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Artigo 1:Ligação por Difusão - SOLDAGEM

Amir Shirzadi

Introdução

Os processos de soldagem podem ser classificados em duas categorias principais:


Soldagem na fase líquida – que são todos os processos de soldagem por fusão, como a
soldagem a arco convencional, soldagem a laser e soldagem por feixe de elétrons.
Soldagem no estado sólido – como a soldagem por forjamento, onde todo o processo
acontece em fase sólida, sem transformação de fase, como ocorre com o processo de
soldagem friction stir welding, soldagem por explosão, e soldagem por difusão no
estado sólido.

No caso do processo por fusão, as ligações são estabelecidas pela formação e


solidificação de uma fase líquida na interface, enquanto que na soldagem no estado sólido, a
pressão aplicada tem uma importância fundamental no sentido de manter juntas as superfícies
que são unidas dentro das distâncias interatômicas.
Embora não se saiba com precisão detalhes sobre os métodos reais usados pelos
ferreiros e artífices, é evidente que a soldagem no estado sólido tem sido usada há mais de mil
anos [1]. Como exemplo, temos as famosas espadas japonesas e Damascus feitas por
forjamento a quente de peças de aço com alto carbono até se transformarem em lâminas finas.
Cada lâmina era então dividida em duas metades que depois eram novamente unidas por
martelamento a altas temperaturas. Esse processo era repetido dezenas de vezes a fim de
melhorar a resistência e a tenacidade das espadas.
A ligação por difusão, como uma subdivisão tanto da soldagem do estado sólido quanto
da soldagem em fase líquida, é um processo de união onde o principal mecanismo é a
interdifusão dos átomos através da superfície. A ligação por difusão da maioria dos metais é
realizada no vácuo ou em atmosfera inerte (normalmente nitrogênio seco, argônio ou hélio)
com objetivo de reduzir a oxidação causada por impurezas nas superfícies de contato. A
ligação de alguns metais que apresentam filmes óxidos que são instáveis termodinamicamente
a temperatura ambiente, podem (por exemplo: a prata) ser ativados pelo ar.

Ligação por Difusão no Estado Sólido

A ligação por difusão no estado sólido é um processo pelo qual, duas interfaces
normalmente planas podem ser unidas numa elevada temperatura (cerca de 50% a 90% do
ponto de fusão absoluto do metal base), usando a aplicação de pressão por um determinado
tempo que pode ser de apenas alguns minutos até várias horas. O International Institute of
Welding (IIW) tem adotado uma definição modificada para a ligação por difusão no estado
sólido, proposta por Kazakov [2].

A ligação por difusão de materiais no estado sólido é um processo para tornar uma
junção monolítica através da formação de ligação a nível atômico, como um
resultado da união final de duas superfícies devido à deformação plástica á elevada
temperatura que ajuda a interdifusão nas camadas da superfície dos materiais que
estão sendo unidos.

Vantagens da ligação por difusão no estado sólido:

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1. O processo tem a capacidade de produzir juntas de alta qualidade, de forma que não
ocorrem descontinuidades metalúrgicas e tampouco existam porosidades na interface.

Micrografia óptica da ligação por difusão em uma super liga a base de cobalto, sem
fluxos, vazios e perda de elementos de liga.

2. Item faltante no artigo.

3.Com as variáveis do processo controladas adequadamente, a junta deve ter a resistência


mecânica e ductilidade equivalentes a do metal base. Falhas na ligação por difusão de
amostras de alumínio (ligação 1 e 2), submetido à força de tração, ocorreram na liga do
metal base (mostrado pelas setas) e distantes da linha de ligação.

Com as variáveis do processo controladas


adequadamente, a junta deve ter a mesma
resistência mecânica e ductilidade
equivalente ao metal base. Falhas em
corpos de prova em alumínio ligados por
difusão (ligação 1 e 2), submetidas a
ensaio de tração, ocorreram no metal base
(indicado pelas setas) e a frente da linha
onde ocorreu a ligação por difusão.

4.FALTANTE NO ARTIGO

5. A união de materiais dissimilares com diferentes características termofísicas, que não são
possíveis por meio de outros processos, podem ser realizadas pela ligação por difusão.
Metais, ligas, cerâmicas e produtos sinterizados podem ser unidos pela ligação por
difusão. A figura ao lado mostra uniões entre os materiais dissimilares Al 6082 e o Ti-
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6Al-4V, que foram submetidos a ensaios de dobramento e torção. Não ocorreu nenhuma
falha na interface da junta.

A união de materiais dissimilares


com diferentes características
termofísicas, que não são possíveis
por outros processos, podem ser
realizadas pela ligação por difusão.
Metais, ligas, cerâmicas e produtos
sinterizados podem ser unidos por
esse processo. A figura ao lado
mostra a união de uma liga Al 6082
e uma liga Ti-6Al-4V, testada por
meio de ensaios de dobramento e
torção. Não ocorreu nenhuma falha
nas interfaces da junta.

6. Componentes de alta precisão com geometrias complicadas ou seções cruzadas podem ser
fabricados sem a necessidade de usinagem posterior. Isso significa que podem ser obtidas
boas tolerâncias dimensionais para os produtos produzidos por esse processo.

Componentes representativos de alta precisão que são fabricados de alumínio (esquerda) e


aço inoxidável (direita) usando ligação por difusão.

7.Com exceção do investimento inicial, os custos dos consumíveis da ligação por difusão são
relativamente baixos visto que não são requeridos metais de adição ou fluxos (embora os
custos de capital e os custos associados com o aquecimento para tempos relativamente
longos possam ser altos).

8. A ligação por difusão é livre de radiação ultravioleta e emissão de gás de forma que não
existe nenhum efeito prejudicial ao meio ambiente, a saúde e aos padrões de segurança
estabelecidos.

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Limitações da ligação por difusão

1. São requeridos grandes cuidados na fase de preparação da superfície. Uma oxidação


excessiva ou contaminação das superfícies podem diminuir a resistência da junta
drasticamente. A ligação por difusão de materiais com camadas de óxidos estáveis é muito
difícil. A produção das superfícies planas deve ser cuidadosa e os ajustes bastante precisos
para manter as peças unidas por um tempo mais longo do que o tempo utilizado nos
processos convencionais.
2. O investimento inicial é bastante alto e a produção de componentes grandes é limitado
pelo tamanho do equipamento usado.
3. A utilização desse processo para produção de peças em série é questionável,
principalmente porque a ligação por difusão envolve tempos longos.

Variações da ligação por difusão também são referidas para os seguintes termos:

Soldagem por difusão


Ligação no estado sólido
Soldagem em alto-vácuo
Ligação isostática
Ligação por pressão a quente
Ligação por pressão
Soldagem por termo-compressão

Problemas que podem ocorrer com a ligação por difusão no estado sólido

O principal objetivo na ligação por difusão é o de manter a superfície de duas peças bem
unidas de forma que a interdifusão possa resultar nas ligações de difusão. Existem dois
obstáculos maiores que precisam ser superados a fim de se obter ligações por difusão
satisfatórias.
Mesmo a superfície mais polida, tem contato somente nas suas asperezas e assim o
raio da área de contato para a área sobreposta é muito pequeno.
Na maioria dos metais a presença de camadas de óxidos nas superfícies de contato
afeta a ligação por difusão. Para muitos metais e ligas, seus filmes de óxidos se
dissolvem no interior do metal ou se decompõem na temperatura de ligação (a
maioria dos metais, cobre, titânio, tântalo, nióbio e zircônio), e dessa forma o
contato metal-metal pode ser rapidamente estabelecido na interface. A união desses
materiais é relativamente simples e não foi incluída nesse artigo. Entretanto, se a
camada de óxido é quimicamente estável, como as ligas a base de alumínio, a
ativação da ligação metálica pode ser difícil.

Na pratica, devido à rugosidade superficial inevitável e também a presença de camadas


de óxidos na maioria das superfícies de contato, não é necessário manter as superfícies unidas
de duas peças dentro das distâncias interatômicas, nem estabelecer um contato metal-metal
completo, basta colocar as duas peças juntas. Veja a Ref. [4] sob os vários aspectos dos
efeitos dos óxidos na superfície sobre a morfologia da interface e resistência da ligação, e um
sumário da solução proposta para superar o problema do óxido.

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Mecanismo da ligação de difusão no estado sólido

O mecanismo da ligação por difusão no estado sólido pode ser classificado dentro de
duas fases principais [4].

Durante a primeira fase, as asperezas existentes em cada superfície de contato se


deformam plasticamente quando é aplicada pressão. Essas asperezas aumentam com as
marcas de usinagem ou polimento que foram produzidas na superfície durante a fase de
acabamento. Acontece uma micro-deformação plástica até as tensões efetivas localizadas na
área de contato se tornarem menores do que a tensão de escoamento do material na
temperatura de ligação. Na realidade, o contato inicial ocorre entre as camadas de óxidos que
cobrem as superfícies de contato. Como ocorrem deformações das asperezas, mais é
estabelecido o contato metal-metal devido à quebra da camada de óxido relativa que
geralmente se rompe rapidamente. No final do primeiro estágio, a área ligada é de menos que
10% e um grande volume de vazios e óxidos permanecem entre as regiões localizadas ligadas.
Na segunda fase da ligação, os mecanismos ativados termicamente (fluência e difusão)
levam a deformação e isto aumenta ainda mais as áreas ligadas.

Modelamento da ligação por difusão no estado sólido

Todas as tentativas na modelagem da ligação por difusão têm dois objetivos principais.
O primeiro é de otimizar as variáveis do processo, como o acabamento da superfície, a
temperatura de ligação, a pressão e o tempo de forma que as condições adequadas para a
ligação de um determinado material possam ser identificadas. Segundo, um modelo tenta
obter não somente as diferentes condições de ligação, mas também para os diferentes

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materiais que estão sendo unidos. Veja os quadros seguintes para um sumário das modelos
propostos.

A ligação por difusão produz ondas

A união do alumínio e ligas básicas de alumínio com elas mesmas e com outros metais
tem criado grandes problemas devido à tenacidade da camada de óxido na superfície que está
sempre presente. As dificuldades tornam-se maiores quando a fusão de componentes que
serão unidos não é uma opção. Shizardi e Wallach desenvolveram recentemente uma técnica
para união por difusão de materiais.

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Alguns materiais avançados não podem ser soldados por técnicas convencionais porque
as altas temperaturas envolvidas destroem suas propriedades. Para a maioria dos materiais, a
ligação por difusão é uma solução atrativa porque é uma técnica de união no estado sólido,
que normalmente é realizada numa temperatura muito mais baixa do que o ponto de fusão do
material.

Equipamento usado para


controlar o gradiente de
temperatura na ligação
de difusão

Para algumas ligas de alumínio,


a inserção de uma fina camada de cobre ou zinco, permite a formação de uma liga eutética à
temperatura de cerca de 100C abaixo do ponto de fusão. Mesmo com essa técnica, a
resistência mecânica da junção produzida é inferior a do metal base porque a interface de
ligação planar contêm óxidos e partículas inclusas. A nova técnica é baseada na imposição de
um gradiente de temperatura nas superfícies a serem unidas para produzir uma interface não
planar (sinuosa) que aumenta efetivamente a área de ligação ou a interface do metal-metal.
Esse é um desenvolvimento excitante, visto que é possível variar a forma da interface planar
para celular, e até dendrítico dependendo do gradiente de temperatura imposto ao sistema.
Os resultados dos ensaios de cisalhamentos sobre compósitos e ligas a base de alumínio
mostraram valores de resistência ao cisalhamento acima daqueles suportados pelo metal base.
Os testes anteciparam que essa técnica pode ser utilizada para junção de diferentes
combinações de materiais dissimilares, compósitos de matriz metálica e provavelmente
materiais a base de níquel.

Ligação por difusão das super ligas

Ligação por Difusão com Fase Líquida de Transição (FLT)

A ligação por difusão no estado líquido depende da formação de uma fase líquida na
linha de junção durante um ciclo de ligação isotérmica. Então essa fase líquida penetra no
metal base e eventualmente se solidifica como uma conseqüência da difusão continuada do
soluto no interior do material a uma temperatura constante. Por conseguinte, esse processo é
chamado de ligação por difusão com Fase Líquida de Transição (FLT).
A respeito da presença de fase líquida, esse processo não é uma subdivisão dos
processos de soldagem por brasagem ou fusão com a formação e o término da ocorrência de

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uma fase líquida a temperatura constante e abaixo do ponto de fusão do metal base. A fase
líquida na ligação por difusão FLT geralmente é formada pela inserção de uma camada
intermediária que forma uma fase bem abaixo do ponto de fusão, como o ponto eutético ou
peritético, após a interdifusão inicial da camada intermediária e do metal base à temperatura
acima da temperatura eutética. Note que a fase líquida poderia, alternadamente, ser formada
pela inserção de uma camada intermediária com uma composição inicial adequada, como é o
caso da composição eutética que se funde na temperatura de ligação.
A taxa de difusão na fase líquida aumenta a dissolução e/ou rompe a camada de óxido e
dessa forma, promove o contato intimo entre as superfícies em contato. Portanto, a presença
de uma fase líquida reduz a pressão necessária para ligação por difusão FLT em comparação
com a ligação por difusão no estado sólido e pode resolver o problema associado com a
ligação por difusão no estado sólido de materiais com camadas de óxidos estáveis.
Conseguindo alta integridade das juntas com um mínimo de defeitos no metal base na
região de ligação e também possibilitar a união de compósitos de matriz metálica (CMM) e de
materiais dissimilares são características promissoras da ligação por difusão FLT. As figuras
mostram uma ligação FLT num compósito de matriz metálica alumínio contendo partículas de
Si como reforço. A ligação foi feita a uma temperatura de 550°C usando folhas de cobre com
3 mm de espessura como camada intermediária.

Aspectos teóricos da ligação por difusão com fase liquida de transição (FLT).

As figuras abaixo mostram um diagrama de fase eutética simples onde A representa um


metal base puro e B é o soluto difundido (ou seja, a camada intermediária sólida) com
solubilidade limitada em A. Basicamente, a ligação por difusão FLT consiste de duas fases
principais:

Dissolução do metal base;


Solidificação isotérmica.

A fase de dissolução do metal pode ser dividida em duas partes no qual o metal de
adição fundido é seguido por uma expansão da zona líquida. Entretanto, se ocorrer o processo
de fusão como um resultado da interdifusão de A e B, então a fusão da camada intermediária
e a expansão da fase líquida podem devem ocorrer simultaneamente.

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De acordo com o diagrama de fase, o equilíbrio do líquido pode ser estabelecido pela
dissolução dos átomos de A no líquido supersaturado rico em B para diminuir sua
concentração para CLα. Durante essa fase, continua a homogeneização da fase líquida e a
largura da zona líquida aumenta até o perfil da composição nos níveis fora da fase líquida, ou
seja, até cessar a difusão no liquido. A taxa dessa homogeneização é controlada
principalmente pelo coeficiente de difusão da fase líquida e, dessa forma, essa fase leva um
curto espaço de tempo para ser completada.
Na próxima fase, ocorre a solidificação isoterma quando os átomos de B começam a se
difundir na fase sólida, e a região líquida diminui a fim de manter o equilíbrio das
composições de CLα e CαL nos contornos em movimento sólido/liquido. O coeficiente de
interdifusão na fase sólida (α) controla a taxa de solidificação e, devido à difusibilidade no
sólido ser baixa, a finalização da fase líquida é muito lenta se comparada com a fase inicial
onde a dissolução é rápida para que a difusibilidade no líquido controle a velocidade da
reação.

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