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EXECUÇÃO FISCAL
Arquivamento provisório do art. 20 da Lei 10.522/2002
Sintentizando:
Execução fiscal referente à dívida ativa da União: PGFN.
Execução fiscal referente à dívida ativa de autarquias/fundações: PGF.
Essa exigência de valor mínimo para se ajuizar uma execução fiscal (prevista no art. 20 da Lei nº
10.522/2002 e na Portaria nº 10.522/2012) é aplicável também para as execuções fiscais propostas
pelas autarquias federais (ex.: IBAMA)?
NÃO. O art. 20 da Lei nº 10.522/2002 refere-se unicamente aos débitos inscritos na Dívida Ativa da União
pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados.
Desse modo, somente abrange as execuções fiscais propostas pela PGFN, ou seja, envolvendo a dívida
ativa da União.
A jurisprudência entende que não é possível aplicar este dispositivo, por analogia, para as execuções
fiscais propostas por autarquias e fundações públicas federais. Isso porque os seus créditos são cobrados
pela Procuradoria-Geral Federal (art. 10 da Lei nº 10.480/2002).
As atribuições da Procuradoria-Geral Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional são distintas,
razão pela qual não se pode equipará-las para os fins do art. 20 da Lei nº 10.522/2002.
Em suma: o art. 20 da Lei nº 10.522/2002 não se aplica às execuções de créditos das autarquias federais,
cobrados pela Procuradoria-Geral Federal. Nesse sentido: STJ. 1ª Seção. REsp 1.343.591-MA, Rel. Min. Og
Fernandes, julgado em 11/12/2013 (recurso repetitivo) (Info 533).
Essa exigência de valor mínimo para se ajuizar uma execução fiscal é aplicável para as execuções fiscais
propostas por Conselhos Profissionais (ex: CREA)?
Claro que não. Os Conselhos de Fiscalização Profissional possuem natureza jurídica de autarquia. Logo,
seus créditos não são cobrados pela PGFN.
Vale ressaltar, no entanto, que a responsabilidade pela cobrança também não é da PGF.
Os créditos dos Conselhos Profissionais são cobrados por corpo jurídico próprio (advogados do próprio
Conselho). Assim, o art. 20 da Lei nº 10.522/2002 também não se aplica para as execuções fiscais movidas
pelos Conselhos de Fiscalização Profissional.