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I
- Entre 1879 até 1815 houve um período de guerra na Europa. A revolução influenciou
conflitos em outros lugares, principalmente regiões coloniais (levante, índia, Antilhas).
- A frança avançou como um duplo de dominação e de instigação à liberdade. No final do
reinado napoleônico, no entanto, a dominação suplantava a outra.
- O único Estado que poderia se dizer apoiador dos ideias franceses era os EUA. No entanto,
estes se mantiveram neutros, com exceção de quando entraram em guerra contra os ingleses
em 1812. A frança só podia contar com apoio ideológico de certos grupos e facções dentro dos
outros Estados.
- A revolução era amplamente defendida pelos intelectuais de diversos outros países.
- Havia um sentimento pró-frança nos países de sua fronteira oriental. Houve um jacobinismo
britânico, mas que não conseguia ultrapassar o nacionalismo britânico, ou melhor, o forte
sentimento anti-francês.
- Na península ibérica e no leste europeu o jacobinismo era um movimento fraco. Seja pela
falta de apoio da classe média seja pela falta de penetração nas massas camponesas
analfabetas.
- A polônia e a Irlanda viam a França como um possível aliado para libertarem essas nações do
domínio das outras. Mas era somente necesse sentido em que o jacobinismo penetrou nesses
lugares.
- Os Irlandes apoiavam até mesmo uma invasão francesa à Irlanda, desde que fosse para se
libertar dos ingleses. Já os espanhóis, por não serem dominados por nenhuma outra potencia
e por serem fortemente católicos, não deram espaço para as raízes do jacobinismo se instalar.
- No entanto, à Polonia e à Irlanda a revolução não era um grande atrativo. O atrativo era para
regiões que sofriam das mesmas contradições sofridas pela frança: Belgica, parte da suíça e da
Itália (que tinham um jacobinismo interno forte que disputava o poder); e a Alemanha
Ocidental e o resto da Itália, que acreditava na libertação somente através da invasão
francesa.
- Na Alemanha os jacobinistas alemães tinham poder político quase zero, apesar de terem
celebrados a invasão francesa. Na Itália, mais especialmente em Nápoles, havia uma classe
média maçônica fortemente jacobina mas que pecava por não ter apoio das massas.
- Esse jacobinismo internacional ajudava nas invasões francesas, facilitando a dominação
franca. A França mantinha alguns estados jacobinos satélites e anexava outros.
- Da mesma forma que tinha jacobinos internacionais, haviam antifranceses também. Muitas
regiões anti-francesas que possibilitou a participação das massas na guerra (movidas pela
defesa à Igreja e do Rei) utilizaram táticas de guerrilha que foram bem efetivas contra os
franceses.
- Onde o sentimento anti-França tinha participação das massas, a resistência aos franceses era
forte. Onde não havia a participação das massas, essas regiões pouco ofereciam de perigo para
os implacáveis exércitos franceses.
- O interesse da Grã Bretanha na guerra era puramente econômico. Queria estrangular seu
principal competidor para assegurar seu império econômico na Europa, ao mesmo tempo de
que queria manter o sistema diplomático europeu intacto, possibilitando a contenção mutua
dos Estados e assim a anexação britânica de colônias desses países.
- Por conta disso, os Estados coloniais viam os franceses como um aliado em potencial.
- A frança queria acabar completamente com a Inglaterra, focando na destruição de sua
economia. Ambos os lados almejavam a completa destruição do outro.
- As outras potencias anti-francesas – Austria, Prússia e Rússia – eram contra a revolução, mas
não tinham essa vontade britânica de apagar completamente a França do cenário pois eles
tinham outras preocupações políticas além dessa.
- Alguns principados governados pela Prussia e Austria viam na frança uma maneira de lutar
contra seus dominadores, ou uma forma de se beneficiar economicamente do bloqueio
continental napoleônico.
- Apesar de no inicio as coalizões anti-francesas serem bem mais poderosas, a França
acumulou uma série de vitórias militar devido à revolução.
- Os estados ortodoxos eram mais treinados e disciplinados na guerra. Na frança, no entanto, o
exército amplamente popular tinha uma flexibilidade, mobilidade, moral, coragem e
improvisação que o tornou imbatível. No entanto, nas batalhas marítimas – que exigiam mais
habilidade – os franceses eram inferiores. Mas outro favor importante também é que,
enquanto a maioria dos generais anti-franceses tinham mais de 60 anos, os generais franceses
eram uma geração de jovens (25 – 40 anos).
II
III
- Vamos falar daqui das mudanças que persistiram após a derrota de Napoleão.
- A mais importante contribuição foi uma maior racionalização das divisões políticas. O estado-
nação, em detrimento do estado como propriedade (feudal), tornou-se forte.
- Os estados feudais eram completamente fragmentados e descentralizados, com fronteiras
internas de uma província para outra e administrações e leis completamente desorganizada e
muitas vezes desconexas.
- Fora da Europa, a Grã Bretanha anexou colônias europeias e houve também os movimentos
de libertação colonial inspirados pela revolução francesa.
- O domínio direto (e as vezes indireto) da França por quase toda a Europa fez com que as
formas de administração estatal, código civil e abolição formal do feudalismo permanecessem
mesmo após a queda de Napoleão.
- Não só o avanço francês, mas como a reação à frança foram motivadores de mudanças. Os
liberais na Espanha, por exemplo, anti franceses, queriam uma Espanha Moderna. E até
mesmo a conservadora Prússia havia modernizado seu exército, libertado os camponeses e
aplicado reformas econômicas, sociais e educacionais (claro, com o seu grau de
conservadorismo).
- Toda a europa (com exceção da Escandinávia, Rússia e dos domínios Turcos) permaneceram
com suas instituições alteradas após os anos de guerra. Até mesmo o ultra-reacionário Reino
de Nápoles manteve o feudalismo abolido.
- Houve uma transformação na atmosfera política da Europa.
- A revolução francesa foi um evento universal. Um evento que fez todos perceberem o poder
de um país moderno, da sociedade moderna, frente ao antigo mundo. A frança abriu os olhos
do mundo, abriu as portas para a modernização. O antigo mundo percebeu que se não
seguisse os mesmos passos da França não tardaria para logo eles serem inteiramente
subjugados por ela.
IV
CAPITULO V