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Isabela Stuginski

Tarefa nº1

Tema: Reflexões sobre a influência e desdobramentos de queixas e fracasso escolar no


desenvolvimento infantil.

Justificativa:

Segundo dados de 2017 (Unária Brasileiro da Educação Básica,2018) existem cerca de 27


milhões jovens de 6-14 anos matriculados em escolas de ensino fundamental por todo o Brasil.
Isto representa 97,7% de todo o número estimado de crianças brasileiras e representa um grande
avanço no processo de escolarização da nação. Porém, este grande contingente de alunos
matriculados no ensino não significa abrangência total - com 2,7% das crianças e adolescentes
das camadas mais pobres ainda estando fora da escola; bem como não representa
necessariamente a conclusão dos estudos, com somente 66,2% sendo o percentual de conclusão
do Ensino Fundamental entre jovens de 16 anos no Nordeste.

Além disto, a matrícula de alunos em escolas não necessariamente significa qualidade de


ensino. Segundo o Relatório de Monitoramento de Educação para Todos (Unesco,2018), pouco
mais de 50% dos alunos testados atingiram o nível mínimo de proficiência em leitura e
matemática, o mesmo relatório, realizado em 2010 (Unesco, 2010), analisou 129 países em
relação à educação e o Brasil ocupava a 88ª posição.

Segundo Patto (1990, citado por Leonardo, Leal e Rossato, 2015) o ensino segue modelos
do que é adequado à aprendizagem assim como modelos de alunos ideias. A partir do momento
em que este ensino se depara com alunos que não aprendem da maneira considerada adequada
ou tradicional, existe uma atribuição dos problemas à disfunções psiconeurológicas.

Estes dados deixam explícita a realidade brasileira de um ensino sucateado, superpopuloso


e pouco efetivo que geram alunos com dificuldades de aprendizado durante seu
desenvolvimento. Porém, tais dificuldades são usualmente tratadas como problemas
específicos dos alunos em uma abordagem centralizada no sujeito o que leva a um
encaminhamento para professores particulares, psicólogos e psicopedagogos (Leonardo, Leal
e Rossato, 2015).

Assim, é possível notar que atualmente existe uma focalização grande dos distúrbios de
aprendizagem como unicamente relacionados ao indivíduo, muitas vezes patologizando-o.
Logo, este trabalho se propõe a fazer uma reflexão Histórico-Cultural acerca da possível
influência de questões relacionadas à queixas e fracassos escolares e seus desdobramentos
dentro do desenvolvimento infantil.

Referências:

Anuário Brasileiro da Educação Básica 2018 (2018). Todos pela Educação. Ed. Moderna.
Disponível em <https://todospelaeducacao.org.br/_uploads/20180824-
Anuario_Educacao_2018_atualizado_WEB.pdf?utm_source=conteudoSite>. acesso em 10
nov. 2018.

LEONARDO, Nilza Sanches Tessaro; LEAL, Záira Fátima de Rezende Gonzalez; ROSSATO,
Solange Pereira Marques. A naturalização das queixas escolares em periódicos científicos:
contribuições da Psicologia Histórico-Cultural. Psicol. Esc. Educ., Maringá , v. 19, n. 1, p.
163-171, abr. 2015 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
85572015000100163&lng=pt&nrm=iso>. acesso em 10 nov. 2018.

UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). (2010).
Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos 2010: Relatório Conciso.
Brasília: Ed. UNESCO.

UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). (2018).
Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos 2018: Relatório Conciso.
Brasília: Ed. UNESCO.

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