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pioneiro.com.

br / JUNHO 2017

edição 15

Adaptação e acolhimento
Como garantir tranquilidade para esses
momentos tão complexos?
EXPEDIENTE
editorial

Pioneiro em Revista é uma publicação da Fundação


Instituto Educacional Dona Michie Akama

Número 15 - Junho de 2017


Av. Dr. Altino Arantes, 1.098 – São Paulo – SP – CEP 04042-004
Tel. (11) 5070-3033

Fundação Instituto Educacional Dona Michie Akama

Conselho Curador Qualquer situação nova vem acompanhada por ex-


pectativas, ansiedade e um pouquinho de medo tam-
Presidente: Paulo Guilherme Amaral Toledo bém. Todos devem se lembrar daquele friozinho na
Vice-presidente: Armando Toshiharu Tachibana barriga na hora de conhecer alguém ou de ter que
Secretário: Edson Akama falar em público.
Na escola não é diferente. No entanto, nosso olhar é de
Conselheiros acolher os alunos para que eles se sintam bem-vindos
Ademar Koga, Akira Obara, Alexandre Fukumaru, André Jum Yassuda, independentemente de qualquer coisa. O estudan-
Armando Toshiharu Tachibana, Aurélio Nomura, Carlos de Almeida, te novo precisa acreditar que este é o lugar dele. Ao
Carlos Jogi Imaeda, Carlos Masayuki Harima, Carlos Nobuyuki Uratani, mesmo tempo, o aluno que já está conosco deve saber
Ciro Saito, Daniela Nakagawa Fukushima, Edson Akama, Edson dos que os professores e as atividades mudarão, mas ele
Santos Moraes, Edson Riyioichi Otiai, Eduardo Akama, Enio Ozaki, sempre terá onde se apoiar e a quem recorrer. Afinal,
Fernando Nobuo Shiguemichi, Fernando Pinto Guedes, George os desafios são diários e há sempre algo novo ao qual
Takeda, Joana Taeko Dozono Asanuma, José Francisco Amaral Toledo, precisamos nos adaptar.
Katuoki Ishizuka, Lauro Tomio Hirata, Marina Mikie Nagata Kurosaki,
Massayoshi Kamimura, Minoru Toyoshima, Naoe Yoshimoto, Nelson Eiji São situações que merecem um planejamento espe-
Takeda, Nelson Masanobu Segoshi, Newton Kayano, Oduvaldo Kazuo cial, uma vez que cada aluno tem um “tempo” dife-
Adatihara, Paulo Guilherme Amaral Toledo, Paulo Sussumu Hatada, rente de se ajustar às alterações que uma nova es-
Raul Eid Nakano, Regina Maria Danieletto, Roberto Sadao Yoshihiro, cola ou mesmo o novo ano letivo podem trazer. Um
Ronaldo Yuzo Ogasawara, Rosélys Koga, Seizi Oga, Silvio Arai, Siozo exemplo dessa nossa preocupação é a realização do
Kanamaru, Tadashi Yano, Tatsuo Hirai, Tetsuo Nakagawa, Tomoca IntegraPio, um encontro entre alunos, famílias, pro-
Kasahara Yamana, Ulisses Takashi Tsutsumi, Vera Lúcia De Felice e fessores e demais funcionários para que juntos pos-
Yoshio Kiyono. sam passar um dia se divertindo e trocando ideias.
As transições pelas quais os alunos passam em diver-
Diretoria Executiva (conselheiros) sas fases da vida escolar e que afetam também as famí-
lias e os professores são, da mesma forma, abordadas
Presidente: Fernando Nobuo Shiguemichi em um artigo que mostra como essa trajetória é cheia
Vice-presidente: Lauro Tomio Hirata de desafios e, ao mesmo tempo, muito enriquecedora.
Secretário: Carlos Nobuyuki Uratani
Diretor Financeiro: Edson dos S. Moraes* Apresentamos ainda como o Pioneiro trata o ensi-
Vice-Diretor Financeiro: Nelson Massanobu Segoshi* no da Matemática, disciplina fundamental para o
Diretor de Marketing: Roberto Sadao Yoshihiro* desenvolvimento integral do aluno e que está tão
Diretora de TI: Naoe Yoshimoto* presente em nosso cotidiano. Seu aprendizado é por
Diretora Cultural e Social: Rosélys Koga* demais significativo e envolvente.
Consultor para Assunto Institucional: Katuoki Ishizuka Não deixe de ler também o artigo que conta por onde
*no exercício da função andam três de nossos ex-alunos, exemplos de dedica-
ção e empenho que nos deixam imensamente satis-
Centro Educacional Pioneiro feitos de ter contribuído de alguma forma para essas
histórias tão inspiradoras.
Direção geral: Irma Akamine Hiray
Mas os assuntos não acabam por aqui. Temos ainda a
Coordenação pedagógica: Débora Martins,
cobertura do tão esperado Scratch Day e dois artigos
Cátia Cristina Gaspar Hashimoto e Álvaro Vieira Neto
sobre projetos especiais que divulgamos com muito
Gerência administrativa: Luis Yokoyama
orgulho: o Lanche Saudável e a Hora do Cientista Jr.
Jornalista responsável: Mônica Aparecida de Souza (Mtb 27.674/SP)
São muitas coisas bacanas para divulgar, não
Revisão: Maria Virgínia Ferreira Casado
acham? Aproveitem a leitura!
Projeto Gráfico: Twinz
Diagramação e Arte: Ronaldo Monfredo Irma Akamine Hiray – Diretora geral
Impressão: Paulo´s Gráfica
Nutrição
“Comer é mais do que jogar lenha na
fogueira ou abastecer um carro.
Comer é mais do que escolher um
alimento e dar para uma criança.
Comer e dar de comer reflete nossa
atitude e relacionamento com nós
mesmos, com os outros e com as
nossas histórias. Comer tem relação com
autorrespeito, nossa conexão com nossos
corpos e compromisso com a vida. ”
Ellyn Satter

O Lanche Saudável
O
pensamento da nutricionista comida de verdade atraente? Como es- ao alcance. As crianças demonstram
e terapeuta Ellyn Satter está timulá-los a fazer boas escolhas? maior segurança nas escolhas, pois
em harmonia com a filosofia são influenciadas pelos colegas. Asso-
de Dona Michie Akama, fun- Assim introduzimos a educação ali- ciam a hora da refeição como um mo-
dadora do Centro Educacional Pioneiro mentar na grade de aulas, propor- mento agradável.
e confirma tudo o que aprendi com sua cionando experiências lúdicas para
nora, Dona Elza Akama. Desde a funda- os alunos. Ao conhecer e explorar os No entanto, a escola precisa da par-
ção da escola, as refeições aqui sempre alimentos, a criança naturalmente se ceria dos pais para que esse processo
foram servidas pensando no cuidado in- envolve com todas as suas característi- seja bem-sucedido. Assim propomos
tegral dos alunos. cas sensoriais, isto é, ela pode volunta- ainda um dia especial para a família
riamente entrar em contato com o ali- preparar a lancheira. Sim, todos jun-
Cuidar da nutrição das pessoas foi a mento e experimentá-lo de diferentes tos! É o “Dia da lancheira”, que acon-
escolha que fiz como profissão. Com a formas, não só comendo, mas vendo, tece toda última segunda-feira do mês,
prática e a vivência firmei meu com- cheirando e sentindo a textura. com a proposta de unir a família na
promisso com a saúde de nossas crian- elaboração do cardápio, nas compras e
ças. E com esse propósito criamos o O processo de familiarização é mais no preparo. É um resgate às refeições
“Lanche saudável”, uma alternativa importante que o ato de comer. Desse de antigamente, quando era comum a
para atender aos alunos da Educação modo, encorajamos a criança a experi- família estar sempre junta, um hábito
Infantil e do 1º ano do Ensino Funda- mentar e não a comer. Olhar, cheirar, cada vez mais difícil na atualidade. As
mental, pois é nessa fase que os hábitos lamber e se for corajosa, morder o ali- refeições em família são oportunidades
alimentares são reforçados e perpetu- mento até ele explodir na boca! de grande aprendizado, já que os pais
am para a vida toda. são nossos modelos, nossos primeiros e
RESPEITO. Essa é a chave. Respeitar principais educadores.
Trata-se de um serviço que utiliza a criança. Todos têm o seu tempo! Para
como base alimentos in natura e evita as crianças com dificuldade alimentar, Vamos fazer dessa proposta uma refle-
os ultraprocessados. Mas encontramos esse processo pode ser demorado, mas xão para as nossas vidas, pois a criança
muitos obstáculos, como a recusa de não impossível. que cresce rodeada de apoio e de res-
alimentos como frutas, legumes, verdu- peito se tornará um futuro agente de
ras, frango desfiado e sucos naturais. O lanche é proposto para todos os transformação.
alunos da Educação Infantil. Todos
Nosso desafio foi, então, o de solucionar se servem do mesmo alimento, sem Cristiane Sumida
as seguintes questões: Como tornar a distinção. Todos os alimentos estão Nutricionista da escola

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CAPA

Adaptação e acolhimento
A
daptar-se é algo inerente à Adaptação e acolhimento são habilida- Vivência. Momento no qual o futuro alu-
condição humana. Ao longo des estimuladas à medida que somos de- no é convidado a estar conosco durante
da vida somos convidados a safiados a lidar com novas e necessárias uma atividade, antes mesmo de come-
nos adaptar a inúmeras situ- configurações impostas pelas organiza- çar a frequentar a escola regularmen-
ações e isso, de certa forma, nos fortale- ções da vida. Ocorre que “necessárias” te. Nessas ocasiões ele pode conhecer o
ce e nos esculpe. O mesmo acontece com não precisa ser sinônimo de “perturba- espaço físico, brincar e conversar com
o acolhimento. Podemos ser ensinados doras”. E aí reside nossa busca. os colegas e professores que em breve
a olhar o outro mais de perto, a nos in- farão parte de sua rotina. Colhemos
teressar por ele e a nos alegrar com as Acolher é um princípio norteador do excelentes frutos com essa prática, pois
relações construídas. Centro Educacional Pioneiro e uma observamos que, ao ingressar no curso
das marcas da nossa escola. Pensan- regular esses alunos já não são comple-
Um dos significados de acolhimento é do sempre em nossos alunos, novos tos desconhecidos o que facilitará sua
a consideração. Buscamos considerar, e antigos, buscamos constantemen- inserção no grupo.
em todas as suas capacidades e poten- te ter uma escuta ativa, diálogos
cialidades, cada indivíduo, seja o alu- abertos e reflexivos e a garantia da Dinâmicas iniciais. Os professores desen-
no, o responsável ou o educador. Quem afetividade das relações; por isso, é volvem atividades específicas para que
nunca se sentiu ansioso diante de uma importante planejar situações espe- as crianças possam se apresentar, falar
situação nova? Se buscarmos em nos- cíficas para a adaptação de “novos” e de si e conversar sobre as metas para o
sas lembranças, podemos sentir como “antigos” alunos, oferecendo-lhes am- ano, de maneira mais despojada e im-
estávamos inseguros no primeiro dia paro, mediando as organizações e os pessoal.
de aula, na chegada à escola nova, ao significados de suas emoções e tam-
iniciar num emprego recém-conquis- bém regulando com segurança seus Atividades acadêmicas de revisão de
tado ou no momento em que, pela pri- comportamentos. Dentre as ações que conteúdos. Nos primeiros dias os
meira vez, seguramos um bebê. planejamos destacam-se: alunos iniciam suas atividades esco-

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lares, mas há um olhar cuidadoso em
relação aos ritmos e resultados. Em
geral essas atividades preliminares
oferecem ao professor ricas informa-
ções sobre os saberes do grupo, um
referencial importante para o ponto
de partida.

Atividades de adaptação ao grupo.


Algumas das memórias que povoam
nossa infância trazem as lembranças de
como era difícil conseguir brincar com
algumas crianças ou ser plenamente
acolhido por alguns grupos. Isso ainda
ocorre, uma vez que o estranhamento
faz parte da natureza humana. Preven-
do esses comportamentos (que ocorrem
não por maldade, mas por medo e inse-
gurança também do outro), cuidamos
de maneira especial das intervenções de
todos os educadores, apurando a escuta
e priorizando as relações pessoais, ofe-
recendo assim atividades como rodas de
conversa, brincadeiras, rodas cantadas,
músicas e brinquedos, pois sabemos que
elas favorecem situações mais suscetí-
veis à integração.

Atendimentos individualizados às famí-


lias. O que acontece durante o tempo
que os alunos estão na escola pode
gerar curiosidade e dúvidas aos pais
ou mesmo aos profissionais que os
acompanham. Para tranquilizá-los,
temos um canal aberto para discu-
tir aspectos emocionais, biológicos,
sociais e intelectuais de cada faixa
etária, fortalecendo a parceria com
os responsáveis no desenvolvimento
dos alunos.

Reunião com os “pais novos”. É uma


oportunidade para socializar os elemen-
tos específicos de cada segmento ou ano,
de modo a aproximar as famílias recém-
chegadas da filosofia da instituição e
das vicissitudes de cada fase.
É fundamental dar espaço para as suas da vida passam tranquilamente quan-
Cabe ressaltar que aceitamos com natu- vozes, que às vezes soam confusas, mas do corretamente enfrentadas.
ralidade que crianças de todas as idades revelam as ansiedades, os medos e as
possam se sentir inseguras, chorar ou inseguranças. Inclusive dos pais, que Desta forma seguimos aqui lado a lado,
desejar ir para casa antes da hora. Elas muitas vezes também precisam de abri- dando segurança e acompanhando
podem também optar pelo silêncio e go e de calmaria. atentos aos seus passos, até que todos
pelo isolamento. Aceitamos porque não se sintam confiantes e plenamente per-
estamos indiferentes a isso e reconhece- É assim que nos tornamos parceiros, tencentes a esse espaço. Cada um no
mos que cada aluno é único, concluindo seja pela escuta, pelo olhar, pelo sorriso seu ritmo.
que cada um terá sua forma singular de ou por uma honesta conversa sobre sen-
encontrar abrigo nessa busca. timentos e sobre como as inseguranças Equipe pedagógica

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Destaque

IntegraPio 2017: vamos brincar?

T
odo início de ano organizamos
um evento para promover a
integração dos alunos que já
frequentam a nossa escola e
dos que estão chegando. Um encontro
que conta também com a presença dos
professores e das famílias, em uma
animada festa com atividades em que
todos participam.

É uma ocasião muito esperada, quando


são realizadas oficinas e brincadeiras de
vários tipos: culturais, artísticas, espor-
tivas... é diversão que não acaba mais!
Um dia para todos brincarem juntos e
resgatar as brincadeiras antigas, colo-
car a “mão na massa” e curtir momentos
especiais entre amigos.

Neste ano de 2017, o IntegraPio teve uma


inovação: pela primeira vez algumas fa-
mílias se responsabilizaram pela orga-
nização de oficinas e o resultado foi uma
maior oferta de atividades e uma demons-
tração de dedicação impressionante.

Nosso “muito obrigado” para todos os


professores e funcionários pelo empenho “Minha ideia foi trazer a diversão das brincadeiras
na realização do evento e um agradeci- de antigamente para unir pais e filhos. Foi muito
mento especial às famílias que ajudaram gratificante ver essa integração aqui na escola”.
a tornar nossa festa um grande sucesso! Juliana Shu Costa, mãe de Felipe.
Oficina de Barra-manteiga.

DEPOIMENTOS

“Minha participação foi ideia do meu filho, que me pediu


para ajudar na festa e mostrar algo que eu soubesse fazer
para seus amigos. Então pensei nesta atividade com os
tsurus, pois é bem lúdica e passa uma linda mensagem”.
Patrícia Ajimura, mãe de Rodrigo. Oficina de Tsurus,
dobraduras em formato de pássaros.
“Escolhi incentivar o jogo de
dominó por ser uma brincadeira
“Tenho dois sobrinhos e quando me falaram do evento pensei gostosa para todas as idades.
que seria uma ótima oportunidade de mostrar a poesia das É uma lembrança feliz que
lendas japonesas. Por meio da beleza das histórias, passamos tenho da infância, quando
mensagens nobres como sustentabilidade, respeito e tradições”. jogava com meu avô”.
Tiemi Yamashita, tia de Felipe e Yudi Yamada. Ari Montoya, pai de Ângelo.
Contação de lendas japonesas. Oficina de Dominó.

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“Ikebana é uma arte que promove a harmonia, “Achei interessante desenvolver
o bem-estar e os bons sentimentos. É uma atividades adaptadas para as crianças
prática que só traz coisas boas”. e que os pais também pudessem
Sueli Pereira da Silva Nakano, mãe de participar, sempre brincando”.
Camilla. Oficina de mini-ikebana, que Cristiane Paião Bellani, mãe de
teve a ajuda de Marlene Kawagushi, Nathália e Nicole. Oficinas de jogo da
mãe de Enzo. velha na quadra e futebol-espaguete.

“Sugeri esta atividade de kami-sumô “Achei que uma oficina de “O origami para mim é como terapia, uma
por ser bem tradicional na cultura desenho seria atraente e atividade muito prazerosa e interessante.
japonesa e também uma forma divertida, estimulando a Para o evento escolhi dobraduras bonitas
bacana de entretenimento e participação dos alunos e das e bem simples para que todos pudessem
interação das famílias”. famílias por meio da arte”. participar e se divertir”.
Giselda Damasceno, mãe de Leonardo Alexandre Gasparello, pai de Luciana Takemoto Yamada, mãe de
e Sofia. Oficina de kami-sumô. Olívia. Oficina de desenho. Mariane e Giovanna. Oficina de Origami.

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Artigo

Da Educação Infantil ao Ensino Médio:


uma trajetória cheia de transições

E
m cada início de ano escolar
podemos dizer que realmen-
te é um ano novo. Para os
alunos, o momento marca a
chegada de conteúdos inéditos, novas
amizades e trabalhos diferentes. Para
os educadores é a hora de acolher um
novo grupo, revisar os planejamentos e
as metodologias.

O frio na barriga...Certa vez o ator An-


tônio Fagundes disse que o ator que não
sente frio na barriga antes de entrar no
palco poderia parar de atuar. Podemos
transpor esse pensamento para a os pal-
cos da educação, pois é normal sentir-se
deslocado, ansioso ou inseguro. Alunos
e professores precisam lidar com esses
sentimentos. Faz parte.

Agora imaginem o quanto essa tran-


sição pode ser turbulenta de um seg- denação e corpo docente trabalham em para buscarem conhecer suas próprias
mento para o outro. Da Educação conjunto, pesquisando e desenvolvendo dificuldades e facilidades.
Infantil para o Ensino Fundamen- estratégias para diminuir a ansiedade e
tal I, depois do Fundamental I para suavizar essa transição. Do Fundamental II para o Ensino Médio
o Fundamental II e, finalmente, na o futuro começa a ser vislumbrado. Essa
chegada ao Ensino Médio. Certamen- Nessas passagens de segmentos é fun- também é uma transição importante, já
te em cada um desses momentos os damental garantir a unidade de ha- que o Ensino Fundamental está com-
alunos enfrentarão situações que só bilidades e competências, com ações pleto e os conteúdos são aprofundados
conhecem em seus imaginários ou por pedagógicas potentes e um projeto de no mais rápido de todos os segmentos.
comentários como “agora é sério” ou educação único, tudo pensado para for- Em apenas três anos vão (re)descobrir
“acabou a brincadeira”. mar alunos conscientes das diversida- a Grécia antiga, as aventuras de Dom
des que encontrarão no caminho e que Quixote, as leis de Newton, a evolução de
Essas “passagens” no processo de esco- tenham por base valores como respeito, Darwin, os elementos dispostos na tabe-
larização são historicamente constru- solidariedade e honestidade. Enfim, que la periódica por Mendeleyev, a dura rea-
ídas e têm suas raízes em épocas com sejam cidadãos ativos no contexto que lidade narrada por Graciliano Ramos em
características distintas. O século XX estiverem situados. suas obras, o processo de globalização, as
foi cenário de diversas estruturações na infinitas visões da arte... Sem contar os
educação básica e, não raro, as concep- Na transição do Fundamental I para temas abordados no Trabalho Coletivo!
ções ideológicas dessas mudanças es- o II, por exemplo, é comum encontrar-
tavam intimamente ligadas aos rumos mos muita confusão em relação aos São muitas coisas; por isso, a escola
econômicos e políticos do país. Talvez materiais e receio do que pode aconte- organiza os conteúdos, realiza os pla-
por isso surjam modismos ou situações cer. Sai o professor titular e entram vá- nejamentos em conjunto e oferece uma
passageiras na educação, daí a impor- rios professores especialistas. Pensan- formação com valores sólidos. Dessa for-
tância de pautar as ações de uma escola do nessas questões, desde 2012 o 6° ano ma eles terão as condições necessárias
em valores sólidos. passou a ter a aula de Orientação de para enfrentar o vestibular e para olhar
Estudo em sua grade curricular, uma o mundo e a sociedade de forma crítica e
A preparação do aluno para a saída de disciplina em que são orientados quan- questionadora
um segmento e a entrada em outro re- to à organização material, temporal,
cebe uma atenção cuidadosa e marcante espacial e social das rotinas no Fun- Renato Luginick Ranieri, professor de História
no Centro Educacional Pioneiro. Coor- damental II. É também um momento e Tutor das turmas de Ensino Fundamental II

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Tecnologia

O Ensino de
Programação
no Pioneiro

O
ensino de programação está Diversas instituições investem em
presente cada vez mais na programas e linguagens de progra-
educação básica. Programar mação para crianças, adequando a
não é mais algo difícil e dis- escrita de códigos para o formato de
tante da realidade das crianças e dos blocos de encaixe, traduzindo em co-
adolescentes. res e formatos os códigos necessários
para programar o que a sua criativi-
Para que as crianças sejam capazes de dade permitir.
utilizar a linguagem de programação,
acreditamos ser imprescindível o uso Observamos nossas crianças imersas tenham oportunidades de se tornarem
de programas adequados para a com- em um mundo de jogos computacio- produtores de tecnologias.
preensão dos alunos nessa faixa etá- nais. No entanto, a fluência tecnológi-
ria, necessitando também ser intuiti- ca envolve não só saber usar novas fer- No Ensino Fundamental I, nossos
vo e acessível. ramentas tecnológicas, mas também alunos aprendem a programar por
saber fazer coisas relevantes com elas, meio da linguagem de programação
propiciando novas formas de interagir Scratch, produzindo animações, simu-
com essas tecnologias. Nossas crian- lações e jogos integrados ao conteúdo
ças e adolescentes, como consumido- curricular. Acreditamos que, apesar
res, são capazes de utilizar bem as dos jogos despertarem o interesse dos
tecnologias, mas não como produtores. alunos, o seu mero potencial atrativo
Por esse motivo, utilizamos a lingua- não justifica significativamente o seu
gem de programação aliada ao currí- uso na educação. Faz-se necessário
culo escolar, para que nossos alunos uma integração com o currículo esco-

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Para saber mais:
Scratch: linguagem de programação ba-
seada em blocos de encaixe, que são agru-
pados na forma de um quebra-cabeça,
facilitando a utilização por crianças a partir
de 8 anos de idade. Permite criar jogos, ani-
mações e simulações, além de programar
placas de prototipagens.

Makey Makey: é uma placa de circuito im-


presso com um microcontrolador, que fun-
ciona substituindo as funções do mouse e/
ou do teclado, por meio de conexões com
fios de “garra jacaré”. Seu poder inovador
está na característica de conexão com ma-
teriais pouco condutivos como, por exem-
plo, massa de modelar, pessoas, líquidos
ou até mesmo frutas e legumes. Essas co-
nexões podem virar uma extensão criativa
do computador, favorecendo a interação.

Arduino: placa de circuito eletrônico para


prototipagem rápida, desenvolvida na Itá-
lia, com o objetivo de facilitar o acesso
para os estudantes sem experiência em
eletrônica e programação.

lar, por meio de uma intencionalidade ca Makey Makey, além de iniciar com
verdadeiramente pedagógica. Dessa projetos de programação com Arduino.
forma, nossos alunos realizam progra-
mações relevantes para seu próprio No Ensino Fundamental II vivenciam MIT App Inventor: permite a criação de
aprendizado, pois criam uma nova novos desafios relacionados à progra- aplicativos para dispositivos Android, por
forma de expressão, transformando o mação, envolvendo-se na criação de pro- meio de programação baseada em blocos.
conteúdo curricular em informações jetos mais avançados utilizando intera-
para criar os jogos e animações, além ção com placas de prototipagem como o
de desenvolver habilidades relaciona- Arduino, ou ainda criando aplicativos
das à programação. para dispositivos Android por meio da
programação com AppInventor.
Ainda no Ensino Fundamental I, nos- Link da página do Scratch do Pioneiro
sos alunos desenvolvem projetos com Elaine Silva Rocha Sobreira https://scratch.mit.edu/users/Pioneiro/
interação física, por meio do uso da pla- Tecnologia Educacional

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EVENTO

Divulgando a criatividade
e o aprendizado colaborativo

L
iderado pelo MIT (Massa-
chusetts Institute of Tech-
nology) e realizado por ins-
tituições em todo o mundo,
o Scratch Day é um evento mundial
que reúne crianças e adultos para
que possam compartilhar projetos e
aprender juntos, trocando experiên-
cias e formando uma rede de cola-
boração em torno do aprendizado da
programação Scratch.

O Pioneiro é uma das escolas de refe-


rência no uso do Scratch integrado ao
currículo escolar no Brasil e há quatro
anos participa dessa iniciativa de divul-
gação, estimulando a difusão da produ-
ção dos alunos e convidando as famílias
a conhecerem mais sobre o assunto. Em
2017 o evento aconteceu no dia 13 de
maio, nas dependências da escola.

Durante toda a manhã, os alunos das Os alunos, pais e professores puderam para crianças pequenas, pois não exige
turmas de 4º e 5º ano apresentaram participaram das várias oficinas ofere- domínio da leitura e escrita para sua uti-
seus trabalhos, que foram desenvolvi- cidas pelo setor de Tecnologia Educa- lização. Professora Débora Sebriam.
dos em um projeto integrado ao currí- cional da escola e instituições parcei-
culo das disciplinas de Ciências e Ma- ras. Confira quais foram: Jogos, Scratch e Webcam, que mistura
temática, respectivamente. bacana!: Apresentação da interação
Scratch para iniciantes - programe homem - computador por meio de ló-
Os alunos do Período Integral Opcional sua primeira animação: Os comandos gica de programação, utilizando como
apresentaram seus instrumentos musi- básicos necessários para criar anima- estratégia um jogo criado no Scratch.
cais, os quais foram criados com mate- ções e jogos digitais, para pessoas de Ana Claudia Gomes e Edeli Machado
riais de baixa condutividade, conecta- todas as idades. Professor Olavo Ito. Luglio Adalberto (Prefeitura Munici-
dos na placa Makey Makey. O Scratch pal de São Bernardo do Campo).
foi utilizado para programar o som dos Scratch Jr: Linguagem de programação
diversos instrumentos: harpa de madei- introdutória que permite que as crianças Conectando Scratch ao mundo físico:
ra e fios de metal, piano de bananas e a partir de 4 anos criem suas próprias Programação unindo o Arduino com o
bateria de batatas, dentre outros. histórias e jogos interativos. Projetada Scratch 2.0, aprendendo a distinguir

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alguns dos diferentes componentes desafios para chegar a um determina- ensino de programação quando o pro-
utilizados na programação e desenvol- do local. Helena Andrade Mendonça e fessor não é um programador e como
vimento de projetos criativos por meio alunos monitores da Escola da Vila. enfrentá-las. Explorar técnicas básicas
de simulações de coisas práticas que de resolução de problemas típicos de
vemos no dia a dia e não percebemos Karaokê interativo e letramento com programação (não necessariamente no
que sua reprodução pode ser simples Scratch: Criação de um remix de kara- momento de uma aula) pouco comenta-
(semáforo inteligente, sensor magnéti- okê usando o Scratch, Greg Maker e dife- das em cursos nessa área. Roberto Pe-
co, sensor de luz, alarme, etc). Patrícia rentes materiais para compor o cenário e reira Cunha (AnimaSP e VaiTec).
Vivolo e Veronica Gomes (Prefeitura interações com o Scratch como o grafite e
Municipal de São Bernardo do Campo) massinhas, entre outros. Mary Grace P. Storytelling em Scratch: Desenvolvi-
e Edson Sobreira (HackEduca). Andrioli (Instituto Federal de Educação, mento de uma estória visual no Scratch
Ciência e Tecnologia São Paulo). com base na estrutura clássica de nar-
Crie labirintos com Scratch: Criação rativa, apresentando conceitos de story-
de um jogo no qual um personagem Scratch para professores: As difi- telling (jornada do herói). Edy Epomu-
caminha por um labirinto e enfrenta culdades mais comuns que surgem no ceno Rodrigues Junior (Serpro).

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Opcional

A Hora do Cientista Jr.

V
ocês conhecem esse personagem?
É o Júnior, o mascote da “Hora
do Cientista Jr.”, o programa de
formação científica do Período
Integral Opcional.

A formiga foi escolhida como símbolo do


projeto pelos próprios alunos, em uma
votação democrática realizada aqui na
escola. Eles acharam que a formiga é o
animal perfeito para representar os cien-
tistas, já que é reconhecida por ser dedi-
cada, trabalhadeira e colaborativa, sem-
pre se comunicando e ajudando a todos.
zinhos e em outras ocasiões em duplas sificados e colocar a mão na massa!
Essa oficina acontece às sextas-feiras, ou grupos, mas sempre compartilhan- A aprendizagem criativa é a tônica
durante o horário do Período Integral do com seus colegas seus registros. na qual se valoriza o trabalho cole-
Opcional e leva os alunos a transformar tivo, o prazer pela atividade, a cons-
a sua curiosidade natural em pesquisas Nesses encontros semanais eles são trução, o erro, o acerto e a flexibiliza-
e descobertas, às vezes trabalhando so- estimulados a explorar temas diver- ção de horários.

Os alunos são verdadeiras formiguinhas cientistas, não é mesmo?

O projeto é desenvolvido pelas coordenadoras Juára Salomão Miamoto (Opcional)


e Marcia Sacay (Ciências Naturais) e suas respectivas equipes.

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DISCIPLINAS

Desmitificando a Matemática

D
urante muito tempo o en-
sino da Matemática se re-
sumia na transferência dos
conhecimentos adquiridos
pelos professores. Os alunos faziam
exaustivos cálculos, que muitas vezes
não eram contextualizados e memori-
zavam fórmulas que posteriormente
seriam cobradas em uma avaliação sis-
temática e de caráter quantitativo.

Felizmente essa prática mudou e o


avanço das novas tecnologias tornou a
informação mais acessível, revelando
também a necessidade de se repensar
o ensino da Matemática, de uma for-
ma em que essa disciplina possa de-
senvolver nos alunos a criatividade e
uma postura crítica, questionadora e
investigativa, vislumbrando a sua par-
ticipação nas diversas transformações Isso se dá com base em uma estrutu- que facilitará no estabelecimento de
da sociedade. ra de ensino que desenvolve no aluno conexões entre diferentes áreas do co-
pontos como a consciência de como o nhecimento científico e isso certamente
Longe de ser uma ciência inquestioná- sistema numérico se organiza, o cálculo os transformará em cidadãos mais au-
vel ou inacessível, a Matemática vem mental, a percepção espacial, o pensar tônomos e independentes.
recebendo no Centro Educacional Pio- geométrico, a habilidade de ler e inter-
neiro atenção e cuidados especiais. Ao pretar dados de maneira organizada e
longo dos anos temos vivenciado expe- a análise das informações. Da Educação Infantil
riências gratificantes que edificaram ao Ensino Médio
nossas escolhas. Entendemos o quanto A resolução de problemas é um dos No Pioneiro esse trabalho é realizado
as práticas sociais diárias e a própria assuntos mais discutidos no ensino da desde a Educação Infantil até o Ensino
condição humana solicitam habilida- Matemática. Dentro deste contexto, um Médio. Obedecemos as especificidades
des matemáticas que só se constroem a dos papéis do professor desta disciplina de cada etapa do desenvolvimento e ofe-
partir de uma proposta estruturada e é incentivar e auxiliar os alunos na or- recemos os conteúdos com inícios, reto-
com a oferta de múltiplas situações de ganização do pensamento para desen- madas e aprofundamentos em diferen-
diferentes naturezas. volver e potencializar o raciocínio lógico tes momentos. Dessa forma o mesmo
e indutivo, a procurar e verificar regula- conteúdo pode ser apresentado mais de
Percebemos a importância de mostrar ridades em problemas e assim formular uma vez ou requisitado como apoio para
que a Matemática está presente em generalizações, chegando aos resulta- a construção de novas aprendizagens.
nossas vidas diariamente e não apenas dos pelos seus próprios caminhos.
na sala de aula e que ela estimula a des- Encorajamos o pensamento voltado ao
coberta por meio da experimentação. A Esse processo desenvolve nos alunos a cálculo mental, que é um dos aportes
partir dessa perspectiva, nosso trabalho capacidade e a autoconfiança em usar para o desenvolvimento de habilidades
com essa disciplina considera simulta- esse recurso para analisar e resol- e atitudes, entre elas as capacidades
neamente o ensino dos conteúdos e as ver situações-problemas no dia-a-dia, de formular hipóteses, avaliar, prever
formas de aprender dos alunos. criando suas próprias metodologias, o e relacionar, fatores essenciais para

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aprendizagens matemáticas que pode-
rão ser generalizadas para outras situ-
ações ao longo da vida.

Incentivamos os alunos a utilizar dife-


rentes estratégias, organizando e sele-
cionando os conhecimentos disponíveis
para a solução de um problema, eviden-
ciando as várias formas de raciocínio. E
percebemos o quanto essas habilidades
se tornam elementos decisivos para
aceitar ou rechaçar resultados.

Oferecemos momentos para que os alu-


nos possam organizar os conhecimentos
disponíveis, dar explicações elaboradas,
socializar e discutir percursos, respei- de favorecer essas aprendizagens, tados são animadores, com alto índice
tar argumentos individuais e analisar no entanto, estamos constantemente de participação e grandes conquistas.
as diferentes formas de resolução para preocupados em ressignificar antigas
só então eleger aquela que lhe parecer práticas, instaurando reflexões e in- A habilidade no uso desses recursos
mais conveniente. Formamos assim um centivando a observação contínua das matemáticos fica evidente também no
ambiente propício à construção coletiva estratégias eleitas pelos alunos. trabalho coletivo desenvolvido pelo En-
de sentido dos fazeres matemáticos. sino Médio, quando o aluno é desafiado
Sabemos que essa discussão não se es- a resolver problemas cujas soluções não
Todas essas aprendizagens se dão a gota, mas se amplia. Isso nos desafia po- são as tradicionais que encontramos em
partir de sucessivas reorganizações, sitivamente a continuar na trilha deste livros didáticos ou em pesquisas pela
por isso acreditamos que as hipóteses caminho, pois reconhecemos no sucesso Internet. Esses jovens têm como tarefa
dos alunos podem ser aceitas proviso- dos alunos que nossas escolhas repre- criar e justificar suas soluções de forma
riamente e depois podem ser refinadas, sentam o que somos e o que desejamos: coerente e compreensível, muitas vezes
à medida que novos conhecimentos são uma aprendizagem matemática defini- utilizando modelos matemáticos para
requisitados. Longe da ideia de apresen- tiva e significativa para toda a vida. esse fim.
tar um conhecimento pronto e aguardar
que o reproduzam, reconhecemos que Fora das aulas tradicionais O professor de Matemática do Ensino
ele deve ser construído, sedimentado e Para desenvolver o pensamento mate- Médio possui ainda uma grande influ-
que, como processo, é preciso tempo e mático e científico em nossos alunos, ência na futura vida acadêmica do jo-
uma cota significativa de trabalho até incentivamos a sua participação em vem estudante, sendo um mediador do
que alcancemos os objetivos. eventos regionais, nacionais e até inter- conhecimento e promotor das ideias ma-
nacionais como as olimpíadas de Mate- temáticas relacionadas às outras áreas
A natureza desafiante da Matemáti- mática (brasileira e paulista) e o Cangu- do conhecimento.
ca nos traz a certeza de que ainda há ru Matemático (um concurso com mais
muito o que conhecer sobre as formas de 50 países participantes). E os resul- Equipe de Matemática

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ex-alunos

Altos e baixos do Design Gráfico


“E u me decidi pelo curso de Design
Gráfico no 3° ano do Ensino Mé-
dio, mas ainda estava em dúvida se era
cola fornece não conseguimos evoluir
tanto pessoalmente quanto dentro da
sociedade como um todo.
turma também passaram por isso em
diferentes momentos. Mas felizmente
superamos e no meu caso passei a com-
o que realmente queria fazer. Por isso preender melhor o curso.
também me inscrevi para os cursos de O trabalho coletivo também foi uma
Arquitetura e Desenho Industrial em das melhores experiências para a facul- Meu futuro ainda é vago. Penso em fa-
algumas faculdades. Eu sabia que de- dade, ainda mais em uma área com tan- zer uma pós-graduação, mas ainda não
veria ser alguma coisa que envolvesse tos trabalhos em grupo como a minha. Ele sei bem o que escolher. Talvez trabalhe
desenho, pois é algo que eu conhecia e prepara você para pensar em um aspecto em empresas com o foco em design de
pelo qual tenho muito interesse. mais amplo, tanto do conteúdo abordado, jogos ou talvez atue como uma profis-
quanto da perspectiva de trabalho. sional freelance e acabe abrindo minha
O Programa de Orientação Profis- própria empresa.
sional do Pioneiro me mostrou que eu O conteúdo dos trabalhos coletivos per-
estava indo no caminho certo e alguns mite criações muito diferentes umas das Uma dica importante que gostaria de
professores me ajudaram a confirmar outras e proporciona uma convivência deixar é o que aprendi durante esses
isso. Destaco o professor Acácio, que me em grupo que se repetirá na faculdade. anos: faça de tudo para não ter que vi-
contou um pouco sobre a escolha dele e Além disso você aprende a organizar me- rar noites seguidas estudando. Respei-
que percebi que foi bem parecida com a lhor os prazos e lidar com imprevistos. te os prazos e se lembre que você deve
minha. Ele também se decidiu “no últi- estar sempre bem para entregar um
mo segundo” o que queria prestar. Sobre a minha escolha? Para ser since- trabalho ou encarar uma prova.”
ra eu entrei no curso amando tudo. A
Aprendi muito nos meus anos de escola, escola era bonita, cheia de equipamen-
principalmente as bases que você acha tos que eu nunca tinha visto e as aulas
que não vai usar na faculdade e acaba eram muito legais.
usando. Discutimos sobre isso em uma
aula de Antropologia, na qual estuda- Mas depois da “paixão à primeira vis-
mos o impacto da cultura e da sociedade ta” comecei a notar alguns problemas,
no homem. Nessa disciplina retomamos como equipamentos que nem sempre
muitas coisas da Biologia que eu achei funcionavam e algumas aulas que já
que nunca mais iria ver e que foram não eram tão atrativas. Houve uma
fundamentais para compreender al- época em que eu queria sair do curso.
guns dos fenômenos estudados. Mas fui persistente e continuei. Giulia Yumi Ashidani Silva estudou no Pioneiro do
Jardim 1 ao 3° ano do Ensino Médio. Atualmen-
te ela cursa Design Gráfico na Escola Superior
Pode ter sido um caso único? Talvez. A adaptação pode ser algo difícil. Crises de Propaganda e Marketing (ESPM) e deve se
Mas creio que sem essa base que a es- acontecem e muitas pessoas da minha formar no final deste ano.

No mundo dos negócios


“S empre gostei da área de negó-
cios. Quando estava no 2° ano do
Ensino Médio visitei a feira de profis-
ra. Cursei apenas seis meses e então
percebi que não me adaptaria ao cur-
so. Conversei com amigos que faziam
sões da USP e tive a oportunidade de outros cursos e com alguns familiares
conversar com os alunos de Economia, e também busquei informações sobre
Administração e Contabilidade e desde outras opções.
então passei a me informar sobre esses
cursos em várias faculdades. Tive a oportunidade de conversar com
pessoas que cursavam administração
Prestei o vestibular em 2015 para o na Fundação Getúlio Vargas e então
curso de Economia e fui aprovado na descobri que era aquela carreira (e es-
Caio Silva Petrucciello estudou no Pioneiro de
2001 a 2015 e atualmente cursa o segundo Universidade Federal de São Carlos, cola) que queria para a minha vida. Na
semestre de Administração de Empresas na Universidade de Coimbra (em Portu- época a FGV disponibilizava 20 vagas
Fundação Getúlio Vargas. gal) e na UNESP. Optei pela primei- via ENEM para o curso de Administra-

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Paixão pela Biomedicina
“Q uando estava ainda no 8º ano do
Ensino Fundamental estudei so-
bre as doenças sexualmente transmis-
so de seleção e em julho de 2012 pude
ter uma amostra do que viriam a ser os
próximos anos da minha vida. Saí de lá
síveis com professora Lílian (Ciências) e apaixonada e decidida.
fiquei fascinada com tudo o que se trata-
va do HIV/AIDS e decidi que queria tra- O Programa de Orientação Pro-
balhar com pesquisas na área de saúde. fissional do Pioneiro serviu para
confirmar minha tendência para a
No Ensino Médio adorava as aulas de área de biológicas e os professores
Biologia com o professor Durval e de também acabaram influenciando mi-
Química com o professor Jorge. Não que nha escolha. Foram pessoas que me
não gostasse das outras, mas estas eram apoiaram muito e que fizeram a dife-
especiais e me ajudaram na confirmação rença, especialmente quando muitas
Letícia Kogachi estudou no Pioneiro de 2003 a
de que eu poderia estar no caminho certo pessoas ficavam me questionando o 2013 e atualmente cursa Ciências Biomédicas na
da minha escolha profissional. porquê de não fazer medicina. USP, com previsão de se formar no final do ano.

Ainda no 1º ano do EM eu recorri ao Sou extremamente grata pelo que a es- cessário era tudo o que eu podia fazer.
bom e velho Google para pesquisar cola me proporcionou e percebo que um Cheguei a ficar doente no 2º ano da fa-
sobre os cursos que eu poderia fazer de seus diferenciais é nos tratar como culdade, por priorizar demais o curso e
para seguir pela área além da Me- um indivíduo próprio, não “só mais um me deixar de lado.
dicina, que não me despertava inte- aluno”. Lá aprendemos a nos integrar
resse. Sei que é uma nobre profissão, à sociedade e temos lições de respeito, Agora estou no último ano, fazendo
mas acho que seria uma escolha que educação e bondade. Foi um período TCC e parcialmente livre das angús-
me traria um desgaste emocional maravilhoso e de muito aprendizado e tias que descrevi. Sem querer ser dra-
muito grande. crescimento, que levarei com carinho mática, eu sobrevivi! Pretendo seguir a
para o resto da vida. carreira acadêmica para fazer pesquisa
Acabei descobrindo a Biomedicina, que na área de saúde.
parecia ideal, e a Farmácia, como uma A minha primeira impressão do curso
segunda opção. Só então fiquei sabendo foi meio idealizada, de que ele era tudo Um conselho? Respirar fundo e relaxar.
que um primo e a sua namorada esta- o que eu queria. Depois passei a vê-lo Não é preciso ficar estressado como eu
vam cursando Biomedicina na Unifesp, como algo que me daria as ferramentas fiquei por algum tempo. Dedique-se e
então fui conversar com eles. Em uma para fazer aquilo que eu quero fazer. se esforce, mas não faça mal a si mes-
dessas conversas, fiquei sabendo de um Em alguns momentos não foi fácil. A mo. Valorize o quanto a escola tem a
curso de introdução à Biomedicina que sensação era de que eu estava boian- te oferecer e escute os professores, que
era oferecido pelos próprios alunos da do no meio do oceano e, contanto que (acreditem) só querem o seu bem. Di-
faculdade durante uma semana das fé- eu não afundasse, estava bom. Aqui virta-se e se lembre de priorizar você
rias. Eu me inscrevi, passei no proces- na faculdade parecia que o mínimo ne- como ser humano.”

ção de Empresas. Apliquei minha nota ficilmente conseguiríamos apenas em matéria no Pioneiro me proporcionou
no meio do ano de 2016 e consegui pas- aulas tradicionais. uma ótima base para encarar hoje dis-
sar. Desde então estou lá e felizmente ciplinas que exigem um conhecimento
adorando o curso. De lá destaco dois professores que me quantitativo, como Cálculo, Estatística
ajudaram muito na época de escolher a e Matemática Financeira.
O Ensino Médio do Pioneiro tem como profissão: Roberson (História) e Hiaku-
diferencial o tamanho das turmas que, na (Geografia). Eu sempre gostei dessas Foi no Pioneiro também que tive a
por serem pequenas, proporcionam um duas disciplinas, principalmente quan- oportunidade de formar amizades que
contato mais direto entre os alunos e do estudávamos economia e geopolítica. mantenho até hoje. E também foi lá
também com os professores, que con- São conhecimentos fundamentais para que aproveitei o treinamento esporti-
seguem nos dar um atendimento di- qualquer cidadão. vo. Pratiquei handebol durante anos,
ferenciado. Além disso, os trabalhos no Ensino Fundamenta II e no Médio.
coletivos que são propostos nos aju- Também tinha facilidade em aprender Uma prática esportiva que continuo
dam a desenvolver habilidades que di- Matemática e a forma de ensino dessa até hoje na FGV.”

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pioneiro.com.br / NOVEMBRO 2014

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