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FUNORTE – FACULDADES INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS

ENGENHARIA CIVIL

CARLOS MARCIEL FERNANDES DA SILVA


VALDINEY PEREIRA

SISTEMATIZAÇÃO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS


DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO CIVIL: ÉTICA NO
EXERCÍCIO DA PROFISSÃO

TDES - TRABALHO DISCENTE EFETIVO SISTEMÁTICO

MONTES CLAROS - MG
2018
SISTEMATIZAÇÃO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS DA PROFISSÃO DE
ENGENHEIRO CIVIL E ÉTICA NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO

Conforme LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966 dispõe sobre as


atribuições do Engenheiro Civil na sociedade, no Art. 1º:
“As profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo são caracterizadas
pelas realizações de interesse social e humano que importem na realização dos seguintes
empreendimentos: a) aproveitamento e utilização de recursos naturais; b) meios de locomoção
e comunicações; c) edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus
aspectos técnicos e artísticos; d) instalações e meios de acesso a costas, cursos e massas de
água e extensões terrestres; e) desenvolvimento industrial e agropecuário.”.
O Engenheiro Civil é o profissional que trabalha com a concepção, projeto, construção
e manutenção de todos os tipos de estrutura e infra-estrutura necessários à sociedade.
Compreende todas as etapas de uma construção: do planejamento, da reforma, execução e
orçamento até a entrega. A profissão vai desde a administração de obras, supervisão de
equipes de execução à análise do solo ao estudo dos efeitos do tempo e do clima nas
construções e o estudo da resistência e natureza dos materiais mais indicados para cada obra.
Dependem dos conhecimentos desses profissionais a estabilidade e a segurança das
construções, calculando os efeitos dos fenômenos naturais e a resistência dos materiais
utilizados na construção.
O profissional deve garantir a segurança das pessoas com quem trabalha como das
pessoas que utilizarão seus serviços e a sociedade com quem têm por ética e conduta, a
manutenção da segurança e respeito à dignidade humana. Segurança, é uma palavra recorrente
nessa profissão.
Para tal, o engenheiro civil deve dispor de conhecimentos técnicos e de sua
experiência na elaboração de seus projetos, quanto maior seu conhecimento, maiores serão as
chances de seu empreendimento obter resultados satisfatórios, quase todos já ouviram a frase:
“Nenhum engenheiro constrói sem um pedreiro, mas todo pedreiro constrói sem um
engenheiro”. Justamente, é esta a parte que cabe ao engenheiro civil, pois um pedreiro por
mais experiente que seja não pode dispor das faculdades e conhecimentos técnicos relativos à
análise das cargas de uma estrutura, dos tipos de solo e as tensões máximas aplicadas a cada
um, não pode saber das especificações técnicas de um projeto ou dos efeitos do tempo e dos
fenômenos naturais que ocorrem e dos vários tipos de materiais e suas características. Em
resumo, de fato, um pedreiro pode construir uma casa, um edifício ou uma ponte, mas será o
engenheiro que garantirá que essa casa, prédio ou ponte se manterá no lugar por vários anos.
Existem normas específicas que regulamentam a profissão de engenheiro civil, no que
tange principalmente à higiene e segurança do trabalho na construção civil. Entre 2012 e
2016, foram mais de 46 mil acidentes de trabalho. Vale lembrar que, todos os anos, a
construção é o setor que mais registra acidentes fatais de trabalho.
As Normas Regulamentadoras (NR’s) são um conjunto de regras, requisitos e
instruções relativas à segurança no trabalho. São 36 NR’s definidas pelo Ministério do
Trabalho, e grande parte delas refere-se a atividades relacionadas às empresas de construção
civil.
Além de gerar acidentes, doenças e outras situações de risco para os trabalhadores, o
descumprimento das Normas Regulamentadoras podem gerar multa e prisão, nos casos mais
graves, para os empregadores que possuem o dever legal de oferecer condições seguras e
salubres de trabalho. Eis algumas delas:

NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

A NR 6 exige que as construtoras distribuam gratuitamente Equipamentos de Proteção


Individual (EPIs) aos trabalhadores das obras. O objetivo é resguardar a saúde e a integridade
físicas dos empregados e é obrigação do trabalhador utilizar o equipamento corretamente
durante todo o período de trabalho, além de zelar pela sua manutenção.

NR 8 – Padrões de edificações

A NR 8 estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem estar presentes nas


edificações, visando garantir a segurança e o conforto de quem está trabalhando na
construção.
Nos pisos, escadas, rampas e passagens dos locais de trabalho, por exemplo, devem
ser utilizados materiais ou processos antiderrapantes. Já os andares acima do solo devem
contar com proteção adequada contra quedas, de acordo com as normas técnicas e legislações
municipais. Paredes, pisos, coberturas e estruturas também devem apresentar proteção contra
intempéries, como resistência ao fogo, isolamento térmico, condicionamento acústico,
resistência estrutural e impermeabilidade.
NR 12 – Uso de maquinário

A NR 12 visa garantir que máquinas e equipamentos de construção civil possam ser


utilizados pelo trabalhador de maneira segura, prevenindo acidentes e doenças do trabalho
através de medidas de proteção e de referências técnicas. A Norma ainda exige informações
completas sobre o ciclo de vida dos equipamentos, incluindo o transporte, a instalação, a
operação, manutenção.
Bastante extensa e detalhada, a NR 12 também exige a adoção de medidas apropriadas
para trabalhadores portadores de deficiência, que estejam envolvidos direta ou indiretamente
com o trabalho.

NR 18 – Medidas de segurança

A NR 18 é uma das principais Normas da construção civil. Ela estabelece diretrizes de


ordem administrativa, de planejamento e de organização para a implementação e controle de
sistemas de segurança.
Além de abordar questões específicas das atividades da construção civil – como
escavações, demolições e telhados – a NR 18 ainda descreve os procedimentos, dispositivos e
instruções para cada uma das atividades que se desenvolvem em um canteiro de obras. A
Norma define, por exemplo, que os canteiros devem dispor de vestiário, instalações sanitárias,
local de refeições, lavanderia, área de lazer a ambulatório (no caso de 50 ou mais
trabalhadores).
As definições buscam garantir a segurança na execução de atividades como:

– Demolição
– Escavações e fundações
– Armações de aço
– Estruturas de concreto e estruturas metálicas
– Soldagem
– Movimentação e transporte de materiais e pessoas
– Alvenaria, revestimentos e acabamentos
– Instalações elétricas
– Proteção contra incêndio
– Treinamento de equipes
Para garantir o cumprimento das exigências, a NR 18 exige também a implantação do
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT)
para canteiros que contam com 20 trabalhadores ou mais.
O PCMAT deve ficar no canteiro à disposição da fiscalização do Ministério do
Trabalho e Emprego, devendo conter documentos como:

– Memorial sobre as condições o ambiente de trabalho nas atividades e operações,


levando em consideração os riscos de acidentes, doenças do trabalho e medidas preventivas;
– Projeto de execução das proteções coletivas, de acordo com as etapas de execução da
obra;
– Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;
– Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT em
conformidade com as etapas de execução da obra;
– Layout inicial do canteiro de obras, com previsão de dimensionamento das áreas de
vivência;
– Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças
do trabalho, com sua carga horária.

NR 35 – Segurança nas alturas

A NR 35 estabelece os requisitos para a segurança das atividades nas alturas, ou seja,


aquelas executadas acima de dois metros do nível do solo, onde há risco de queda.
Assim, a norma visa prevenir acidentes e quedas a partir de exigências como:

– Treinamento e capacitação;
– Equipamentos de proteção individual, acessórios e sistemas de ancoragem;
– Equipe de emergência;
– Desenvolvimento de planejamento para organização e execução das atividades.

No planejamento das atividades, devem ser adotadas medidas para evitar o trabalho
em altura, sempre que existir meio alternativo de execução, medidas que eliminem o risco de
queda dos trabalhadores e medidas que minimizem as consequências de queda, quando o risco
não puder ser eliminado.
ÉTICA NO EXERCÍCIO

Como qualquer profissional, o engenheiro civil faz seu juramento, este perante à
sociedade e à sua própria ética e o respeito pelas leis e diretrizes que normatizam e instruem à
sua capacitação e zelo pelas mínimas condições a que se deve expor a si mesmo e à outrem às
aos riscos do trabalho. Contudo, é comum verificar irregularidades no uso dessas
responsabilidades e deveres, não raro se ter desvios de conduta por parte desses profissionais,
superfaturamento de obras, condições insalubres de trabalhos, falhas na concepção de
projetos, erros de cálculos, desvios de dinheiro até envolvimento em organizações que
oferecem riscos graves à saúde e segurança dos empregados e num futuro breve, riscos às
pessoas que utilizaram seus serviços.
Incumbe muita responsabilidade se ter uma obra em mãos, o engenheiro deverá agir
com a máxima cautela, respeitando as leis e diretrizes, ter plena confiança de sua capacidade
técnica, não agir pelo impulso e pela ganância, jamais por em risco seus empregados e adotar
a moral e ética como parte fundamental para a elaboração de seus projetos. Como foi dito, um
pedreiro poderá construir quantos casas, pontes e edifícios quanto lhe for possível, mas
somente o engenheiro poderá garantir que essas construções se manterão seguras e livres de
riscos à integridade física para quem futuramente, como uma família, uma empresa ou órgão
público possam conviver nela dignamente.

REFERÊNCIAS:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CASA CIVIL - SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS


JURÍDICOS. LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966. Das Atividades Profissionais:
Caracterização e Exercício das Profissões. 1966. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5194.htm>. Acesso em: 10 jul. 2017.

NADINE ALVES. CONSTRUCT. As principais Normas Regulamentadoras da construção


civil (NR’s). © 2017 Construct. 2017. Disponível em: <https://constructapp.io/pt/normas-
regulamentadoras-da-construcao-civil/>. Acesso em: 10 dez. 2018.

BARBOSA, Murilo. As normas regulamentadoras da construção civil: PROJETO


ENGENHEIRO. [30 DE MAIO DE 2018]. Disponível em:
<http://projetoengenheiro.com.br/as-normas-regulamentadoras-da-contrucao-civil/>. Acesso
em: 10 dez. 2018.

DIAS MORAES, LEIDIANA. ANÁLISE DA APLICABILIDADE DAS NORMAS


REGULAMENTADORAS EM OBRAS DE PEQUENO PORTE DA CONSTRUÇÃO
CIVIL: Monografia do Curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Engenharia e Segurança do
Trabalho. 2017. ed. Ijuí (RS): UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, 2017. 14 e 15 p. Disponível em:
<http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/4660/Leidiana%20
Dias%20Moraes.pdf?sequence=1>. Acesso em: 10 jul. 2017.

BRESSAN THOMÉ, Brenda. CURSO DE ENGENHARIA CIVIL: TUDO QUE VOCÊ


PRECISA SABER: História. 2016. Disponível em: <https://www.sienge.com.br/blog/curso-
de-engenharia-civil-tudo-que-voce-precisa-saber/>. Acesso em: 10 jul. 2017.

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