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Amir Shirzadi
Introdução
A ligação por difusão no estado sólido é um processo pelo qual, duas interfaces
normalmente planas podem ser unidas numa elevada temperatura (cerca de 50% a 90% do
ponto de fusão absoluto do metal base), usando a aplicação de pressão por um determinado
tempo que pode ser de apenas alguns minutos até várias horas. O International Institute of
Welding (IIW) tem adotado uma definição modificada para a ligação por difusão no estado
sólido, proposta por Kazakov [2].
A ligação por difusão de materiais no estado sólido é um processo para tornar uma
junção monolítica através da formação de ligação a nível atômico, como um
resultado da união final de duas superfícies devido à deformação plástica á elevada
temperatura que ajuda a interdifusão nas camadas da superfície dos materiais que
estão sendo unidos.
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1. O processo tem a capacidade de produzir juntas de alta qualidade, de forma que não
ocorrem descontinuidades metalúrgicas e tampouco existam porosidades na interface.
Micrografia óptica da ligação por difusão em uma super liga a base de cobalto, sem
fluxos, vazios e perda de elementos de liga.
4.FALTANTE NO ARTIGO
5. A união de materiais dissimilares com diferentes características termofísicas, que não são
possíveis por meio de outros processos, podem ser realizadas pela ligação por difusão.
Metais, ligas, cerâmicas e produtos sinterizados podem ser unidos pela ligação por
difusão. A figura ao lado mostra uniões entre os materiais dissimilares Al 6082 e o Ti-
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6Al-4V, que foram submetidos a ensaios de dobramento e torção. Não ocorreu nenhuma
falha na interface da junta.
6. Componentes de alta precisão com geometrias complicadas ou seções cruzadas podem ser
fabricados sem a necessidade de usinagem posterior. Isso significa que podem ser obtidas
boas tolerâncias dimensionais para os produtos produzidos por esse processo.
7.Com exceção do investimento inicial, os custos dos consumíveis da ligação por difusão são
relativamente baixos visto que não são requeridos metais de adição ou fluxos (embora os
custos de capital e os custos associados com o aquecimento para tempos relativamente
longos possam ser altos).
8. A ligação por difusão é livre de radiação ultravioleta e emissão de gás de forma que não
existe nenhum efeito prejudicial ao meio ambiente, a saúde e aos padrões de segurança
estabelecidos.
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Limitações da ligação por difusão
Variações da ligação por difusão também são referidas para os seguintes termos:
Problemas que podem ocorrer com a ligação por difusão no estado sólido
O principal objetivo na ligação por difusão é o de manter a superfície de duas peças bem
unidas de forma que a interdifusão possa resultar nas ligações de difusão. Existem dois
obstáculos maiores que precisam ser superados a fim de se obter ligações por difusão
satisfatórias.
Mesmo a superfície mais polida, tem contato somente nas suas asperezas e assim o
raio da área de contato para a área sobreposta é muito pequeno.
Na maioria dos metais a presença de camadas de óxidos nas superfícies de contato
afeta a ligação por difusão. Para muitos metais e ligas, seus filmes de óxidos se
dissolvem no interior do metal ou se decompõem na temperatura de ligação (a
maioria dos metais, cobre, titânio, tântalo, nióbio e zircônio), e dessa forma o
contato metal-metal pode ser rapidamente estabelecido na interface. A união desses
materiais é relativamente simples e não foi incluída nesse artigo. Entretanto, se a
camada de óxido é quimicamente estável, como as ligas a base de alumínio, a
ativação da ligação metálica pode ser difícil.
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Mecanismo da ligação de difusão no estado sólido
O mecanismo da ligação por difusão no estado sólido pode ser classificado dentro de
duas fases principais [4].
Todas as tentativas na modelagem da ligação por difusão têm dois objetivos principais.
O primeiro é de otimizar as variáveis do processo, como o acabamento da superfície, a
temperatura de ligação, a pressão e o tempo de forma que as condições adequadas para a
ligação de um determinado material possam ser identificadas. Segundo, um modelo tenta
obter não somente as diferentes condições de ligação, mas também para os diferentes
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materiais que estão sendo unidos. Veja os quadros seguintes para um sumário das modelos
propostos.
A união do alumínio e ligas básicas de alumínio com elas mesmas e com outros metais
tem criado grandes problemas devido à tenacidade da camada de óxido na superfície que está
sempre presente. As dificuldades tornam-se maiores quando a fusão de componentes que
serão unidos não é uma opção. Shizardi e Wallach desenvolveram recentemente uma técnica
para união por difusão de materiais.
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Alguns materiais avançados não podem ser soldados por técnicas convencionais porque
as altas temperaturas envolvidas destroem suas propriedades. Para a maioria dos materiais, a
ligação por difusão é uma solução atrativa porque é uma técnica de união no estado sólido,
que normalmente é realizada numa temperatura muito mais baixa do que o ponto de fusão do
material.
A ligação por difusão no estado líquido depende da formação de uma fase líquida na
linha de junção durante um ciclo de ligação isotérmica. Então essa fase líquida penetra no
metal base e eventualmente se solidifica como uma conseqüência da difusão continuada do
soluto no interior do material a uma temperatura constante. Por conseguinte, esse processo é
chamado de ligação por difusão com Fase Líquida de Transição (FLT).
A respeito da presença de fase líquida, esse processo não é uma subdivisão dos
processos de soldagem por brasagem ou fusão com a formação e o término da ocorrência de
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uma fase líquida a temperatura constante e abaixo do ponto de fusão do metal base. A fase
líquida na ligação por difusão FLT geralmente é formada pela inserção de uma camada
intermediária que forma uma fase bem abaixo do ponto de fusão, como o ponto eutético ou
peritético, após a interdifusão inicial da camada intermediária e do metal base à temperatura
acima da temperatura eutética. Note que a fase líquida poderia, alternadamente, ser formada
pela inserção de uma camada intermediária com uma composição inicial adequada, como é o
caso da composição eutética que se funde na temperatura de ligação.
A taxa de difusão na fase líquida aumenta a dissolução e/ou rompe a camada de óxido e
dessa forma, promove o contato intimo entre as superfícies em contato. Portanto, a presença
de uma fase líquida reduz a pressão necessária para ligação por difusão FLT em comparação
com a ligação por difusão no estado sólido e pode resolver o problema associado com a
ligação por difusão no estado sólido de materiais com camadas de óxidos estáveis.
Conseguindo alta integridade das juntas com um mínimo de defeitos no metal base na
região de ligação e também possibilitar a união de compósitos de matriz metálica (CMM) e de
materiais dissimilares são características promissoras da ligação por difusão FLT. As figuras
mostram uma ligação FLT num compósito de matriz metálica alumínio contendo partículas de
Si como reforço. A ligação foi feita a uma temperatura de 550°C usando folhas de cobre com
3 mm de espessura como camada intermediária.
Aspectos teóricos da ligação por difusão com fase liquida de transição (FLT).
A fase de dissolução do metal pode ser dividida em duas partes no qual o metal de
adição fundido é seguido por uma expansão da zona líquida. Entretanto, se ocorrer o processo
de fusão como um resultado da interdifusão de A e B, então a fusão da camada intermediária
e a expansão da fase líquida podem devem ocorrer simultaneamente.
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De acordo com o diagrama de fase, o equilíbrio do líquido pode ser estabelecido pela
dissolução dos átomos de A no líquido supersaturado rico em B para diminuir sua
concentração para CLα. Durante essa fase, continua a homogeneização da fase líquida e a
largura da zona líquida aumenta até o perfil da composição nos níveis fora da fase líquida, ou
seja, até cessar a difusão no liquido. A taxa dessa homogeneização é controlada
principalmente pelo coeficiente de difusão da fase líquida e, dessa forma, essa fase leva um
curto espaço de tempo para ser completada.
Na próxima fase, ocorre a solidificação isoterma quando os átomos de B começam a se
difundir na fase sólida, e a região líquida diminui a fim de manter o equilíbrio das
composições de CLα e CαL nos contornos em movimento sólido/liquido. O coeficiente de
interdifusão na fase sólida (α) controla a taxa de solidificação e, devido à difusibilidade no
sólido ser baixa, a finalização da fase líquida é muito lenta se comparada com a fase inicial
onde a dissolução é rápida para que a difusibilidade no líquido controle a velocidade da
reação.