Vous êtes sur la page 1sur 20

Profissional de Técnico de Viticultura e Enologia

Nome: ______________________________________ Nº___ Tª____11º ano

Ficha de Trabalho – Principais castas brancas e tintas da Região Demarcada dos Vinhos Verdes

Com origem no latim, o nome "Casta" significa "pura; sem mistura".


Enologicamente podemos dizer que "Castas" é um conjunto de videiras, cujas características
morfológicas e qualidades particulares transmitem ao vinho um caráter único, constituindo
assim uma variedade singular com componentes organoléticas específicas.

Ao agregado de características transmitidas pelo solo e pelo clima às videiras, os franceses


deram o nome de "terroir" e não podemos falar de castas de videiras, sem fazer a sua
associação ao terroir, pois conforme o local onde se encontra plantada, uma mesma casta reage
de forma diferente originando diferenças no produto final, o vinho.

Castas Brancas

Alvarinho
Casta cultivada particularmente na sub-região de Monção, mas que dada a
sua elevada qualidade tem sido levada para outros pontos da Região e do
país. Produz mostos muito ricos em açúcares e contudo apresenta um
razoável teor em ácidos orgânicos; o vinho elementar caracteriza-se por uma
cor intensa, palha, com reflexos citrinos, aroma intenso, distinto, delicado e
complexo, com aromas que vão desde o marmelo, pêssego, banana, limão,
maracujá e líchia (carácter frutado), a flor de laranjeira e violeta (carácter
floral), a avelã e noz (carácter amendoado) e a mel (carácter caramelizado),
e de sabor complexo, macio, redondo, harmonioso, encorpado e persistente. Casta
medianamente vigorosa mas bastante rústica. Com um elevado índice de fertilidade, apresenta
com frequência 3 inflorescências por lançamento, dando origem a cachos muito pequenos,
alados e medianamente compactos, o que a torna uma casta pouco produtiva; este aspeto é
contemplado nos estatutos da região, que lhe fixa um rendimento máximo
por hectare de 60 hl, contra o de 80 hl para as restantes castas. Exige
terrenos secos para potencializar a qualidade do vinho a que dá origem,
facto que, associado à natureza ácida dos solos em que é cultivada, torna-
a bem adaptada ao porta-enxerto 196-17. Porta-enxertos como o S04 ou
R99, poderão usar-se em conformidade com o terreno (respetivamente
mais fresco e mais seco), sem contudo nos alhearmos dos riscos de perda
de açúcares e “performance” aromática, em situações que lhe aumentem o

Viticultura – 2014/2015 Página 1 de 20


vigor e consequentemente atrasos na maturação. É uma casta precoce no abrolhamento e na
maturação. Revela-se uma casta sensível ao míldio e oídio, muito sensível à acariose e atreita à
esca.
Propriedades da casta:
Nome: Alvarinho
Tipo da casta: Branca
Descrição: A casta Alvarinho é uma das mais notáveis castas brancas portuguesas. É uma casta
muito antiga e de baixa produção que é sobretudo plantada na zona de Monção e Melgaço
(região dos Vinhos Verdes). Pode adquirir duas formas distintas: cacho pequeno, pouco
compacto e bagos pequenos e dourados ou cacho médio e de bagos maiores que permanecem
esverdeados quando maduros. Esta casta é responsável pelo sucesso dos primeiros vinhos
portugueses "monovarietais" (uma só casta), pois em Portugal os vinhos de lote (mistura de
várias castas) são mais comuns. A casta Alvarinho produz vinhos bastante aromáticos e que
atingem graduações alcoólicas elevadas conservando uma acidez muito equilibrada.
Características Ampelográficas
Fonte: Catálogo das Castas, IVV.
Abrolhamento: Aberto, muito cotanilhoso, branco e com orla fortemente carminada.
Folha jovem: Amarela com manchas bronze. Muito revoluta. Cotanilhosa na página inferior e
penugenta na página superior.
Flor: Hermafrodita.
Porte: Horizontal.
Pâmpanos: Entre-nós e nós vermelhos pela face dorsal, e verdes pela face ventral. Forte
pigmentação antociânica dos gomos.
Gavinhas: Descontínuas, curtas, penugentas e direitas.
Folha adulta: Tamanho pequeno, orbicular, inteira, revoluta, cor verde médio e medianamente
bolhosa. Dentes curtos, de lados convexos. Seio peciolar aberto com base em V e seios laterais
superiores abertos com base em V. Cotanilhosa na página inferior. Pecíolo penugento e mais
comprido que a nervura principal mediana.
Cacho: Pequeno, alado e frequentemente duplo por desenvolvimento da asa. Compacidade
média. Pedúnculo comprido e de lenhificação média.
Bago: Tamanho médio, não uniforme. Arredondado, às vezes ligeiramente achatado. Cor verde
amarelada, adquirindo um tom rosado quando demasiado exposto ao sol. Com pruína, película de
espessura média e hilo aparente. Polpa mole, suculenta e de sabor especial. Pedicelo de
comprimento médio e fácil separação.
Grainhas: De tegumento pouco duro, predominam em número de uma por bago. Tamanho médio,
piriformes, de bico curto e pronunciado.
Sarmentos: De secção transversal achatada, carácter transmissível à cepa da casta
nitidamente «espalmada», superfície estriada e costada, e cor castanha amarelada. De grande
extensão. Entre-nós compridos. Gomos de tamanho médio, em cúpula e pouco salientes.

Avesso
Casta cultivada particularmente na sub-região de Baião, mas que dada a sua alta qualidade, tem
sido cultivada em sub-regiões limítrofes como a de Amarante, Paiva e Sousa. Produz vinhos de

Viticultura – 2014/2015 Página 2 de 20


cor intensa, palha aberta, com reflexos esverdeados, aroma misto entre
entre o frutado (laranja e
pêssego) e o amendoado (frutos secos) e o floral, sendo o carácter frutado dominante,
delicado, fino, subtil e complexo, e sabor frutado, com ligeiro acídulo, fresco, harmonioso,
encorpado e persistente; estas potencialidades de aroma
aroma e sabor revelam-se
revelam somente alguns
meses após a vinificação. Casta muito vigorosa e muito rústica. Com um índice de fertilidade
médio, apresenta em média 1 a 2 inflorescências por lançamento, dando origem a cachos médios
e medianamente compactos, o que tornatorna esta casta medianamente produtiva. É uma casta
precoce no abrolhamento (a par do Alvarinho) e de maturação média (a par do Arinto e antes
do Loureiro). Revela-se
se muito sensível ao míldio e à podridão dos cachos e sensível ao oídio.

Propriedades da casta:
c
Nome: Avesso
Tipo da casta: Branca
Descrição: A casta Avesso é cultivada na região dos Vinhos Verdes,
contudo a sua plantação concentra-se
concentra se próxima da região do Douro,
especificamente nas sub-regiões
sub regiões de Baião, Resende e Cinfães. Aí,
encontra as condições
condições favoráveis para se desenvolver, uma vez que
prefere solos mais secos e menos férteis do que aqueles que
habitualmente existem em outras zonas da região dos Vinhos Verdes.
Os cachos da casta Avesso são de tamanho médio e os seus bagos são
grandes e verde-amarelados.
ver amarelados. Esta casta origina vinhos aromáticos,
bastante saborosos e harmoniosos. As qualidades da casta Avesso são
verdadeiramente apreciadas quando as condições de maturação
permitem elaborar vinhos com, pelo menos, 11% de álcool.
Características Ampelográficas
Am
Fonte: Catálogo das Castas, IVV.
Ramo Jovem: Ápice vegetativo aberto, com pigmentação antociânica generalizada, de forte
intensidade e glabro.
Folha jovem: Acobreada e com forte pigmentação antociânica. Página inferior da 4.ª folha
expandida com fraca pilosidade aplicada entre e sobre as nervuras,
nervuras, sendo a pilosidade ereta,
ere
forte entre as nervuras e fraca sobre as mesmas.
Flor: Hermafrodita. Primeira inflorescência inserida mais ou menos ao 4.º nó, com uma a duas
inflorescências por ramo e de médio
m comprimento.
Vigor: Médio.
Pâmpanos: Com estrias avermelhadas na face dorsal dos entre-nós,
entre nós, verde na face ventral e
com estrias avermelhadas nas duas faces dos nós. Gomos com média pigmentação antociânica.
Gavinhas: Longas. Distribuição regular descontínua,
descon com fórmula 02.
Folha adulta: Média, pentagonal e com cinco a sete lóbulos. Página superior verde-claro,
verde de
perfil irregular e de fraco empolamento. Limbo muito enrugado com bastante ondulação
generalizada. Apresenta dentes médios, convexos, retilíneos
retilín e convexo-côncavos.
côncavos. Seio peciolar
aberto com a base em U, por vezes limitado pela nervura junto do ponto peciolar. Seios laterais
superiores abertos em V. Nervuras principais com fraca pigmentação. Página inferior com fraca
densidade de pelos eretos entretre e sobre as nervuras, não se verificando pilosidade aplicada.
Pecíolo mais curto que a nervura principal mediana e com muito fraca pilosidade aplicada.

Viticultura – 2014/2015 Página 3 de 20


Cacho: Pequeno e compacto. Pedúnculo curto e de forte lenhificação.
Bago: Médio, não uniforme, de forma forma elíptica curta e de secção transversal irregular.
Epiderme verde amarelada, de cor uniforme e com média a forte intensidade de pruína. Película
espessa e hilo aparente. Polpa não corada, mole, suculenta e de sabor indefinido. Pedicelo curto
e de difícil separação.
Grainhas: Com forte dureza do tegumento
Sarmentos:
Circulares, estriados e de cor castanha escura.

Azal
Casta cultivada particularmente em zonas do interior, onde amadurece bem e atinge o seu nível
de qualidade quando plantada em terrenos secos e bem expostos das sub- sub-regiões de Amarante,
Basto, Baião e Sousa. Produz vinhos de cor ligeira, citrina aberta, descorada,
descorada, aroma frutado
(limão e maçã verde) não excessivamente intenso, complexo, fino,
agradável, fresco e citrino, e sabor frutado, ligeiramente acídulo, com
frescura, e jovem, podendo em anos excecionais revelar-se se encorpados e
harmoniosos. Casta muito vigorosa
igorosa e de boa afinidade com a maioria dos
porta-enxertos
enxertos utilizados na Região. Apresenta em média 1 a 2
inflorescências por lançamento, dando origem a cachos médios, muito
compactos e pesados o que torna esta casta muito produtiva. É uma casta
de ciclo longo, precoce no abrolhamento (a seguir ao Alvarinho e Avesso) e
tardia na maturação. Revela-sese sensível ao míldio, oídio e podridão dos
cachos.
Propriedades da casta:
Nome: Azal
Tipo da casta: Branca
Descrição: A casta Azal Branco é uma casta de qualidade cultivada na
região dos Vinhos Verdes, principalmente nas sub-regiões
sub de Penafiel,
Amarante e Basto. No início do século XX, era a principal casta para a
produção do vinho branco da região. Os cachos da Azal BrancoBr são de
tamanho médio e constituídos por bagos grandes de disposição compacta. É uma casta muito
produtiva, de maturação tardia e os seus bagos apresentam uma cor esverdeada mesmo no final
de maturação. Os vinhos que possuem a casta Azal Branco na sua composição apresentam
aromas frutados pouco intensos. São vinhos bastante acidulados, por isso são raros os
monovarietais de Azal Branco.
Características Ampelográficas
Fonte: Catálogo das Castas, IVV.
Abrolhamento: Aberto, muito cotanilhoso, branco e com orla levemente carminada.
Folha jovem: Amarela acobreada. Bolhosa. Cotanilhosa na página inferior e penugenta na página
superior
Flor: Hermafrodita.
Porte: Meio-ereto a horizontal.

Viticultura – 2014/2015 Página 4 de 20


Pâmpanos: Entre-nósnós e nós vermelhos pela face dorsal e verdes com estriasestria vermelhas pela
face ventral. Fraca pigmentação antociânica dos gomos.
Gavinhas: Descontínuas, compridas, penugentas e às vezes enroscadas.
Folha adulta: Tamanho médio, orbicular a cuneiforme, inteira a trilobada, plana, verde escura e
medianamente bolhosa. Dentes de comprimento médio, alguns compridos, de lados retilíneos.
Seio peciolar aberto com base em U, e fundo por vezes limitado pela nervura próxima do ponto
peciolar, e seios laterais superiores abertos com base em V. Muito cotanilhosa e cerdosa
cerdo na
página inferior. Pecíolo penugento e mais curto que a nervura principal mediana.
Cacho: Tamanho médio. Cilindro-cónico.
Cilindro cónico. Muito compacto. Pedúnculo de comprimento médio e
lenhificação fraca
Bago: Tamanho médio a grande, uniforme. Elíptico-curto,
Elíptico às vezes
zes obovóide por compressão
dos bagos. Cor esverdeada aquando da maturação. Com pruína, película espessa e hilo aparente.
Polpa rija, pouco suculenta e de sabor simples. Pedicelo curto, de difícil separação.
Grainhas: De tegumento duro, predominam em número número de duas por bago. Grandes, piriformes,
de bico comprido e pronunciado.
Sarmentos: De secção transversal elíptica, às vezes circular, superfície estriada e costada, e
cor castanha amarelada. Entre-nós
Entre nós de comprimento variável, médios a compridos, e nós
relativamente
elativamente volumosos. Gomos de tamanho médio, volumosos, em cúpula e salientes.

Loureiro
Casta cultivada em quase toda a Região, mais bem adaptada às zonas do
litoral só não é recomendada nas sub-regiões
sub regiões mais interiores como
Amarante, Basto e Baião. Antiga
tiga e de alta qualidade, produz mostos com
aroma acentuado e característico da casta, dando vinhos de cor citrina,
aroma fino, elegante, que vai do frutado de citrinos (limão) ao floral (frésia,
rosa) e melado (bouquet), e sabor frutado, com ligeiro acídulo,
acídulo, fresco,
harmonioso, encorpado e persistente. Casta de vigor médio e de boa
afinidade com a maioria dos porta-enxertos
porta enxertos utilizados na Região,
designadamente o S04 e o 196-17,
196 17, revelando mais recentemente bons
resultados com o 101-14.14. Com um índice de fertilidade
fertilidade elevado, apresenta em média 2
inflorescências por lançamento, dando origem a cachos compridos, medianamente compactos e
pesados, o que torna esta casta muito produtiva. É uma casta de abrolhamento médio a precoce
(após Alvarinho, Avesso e Azal e antes
antes da Arinto, Batoca e Trajadura) e de maturação média (a
seguir à Arinto e Avesso e antes da Batoca e Azal). Revela-se
Revela se sensível ao míldio, oídio,
escoriose, podridão dos cachos e aos ácaros.
Propriedades da casta:
Nome: Loureiro
Tipo da casta: Branca
Descrição: A casta Loureiro existe em quase toda a região dos Vinhos
Verdes, mas é originária do vale do rio Lima. É uma casta muito
produtiva e fértil, mas só recentemente foi considerada uma casta
nobre. Os cachos são grandes e não muito compactos, enquanto
enqua os
bagos são médios e de cor amarelada ou esverdeada. A casta Loureiro
produz vinhos de elevada acidez e com aromas florais e frutados muito

Viticultura – 2014/2015 Página 5 de 20


acentuados. Apesar de produzir vinhos "monovarietais" (uma só casta) é frequentemente
utilizada em vinhos de lote
te (mistura de castas), onde é normalmente combinada com as castas
Trajadura e Arinto.
Características Ampelográficas
Fonte: Catálogo das Castas, IVV.
Abrolhamento: Aberto, muito cotanilhoso, branco e com orla carminada.
Folha jovem: Verde com manchas bronze, às vezes amarela acobreada. Muito bolhosa. Muito
cotanilhosa na página inferior.
Flor: Hermafrodita.
Porte: Meio-ereto a horizontal
Pâmpanos: Entre-nós
nós verdes e nós com estrias vermelhas pela face dorsal, e verdes pela face
ventral. Gomos verdes.
Gavinhas: Descontínuas, compridas e tearâneas. Muito divididas, vigorosas e enroscadas.
Folha adulta: Tamanho médio, pentagonal, quinquelobada, às vezes acentuadamente trilobada,
cor verde médio, perfil irregular com elevação dos lobos normalmente revolutos,
revolut medianamente
bolhosa e às vezes com enrugamento. Dentes curtos a médios, de lados convexos. Seio peciolar
pouco aberto com base em V, e seios laterais superiores fechados com base em U. Ponto
peciolar e início das nervuras principais carminados, em ambas
ambas as páginas. Cotanilhosa e
fracamente cerdosa na página inferior. Pecíolo penugento e mais curto que a nervura principal
mediana.
Cacho: Grande, às vezes médio. Cilindro-cónico.
Cilindro cónico. Compacidade média. Pedúnculo de comprimento
médio e lenhificação média.
Bago: Tamanho médio e uniforme. Arredondado, às vezes ligeiramente achatado. Cor verde
amarelada. Com pruína, película de espessura média e hilo pouco aparente. Polpa mole, suculenta
e de sabor especial. Pedicelo de comprimento médio e fácil separação.
Grainhas: De tegumento pouco duro, predominam em número de uma por bago. Tamanho médio,
bojudas, de bico curto pouco pronunciado.
Sarmentos: De secção transversal elíptica, superfície estriada e costada, e cor castanha
amarelada. Extensos e vigorosos. Entre-nós
Entre ós de comprimento médio e nós relativamente
volumosos. Gomos de tamanho médio, em cúpula e salientes.

Arinto
Propriedades da casta
Nome: Arinto
Tipo de casta: Branca
Descrição: A Arinto é uma casta muito versátil, por
isso é cultivada em quase todas as regiões vinícolas. Na
região dos Vinhos Verdes é conhecida por Pedernã.
Contudo, é na região de Bucelas que esta casta ganha
notoriedade, sendo considerada a casta "rainha" da
região.
ão. O cacho da casta Arinto é grande, compacto e
composto por bagos pequenos ou médios de cor amarelada. Esta casta cast é frequentemente
utilizada na produção de vinhos de lote (mais do que uma casta) e também de vinho espumante.

Viticultura – 2014/2015 Página 6 de 20


Na região de Bucelas, produz vinhos
inhos monovarietais (uma só casta) de elevada acidez, cor citrina
e marcadamente florais e frutados (quando jovens).
Características Ampelográficas
Fonte: Catálogo das Castas, IVV.
Ramo jovem: Ápice vegetativo aberto, com pigmentação antociânica generalizada, de fraca a
média intensidade, e com média densidade de pelos aplicados.
Folha jovem: Verde com placas bronzeadas, sendo de fraca a média a intensidade da
pigmentação antociânica. Página inferior da 4.ª folha expandida com média pilosidade aplicada
apl
entre as nervuras e fraca sobre as mesmas, sendo a pilosidade ereta nula entre as nervuras e
média sobre estas.
Flor: Hermafrodita. Primeira inflorescência inserida no 2.º a 3.º nó, com uma a duas
inflorescências por ramo e de médio comprimento.
Vigor: Médio.
Pâmpanos: Face dorsal dos entre-nós
entre nós e nós com estrias avermelhadas e verde na face ventral.
Gomos com média pigmentação antociânica.
Gavinhas: Curtas. Distribuição regular descontínua, com fórmula 02.
Folha adulta: Média, pentagonal e com três a cinco lóbulos. Página superior verde médio, de
perfil irregular e de médio empolamento. Limbo ligeiramente enrugado com ondulação
generalizada. Dentes curtos e convexos. Seio peciolar pouco aberto e por vezes fechado com
base em V. Seios laterais superiores
superiores abertos em V. Nervuras principais sem pigmentação.
Página inferior com fraca densidade de pelos eretos e aplicados, sobre e entre as nervuras.
Pecíolo mais curto que a nervura principal mediana e com fraca pilosidade aplicada.
Cacho: Médio e de média compacidade. Pedúnculo longo e de média lenhificação.
Bago: Médio e não uniforme, de forma elíptica curta e de secção transversal regular. Epiderme
verde amarelada, de cor uniforme e com média intensidade de pruína. Película espessa e hilo
aparente. Polpa não corada, rija, pouco suculenta e de sabor indefinido. Pedicelo médio e de
difícil separação.
Grainhas: Com forte dureza do tegumento.
Sarmentos: Achatados, estriados a costados e de cor arroxeada.

Trajadura
Casta cultivada por toda a Região (não recomendada na sub-região região de Baião); casta de
qualidade, produz mostos de aroma delicado e naturalmente pobres em acidez, dando vinhos de
cor intensa, palha dourada, de aroma intenso, a frutos de árvore maduros (maçã, pera e
pêssego), macerados, e de sabor macio, quente, redondo e com tendência, em determinadas
condições, a algum desequilíbrio (baixa acidez). Casta muito vigorosa e de boa afinidade com a
maioria dos porta-enxertos
enxertos utilizados na Região. Apresenta em média 1 a 2
inflorescências por lançamento,
lançamento, dando origem a cachos médios, muito
compactos e pesados, o que torna esta casta muito produtiva. É uma casta de
ciclo curto, tardia no abrolhamento (a mais tardia) e precoce na maturação
(como o Alvarinho). Revela-se
se muito sensível ao míldio e podridão dos
dos cachos.
Propriedades da casta:
Nome: Trajadura
Tipo de casta: Branca

Viticultura – 2014/2015 Página 7 de 20


Descrição: A casta Trajadura é oriunda da região dos Vinhos Verdes,
particularmente da sub-regiãoregião de Monção, apesar de ter alguma
expressão na Galiza (Espanha). Rapidamente foi difundida
difundida para as outras
sub-regiões,
regiões, sendo cultivada em quase toda a região dos Vinhos Verdes. A
casta Trajadura apresenta uma boa produção. Os seus cachos são muito
compactos e de tamanho médio, compostos por bagos verde-amarelados
verde amarelados
de grandes dimensões. Os vinhos nhos produzidos com a casta Trajadura
apresentam aromas pouco intensos e normalmente, são um pouco
desequilibrados. É comum lotar a casta Trajadura com a casta Loureiro ou, por vezes, com a
Alvarinho (castas da mesma região e mais aromáticas), para atribuir atribuir maior grau alcoólico e
melhor equilíbrio aos vinhos.
Características Ampelográficas
Fonte: Catálogo das Castas, IVV.
Abrolhamento: Aberto, cotanilhoso, branco e com orla fracamente carminada.
Folha jovem: Amarela com manchas bronze e/ou cobre. Penugenta na página inferior.
Flor: Hermafrodita.
Porte: Ereto a meio-ereto.
Pâmpanos: Entre-nós nós com estrias vermelhas e nós verdes pela face dorsal e ventral. Gomos
verdes.
Gavinhas: Descontínuas, curtas, tearâneas e muito divididas.
Folha adulta: Tamanho médio, orbicular, inteira a trilobada, cor verde médio, brilhante, plana e
fracamente bolhosa. Dentes de comprimento médio a compridos, de lados convexos. Seio
peciolar aberto com base em U, e seios laterais superiores abertos com base em V. Ponto
peciolarr e início das nervuras principais carminados, mais acentuadamente na página superior.
Penugenta e fracamente cerdosa na página inferior. Pecíolo glabro e mais curto que a nervura
principal mediana.
Cacho: Tamanho médio. Cilindro-cónico
Cilindro e alado. Muito compacto.
acto. Pedúnculo curto e de
lenhificação média.
Bago: Tamanho médio a grande, uniforme. Elíptico-curto,
Elíptico curto, a obovóide por compressão dos bagos.
Cor verde amarelada. Com pruína, película fina e hilo aparente. Polpa rija, pouco suculenta e de
sabor especial. Pedicelo
dicelo curto, de difícil separação.
Grainhas: De tegumento duro, predominam em número de uma por bago. Tamanho médio, muito
bojudas, de bico curto bem pronunciado.
Sarmentos: De secção transversal elíptica, superfície estriada e costada, e cor castanha
avermelhada. Vigorosos, fusiformes e direitos. Entre-nós
Entre nós curtos e nós volumosos.
volumoso Gomos de
tamanho médio, pontiagudos
agudos e salientes.

Castas Tintas
Amaral (Azal Tinto)
Casta de pouca
uca expansão, sendo mais cultivada na zona Sul da Região, mas que
dada a sua qualidade encontra--se hoje recomendada para a maiorior parte das
sub-regiões (exceto
to nas de Monção e Lima). Produz mostos naturalmente mais
ricos em ácido tartárico, quando comparados
comparados com os do Vinhão, Borraçal e

Viticultura – 2014/2015 Página 8 de 20


Espadeiro, dando vinhos de cor intensa, vermelho rubi, com aroma sem destaque a casta,
ligeiramente acídulos e encorpados. Casta rústica, de vigor médio e de boa afinidade com a
maioria dos porta-enxertos utilizados na Região. Com elevado índice de fertilidade, com 2 a 3
inflorescências por ramo, dá contudo cachos pequenos, alados e medianamente compactos o que
a torna pouco produtiva. É uma casta de abrolhamento tardio e de maturação tardia (como o
Espadeiro).
Propriedades da casta:
Nome: Azal Tinto
Tipo da casta: Tinta
Descrição: Casta tinta de qualidade, recomendada nos concelhos (6) mais a sul da Região
Demarcada, onde é mais intensamente cultivada. Pouco produtiva e rústica; dá origem a vinhos
de cor vermelha rubi, com aroma sem destaque a casta, ligeiramente acídulos e encorpados.
Sinonímia: ou «Azar», é conhecida por «Amaral» em Penafiel e Amarante, por «Cainho Bravo»
ou «Cainho Miúdo» em Monção, por «Cainzinho» nos Arcos de Valdevez e por «Sousão Galego»
na zona de Basto.
Características Ampelográficas
Fonte: Catálogo das Castas, IVV.
Abrolhamento: aberto, muito cotanilhoso, branco e com orla fortemente carminada.
Folha jovem: amarela com manchas bronze e mais raramente cobre, sendo média a fraca a
intensidade da pigmentação antociânica das seis primeiras folhas. Ponto peciolar e início das
nervuras principais carminados. Muito cotanilhosa e fracamente cerdosa na página inferior.
Flor: hermafrodita.
Porte: Porte ereto a meio-ereto
Pâmpanos: entre-nós e nós vermelhos pela face dorsal e verdes pela face ventral. Fraca
pigmentação antociânica dos gomos.
Gavinhas: descontínuas, compridas, cerdosas, direitas, e precoces na queda.
Folha adulta: tamanho pequeno, orbicular, quinquelobada, plana, cor verde médio e
medianamente bolhosa. Dentes de comprimento médio, e lados retilíneos. Seio peciolar fechado
com base em V, e seios laterais superiores abertos com base em U. Ponto peciolar e início das
nervuras principais carminados, em ambas as páginas. Muito cotanilhosa e cerdosa na página
inferior. Pecíolo muito cotanilhoso e cerdoso e mais curto que a nervura principal mediana.
Cacho: pequeno e alado. Compacidade média. Pedúnculo de comprimento médio e lenhificação
fraca.
Bago: tamanho médio e uniforme. Arredondado. Cor negra azul. Com pruína, película de
espessura média e hilo pouco aparente. Polpa não corada, mole, suculenta e de sabor simples.
Pedicelo de comprimento médio e fácil separação.
Grainhas: de tegumento pouco duro, predominam em número de duas por bago. Tamanho médio,
piriformes, de bico curto pouco pronunciado.
Sarmentos: de secção transversal elítica, superfície estriada e costada, e cor castanha
amarelada. Pouco extensos e finos. Entre-nós de comprimento médio e nós relativamente
volumosos. Gomos pequenos, pontiagudos e salientes.

Viticultura – 2014/2015 Página 9 de 20


Borraçal
Casta de grande expansão, é cultivada em toda a Região sendo recomendada em todas as sub- sub
regiões. Produz mostos naturalmente mais ricos em ácido málico e na acidez total,
comparativamente com o Amaral, Vinhão e Espadeiro, dando vinhos de cor vermelha rubi, com
aroma a casta, equilibrados
ibrados e saborosos. Casta muito rústica e vigorosa e de boa afinidade com
a maioria dos enxertos utilizados na Região. Com um índice de fertilidade médio, com 2
inflorescências por ramo, dá contudo cachos pequenos e de compacidade média, o que a torna
pouco
co produtiva e de produção irregular, para o que contribui a natural tendência para o
desavinho e bagoinha. É precoce na rebentação e de maturação média. É sensível ao oídio e
muito sensível à podridão dos cachos.
Propriedades da casta:
Nome: Borraçal
o da casta: Tinta
Tipo
Descrição: A casta Borraçal é uma das castas tintas mais cultivadas na
região dos Vinhos Verdes. É plantada em quase toda a região, onde é
também conhecida por Esfarrapa ou Bogalhal, entre outras
designações. Os cachos desta casta são pequenos
pequenos e de formato cónico.
Os bagos são de tamanho médio, não uniformes e de cor negro-azulada.
negro
Os vinhos elaborados a partir da casta Borraçal apresentam cor rubi e
um elevado grau de acidez.
Características Ampelográficas
Fonte: Catálogo das Castas, IVV.
V.

Abrolhamento: Aberto, cotanilhoso, branco e com orla fracamente


carminada.
Folha jovem: Verde com manchas bronze. Bolhosa. Muito cotanilhosa na
página inferior e penugenta na página superior.
Flor: Hermafrodita.
Porte: Meio-ereto
Meio a horizontal.
Pâmpanos: Entre-nósnós e nós com estrias vermelhas pela face dorsal e
verdes pela face ventral. Gomos verdes
Gavinhas: Descontínuas, curtas e tearâneas. Muito divididas, vigorosas
e enroscadas.
Folha adulta: Tamanho médio, pentagonal, trilobada, plana, cor verde médio e medianamente
bolhosa. Dentes de comprimento médio e lados convexos. Seio peciolar de lobos completamente
sobrepostos com base em V, e seios laterais superiores abertos com base em V. Muito
cotanilhosa na página inferior. Pecíolo penugento e mais
mais curto que a nervura principal mediana
Cacho: Pequeno, cónico e normalmente alado. Compacidade média. Pedúnculo de comprimento
médio e lenhificação média.
Bago: Tamanho médio, não uniforme. Arredondado. Cor negra azul. Com pruína, película fina e
hilo aparente. Polpa não corada, rija, pouco suculenta e de sabor especial. Pedicelo de
comprimento médio e fácil separação.
Grainhas: De tegumento pouco duro, predominam em número de duas por bago. Grandes,
piriformes, de bico curto pouco pronunciado.

Viticultura – 2014/2015 Página 10 de 20


Sarmentos: De secção transversal elíptica, superfície estriada e costada, e cor castanha
amarelada. Entre-nós de comprimento médio. Gomos de tamanho médio, volumosos, em cúpula e
salientes.

Alvarelhão
Casta de pouca expansão na Região, sendo cultivada particularmente na
sub-região de Monção e também recomendada na sub-região de Baião,
onde é conhecida por Alvarelhão devido à sua proximidade ao Douro onde
esta casta é cultivada com esse nome. mostos naturalmente ricos em
açúcares, dando vinhos de cor rubi a rubi clara, com aroma delicado a
casta, harmoniosos e saborosos. Casta vigorosa, com abundante
rebentação de gomos dormentes e de boa afinidade com a maioria dos
porta-enxertos utilizados na Região. Com um índice de fertilidade médio,
com 2 inflorescências por ramo, dá cachos médios e frouxos, o que a
torna pouco a medianamente produtiva. É uma casta de abrolhamento
precoce (como o Borraçal) e de maturação precoce também (como o
Padeiro). É muito sensível ao oídio.

Propriedades da casta:
Nome: Alvarelhão
Tipo da casta: Tinta
Descrição: Sinonímia: «Alvarelhão» no Douro e em Moimenta da Beira.
Características Ampelográficas
Fonte: Catálogo das Castas, IVV.
Ramo jovem: ápice vegetativo aberto, com média pigmentação antociânica na orla e forte
pilosidade aplicada.
Folha jovem: verde com placas bronzeadas e fraca pigmentação antociânica. Página inferior
com média pilosidade aplicada entre e sobre as nervuras.
Flor: hermafrodita.
Vigor: médio.
Porte: ereto a meio-ereto.
Pâmpanos: estriados de vermelho nas duas faces dos nós e entre-nós. Olhos com média
pigmentação antociânica.
Gavinhas: distribuídas em dois ou menos nós sucessivos e médias.
Folha adulta: média, pentagonal e quinquelobada. Página superior verde médio, com perfil
irregular, forte empolamento, enrugada e ondulação generalizada. Dentes médios e convexo-
côncavos. Seio peciolar com lóbulos ligeiramente sobrepostos e por vezes pouco aberto com a
base em V. Seios laterais superiores abertos, com a base em U ou V. Nervuras principais com
fraca pigmentação antociânica. Página inferior com fraca pilosidade aplicada entre as nervuras
e média sobre as mesmas. Pecíolo mais curto que a nervura principal mediana e com média
pilosidade aplicada.
Cacho: médio e medianamente compacto. Pedúnculo médio e com média lenhificação.

Viticultura – 2014/2015 Página 11 de 20


Bago: médio, não uniforme, arredondado e com secção transversal regular. Epiderme negra- negra
azul e com forte pruína. Película medianamente espessa e hilo pouco aparente. Polpa não corada,
rija,
a, suculenta e de sabor especial. Pedicelo curto e de difícil separação.
Grainhas: com forte dureza do tegumento.
Sarmentos: Sarmentos achatados, estriado-costados,
estriado costados, castanhos avermelhados e com fraca
pilosidade aplicada nos entre-nós.
nós.

Espadeiro
Casta de certa expansão na Região, não é recomendada para as sub-regiões
sub regiões de Baião, Monção e
Paiva. Trata-se
se de uma casta que exige elevadas somas de calor efetivo para amadurecer.
Produz mostos naturalmente menos ricos em açúcares que o Vinhão, mas mais ricos que o
Amaral e Borraçal (e vice-versa
versa com a acidez total), dando vinhos de cor rubi clara a rubi, de
aroma e sabor a casta e acídulos. Tradicionalmente vinificada em ‘bica aberta’ em diferentes
locais da Região para produção de um vinho rosado, conhecido por Espadal.
Espadal. Casta de vigor
médio e irregular na produção anual. Com um índice de fertilidade médio, com 1 a 2
inflorescências por ramo, dá cachos muito compridos (com muita pruína) e medianamente
compactos, o que a torna uma casta produtiva. É uma casta de abrolhamento
abrolhamento tardio e de
maturação tardia (logo a seguir ao Amaral).
Propriedades da casta:
Nome: Espadeiro
Tipo da casta: Tinta
Descrição: A casta Espadeiro é cultivada na região dos Vinhos Verdes e
produz vinho muito apreciado na região. Pode adotar outras
denominações de acordo com o local onde é cultivada: Espadão, Espadal,
entre outras designações. Esta casta é muito produtiva e apresenta
cachos de grande dimensão, compactos e constituídos por bagos médios
e uniformes. Os vinhos produzidos com esta casta são acídulos e de cor
rosada clara ou rubi muito aberta (quando submetidos ao processo de
curtimenta prolongada). Algumas adegas produzem vinho rosé a partir
da casta Espadeiro.
Características Ampelográficas
Fonte: Catálogo das Castas, IVV.
Abrolhamento: Aberto, penugento, branco e com orla fracamente
carminada.
Folha jovem: Amarela acobreada, sendo média a intensidade da
pigmentação antociânica das seis primeiras folhas. Início das nervuras
carminado na página superior. Penugenta na página inferior.
Flor: Hermafrodita
Porte: Ereto a meio-ereto.
meio
Pâmpanos: Entre-nós
nós e nós com estrias vermelhas pela face dorsal, e verdes pela face ventral.
Gomos verdes. Porte ereto a meio-ereto
meio
Gavinhas: Descontínuas, compridas, tearâneas e direitas.

Viticultura – 2014/2015 Página 12 de 20


Folha adulta: Tamanho médio, cuneiforme, trilobada, verde escura e brilhante, perfil irregular
e fracamente bolhosa. Dentes de comprimento médio, de lados convexos e mucrões evidentes.
Seio peciolar pouco aberto com base em V, e seios laterais superiores abertos com base em V.
Ponto peciolar e início das nervuras principais carminados. Glabra na página inferior. Pecíolo
glabro e mais curto que a nervura principal mediana.
Cacho: Muito grande. Cilindro-cónico. Compacidade média. Pedúnculo de comprimento médio e
lenhificação média
Bago: Tamanho médio e uniforme. Arredondado, às vezes ligeiramente achatado. Cor negra
azul. Com muita pruína, película de espessura média e hilo aparente. Polpa não corada, rija,
pouco suculenta e de sabor especial. Pedicelo de comprimento médio e fácil separação.
Grainhas: De tegumento pouco duro, predominam em número de duas por bago. Tamanho médio,
piriformes, de bico curto pouco pronunciado
Sarmentos: Secção transversal elíptica, superfície estriada e costada, e cor castanha
amarelada. Vigorosos, entre-nós compridos e nós muito volumosos. Gomos grandes, volumosos,
em cúpula, largos na base e salientes.

Padeiro
Casta de pouca expansão na Região, sendo cultivada particularmente na sub-
região de Basto, sendo hoje também recomendada nas sub-regiões do Ave e
do Cávado. Produz mostos naturalmente ricos em açúcares (como o Vinhão),
dando vinhos de cor vermelha rubi a vermelha granada, de aroma e sabor a
casta, harmoniosos e saborosos. Casta de vigor médio e pouco rústica. Com
um índice de fertilidade médio, com 1 a 2 inflorescências por ramo, dá
cachos grandes e frouxos, o que torna esta casta muito produtiva. É uma
casta tardia no abrolhamento (como o Amaral e Espadeiro) e precoce na
maturação (como o Alvarelhão).

Pedral
Casta de pouca expansão na Região, sendo recomendada
particularmente na sub-região de Monção, embora apareça
esporadicamente noutras sub-regiões com outro nome. Produz
mostos medianamente ricos em açúcares, dando vinhos de cor rubi
clara a rubi (como o Espadeiro), com aroma e sabor a casta. Casta
muito vigorosa e pouco rústica. Com um índice de fertilidade médio a
alto, com 2 inflorescências por ramo, dá cachos médios e
medianamente compactos o que a torna medianamente produtiva, mas
de produção irregular por ser atreita ao desavinho. É uma casta
precoce tanto no abrolhamento (a primeira, comparativamente com
as outras tintas) como na maturação (entre o grupo do Padeiro e Alvarelhão, e o do Vinhão e
Borraçal). É sensível ao míldio.
Propriedades da casta:
Nome: Pedral
Tipo da casta: Tinta

Viticultura – 2014/2015 Página 13 de 20


Descrição: Casta tinta de qualidade, recomendada na Sub-Região de Monção, área onde se
cultiva mais intensamente. Produtiva e rústica; dá origem a vinhos de cor rubi clara a rubi, de
aroma e sabor a casta e harmoniosos.
Sinonímia: conhecida também por «Padral», «Cainho», «Cainho dos Milagres», «Cainho
Espanhol» ou «Alvarinho Tinto» em Monção, por «Castelão» em Amarante, por «Pégudo» ou
«Perna de Perdiz» em Ponte de Lima e por «Pardal» em Castelo de Paiva. É provavelmente o
«Pedral» da Província Espanhola da Galiza.
Características Ampelográficas
Fonte: Catálogo das Castas, IVV.
Abrolhamento: aberto, muito cotanilhoso, branco e com orla fracamente carminada.
Folha jovem: amarela com manchas bronze. Bolhosa. Muito cotanilhosa na página inferior e
penugenta na página superior. Presença de manchas carminadas na página inferior.
Flor: hermafrodita.
Porte: Porte ereto a meio-ereto.
Pâmpanos: entre-nós e nós vermelhos pela face dorsal, e entre-nós verdes e nós vermelhos
pela face ventral. Fraca pigmentação antociânica dos gomos.
Gavinhas: descontínuas, de comprimento médio e penugentas. Divididas, direitas, e às vezes
dirigida para trás
Folha adulta: tamanho médio, cuneiforme, trilobada, perfil irregular, verde escura e
medianamente bolhosa. Dentes curtos e médios, de lados convexos. Seio peciolar de lobos
sobrepostos, com base em V e fazendo um O típico, e seios laterais superiores abertos com
base em V. Muito cotanilhosa na página inferior. Pecíolo glabro e mais curto que a nervura
principal mediana.
Cacho: tamanho médio. Cónico e alado. Compacidade média. Pedúnculo de comprimento médio e
lenhificação média.
Bago: tamanho médio e uniforme. Elíptico-curto. Cor negra azul. Com pruína, película espessa e
hilo pouco aparente. Polpa não corada, rija, pouco suculenta e de sabor especial. Pedicelo de
comprimento médio e fácil separação
Grainhas: de tegumento duro, predominam em número de uma por bago. Tamanho médio,
piriformes, de bico curto pouco pronunciado.
Sarmentos: de secção transversal elíptica, superfície estriada e costada, e cor castanha.
Vigorosos e levemente angulosos. Entre-nós de comprimento médio. Gomos grandes, volumosos,
em cúpula e salientes.

Vinhão
Casta de grande expansão, é cultivada em toda a Região, pela sua qualidade e
dado ser a única casta regional tintureira. Produz mostos naturalmente mais
ricos em açúcares que o Espadeiro, Amaral e Borraçal (e o contrário com a
acidez total), dando vinhos de cor intensa, vermelho granada, de aroma
vinoso, onde se evidenciam os frutos silvestres (amora e framboesa), com
sabor igualmente vinoso, encorpado e ligeiramente adstringente. Casta
vigorosa e regular na produção, goza de boa afinidade com a maioria dos
porta-enxertos usados na Região. Com um índice de fertilidade médio, com 2
inflorescências em média por ramo, dá cachos médios e medianamente

Viticultura – 2014/2015 Página 14 de 20


compactos o que a torna medianamente produtiva. É de ciclo curto, sendo comparativamente às
outras tintas, das mais tardias no abrolhamento, recuperando na floração e sendo das mais
precoces no pintor, ficando quanto à maturação numa posição intermédia, depois do Padeiro,
Alvarelhão e Pedral e antes do Espadeiro, Borraçal e Amaral. É sensível aos ácaros.
Propriedades da casta:
Nome: Vinhão
Tipo da casta: Tinta
Descrição: A casta Vinhão é essencialmente apreciada pelas suas qualidades corantes, pois
origina vinhos de cor vermelha intensa e opacos à luz. Pensa-se que será oriunda da zona do
Minho e terá sido levada para a região do Douro, onde é conhecida por Sousão. Esta casta
apresenta cachos de tamanho médio compostos por bagos médios e uniformes de cor negro-
azulada. Na região dos Vinhos Verdes, a Vinhão é a casta tinta mais cultivada da região. Os
vinhos produzidos com a casta Vinhão apresentam também elevada acidez e por vezes, ficam
muito acídulos. No Douro esta casta é essencialmente utilizada para conferir boa cor ao vinho,
incluindo o vinho do Porto.
Características Ampelográficas
Fonte: Catálogo das Castas, IVV.
Abrolhamento: Aberto, muito cotanilhoso, branco e com orla levemente carminada.
Folha jovem: Amarela com manchas bronze. Cotanilhosa e fracamente cerdosa sobre as
nervuras principais, na página inferior, acompanhada de manchas carminadas.
Flor: Hermafrodita.
Porte: Ereto a meio-ereto.
Pâmpanos: Entre-nós e nós com estrias vermelhas pela face dorsal e verde pela face ventral.
Gomos verdes.
Gavinhas: Descontínuas, de comprimento médio e tearâneas. Vigorosas e divididas.
Folha adulta: Tamanho médio, cuneiforme, trilobada, às vezes quinquelobada, cor verde médio,
em goteira, fraca a fortemente bolhosa. Raras vezes apresenta enrugamento e ondulação entre
as nervuras principais. Dentes curtos a médios, de lados retilíneos, às vezes uns com um lado
convexo e outro côncavo. Seio peciolar pouco aberto com base em V, e seios laterais superiores
abertos com base em V, às vezes em U. Cotanilhosa na página inferior, mas menos intensamente
ao nível das nervuras principais. Pecíolo penugento e mais curto que a nervura principal mediana.
Cacho: Tamanho médio. Cilindro-cónico e alado. Compacidade média, às vezes mais compacto.
Pedúnculo de comprimento médio e lenhificação média.
Bago: Tamanho médio e uniforme. Arredondado. Cor negra azul. Com muita pruína, película de
espessura média e hilo pouco aparente. Polpa corada, mole, suculenta e de sabor especial.
Pedicelo de comprimento médio e fácil separação.
Grainhas: De tegumento duro, predominam em número de três por bago. Tamanho médio,
piriformes, de bico comprido pouco pronunciado.
Sarmentos: De secção transversal elíptica, superfície estriada e costada, e cor castanha
amarelada. Entre-nós de comprimento médio e nós relativamente volumosos. Gomos de tamanho
médio, em cúpula e salientes.

Viticultura – 2014/2015 Página 15 de 20


1. Refere o significado enológico de casta.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2. Refere por que motivo e não podemos falar de castas de videiras, sem fazer a sua
associação ao terroir.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3. Indica os requisitos que um vinho deve possuir para poder gozar da denominação de origem
“Vinho Verde”.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

4. Preenche as tabelas seguintes com base nas propriedades e características ampelográficas


das diferentes castas.

Tipos de castas Tipo de casta Abrolhamento Folha jovem Flor


Alvarinho

Avesso

Azal

Loureiro

Arinto

Trajadura

Amaral

Viticultura – 2014/2015 Página 16 de 20


Borraçal

Alvarelhão

Espadeiro

Padeiro

Pedral

Vinhão

Tipos de castas Porte Pâmpanos Gavinha


Alvarinho

Avesso

Azal

Loureiro

Arinto

Trajadura

Amaral

Viticultura – 2014/2015 Página 17 de 20


Borraçal

Alvarelhão

Espadeiro

Padeiro

Pedral

Vinhão

Tipos de castas Folha adulta Cacho Bago


Alvarinho

Avesso

Azal

Loureiro

Arinto

Trajadura

Viticultura – 2014/2015 Página 18 de 20


Amaral

Borraçal

Alvarelhão

Espadeiro

Padeiro

Pedral

Vinhão

Tipos de castas Grainhas Sarmentos Ramo jovem


Alvarinho

Avesso

Azal

Viticultura – 2014/2015 Página 19 de 20


Loureiro

Arinto

Trajadura

Amaral

Borraçal

Alvarelhão

Espadeiro

Padeiro

Pedral

Vinhão

Viticultura – 2014/2015 Página 20 de 20

Vous aimerez peut-être aussi