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I

volume IV - número 20 - março/abril 1967

diretor responsável
Adalberto Miehe
redator chefe
Alfredo Franke
ÍNDICE
secretário
Fausto P. Chermont
consultores
errg. Tomas Hajnal Secção de som de televisores híbridos com transistores de
eng. Luciano Kliass silício 61
desenhos
Alcldes J. Pereira
Pesquisador de sinais transistorizado 65
revido
Adauto V. B. Conde
publicidade O vidicon 76
Roberto Finatti
fotografias A régua de cálculo 77
Fotolabor Ltda.
clichia
Clicheria Unida S. A. Documentação técnica Semp-Mod. TR-1002-K-L-M 81
lmpmaão
Soe. Benof. S. Camilo
Como ouvir sua música preferida 83
(Dep. Gráf.)
dlalrillulçlo excfuslva
pn todo o Brasil O multivibrador astável 86
Fernando Chinaglia Distribuidora S. A.
R. Teodoro da Silva, 007
Rio de Janeiro Geradores MHD de energia elétrica 87
distribuição em Portugal
e Provfnclas Ultramarinas Freqüência de corte e de transição 91
Centro do Livro Brasileiro Ltda.
R. Rodrigues Sampaio. :»B
Lisboa Interferência de transmissores em TV 96
proprfelários e editôres
ETEGIL
Ed. Técnico-Gráfica Industrial Ltda.
lldaçio 1 administração
R. Sta. lfigênia. I00
Tel. 35·4006 - C. P. 30 869 T6da• - apllcaq6e• aqui de•crlaa•1 utilizam mate-
rial• fAcilmente encontrado• no mercado nacional.
São Paulo • Brasil Os artigos assinados sao de exclusiva responsabilidade de seus
autores. É vedada a reproduçao dos textos e das llustracoes
publicados nesta revista, salvo mediante autorlzaçao por escri-
PREÇOS to da redaçao.
EXEMPLAR AVULSO NCr $ 0,85
ASSINATURA 1 ANO
.REGISTRADA NCr $ 4,1 o
AÉREA REGISTRADA NCr $ 6,1 o A crescente complexidade dos circuitos eletrO·
nicos de aplicação profissional exige, para as ·
ASSINATURA 2 ANOS
operações de manutenção, instrumental cada
REGISTRADA NCr $ 7,60 vez mal~; especializado, como o osciloSCÓpio.
AÉREA REGISTRADA NCr $ 11 .60 Mostramos na capa, um nOvo modêlo, total-
mente transistorizado, o Oscllla:rzet 05T, da
As assinaturas deverão ser enviadas para Siemens (Alemanha).
ETEGIL • C.P. 30 869 • S. Paulo
SECCÃO OE SOM
OE TELEVISORES HfBRIOOS
COM TRANSISTORES OE SilÍCIO
Eng.• Nelson Zuanella

O artigo descreve dois circuitos para a sec- BF134


ção de som de televisores híbridos : um dê-
les destinado a aparelhos alimentados por Tensão base-coletor (emissor aberto>
+ B de 240V e o outro para portáteis com VCBO = máx . 30V
+ B de 130V. Tensão base-emissor (base aberta)
Ambos utilizam transistores de silício BF . VcEo = mãx . 20V
184 (amplificador-limitador da 2.• FI de som J Corrente de pico de coletor
e BC107 (pré-áuaioJ, além de diodos de ger- I cM max . 30mA
mânio 20A79 no discriminador. Para o recep- Dissipação máxima total (até 4S•C)
tor de 240V utilizou-se a secção pentodo de Ptot = máx . 145nJ.W
uma válvula ECL82 como saída de áudio, fun-
ção essa desempenhada por um pentodo HL92 Temperatura da junção
no circuito destmado aos portáteis; no pri- T; = máx . 17S•C
meiro caso, a secçao triodo poderá ser uti- BC 107
lizada, por exemplO, para o CAG gati!hado . VCEO m:ix . 45V BC 107
!CM = máx . 100 mA
INTRODUÇÃO Ptot máx . 300 mw (até 25"C)
T; = máx . 17s•c
Um dos problemas maiores encontrados na
hibridização dos receptores foi a Iocalizacão AMPLIFICADOR-LIMITADOR DE 4,5MHz
dos estágios transistoriZados, cujo desempenho
está estreitamente ligado à temperatura de Sendo um estágio de muito baixa potência,
trabalho, temperatura essa que pode resultar ú projeto do mesmo com o BF184 não traz
bastante alta em televisores . Em alguns ca- problemas quanto à dissipação, e é orientad0
sos. mesmo tendo .!.ido otimists essa locali- no sentido de otimizar-se ó desempenho do
zação, a temperatura do locai já era sufi- conjunto amplificador-detetor nuanto à sen-
cientemente elevada a ponto de impedir um sibilid&de, à faixa de passagem, às caracterís-
desempenho satisfatório. ticas de limitação .
O advento dos transistores de silício ali- Estas últimas dependem essencialmente do
viou, em parte. o problema: a maior tempe- VcE de trabalho do transistor . Assim, polari-
ratura de junção permissível, em relação aos zou-se o mesmo de modo a resultarem, para
transistores de gennânio, possibilita uma VcE valôres suficientemente baixos para boas
maior "folga" no projeto do circuito, e ·o de- caracteristicas de limitação e sensibilidada
sempenho finai requerido pode, normalmente, aceitável.
ser alcançado, em casos onde tal não aconte- Para que o desempenho fôssJ pràticamente
cerá com os elementos de germânio . independente do ganho de corrente ( h21e) par-
Os transistores aqui utilizados são o BF184, ticular do transistor e dos valôres reais dos
como amplificador-limitador da 2a . FI de som componentes utilizados (tolerância de resisto-
(4,5 MHz), e o BC107, como pré--amplificador res), empregou-se uma configuração ineren-
de áudio. temente estável: no circuito de coletor está
presente apenas a carga para RF, enquanto
· São as seguintes as caracteristicas essen- que no de emissor está pràticamente tOda a
ciais dêsses elementos: carga CC. ·

MARÇO/ ABRIL - 1967 lj],


Para ambos os circuitos apresentados, tes- torção, para as condições extremas de pola-
tes efetuados com resistores com valôres ex- rização (.resistores) e de h21e .
tremos da faixa de tolerância levaram a re - Assim, os valôres extremos de VCE resultan-
f>Ultados essencialmente constantes; o mesmo tes são tais que a excursão necessária é sem-
resultou com a utilização de transi ~tores com pre possível, sem saturação e sem que o
h21e nos limites da faixa de espalhamento. máximo valor da tensão coletor-emissor seja
ultrapassada . Esta, aliás, não será ultrapas-
sada nem no caso de interrupção do circuito
DETETOR de base, devido ao divisor resistivo de coletor
A alimentação do estágio é feita através da
Utilizaram-se, nos dois casos, discriminado- tensão, já filtrada, de alimentação da grade
res convencionais do tipo détetor de relação, auxiliar do pentodo de saída.
com o par casado de diodos de germânio
20A79 . RESULTADOS
PRÉ-AMPLIFICADOR DE AUDIO a) Circuito · A
t:sse circuito é destinado a televisores com
Também nesse caso não há problemas de +B de 240V . A alimentação do amplificador
dissipação, e o estágio foi projetado para que de 4,5 MHz é feita com 180V, que é, normal-
a necessária excursão de tensão de coletor mente, a tensão de alimentação do amplifi-
(da ordem de 15V pico-a-pico, para excitaçã:> cador de FI de vídeo dêsses receptores .
total da válvula de saída) se fizesse, sem dis- Suas características são:
1- Amplificador de FI e detetor .
Desempenho: faixa linear : 240 kHz
separação de picos: 340 kHz
sensibilidade : 6 mVet
saída de áudio (30%) : 90 mVet
rejeição de AM : maior que 20 dB no limiar de limitação
limitação: inicia-se para sinais da ordem de 90 m V ct
na base do transistor .
(60mVet no detetor de vídeo, para o ganho
usual de 30 vêzes do amplificador de vídeo)
Características CC : lc== 5,3 mA ·
(BFI84) VCE= 4,1 v (3,4-4,8 V) •

2- Pré-amplificador de áudio:

O circuito utiliza um divíwr de tensão no


coletor, para que a tensão VcE não ultrapas-se
o máximo absoluto ( 45 V) na condição mais
desfavorável (transistor não conduzindo). Nes-
sas condições, essa tensão é de 40 V.

Características CC : Ic 1 mA
; VCE 21 V (15-25 V)*
+f80V

I
I ...
I~ \.>">

'"'
I~
8Cf07
Placa
I
do amplif I
d~ ~idtiO I

"ycl-'..-u-...-~
I
I

ii,JpFt ~------ --~ ECk82


I
I v,
I
I
I

Fig. 1 - Diagrama esquemll.tico do cin:uüo •••.

• Os valores entre parênteses indicam a variação de Vce quando os resistores de polarização . _ as ·'la-
Iores extremos.

62
~ Saída de áudio.
Desempenho: máxima potência de 1,9 W ( 10% dist . )
saída: 140---7400 Hz(-3dB)
resposta - (1W): 10 mVet/1 W
sensibilidade (pré+saída):
v. = 240 v
Características CC (pentodo) sem sinal: Ia ·- 22 mA
Wa 5,2 W
Vg2 210 V
Wg2 = 1,2 W
b) Circuito B

Foi desenvolvido para televisores portáteis, com alimentação de 130V.


Suas características são :
1- Ampli!icador de FI e detetor
Desempenho : faixa linear: 240 kHz
separação de picos: 340 kHz
sensibilidade: 5,5 mVet
saida áudio <30%) : 85 mVet
rejeição de AM: maior que 20 dB no limiar de limitação.
limitação: inicia-se para sinais da ordem de 70mVet na
base do transistor (60mVet no detetor de ví-
deo para um ganho usual de 22 vêzes do am-
plificador de vídeo nos televisores portáteis) .
Características CC: Ic 4,8 mA
(BF184) VCE = 3,6 V (3,0 - 4,2 V)

,..------------=--=-=:-==---------------?--o+t3v.
;------- !'1_ -------. 20A?9
I
f6u.F

i <,j'
... R~ Cs
J"1c,~
I ~ fOk fO!lF
Placa
Rz
: ~ BCfO?
dt> amplif. 2,7k

w.·. .~~--........-~
~~~ vid~o

3,3pF I
I
Rs
82k

HL92
I
I 8Ff84 ilí
I
I

R!I C4
22k ro.oot

Fig. 2 - Diagrama esquemático do circuito "B" .

2- Pré-amplificador de áudio

Características CC : Ic 1 mA
(BC 107) VCE =
23 V (19 - 26V)
VcE máx = 41 V
~ Saída de áudio
Desempenho: máxima potência de
saída: 1,2 W (lO% dist. )
resposta (lW): 100- 8500 llz (-3dB)
sensibilidade ( oré +saída): 10 mVet/1 W
Características CC, sem sinal: Va = 125 V
Ia = 40mA
CWa ·5 W
•V«2 = 110 V
1<!2 4 mA
Wg2 0,4 W

63
CONCLUSAO BOBINAS E TRANSFORMADORES
Os circuitos apresentados para a secção de Lt 44 espiras de fio AWG n.o 38, esmaltado
som têm dasempenho adequado para cada
tipo de receptor a que se destinam.. Fôrma de 7mm, sem caneca
A baixa dissipação dos transistores em re-
gime permite utilização segura a temperatu- Qo = 80 (f= 4,5 MHz C = 75 pF)
ras bastante altas, dificilmente presentes em Tr1 Primário : 25 espiras, fio n.o 23 esmaltado
um receptor, o que tor.na a localização dos
transistores pouco crítica . Qo = 50 (f= 4,5 MHz C Q:,l 180 pF
Para o estágio de amplificação de FI de-
vem ser tomados os cuidados habituais na Terciário: 12 espiras, fio n.o 33 esmaltado
montagem de estágios de RF: ligações cur- enroladas sôbre o primário
tas, um ponto de massa para a entrada e ou-
tro para a saída, apenas. Secundário : Bifilar 38 espiras (19 + 19),
fio n. 31, esmaltado
0

LISTA DE MATERIAIS Qo = 65 <f= 4,5 MHz, C =


180 pF)
Circuito A Distancia entre primário e secundário : 2mm
Fôrma: d = 7mm, com caneca (referir-se
Rt carvão 180 kQ 1/2 w ao desenho)
& carvão 3,3 kQ 1/2 w
R3 carvão 33 kQ 2 w
Rt carvão 100 kQ 1/2 w
R-õ carvãn 470 kQ 1/2 w
R6 carvão 10 kQ 1/2 w --j 7mm /--
R1 carvão 8,2 kQ 1/2 w
Re carvão 18n kU 1/2 W
Re carvão 8,2 kQ 1/2 w
R to carvão 12 o 1/2 w
Ru carvão 56 l{_Q 1 w
R12 carva.v 3,9 kQ 2 w
-Kt3 carvão ti!SU Q 1/2 w 2mm
_i_
OBS.: tolerância de 10%
-,----
'
POTENCióMETRO Terciário

P1 carvão 10 kQ logarítmico com chave

CAPACITORES 'h2 Willkason 4023 ou EASA 2485

Ct cerâmica 3,3 pF ± 0,25 pF 500 v


c2 cerámica 82 pF ± 10% 500 v
Ca styroflex 560 pF ± 10% 500 v
c4 cerâmica 0,001 f.l.F ± 20% 500 v
Cs styroflex 150 pF ± 10% 125 v
Ce styroflex 180 pF ± 10% 125 v
C1 cerâmica 0,001 f.l.F ± 20% 500 v
Ca eletrolítico 1f) !tF 16 v
c9 cerâmica 0,001 f.l.F ± 20% 500 v
Cto poliester 0,1 · f.LF ± 10% 160 v
Cu eletrolítico 25 11F 6,4 v
C12 eletrolítico 12,5 f.l.F 25 v
cl3 eletrolítico 125 11F 16 v
C14 poliester 0,047 f.l.F ± 10% 160 v
Cts óleo 0,005 f.l.F :i:. 10% 1000 v
C te eletrolítico 16 !J.F 300 v
Cn eletrolítico 100 f.l.F 40 v

V ÃLVULAS E SEMICONDUTORES

T. BF184 DIVERSOS
T? BC107
Yt, Y2 20A79 Alto-falante: 3,2 obms 3 W
V, ECL 82 - pentodo (CoatiDua aa pã,. 101)

64 REviSTA Eu:rRôNI:::.\
f6SQUISAPOt
1>6 SINAIS
TRANSISTOIIZA1>0 uso, mas o seu preço é muito alto para a bol-
sa do técnico ou do estudante, além do que
o seu manuseio não é suficientemente sim-
I. INTRODUÇÃO rles, exigindo um certo trabalho na prepara-
ção do aparelho, conexão das pontas de pro-
A verificação e os testes de aparelhos ele- va e operações inicias de ajuste .
trônicos podem ser procedidos por dois mé- O pesquisador descrito neste artigo é um
todos distintos: aparelho realmente simples, econômico, com-
pletamente transistorizado, e que apresenta
- o método estático, que consiste na me- certas características que convém serem men-
dida de correntes e tensões, na verificação cionadas.
dos valôres de componentes e na realização
de provas de continuidade ou de isolamento; 1.•- Sua sensibilidade é elevada, permi-
- o método dinâmico, que implica na veri- tindo a investigação de sinais tanto em
ficação das condições reais de funcionamen- aparelhos a válvula como nos t.ransis-
to dos diversos estágios do aparêlho . torizados;
Suponhamos, para ilustrar a questão, que 2.•- Sua linearidade possibilita a mertição
se trata de localizar a causa do emudecimen- do ganho dos estágios analisados, bem
to de um receptor de rádio . A medida da ten- como a determinação do valor abso-
são de placa e grade de blindagem das vál- luto da tensão do sinal, substituindo
nJlas amplificadoras, a verificação do valor portanto um milivoltímetro de C . A. ;
dos resistores ou da resistência dos enrola-
mentos dos transformadores, etc . , são provi- 3."- É dotado de um atenuador calibrado
ciências que se enquadram no método estáti- capaz de permitir a medição de am-
co. Os voltímetros, ohmímetros e miliampe- plitude dos sinais de entrada em uma
rimetros, bem como os provadores de válvu- ampla gama de tensões ;
las e transistores são largamente utilizados 4."- É alimentado por meio de pilhas, o
nos serviços dessa natureza .
que lhe confere completa auto-
Utiliza-se o método dinâmico injetandc-se nomia. O consumo de corrente é mui-
um sinal adequado na entrada do receptor, e to baixo, assegurando longa vida útil
prcct• 2·and ~ acompanhar o seu curso através às pilhas .
dos vários estágios do aparelho . Os gerado-
res e pesquisadores tie sinais, o osciloscópio e Todos os componentes empregados na mon··
cutr;:>s instrumentos do gênero são frequen- tagem do pesquisador são fàcilmente encon-
temente empregados em tal sorte de trabalho . trados no comércio especia.ijzado. · A cons-
O pesquisador de sinais descrito no presen- truçiiú do instrumento foi cuidadosamente es-
te artigo é um excelente instrumento destina- tudada, de modo a permitir a sua execução
do ao teste dinâmico de receptores de rádio, por quem não disponha senão das ferramen-
amplificadores, gravadores de fita, etc., per- tas usuais.
mitindo também a verificação do funciona-
::r..ento de microfones, cápsulas fonográficas, II. CIRCUITO E TEORIA DE
cabeças de gravação e alto-falantes . FUNCIONAMENTO
Os pesquisadores de sinais comerciais de
:... procedência, são, fora de dúvida, equipa- O pesquisador de sinais se compõe de duas
IIII!Dtos bastante sensíveis, versáteis no seu partes principais :

IIMço/ABRIL -- :1967 155


a) O Multipesquisador, montado em cai··
~ ..
~
xa metálica e acompanhado por uma ponta
~ ..; de prova simples . (ponta injetora), e que fun-
~
~
I
I
:!! ciona como um analisador de sinais de AF
3! 11:1 i- ou como um gerador de áudio, produzindo en-
r tão um sinal de forma de onda senoidal ou
quase quadrada.
b) A Amplisonda, montaàa como uma pon-
; ta de prova e destinada a operar como am-
o plificadora de RF e detetora e que será ob-
<.;' :1; jeto de um próximo artigo .

III. O MULTIPESUISADOR

a) Fun.:ionando como áudio-anali5ador o


multipesquisador é bàsicamente um amplifi-
cador de AF de três estágios, vendo-se na fig. ·
1 o diagrama geral de seu circuito .
O transistor de saída <TRs) é um OC74 em
montagem emissor comum operando em clas-
se A e fornecendo ao alto-falante uma po-
tência máxima de 50 mW. A polarização e a
estabilização térmica são efetuadas pelos re-
sistores R13, R14, Rt5, R 1 s, e os desacoplamen-
tos realizados por c, e Cs, tende sido os va ·
lôres dos resistores e capacitores escolhidos
de modo a evitar que o circuito sofra os efei-
tos do espalhamento das características do
transistor . O transformador de saída é do ti-
po Willkason 6530 . A estabilidade térmica do
estágio é assegurada até a temperatura am-
biente de ss·c.
A chave CHz permite a comutação do sinal
de saída, quer para o alto-falante <na posi-
ção BM-3,2Q), quer para uma carga resistiva
interna de 5Q (na posição VU-5Q) . Nesta últi-
ma posição, o sinal pode ser medido por um
voltímetro de C . A., ou visualizado em um os-
ciloscópio, utilizando-se o borne de saída cor-
respondente.
O estágio excitador é constituído pelo tran-
sistor TRz, do tipo• OC75, polarizado e estabi-
lizado de conformidade com o princípio de
meia tensão. O acoplamento dêsse estágio com
o de saída se faz por meio do transformador
Tt (Willkason n.• 6509), abandonando a liga-
ção central do secundário . O pré-amplifica-
dor de áudio é também um transistor OC75
(TR1), adotando-se para êsse estágio o mes-
mo processo de polarização e estabihzação
empregado para TRz . O acoplamento do pré-
,..-------
E
-amplificador ao excitador é feito através dos
""! potenciómetros de ajuste Pz e Ps, e dos ca-
pacitares Cs e Ce. O potenciômetro Ps serve
como contrõle de ganho do multipesquisador .
... Pz é ajustado internamente ao se calibrar o
... C)
..... ....~ "'E instrumento. O capacitar C:; e indispensável
::J .... ..;
....~ para evitar o bloqueio de TRz ao se variar a
Q:: "'. "'., posição do contrôle de volume P3 . Sem êle o
... rt~ rt'"~ rt" ....,
...,. potenciai C.C. ao longo de P3 variaria, fa-
I
<J : ....
...,.
"'.. C)
·~ zendo Ce se carregar com valôres diferentE'S
para cada posição do contrõle de volume.
Como a constante de tempo Rn - Cs é ele-
vada 'r& poderia ser bloqueado . P 3 não de-
ve "'er lii!Sdo à massa, a fim de se evitar uma
il realimentaçlo positiva que apareceria sob a
il
~ ~I· il
il ..
{I
Fig. 1 forma de ronco.
<:) ~
.., ~ O sinal de entrada missa por um atenuador
,g
<:: ~ (contrôle de sensibilidade) antes de atingir o
primeiro estágio . ~sse atenuador é comuta-:l:'
66 REVISTA EI.!:TRÕNICA
por uma chave de oito posições, as 7 primei- cionamento do mesmo pode-se escolher uma
ras graduadas de 300 !J.V a 300 V, enquanto a posição do atenuador que ofereça uma impe-
oitava liga o multipesquisador como gerador dância tão alta quanto possível.
de áudio. Observe-se que nas quatro primei-
ras posições o atenuador é do tipo série e nas A chave CHa serve como interruptor, ligan-
três últimas do tipo paralelo. Tal disposição do e desligando o multipesquisador. Acham-
foi adotada com a finalidade de simplificar se incluídos em seu circuito dois bomes ( assi-
a comutação e de permitir o emprêgo de re- nalados por 6V, fig. 2). Estando o instru-
sistores fàcilmente encontráveis no comércio . mento desligado, o bome superior fica ao
Além disso, consegue-se ter uma impedância potencial de - 6V das pilhas internas; ao se
de entrada vaTiável nas posições de 300!J.V, a ligar o interruptor, é o borne inferior que fi-
300 mV, e pràticamente constante <3,3 MQ) ca ao referido potencial. Êsse arranjo possi-
nas posições de 3 a 300 V. bilita a utilização das pilhas do multipesqui-
sador para alimentar o aparelho que estiver
Êste fato permite grande flexibilidade no sob teste (ao se suspeitar, por exemplo, do
uso do pesquisador, podendo-se escolher a po- estado das pilhas dêsse aparelho), bem como
sição da chave que ofereça a resistência ade- a alimentação do próprio pesquisador por uma
quada para carregar o circuito sob teste. fonte externa de 6V, para o que basta intro-
duzir-se essa tensão no borne inferior - 6V,
Desejando-se, por exemplo, testar uma cáp- deixando-se a chave CH3 na posição desli-
sula ele relutância variável, comuta-se a cha- gada .
ve do atenuador para a posição 3 mV, condi-
ção em que a carga oferecida pelo multipes- b) ·Funcionando como gerador de áudio
quisador, é de 33 kQ, valor próximo do espe- o multipesquisador opera como um multivibra-
cificado pelo fabricante . Mesmo que a ten- dcr. Ao se passar a chave do atenuador para
são de entrada chegasse até 300 mV, não ha- a últinw. poi;ição, no sentido anti.~horâ;ri.o,
veria perigo de sobrecarga porque o primeiro provoca-se uma realimentação positiva do
estágio é capaz de amplificar, sem aumento de emissor de TR3 para a base de TR1. A relação de
distorção, valôres de tensão até 100 vêzes maio- fase correta será obtida seguindo-se as liga-
res que os especificados no atenuador. De- ções dos transformadores indicadas no dia-
sejando-se não modificar a carga de um cir- grama do circuito. De modo geral, caso não
cuito, para não alterar as condições de fun- h&.ja oscilações, é suficiente inverter as liga-

ENTRADAS 6V

Fig. 2

I ABRIL -- 1967 ô7
ções de um dos enrolamentos de T1 . O ga-
nho continua sendo controlado por P 3 , e se
ê::;se potenciómetro estiver suficientemente
aberto, de modo a assegurar que o fator de
realimentação positiva atinja o valor neces-
sário para o circuito oscilar, o multipesqui-
sador passa a funcionar como um gerador de
AF, produzindo um sinal senoidal. Abrindo-s'3
niais o contróle de ganho, o amplificador co-
meça a ficar saturado, cortando os picos do
sinal senoidal. Obtem-se, dessa maneira, um
sinal de áudio de forma de onda aproximada-
mente quadrada.
A frequência das oscilações de AF é deter-
minada pelos valóres de Ca e Rg e pela impe-
dância de entrada de Tik Com os compo-
nentes empregados no protótipo, obteve-se um
sinal senoidal de 1200 Hz, e uma onda qua-
drada de 420 Hz. Com a chave CH2 na posição
BM -3,2Q pode-se ouvir no alto-falante o som
dessas oscilações . Não é difícil, na falta de
um osciloscópio, distinguir-se entre os sinais
de forma senoidal ou quadrada, pois ambo5
diferem não sômente pela frequência funda-
mental, como principalmente pelo timbre . 1. Construção
Passando-se a chave CH2 para a posição
VU-5Q, o sinal de áudio pode ser obtido no Como se pode ver na fig . 3, o multipesqui-
borne correspondente, para ser injetado no sador é constituído das seguintes partes :
circuito em teste .
A impedância interna do multipesquisador, - Caixa metálica, com alça;
operando como gerador de áudio, é bastanre - Painel frontal;
baixa de ordem de 5Q, de modo que sua ten- - Chapa frorital ;
são de saída e pràticamente constante sob con- - Chapa de fenolite;
dições diverms de carga não sendo quase afe- - Tampa traseira .
tada, ainda que a impedância do circuito em Alérr.. dessas partes, há ainda uma pequena
teste decresça até cêrca de 22Q. O sinal é leva- chapa de blindagem, o radiador e a ponta in-
do para o circuito em teste por meio de uma jetora, esta última mostrada na fig . 5. A cha-
ponta injetora (fig. 5) na qual foi colocado in-
tencionalmente um capacitar em série de 0,15 pa frontal (perfurada) é fixada a duas can-
!~F x 400 V que além de proporcionar iso- toneiras (mostrada no detalhe ao alto e à es-
lamento nara C C., oferece uma certa atenua- querda, na fig . 3) por meio dos parafusos de
ção, tanto maior quanto menor fór o valor fixação do alto-falante .
da parte resistiva e da parte indutiva da car- Os tornes de entrada, de saída e <le alimen-
ga . Isto é particularmente útil quando fo- tação, as chaves CH1, CH2 e CHa, o potenció-
rem testados circuitos de base de transisto- metro Pa e a tomada coaxial de entrada são
res com baixa resistência de entrada, evitan- fixados à chapa frontal, à qual é justaposto
do nu e se ultrapasse as tensões limites . Se o o painel por meio das porcas do potencióme-
sinal de onda quadrada fór injetado em uma tro de contrôle de ganho CPa) e da chave do
bobina ou circuito rAssonante de RF ou Ft, atenuador ( contrôle de sensibilidade). A dis-
os degraus de subida e descida do sinal pro- posição dos componentes, chapa frontal e pai-
vocarão oscilações amortecidas que servirão nel é mostrada na fig . 3 e 4.
como um rer.urso expedito para um exame
rápido de tais componentes ou circuitos. A colocação do radiador deve ser feita co-
mo se indica no detalhe embaixo e à direita
da fig . 3 usando-se parafusos de cabeça có-
IV . CONSTRUÇÃO DO PESUISADOR nica . A cabeça dêsses parafusos se aloja em
orifícios escariados da chapa frontal de mo-
As dimensões reduzidas dos componentes do a não deixar nenhuma protuberância que
empregados na montagem do pesquisador de dificulte a justaposição do painel frontal.
sinais permite uma construção leve e com- A chapa de feno li te, sóbre a qual se encon-
pacta . O montador experiente não terá difi- tra montada a maioria dos componentes do
culdade em escolher a disposicão geral e o multipesquisador é fixada à aba posterior do
modo de construção que se.i a de seu agrado radiador, usando-se como separador uma
ou conveniência. Como sugestão para essa porca (ver o detalhe na fig. 3) . O transist.or
categoria de montadores. e como orientação OC74, colocado em sua aleta de refrigeração
para os menos experimentados, fornecemos é fixado a essa mesma aba . do radiador. O
no presente ítem uma descrição pormenoriza- conjunto formado pela chapa frontal . painel
da e bem ilustrada do nrocesso empregado na e chapa de fenolite é introduzido pe!a parte
construção de nosso protótipo . trazeira da caixa e aparafusado por meio õe

68
6
· -~

Caixa metálico

Í Chapo de fenoli te
\x6 M (2x) //Arruela

-i=r------1 --· ·t- 9--:-


Chapa frontal

Fia. 3
-' . \1{ -~
·~-- ----=f'"r -
(2x)3x6M_j
Monfr:lgem dos tronshrmadores, chapa de feno/ile e radiador
na chapa fronfr:ll.

·. i
quatro parafusos auto-atarrachantes (rÔsca sensibilidade, devido ao ganho extremamente
soberba). elevado. O porta pilhas não foi indicado no
A tampa traseira é aparafusada à caixa me- chapeado ficando a critério do leitor. Pode
Wica por outros quatro parafusos do mes- ser usado qualquer tipo de pilha.
mo tipo. Os bornes são todos de cabeça rosqueada
do tipo que permite simultâneamente a cone~
A montagem dos componentes na chapa xão com pinos "banana" e a inserção de fios
de fenolite é procedida ante~ dJ. flxação des- ou cabinhos . Para facilitar a identificação fo-
sa peça ao conjunto principal, e obedece à ram utilizad~s bornes coloridos: pretOs para
técnica de circuitos semi-impressos: os tran- o pólo negativo, vermelhos para o positivo e
&istores, capacitares, resistores e outros l;lrancos ou outra côr para os pólos vivos nas
componentes são montados em uma placa de saídas e na entrada . Em paralelo com o 'bor-
feno lite na qual se colocam vários ilhoses . A ne branco de entrada foi interligada uma to-
disposição pode obedecer a uma distribuição n;ada coaxial de toca-disco para ligação rá-
irregular, determinada pela posição e dimen- pida de dispositivos equipados com o pino
são dos componentes, ou pode ser procedida correspondente .
de forma regular, quadriculando-se a placa e
colocando-se um ilhós em cada intersecção. . (! te~minal positivo do conjunto das pilhas
O primeiro método é, as vêzes, mais conve- e _llgaao à ~assa em um único ponto, na jun-
niente, embora exija uma previsão muito çao do emissor de TR, com a massa do ate-
cuidadosa da disposição de todos os compo- nuador. A caixa metálica se converte, dessa
nentes pela superfície de placa. A localiza- maJ:?-eira, em eficiente blindagem externa, im-
ção dos componentes (com indicação da fu- pedmdo que surjam na saída do multipesqui-
ração usada no modêlo) é apresentada no dia- sa~or sinais ou pulsos externos, mesmo que
grama chapeado da fig 4. o mstrumento esteja operando nas condições
de máxima sensibilidade (escala de 300 J.LV
Entre a chave do atenuador e a chapa de com o contrôle de ganho totalmente aberto) .'
fenolitc se coloca uma placa metálica delgada A caixa met~lica mede 20x15x10 cm, poden-
ou um pedaço de chapa cobreado ( copper- do ser constrUida de chapa de alumínio de 1,5
-clad) para circuito impresso, servindo como ~m de espessura. Uma caixa de conduite, do
blindagem . Para se fixar a blindagem, colo- tipo empregado em instalações elétricas e
ca-se no parafuso do alto-falante situado mais com as dimensões acima especificadas ~­
próximo da chave do atenuador uma ponte bém se presta para essa finalidade . Ne~te ca-
isolante com dois terminais (um terminal de so a construção deverá ser modificada conve-
massa, no prolongamento da peça metálica nientemente.
de fixação da ponte, e um terminal vivo, ver
fig . !1) . A ponte é separada da carcassa do A po~ta inje~ora (fig. 5) do multipesquisa-
alto-falante por meio de duas ou três porcas, dor nao preClsa ser blmdada podendo-se
usando-se outra porca para a fixação da pon construí-la com um tubo de fe~olite de 130
te . Faz-se um pequeno recorte em ângulo re- mm de comprimento · por 13 mm (1/2")
to num dos cantos da placa de blindagem de· de diâmetro. Uma das extremidades do tu-
modo a permitir que a mesma se encaixe no bo . é fechada com uma tampa de plástico, P-m
terminal de massa da ponte isolante . Basta CUJo centro se força uma agulha de costura
um pingo de solda para se prender a chapa de aço inoxidável de 7 cm de comprimento.
na posição correta . O montador poderá se A outra extremidade é fechada por uma ar-
valer de outros recursos para fixar a placa ruela passante de borracha. No interior do
de blindagem, convindo apenas observar que tubo se coloca um capacitor de poliester 1e
a mesma deve ser elêtricamente ligadf. a mas- 0,15 J.I.F por 400 V, soldando-se um de seus
sa pelo percurso mais curto possível. O ter- t~rminais à agu~ha e o outro a um pedaço
minal vivo da ponte isolante é usado como ae 1 metro de fiO calibre 20, com isolamen-
ponto de apôio na montagem dos comoonen- to plástico. A outra ponta do fio é termi-
tes associados à chave do atenuador (Rt, &, nada com um pino do tipo banana.
~e }4).
Os fios de ligação da pilha com a chave 2. Recomendações Gerais
ClL e desta com os bornes de alimentação
devem ser de calibre 20, ou mais grossos, Como em qualquer tipo de montagem com-
a fim de evitar oscilações na posição de maior pacta e miniaturizada, as soldas devem ser

Fig. 5

IIABço/ABRIL - 1967 73
executadas com rapidez e com o ferro bem VI. UTILIZAÇAO
aquecido, raspando-se com uma faquinha. e
estanhando-se previamente os terminais dos , O Pesquisador de sinais ora descrito é ex-
ca.pacitores, resistores e dos próprios transis- tremamente versátil em seu emprêgo e não
tores. ~ugerimos, aquí, senão algumas de su~s 'llúl-
tiplas aplicações .
É conveniente apertar os fios terminais
com um alicate, ao se fazer a solda, de mo- Aplicações do Multipesquisador
do a desviar do componente o fluxo de calor
procedente do ferro. Lembramos que o supe- 1~ indispensável efetuar-se uma ligação bem
raquecimento indevido dos transistores causa feita entre o bome de massa do multipes-
a alteração de suas características e até mes- quisador (bome vermelho) e a massa ou chas-
mo a sua destruição . No caso dos 1 esistores si oo aparelho em teste. Os fios ligados à en-
do atenuador, poderia oca&ionar a ~Iteração trada não devem ser dispostos paralelamente
dos valôres prejudicando a precisão nas me- aos de saída, a fim de se evitarem eventua1s
didas de sensibilidade. instabilidades ou oscilações, principalmente
nas posições de maior sensibilidade da cha-
ve do atenuador ( contrôle de sensibilidade) .
V . AJUSTES
O alto-falante é capaz de reprodUZÍl' siuais
Os ajustes do pesquisador de sinais são fei- de entrada da ordem de 15!:1V . Com qualquer
tos com rapidez e com bastante facilidade, co- fone (de ai~ ou baixa impedância, ma.gn~t.i­
mo se descreve a seguir. co ou de cnstal) conectado ao borne VU-5!:..!
a sensibilidade é ainda maior, tomando-se
1. Ajuste do Ganho perceptíveis sinais de áudio de até luV de
amplitude. ·
a) Coloque o contrôle de sensibilidade - Os transdutores de cristal (microfones,
(chave do atenuador) na posição de 300 cápsules fonocaptoras, etc., podem ser tes-
mV, gire completamente o potencióme- tados com o contrôle de sensibilidade na po-
~&ição de 300 mV, condição em que a carga
tro de contrôle de ganho (P3 ) no sen-
tido dos ponteiros do relógio e coloque oferecida pelo multi-pesquisador é de 1,6 MU .
a chave CH2 na posição VU-5Q . Ligue - Os transdutores e cápsulas de relutân-
um voltímetro de C.A ao bome VU-5Q, cia. variável são testados na posição de 3 mV,
usando uma escala de 1V ou 500 m V . com uma carga de 33 ltQ (constituída pràtica-
mente pelo resistor Rt), valor adequado pa-
b) Injete um sinal senoida.l de 1000 Hz com ra êsse tipo de verificação .
uma amplitude de 300 mV, ao borne de
entrada; ajuste o potenciómetro P 2 até - Os microfones dinâmicos podem ser tes-
obter no voltímetro tuna leitura de 500 tados diretamente em sua bobina móvel, ha-
mV (valor eficar, ou "R .M.S . ") corres· vendo também a possibilidade de se proceder
pondendo à potência de 50 mW {segun- o teste do mesmo conjuntamente com o trans-
formador interno.
V2 - Sendo substancialmente linear a ampli-
do a fórmula W = - - - ) . Gaso não ficação proporcionada pelo multipesquisa.dor,
R em qualquer posição da chave de controle c~
se consiga obter o valor especificado (de- :;:ensibilidade, e sendo o ganho global de ten-
vido ao fato de se ter usado transisto- são de 1666 vêzes <entre 1 e 4 kHz) caindo
res com fator de amplificação de cor- de 30% (3 db) em 350 Hz e 9 kHz, pode-se
rente hrE ou {3 muito abaixo do normal), calcular o nível do sinal de entrada, conh'!-
~ode-se modificar a ligação de Ra, que cendo-se ou medindo-se a tensão presente no
flCará entre a base de TR2 e o ponto de borne VU-5Q . O contrôle de ganho deve per-
união de R12 com o primário do trans- manecer, ao se realizarem tais medid&c na
formador Tt (indicado em tracejado na sua posição totalmente aberta (ID.áximo~ ga-
fig. 1) . A amplificação aumentará bas- nho). Quando se efetuarem medidas relati-
tante, embora a faixa de resposta de vas de ganho, o referido contrOle pode ficaz'
frequência fique mais estreita em qualquer posição, utilizando-se como pon-
to de referência um õos algarismos gradu2-
dos no mostrador do painel.
2. Ajuste da Impedância de Entrada - Utilizado como gerador de énd;,., " mul-
tipesquisador possui baixa impedância. de mo-
a) Coloque o contrôle de sensibilidade na. do que a frequência e o nível de s-'1a d:>
posição de 3 ou 30 V, mantendo P 3 e sinal gerado não serão pràticamente :::.:etados
a chave Cffi como no item a do ajuste pela carga externa.
anteriormente descrito . O sinal de áudio pode ser injetado tanto nc~
b) Injete um sinal de 1000 Hz com 3 ou pontos vivos dos equipamentos em teste (pla-
30V de amplitude (em corrêspondência cas, grades, coletores, bases, etc), como nos
com a posição da chave do atenuador} próprios tra,nadutores (alto-falantes, fones,
e ajuste o potenciómetro P 1 até obte~ cometas acústicas, etc. ) quer diretamen-
no voltímetro de C.A. uma leitura de te, quer através dos respectivos transfonna-
500 mV (valor eficaz, ou "R.M.S. ") dores.

74
O sinal de onda quadrada pode ser empre- 30 mV 330 kO
gado, como se viu no item III, na verificação aoo mv. 1,6 MO
sumária de circuitos ou componentes de RF 3 v 3,3 MO
ou FI. 30 v 3,3 MO
300 v 3,3 MO
VII. CARACTERíSTICAS
(}anho de tensão (de 1 a 4 kHz) 1666 vêzes
a) operando como analisador (amplifica- qanho de potência ~92 dB
dor) de áudio :
Potência de saída com 10% de distor- Variação da tensão de . saída
ção: 80 mW = linear
Potência de saída, com 3% de distor- Variação da tensão de entrada
ção: 50 mW
b) operando como gerador de áudio:
Resposta de frequência: plana, dentro
de 3 dB de 350 Hz a 9 kHz Impedância .interna
Impedância de saída no bome VU·-5!J : (no borne VU-5Q) 5Q
5Q Frequência do sinal se-
Sensibilidade, para 50 mW de saída: noidal ( contrôle doe
300 J.LV. ganho no inicio da o!'-
cilação) 1200 Hz
Pcsiçõe~ do atenuador Imped. de entrada
Frequência de onda
0,3 mV 3,3 kQ quadrada ( cimtrôle de
3 mV 33 kQ ganho no máximo) 420 Hz

LISTA DE COMPONENTES
Rt 33 kQ 1/2 watt- 5% (1%)
R2 330 kQ 1/2 watt- 5°/r (1%)
Ra, R4 3,3 MQ 1/2 watt- 50/
, (. (1%)
Rs 330 Q 1/2 . watt- 5% (1 o/o)
Re 33 Q 1/2 watt- 5D;iJ (1%)
R1 3,3 Q 1/2 watt- 5L;íJ (1%)
Ra 220 kQ 1/2 watt- 1~%
Rg 330 kQ 1/2 watt- Wo/o
R to 82(1 Q 1/2 watt- 10%
Ru 470 kQ 1/2 watt- IO%
R12 3,3 kQ 1/2 watt- 10%
R ta 2,2 kQ 1/2 watt- 10%
Rt4 470 Q 1/2 watt- 10%
Rts 5 o 1/2 watt- 1W/o
R te 15 Q 1/2 watt- · 10(\"o
Rt7 5 Q 1/2 watt- 10%

Ct 1 J.LF Tt Transformador Excitador (Driver)


c2 1 p.F 4,5: 1 + 1 (Willkason 6509)
Cs 0,0022 p.F T2 Transformador de Saída 70Q : 3,2 Q
C4 100 J.LF (Willkason 6530)
Cs 100 J.LF Alto Falante oval de 105x155 mm
Ca 100 p.F ( Cibeal 4,6 HCF)
o, 200 p.F CHt Chave de onda 1 polo 8 posições.
Ca 640 p.F CH2 Chave D-D <Dois polos dua.& posi-
Cg 640 p.F ções) de correr.
Pt Trimpot 3kQ CH a Chave D- D <Dois polos duas po-
p2 Trimpot 3kQ sições) de correr.
Pa Potenciómetro linear 50k0
2 Bomes Isolados. Branco ou Verde
2 Bomes Isolados Preto
3 Bornes Isolados Vermelho
OC75 1 Tomada RCA
OC75 1 Plugue RCA
OC74 1 Suporte Para Pilhas

MARço/ ABRIL -- 1967 '15


O V:IDJ:CON
Do que foi dito acêrca do Orthicon de Essa meta não foi totalmente alcançada
Imagem, pode-se depreender que êste repre- pelo Vidícon e nem depois de seu desenvolvi-
senta o mais alto estágio no desenvolvimento mento. O Vidicon é, efetivam.ente, de cons-
das válvulas captadoras baseadas no princípio trução relativamente simples, pelo conceito
moderno e sua operação é muito menos com-
da foto-sensibilidade. Durante essa época de plicada que a do Orthicon de Imagem, en-
desenvolvimento, porém, não foi esquecido o quanto que sua sensibilidade poderia ser mul-
princípio da foto-condutividade. Embora êsse tiplicada por dez. É, porém, justamente no
princípio seja essencialmente bem superior ao aspecto da sensibifidade - no sentido de
da foto-sensibilidade no tocante à eficiência da permitir baixos níveis de iluminação - que se
conversão de luz em corrente elétrica, sua faz sentir a inércia do processo de conversão
inércia característica, aparentemente, o bar- do Vidicon, pois, o tubo provoca o apareci-
rava das aplicações em televisão. mento de linhas nas cenas de movimento. O
fenômeno diminui quando a iluminação é tor-
Quando, porém, o princípio do armazena- nada suficientemente forte. Por essa razão.
mento de imagem provou a sua utilidade no o Vidicon é até o presente, aplicado prtnci-
iconoscópio e iconoscópio de imagem, surgi- palmente para finalidades industriais e de
ram esperanças de se tornar possível, de al- transmissão de filmes, onde não há di.fi<:ul-
guma forma, a neutralização dessa inércia in- dade para prover o necessário alto grau de
desejável pelo efeito de armazenagem. Os iluminação.

Fig. 1 - S eção Tra nsversal do Vi-


dicon . ie = corrente do feixe; ic =
= corrente de sinal; A = anodo ;
C = catodo ; G 1 = grade de con-
trôle ; G 2 = eletrodo de aceleração
e coletor; L = lente; Lc = Bobina
de correção ; Lf = Bobina de foc a-
lização; SP = placa de sinal ;
T = alvo .
I
I
+JCV····+IOOV

trabalhos de desenvolvimento, seguindo essa A semelhança do iconoscópio de imagaD. o


linha, foram levados a efeito na Grã-Breta- Vidicon transmite imagens muito mais apa-
nha, Alemanha e Estados Unidos a partir do rtáveis que o Orthicon de imagem, gracas à
início da década de 1930, porém, somente em quantidade de tons acinzentados oue !)Ode re-
1950, com o aparecimento do Vidicon foi lo- produzir. Por sua vez, possui a super iúridade
grado um êxito parcial. do Orthicon de Imagem no tocante t aus&l-
A meta principal do desenvolvimento do Vi- cia de sombras incontroláveis.
dicon não foi a de superar o Orthicon de Ima- A fig. 1 mostra, em forma esquemitica,
gem - que em 1950 já possuía larga aplicação uma secção longitudinal do Vidicon.. Tõda a
nos Estados Unidos - no que se refere à sen- parte relativa à exploração é pràticameute a
sibilidade; pretendeu-se, no entanto, substi- mesma do Orthicon de Imagem; um feize de
tuir o instrumento de precisão, com suas pe- baixa velocidade desloca-se do canhão e:llekõ-
sadas exigências ao fabricante e operador, por nico ao alvo fotocondutor T e retoma ao cole-
um captador de desempenho pelo menos igual, tor G2. A alta sensibilidade caraeteústicll do
porém mais simples sob todos os aspectos. ( Coatia. . - N- •)

76 REviSTA Ea.cx.U.a:.a
A utilização da régua de cálculo represen- Os tipos mais simples de réguas de cálculo
ta sensível economia de tempo e trabalho, na dispõem de quatro escalas A, B, C e D, en-
execução ele cálculos matemáticos . A solução quanto que tipos mais aperfeiçoados incluem
de qualquer problema em eletrônica, envolve várias escalas adicionais. Na maioria das ré-
um número ap:·eciável de cálculos; d~d se con- guas, tõdas as escalas encontram-se na face
clui que é de grande valia ao técnic,) em ele- anterior; em certos tipos, algumas escalas são
trônica sab·~r operar com uma régua de cál- gravadas na face posterior.
culo . -
As graduações das escalas K, A, B, C e D
Em geral, as réguas de cálculo destinam-se em quase tôdas as réguas começam sempre
a aplicações gerais em matemática, existindo, com o número 1 e terminam com números 1,
contudo, réguas especiais para aplicações es- 10, 100 ou 1000 . As escalas K, A e B apre-
pecíficas em certos setores, como eletrônica, sentam as numerações 1, 10 ou 100 interca-
eletrotécnica, química, topografia, etc . Neste ladas. Essas graduações são conhecidas co-
artigo, abordaremos apenas as réguas de uso mo índices.
geral; um conhecimento adequado destas ré-
guas, entretanto, tornará bastante simples o A GRADUAÇÃO LOGARíTMICA DAS
aprendizado do manejo de réguas especiais. ESCALAS
A utilização das réguas de uso geral esten-
de-se a aplicações especiais, como achar o in- Para se compreender a teoria em que se
verso de · um número, funções trigonométri- baseia o funcionamento de uma régua de cál-
cas de ângulos, mantissa de logaritmos, etc., culo é necessário conhecer logaritmos. Não
além das operações de multiplicação, divisão, obstante, pode se aprender a usar uma régua
de cálculo, nas várias operações de cálculo
potenciação e radiciação . A princípio, vamos aritmético, sem compreender a razão de seu
nos ocupar apenas destas quatro últimas ope- funcionamento . Assim, tõdas. as referências
rações, dada sua utilização mais imediata. As 8. logaritmos que aparecem aqui, podem ser
operações de adição e subtração não são eje- ignoradas, no caso de não se estar habitua-
tuadas com réguas de cálculo. do a seu uso.

Fig. 1

A RÉGUA Uma rápida verificação das escalas da ré·


gua, mostrará que duas divisões adjacentes,
A Fig. 1 ilustra uma régua de cálculo tí- nunca têm o mesmo comprimento . As divi-
píca. Ela dispõe de duas peças, uma fixa, o sões não são uniformes, pois a graduação não
corpo da régua, e outra móvel, a. regueta; é feita em função do número indicado, mas
suas escalas são logarítmicas . Possue ainda sim da mantissa do logaritmo do número .
wna peça transparente, o cursor, que desliza Exceto no caso dos números 2 e 4, as mantis-
ao longo de seu corpo. sas de dois números não têm entre si, a mes-
Os traços numerados das escalas, numa ré- ma relação que os próprios números. Isso se
gua de cálculo, são chamados graduações e toma evidente com a verificação da tabela
os traços entre as graduações, divisões ou sub- abaixo, que dá os ·logarítmr.s, a cinco deci-
divisões. mais, dos números de 1 a 1:, inclusive.

MABI;o/ABRIL - 1967
log 1 = 0,00000 ESCALAS A e B
log 2 = 0,30103
log 3 = 0,47712 As escalas A e B de qualquer régua dP
log 4 = 0,60206 cálculo são também idênticas. Essas escalas
log 5 = 0,69897 estão divididas em duas partes que são exa·
Iog 6 =0,77815 tamente iguais, no que diz respeito à dispo·
Iog 7 =0,84510 sição da graduação . A metade esquerda é
log 8 = 0,90309 chamada "Escala A esquerda" ou "Escala B
log 9 = 0,95424 esquerda", conforme o caso, e a metade di-
log 10 =1,00000 reita denominada "Escala A direita" ou "Es-
cala B direita". Em muitas réguas a numera-
A razão de 8 para 4 é dois, ao passo que a ção é a mesma nas duas metades da es::-:1la. N ;,
razão do logaritmo de 8 para o logaritmo 4 é régua da figura 1 as graduações da metade
0,90309+0,60206 = 1,5. esquerda estão numeradas de 1 a 10 e as gra-
duações da metade direita de 10 a 100.
ESCALAS C e D As graduações da escala A ou B e!":-;uerd:>
são determinadas, tomando-se o com"l'inlfm-
As escalas C e D de uma régua de cálculo, to dessa metade como uma distância unida-
são perfeitamente idênticas. Qualquer destas de e fazendo com que a distânr.ia do ~ero (ín-
escalas pode ser considerada como represen- dice esauerdo) a qualquer graduação interme-
tanto todos os valõres entre 1 e 10. No tipo diária (entre 1 e 10). corresponda i\ :mantissa
de régua ilustrado na figura 1 a graduação do logaritmo do valor renresentac1o por essa
t!a extremidade esquerda da escala C ou D gradul:'cão . A escala. A ou B direit~ ~ r<rnduad:>
estã marcada com o número 1 e a graduação de mnrio semelhante. sendo tomado como ze-
da extremidade direita está marcada 10. Sa- ro, o índice direito da escala A ou B esquer-
bendo-se que o logaritmo de 1 é zero e o lo- da.
garitmo de 10 é 1, a distância entre as gra-
duações extremas das escalas C ou D pode ESCALA K
ser dividida logarltmicamente da seguinte A escala K compõe-se ce três oartes. tam-
forma: o índice esquerdo 1 é considerado co- bém iguais no Que se refere à disnosição da·>
mo sendo a graduação zero; o índice direito, gr:>duações. O comprimento de cada uma des-
10. na régua da figura 1, (em algumas ré- r.as partes, ou seja a distância unidade nessa
guas, 1 ), está colocado a uma determinada escala é um terço do comprimento total. /\
distAncia do zero e esta distância é conside- distância entre o traço de graduação oue mar·
rada como representando uma distânci"'. uni- ca a extremidade esquerda. de cada uma das
dade ou uma diferença nas características dos partes da escala K até qualouer graduação
logaritmos dos números . Assim, o traco da des~!t mesma parte, corresponde à Mantissa
graduacão representando qualquer número elo logaritmo do número representt'.do pela
entre 1 e 10 é determinado, medindo-se a graduação.
partir de zero, a distância aue representa a
mantissa do logarítimo dos números. · PRINCíPIOS PARA O USO DA RÉGUA DE
A distância do índice esquerdo da e~cala c CALCULO
ou D da figura 1 à graduação número 2 seri
igual a 0.30103 vêzes a distância unidade en- M ulttplicação
tre os índices esouerdo (U e direitn (1(}) .:\
distância do índice esauerdo à gradu~r.í'í.o nú- A soma dos logaritmos de dois númei'os ~
mero 3 será 0.47712 vêzes essa unirlad<J e as- o logaritmo do produto ciêsses números. J,\
Sim nor diante. As subdivi:::õe~ estã.n r.oloca- vimos que as escala" r. e D estão divididas
rias de tal maneira que a distânciH dn índi- de modo oue as distf>.ncias do índice esoaer-
,.,. PSmJ.e rdo a cadH. uma dessa~ P'raduaçõe:> do até as várias graduações correspondam ?··
rt•rresoonde à mantissa do loe-arítmn elo · va- mantissas dos logaritmos dos números indi-
lnr renresentado nela r,~soectiva graduação . cados por essas graduações. Assim, o traba-
Por exemnlo, a distância do índice ~.c;f"'tterdo lho realizado nela régua de cálculo para a
A. graduacão marcada 1,5 corresnonde ao va- multiplicação de dois números, consiste em
!or do logaritmo de 1,5 que é 0,17609. adicionar as distâncias que representam a:;

78 REviSTA ELETRôNIC.\
mantissas de seus logaritmos . O método para apresentação dos métodos de cálculo, serão
se encontrar o produto de dois números é explicadas em detalhes, a colocação e ieitura
Ilustrado na figur~ 2, para a operação 1,5 x 2. de númerOs nas diversas escalas .
A seqüência é a seguinte: Os números serão considerados para êsse
1- marca-se o valor 1,5 na escala D, (o 5 efeito como inteiros, levando-se em conta sô-
pequeno entre 1 e 2 na régua da figura 1 ), mente os algarismos significativos .
com o auxilio da linha central do cursor: Os zeros à direita ou à esquerda de qual-
2- desliza-se a regueta até que o índice quer número são, pois, desprezados . Assim
esquerdo da escala C fique justaposto ao va- nos números 3; 30; 300; 03 ; 0,03 e 0,003 o nú-
lor 1,5 da escala D, marcado com o cursor em mero utilizado na operação é sempre 3 . Nos
( 1) ; números 256, 25,6, 25.600 e 0,0256 o número
3--- desliza-se o cursor até a graduação 2 utilizado é 256 . No caso de um número como
da escala C; 1,072, 0'> quatro algarismos são significativos,
4- o produto 1,5. 2 = :l é lido na escala D pois não podemos desprezar o zero entre 1 e
sob a linha do cursor . 7 . O número 107,200 tem, igualmente, como
A distância de 1 a 1,5 na escala D repre- algarismos significativos, 1072, visto que ne-
senta a mantissa do logaritmo de 1,5 e a dis- nhum algarismo depois do 2 é significativo .
' :> nrir>. entre 1 e 2 na escala C, a mantissa do
logrritmo de 2 . A distância total obtida, de EXATIDAO NAS LEITURAS
1 a 3, representa a mantissa do logaritmo de
3 A régua simplesmente efetuou a soma dos
Nenhuma leitura pode ser feita com exati-
::- r·arítmos de 1,5 e 2. dão, quando se trabalha com mais de quatro
:Ceterminemos agora o produto de 6,5 x 8 . algarismos . Sempre que se usa um qul;lrto
Se o índice esquerdo da escala C fôsse colo- algarismo, êste tem que ser obtido por cál-
cado na direção de 6,5 na escala D, a gradua- culo visual.
ção 8 na escala C, estaria fora do corpo da ESCALAS C e D
régua e o produto não poderia ser lido na es-
cala D . O problema, porém, pode ser resol- Como as operações com a régua de cálculo
vido, se o índice direito da escala C fõr jus- são usualmente feitas com números de três
la posto ao 6,5 da escala D . Feito isso c colo · algarismos as graduações das diversas esca-
cada a linha do cursor sõbre o 8 da escala las estarão representando números inteiros de
C, o produto será encontrado na escala D três algarismos . Assim, o índice esquerdo das
sob a linha do cursor . Também neste case., escalas C ou D , marcado 1, representará. 100,
n régua somou, embora indiretamente, os lo- a graduação 2, representará 200, etc . , até o
garitmos dos números dados . ínrlice direito da escala, que representará
Divisão 1000 .
O espaço entre o índice esquerdo e a gra-
Quando se usam logaritmos, a divisão d~ nuação principal marcada. 2, está dividido em
um número por outro é feita, subtraindo-se 10 graduacões intermediárias (na régua ilus-
o logaritmo do divisor do logaritmo do . di vi · trada na figura 1) marcadas pelos algarismos
dendo e verificando-se a seguir a que núme- 1. 2, 3, . . . . A e 9 em tipo menor . Em algumas
ro corresponde o logaritmo diferença . Com réguas encontramos a marcação 1,1, 1,2, . . . ,
a régua de cálculo, por exemplo, se se l , 1.8, 1,9 . Dado que a distância total entre as
dividir 3 por 2, a subtração é efetuada como duas graduações principais marcadas 1 e 2
ilustra a figura 2 . A linha do cursor é co- representam 200-100=100, cada uma das dez
locada sõbre o 2 da escala D e a reguêta é divisões representarão um décimo de 100, ou
ajustada de forma que o 2 da escala C fique seja. 10.
r.ob a linha do cursor . O quociente, 1,5, é li- Cada uma das dez divisões entre as gradua -
do na escala D, à frente do indice esquerdo ções principais 1 e 2 (100 e 200) está dividida
da escala C. em dez subdivisões, com traços mais curtos
Na escala D, a distância de 1 a 3 corres · não numerados; a quinta dessas subdivisõec;
ponde à mantissa do logaritmo do dividendo é um pouco mais longa que as outras . O es-
3 . Na escala C, a distância de 1 a 2 é a man- paço entre duas subdivisões consecutivas re-
tissa do logaritmo do divisor 2 . Dispondo-se presenta um décimo de dez, ou seja. 1.
a regueta de forma que coincidam as gra- O espaço entre as graduações principais 2
duações 2 na escala C e a 3 na escala D, a e 3 (200 e 300) se encontra dividido/ em 10 gra-
m~mtissa do logaritmo de 2 é subtraída da
duações intermediárias longas . A graduação
mantissa do logaritmo de 3 . A diferença será que indica a. quinta divisão é um pouco mais
a dõstância na escala D entre seu índice es- longa. que as outras . Em muitas réguas esta
ouerdo e a graduação à frente do índice es- quinta divisão está marcada 2,5 . Como cada
o'uerdo da escala C. Essa distância de 1 a 1,5 uma das dez divisões representa 10, teremos
corresponde à mantissa do logaritmo de 1,5 . entre 200 e 300: 210, 220, . .. , 280 e 290.
Na régua. da figura 1, os espaços 200-21C,
210-220, etc ., estão divididos por um traço
LEITURA DAS ESCALAS central que representa 205, 215, etc. Em al-
gumas réguas, êsses espaços (200-210, etc . )
No aprendizado do manejo da régua de cál- estão divididos por quatro traços que repre-
culo, a leitura das escalas constitui a princi- sentam respectivamente, 202, 204, 206, 208; 212,
pal dificuldade . Por essa r,a.zão, antes da 214, 216, 218, etc.

MARço/ABRIL - 1967 79
Fig. 3

., ... Ql t>

r'''''1.", rllllilllllillliiiiiGIIIIIIII~IIIilll'lm,jLrllliW~I4111~'ll~11fl
1

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r. 1. i' 'I: 1: r 11/i
Q:)
2
1
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O espaço 3-4 (300-400) está dividindo em graduação principal que antecede imediata
dez parte por traços representando 310, 320, .... , mente a leitura é 4. O segundo algarismo !'e·
380 e 390 . Essas divisões (300-310, 310-320, rá O pois não aparecem graduações interme·
etc.) são ainda subdivididas em quatro par- diárias longas entre a graduação principal f
tes, por traços representando 302, 304, 306, 308; a leitura . O terceiro algarismo é inferior ::~
312, 314, 316, 318, etc. Em algumas réguas ês- 5 pois a graduação que se segue à leitura re·
ses espaços representando dez unidades ( 300- presenta 5. Como a distância entre a leitura
310, 310-320, etc), apresentam apenas um tra- e a graduação que a antecede é ligeiramente
ço central representando 305 entre 300 e :no, superior à metade da subdivisão, a distância
315 entre 310 e 320, etc. será três quintos de uma divisão, e o tercei-
O espaço 4-5 está dividido em 10 parles re- ro algarismo da leitura será 3. A leitura com-
presentando 410, 420, . . . , 480 e 490, que por pleta será portanto, 403.
sua vez estão subdivididos em duas partes por
um traço central que representa 405, 415, 425, ESCALAS A, B e K
etc.
Os espaços 5-6, 6-7, 7-8, 8-9 e 9-10 <Indice A leitura das escalas A, B e K processli-se
direito) apresentam quasr sempre a mesma de modo semelhante à leitura das escalas C
divisão que o espaço 4-!i . Em réguas mais e B. Convém lembrar que as escalas A e B,
simples entretanto, apf...t"ecem apenas as divi- iguais entre si, correspondem a duas escala"
sões de dez em dez . C (ou D) comprimidas, e a escala K a três
Vejamos a título de exemplo. a leitura de escalas C (ou D) comprimidas.
alguns valõres . Na figura 3, linh3 do cursor
em A-A, o primeiro algarismo da leitura será LOCALIZAÇAO DE VALóRES NA ESCALA
1. pois a graduação principal anterior, o fn-
dice esquerdo, representa o algarismo 1 . O Os princípios para leitura da régua de cál-
segundo algarismo será 3, pois a graduaçãc, culo são também aplicados na localização do
intermediária longa que precede a leitura es- valôres , Vejamos, por exemplo, como se prü-
tá marcada com um peoueno 3 . O terceiro cessa a localização dos números 1028 (a), 2565
algarismo será 4, pois a leitura está situada (b), 321 (c), 0,0497 (d) e 56,25 (e) na escala C.
na auarta graduação curta a partir da gra- :ll:sses valôres serão tratados como número~1
duação intermediária marcada 3 . Portanto a inteiros. Assim, teremos respectivamente 1028.
leitura em A-A é 134. 2565, 321, 497 e 5625. Para melhor aproveita-
No caso da leitura não coincidir com uma mento das explicações que se seguem, deve-
graduacão curta, o quarto algarismo pode ser se começar a usar a régua de cálculo, pro-
determinado calculando-se a fração da !!Ubdi- cedendo da maneira explicada e a seguir com-
visão entre a graduação curta anterior e a r.arando a posição obtida, com a posição cor-
leitura. Assim na linha B-B o terceiro algr.- respondente na figura 3.
rismo é 6. pois existem seis subdivisões pe- a- como o primeiro al!:':arismo significati-
quenas entre a leitura e a graduação inter- vo em 1028 é e o segundo O. êste ~alor si-
mediária longa marcada 6 aue a precede. A tuar-~e-á entre o índice esquerdo marcado 1 e
linha B-B entretanto, não coincide com a sex- a nrimeira graduação intermediária longa .
ta graduação curta; está colocada a uma dis- O número de graduações curtas entre o fn-
tância dessa graduação. distância essa que dice e a linha do cursor será igual ao tercei-
pode ser avaliada em 0,6 da divisão . Logo o ro algarismo significativo em 1028, ou se.la 2
quarto algarismo é aproximadamente 6 . A A nresença de um quarto algarismo sirni
leitura completa serâ 1666, desprezando-se a ficati.vo indica oue a linha do cursor dev.
virgula. situar-coe entre duas gradua~ões curtas .
Em F-F, o prir.c: iro algarismo é 4, pois a (Continua na pá-g. 100)

80 REviSTA EI.ETRONICA
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c-:»
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....
Q)
SUBSTITUIÇAO DE PILHAS: Solte o para- forem colocadas em pos1çao errada, pode-se
fuso trazeiro .e retire a tampa do rádio . Abra destrUir os transistores.
DADOS TÉCNICOS: Impedância de Saída
a caixa de pilhas e retire as pilhas fracas . Ao 3,2 ohms. Potência de saída 300 mW com dis-
colocar as pilhas novas, observe que o positi- torção inferior a 10%. Consumo sem sinal 15
vo polo central, das mesmas fique na direção mA e com 300 mW, 80 ma . Quanto menor
dos terminais marcados com + . Feche de no- fôr o volume de som utilizado maior será a
vo a caixa de pilhas e o rádio . Se as pilhas duração qas pilhas . - _Chave de ondas 7954.

Tabeia de Tensões
I . ,. TENSOES DC \ SINAL APLICADO
FuNçAo ! TRANsisToR - --iiAsE ·-~r_:_cói:E-roii___I ___Éiiflsson"- -\ NA BAsE 1 FREQUENCIA

--~.~-~:;~R.-~.<>;·_~- ~ ----~~. .. :~-.::~~-]~=;;-~.~--


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"-:-~:_;~~~---;~,,-
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-_:·.: .~. . . . .~ o.~7 .v...:.. I
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2 uv ... .. ........ ~.~-~~ .......

.......... ..·-···-···-·· .. ...... . ..... '' ... .: i


1.o ESTAGIO F 1
.:o''
OC 169 .: ' '
i -0,75 v
• l o . : . : .:.:•.:.:.:• .. . .
- 3,0 v
!.:.: .:.:.:.:.:.:o
i - 0,55 v i
. : . : o . : , . : . : . : . : . : . : . : . : . : . : . : . : . : .,
13 uv
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455 Kc
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2. ESTAGIO F I
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. . .. . !.:.:·· .OC 169 I - 0,85 V . ... ,
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" 4,8 V ••.:•[, --~·O·'·ij•8.\:'.:.:.:• j
I mv 455 Kc
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J.O ESTAGIO A F OC 71 '' ~ 0,1~.:~ 0
2,0 V .: I .:.:.:.:.: ,0. .: o.:.:.:.: j. .:.:.:~!,~.:~oY..: .:.:.:o .: .:•~~ ~!.~.:.:.:.:
••

2.0 ESTAGIO A F , ,,, .., ,.,,,,,i, .. oc 71 · ··· ··-~--0.·.2_5_":. ..... - 4,4 v i····-~-~!~~-\:'. .. I. 55 mv ' •.•.. .:.4.~-~!.·.:.:oooo
. .. . ··························
i I
EST.(GIO FINAL oc 74 - O, I 1 v i - 6,0 v - 0,02 v I 620 mv 400 c/s

As medidas de tensões DC deverão ser fei- guintes condições: Tensão das pilhas 6V; cha-
tas com instrumento eletrônico . O sinal apli- ve de ondas na 1. a calibração ; condensador
cado na base dos transistores, de acôrdo com variável todo aberto (capacidade mínima);
a tabela acima, deverá produzir uma tensão contrôle de volume todo aberto (rotação má-
de 08, volt no altofalante (200 mW), nas se- xima para a direita).

Calibração

I ApliCAção do Gerador do I Posição da I Ajustar p/ o máximo de readimado


Operação

•==~,======~,====~~==-~
li. Carga
!j Fr.cquênda
Gerodor cbave . de onda5 f
I
Ponteiro
do Diol
I na Ordem IndiCAda

· Núcleos das Bobinas de FI


I Base do Conversor --~~~~~--4_3,2_1_... ~~~~~--~~~-~.............. .

-: :::::::::r :-: 1••:::r :::::


I I uF I 455 kc I Médias '530 kc

-- .......................
:::·· - :::·· ··- - --- ---- -----
----- --- ---------------~··---- ------ --------- - ---- --~---------- ------------------ r --·------------- ----- ---- - -----.--·-- -- ··-- -- -·-- ---- ·--, ---------- - -- ---- -------------- - ---- -- ----- · ------ - ---------- ---- ----

4 Base do Conversor
----~-~~~~~--;~-;~;~-~~;~~- · -- 1 """""""" """"'
80 pF
. .........kc. . ....!
.,: ........ 600 Médias I 600
~ - ------~ ~-~~----- ·-- l ' ' '''''"" "''"""'''' "'
kc L 1•
................................................................... .

.. ~.. ................. Je_c_h_<I~'! ........... ..... . I ···· ·· - 6·· ~'·F. ...... I.I_.~..~.c... ...: ......C:Y.~-~~----·· ·.1 ....... l.l.~S. .. ~lc
•• .•.••• -r..a.~........................................................ .
1
Antena Telescópica 1 • i ONDA I
.......a .................... ..r.. ~h..a•:~a..... ... ... ........... ~ ..P.r. ......i...... JI.~S. ..~f"-----: ..... ~.u.~:r.~------·! ....... t.t.~s. .lVI<: ..... T 1• ....................................................
1
7 Anten!~c~~~:cóplca ~ 6 pF I S,S Me cOt&-;. I
5,5 Me L 2•

REPETIR ESTAS OPERAÇõES ATÉ * USE A MíNIMA CAPACIDADE SE OB-


CONSEGUIR UM AJUSTE PERFEITO. TIVER DOIS SINAIS.

82 REviSTA. . EumrômCA
Corv10 OIJVffi
SIJ"
MDSiC" P~FeRIDa Sérgio Américo Boggio

~ ~
35W4 R6 12AV6
220k

LP
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1
1f0VAC1Jci , I
I
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.~ ' I
I

Fig. 1 - Circuito esquemático do transmissor de reduzido alcance .

INTRODUÇÃO

Nê5te artigo descrevemos um transmissor tactos em série perfazendo um total de 97 V.


de baixa potência, de execução rápida e eco- O resistor R3 é um resistor redutor de
nômica operando na faixa de ondas médias filamento . LP é uma lâmpada pilôto, que indi-
e que se presta aos mais diversos usos. Mo- ca que o transmissor está funcionando, pois só
dulando-se o transmissor, com qualquer tipo passará corrente por LP quando houver cor-
de áudio - música ou voz - ao sintonizarmos rente de placa na 35W4. Se houver um curto-
em qualquer lugar num pequeno raio de ação, -circuito acidental na tensão de alimentação
um receptor de rádio na freqüência de trans- a lâmpada pilôto queimará protegendo a
missão, obteremos uma reprodução razoàvel 35W4.
elo som original.
Convém lembrar que qualauer transmissão Os condensadores Ct, C2 e o resistor ~.
ejetuada sem licença do CONTEL ou da LA- constituem um filtro para o ripple . Lt e Cs,
RRE constitui uma contravenção e estará su- constituem um filtro para RF . A bobina LJ,
fl o conclfmsador C4. constituem o circuito os-
jeita às sanções previstas pela lei. Assim sen-
do, não se deve forçar o e:quipamento a atin- cilador f' tanaue ao m~smo tempo . A modu-
gir rádios que não estejam dentro do raio lação é feita em grade ( g~-50C5 )por meio do
de ação previsto, de poucos metros. capacitar de acoplamento Ce .
O potenciômetro R, serve para ajuste do
CIRCUITO nível de modulação de sinal da entrada A.
O circuito que apresentamos na figura l, A antena s é telescópica, do tipo usado em
como os leitores podem notar, é bastante sim- receptores de rádio ou televisão portáteis, não
ples, porém de ótimo rendimento. devendo seu comprimento exceder 1 metro.
O circuito foi previsto para trabalhar em A entrada A pode ser usada para toca-dis-
110 V C .A . /C.C .. Os filamentos são alimen- cos ou microfone a cristal. Desejando-se usar

MARÇO/ABRIL - 1967 83
os dois ao mesmo tempo, por exemplo, fa- to do fio . Para saber quanto fio é necessário.
lar com música de fundo, deve-se utilizar o conhecido o número de espiras N e o diâme-
misturador resistivo da figura 2. tro D obtém -se em primeiro lugar o ~pri­
A freqüência de transmissão é determinada mento de cada espira (Cesp=1tD), e multipli-
pelo valor de L2, C4, e a capacidade parasita. cando-se êsse .valor pelo número de &&piras N
da válvula, Cp, paralela a C4 . No caso presen'- obtêm-se o comprimento total do fio: C.. =
NCesp logo Ct., t = N1tD.
c,. MONTAGEM
~)
O,OSPick-up A montagem não é crítica, devendo-se dar
particular atenção aos componentes Lt, c,_
~ L2, C4, C5, que devem se situar bem próximos
de V2 e ter ligações bem curtas. Para maior
clareza, observar o chapeado da figura 3.
O tamanho do chassi fica a critério do lei-
tor, de acôrdo com o material usado e o lo-
cal de instalação do transmissor .

Vista inftular #
~-------------------------------------------]
Fig . 2 - Misturador resis-
tivo.

Fig. 3 - Diagrama de liga-


ções e disposição de mon ·
tagem.

be 11 freqüência escolhida foi de 750 kHz . A bobina L1 é um choque de RF de 2,5 mH


Se o leitor desejar outros valõres de freqüên- por 50 mA . Deve-se frizar que êste valOr não
cia 1. bastará usar a fórmula: é critico. Assim sendo podemos construi-lo,
utilizando um dos enrolamentos de um trans-
1 formador de FI velho (para válvulas). O in-
14 = dutor L2 é a bobina osciladora que se cons-
titui de 62 espiras com uma tomada central,
7T = 3,1416 isto é 31 + 31. O comprimento total é de 3,8
cm e o fio usado pode ser 22, 23, 24 . O en-
Para constnlir a bobina, com uma só cama- rolamento da bobina deve ser feito sempre no
da usamos a seguinte expressão: mesmo sentido, em urpa camada, de modo que
N2. D tenhamos as 62 espiras no espaço de 3,8 cre.
O tubo suporte de plástice> ou baquelite, com
1028 + 45 diâmetro de 3,8 cm é encontrado na praça já
onde: com 4 pinos de encaixe. Na parte superior d!>
tubo como se pode ver na figura 4, deve-se
L2: indutância em !J.H. inserir uma placa circular de fenolite, no cen-
D : diâmetro externo do tubo suporte em cm . tro da qual se faz um orifício oara a coloca-
N : número de espiras ção do condensador C4, que ficará, _pois, no
S : relação 1/D. interior do tubo . Feito is1;o. efetuam-se as
1 : comprimento . ligações necessárias de at::ôrdo com o esque-
O comprimento 1 é a distância entre a pri- ma elétrico : ligando-se ao pino 1 do saquete
meira espira e a última, e não o compr:lmen- do tubo suporte a grade screen de Vz; ao pl-

ftBnSTA El..aônca
isto, com a antena do transmissor fechada
(encolhida) e com um sinal de áudio na en-
trada A (toca-discos, por exemplo) e R1 no
máximo de modulação, atua-se sôbre n ·cavaci-
tor C4 até ouvir o sinal no rádio; a seguir~
gira-se R? até que a qualidade de som fique
boa; retoca-se novamente C4 e assim por
diante até obter-se o melhor ponto de C4.
Caso o ponto encontrado não seja satisfató-
rio, deve-se procurar outro ponto no dial e
refazer os ajustes . Quando se encontrar o
~Visto ponto ótimo, lacra-se com cêra aprogriada o
~inferior condensador c.. ·
A antena é aberta somente o neceSSário pa-
ra se ouvir o sinal dentro da própria casa.
P,~1 /G2 Assim deve-se ajustar a antena até um certo
•• ponto, e, feito isto, não &t· mudar mais. Caso
o leitor resida em apartamento, deve-se. cer-
tificar de não estar havendo interferências na
vizinhança, pois se isto acontecer, estará in-
3 2 'c:r
fringindo a lei como foi dito no inicio do ar-
iigo .

Entre as várias anlicações do tran~missor


Fig. 4 - Construção da bobina . r odemos citar as seguintes :
1 - p::~ra se ouvir o :;;om de um toca-discos
no 2 a tomada central e ao pino 4 a placa em qualquer parte de uma casa .
de V2. CUidar para não haver contato entrP 2 -como intercomunicador sem fio .
os fios no interior do tubo . Encaixa-se então
a placa de fenolite com o condensador na 3- para encontrar tubulações embutidas
parte superior do tubo suporte da bobina, e nas paredes, bastando pare. isso que se apli-
cola-se. que o sinal modulado do transmissor ao tu-
bo - o sinal captado nc receptor de rádio
Procedendo-se desta forma, se desejarmos será mais forte próximo do tubo .
operar em outra freqüência, basta que tro-
quemos todo o circuito sintonizado.
A porca suporte da antena deverá .ser fixa- LISTA DE MATERIAL
da em uma placa circular de fenolite de 3.5
cm de diâmetro, a qual por sua vez, é fixada R1 500 1/2 w
ao chassi do transmissor . No caso de se que- E.2 5000 2 w
rer usar uma antena embutida, deve-se uti-
lizar um pedaço de fio 12, reta, de aproxima - R3 1500 10 w
damente 1 metro de comprimento, suportado ~ 1500 1 w
por isoladores de porcelana. Rf. 470k0 1/2 w
O material utilizado é de fácil aquisição . 220k!J 1 w
CUidado especial deve ser tomado na ques- R6
tão do saquete de V2 . Deve-se utilizar soque- R7 SOOkQ pot . log c/ chave
te de porcelana, para evitar atenuação na RF, R3 1M+ 1M pot . lin coax .
embora o aparelho funcione mesmo com so-
quetes de outros tipos. Os condensadores c.., Cr 50t.LF 150 v
c. e Cs devem ser de boa qualidade e boa C·, 50[!.F 150 v
isolação devido às altas tensões de pico d~ c. .002 11F 500 v
RF que surgem nesses componentes .
Como um dos pólos da rêde vai ligado di-
c. variável mica 500 pF soo V
retamente ao chassi, deve-se ter cuidados es- Cs 50 pF 500 v
peciais quanto a isolação equipamento-opera- Cr .OStJ.F 500 v
dor.
C1
, ,
,. ,
Ce
A.ITJSTES FINAIS
LP lâmpada pilôto 6,3 V - 100 mA
Uma vêz montado o transmissor passemo;;
aos ajustes . Ligando-se o transmissor a um~>. VI 35W4
rêde de llOV AC/DC, LP acendendo, indicará V2 soes
que o equipamento está pronto para ser usa- VJ 12AV6
do. Liga-se um receptor de rádio na faixa de
OM e procura-se no dial um ponto em que LI e L2 (vide texto)
não haja ruído ou estação operando . Feito A tomada para microfone

MARÇO/ ABRIL - 1967 85


Já vimos em outros artigos (A Geração ti~> gam, amplificadas e com sua fase invertida,
Pulsos E:m Teievisão - revista n.o 18 - e O ao anodo desta segunda válvula de onde re-
Oscilador de Bloqueio - revista n.o 19) alguns tornam, através do capacitor Cgt, à grade de
processos para a geração dos pulsos utiliza- B1. O canal de realimentação para B 2 é atra-
dos na sincronização em televisão. Neste ar- vés de Cg1, Bt e Cg2.
A conjugação de dois osciladores de bln-
tigo, daremos uma descrição de outro circui- queio funciona da seguinte maneira <Fig. 2 • .
to, também usado para êsse fim. Trata-se do Ao ~· er aplicada a tensão de alimentação - v.
multivibrador, cujo emprêgo está m~lit;o di- haverá um fluxo breve e intenso de corrente
fundido. Êste circuito pertence, como o o•;- ::módica e de grade em ambas as válvulas, d<-
cilador de bloqueio, ao grupo dos osciladores mcdo análogo ao que se verificava na \LTiie:o_
de relaxação, que não necessitam de uma os· válvula do oscilador de bloqueio Em co~­
cilação auxiliar (como p. ex. uma série dt> seqüência da realimentação extraordinària-
ondas senoidais) para a geração de pulsos. mente eficaz que cada válvula propor-
Existem várias modalidades de multivibrado- ciona à outra, ambas as grades de imedia• :J
re tornam fortemente negativas e cortam J
res (monoestável, biestável e astável). Trata- fluxo de elétrons em suas respectivas >ál\"11-
remos aqui:, do multi'Vibrador astável, cujo las ; isto ocorre no instante to.
circuito básico é apresentado na fig. 1. A partir dêste momento, segue-se uma d~­
carga lenta dos dois capacitares Cg: e C~ . Fi-
n?..lmente. o potencial de grade de uma ctas
válvulas cai abaixo do ponto de corte e esta
válvula passa a conduzir novamente.
Suponhamos que B1 é a primeira das dua~
válvulas a conduzir . Ao crescer sua COITeil'."
Pnódica, a tensão de anodo Va1 cai do >al.or
)nicial (Vb) Através de Cg2 a alteração de po-
tencial é conduzida, sem alteração na polari-
ciade, à grade de B2. Esta grade, que se en-
contrava no processo de descarga e haria qua-
re atingido o ponto de corte, com L--to ~•­
r;era o seu forte potencial negativo. Portanto.
para o momento, B2 permanece bloqueada.
Nesse ínterim, a corrente através de B: .lu-
menta ràpidamente e Vat continua a cair e
Fig. 1 - Circuito básico de um multivibrador astável.
tornar V ~2 ainda mais negativa. Como a rea-
B 1 e B2 - válculas; Cg 1 e Cg2 - capacitares de
limentação através de B2 é impossível de>ido
grade; R81 e Ra2 - resistores de ano do; Rg 1 e Rg2 ·-
ao seu estado de não-condução, não ocor!e
resistores de grade; Val e Va2 - tensões de anodo;
processo de relaxação em Bt (como aoontec€-
Vgl e Vg2 - tensões de grade. A ligação do poJo nega-
ria num oscilador de bloqueio comum l ; ao
tivo, da fonte de alimentação é feita ao terminal comum.
invés disso, a corrente anódica de Bt aumen-
ta até atingir um valor máximo, mantendo-o
temporàriamente. O máximo é determinado
principalmente pelo valor ao qual cai a ten-
são anódica.
O circuito emprega duas válvulas e é, fun- Estando agora a corrente anódica de B,
damentalmente, a conjugação de dois oscila- num nível con~tante, Va~ permanece constan-
dores de bloqueio. Neste caso, porém, cada te e Cg2, que não está mais transferindo mu-
válvula age como componente de realimenta- danças de potencial a ~. tem a oportunida-
ção para a outra, o que, no oscilador de blo- de de descarregar-se de sua tensão original
queio simples, era feito pelo transformador . Vb. para o valor mais baixo, Vat . Em out:::ac;
Êsse transformador transferia as variações d~. paiavras, o potencial negativo de grade B2
corrente anódica, em forma de variações de tem a oportunidade de cair, o que acontece
tensão, à grade da mesma válvula. no intervalo t, a tz No instante t2 o pon-
No circuito do multi vibrador (Fig. 1), as to de corte é atingido. Aí então, começa a
variações sofridas pela tensão anódica da vál- fluir corrente através de B2 e Va2 cai abaixo
vula Bt são levadas, através do capacitor Cg2,
à grade da válvula B2. Estas variações che· (Continna na pá~. 113)

86 REviSTA Eu:raôNICA
Geradores MHD*
de energia elétrica * MAGNETO --HIDRO --DINÂMICOS
Aplicações nucleares
Num reator nuclear, a temperatura in- estão entre os melhores moderadores ; a águ a
trínseca do processo de fissão é da ordem de comum é usada por vêzes, mas apresenta a d<.s-
milhões de graus - a temperatura no centro vantagem de ser um absorvedor relativamente
da explosão de uma bomba atômica - mas forte de neutrons.)
a temperatura de operação prática é ditada O gás usado na refrigeração dos reatares
pelo ponto de fusão dos recipientes metálicos britânicos é dióxido de carbono; o hélio apre-
que contêm o combustível a ser fissionado. sentaria certas vantagens mas não é fàcil-
As estações geradoras nucleares n ão uWizam li1 3nte obtido na Inglater.ra. Nos E.U.A. estão
ainda, a verdadeira natureza peculiar da ener- se desenvolvendo reatares resfriados a hélio,
gia atômica, mas a empregam como uma fonte dada a sua maior abundância no país.
alternativa de calor, com a qual se aquece a Em geradores nucleares comuns o gás
água criando o vapor que aciona os turboge- quente apos ae1xar o reator, ci.rcu!a por um
radores convencionais. t.rocauor ae calor, proauLmdo vapor, que acw-
A figura 7 mostra a representação esque- na turomas mais ou menos convt:ncwnais. St:-
mática de parte do núcleo de um reator de po- na poss.vt:!, em princ1p10, eliminar-se o tro-
tência nuclear resfriado a gás do tipo Calder cador ue ca!or e razer circular o gás uo rea-
tar diretamente em uma turbina ae gás. .1.'13.
ELEMENTOS OE COMBUSTÍVEL NUCLEAR prática, entretanto, existem consideraveis dl-
ficuldades de projeto nessa proposição, sem
mencionar. o problema de manutençao das
turbinas, que seriam contaminadas pelo gás
radioativo.
Uma forma mais direta de conversão da
energia da fiss .:1o em eletricidade seria a uti-
liza-çao do gás resfriador do reatar como flui-
do de trabalho, num gerador MHD. O dióxi-
do · de carbono não se ioniza suficientemente
em temperaturas inferiores a :1 . uoouc - a
propriedade que apresenta em comum com ou-

Fig. 7 -
\j_ENTRAOA DO G~/REFP~'"'"RIJNTE y
Representaçll.o esquemâtlca de parte do mkleo
tros gases de combustão. Portanto, um gera-
dor nuclear MHD que utilizasse dióxido de
carbono, teria ainda que operar acima de
de um reator de potência resfriado a gás, que utiliza ~ .OOO"C. .
urânio natural como combustivel, grafite como modera- Com hélio como resfriador, entretanto, a
dor e dióxido de carbono como gás resfriador. Num situação é um pouco melhor, já que êste gás
grande gerador típico dêsse tipo, ·com potência d'e saída pode ser ionizado a temperaturas mais baixas.
de ·300 MW, o núcleo seria um cilindro de ·grafite tle l!:sta circunstancia alíaaa ao fato dêsse gás
pouco· ·menos de 20 m de diâmetro e cêrca de 10 m ·de não ser corrosivo e apresentar-se isento .de
altura; ·com 4.500 canais contendo de 300 a 400 toneladas impurezas, faz com que um sistema nuclear
de combustivel. MHD utilizando hélio, seja tão atrativo quan-
to um sistema .de combustível químico de ciclo
Hall. o protótipo das estações geradoras nu- aberto. Certamente haveria problemas de con-
cleares atualmente construídas na Inglater- taminação radioativa, como em qualquer sis-
ra. Em tais reatares, o combustível nuclear tema nuclear, mas êstes poderiam ser reduzi-
encontra-se na forma de urânio natural sóli- dos; por operação em circuito fechado, e além
do, e o moderador consiste de blocos de gra- disso uma menor temperatura de operação do
fite puro. ·(Os neutrons liberados pela fissão sistema nuclear significa uma redução nos
do urânio -adquirem alta velocidade, e terão problemas de material.
grandes probabilidades de causarem outras fis- · o uso de sais de metais alcalinos para au-
sões se não forem retardados por um material mentar a ionização do gás é problemático,
moderador, não fissionável e não absorvedor tanto para sistemas nucleares como para sis-
de neutrons. O grafite puro e a água pesada temas de combustível químico. Se fôsse possí-

MARÇO/ ABRIL - 1967 87


vel utilizá-los com sucesso, sem muita cor- derador está numa concha externa. A con-
rosão, reduzir-se-la, ainda mais, a temperatu- cha circunda a cavidade que contém o combus-
ra de operação de sistemas nucleares MHD tível nuclear sólido, líquido ou gasoso ; como o
que empregam hélio. Uma idéia, que está combustível não está distribuído por todo o
sendo seriamente considerada, consiste em se moderador, como num reatar convencional,
fazer com que o sal adicionado seja conden- a temperatura do combustível pode estar mui-
sado na parte de baixa temperatura do ci- to acima da temperatura máxima permiss:-
clo, para ser, subseqüentemente, reintroduzi- vel c.o moderador.
do no jato de gás, antes dêste entrar no ge- A figura 9 ilustra esquemàticamente um
rador MHD propriamente dito (figura 8) . Essa gerador MHD de reatar de cavidade, idealiza-
manobra limitaria a corrosão ã. parte não do pelo Dr. Richard Rosa do Avco-Everett Re-
nuclear do ciclo. search Laboratory. A cavidade é esférica, com
SOCA~ OE EXPANSÃO

ENTRADA GERADOR 1------,-- - AO TROCAIJO A


Fig. 8 - Parte de um sistema MHD
DE GAS MHD -=--~ :JE :: A; O fi cem reatar nuclear ao invés de for-
no convencional, mostrando-se a re-
circulação do material alcalino se-
MA TE RIA L ALCALIIVC meado, da parte de baixa pressão
R E ·INJECÀO DO CO NDE'V5 A AC ~.
MA TERIAL ALCALINO E RE·C IH CUL A para o tubo de expansão. Note-se
que o vapor alcalino não entra no
reatar.

O limite maxrmo da temperatura de ope- cêrca de dois metros de diâmetro ; o modera-


ração de qualquer reatar nuclear de combustí- dor circundante consiste de cêrca de sete to-
vel sólido é determinado pelo ponto de fusão neladas de água pesada. O tubo de expansão
do combustível. Nos reatares do tipo Calder tem pouco mais de dois metros de compri-
Hall, um limite ainda menor é fixado pelo mento e é atravessado pelo campo de um ele-
ponto de fusão do recipiente que contém o tro-ímã, cujo enrolamento de cobre pesa cêr-
combustível ; isso restringe a temperatura do ca de 120 toneladas.
gás resfriador para cêrca de 50ouc, portanto o fluído de trabalho (hélio, mais um áto-
muito reduzida para geração MHD, mesmo mo por cento de urânio e um átomo por cen-
com a utilização de gás hélio. Geradores to de potássio •> é introduzido na cavidade
experimentais utilizando combustíveis refra- à pressão de cêrca de 120 atmosferas, e se
tários, sem recipiente, operaram a tempera- aquece {pela fissão nuclear do urânio) até
turas consideràvelmente mais elevadas. Num urna temperatura de cêrca de 6 .000°C, antes
dêsses reatares o combustível é uma mistur.a
de carbeto de urânio e carbeto de zircõnio, MODERADOR DE A'GUA PESADA
'
operando a uma temperatura de pouco mais
de 2 .000"C. ~sses reatores já começam a
apresentar interêsse para MHD. (A mistura
de carbeto de urânio e carbeto de zircónio
foi desenvolvida inicialmente para outro dis-
positivo de conversão direta, o "termopar de
plasma" que será descrito em artigo futuro).
Sistemas de gases fissionáveis
Utilizando-se gás fissionável como combus-
tível nuclear poder-se-la, em princípio, remo- Fig. 9 - Representação esquemática de um poufvel sis-
ver a limitação de temperatura de operação. tema gerador MHD de reatar de cavidade, de IIIJIDO IIW.
t claro que as paredes do vaso que contém o Um campo magnético atravessa o conduto perpeodlcular-
gás devem ser mantidas abaixo de uma cer- mente ao plano do papel. (As bobiDu fiUP cenm êsM
ta temperatura dada, mas da mesma forma campo foram omitidas, para não se comp'icar, sem
que no caso dos foguetes de combustível quí- necessidade, o diagrama).
mico, isso não impede que o gás se mantenha
a uma temperatura consideràvelmente mais
elevada. o uso de gás fissionável oferece a de se expandir pelo tubo. O Dr. Rosa esti-
interessante possibilidade de se construir um mou que a densidade de potência dêsse dis-
gerador nuclear MHD onde o fluido de tra- positivo varia ao redor de 1 kW por centí-
balho é (ou contém) seu próprio combustível metro cúbico, a potência específica ao redor
nuclear. Foram descritas duas maneiras pos- de 100 kW por kg. e a potência de saída to-
síveis de realização dêsse conceito, às quais tal, aproximadamente 10.000 IIW.
nos referiremos como "reatar de cavidade" e
"reator de plasma".
O reatar de cavidade é um reator de tis- • Um átomo de urânio e - de pot.iSiio para
são nuclear onde todo, ou quase todo, o mo- ('ada cem de héllo.

88
IIEVESTIMfiN tO OÉ ·CARBONO IZ mm PROTEÇÀO OE CONCRETO
\ /
.a .. o ·• .. . . ~ .· D
BASTÕES DE ~?> . ~ :·_Q ·~ .... ~ ::-, . ·.
CONTRÕLE ,P Fig. 10 - Diagrama conceituai jo
~> TANQUES OE ALUMfNIO reator de plasma. O gás fissionável
\ }

:
,;. ·

'~~
A

\1
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R~<!;Ão :< ~· ·. • ; .·.·. :_.·.


B \

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concentrado no lado A torna-se su·

: ~:
'. ·.
11 CIIIF!f~ ;':: ~ . :- i •> .· . . .. o:~ 6
, .
per-critico, aquece e envia uma on·
da de choque em direção a B. O
gás continua fmindo em direção
; :~c·. GA's EXCITADOR GAS IONIZADO ....._ F_RENTE DE CHOOUE L_ ·..·..· ~ :·. a B até atingir uma concentração
:-~: : Jb: ;,":~."' ~;, ·~~a ~ .:, ~: :"<, '".;. ;,. ", ~(~ > .; <Jl~ : ~ -~ super-crítica nesse extremo, quando
o processo se refete.
ltl AGUA PESADA ·
SAiDA DO CIRCUITO (REFLETOR C 1>/0DERADORJ ENTRADA DO CIRCUIT1J
OE REFRIGERAÇÃO DE REFRIGERAÇÃO

tste último valor representa a saída de dez liberados em regiões mais centrais do com-
dos maiores geradores a vapor atuais ou 100 oustlvel. De uma mane1ra geral, e a relaçao
turbogeradores convencionais de pêso e di- entre essa perda de neutrons pela supertJCle
mensoes comparáveis. Se existem sistemas de e a taxa liquida da liberaçao interna que de-
distribuição que suportam 10.000 MW é uma termina se a reaçao e ou ná.o auto-susten-
outra questão, mas o fato dessa potência ser tável.
obtida de uma unidade não maior do que um o::;e a taxa de produção de neutrons iguala
turbogerador convencional de 100 MW é um exatamen~e a taxa de remoçao ao sistema tpor
testemunho eloqüente das potencialidades do tuga e absorçao) o sistema e dito ··cntico ';
sistema reator de cavidade de MHD. se a taxa de produçao e menor do que a re-
O reatar de plasma consiste de um longo moção. o sistema e ""sub-cntico" ; se a taxa
cilindro de material refratário, com um mo- •...; ......... uu ,;c..o excede a taxa de remoção, é •·su-
derador refletor em cada extremo, cheio de per-critico". A bomba atômica e um exem-
gás fissionável. Noutra variante (figura 10) o plo de sistema que se torna rápidamente su-
moderador circunda completamente o gás, con- per-crítico, com os resultados catastroficos bem
sistindo bàsicamente num reatar de cavidade conhecidos. ··
de formato cilíndrico ao invés de esférico. ~um reator nuclear procura-se manter o
Além do formato diferente, os princípios sistema exatamente crítico, com materiais ab-
de funcionamento dos sistemas ilustrados nas sorveaores de neutrons que são introduzidos
figuras 9 e 10, são bem diversos. Pode-se no- sob contrôle, no reatar. Se fôsse feita sub-
tar pela comparação das duas figuras que, crítica, a reação se interromperia; se fôsse
enquanto a cavidade do reator da figura 9 tem feita super-cntica o reatar se sobreaqueceria
conexão com um circuito externo de gás, a e no caso de não se tomarem imediatamente
cavidade do reatar da figura 10 é completa- as medidas de correção, o combustível come-
mente fechada. No sistema da figura 9 a sú- çaria a se fundir. Os resultados não seriam
bita expansão do gás quente através do tubo tao drásticos como na explosão de uma bom-
que é atravessado por um poderoso campo ba, mas seriam ainda bastante desagradáveis,
magnético, consiste no "coração" do processo como provam os muitos acidentes com reatares
de geração, tanto nesse gerador, como em qual- super-críticos.
quer outro gerador MHD (químico ou nu- A taxa a que se verificam as fissões num
clear) já tratado até aqui. combustível nuclear. sólido é proporcional á
O que substituiria êsse importante está- quantidade (volume) de combustível presente
gio num reatar de plasma? Como breve res- (mantida a densidade). A taxa de fuga de
posta diríamos que êsse estágio é substituído neutrons pela superfície, por outro lado, de-
por expansões e compressões alternadas do pende da área da superficie. Vemos assim
gás fissionável, dentro da própria cavidade ci- que a relação entre a produção e fuga de neu-
líndrica. Para se compreender como essas trons depende da relação entre o volume e a
expansões e compressões são executadas, vere- área da superfície do combustível.
mos antes, com detalhes alguns fatos relacio- Para fixar idéia, suponhamos que o com-
nados com reações nucleares. bustível tenha o formato de uma esfera. O
Um reação nuclear em cadeia, tanto nu- volume de uma esfera é proporcional ao cubo
ma bomba, como num reatar, será mantida de seu raio, ou seja, duplicando-se o raio, o
s0mente enquanto houverem neutrons sufi- volume aumenta oito vêzes. Por outro lado,
cientes para alimentá-la, já que a divisão de a área da superfície de uma esfera é pro-
cada átomo de urânio ou outro núcleo fis- porcional ao quadrado de seu raio, ou seja,
sionável só se inicia pela absorção de um duplicando-se o raio, a superfície aumenta so-
neutron livre. Na realidade cada fissão li- mente quatro vêzes. Portanto, quanto maior
bera muitos outros neutrons. mas nem todos a esfera maior a relação entre volume e área
f-sses neutrons estarão disponíveis para ou- da superfície.
tras fissões : alguns são absorvidos sem cau- Numa esfera de combustível nuclear su-
sar fissão e outros. simplesmente escapam da ficientemente pequena, não haverá formação
superfície do combustível antes de serem ab- do número total de neutrons livres, já que ês-
sorvidos ou provocarem fissões e evidentemen- tes podem escapar através da superfície, mais
te os neutrons liberados por fissões próximas ràpidamente que as fissões através do volume
à superfície do combustível têm mais chance podem produzi-los. Aumentando-se o combus-
de escaparem dessa maneira, do que aquêles tível (mantendo-se o formato de esfera) au-

MARÇO/ARRIL - 1967 89
menta-se tanto a área da superfície como o tência apreciável, êsse enrolamento deve, ob-
volume, mas êste aumenta proporcionalmente viamente, conter muito mais espiras que as
mais do que a superfície. Assim a taxa de que se observa na figura.
produção de neutrons através do volume do Os estudos preliminares de projeto do rea-
combustível aumenta proporcionalmente mais tor de plasma ilustrado na figura 10 indi-
do que a taxa de fuga pela superfície. Se caram que a temperatura máxima de opera-
continuarmos aumentando o combustível êste r·i:i o do gás fissionável estaria na região dos
acabará por alcançar um tamanho crítico, 6 . 000°C, embora a temperatura das paredes
quando a taxa de produção de neutrons den- da cavidade fôsse de cêrca da metade. A
tro do combustível se compara com a fuga potência de saída estaria ao redor de 500 MW.
pela superfície. Aumento maior do volume com uma eficiência total de vinte por cento
do combustível, o tornaria super-crítico, re- na conversão do calor da fissão nuclear em
sultando numa explosão nuclear ou pelo me- energia elétrica.
nos na fusão do combustível. Deve talvez ser necessário esclarecer que
Se o combustível fôr um gás, a área de os reatores de plasma fissionável descritos aci-
sua superfície pode ser diminuída (e sua den- ma estão muito longe da possibilidade de rea-
sidade aumentada), comprimindo-se-o. Para lização de reatores termonucleares que uti-
uma determinada massa de gás fissionável, lizariam o calor da fusão nuclear ao invés da
existe um volume crítico: se o gás fôr compri- fissão . Como já foi mencionado, os plasmas
mido para menos de seu volume crítico, a fuga termo-nucleares têm temperaturas de milhões
de neutrons pela superfície não pode acompa- de graus ao invés de milhares de graus. Ge-
nhar a produção através do volume do gás, radores de potência operando em tais tempe-
resultando num caso super-crítico. raturas astronômicas exigiriam tecnologias
No reator de plasma da figura 10, a quan- completamente novas, estando suas possibili-
tidade de gás fissionável é tal que quando dis- dades de aprovPitamento num futuro bem re-
tribuída uniformemente através da cavidade moto.
cilíndrica o sistema será sub-crítico. Supo-
nhamos agora que um distúrbio repentino (por 808/NJ. OE CAMPO
exemplo, um golpe aplicado externamente l MAGNÉTICO
faça com que grande parte do gás se con-
centre em um dos extremos, comprimindo-o
abaixo do volume crítico. Imediatamente se
desenvolverá uma reação em cadeia que resul-
tará em uma liberação instantânea de calor, SAÍDA AO
iniciando uma onda de choque que viaja a CIRCUITO
uma velocidade supersônica ao longo do ci- EXTERNO
lindro (o efeito seria equivalente a uma ex-
plosão nuclear "miniatura"). Atrás da onda
de choque existe uma camada de gás ( plas-
ma) super quente e portanto ionizada. Quan- Q
do a onda de choque chega ao lado oposto do
cilindro, o gás continuará fluindo até que se
acumule material fissionável em quantidade
suficiente para se tornar super-crítico, repe-
tindo-se o ciclo, na direção oposta e assim
por diante. Teoricamente, o plasma continua-
ria oscilando entre um extremo e outro do
cilindro até que o combustível nuclear fôsse
suficientemente consumido para impedir a
ocorrência de um estado super-crítico em
qualquer ponto do ciclo.
Vemos assim, que o reator de plasma subs-
titui o fluxo unidirecional de plasma dos ou-
tros geradores MHD, pela oscilação do plasma b SAlDA AO
- - - CIRCUITO - - - '
dentro do cilindro. Dispondo-se um campo EXTERNO
magnético transversalmente e eletrodos na
forma usual (figura 11) poder-se-ia em prin- Fig. 11 - Métodos para a extração da corrente do
cípio, obter corrente elétrica alternada do reator de plasma: (a) inserindo-se eletrodos e campo mag-
plasma. nético transversal; (b) através de enrolamento externo.
Na prática, como a própria oscilação do
plasma constitui uma corrente alternada, p~­
der-se-ia utilizar outro método de obtençao Estado atual e perspectivas futuras
de corrente elétrica não utilizável para cor-
rente contínua. Êsse método dispensa total- Com exceção do reator de plasma que ge-
mente os eletrodos (excluindo portanto, seus ra C.A. todos os conjuntos MHD descritos até
problemas de corrosão) e emprega o princípio aqui geram C.C. e a eficiência de conversão
de acoplamento indutivo. Na figura llb a desta para C.A. será um pré-requisito neces-
corrente alternada no plasma corresponde ao sário para o uso em larga escala dêsses gera-
primário de um transformador e induzirá cor- dores, no suprimento de energia às rêdes de
rente no enrolamento externo, que correspon- distribuição. A tecnologia da conversão C.C.-
de ao secundário. Para a obtenção de po- (ContiDaa na pác. 113)

90 REviSTA Eum!ôNJCA
FREQÜÊNGIAS
DE CORTE Henri Lilen .
(Toute l'Electronique)

E DE TRANSICÃO
O comportamento dos transistores em re-
lação à treqüência é cara.cterizado por certas A relação anterior ( 1) pode ser escrita. ain-
grandezas e o objetivo dêste estudo é exata- da, através da seguinte expressão:
mente procurar defini-las e mostrar as rela-
ções que existem entre elas. Os numerosos a:t = (2)
aoacos de que nos servimos para facilitar os 1 + j (f/toc)
cálculos aos leitores, foram elaborados por onde a letra j, no denominador, represel_!_ta o
engenheiros da Motorola . símbolo imagmário correspondente a /1. Se
f = f a: , o valor absoluto do módulo do deno-
DEFINIÇõES FUNDAMENTAIS minador é y2, obtendo-se então a expr~ssão
Sabe-se que o ganho de um transistor não que serviu de definição para a freqüênc1a de
se mantém constante quando se aumenta a
freqüência de trabalho do mesmo. Na · mon- a: o
corte a::f = Além disso podemos
tagem base comum o ganho de corrente é '{2-
igual ao parâmetro h2lb e recebe a notação a: ;
êsse ganho a: é medido em condições perfei- agora calcular a defasagem ~ introduzida nes-
tamente determinadas, sem o que não teria sa freqüência. Com efeito o argumento do
nenhum significado. Assim, a medida &c efe- número complexo 1 + j é igual a 45"; portan-
tua em wn.a frequência fo, suficientemente to o sinal da freqüência í a: sofre uma defa-
baixa e infel"ior a tõdas as freqüências limí- · sagem de 45".
tes que iremos definir . Nesta freqüência fo· o
ganho de corrente é representado por a: . Se levantamos a curva do ganho de corren-
O ganho de corrente apresenta na monta- te a: , na montagem base comumJ de wn
gem base comum uma freqüência· de corte - transistor que apresente uma freqüência de
f ex: na qual o seu valor é 3 db infetior a ot o; corte t ce dtJ 1 M.hz, verificamos que ela é prà-
pode-se então escrever: ticamente constante e de valor igual a a: o
para tôdas as freqüências mteriores a f a: .
O: o O: o Além da freqüência de corte o ganho c:C de-
O:t = --- ~--- ~ 0,7 O:o (1) cresce aproximadamente 6 dB por oitava . .
Na montagem emissor comum, o ganbo de
corrente é defini dó por h21e = ~ . · A relação
Para que não se possa criar nenhuma dú- existente entre ~ e a: é a seguinte:
vida no espírito de nossos leitores, a tabela I
mostra a relação entre os decibeis e as rela- a:
ções de potência e tensão correspondentes. 13 = (3);
1 - a:
ou então por simples transposição:
13
a: = (4)
oc I
ldBJ ·0 f-----.------.. . . .
I
13 + 1
-· ----.!- - - - - - - - - - - - - Da mesma forma vamos chamar de 13o o
ganho 13 para tôdas as freqüências fo inferio-
res à freqüência de corte fl3, na montagem
emissor comum, e de f3t o ganho nesta fre-
10 100 qüência, que, evidentemente, é inferior em 3dB
ao ganho ~o .
13o
Fig. 1 - Curva típica de ganho de corrente de um Portanto - - - ~ 0,7 13o
transistor em montagem base comum. {2
MARço/ABRIL - 1967 91
Substituindo a: na expressão (3) pelo seu f~ =
valor na freqUência de corte de acôrdo com ~o
a expressão (2), estabelecemos uma relação isto é, a freqUência de corte na montagem
entre Pt e a: t . emissor comum é igual à freqUência de corte
Se f~ = fa: ( 1 - eco) (5) na montagem base comum dividida pelo ga-
obtemos, feit&..i as simplificações: nho de eorrente ~o .
Esta expressão, no entanto, não é rigorosa-
~o mente exata e só é válida para freqilências
~f = (6) baÍÃ~.
f Se entretanto desejannos comparar o de-
1 + j- sempenho de dois transistores em alta fre-
f~ qUência é preferível que se recorra a uma
expressão semelhante à estabelecida para a: t. fónnula mais precisa como a desenvolvida por
A. B. Phillips.
A curva do ganho de corrente de um tran- f~ = Ko <1-a:) fa:.
sistor em montagem emissor comum em fun-
ção da freqUência é vista na figura 2. A fre- onde Ko * é um coeficiente que varia entre 0,5
qUência de corte é 100 kHz e nela o ganho e 1 em função das defasagens introduzidals .
No quadro H vemos algwJS valôre.s aproxi-
11 mados de Ko para diversos tipos de transis-
~-~}
0~---,~----
tores.
I Consideremos por exemplo o transistor
-· ----r--------- 2Nll4l da Motorola - ae germânio, obtirio
1 I
I I por tecnologia me~ e a st:r utmzaao em am-
I pl'lticadoret;. :::>ua frequ....-..lC~a ae corte f a:.
I
I uada pelo labncante, e 1gua1 a lWu MHz ~
I o ganno a: o e 1gua1 a u,~o. .n.pacando a 1or-
I
I mu1a ( 7) e salleuao que l<:o, ao Quadro II, é
100 f (kHI} igual a O,H, ootemos :
Fig. 2 - Curva tlpica de ganho de corrente de um
f ~ = 0,8 (1 - 0,98) 1000 = 16 MHz
transistor em montagem emissor comum.
FREQtlÊNCIA DE TRANSIÇÃO
oc. o,• i
J o,•J
'\. A freqUência de transição ( fT) é definida
como sendo a freqUência em que o ganho de
o,ts \. corrente, na montagem emissor comum, ca1
para o valor 1, em módulo. ( ~T = 1 _ ou se-
o, ••
'\ ja O dB).
0,17 Esta freqUência de transição é, freqUente-
'\ mente, indicada pelos fabricantes de semi-
o, •• condutores, em particular para os transisto-
.... .
res de alta freqUência. Ela é, geralmente, mui-
to superior a f~ .
Mas pode se dar, também, que o fabrican-
O,tiS

,10 50

Fig. 3 - Relação entre o ganho de corrente de um


""' 600
.........
....... r-- ..
500
---:.A,
-0
te se limite a indicar o vawr do ganho ~ em
uma freqUência f compreeznA-C.ia entre f/l e fi
(f/l<f<fT). Como calcular f-r então? É muito
fácil desde que nos lembremos que a curva
de ~ em função da freqUência tem uma. in-
clinação de 6 dB por oitava para freqUên-
transistor em montagem base comum <cx 0 > e emissor cias maiores do que f~ . Basta então que mul-
comum (~ 0 ). tipliquemos o ganho :Jl indioadp pe~a tre-
~' é inferior em 3 dB ao ganho ~o; para tô- qUência f em que êle ocorre. Um exemplo
das as freqUências superiores a f~ o ganho nos permitirá compreender melhor essa afir-
diminui aproximadamente de 6 dB por oita- mação.
va. A curva da figura 3, pennite passar fà- Consideremos o transistor 2N2217 da Mo-
cilmente do ganho ~ ao ganho a: ( fónnulas torola - de silício, de ganho ~ igual a 4 na
( 3) e ( 4) ) sem efetuar cálculos. freqUência de 100 MHz. Esta freqUência f
(100 MHz) está compreendida entre f~ e fT.
Relações entre f~ e f a: Portanto:
Como vimos em ( 5) :
fT = ~.f = 4.100 = 400 MHz
f~ = fa: <1- eco); Com efeito, o ganho decresce 6dB por oitava
e sendo, (1 - a: o) pràticamente igual a 1/~o. o que significa que êle fica dividido por 2 ca-
obtemos para f~ a seguinte expres.são sim- da vêz que · a freqUência dobra. Assim, na fre-
plificada: qUência de 400 MHz êle será igual a 1. Se-
• A expressão K, aparece, nos âbacos, como K lndice téta.

92 RzvlSTA ~NICA
QUADRO I

Relação de tensão ou
Decibéis Relação de potência corrente

o 1 1
0,5 1,12 1,06
1 1,26 1,12
1,5 1,41 1,19
2 1,58 1,26
3 2 1,41
4 2,51 1,58
5 3,16 1,78
6 3,98 2
7 5,01 2,24
8 6,31 2,51
9 7,94 2,82
10 10 3,2
15 31,6 5,6
20 102 10
25 316 18
30 103 32
40 104 102
50 1015 316
60 106 103

QUADRO II Valôres de Ko

Tipos de Transistores Ko

Liga, de potência 0,82


Mesa - germânio (comutação) 0,9 a 1
Epitaxial - mesa- germânio (amplifi-
cador) 0,8
Não epitaxial - mesa - germânio t ampli-
ficador) 0,7
Planar e anular-silfcio 0,8 a 1
Madt 0,6

guindo um raciocínio semelhante, chegamos Conhecendo fT, pode-se estabelecer o ga-


à expressão: nho ~ de um transistor em uma freqUência
t qualquer; as regras a serem aplicadas são
fT = Ko ex: f ex: (9) as seguintes:
que em montagem base comum, segundo A. f < f~: se f é menor do que f~. o ganho ~
B . Phillips se transforma em: é sensivelmente igual a {3o (~ ~ ~o>.
f ~ f~ : se f é aproximadament~ igual a
fT=Kocx:ofcx: (9) f~. o ganho de corrente é ~f ~ 0,7 ~o.
f >f~: se f é maior do que f~, o ganho ~
Como ex: o é, na maioria dos casos, ligeiramen- decresee de 6 dB por oitava. Devemos então
te inferior à 1, conclue-se que fT é igualmente recorrer ao ábaco II : doi& pontos que corres-
ligeiramente inferior a f ex: • pondem respectivamente a fT (escala da di-
reita) e a f (escala do (entro) determinam
ABACOS uma reta que corta a escala dos ganhos (à
I esquerda), o ganho ~ é dado em valor abso-
Se se conhece a freqüência de corte f~ do luto ou em decfbeis .
ganho de corrente de um transistor, em mon- Indicamos, anteriormente, como passar de
tagem emissor comum, pode-se calcular fà- ex: o a ~o (figura 3) ou de ~o e ff3 a fT (ábaco
cilmente fT, aplicando a fórmula (8) . O ába- I). Da mesma maneira pode-se estabelecer
co I evita P.~se cálculo: os pontos represen- um ábaco que nermita se obter fT conhecida
tativos de f~ e de ~o (escalas do centro e da f ex: - ábaco III - no entanto é necessário
direita) determinam uma reta Que corta a Que se introduza o coeficiente Ko. o qual va-
escala fT (à esouerda) no valor da freqUência le 0,8 (escala do centro, valOres da esauerda)
de transição. O ganho ~o é dado na freqUên- ou 0,9 (escala central, valôres da direita).
cia de 1 kHz e f~ e fT são medidas nas mes- O ábaco III, portanto, é estabelecido para
mas unidades . transistores do tipo liga, de potência, ou de

MARço/ABRIL - 1967 93
dB VALOR AtJSOU/TO

•• Z50 .
zoo

,,
'fJ •o 50

tiO

z 35
ISO
:J
50
4
40 :JO 100
IS

-- --- -- ..
•'11.... -.. :z: :so··
~
11>
~
;:::.
...."'
Z5 1$0
15
5!
ÕZo
..:t...
11>
zo 5!
zoo o
~ 20 o
:JO :11
o
40
~ •7 :::.
~
~ 15 •
tiO
100 • 5

4
~
..
/50 150
10
:J 500
zoo zoo
ISOO

- -
300
I

Abaco I
• <fOO
500
700

Determinação da freqüência de tr11ons!ção fT de um tran-


"' •oo •oo
o 1000 1000
sistor em montagem emissor comum, conhecendo-~2 f~ ,;
~o· A reta que une os pontos f~ e ~o dados corta a escala 1200

tT no valor procurado. Abaco II

Determinação do ganho ~ em uma treqilência f>f~.


É . suficiente
que se trace a reta que passa pelos pontos
Ko•O.B
I Kt~ • 0.9
f e fT dados - ela corta a escala de ganho no valor
'o<
1500 I procurado.
1500 1500
ltr•Ke ,o<.. . f~
I ZOO 1000 ,O( fr
1000
1000
83o /500 • 1000

BOO
100
600
eoo---:.
11>
~ --- ----- Po o< o
1200 tiOO
I,,. ·""'·'•I
0,6

-----
600 1000
;::::. I 600
600 100 0,99
·~9 --~ 0,9. 800 ~00 ~

-
500 •oo JO
400 ~,96 700 u Po OCo
•oo ~
400 300
:JOO
l:lo
. ~
:z:
,,
20
0,9. ISOO
C> ·~ /00
I
0,99
o ·,oo :JOO - 50 ~98
:t "'. 0,92

.c:.-- ------
:JOO 30
200 :::. lO
Zlo-l:l q91S
zoo ~
0 , 90
•oo
. 20

zoo

150 . 100
.....
~
~ti

~" .IS
o.ss
O,tiiS

0,8.
300
200 C>

150
§
...:11
-- -- -- :z: 15
q94

qgz

0.90
100
0,82 200
100
~
.. 0,8tl

~ 0,86
100
ISO
• · ·o,lo
150
•o 0,84
tiO
tiO ISO 0,12

0,80
(00
ISO

Abae.-111 · ~ ·,
tiO K!'•0,6

DetermiDaçAo di! tT, conhecendo fi% e ~o ou · CZo• l!: sufi·


c.!ente traçar · a reta 11ue paua pelos pontos dadoS' fi%· e
l%o ou fl., e ler· o valor de tT na intersecção dessa · reta
com a eecala de ·tT l"aado 8IQ constcteração o · valor de Idêntico- ao ·anterior, para transistores MADT com
·K 0 <~.a ou 0,1); KQ=O,G.

' 84 . . REviSTA EI.'nllôNICA


f!o OCo
o.•o I'n •0,6 fi · O(· "ocl Po 0(.

foc
I'.e. K• fi·O(olfoc! fO(
0,80

1~00 0,8$ 1~00 0,65


'.e100 Ke•~6
t2oo
Ke•0.8.._ ';3 /K6 =0,9
0,1111 IZOO 0,88
100 •o
100
1000 0,90 1000 60 0,$0 ·
~o .
lO lO
so
so 800 40
"';::~ 800 0,9Z
"';::~ 0,9Z

...."'
!?
roo
......
600'-,
40
<O
0,9J

0,!14·
,•

...."'
!?
--- --·- --
roo
soo
30

zo
O, !I~

0, 94

"'...
.."'
!?
~o

400
'''
' ......
zo

......
zo zo
0,.95

0 , !16 ..'
:t:
..."'
..."'S!
~00

400
IS..._-..
10
-- ---
- 20
0,9 ,

0,96 '-'<'
"':::. lO § 8
10
~
4 JO
~ ........ JO
~ 300 0 , 97 ~
.._""-.
JOO
4
' ' 0 , 97
.....""-
$

'' ...... •o ~o
J
.• o '/ja

~ zoo '' 0,!111


~ zoo 0,96
'$0 $0
z
z '
40 1,$ C?.
1~0 z /50

•o 0,8
80

IDO 0,4 0,99


100 100 o.•• 100

150

zoo 0,99$ zoo 0,"$


Ãbaco V Ábaco VI

Determinação de fjl conhecendo-se fi% e Jlo ou IXo · Da Idêntico ao anterior para transistores MADT com
mesma maneira, deve-se levar em conta o valor de K, K0 = 0,6..
(0 ,8 ou O9) ao se ler o valor de tjl .
• Gpe
fp
~o 100000 ltp•t~l germamo do tipo mesa e empregados como
•• ~000
amplificadores <Ko = 0,8); ou do tipo mesa,
4S so de germânio, utilizado em comutação ou pla-
44
zoooo ~
nar de sillcio (Ko=0,9).
4Z Enfim, o ábaco V permite de se obter fB.
ro conhecendo f ex: , para valõres de Ko de 0,8 e
40 10000 f
80 0,9; para Ko=0,6 (transistores madt), é ne-
J•
sooo cessário utilizar o ábaco VI .
JS 1011
J4
z
zooo
JO
JZ

1000
.
J

ISO
FREQU1!:NCIA DE TRANSIÇAO DE
POT1!:NCIA
ZB
11
/
...........
Z4
~

10 /
/
..."' Existem outras freqüências limites muito in-
Z4
zoo
/
/
/
"'
~
;:, teressantes, como por exemplo a freqüência
zz zo
/
de · corte de 3 dB que é C'.e finida como sendo
./
/
~ a freqüência fcs na qual a relação s entre a
,.
zo

50
100

/
/
JO
40

'
. variação da corrente de coletor e a variação

,.
/ ISO
III / 400
/
/ 80 h21e
zo 100
soo da tensão de base, s = - - - - - , c a i de 3 ãB.
IZ
hlle
10 10 200 1100

•s ~
JOO roo É um dado experimental que não se pode ·ob-
•o o 600 ter através de calculos.
• 2
600
1000 Ainda, pode-se definir uma freqüência de
z eoo
o
1000
1200
transição de potência fp. Na verdade, na fre-
dB VALOit AeSOt.UTO
I~ qüência de transição fT o ganho de corrente
1~00
cai para o valor unitário e que no entanto, de-
Ábaco VII vido às diferentes impedâncias de entrada e
Determinação da treqüência de transiçãO de potência, ~ · de saída do transistor nessa freqüência, faz
para um transistor em montagem emissor comum, co- com que o ganho de potência ~ ser ainda
nhecendo·se seu ganho de potência Gpe na treqüência t apreciável.
superior à freqüência de transição de potência.
Interferência
de transmissores
em TV ADAUTO V . B. CONDE

fOpF

~~
CAUSAS NO RECEPTOR Ao termino/

Um transmissor, totalmente isento de ir- Únha de 300 n dt1 antena

radiações indesejáveis (harmónicos, parasitas, fOpF


etc . ), poderá ainda causar interferência em
televisores de projeto deficiente, situaúos pró- Cano d'água Chassis ;o receptN
ximos do local de transmissão.
As causas mais comuns de interferência, Fig. 1 - Filtro passa-altos para Unhas de 300 ohms.
no próprio receptor de televisão são :
1- Sobrecarga dos circuitos de entrada (se-
letor de canais) com geração de harmó- Os dados das bobinas são os seguintes:
nicos; número de espiras: 8
2- Harmônico do oscilador local do recep- comprimento do enrolamento: 2,5 cm
tor em batimento com o sinal do trans- tio B&S: 14
missor; diâmetro: 19 mm (3/4")
3- Deteção do sinal do transmissor no es- Para descida com cabo coaxial (750), uti-
tágio de áudio do receptor; liza-se o circuito da figura 2. Aqui também
4-- Deteção do sinal do transmissor por co- a frequência de corte é da ordem de 50 MHz .
nexão corroída na antena do televisor .
Indicaremos a seguir alguns recursos que,
fOOpF 50pF fOOpF
aplicados ao televisor interferido asseguram
recepção perfeita ou, pelo menos, aceitável . ~t-I-~~~~~...._..1--tlf---oAo terminal
Cabo coaxial
de 7'5 .ll de antena
FILTRO PASSA-ALTOS (não balanceado)
o------~~----+-----~0

A eliminação da interferência causada pe-


los itens 1 e 2 pode ser conseguida pela ins- Fig. 2 Filtro passa-altos para linhas concêntricas
talação de um filtro passa-altos de freauên- de 750.
cia de corte entre 30 e 50 MHz, à entrada de
antena do TV . Os sinais de frequênr-ia infe-
riores à freqüência de corte são sensivelmen-
te atenuados ao passo que os sinais dos ca- Os dados para as bobinas são os seguintes :
nais de TV, de freqüências superiores, não número de espiras : 3
sofrem pràticamente alteração alguma. Po- comprimento do enrolamento: 8 mm
tJer-se-ia também instalar armadilhas sinto-
nizadas na freaüência fundamental do trans- fio B&S: 14
missor; êsse recurso, entretanto, só é indi- diâmetro: 19 mm (3/4")
cado para transmissores que ~meram em fre-
quência fixa (cristal) numa determinada fai ·· Os filtros devem ser montados b~m proxi-
xa, pois, em caso contrário, deve ser retocado mos ao chassi. A conexão do circuito da fi-
para cada mudanca de freauência de trans-, gura 1 ao chassi deve ser bem curta; a li-
missão ou substituído na mudança da faixa gação ao cano d'água em receptores C.A . -
de oueração.
A fi~ra 1 ilustra um filtro com entrada ba- C.C. deve ser feita através de um capacitor
lanceada para linha de 3000 . A freauência de de 1 .000 pF.
(Continua na pá~:. 101)
corte dêsse filtro está ao redor de 50 MHz .

96 REviSTA El..ETRÔNICA
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EDITÔRA TÉCNICO_- GRÁFICA INDUSTRIAL LTDA.
RUA SANTA IFIGINIA, 180 - CAIXA POSTAL 30.881 - END. TELEGRAFICO: "GRAFTRON~ - SAO PAULO
O VIDICON
(Continuação da pág. 761

tubo permite dispensar a amplificação final do

Instrumentos ... feixe de elétrons por meio de um multiplica-


dor eletrônico. Nem tampouco é a imagem
ótica transformada em imagem eletrônica, com
a subseqüente amplificação por emissão se-
cundária; a imagem explorada é a imagem óti-
ca projetada sôbre o alvo.
O alvo consiste de uma placa de sinal
transparente SP, diretamente aplicada à face
frontal do tubo. A esta placa está sobreposta
uma camada muito fina de material semicon-
dutor, por exemplo. óxido de antimônio. A
placa de sinal está ligada a uma fonte de ten
s"ío positiva, cujo valor é variado entre 10 e
100 V, de acôrdo com as condições de ilumina-
ção em que opera o tubo.
Quando é projetada uma imagem sôbre o
alvo. as áreas iluminadas da camada semi-
condutora serão mais ou menos condutoras
(de acôrdo com a intensidade da iluminação)
e o potencial positivo da placa de sinal pene-
trará com maior ou menor intensidade no lado
a ser explorado da camada. Durante o pro-
cesso de exploração, o feixe terá de entregar
alguns de seus elétrons a tais elementos de
imagem iluminados, a fim de reduzir o po-
tencial dêstes a zero, antes de retornar ao
coletor. ~stes elétrons, cujo número depende
da luminosidade do elemento de imagem explo-
!'ado, podem ser retirados da placa de sinal
através da capacitância existente entre ela e a
camada semicondutora.
Sua construção relativamente simples per-
.aite dar' ao Vidicon dimensões bastante redu-
zidas. Seu comprimento, de cêrca de 15 cm
e o diâmetro, de 2,5 cm, tornam-no o menor
INSTRUMENTO DE TESTE tubo captador entre todos os existentes. O uso
Volt-Ohm - Miliamperímetro dêsses tubos possibilita portanto a producão
Modêlo 462 de câmaras muito pequenas e de manêjo rela-
tivamente simples, tais como são necessárias
Alcance das escalas: para as aplicações industriais de TV; não sà-
a) AC Volt: 7 alcances (de 3 até 3000 Vl mente para a transmissão de filmes, mas tam-
b) DC Volt: idem bém para os crescentes emprêgos da TV na
industria, as câmaras com Vidicon são hoje
c) Ohms: 6 alcances (de 1 K até lOL em dia universalmente aplicadas.
MQ)
d) Microamperes: 0-50-500 O PLUMBICON
e) Miliamperes: 0-5-50-500
O Plumbicon, recentemente desenvolvido,
O Amperes: 0-1, 2-12 solucionou diversas dificuldades apresentadas
g) Decibéis: de -10 a + 70 pelo Vidicon. Constituindo-se também num
Vidicon. com camada fotocondutora muito
Sensibilidade do voltímetro mais eficiente, essa válvula captadora apro-
a) AC Volt: 20.000 ohms por V xima-se bem mais do Orthicon de Imagem.
Com a simplicidade de operação inerente ao
b) DC Volt: 20.000 ohms por V. Vidtcon, diversos aperfeiçoamentos foram ob-
tidos: tempo de recuperação menor, gama de
intensidades maior (próximo à unidade), me-
lhor sensibilidade, etc.
O tempo de recuperação relativamente ele-
vado, característico do Vidicon comum, foi,
graças à nova camada fotocondutora, bastan-
te reduzido. A gama de intensidades de 0.6
foi elevada para 0.95. A alta sensibilidade
do Plumbicon possibilita a obtenção de si-
Rua das Ma r ga 1 idas N. 0 2:?.1 nais de saída com excelente relação sinal/ rui-
do, desde que seja acoplado a um estágio am-
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plificador de vídeo corretamente projetado -
o Plumbicon. pràticamente, não gera ruído;
a relação sinal/ruído é determinada, quase que
exclusivamente, pelo ruído de entrada do am-
plificador.
R E L E -s
Devido à sua alta sensibilidade, o Plum-
bicon é largamente utilizado em sistemas de
TV a côres. Quando utilizado em sistem~s
branco e prêto, diversas são as vantagens pro-
porcionadas.
APLICAÇOES
As aplicações industriais do Vidicon não
se restringem apenas a contrôles de processo
de produção ou outras operações em locais
inacessíveis ou que apresentem riscos, mas TIPO AB 1 TIPO OP 2
1, 2 e S pólos 2 pólos reversiveis
também para contrôle central de operações reversivels TIPO OP S
em pontos distantes entre si, onde uma ação 3 pólos reversiveis
conjunta e simultânea se tome necessâria.
Além de sua aplicação na indústria, pro- Ot1 relés sensfveis da série AB e OP, são de alta
qualidade do tipo miniatura. As bobinas s ã o en-
priamente dita, as câmaras com Vidicon, são roladas com fio especial e Impregnadas para re-
também largamente empregadas, em outros sistir quaisquer condições climáticas. As aplica-
campos, particularmente na medicina e raio-X, ções prlncalpis são: relés de placa em circuitos
tanto para diagnósticos, como para fins didâ- com válvulas, com translistores, para comandos
ticos. e)etrônicos em geral, para corrente continuo e I
alternada.
RELl!:S ESPECIAIS PARA TRANSISTORES
A RJ!GUA DE CALCULO PRODUTOS ELETRôNICOS METALTEX LTDA.

(Continuaçio da pág. !19)

Como o quarto algarismo significativo é J


METALTEX
essa posição estará a oito décimos de um:;. U. JOAQUIM FLORIANO, 807 - SAO PAl:LO
subdivisão da segunda graduação curta (figu- Tel. 8-6850
ra 3 linha a-a) . ---------------------------------------~
b- Para se detenninar a posição de 2565,
processa-se da seguinte maneira : situa-se com o segundo algarismo 6 . Como o primeiro tra-
a linha do cursor f'. graduação 2 . Desloca-se ço curto à direita representa 50 Cem númer~ s
o cursor até a quinta graduação intermediá- de 3 algarismos representaria 5) a posição de-
ria longa a sua direita . A seguir, como o ter- sejada estará exatamente no centro do es-
ceiro alg-arismo é 6 e cada divisão pequena paço entre a sexta divisão longa e o traço
representa uma diferenç-'1 de 2 nesse algaris- curto à sua direita (figura 3, linha e-e) .
mo, conta-se para 9. direita. três subdivisões .
Finalmente o ouarto ale-::trismo sig-nificativo, APROXIMAÇÃO
5. indica aue a linha do cursor deve ser des-
locada um quarto de divisão (figura 3, linha Muitas vêzes torna--se necessário desprezar
b-b) . alguns algarismos de um dado número por
c- A posicão 321 é assim obtida : locallza- conter algarismos significatâ.vos em número
se a graduação principal marcada 3 e con- maior ao que se pode usar numa régua de
ta-se duas graduações intermediárias longas cálculo . Por exemplo, se o valor dado
à direita. O terceiro algarismo. 1, estará en- fôr 798 . 125, desprezam-se os três últimos al-
tre essa graduacão intermediária longa e o garismos. Um valor de 102.483 aproxima-se
Primeiro traco curto, exatamente no centro para 1025. Igualmente 45,083 aproxima--se !)a-
(!}P'Üra 3, linha e-c) . ra 45,1 ou seja 451. O número 0,0563175 será
d- A posicfio 497 está nove graduaçõe~"> tomado como 563.
intermediárias à direita ela graduacão ~rinci­ Tôdas as posições devem ser determinadas
nal. marcada 4 . Como o terceiro alga.t ismo f. tão rigorosamente quanto possível . Ao se ad--
7. nortanto maior que 5. a nosicão final es- auirir prática no maneio da régua as frações
t::~rR. a direita da gradundio intermediária das subdivisões poderão ser calculadas com
cn.rta se~inte . C:omo o 11snaço entre essa gr!\.- grande precisão . Por exemplo, se o valor da-
duac~o intermediária curta e a gradnacão do é 27 . 668. um calculador com experiência
marcada 5. representa cinco unidades. a linha conclui imediatamente que essa posicão deve
no cnrmr estará P dois nuiptos de uma sub- estar mais ou menos a um terço da distância
divisão a direits:~ da grartuação intermediária 276 a 278, a direita da ~-raduação represen-
curta (figura 3 linha d-d), tando 276 .
e-:- O valor 5625 é al':l':im localizado: situa- Uma precicsão absoluta natural'mente não
se, com o cursor. a graduacão principal mar- pode ser obtida com mímeros com mais de
cada 5. A se~ruir . localiza-se a sexta divis?n três algarismos. Para cálculos comuns, entre-
intermediária longa, a sua direita, obtendo-se tanto, a aproximação é bastante satisfat,ória .

100 REVJSTA ELETRÔNICA


C 106-SCR de baixo custo, 200 V 2A, ideal p/
SEMICONDUTORES contrôle de motores em aparelhos domésticos,
conversores de CC para CA, contadores em
anel etc.
GENERAL@ ELECTRIC 'fRIAC: substitui dois SCR em rêde de 110 ou
220 V. Acionado com sinal de 3 V (posi~ivo
ou negativo) conduz em ambas as direçoes.
Ideal para dimmers, contrôle de temperatura,
máquinas automáticas etc.
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ticamente em vidro, de superfície passivada,
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SECÇÃO DE SOM DE TELEVISORES T2 BC107


rtHiKíDOS Yt Y2 20A79
(Continuação da pág. ti41 Vt HL92
Circ·u ito H
.1:1.J!,;;:i.Lb'l'ORES BOBINAS E TRANSFORMADORES

R1 carvão 120 k(J 1/2 w Lt idêntica à do circuito A


& carvão 2,7 kU 2 w Tr1 idêntico ao do circuito A
R3 carvão 22 kU 1/2 w Tr2 Willkason 4002
R4 carvão 100 o 1/2 w DIVERSOS
Rs carvão 470 (J 1/2 w
Re carvão 10 k1l 1/2 w
R? carvão 8,2 k(J 1/2 w Alto-falante 3.2 ohms 2 W
Re carvão 82 k(J 1/2 w
R.g carvão 8,2 k(J 1/2 w INTERFER:l!..NCIA DE
R to carvão 18 kU 1/2 W _ TRANSMISSORES EM TV
Ru carvão 2'7 k(J 1/2 w (Continuação da pág. !h3)
Rl2 carvão 3,9 kQ 2 w
Rl3 carvão 470 kQ 1/2 w A utilização de filtro passa-altos assegura
R14 carvão 150 kQ 1 w também proteção contra a captação, pelo es-
POTENCióMETRO tágio de RF do televisor, de irradiações de
FI de outros televisores (21-27MHz).
P1 carvão 10 kQ logarítmico com chave
ANTENA
CAPACITORES
Em televisores localizados a maiores dis ·
Sã.o os mesmos do circuito A, com exceção ~e tâncias do transmisso.:-, a eliminação da in-
Cts - óleo - 0,0068 J.LF ±10% 1000 V terferência (ítens 1 e 2) pode, às vêzes ser ob-
tida pela simples mudança da posição da an-
VALVULAS E SEMICONDUTORES tena do TV. t:sse recurso seria o primeiro a
ser experimentado em qualquer caso de inter-
ferência.

MARço/Amw.- 1967 101


Up~ l...ongo Fio de Descida às vêzes é
responsável pela interferência . Quando
fõr possível diminuir seu comprimen--
to, isso deve ser feito . Se a captação fôr
muito acentuada, deve-se usar cabo coaxial
(75 ohms), instalando-se à entrada da ante-
na um transformador "balun" . Nesse caso, é
aconselhável uma boa ligação da malha do
cabo a um terra externo (além da ligação ao
"balun") . A ligação a um cano d'água já pro · Fig. 3 - Filtro de RF para o estágio de áudio (L e Cl.
pórciona um excelente "terra". No caso de
receptores C. C. - C . A . essa ligação deve ser
efetuada através de um capacitar ( 1. 000 pF) .
No caso de antenas de instalações antiga FILTRO PARA A R1!:DE
cónvém reapertar os diversos parafusos da
montagem, bem · como refazer as ligações da É sempre aconselhável a instalação de um
linha à antena; evita-se assim, a possibilida- filtro de linha à entrada da rêde, no recep-
de de deteção do sinal do transmissor por al- tor, para se eliminar a possibilidade de in-
guma conexão corroida da antena (item 4). trodução de R .F. através da mesma . A figu-
ra 4 ilustra o circuito esquemático de um
FILTRO PARA O AUDIO
No caso de se comprovar que o sinal do r----- -- ---------------,
I I
transmissor está se introduzindo no receptor I
I
através do estágio de áudio (ítem 3) deve-se I
utilizar o filtro da figura 3. ligando-o direta- I
mente ao pino correspondente à grade di" ffO V -t..-'---+:--.. t----t------1~-+--cano
d'óguo
contrôle da válvula pré-amplificadora. Os da- I
I
dos das bobinas são os seguintes: I
I
número de espiras: 30 (sem ebpaçamento) 1
~-------------- ----- ------~
I

fio B&S: 24
Fig. 4 - Filtro de RF para a rêde .
diâmetro: 12,5 mm 0/2")

dêsses filtros . A linha pontilhada indica a


blindagem, que deve ser ligada a um bom
terra externo . Os dados das bobinas são :
número de espiras: 20 (sem espaçamento)

. 5AI='C0 fio B&S: 22 ou 24


diâmetro : 12,5 mm U/2")

CONDENSADORES FREQti:f:NCIAS DE CORTE


ELETROLITICOS E TRANSIÇÃO
(Continuação da pág. 95)

PARA CIRCUITOS TRANSISTORIZADOS Daí se conclui que fT não é obrigatoriamen-


Até 5.000 Microfarads . .... .... ... 50 Volts te a maior freqüência de trabalho possível do
transistor, e define-se fp como sendo a fre-
PARA CIRCUITOS DOBRADORES qüência na qual o ganho <!e potência d.J tran-
DE TENSÃO sistor é igual à 1, na montagem emissor co-
100 - 150 - 200 - Microfarads mum. A relação entre fp e fT é a seguinte:
PARA FILTRAGEM - ALTA TENSAO
Até SOO Volts - qualquer capacidade
Solicitem catálogos à
SAFCO 5/A. INDUSTRIA E onde r'b é a resistência de base e Cc 2 capa-
COMERCIO cidade do coletor do transistor em questão .
A curva que nos fornece o ganho de po-
RUA CAPITAO MACEDO, 60 tência Gpe em função da. freqüência tem a
FONES: 70-73-65 ou 71-14-16 mesma forma que aquela que representa o
CX. POSTAL 12.819 - S. PAULO ganho ex: em função da freqüência (figura 1);
ela decresce de 6dB por oitava a partir da

102 REviSTA ELE'I'RôNICA


freqüência de corte de ganho definida da na produção econômica de energi~ deve ope-
mesma maneira que as outras freqüências de rar continuamente por meses, senao anos, se-
corte (ganho caindo de 3dB) . guidos. Um funcionamento continuo de uma
Se o ganho de potên'!ia é igual a Gpe em hora, sem sobre-aquecimento foi o período
uma freqüência f superior à freqüência de de funcionamento mais longo de um gerador
corte definida no parágrafo anterior, então MHD descrito até agora. Tratava-se de uma
pode-se escrever: pequ~na unidade experimental fornecendo cêr-
ca de 10 kW de saída ; um modêlo de 700
fp ~ f V Gpe. kW sobreaqueceu em questão de segundos.
exprimindo-se o ganlÍo de potência · Gpe em Nesses geradores experimentais o campo
valor absoluto e não em decibéis; o ábaco VII magnético se estende ao redor de um canal
permite que não se faça cálculo algum para de gás de cêrca de 30 cm de comprimento,
determinar fp - basta que se trace a reta 1i- com secção de alguns centímetros quadrados.
gando os pontos que representam f e Gpe (es- Para apresentar potência de saída de interêsse
calas do centro e da esquerda respectivamen- comercial, as · dimensões do gerador devem
te) . ser aumentadas cêrca de dez vêzes; a eficiên-
Esta freqüência fp é definida ainda, por al- cia do sistema MHD aumenta ràpidamente com
guns autores, como sendo a máxima freqüên- o tamanho do gerador e é na região acima
cia de oscilação do transiStor e é denominada de 100 MW que êste parece sobrepor-se aos
nesse caso de fator de mérito. Deve-se lem- geradores convencionais.
brar sempre que êsses parâmetros estão . es- Foi também sugerido que um gerador MHD
treitamente ligados à tensão e à corrente do fôsse usado em conjunto com um turboge-
transistor; se o ponto de trabalho do mesmo rador convencional, para obtenção de uma efi-
muda é indispensável r;ue se leve isso em ciência total de cêrca de sessenta e cinco por
cento (contra quarenta por cento, nos mais
consideração sob pena de se chegar a resul- eficientes sistemas convencionais). Isso seria
tados errados. possível, usando-se os gases da exaustão de
GERADORES MHD .. . um sistema MHD de ciclo aberto, como o da
(Continuação da pág. 90) figura 6, para acionar um gerador convencio-
C.A. está bem avançada e êsse problema é vis- nal. tsses gases de exaustão, cujo calor seria
to pelos especialistas da matéria como o de de outra forma desperdiçado, são ainda sufi-
menor dificuldade na aplicação em larga es- cientemente quentes (acima de 600°C) para
cala dos geradores de MHD. produzir vapor d'água para um turbogerador
Sem dúvida, o maior fator isolado que convencional.
afeta o desenvolvimento futuro do gerador Quanto tempo ainda correrá até que os
MHD é a necessidade de materiais retratá- geradores MHD sejam largamente usados, me-
rios adequados. Um requisito semelhante era lhorando de forma significante, a utilização
necessário em células de combustível de alta de nossas reservas de energia? A opinião ge-
temperatura: aí entretanto, alta temperatura ral parece ser que conjuntos pilotos com saí-
significava 800 a 1. 200°C, enquanto que para da entre 10-100 MW serão obtidos com su-
geradores MHD essas altas temperaturas são cesso ainda nesta década. Após isso, não se
de 2.000 a 3.000"C ou ainda maiores. Mate- prevê ainda quando terão seu uso suficiente-
riais capazes de suportar essas excessivas tem- mente difundido e se substituirão ou simples-
peraturas, mudanças rápidas de temperatura mente suplementarão os sistemas convencio-
c ataques químicos de sais alcalinos devem ser nais; se funcionarão com combustível fóssil,
acessíveis econômica e quantitativamente. Pa- nuc!ear ou ambos, etc. É seguro, entretanto
ra geradores usados em conjunto com reato- afirmar que o futuro da geração MHD, como
res nucleares o material terá também que su- da própria energia nuclear não serão deci-
portar o bombardeio de raios gama e neu- rlidos exclusivamente pelos seus méritos téc-
trons. Quando êstes novos materiais forem nicos e econômicos: certo ou errado, tôdas as
desenvolvidos, serão sem dúvida bem diferen- formas de influências políticas, militares ou
tes dos metais, em suas propriedades mecâni- sociais estarão envolvidas.
cas, exigindo para sua manipulação novas má-
quinas e técnicas de construção. O material O MULTIVIBRADOR ASTÁVEL
ao eletrodo além de resistir a altas tempera- (Continuação da pág. 86)
turas e corrosão deve ainda ser um bom con-
dutor elétrico; se pudesse ao mesmo tempo ser do valor Vb que possui a até êsse momento. A
bom emissor de elétrons, isso também seria queda de potencial do anodo de B2 é levada,
útil, já que os elétrons libertados da superfí- por intermédio de Cg1, à grade de B1, que em
cie do eletrodo seriam introduzidos no jato de consequência, se torna negativa . Por conse-
gás, aumentando a sua condutividade. guinte, a corrente através de B1 diminui e o
A tecnologia de alta temperatura está re- potencial Va1 aumenta. tsse aumento de po-
cebendo atualmente grande estímulo e apoio tencial é conduzido, através de Cg2, à grade
financeiro, particularmente nos E.U.A., devido de B2, que se torna positiva. COmo resultado,
ao desenvolvimento de,foguetes e, pa:rte dêsse o aumento do fluxo de corrente através de
conhecimento já está encontrando aplicação Bz e a queda de seu potencial de anodo V.:
no campo de geradores MHD. · se tornam mais rápidos. Essa nova queda de
Entretanto é importante assinalar que en- potencial é transferida através de Cgt, aumen·
quanto o motor de um foguete funciona nor- tando fortemente o potencial negativo na gra-
malmente, somente durante alguns minutos, de de B1. Isto constitui um processo típico
um gerador MHD para apresentar inte:rêsse de relaxação e resulta de um lado num fluxo

103
máximo de corrente em B2 e, do outro, .na
aquisição, pela grade de B1, de um forte pcJ-
lencial negativo.
No estado quase-estável agora atingido, o
capacitar Cg1 se descarrega e há uma queda
gradativa no potencial de grade de B1. As-
sim que êste ultrapassa o ponto de corte, re-
começa o fluxo de corrente pela válvula e o
circuito relaxa novamente.
A alteração periódica das válvulas entre os
estados de condução e corte continua indefi-
ddamente. Como indicam os diagramas iu··
feriares da Fig . 2, as tensões anódicas de am-
bas as válvulas têm forma de pulsos, como o
são as correntes anódicas .
A freqüência de repetição dos pulsos depen-
de do tempo necessário à descarga das duas
grades; pode ser alterada à vontade, pela al-
teração dos valôres dos dois resistores de
grade Rg1 e Rg2. Sendo os dois tempos de
dercarga iguais, os períodos durante os quai<>
as v:\lvu)as Et'itão cortadas também s~rão
iguais e a duração de um único pulso é equi-
valente à metade do período completo do pul-
so. É êste o caso da Fig. 2 . Neste caso, é .co-
mum denominar-se a corrente ou tensão, de
Fig. 2 -- C:orrentes e tensões num mul' ribrador astáve!
onda quadrada.
Os s!mbolos e letras têm o mesmo si!!'' ficado da fig. 1.

O QUE VAI PELO MUNDO . ..


o\ General Motors (EE.UU ) demonstrou recentemente
nrn nôvo e revolucionário sistema eletrônico destinado
1t 2'elar p ela segurança dos motoristas que trafegam
po:>las estrada~ norte-americanas . O sistema é denomi-
nado DAIR (Driver Aid, Information and Routing) e.
dentre os inúmeros s·erviços que presta aos motoris-
tas, destacam-se os seguintes : «Guiar » o motor:sta até o
seu destino, o que é conseguido mediante o ·1so de um
reletor de rotas. O operador simplesmente fornece ao
sistema. o roteiro a percorrer e pouco antes do carro
chegar a um desvio, ou entroncamento, o motorista é
informado sôbre a direção que deve tomar . A infor.
mação é fornecida por um instrumento que é ativado
por sinais codificados provenientes de transmissor<'s
•ituados à beira da estrada. Assim sendo, fica dis-
pensado o uso de mapas rodoviários .
"-' Chamar a atenção do motorista para as sinaliza-
ções da estrada mediante indicações apresentadas
no painel de instrumentos do carro. Isto é conse-
guido graças a pequenos transmissores instalados
junto a cada placa sinalizadora da rodovia.
a Transmitir mensagens de emergência para o pôsto
de serviço o·1 ofic·ina mais próxima .
.;, Receber informações sôbre as condições da rodovia,
como, por exemplo, eventuais obstruções, conser-
tos. nevadas, etc.
o sistema ainda está em fase experimental e a
GM não tem idéia de quando começará a produ-
riio dos aparelhos. Existem ainda outros problemas
â serem resolvidos, tais como, distribuição de freqüên-
cias, aprovação das autoridades de trânsito, policia,
etc., antes que qualquer sistema dêste tipo possa ser
utilizado nos Estados Unidos.
o sistema desenvolvido pela GM opera na faixa
cidadão (citizens band) e cada equipamento custará
cêrca de US$ 200, ou seja o mesmo preço de um com-
pleto sistema AM-FM estéreo para automóveis.

104

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