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GESTÃO PARA UMA BIBLIOTECONOMIA INCLUSIVA: INFORMAÇÃO PARA O

ACESSO DE TODOS.

Juliene Coelho Fonseca. Graduando da UNIRIO. Cursando o 9º período do curso de


Biblioteconomia. juliene_bethel9@hotmail.com; Tiago Leite Pinto Graduando da
UNIRIO. Cursando o 5º período do curso de Biblioteconomia. tiagoace@ig.com.br .

Trata da gestão da biblioteca voltada para acessibilidade de todos os usuários, com maior foco em
usuários com necessidades especiais, a partir da idéia de biblioteconomia inclusiva. Observa
algumas leis e recomendações para que torne o espaço físico e digital de uma biblioteca acessível a
pessoas com necessidades especiais. Analisa como deve ser o espaço físico e digital de uma
biblioteca para que todos possam utilizá- la sem problemas e com maior facilidade. Mostra como é
importante o foco no usuário e a participação do mesmo na concepção de uma biblioteca inclusiva e
também a importância do bibliotecário nessa concepção. A questão principal é a acessibilidade, a
partir daí analisa alguns critérios e princípios que devem ser seguidos para gerar essa acessibilidade
dentro dos centros informacionais. Objetiva fazer com que os bibliotecários fiquem atentos a gama de
usuários que também tem muita necessidade por informações e muitas vezes são privados disto por
não ter um fácil acesso, analisando a função de um bibliotecário vê- se que ele é um dos principais
responsáveis em tornar mais acessível a informação, seja em ambiente físico ou digital. Conclui que
a partir do trabalho do bibliotecário, as novas tecnologias podem ajudar muito nessa inclusão, sejam
elas digitais ou não e que o conceito de biblioteca inclusiva vai muito além de incluir alguém em um
centro informacional, ela ajuda na formação e gera conhecimento no indivíduo.

Palavras chave: Acessibilidade. Biblioteca inclusiva. Gestão de biblioteca.


INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo demonstrar as praticas inclusivas que deverão
ser tomadas dentro de um centro informacional para que os necessidades especiais
posam freqüentar e usufruir de seus serviços com maior conforto, nos guiaremos
pelas normas, leis e decretos que regulamentam o tema.
A garantia do acesso à informação e inclusão digital dos portadores de
necessidades especiais esbarram a todo momento em obstáculos do cotidiano, a
Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 estabelece normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
necessidades especiais, e dá outras providências. Se cumprida na integra, a lei
pode vir a diminuir barreiras urbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de
comunicação que prejudicam os portadores de necessidades especiais. O
Ministério Público Federal, pela Procuradoria da República em acordo com a
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, disponibilizou a NBR 9050 –
Acessibilidade a Edificações, Mobiliários, Espaços e Equipamentos Urbanos, bem
como outras normas referentes aos direitos das pessoas com necessidades
especiais, fornecendo informações as necessárias a serem seguidas para
adaptação dos espaços a essas pessoas.
A Biblioteconomia se caracteriza por atender às particularidades de diversos
grupos que se beneficiam dos serviços de informação, em especial, da biblioteca.
Por isso nós bibliotecários devemos estar sempre atentos a todas as necessidades
de um possível usuário seja ele portador de necessidades especiais ou não.
“Assim, na gestão de serviços em bibliotecas, é fundamental e necessária
uma nova concepção de prestação de serviços, fazendo uso das TICs e focando os
usuários, ou seja, a identificação da demanda de informações direcionadas e
específicas a cada segmento (SANTOS; FACHIN; VARVAKIS, 2003.).”

ACESSIBILIDADE DENTRO DAS BIBLIOTECAS

O que é uma biblioteca? Muitas respostas são dadas ao fazermos essa


pergunta. Quase sempre as respostas contemplam um lugar sagrado que apenas
alguns privilegiados podem freqüentar ou um depósito de livros empoeirados, para
poucos um lugar de prazer, sonho e busca do conhecimento.
Efetivamente, a maioria das pessoas não sabe o verdadeiro papel da
biblioteca em suas vidas. Principalmente em se tratando de Brasil, em que, de
acordo com Fragoso (2002), as iniciativas de acesso à cultura e à leitura são poucas
ou inexistentes.
“Poucas instituições dispõem de recursos, tanto físicos e materiais quanto
humanos para manter uma Biblioteca digna desse nome e com serviços que
realmente contribuam com o ensino, com o aprendizado e com a vida cultural [...]
(FRAGOSO, 2002).”
Logo a Biblioteca é essencial a qualquer estratégia em longo prazo no
domínio da educação, informação e desenvolvimento sócio- econômico, social e
cultural.
O bibliotecário, segundo Corrêa (2002), tem como função fornecer
informações de maneira prática e rápida ao leitor, necessita de boa comunicação,
ser agradável, criativo e responsável, com todo tipo de usuário de todas as idades,
planejar, organizar e selecionar o acervo, proporcionando um bom atendimento,
conforto e praticidade aos leitores atendidos pela biblioteca.
Bibliotecário “é aquele que se consagra à organização de uma biblioteca e
que faz desse trabalho sua profissão” (Graesel, 1897, p.144)

ESPAÇO FÍSICO ACESSÍVEL

Para garantir a acessibilidade a todos deve- se garantir um espaço livre de


barreiras arquitetônicas.
Para Pinheiro(2009), o espaço deve ser planejado se levando em
consideração:
 facilidades e dificuldades de acesso: pisos, passagens e caminhos,
corredores portas obstáculos;
 condições de manuseio e leitura: altura das estantes , penetrais pontos de
acomodação de leitura;
 conforto e segurança: altura das mesas, sinalização de piso, prioridade
legal;
 equidade espacial: o espaço deve ser utilizável por qualquer usuário, em
qualquer circunstância garantido a cada um os mesmos direitos e deveres.
DESING UNIVERSAL

Este desing deve ser criado com a participação de todos usuários, para que
realmente atenda a todos de todas as maneiras necessárias. Isto pode ser feito
através de pesquisa de usuários e com maior preocupação do bibliotecário em
atender a maior quantidade de usuário possível e com qualidade.
O Desing Universal diz respeito ao desenvolvimento de produtos e ambientes
para serem utilizados por todas as pessoas na maior extensão possível, sem
necessidade de adaptação ou desing especial, ou seja, deve- se criar um desing que
atenda a todos sem a necessidade da implementação de algo especial, isto já estará
imbutido nele. As normas técnicas NBR15250 (ABNT, 2005a) e NBR15290 (ABNT,
2005b) definem como pressupostos do desing universal: “a equiparação nas
possibilidades de uso, a flexibilidade no uso, o uso simples e intuitivo, a captação da
informação, a tolerância para o erro e a dimensão e espaço para o uso e interação.”
Tudo isso com objetivo de facilitar a vida do usuário. Os princípios para
acessibilidade do Desing Universal estão listados e explicados abaixo:
- Uso eqüitativo: o design é útil e comercializável para pessoas com
habilidades diversas.
- Flexibilidade no uso: o design acomoda uma ampla variedade de
preferências e habilidades individuais.
- Simples e intuitivo: o uso do design é fácil de entender, independentemente
da experiência, do conhecimento, das habilidades lingüísticas ou do nível de
concentração corrente do usuário.
- Informação perceptível: o design comunica a informação necessária
efetivamente ao usuário, independentemente das condições do ambiente ou das
habilidades sensoriais do usuário.
- Tolerância ao erro: o design minimiza perigos e conseqüências adversas de
ações acidentais ou não intencionais.
- Baixo esforço físico: o design pode ser usado eficientemente,
confortavelmente e com um mínimo de fadiga.
- Tamanho e espaço para aproximação e uso: tamanho apropriado e espaço
são oferecidos para aproximação, alcance, manipulação e uso independentemente
do tamanho do corpo, postura ou mobilidade do usuário.
Estes princípios de acessibilidade devem ser seguidos para promover acesso
a quaisquer ambientes e produtos a quaisquer tipo de pessoa com maior facilidade
possível, mas quando isso não for possível, deve- se considerar o acesso por meio
de opções padronizadas, a compatibilidade com tecnologias assistivas e a facilidade
de alteração sob demanda.

ACESSIBILIDADE NA WEB

Segundo o W3C (2006b), “a acessibilidade na web depende do entrosamento


de diferentes componentes relacionados ao desenvolvimento de seu conteúdo e
também à interação dos usuários com suas páginas.”
O W3C (World Wide Web Consortium) traz recomendações para
acessibilidade, com o objetivo de viabilizar que qualquer pessoa, usando uma
tecnologia própria para web, possa acessar, obter informação e interagir com o site,
tonando a web mais acessível. Os criadores de páginas web e sistemas devem ficar
atentos a essas recomendações para gerar essa acessibilidade, assim como os
bibliotecários devem ter conhecimento prévio para ajudar seus usuários nesse
acesso.
Atualmente existem várias motivações para tornar a web amplamente
acessível, como ( PUPO et al.):
- Promover o direto básico de acesso à informação, tendo em vista uma
sociedade mais justa e solidária, que busca a qualidade de vida para todos;
- Atender à legislação, como é o caso do Brasil que, no Decreto n° 5.296
de 2 de Dezembro de 2004, exige que os sistemas web da administração
pública sejam acessíveis às pessoas com deficiência visual;
- Ampliar o número de consumidores, uma vez que existem no mundo cerca
de 500 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência.

RECOMENDAÇÕES PARA ACESSIBILIDADE NA WEB

As recomendações para acessibilidade de documentos na web, são a


princípio para portadores de necessidades especiais. O foco das recomendações
está aí, mas elas podem também facilitar o acesso a outra parte da sociedade, em
situações específicas ou especiais, ou seja, o foco são as pessoas com
necessidades especiais, mas também podem ser útil á outras pessoas.
O W3C traz novas recomendações para acessibilidade de conteúdo na web,
com quatro princípios, cada princípio traz suas recomendações, segundo a tabela
abaixo:
Princípio 1: Perceptível – Informação e componentes de interface de
usuário devem ser perceptíveis aos usuários
Recomendação 1.1. Ofereça texto alternativo para todo conteúdo não
textual de maneira que possa ser modificado para outras formas que as pessoas
necessitem como impressão ampliada, Braille, voz, símbolos ou linguagem mais
simples.
Recomendação 1.2. Ofereça alternativas sincronizadas ao conteúdo
multimídia.
Recomendação 1.3. Crie conteúdo que possa ser apresentado em
diferentes maneiras (ex. lido em voz alta, layout mais simples) sem perda da
informação ou estrutura.
Recomendação 1.4. Facilite para a pessoa com deficiência ver e ouvir o
conteúdo inclusive separar o que está em primeiro plano do que está ao fundo.
Princípio 2: Operável – Componentes de interface no conteúdo devem ser
operáveis pelos usuários

Recomendação 2.1. Torne toda a funcionalidade disponível a partir de um


teclado.
Recomendação 2.2. Ofereça aos usuários com deficiência tempo suficiente
para ler e usar o conteúdo.
Recomendação 2.3. Não crie conteúdo que possa causar convulsão.
Recomendação 2.4. Ofereça maneiras para auxiliar os usuários com
deficiência a navegarem, a encontrarem conteúdo, e a determinarem onde estão.
Princípio 3: Compreensível – Informação e operação da interface de usuário
devem ser compreensíveis pelos usuários
Recomendação 3.1. Faça o conteúdo do texto legível e compreensível.
Recomendação 3.2. Faça as páginas web aparecerem e operarem de
maneira previsível.
Recomendação 3.3. Ajude os usuários a evitarem e corrigirem erros.

Princípio 4: Robusto – O conteúdo deve ser “robusto” o suficiente para ser


interpretado de maneira confiável por uma grande variedade de agentes de
usuários, incluindo tecnologias assistivas
Recomendação 4.1. Maximize a compatibilidade com agentes de usuários
atuais e futuros, incluindo tecnologias assistivas.

CONCLUSÃO

A idéia de biblioteca inclusiva deve ser adotada afim de incluir uma parte da
sociedade, que muitas vezes é esquecida em projetos de construção e acesso a
informação, nos sistemas de informação. O acesso a informação, hoje em dia, gira
bastante em torno da web, logo deve- se tornar acessível as informações lá
encontradas, não para só a parte da sociedade sem necessidades especiais, mas
também a outra parte que tem estas necessidades, mas conclui- se que todas as
partes da sociedade podem utilizar o serviço que, a principio, é indicado a uma
parte somente. A manutenção de recomendações e leis que tornam cada vez mais
acessível à informação, é muito importante para o desenvolvimento da sociedade já
que através delas está acontecendo a busca e o acesso a informação e está se
gerando maior conhecimento a todos. São os bibliotecários os capazes e
responsáveis por essa inclusão de novos usuários dentro da biblioteca, utilizando de
novas tecnologias e habilidades para efetuar as velhas práticas, que são fomentar a
busca por informação e ajudar a gerar conhecimento na sociedade.

REFERÊNCIAS

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Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 2.ed. Rio

de Janeiro, 2004.
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