02 Tipos Falhas Materiais PDF

MEC0253 – INTEGRIDADE
ESTRUTURAL
TIPOS DE FALHAS DE
MATERIAIS
1
Prof. Me. Eng. Mec. Vagner Grison
ESTRUTURAL
Questões a serem discutidas

• Como os defeitos num material iniciam falhas?
• Como quantificar a resistência até a fratura?
• Como comparar materiais de diferentes
classes?
• Como estimar a tensão de fratura?
• Como o nível de carregamento, o histórico de
carregamento e a temperatura alteram o
limite de ruptura?
2
ESTRUTURAL
Mecanismos da Fratura
• Fratura Dúctil
– Ocorrem juntamente com uma deformação
plástica macroscópica.
• Fratura Frágil
– Ocorre com uma pequena ou nenhuma
deformação plástica visível a olho nú;
– Logo, este tipo de fratura é catastrófico,
ocorrendo sem nenhum aviso prévio.
3
ESTRUTURAL
Fratura Dúctil e Frágil

Muito Moderadamente
Frágil
Dúctil Dúctil
Uma fratura dúctil é

preferível pois dá
sinais visíveis de sua
falha.
4
ESTRUTURAL
Falha numa tubulação

• Falha Dúctil:
- grande deformação
- uma única parte
• Falha Frágil:
- mínima deformação
- muitas partes
Fonte: V.J. Colangelo and F.A. Heiser,

Analysis of Metallurgical Failures (2nd
ed.), Fig. 4.1(a) and (b), p. 66 John Wiley
and Sons, Inc., 1987. 5
ESTRUTURAL
Falha formação
Moderadamente
formação
Dúctil
propagação
estricção trinca fratura
cavidades trinca
s
Superfícies 50 mm
fraturadas
Partículas de 100 mm
inclusão são pontos Fonte: V.J. Colangelo and F.A. Heiser, Superfície fraturada de um arame
onde se iniciam Analysis of Metallurgical Failures (2a de pneu submetido à tração.
ed.), Fig. 11.28, p. 294, John Wiley and
cavidades Sons, Inc., 1987.
6
ESTRUTURAL
Superfícies Fraturadas
• Fratura Dúctil • Fratura Frágil
Cone e taça Sem deformação

aparente
7
ESTRUTURAL
Fratura Frágil
• As setas indicam onde a fratura teve início
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ESTRUTURAL
Exemplos de Fraturas
• Falha de estria de eixo motor de um caminhão
decorrente de fadiga associada à corrosão.
Fonte: J. E. Shigley, et all., Projeto de Engenharia

Mecânica (7a ed.), Fig. 6.1, p. 252, Bookman, 2004.
9
ESTRUTURAL
• Falha por
impacto de
um cubo
guia de pá
de um
cortador
de grama.
Fonte: J. E. Shigley, et all., Projeto

de Engenharia Mecânica (7a ed.),
Fig. 6.5, p. 254, Bookman, 2004.
10
ESTRUTURAL
• Falha de um parafuso de fixação que ficou
sujeito à um esforço de flexão.
Mecânica (7a ed.), Fig. 6.6, p. 254, Bookman, 2004.

Fonte: J. E. Shigley, et all., Projeto de Engenharia
11
ESTRUTURAL
• Dispositivo de teste de correntes. Falhou no
primeiro ciclo. Falha tipicamente frágil.
Fonte: J. E. Shigley, et all.,
Projeto de Engenharia Mecânica
(7a ed.), Fig. 6.8, p. 255,
Bookman, 2004.
12
ESTRUTURAL
• Mola aplicada em comando de válvula de
motor. Fratura à 45º típica de cisalhamento.
Fonte: J. E. Shigley, et all.,
Projeto de Engenharia Mecânica
(7a ed.), Fig. 6.10, p. 256,
Bookman, 2004.
13
ESTRUTURAL
Etapas para análise de uma fratura

1. Levantamento de dados 8. Metalografia
2. Análise preliminar 9. Tipo de falha
3. Testes não destrutivos 10. Análise química
4. Ensaios mecânicos 11. Mecânica da fratura
5. Preparação de amostras 12. Testes no produto
6. Análise macroscópica 13. Análise e registro
7. Análise microscópica 14. Recomendações
14
ESTRUTURAL
1. Levantamento de dados
• Dados e registros • Estoque de peças
de fabricação • Levantamento de
• Dados e registros condições anormais
da aplicação • Análise da sequência
• Registros de fraturas
fotográficos • Seleção de amostras
• Análise dos
destroços
15
ESTRUTURAL
1.1 – Sequência de Fraturas
Percebe-se
que a trinca A
precede a
trinca B
16
ESTRUTURAL
1.1 – Sequência de Fraturas
A fratura A
precede as
fraturas B e C.
17
ESTRUTURAL
2. Análise preliminar
• É a parte mais importante da análise de falhas
• Inspeção visual de todas as peças e/ou
destroços
• Fotografia detalhada de todas as peças e/ou
destroços
• Estudo das fraturas ocorridas
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ESTRUTURAL
3. Testes não destrutivos

• Inspeção por partículas magnéticas
• Inspeção por líquido penetrante
• Inspeção eletromagnética
• Inspeção ultrassônica
• Radiografia
• Análise de tensões residuais
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ESTRUTURAL
4. Ensaios Mecânicos
• Ensaios de dureza
• Ensaio de tração
• Ensaio de cisalhamento
• Ensaio de impacto
• Ensaio de fadiga
• Ensaios de mecânica da fratura
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ESTRUTURAL
5. Preparação das superfícies fraturadas

• Muita atenção é requerida nesta etapa
devendo-se tomar cuidados para prevenir:
– Danos químicos às amostras
– Danos mecânicos às amostras
– Danos térmicos às amostras
• Executar a limpeza das partes com cuidado
• Sempre utilizar as técnicas menos destrutivas
primeiro
21
ESTRUTURAL
6. Inspeção Macroscópica
• Usar estéreo microscópios de baixa
intensidade
• Determinar a origem da fratura
• Determinar o sentido de crescimento da
trinca, padrões tais como marcas de rio,
marcas de praia, etc.
• Determinar se a fratura é dúctil ou frágil
• Localizar outros locais com trincas
22
ESTRUTURAL
Marcas
de praia
23
ESTRUTURAL
Marcas
de rio
24
ESTRUTURAL
Padrões
indicam
o início
da
fratura
25
ESTRUTURAL
7. Análise microscópica
• Cavidades
esféricas
típicas de
uma fratura
dúctil por
sobrecarga
26
ESTRUTURAL
• Estrias
típicas de
falhas por
fadiga
27
ESTRUTURAL
• Clivagem
típica de
uma fratura
frágil
devido à
sobrecarga
28
ESTRUTURAL
8. Análise metalográfica
• Verifica-se a classe do material
• Visão geral da microestrutura
• Caminho da trinca
– Intergranular
– Transgranular
• Problemas devido à tratamentos térmicos
– Descarbonetação, camadas de cementação,
endurecimento superficial, deposição metálica,
etc.
29
ESTRUTURAL
• Defeito
gerado
durante o
processo
de forja
30
ESTRUTURAL
Trinca Intergranular
Trinca Transgranular
31
ESTRUTURAL
9. Tipo de falha
• Falha Dúctil
– Presença de cavidades, presença de estricção,
normalmente transgranular
• Falha Frágil
– Nenhuma ou mínima deformação plástica
macroscópica, clivagem, intergranular ou com
presença de estrias
32
ESTRUTURAL
9. Tipo de falha
• Sobrecarga dúctil
• Sobrecarga frágil
• Crescimento de trinca
– Devido a uma carga estática: Fluência, fragilização
por hidrogênio, etc.
– Devido a um carregamento dinâmico: Fadiga,
fadiga associada à corrosão, fadiga térmica, etc.
33
ESTRUTURAL
10. Ensaios Químicos

• Análises químicas com reagentes
• Técnicas de análises de superfícies
• Fluoroscopia industrial
• Espectroscopia óptica
• Espectroscopia infravermelha e ultravioleta;
WDS; difração eletrônica, etc.
34
ESTRUTURAL
11. Mecânica da fratura

• Teste de tenacidade à fratura
• Sensibilidade à taxa de deformação
• Sensibilidade ao entalhe
carga
fratura
35
ESTRUTURAL
12. Testes do produto

• São testes de valor limitado
• Deve-se decidir por diversos mecanismos de
teste e instrumentação
• Pode-se incorrer a erros devido à não
observância ou a incapacidade de garantir as
reais condições de severidade
36
ESTRUTURAL
13. Documentação
• Deve ser clara e concisa
• Não se deve expressar opiniões, mas sim,
fatos
• Indicar as fontes de dados externos
• Seguir um check-list das atividades
desenvolvidas
37
ESTRUTURAL
14. Recomendações
• Deve levar à prevenção de falhas futuras
• Deve levar ao aprimoramento do produto
• Não se deve indicar a troca de material ou de
especificações de processo sem antes uma
completa análise das diversas possibilidades
de manutenção do projeto
38
ESTRUTURAL
Referências
• Callister Jr., W. D. “Ciência e Engenharia de
Materiais”. 5ª edição. LTC. 2002.
• Shigley, J. E., et. al. “Projeto de Engenharia
Mecânica”. 7ª edição. Bookman. 2004.
39

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Questões a serem discutidas

Fratura Dúctil e Frágil

Uma fratura dúctil é

Falha numa tubulação

Fonte: V.J. Colangelo and F.A. Heiser,

Cone e taça Sem deformação

Fonte: J. E. Shigley, et all., Projeto de Engenharia

Fonte: J. E. Shigley, et all., Projeto

Mecânica (7a ed.), Fig. 6.6, p. 254, Bookman, 2004.

Etapas para análise de uma fratura

1.1 – Sequência de Fraturas

1.1 – Sequência de Fraturas

3. Testes não destrutivos

5. Preparação das superfícies fraturadas

10. Ensaios Químicos

11. Mecânica da fratura

12. Testes do produto

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