver .38 são suficientes."

Que suficiente o que ?? A bandidagem, a polícia, podem ter fuzil automático e eu não ?.

Quem acha um revolvinho .38 suficiente, então que tenha só um revolvinho .38 livre
mercado é isso.

RESPONDER

antônio 17/10/2017 01:22

tenho uma fazenda ja fui assaltado 8 vezes como vou defender meu
patrimônio?? com um revolvinho 38 contra 8 assaltante ????

RESPONDER

Sidiclay Rocha 19/08/2015 19:47

As pessoas possuem sim a necessidade de possuir armas de fogo


curtas (pistolas e revólveres) para defender-se, mas também a
necessidade de possuir armas longas (rifles e carabinas) pois serão
estas que garantirão que os governantes respeitem as pessoas.

A única forma de garantir que o Governo respeitará as pessoas é


garantindo que estas possam ter armas cujo poder de fogo inflija
respeito àquele que estiver no poder... Pistolas não garantiriam o
devido respeito às pessoas, caso apenas o Governo pudesse possuir
rifles/fuzis.

RESPONDER

Diego 26/11/2018 23:49

Mas é impossível autorizarem um armamento pesado à


população... Os colarinhos brancos não assumiram o risco de
guerra civil contra o pais "deles", formulado para "eles"...
Arriscar perder todas as regalias que tatuaram em forma de
leis nas costas do povo? Negativo... Infelizmente.

RESPONDER

Bernardo 25/08/2015 19:53

"Quem acha um revolvinho .38 suficiente, então


que tenha só um revolvinho .38 "

Exatamente. A pessoa não tira a mentalidade


estatista da cabeça. Na verdade, o que ela quer é
estar no poder para exercer a vontade dela sobre os
demais.

Cada um deve ter o calibre que achar necessário. E


pronto.

RESPONDER

Gustavo 19/06/2016 17:57

Esse Rodrigo sempre vem passar vergonha nos


comentários.

RESPONDER


Rodrigo Pereira Herrmann 20/06/2016 19:07

acho que não, hein. é só ver meu histórico


de comentários pra ver quem passa
vergonha de fato.

mas vou-te dizer. são libertários que


sequer sabem o que é libertarianismo (a
maioria aqui). que associam
libertarianismo com escola austríaca (teria
algum propósito subliminar nisso?!).
bitolados que apanham aqui, no facebook
(até lá!), no twitter....chorões que rebatem
conteúdo com 'argumentos' ad hominem.
bobões que precisam da chancela de
grupos, buscando identidade em rótulos. a
infância da razão.

les plus exclus des exclus.

RESPONDER

italo munhoz 19/08/2015 15:11

https://www.youtube.com/watch?v=9OOqFxEuYog

Muito do que foi escrito aqui parece que foi abordado neste vídeo..
O melhor vídeo sobre o desarmamento, com embasamento histórico e político-social

RESPONDER

Rosiléia Estefani 19/08/2015 15:13

Raramente ou quase nunca os cidadãos são informados sobre isso.

RESPONDER

Ricardo L Santos 19/08/2015 15:14

Querem nos tirar o direito sagrado de proteger a nossa vida e de nossos familiares, jamais
devemos concordar com o desarmamento, é uma clara armadilha e a população precisa saber
disso.

RESPONDER

antônio olveira 17/10/2017 00:36

temos o direito de nos defender nossa familias e nosso patrimônio que conseguimos
com honestidade e suor´

RESPONDER

Gideoni Da Silva Reis 19/08/2015 15:16

www12.senado.gov.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=42385

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Tiago silva 19/08/2015 15:20

Parabéns Paulo seu artigo é conciso,claro,muito bom mesmo.

Agora outra questão mais fora do artigo,quando e quais foram as suas maiores influências para
a virada anarco-capitalista,mais uma vez os meus parabéns e obrigado pelo artigo.

ps.Há possibilidade de nos comunicarmos,tenho muitas questões para colocar sobre o anarco-
capitalismo.Obrigado

RESPONDER

Paulo Kogos 27/08/2015 23:40

Tiago, me procure no facebook, Paulo Kogos mesmo

eu sou anarcocapitalista pq defendo o direito natural


meu erro era achar q o governo defende o direito natural, algo como achar q um
estuprador defende a virgindade

virei anarcocapitalista mais pelo lado da ciencia politica mesmo


leia Anatomia do Estado de Murray Rothbard pra começar

RESPONDER

Viking 19/08/2015 15:20


é para aplaudir de pé!

o armamento civil é um dos pilares para uma nação civilizada!

RESPONDER

Raphael 19/08/2015 15:29

Esse artigo foi muitooo bom! Mas vocês poderiam ter acrescentado também a questão de "raio
de ação" que uma arma proporciona, mesmo pessoas desarmadas em uma sociedade livre para
se armar, sofrem benefícios de pessoas ao seu redor por estarem portando armas. Pois mesmo
um bandido sabendo que A não está armado, ele não sabe se as pessoas ao seu redor estão ou
não armadas.

Tirando isso foi muito bem elaborado o artigo.

RESPONDER

Auxiliar 19/08/2015 15:59

Essa questão específica já foi abordada neste artigo:

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2121

RESPONDER

Diego Sousa 19/08/2015 16:03

Todo cidadão deveria ao menos ter dentro de sua casa uma arma NÃO registrada.
Nunca se sabe o governo de amanhã.

RESPONDER

Mais um 19/08/2015 16:29

Ou o de hoje...

RESPONDER

Diego Sousa 19/08/2015 20:59

É verdade ...

RESPONDER

Luis 19/08/2015 17:12

Que grande artigo.

Um dos mais completos em termos de análise e quantidade de informações históricas.

As pessoas observam armas como objetos monstruosos pelo que o próprio governo faz com o
uso das mesmas. Como qualquer outro tipo de objeto usado para defesa pessoal, seu porte é um
direito do cidadão.

OBS: Paulo, no exemplo e fonte usados para a revolta dos judeus na passagem "Foi com
armamento pesado que civis combateram e venceram tropas regulares militarmente superiores
em diversos momentos da [...] e nos levantes da resistência judaica contra os nazistas." a página
do wikipedia mostra o Levante do Gueto de Varsóvia, onde todos os judeus foram massacrados.
Não houve resistência nesse caso específico. Não sei se eu que vi errado.

Abraços!

RESPONDER

Miguel 19/08/2015 17:24

Houve enorme resistência e está tudo escrito lá, mas você tem de saber inglês:

Shortly before the uprising, Polish-Jewish historian Emanuel Ringelblum (who


managed to escape from the Warsaw Ghetto, but was later discovered and executed in
1944) visited a ZZW armoury hidden in the basement at 7 Muranowska Street.

In his notes, which form part of Oyneg Shabbos archives, he reported: "They were
armed with revolvers stuck in their belts. Different kinds of weapons were hung in the
large rooms: light machine guns, rifles, revolvers of different kinds, hand grenades,
bags of ammunition, German uniforms, etc., all of which were utilized to the full in the
April "action". (...) While I was there, a purchase of arms was made from a former
Polish Army officer, amounting to a quarter of a million zloty; a sum of 50,000 zloty
was paid on account. Two machine guns were bought at 40,000 zloty each, and a large
amount of hand grenades and bombs."

Continua:
en.wikipedia.org/wiki/Warsaw_Ghetto_Uprising#Opposing_forces

RESPONDER

Luis 19/08/2015 17:47

Obrigado Miguel!

Não sei porque mas abria direto na página do Wikipedia em português pra
mim. E tem menos informação. Mas mesmo assim, houve resistência mas não
uma vitória, diferente do caso de Los Angeles da Koreatown. Se destacaram
sim pelo maior acesso a armas de alto calibre que outros levantes da época dos
conflitos judaicos. Correto?

Abracos!

RESPONDER

Ricardo 19/08/2015 18:00

É claro que não houve vitória. O outro lado não apenas estava
militarmente armado, como também comandava vários países da
Europa, e tinha toda a população pacificada e ao seu lado.

Não obstante, alguns judeus conseguiram escapar em decorrência


deste levante. Foram vidas humanas salvas.

RESPONDER

Gustavo Ferrari 19/08/2015 17:13

Desarmamento civil: a única forma de o estado manter o monopólio da violência. "Genocídios


acontecem. Mas genocídios não acontecem quando os alvos estão armados."

RESPONDER

Tiago silva 19/08/2015 17:14

oi algumém daqui me poderia recomendar sociólogos sério,sem o besteirol da escola de


frankfurt ou outros lixos semelhantes?
RESPONDER

Rodrigo Pereira Herrmann 19/08/2015 17:49

Gilberto Freyre, o maior sociólogo que este pequeno país já teve. e um dos grandes do
séc. XX.

RESPONDER

Rodrigo Pereira Herrmann 19/08/2015 17:54

Se quiser um autor internacional contemporâneo (falecido em 1983), fique com o


Raymond Aron.

RESPONDER

Mais um 19/08/2015 17:59

Afinal, quem pode ser considerada a direita hoje no Brasil (se é que ainda existe)?

RESPONDER

Jonathan Franco Silveira 25/08/2016 03:10

Tem o escroto do Bolsonaro,apesar que ele é um "direita"com muitas idéias de


"esquerda",como a adoração militar.

RESPONDER

INFIEL 19/08/2015 18:13

Salve Salve Srs.

Ótimo artigo aqui no Mises,mas fica a minha duvida.

Na atual situação do pais em medidas anti populares pela mídia e diversos meios de
comunicação, o confronto entre direita e esquerda, e com massantes palavras de ódio sem ao
menos usar a razão, seria apropriado a extinção do "estatuto do desarmamento" e garantias de
direito a "defesa pessoal"? Pois penso que isso poderia servir como válvula de escape para uma
futura revolta civil (na pior das hipóteses), pois acho que "palavras" ferem mais que "projetos
de armas de fogo".

Em OFF:
Participarei de um auditório sobre esse tema amanha na minha Federal-IFSP(Cubatão)
www.federalcubatao.com.br/debate-no-campus-sobre-o-paradigma-cubano-nesta-quinta.html

Apenas como ouvinte e opositor mesmo que todos tem direitos de dizer o que pensam alias até
gostaria de ajuda de vocês pra expressar a minha pesquisa com o teor da Escola Austríaca
posteriormente pois o meu Professor de HCTA já me pediu uma pesquisa cientifica e escolhi
sobre Economia e a tecnologia do Bitcon no meu curso de ADS.

RESPONDER

Leal 19/08/2015 19:22

"seria apropriado a extinção do "estatuto do desarmamento" e garantias de direito a


"defesa pessoal"?"

Não. O que seria realmente apropriado é manter tudo como está: deixar apenas a
bandidagem armada, e o cidadão de bem sendo assaltado, espancado, estuprado e
humilhado. Foi assim que avançamos e nos tornamos uma das nações mais seguras e
desenvolvidas do mundo. E é assim que devemos continuar.

"Pois penso que isso poderia servir como válvula de escape para uma futura revolta
civil (na pior das hipóteses), pois acho que "palavras" ferem mais que "projetos de
armas de fogo"."

Você está bem? Primeiro diz que não se deve armar ninguém; imediatamente em
seguida, diz que palavras ferem mais do que armas -- o que me leva a crer que, na sua
concepção de mundo, se eu xingar um bandido com palavras ásperas, ele se sentirá
muito mais ferido do que se eu mandar uma bala na fuça dele.

Ou seja, desde que saibamos usar palavras duras, todos nós estamos em pé de igualdade
com todo e qualquer marginal que esteja armado com uma submetralhadora.

É cada um...

RESPONDER

INFIEL 19/08/2015 19:49

Acho que você me interpretou errado Leal, pois primeiro disse em tom de
duvida a minha pergunta e não fiz nenhuma afirmação que seria melhor
manter como estar do que garantir o direito e dever do cidadão no porte de
armas, apenas estou colocando uma situação sobre a mesa, pois eu sei que o
atual governo não e eficiente pra garantir meus direitos, minha liberdade e
minhas necessidades, suprimindo meus impostos em causas que não
solucionam o problema.

Sobre o que quis me referir em "pois acho que "palavras" ferem mais que
"projetos de armas de fogo", o acesso a informação e conhecimento e muito
superior a um projeto de uma arma, apenas isso, não estou colocando a
situação que você citou como um exemplo e sim me referindo que contra fatos
não existem argumentos, simples e natural sendo que o artigo acima e demais
que já passaram por aqui tem a mesma sintonia, só tem duas maneiras de me
submeter, ou pela força ou pela persuasão, e simbolizei aquela frase nisso.

RESPONDER

Mais um 19/08/2015 20:12

Debate Esquerda x Direita?

Isso existe no Brasil? Quem é direita nesse país hoje?

RESPONDER

INFIEL 19/08/2015 23:28

Todos aqueles que se manifestaram no dia 16 de Agosto.

RESPONDER

Mais um 20/08/2015 11:56

Inclusive o Aécio, Serra e outros da "oposição"


estavam no meio...

Na política atual, quem de fato é direita? Qual


partido político hoje pode falar que é a direita?

RESPONDER

Thiago Augusto 20/08/2015 05:05

Mas o bom do armamento da população é


justamente o temor do governo por uma
represália da população a medidas
coercitivas...

Sobre a luta direita versus esquerda, o lado


errado, covarde, seria prontamente
vencido; começaria no campo, o MST
encerraria invasões de propriedades rurais,
os índios também; nas cidades, o MTST
também ficaria intimidado.

Em relação à luta entre comunistas e


liberais, creio que o risco de guerra é
pequeno, e secundário diante do valor de o
país estar direcionado ao exercício da
liberdade.

RESPONDER

Marcelo Werlang de Assis 19/08/2015 19:08

O socialismo (isto é, as violações contínuas e institucionalizadas dos direitos de propriedade


praticadas pelos estados) possui relação simbiótica com o desarmamento da população civil
(eufemisticamente chamada de "controle de armas").

Os governos sempre justificaram, justificam e justificarão as suas ações (agora denominadas de


"políticas públicas") com o belo argumento do Bem Comum. Mas o verdadeiro propósito delas
é a exploração. O poder político sempre se caracterizou pela sua natureza
criminosa/expropriatória. Os intelectuários realizaram e realizam um ótimo trabalho em fazer
as pessoas pensarem que os estados são entidades benevolentes, compostas de seres altruístas e
iluminados (os políticos e os burocratas).

Nesta postagem do meu blog (eaefl.blogspot.com.br/2015/08/socialismo.html), há imagens que


demonstram a semelhança entre o nazismo, o fascismo e o comunismo, os quais devem ser
englobados na palavra socialismo. Vocês a acharão interessante. Confiram!

RESPONDER

Marcelo Werlang de Assis 19/08/2015 20:06

Houve um lapso. Em eufemisticamente chamada de "controle de armas", o vocábulo


"chamada" deve ser substituído por "chamado".

RESPONDER

. 19/08/2015 21:21
Muitas leis brasileiras são desnecessárias.

RESPONDER

Pobre Paulista 20/08/2015 13:44

Todas são ;-)

RESPONDER

Thiago Teixeira 20/08/2015 05:07

Quero ver quem é que invade os EUA! Podem desmontar as suas forças armadas, que ainda
assim ninguém consegue tomar o país!

RESPONDER

cmr 20/08/2015 14:45

Sim, é verdade.

No Iraque, o que deu dor de cabeça ao exército americano foram os insurgentes e não o
exército iraquiano, este capitulou em menos de uma semana.
No Vietnã, os insurgentes é que deram dor de cabeça, e por aí vai...

Ter que enfrentar civis armados, imbuídos de ideais heróicos, é o maior pesadelo para
qualquer exército.

RESPONDER

Adelson Paulo 20/08/2015 11:21

Simplesmente espetacular! Mais um pouco de luz na escuridão!

RESPONDER

Felipe 20/08/2015 12:24


Off topic -

Existe alguma previsão sobre os livros novos do IMB?

RESPONDER

Marco 20/08/2015 20:19

DESARMAR A POPULAÇÃO PELOS comunistas é uma respeitável estratégia para


dominarem ainda mais sem resistência!
Basta conferir o 10º mandamento do Decálogo de Lênin, os 10 mandamentos dos comunistas:
"PROCURE CATALOGAR TODOS OS POSSUIDORES DE ARMAS PARA QUE SEJAM
CONFISCADAS NO MOMENTO OPORTUNO, TORNANDO IMPOSSÍVEL QUALQUER
RESISTENCIA À CAUSA COMUNISTA"
Os comunistas, chantagistas, diabólicos e histéricos e maquiavélicos como são, para seus
planos de poder, tudo vale, vale tudo!

RESPONDER

Thiago Duarte 22/08/2015 18:19

Um dos melhores artigos referente ao estatuto da discórdia, estou escrevendo uma monografia
sobre esse tema, e com certeza terá uma citação deste grande autor.
está de parabéns.

RESPONDER

Anderson 24/08/2015 16:57

Vídeo do Hélio no Congresso:

RESPONDER

Laércius 26/08/2015 00:44

Olá.
Gostaria de comentar um fato em particular,muito batido pela imprensa, nos telejornais e
jornais desde décadas:
Há destaque para latrocínio por exemplo em que teria havido suposta reação da
vítima,eventualmente colocando a manchete com todo o destaque na palavra "reação".Por vezes
algum parente ou amigo em grande sofrimento vai a tv para fazer uma "defesa" da vítima (vê se
pode!) que NÃO teria reagido,baseado no perfil e temperamento.E eventualmente,numa reação
em que o resultado tenha sido feliz (resultado negativo para o bandido) algum DELEGADO ou
policial amigão vai para a tv dizer que jamais deve-se reagir.Ou esses caras são mancomunados
ou burros,lembrando que CRIMINOSO também ASSISTE TV e que muitas reações são
instintivas e por puro reflexo.Essa postura da imprensa cria um "código de conduta" informal
no qual em caso de reação da vítima, ela será então "PUNIDA" pelo assaltante com a sua vida.

RESPONDER

João Hélio 26/08/2015 03:17

Fantástico artigo. Cada vez mais fã do IMB.

RESPONDER

Tiago Saboia 31/08/2015 12:28

Faltou comentar que os assassinatos em massa (mass shootings) nos EUA geralmente ocorrem
em Gun-Free Zones (áreas proibidas de se adentrar com armamentos) como escolas e igrejas.

Leiam mais no artigo:

www.foxnews.com/opinion/2015/06/18/gun-free-zones-easy-target-for-killers.html

RESPONDER

Conservador 13/10/2015 16:11

Um dos melhores artigos sobre desarmamento. Parabéns ao autor.

RESPONDER

Sérgio 28/10/2015 18:41

27/10/2015 - 17h06
Comissão especial aprova texto-base de proposta que revoga o Estatuto do Desarmamento

Novo estatuto reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas no País;
estende o porte para deputados e senadores; e acaba com a proibição de que pessoas que
respondam a inquérito policial ou a processo criminal solicitem o porte de armas.
Destaques ao texto serão votados na semana que vem
Foi aprovado nesta terça-feira (27), por 19 votos a 8, o texto-base do substitutivo apresentado
pelo deputado Laudivio Carvalho (PMDB-MG) aos projetos de lei (3722/12 e apensados) que
revogam o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03). Os destaques devem ser votados pela
comissão especial que analisa a proposta na próxima terça-feira (3), às 14 horas.

Renomeado de Estatuto de Controle de Armas de Fogo, o novo texto assegura a todos os


cidadãos que cumprirem os requisitos mínimos exigidos em lei o direito de possuir e portar
armas de fogo para legítima defesa ou proteção do próprio patrimônio. Atualmente, o Estatuto
do Desarmamento prevê que o interessado declare a efetiva necessidade da arma, o que permite
que a licença venha a ser negada ou recusada pelo órgão expedidor.

Entre outras mudanças, o parecer de Carvalho reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para a
compra de armas no País; estende o porte para outras autoridades, como deputados e senadores;
e autoriza a posse e o porte de armas de fogo para pessoas que respondam a inquérito policial
ou a processo criminal.

Segundo o relator, o texto atende à vontade da maioria dos brasileiros, que, segundo ele, teve os
direitos tolhidos com a edição do Estatuto do Desarmamento, em 2003. "A proposta devolve ao
cidadão de bem o direito de trabalhar pela sua própria segurança. Vamos devolver o direito à
vida, que foi retirado pela atual lei", afirmou.

Isenção tributária
Para corrigir "erros e impropriedades" e incorporar sugestões de parlamentares, Carvalho fez
alterações no parecer, em complementação de voto divulgada hoje. Uma dessas mudanças
acabou com a isenção de tributos para aquisições e importações de armas e munições pelas
Forças Armadas e pelos órgãos de segurança pública. No mesmo sentido, o relator também
suprimiu a isenção do IPI e do ICMS, existente na versão anterior do substitutivo, para
importações de armas e componentes por atiradores desportivos e caçadores.

Carvalho reconheceu que, da maneira como estavam previstos, os benefícios feriam a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF). De acordo com a norma, é proibido conceder isenção de tributo
sem a devida compensação financeira pela perda de receita.

Importação
Outra alteração no substitutivo autoriza a importação de armas, partes e munições desde que o
produto fabricado no Brasil não atenda às especificações técnicas e de qualidade pretendida
pelo órgão adquirente. O texto anterior permitia a compra de armas no exterior mesmo havendo
similares fabricados no País.

Atualmente, uma portaria do Ministério da Defesa (620/MD) determina que a importação de


armas de fogo e demais produtos controlados pode ser negada se existirem similares fabricados
por indústria brasileira do setor de defesa.

Escolta parlamentar
Por sugestões de parlamentares, Carvalho ainda modificou o texto para conceder aos policiais
legislativos da Câmara e do Senado o direito de portar armas em aviões quando realizarem a
escolta de parlamentares. Essa situação acontece principalmente quando os congressistas
visitam outros estados em missões oficiais.

www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/498921-COMISSAO-
ESPECIAL-APROVA-TEXTO-BASE-DE-PROPOSTA-QUE-REVOGA-O-ESTATUTO-DO-
DESARMAMENTO.html
RESPONDER

Emerson Luis 09/12/2015 17:30

É um assunto sensível, as esclarece ver QUEM defende o desarmamento.

***

RESPONDER

Pobre Paulista 17/02/2016 15:45

Sobre o massacre do Bataclan, um relato de um dos músicos que estava tocando no local e
sobreviveu:

Eagles of Death Metal: todos deveriam ter armas para se defender

Em entrevista a uma TV francesa, Jesse Hughes disse ser favorável às pessoas andarem
armadas para se defender. "Seu controle de armas francês conteve alguma morte no
Bataclan?" perguntou, de forma contundente. "E se alguém puder explicar que sim, gostaria de
ouvir a justificava, pois não é o que parece para mim. Acho que a única coisa capaz de salvar
vidas são os bravos sujeitos que encaram a face da morte de igual para igual, com suas armas
de fogo".

Ele continua: "Sei que muitos discordarão, mas assim como Deus fez o homem e a mulher,
naquela noite as armas tornariam as pessoas iguais. E eu odeio que seja assim. A única coisa
que mudou pra mim é que hoje eu acho que ou ninguém tem armas ou todos tem armas. Vi
pessoas morrendo que poderiam ter uma chance se pudessem se defender. Pessoas fantásticas
que não estão mais aqui e que eu gostaria que ainda estivessem".

Fonte: Whiplash

Lembrando que, apesar do nome, a banda não é de "Metal" e sim de "garage rock", cujo
público alvo em geral é composto por esses socialistas mimados, politicamente corretos,
ativistas da causa XYZ, melancias e demais correlatos.

RESPONDER

Jean 17/02/2016 18:01

Obviamente que isso não possui e nem possuirá repercussão na mídia.


RESPONDER

anônimo 17/02/2016 18:58

Garage rock é coisa de socialistas mimados? Cara, dessa vez vc se superou.

RESPONDER

Pobre Paulsita 24/02/2016 12:41

Público que ouve isso atualmente: Homens de coquinho. Em geral,


barbudinhos.

RESPONDER

JAIR BOLSONARO 27/04/2016 01:33

Aqui se defende a liberdade de expressão, portanto,


CARÍSSIMOS:
Conclamo a todos que viram a OAB RJ escolher qual ideologia pode ser elogiada no Brasil, que
assinem petição pública pedindo a punição por improbidade administrativa e por crime de
prevaricação dos advogados do conselho da OAB RJ, no caso do discurso do Bolsonaro. A
petição está aqui: "Pela punição por improbidade administrativa e por prevaricação dos
subscritores de petições contra Bolsonaro em razão do voto no Impeachment na Câmara" Link
da petição aqui: www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR90502

RESPONDER

Francisco 01/05/2016 22:52

Adoraria falar que a nossa na sociedade as pessoas não precisão de armas, entretanto a atual
situação do país e do mundo me incapacita de dizer tal coisa. A posse de armas não é mais
apenas uma opção, mas uma necessidade. Portanto para que a população possa se defender o
armamento cível é absolutamente preciso.

RESPONDER

anônimo 16/05/2016 02:20


O Iraque, o Paquistão e o Yemen são os países mais liberais com relação às armas...

RESPONDER

anônimo 17/05/2016 17:38

1) você está pegando exemplo de países que os territórios estão constantemente em guerra, isso
é desonestidade intelectual
2) os três não são "os mais liberais"
3) mesmo assim, apenas confirmou o que está no texto, pois mesmo sendo países
subdesenvolvidos e constantemente em guerra, possuem uma baixa taxa de homicídio
comparado com outros países como o nosso:

Brasil - 25.2 (IDH - 75º)


Iraque - 8.0 (IDH - 121º)
Paquistão - 7.7 (IDH - 147º)
Yemen - 4.8 (IDH - 160º)
Estados Unidos - 3.8 (IDH - 8º) (lembrando que em vários estados dos EUA há muitas leis
restringindo armas, mas deve ser apenas uma coincidência que, em média, são os mesmos mais
violentos )

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_intentional_homicide_rate

RESPONDER

anônimo 17/05/2016 23:44

O link do Wikipedia que eu citei, mostra uma tabela de comparação sobre as leis de
armas por país — se civil pode possuir uma armas, se pode usar para defesa pessoal, se
pode possuir armas automáticas, se pode portar arma em público... Aqueles países que
estão mais pintados de verdes (Yes) é onde é mais liberado (como o Paquistão).
Aqueles que estão mais pintados de rosa e vermelho, é onde tem mais proibições (em
alguns como o Reino Unido, é quase tudo rosa e vermelho).

Agora, me responda uma pergunta: onde vc preferiria morar, na Grã-Bretanha (onde há


rígido controle de armas) ou no Paquistão (país de forte tradição armamentista, onde em
algumas províncias como a Província da Fronteira Noroeste, é permitido a posse de
armas pesadas como granadas e foguetes de curto, médio e longo alcance)?

No mais, se dependesse de alguns libertários, conflitos e guerras é o que mais haveria...


O que vc acha que aconteceria se liberassem tanque de guerra?

RESPONDER

Malthus 18/05/2016 01:30


Achei interessante sua insistência com o Paquistão (esse modelo para o
mundo, citado recorrentemente por todos...)

Aí, fui pesquisar qual era a taxa de homicídio por lá. E não é que me
surpreendi? Para um país que está no núcleo de todas as crises geopolíticas,
que sempre teve governos instáveis e tradicionalmente problemáticos, e que
vive em guerras, ele é menos violento que praticamente todos os países da
América Latina, perde só para Chile e Argentina (para esta, por bem pouco).

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_intentional_homicide_rate

Acho que temos uma lição aí, hein? Tem certeza de que quer se manter nesse
exemplo?

RESPONDER

anônimo 18/05/2016 07:24

Paquistão é um país subdesenvolvido, esteve em diversas guerras, está


atualmente em uma guerra e não parece que vai sair dela tão cedo, a renda per
capita é 1/3 da brasileira e ainda assim possui menos violência que quase
todos os países da América Latina.

Sério mesmo que você não percebeu que o exemplo do Paquistão foi um
verdadeiro tiro no pé?

Eu prefiro morar em Detroit, o paraíso esquerdista nos EUA.

RESPONDER

Antônio Soares 18/05/2016 09:07

Olha o nível do sujeito, pegar um país de terceiro mundo e querer comparar


com a Inglaterra...

A sua comparação somente seria realmente válida se comparasse territórios


quase iguais, senhor anônimo.

Por exemplo: Chicago e Houston.

RESPONDER

Andre 18/05/2016 13:10


Paquistão é mais seguro que quase todos os países da américa latina, mesmo
sendo miserável, aliás as armas são recurso fundamental para que os pobres
defendam as poucas propriedades que possuam.
Fora o completo canalhismo intelectual de comparar Paquistão com a
Inglaterra, e ignorar os países europeus com melhores cenários pró armas,
como Suíça e Rep. Checa.

RESPONDER

Maria do Rosário 19/05/2016 04:31

Sobre liberar tanques de "guerra", Bem, acho que as pessoas teriam ao menos
mais receio de sair besteira no território alheio...

RESPONDER

Magno Malta 19/05/2016 04:35

Se a esquerda doasse dinheiro e ajudasse os pobres, a desigualdade seria quase


nula. Mas a esquerda não doa dinheiro próprio. A esquerda só faz discurso
para tirar o dinheiro dos outros!

MENOS ESQUERDISMO E MAIS FRATERNALISMO!

RESPONDER

Fã do Kogos 21/05/2016 13:12

Grande Paulo Kogos.

RESPONDER

Perguntas 25/05/2016 21:45

1) Como evitar que o número de homicídios aumente com a liberação do porte de armas?

2) Como evitar que depois de liberado o porte de armas, aumente o número de latrocínios?
Afinal, se o porte de armas fosse liberado, os bandidos pensariam: "todo o mundo anda armado,
então vamos já chegar atirando nas vítimas"... Então, como evitar que depois de liberado o
porte de armas, o número de latrocínios aumente?
3) Com reagir depois que um bandido já está com a arma na sua cabeça? Esses dias ví uma
notícia em que a vítima foi assassinada ao tentar reagir. O bandido tava apontando a arma pra
vítima e quando a vítima foi tentar pegar a arma no bolso, levou um tiro... Então, como reagir
quando o bandido já está apontando a arma na sua cabeça?

RESPONDER

Pessimista 20/06/2016 13:04

"como reagir quando o bandido já está apontando a arma na sua cabeça?"

Fique quieto, faça o que te mandarem e reze.

RESPONDER

Ex-microempresario 06/03/2017 21:21

Esta pergunta é mais importante:

"Como evitar que o número de homicídios aumente com a proibição do porte de


armas?"

Afinal, isto está acontecendo na realidade, enquanto a sua é uma pergunta hipótética.
Vamos esperar acontecer para aí então analisarmos.
Dizem, porém, que há uma estratégia que alguns países tentaram e que deu certo, acho
que o Brasil devia tentar:
Consiste em PRENDER os criminosos e MANTÊ-LOS na cadeia. Aparentemente,
bandidos presos não cometem crimes. Repito, o Brasil devia experimentar essa idéia,
por mais que alguns brasileiros certamente achem uma idéia absurda.

RESPONDER

De Passagem 06/03/2017 19:19

Dois comentários extraídos de fórum sobre armas:

"Em Honduras o porte de armas é liberado e o país registra a maior taxa de homicídios do
mundo (4 vezes maior que no Brasil). No outro extremo, Singapura registra o menor índice de
homicídios e a restrição de armas é total... o Antônio Fagundes foi detido pela polícia por
portar uma perigosa bengala!"

"Pode-se afirmar, por exemplo, que países entre os mais pacíficos do mundo baniram armas
para uso pessoal. É o caso do Japão, onde a taxa de homicídios é de 0,3 por 100 mil
habitantes. (No Brasil, há oito armas a cada cem habitantes, e a taxa de homicídios é de 20 por
100 mil).
Mas a afirmação contrária também é possível. Alemanha, Suécia e Áustria têm mais 30 armas
de fogo por cem habitantes – e taxas baixíssimas de homicídio. Honduras, o país mais violento
do mundo, tem proporcionalmente muito menos armas (seis a cada cem habitantes).
Armar a população resulta em mais violência em um país? O economista Daniel Cerqueira,
como mostrou a VEJA desta semana, concluiu que cada ponto percentual de aumento do
número de armas de fogo resulta num crescimento de 2% do número de vítimas."

RESPONDER

Arnaldo 06/03/2017 19:57

The fuck?! A taxa de armas per capita em Honduras é das menores do mundo, menor
inclusive que a do Brasil.

Há 6,2 armas para cada 100 residentes em Honduras. No Brasil, esse valor é de 8. Ou
seja, os brasileiros são 29% mais armados que os hondurenhos!

en.wikipedia.org/wiki/Estimated_number_of_guns_per_capita_by_country#List_of_co
untries_by_estimated_number_of_guns_per_capita

Nos EUA, há 112,6 armas para cada 100 habitantes. Na Suíça, 45.

Sobre o Japão, há três coisas interessantes ali:

1) Pra começar, o Japão é uma das sociedades mais homogêneas do mundo. Aliás, é
uma das poucas que ainda é assim. E sempre foi assim. Os japoneses possuem uma
identidade cultural extremamente rígida.

Mais: o Japão foi uma sociedade de castas por milhares de anos. O povo -- os
camponeses, que formavam nada menos que 98% da população -- nuca teve armas.
Nunca houve a mais mínima idéia de democracia no Japão feudal e o povo japonês --
que era dominado por uma aristocracia, por guerreiros e por mercadores; todos eles
representando apenas 2% da população -- nunca considerou a hipótese de se insurgirá
contra seus senhores.

Ou seja, é uma sociedade historicamente formada por pessoas complacentes, ordeiras e


submissas à autoridade. Se uma sociedade é formada por indivíduos ordeiros,
totalmente homogêneos, e cumpridores devotos de qualquer lei (inclusive das ruins) e
com tendências à submissão, dificilmente essa sociedade será violenta. (Você já viu
sequer alguma greve no Japão? Houve violência?)

Dica: comece analisando a composição de uma sociedade e sua evolução.

2) A lei do Japão é esquisita: você não pode ter um .38, mas a compra de rifles e
espingardas é liberada, desde que você se declare caçador ou esportista.
en.wikipedia.org/wiki/Overview_of_gun_laws_by_nation

3) A polícia japonesa, assim como a cingapuriana, têm total liberdade para prender
pessoas sem motivo aparente e torturá-las a rodo (até arrancar uma confissão
incriminadora). Isso é algo bastante desconhecido por aqui, mas muito debatido por lá.

Se o argumento contra o desarmamento é ter uma polícia violente e completamente


irrefreável, será legal ver um esquerdista falando sobre isso.

Japan crime: Why do innocent people confess?

Criminal justice in Japan: Forced to confess


Psicólogo diz que polícia japonesa pratica tortura mental para suspeitos confessarem
crimes

Recentemente, um casal foi inocentado depois de ficar 20 anos na prisão por uma
confissão forjada

"Policiais japoneses têm autorização para torturar em busca de provas", diz brasileira

Eu aceito a tese de que um estado policial violento, totalitário e irrestrito coíbe bastante
a criminalidade (dizem que na Iugoslávia do ditador Tito não havia um único assalto de
rua). A esquerda aceita a tese de ter uma PM ultraviolenta, atuando sem restrições e
com liberdade para obrigar inocentes a confessar crimes que não cometeram? É assim
no Japão.

RESPONDER

Sérgio Augusto Abreu Cruz 23/03/2017 21:19

Parabéns pelo Artigo.


Realmente foi o melhor artigo, jamais publicado em um Site na Web.
Concordo com tudo que foi dito e publicado, em números, gênero e grau, e acrescento mais
ainda. "POVO DESARMADO É POVO SUBJUGADO".
Se os judeus estivessem armados na época da 2ª Grande Guerra Mundial, como estão hoje, o
mané do Hitler não meteria a besta com Eles. Assim é a vida real e hoje estamos a mercê da
bandidagem, que está subjugando o Cidadão de bem e o nosso Governo não faz nada. Mas o
desarmamento no Brasil continua ferrando com todos os brasileiros, fruto da política ditatorial
dos Petralhas cujo interesse principal do desarmamento da população é justamente para fazer o
que quiserem, ou seja, roubar como nos mostra a mídia brasileira, e não haver uma reação
positiva armada da população.
Nosso direitos realmente só existe no papel, pois, não temos nem o direito de defesa e muito
mais em pensar em reagir a defender-nos, transformando-nos num bando de bundões
sequelados pelo cancro da bandidagem e da política oriunda de Fidel Castro. Em todo governo
ditador, a primeira coisa que ele faz é desarmar a população. Isto foi visto agora nos Governos
que antecederam o do Temer. E hoje este Estatudo do Desarmamento é o espelho de uma
politica radical e nefasta à segurança individual do Cidadão de bem. Bolsonaro neles.

RESPONDER

Vandinei Nascimento 29/03/2017 19:22

O que falo para os meus alunos sobre isso,

Primeiro, uma pergunta:

Será que todas aquelas pessoas que ainda não tenham nenhum crime registrado pela polícia, são
cidadãos de bem?

Como eu posso garantir que, o estado dando o direito a posse de armas a todos(as) conseguirá
evitar que,

O "brigão baladeiro" na hora da raiva cometa uma tragédia na saída da balada!

Na briga de trânsito o cidadão estressado não dispare contra o outro!

O colega de turma que, nunca imaginei que ele tivesse esquizofrenia iria disparar contra toda a
turma com a arma do pai ou da mãe!

A mulher que, já sofria com as agressões do Marido, agora vive ainda mais a pressão
psicológica por ter uma arma na sua cabeceira!

As crianças que sabem onde os pais guardam suas armas, e depois um tem que falar, foi uma
brincadeira!

O vizinho que se estressou com som alto durante a madrugada!

Enfim são inúmeras as situações!

Sobre o uso da arma, "modestamente" posso afirmar: mesmo aquela pessoa que nunca
frequentou a escola até aquela que teve o mais alto nível de educação acadêmica está suscetível
ao stress, e nessa hora, para muitos, será o motivo de cometer um crime passional (o primeiro)!

Campanhas desse tipo me faz refletir que a nossa atenção e forças para cobrar do estado
aparatos essenciais para que possamos viver bem, estão focalizados em assuntos que já
deveriam estar superados!

Sobre os bandidos, opa! Se eles estão mandando no meu estado, tenho uma parcela de culpa aí!
Não será somente com armas que inibiremos a propagação de criminosos, afinal um dos
motivos de se propagarem é o fato das armas estarem acessíveis!

Sobre quem fomenta esse tipo de campanha, cuidado! Aquele(a) deputado(a) ou senador(a)
pode ter uma "amizade" muito próxima com alguém ligado a indústria que fabrica tais armas!
Ou até mesmo o cidadão de bem que compartilhou algo dessa campanha não tá nem ai para o
bandido, simplesmente acha bonita armas ou quer de alguma forma usá-la!

E como a democracia é a chave para o entendimento! Respeito quem tem opinião contrária!

E se eu estiver numa turma com crianças ou adolescentes:


Sempre tem aquele que exclama,

- Mas só os bandidos tem o direito de possuir armas, o cidadão de bem, não!


- Então lembram da corrupção? Ela leva desde a falta da merenda na nossa escola até a essa
situação! Entregar uma arma pra tu quando estiver "grande", não vai garantir que terá um
bandido a menos no mundo! É o processo educacional e o cuidado do estado que podem
garantir a paz e o teu bem estar, as armas o caos! Pode parecer falácia, mas para um CIDADÃO
DE BEM, faz sentido!

RESPONDER

Roberto 29/03/2017 19:47

Todas essas situações de "stress" que você citou podem perfeitamente acabar também
em facadas, canivetadas, garrafadas na cabeça, pedradas, ou socos na cara (é bastante
comum uma pessoa morrer em decorrência de um simples soco na cara; ver aqui e,
principalmente, aqui).

Portanto, você criou uma falsa equivalência.

"Campanhas desse tipo me faz [sic] refletir que a nossa atenção e forças para cobrar
do estado aparatos essenciais para que possamos viver bem, estão focalizados em
assuntos que já deveriam estar superados!"

Ininteligível.

"Sobre os bandidos, opa! Se eles estão mandando no meu estado, tenho uma parcela de
culpa aí!"

Você pode ter. Eu não tenho nenhuma. Por favor, me diga qual a minha culpa em haver
"bandidos mandando no seu estado"?

"Não será somente com armas que inibiremos a propagação de criminosos"

Deixe que eu me preocupe com isso. quero saber o seguinte: se um meliante invadir a
minha casa, o que você sugere que eu faça?

"afinal um dos motivos de se propagarem é o fato das armas estarem acessíveis!"

Errado. Um dos motivos de se propagarem é o fato de armas estarem acessíveis para


eles no mercado negro e nenhuma arma estar acessível para o cidadão comum no
mercado legal.

Bandidos proliferam quando sabem que suas potenciais vítimas estão completamente
desarmadas pelo estado.

Beira o cômico você ignorar isso.

"Sobre quem fomenta esse tipo de campanha, cuidado! Aquele(a) deputado(a) ou


senador(a) pode ter uma "amizade" muito próxima com alguém ligado a indústria que
fabrica tais armas!"

Pois então cite nomes e prove que eles estão ligados a este site. Caso contrário, tenha a
hombridade de se retratar.

"Ou até mesmo o cidadão de bem que compartilhou algo dessa campanha não tá nem
ai para o bandido, simplesmente acha bonita armas ou quer de alguma forma usá-la!"

Que campanha?!

"E como a democracia é a chave para o entendimento! Respeito quem tem opinião
contrária!"

Estamos vendo...

"Então lembram da corrupção? Ela leva desde a falta da merenda na nossa escola até
a essa situação! Entregar uma arma pra tu quando estiver "grande", não vai garantir
que terá um bandido a menos no mundo! É o processo educacional e o cuidado do
estado que podem garantir a paz e o teu bem estar, as armas o caos! Pode parecer
falácia, mas para um CIDADÃO DE BEM, faz sentido!"

Acho que sua erva venceu e você não percebeu. Sugiro trocar seu fornecedor.

RESPONDER

Retrucando 29/03/2017 20:23

Deixe que eu me preocupe com isso. quero saber o seguinte: se um


meliante invadir a minha casa, o que você sugere que eu faça?

Os contra armamento nunca respondem essa pergunta e sempre a evitam. Eu


vou responder de acordo com a instrução que a policia passa para a
população:

1. Se der tempo, ligue para a policia, se você der sorte, eles podem passar por
ali antes do bandido conseguir entrar na sua casa.

2. Faça tudo que o bandido manda. Se ele quer seus bens, dê. Se ele quer
estuprar você, deixe. NÃO RESISTA DE FORMA ALGUMA.

3. No dia seguinte, faça um boletim de ocorrência e reze para que seu caso seja
um dos 8% que são resolvidos no Brasil.

Agora eu tenho algumas perguntas também:

1. Se bandidos querem bens, por que não assaltam o congresso nacional? Ali
está reunido várias pessoas milionárias. Enriqueceriam facil! Será que é por
que ali tem seguranças armados que não hesitariam em atirar?

2. Por que não assaltam juizes e deputados quando estão fora do congresso?
Será que é por que os mesmos dispõem de seguranças armados?

3. Por que não atacam carros fortes que transportam valores toda vez que os
mesmos saem da garagem? Será que é por que os guardas estão bem
armados?

Quem prega o desarmamento da população não entende que o bandido, seja o


de colarinho branco ou o comum, é um ser de mentalidade oportunista.
Independente do historico de pobreza (ou não), ele não irá atacar lugares
fortemente armados porque o risco/beneficio é muito alto, e eles são
inteiramente capazes de fazer esse julgamento (caso não o fossem, os lugares
que citei seriam atacados diariamente).

Sabe onde eles atacam? Onde o risco/beneficio é baixo. E adivinha quem


apresenta isso? Sim, uma população desarmada e instruida a não reagir de
forma alguma.

RESPONDER

Retrucando 29/03/2017 20:10

Deixe que eu me preocupe com isso. quero saber o seguinte: se um meliante invadir a
minha casa, o que você sugere que eu faça?

Eles nunca respondem essa pergunta, mas vou responder de acordo com o que a polícia instrue
os cidadãos a fazer.

1. Se der tempo, ligue pra policia. Muito possivelmente eles não chegarão a tempo pra impedir
o assalto devido a velocidade com o qual os bandidos agem.

2. Faça tudo que ele mandar você fazer. Se ele quer seus bens, dê. Se ele quer estuprar você e
sua familia, deixe. NÃO RESISTA DE FORMA ALGUMA.

3. No dia seguinte, faça um boletim de ocorrência e deixe nas mãos do estado. Reze a seu
deus(es) para que o seu caso seja um dos 8% que são resolvidos em todo o Brasil.

RESPONDER

Bronson 29/03/2017 20:21

Você também pode tentar rendê-lo com um livro de sociologia. Ou então tentar
dominá-lo com poesias humanistas. A turma da pombinha jura que funciona...

RESPONDER

Hall 17/06/2017 21:38

Conheço um pai que teve seu filho ferido por um colega com uma faca, será que temos que
restringir facas?
É abissal os argumentos dos desarmamentistas, eles proferem uma coisa totalmente sem nexo
como se todos estivessem armados imediatamente se tornaríamos sociopatas e sairíamos
atirando em tudo pela frente. Eles usam o medo(inexistente) para darem sustentação a sua
argumentação, igual ao Pirulla do youtube ou qualquer outro youtuber famoso com ideais
esquerdistas.

Eu particularmente sou favorável o cidadão obter tudo, desde pistolas até tanques de guerra.
Com isso defendo incansavelmente o slogan "Don't tread on me" com tanques de guerra.

RESPONDER

Esquerda da UF 17/02/2018 02:12

Que artigo falacioso. No Brasil o aumento da taxa de homicídios caiu após o desarmamento.
Fonte: exame.abril.com.br/brasil/o-mapa-dos-assassinatos-no-brasil-nos-ultimos-30-anos/

Vou marcar o trecho para ficar mais claro.

"O estudo revela que, por outro lado, a promulgação do Estatuto do Desarmamento amenizou a
escalada do número de homicídios na última década.

Nos primeiros 23 anos da série histórica, a taxa média de crescimento dos assassinatos era de
8,1% ao ano. A partir de 2004 — quando a lei entrou em vigor — até 2014, a taxa de mortes
por armas de fogo caiu para 2,2% ao ano, de acordo com o estudo.

A estimativa é de que cerca de 133 mil vidas foram poupadas graças às medidas mais rígidas
propostas pelo Estatuto do Desarmamento. "

Mas, provavelmente não irão postar meu comentário. Afinal, os *mentes abertas* deste
instituto aceitam apenas comentários que concordam com o conteúdo apresentado.

RESPONDER

Paul Kersey 17/02/2018 15:51

Ainda bem que foi postado. Afinal, é com mentecaptos do seu tipo que eu me divirto.

A taxa de mortes caiu por causa do estado de São Paulo, que desvirtuou a média. Em
todos os outros estados, as taxas aumentaram.

Pode conferir nas tabelas daqui e daqui

Ou seja, os números nacionais só caíram por causa do estado de São Paulo. Retire o
estado de São Paulo da estatística e a taxa de homicídios em todos os outros estados
explodiu.

Explique essa.
De resto, informe-se melhor, cidadão. São deslizes como esse seu -- que nem se deu ao
trabalho de pesquisar em detalhes os números -- que fazem a festa dos políticos e dos
demagogos.

Por fim, se quiser um artigo específico sobre isso (o qual tenho certeza de que não irá
ler):

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2147

RESPONDER

Sádico 16/03/2018 09:50

Sou 100% a favor do desarmamento da população e da desmilitarização da polícia em países


subdesenvolvidos.

Quanto mais pessoas morrerem, mais a propaganda contra progressistas será fácil.

RESPONDER

Mateus Mazzoco 09/10/2018 18:18

Parabéns Kogos!
Melhor texto sobre armamento que eu já li, com análise objetivista impecável e argumentos
utilitaristas muito bons

RESPONDER

anônimo 26/10/2018 21:14

Acompanho os videos do Kogos. E estão distorcendo o que ele diz. Eu ví um video em que ele
discute com uns caras em que ele defende controle de armas. Ele diz que existe uma catedoria
de pessoas que deve ser impedida de possuir armas: a categoria dos BANDIDOS. Ele vai mais
longe, ele diz na discussão que bandido não pode possuir nem um lápis pois ele é capaz de
furar os olhos de uma pessoa com a ponta do lápis.

E qual é a maneira de evitar que bandidos tenham acesso às armas? Apoiando medidas de gun
control mínimo, que grupos como Brady Campaign defendem como: background checks, teste
psicológico...

Um comerciante de armas não pode vender armas ou até bombas para o Abu Bakr al-Baghdadi
(chefe do Estado Islâmico) e ficar impune.

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política

Paulo Kogos

quinta-feira, 19 mar 2015

"Com o tempo, uma sociedade de cordeiros acabará gerando um governo de lobos"


Bertrand de Jouvenel

As manifestações ocorridas em março de 2015, assim como as de junho de 2013, são uma
das mais ardilosas jogadas do establishment.

E, por establishment, refiro-me ao sistema de escravização em massa conhecido como estado,


e não às suas principais marcas-fantoche, como PT e PSDB. Estes, vale ressaltar, são aliados
formais desde 1993, quando o Foro de São Paulo e o Diálogo Interamericano firmaram
o Pacto de Princeton.
É possível perceber a "estratégia da tesoura" de Lênin em ação: grupos aparentemente
antagônicos, mas ambos estatizantes, ceifam as liberdades individuais agindo como as
lâminas de uma tesoura.

As mesmas pessoas que criticaram pesadamente os protestos de 2013, protagonizados pelo


Movimento Passe Livre e pelo PSTU, tecem elogios esperançosos a respeito das
manifestações de 2015, que contaram com o apoio de líderes tucanos como Aécio Neves.

A população está depositando na própria política e nos mecanismos democráticos suas


esperanças de um futuro melhor. Está implorando por clemência e respeito como um pedinte
faminto.

Estes movimentos — alguns financiadospor grupos de interesse poderosos — demonstram


que o povo brasileiro decaiu do estágio de temor das autoridades estatais para o de respeito a
elas. Falta pouco para o estágio de adoração. É uma derrota para a liberdade.

Um povo livre é aquele que desobedece às autoridades estatais, deplora a profissão


política, ridiculariza a própria política, desafia as instituições estatais e ameaça o estado. O
governo e seus asseclas deveriam ter pavor do povo, que deveria ser rebelde, resistente e
desrespeitar as legislações totalitárias e anti-liberdade criadas por políticos.

Mas as manifestações orquestradas incutem nas pessoas uma cultura de participação política,
de aceitação passiva das nefandas instituições democráticas e de obediência à legislação.

E como dizia Henry David Thoureau: "A desobediência é o verdadeiro pilar da liberdade. Os
obedientes serão escravos."

Ao contrário do que muitos imaginam, quanto mais politicamente ativo é um povo, mais
vulnerável ele se torna ao avanço do estado, pois o ativismo político deixa de ser um fator de
resistência contra a tirania e se torna um catalisador da própria escravidão.

Um povo livre, com fortes instituições informais de livre mercado, é capaz de se alinhar em
torno do interesse de rechaçar a sanha estatal por poder e controle. Mas, ao participar da
política e se tornar politicamente ativo, o povo internaliza as contradições inerentes a essa
atividade criminosa, que consiste na espoliação sistemática de propriedade privada.

Esta violência crônica contra a ação humana, perpetrada pelo estado e catalisada pela
democracia, corrói as estruturas morais e materiais da civilização humana. A aceitação do
privilégio da classe governante de iniciar agressão impunemente gera dissonância cognitiva
nas pessoas, um conflito interno psicológico entre conceitos incompatíveis.

Um indivíduo mentalmente saudável é capaz de apresentar empatia pelo seu semelhante e


repudiar a coerção contra inocentes. Por outro lado, ao participar do processo democrático,
ele passa a clamar por violência contra o próximo. Desta contradição nasce um perigoso
relativismo moral que ameaça a paz e a ordem.

A sujeição da propriedade privada aos caprichos do processo político (socialismo para os


íntimos) perverte os incentivos de mercado e distorce os preços da economia. Desprovidos de
tais parâmetros, os agentes econômicos encontram maiores dificuldades para alocar recursos
escassos de forma eficiente. Estes erros de cálculo econômico se tornam mais intensos à
medida que as decisões econômicas privadas vão sendo substituídas pelas decisões políticas
coletivas. E, quando os recursos escassos são coletivizados, ocorre a chamada tragédia dos
comuns: a deterioração potencializada pela demanda ilimitada e custos socializados.

A internalização do crime político gera cizânia e conflitos artificiais de interesse no âmbito


particular, impedindo a confluência dos sentimentos de resistência popular contra o governo.

O único alinhamento que existirá será a demanda por mais poderes para o estado.

As pessoas que deveriam estar trabalhando honestamente e cooperando via mercado pedirão
que a quadrilha estatal regule e espolie seu fornecedor, seu cliente, seu concorrente, e até sua
família. Instituições voluntárias, valores culturais, hierarquias naturais (não-impostas) e
arranjos espontâneos são nulificadas no turbilhão daquilo que René Girard chamou de "crise
de posição" (crisis of degree, numa tradução livre), em que "formas associativas são
dissolvidas ou se tornam antagonistas; todos os valores, espirituais ou materiais, perecem".

Este é o efeito descivilizatório da política, um eufemismo para violência sistemática. A


participação política é quando o povo ataca aqueles que um dia amaram. A política não corrói
apenas o capital, mas também a alma.

É improvável que a consideração destes terríveis efeitos influencie o comportamento das


multidões mobilizadas — afinal, como disse Gustave Le Bon, "em massas, é a estupidez, não
a inteligência, que é acumulada."

Como se isso não bastasse, os protestos não atacam o problema real. Apenas enterram
soluções reais, como o separatismo. Funcionam como um escudo do mal, protegendo o
unionismo, a tributação e o atentado às liberdades civis ao canalizar o descontentamento
popular contra falsos problemas, como a corrupção.

O povo está pedindo o fim do desvio de verba estatal, e não o fim do poder do governo
de gerar inflação, cobrar impostos, regular a economia e impedir interações voluntárias. O
estado existe apenas para nos roubar. Pedir o fim da corrupção estatal é uma quimera e
significará aumentar o controle sobre atividades privadas, não deixando espaço para
escaparmos aos ditames criminosos da legislação. Significará a criação de movimentos
populares tais como os Guardas Vermelhos de Lênin, que nulificarão qualquer autonomia
local em prol de arranjos administrativos análogos aos sovietes. Significará um estado
policial totalitário corroborado por informantes, espiões e "fiscais do Sarney" que agirão no
coração das famílias e comunidades locais.

"Democracia! Estado de direito! Representação! Igualdade!" — essas são as palavras de


ordem comuns a todas as manifestações. Quimeras pelas quais a turba é capaz de sacrificar a
própria liberdade. Seja um black bloc quebrando propriedade privada, seja o "coxinha"
batendo panela na sacada do apartamento, nenhum deles sabe definir pelo que está
protestando. A massa se torna cada vez mais homogênea e indistinguível. Fácil de controlar.
Ao gosto do establishment.

A natureza dos protestos de março de 2015 não apenas foi pacífica, mas também passiva. É a
normalização do controle social, que Michel Foucault chama de "poder disciplinador". O
povo se acostumou a ser controlado e não mais se indigna diante da injustiça tirânica.

Se as manifestações fossem espontâneas, refletindo assim os sentimentos que afloram quando


um indivíduo reflete moralmente e tenta proteger sua família, o resultado seria uma efetiva
onda de desobediência civil, sonegação em massa e boicotes ao estado. Isso não acontecerá
enquanto houver a sujeição ao status quo, sujeição essa que impede que ocorra qualquer
movimento de grande magnitude que se desenvolva de baixo para cima.

A grande maioria das pessoas que lá estavam nas passeatas de março é formada por pessoas
boas, honestas, trabalhadoras, que foram enganadas e manipuladas.

Mas os articuladores do movimento são traidores. Não traidores da Pátria (eu não me importo
com a Pátria); são traidores do povo. Traidores dos seres humanos escravizados em nome
dessa abstração chamada Brasil, a serviço desse súcubo maligno chamado democracia.

Tarifa zero, liberdade zero, injustiça máxima

filosofia

Paulo Kogos

quarta-feira, 25 fev 2015

Você quer agressão estatal ou liberdade individual?


"Amanhece no Brasil. Quais liberdades o governo nos tirará hoje?"

Esta pergunta, adaptada de uma propaganda americana, nem sempre tem uma
resposta óbvia. A eliminação diária das nossas liberdades pelo governo é certa
como o nascer do sol, mas a maneira de fazê-lo pode ser tão sutil e ardilosa, que a
maioria das vítimas não conseguirá nem sequer correlacioná-la a essa perda.

Em outras palavras, alguns atos do governo subtraem nossas liberdades de maneira


menos aparente do que outros. O valor dessa estratégia repousa na ignorância
econômica da população e permite ao governo expandir seu poder com uma
mínima perda de capital político. Ou até mesmo com ganho.

É o modus operandi do populismo: angariar apoio das mesmas pessoas que são
diretamente agredidas por uma medida estatal, explorando sua desinformação. O
governo se alimenta da mentira.

Um gritante exemplo de medida populista é a PL 1/2015, sancionada pelo


governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. Esta legislação concede
isenção de tarifas no metrô, nos trens operados pela CPTM e nos ônibus da EMTU
aos estudantes da rede pública e da rede privada que comprovarem baixa renda.

Os responsáveis por esta medida a anunciam como a bem-aventurança dos


estudantes, uma vitória para a educação e a salvação da juventude paulista.

Esta falsa soteriologia laica, que insinua ao povo que o governo é capaz de salvá-
lo, é uma das principais características do populismo, conforme nos explica o
politólogo francês Pierre-André Taguieffem L'Illusion populiste: de l'archaïque
au médiatique (A Ilusão Populista: do arcaico ao midiático):

A combinação do populismo-retórico com o populismo-legitimação carismática


encarna-se na figura do demagogo ou do tribuno do povo, personagem que é, ao
mesmo tempo, expressão, guia e salvador do povo, e que se apresenta como
homem providencial e realizador de milagres — ou de um porvir maravilhoso.

O demagogo em questão é Geraldo Alckmin e ele está tirando a liberdade dos


paulistas. E, não se preocupem, isso rapidamente vai se espalhar para outros
estados.

À luz da sólida ciência econômica, pode-se contemplar com horror alguns dos
possíveis e nefandos efeitos sócio-econômicos dessa imposição.

1) Injustiça social

Os custos de operação dos sistemas de transporte não podem ser alterados por uma
canetada mágica dos burocratas — logo, terão de ser cobertos pelos usuários que
não gozam da isenção.

Os preços das tarifas aumentarão para todas essas pessoas.

Teremos, portanto, a bizarra situação em que um operário, um aposentado, uma


empregada doméstica ou um desempregado terão de arcar com os custos da
passagem de um rico estudante de medicina da USP, que prefere o ônibus ao carro
para poder jogar Candy Crush no trajeto.

Se um militante marxista quisesse escrever um libelo sobre uma distopia elitista


"da direita neoliberal" (SIC), talvez lhe faltasse imaginação para conceber tal
cenário.

Lembremos também que os preços das tarifas aumentarão muito mais do que
qualquer pessoa poderia prever. O motivo é que, com a tarifa zero, a demanda dos
estudantes por transporte público crescerá desenfreadamente, aumentando
também os custos de operação. Este aumento de despesas será repassado às
faxineiras e auxiliares de escritório.

Há também aquele idoso que pega o ônibus para fazer hemodiálise, e aquela
costureira grávida de 6 meses, com dois empregos pra sustentar os outros 4
filhos. A bengala e a barriga serão obrigadas a disputar espaço com as hordas de
mochilas dos estudantes, na sua nova modalidade de rolezinho motorizado. Talvez
eu não precise mencionar as carteiras de estudante falsificadas ou os assaltos para
roubar as verdadeiras.

2) Distorção do setor educacional

Adiar o ingresso no mercado de trabalho possui custos de oportunidade para um


indivíduo. Mas com o privilégio da isenção nos transportes, eles serão mitigados
à custa dos trabalhadores. Os alunos terão incentivos para prorrogar o tempo de
formação, aumentando os custos do ensino. Os estudantes cursarão menos
disciplinas por semestre e terão maiores índices de reprovação.

Haverá ainda aqueles que se matricularão nas faculdades públicas apenas para
gozarem da tarifa zero. Ou pior: aqueles que ingressarão em escolas privadas
diversas todo semestre, não pagando uma mensalidade sequer.

É inegável que haverá um aumento artificial da demanda por matrículas. Nas


escolas privadas, o resultado será o encarecimento das mensalidades e a redução
da oferta de bolsas. O impacto financeiro sobre os pobres será devastador. Nas
escolas públicas haverá aumento artificial da concorrência por vagas, prejudicando
aqueles que realmente estavam em busca do diploma para poder trabalhar.

3) Diminuição da prosperidade

A legislação imposta por Alckmin impõe ao próprio governo a necessidade de


implementar mecanismos de controle. Será necessário verificar quem é estudante,
quem está na rede pública e quem possui baixa renda. Este aparato possui custos,
que serão arcados por todos os pagadores de tributos.

Como se isso não bastasse, a necessidade de comprovar baixa renda para os alunos
da rede privada alimenta o banco de dados da receita. Isto não só diminui a
privacidade financeira das famílias em questão, como aumenta a capacidade do
fisco de cobrar tributos.

O setor produtivo da sociedade, que é o setor privado, será ainda mais espoliado
pelo setor parasitário, que é o setor público. Com uma maior extração de
impostos, haverá menos acúmulo de capital e menos incentivos ao trabalho
honesto. A perda de produtividade resultante será refletida em menores salários e
aumento de preços. O padrão de vida da população cairá (ou deixará de aumentar).

4) Expansão do leviatã estatal

Este é, invariavelmente, o objetivo de todas as políticas públicas. Por conivência


dos governados iludidos, os governantes costumam ser muito bem sucedidos em
cumpri-lo.

Por mais deslumbrante que sejam os discursos, é a concentração de poder o grande


incentivo dos membros do estado. Como nos lembra o dramaturgo Friedrich
Dürrenmatt: "as ideologias são desculpas para nos aferrarmos ao poder ou
pretextos para nos apoderarmos dele".

A tarifa zero para estudantes possui um apelo populista inerente. Alheios aos
efeitos acima expostos e doutrinados pelo próprio ensino público que lhes confere
isenção, os estudantes idolatrarão ainda mais o governo. E não se trata apenas de
venerar o PSDB, mas a própria instituição do estado.

Assumindo que H.L. Mencken estava correto ao afirmar que um homem decente
envergonha-se do governo sob o qual vive, teremos uma diminuição da decência.

O atual governo estadual gozará não só da formação de um curral eleitoral


favorável dentre os estudantes, mas principalmente dentre os oligopólios que
controlam a emissão de carteirinhas estudantis, e que terão lucros exorbitantes. A
medida de Alckmin não deixa de ser, portanto, um suborno político.

A legislação aumenta também o controle estatal sobre o setor de


transportes. Valendo-se da mesma retórica demagógica utilizada para sancionar a
medida, o governo irá impedir uma hipotética privatização do transporte coletivo.

Conclusão

Desestatizar completamente o setor e privatizá-lo — refiro-me a torná-lo sujeito à


livre concorrência e não ao atual regime fascista de concessões, que apenas entrega
um monopólio a empresas privadas e as protege de qualquer concorrência — é a
única solução ética, funcional e eficiente para o problema do deslocamento de
pessoas.
O transporte urbano é um serviço escasso, sujeito às mesmas leis econômicas que
vigoram no resto do Universo. Portanto, deve ser provido pelos empreendedores
no livre mercado e não por burocratas e seus asseclas corporativistas.

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A moralidade da descriminalização das drogas

direito

Paulo Kogos

quinta-feira, 19 fev 2015

Somos donos do nosso corpo. A soberania do indivíduo sobre o próprio organismo


lhe dá o direito de nele introduzir quaisquer substâncias (inclui drogas) que
desejar. Se o estado limitar esta liberdade, ele estará se apossando indevidamente
do corpo das pessoas, violando a mais sacrossanta propriedade privada
O jurista Lysander Spooner distingue vício de crime. No primeiro, um homem
prejudica apenas a si próprio, ao passo que, no segundo, ele vitima o próximo.
Usar drogas não agride outrem. Logo, não pode ser considerado um crime. Pode
levar à ruína pessoal, mas uma pessoa não é verdadeiramente livre sem a liberdade
de errar.

Atender à demanda do consumidor voluntário produzindo e vendendo algo que


não causa danos a terceiros não é uma agressão. É isso que um vendedor de drogas
faz.

Afirmar que um comerciante de ecstasy está agredindo uma pessoa que


voluntariamente lhe procura e pede o fornecimento de seu produto faz tanto sentido
quanto afirmar que a AmBev agride alcoólatras.

Impedir o livre comércio de drogas, por outro lado, gera guerras e leva à chacina
de inocentes. Os mercados proibidos ou fortemente regulamentados são
infestados de ofertantes inescrupulosos e violentos.

Empiricamente, já deveria estar mais do que óbvio que a violência anda de mãos
dadas com os mercados que sofrem de ampla proibição estatal. Traficantes de
drogas não são (completamente) imprudentes; eles operam pelo dinheiro. Para
compensar o alto risco de se operar em um mercado que foi proibido pelo estado,
os retornos monetários do comércio de drogas têm de ser astronômicos. Por isso,
o benefício de se ganhar uma fatia de mercado no comércio de drogas é
enorme. Cada novo cliente pode significar um lucro extra de milhares de dólares
por mês.

Consequentemente, para os traficantes, faz sentido ficar rondando portas de escola,


vendendo seus produtos para adolescentes, ou até mesmo dando amostras grátis
para novatos. Ao passo que você nunca vê representantes da Kellogg's vendendo
caixas avulsas de Sucrilhos para as crianças, pois o cliente adicional não compensa
o custo, para um traficante tal estratégia faz perfeito sentido. Conquistar novos
clientes, nem que seja apenas um, é algo muito mais valioso e lucrativo para quem
opera nas indústrias proibidas do que para quem opera no setor livre.

É por isso que matar um rival — e com isso ganhar acesso a seus clientes — é
muito mais lucrativo nos setores proibidos. As disputas territoriais de gangues
rivais que ocorrem atualmente nas grandes cidades são decorrência da proibição
das drogas. Essas disputas não ocorrem, como pensam alguns, porque o comércio
de cocaína seja algo intrinsecamente "louco" ou "insensato".

A repressão estatal elimina os produtores comuns, fazendo os preços dispararem.


O aumento do potencial de lucro atrai pessoas com habilidades criminosas e
dispostas a tudo para ampliar sua fatia de mercado.

Quando o estado ameaça prender os produtores de um determinado bem, ele acaba


alterando os incentivos de mercado, de modo que a violência passa a ser muito
mais lucrativa para essa indústria. Consequentemente, aquelas pessoas que têm
predisposição para ser assassinas cruéis ganham um incentivo adicional com a
política de ilegalidade de certos mercados, o que permite que elas prosperem e se
tornem muito ricas em uma sociedade cujas leis antidrogas são rigorosas.

A indústria impedida é então dominada por quadrilhas, e a inevitável


consequência são os conflitos armados entre os concorrentes. A criminalidade vai
se alastrando por toda a sociedade.

Logo, as leis antidrogas acabam por fazer com que sociopatas possam ganhar
milhões por ano vendendo drogas — sendo que com esse dinheiro ele agora poderá
comprar armas automáticas, contratar capangas, subornar policiais e se tornar o rei
das ruas.

Com a Lei Seca (1920 — 1933), quando a produção e a venda de bebida alcoólica
foram banidas nos EUA, homicídios dispararam. Em 1929, a máfia de Al
Capone metralhou homens do concorrente Bugs Moran em uma disputa por
mercados de álcool em Chicago. Hoje, é inimaginável que a Budweiser mande
explodir a Heineken. Por outro lado, vemos a brutalidade dos narcocartéis no
México, onde há 8 mil homicídios anuais ligados à guerra contra as drogas.

A pobreza aumenta, tanto por culpa dos impostos que financiam o aparato
repressor, quanto pelo menor influxo de investimentos nas áreas tomadas pelo
crime organizado.

Há quem diga que o usuário de drogas sobrecarrega a saúde pública[1]. Tal


argumento abre perigosos precedentes a autoritarismos espartanos, uma vez que o
mesmo poderia ser dito de obesos, fumantes, sedentários, promíscuos, aposentados
e trabalhadores de risco. De qualquer forma, é a descriminalização o que
minimizaria os danos à saúde do usuário e sua propensão ao consumo.

Proibir ou regular causa elevação dos preços e impõe barreiras à entrada, levando
os usuários a buscar alternativas baratas no mercado clandestino. Surgem assim
drogas mais pesadas ou adulteradas, fabricadas sem nenhum parâmetro de
segurança e qualidade. Isso explica as perigosas bebidas misturadas vendidas
durante a Lei Seca.

A metanfetamina, chamada de "cocaína dos pobres", é fruto da proibição da


cocaína, assim como o oxi, que é subproduto do crack (o qual, por sua vez, é
subproduto da cocaína). O "Opium Act" de 1878, por meio do qual os britânicos
regulamentaram o comércio de ópio na China, contribuiu para difundir o vício em
heroína.[2]
O aumento de preços resultante da crescente repressão estatal não inibe o desejo
do viciado, mas exaure os recursos que ele poderia investir no próprio tratamento.
É por isso que nos EUA as mortes por overdose de drogas ilícitas aumentaram
540% entre 1982 e 1996.[3] Foi em 1982 que os militares e a CIA se engajaram
no combate ao tráfico.

Houve uma época em que todas as drogas já eram liberadas. Heroína era vendida
nas farmácias da Belle Époque como antitussígeno alternativo à morfina. Havia
tônicos e analgésicos à base de cocaína ou ópio, mas o vício era raro. O terror que
conhecemos hoje resulta da interferência estatal.

Em um mercado livre e desregulamentado os competidores desenvolveriam drogas


recreativas e medicinais cada vez mais seguras, disputariam certificados de
qualidade de empresas privadas e estariam sujeitos a processos judiciais em caso
de fraude ou defeito. Estes selos privados teriam credibilidade porque estariam
concorrendo no mercado e dependendo de sua reputação para sobreviver. Uma
vida perdida por conta de um produto mal-testado pode significar sua falência.

Quando o estado assume o papel de regulador moral, as instituições que seriam


naturalmente responsáveis pela moralidade se enfraquecem, abrindo mão de suas
funções. O indivíduo se torna menos zeloso e mais dependente, sem falar no apelo
do fruto proibido. A inibição moral do consumo de drogas cabe à família, religião,
cultura, e não aos burocratas.

É temerário delegar escolhas morais ao agente coercitivo estatal, cuja campanha


repressiva apenas aumentou o índice e a gravidade do vício. Nos estados
americanos onde vigorou a Lei Seca, o consumo de ópio era 150% maior que o
dos outros.[4] Na Holanda, a política de "não-aplicação da lei anti-droga"s, que
levou a uma descriminalização de facto da maconha, diminuiu a proporção de
usuários jovens de 28% para 21%.[5]

Onde houver demanda haverá alguém disposto a ofertar, o que reduz as


abordagens definitivas ao problema das drogas a apenas duas: a primeira é a de
Mao Tsé-Tung, que condenou os usuários à morte (nenhum ser humano com um
mínimo de decência apoiaria tal barbárie); a segunda é a total liberação.

___________________________________

Robert Murphy contribuiu para este artigo.

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