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O teu corpo O momento é este. Precisa ser este.

Arranco os véus que me restam. Sou tua.


Desejo o fogo que arde em tuas veias Agora e submissa. Tua serva e escrava.
Sangue sudoríparo que te banha. Calada, receberei as sensações das senzalas.
Que escorre por entre o teu corpo.
Toma-me rápido. Estamos nus. Somos um só.
Quero-o em êxtase supremo. É isto o que somos. Corpos. Para isso somos
Como o recém-nascido que feitos.
Mesmo sem enxergar, já anseia Adiar o nosso destino é tolice.
E funga o seio materno com volúpia. Depressa. Tenha-me antes que seja tarde.

Preciso beber desta fonte. Isso! Prenda-me em seus braços de Hércules.


E é urgente que o faça, Atire-me na cama sem dó nem piedade.
antes que a sede destrua Agora vem e esqueça de si. Tu és o
O que resta de sanidade em mim. Cavaleiro galopante pelo vale.

Vem depressa! Abra a porta. Ah! Isso! Penetre a floresta com força.
Não espere a campainha tocar. Devaste as árvores, corte os galhos com
Venho às pressas, correndo feito Sua espada, empunhada na mão.
Bicho na selva, fugindo do predador.
Saia e entre quantas vezes quiser.
Se não tiveres tempo de abri-la, Invada o Templo e derrame o vinho
Saia de perto bem rápido, Que descansa na taça. Manche a espada.
Pois não será obstáculo para Rasgue a cortina. Toque a parede.
Transpô-la. Eu arrombo e
Não chão já se encontra. E se lhe convir, dê a volt e entre pelos fundos.
A porta é estreita, mas se passar com
Veja meu estado, sem fôlego na boca. selvageria
Descabelada e quase sem roupa. Conseguirá. Olhe para o cachorro.
Molhada pelo suor solar e já sem
Forças de sequer sustentar as pernas. Está prestes a vir! Continue, não pare!
Vá em frente! É agora!
Mas ainda guardei as últimas gotas de energia A torneira da pia jorra água, muita água.
Necessárias para garantir que não perca a Inundamo-nos.
lucidez.
Eis-me aqui, inteira e sedenta por ti. Podes sair.
Vem! Não demores mais e nem prolongue o
que me espera E se no fim de tudo, o teu corpo de deus grego,
O momento para o qual nasci. exausto, em descanso do meu lado na cama,
dizer-me, quase sem ar, que fui “maravilhosa”,
Tire esta toalha. Quero ver-te todo. eu interromperei seus lábios soantes com meu
E caminhar por estes campos vastos, dedo e lhe direi:
Abraçar os montes deslizantes, e chegar
Entre os vales, deitar e esquecer o mundo.
“Eu sei que sou ÓTIMA!”

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