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O MUNDO NA

SALA AULA DE
intertextualidade nos anos finais
do ensino fundamental
Direção: Andréia Custódio
Capa e diagramação: Telma Custódio
Revisão: Parábola Editorial
Imagens da capa: br.depositphotos.com

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE


SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

G627m

Gonçalves, Maria Silvia


O mundo na sala de aula : intertextualidade nos anos finais do ensino
fundamental / Maria Silvia Gonçalves. - 1. ed. - São Paulo : Parábola, 2017.
192 p. ; 23 cm. (Estratégias de ensino ; 59)

Inclui bibliografia e índice


Atividades
ISBN: 978-85-7934-135-9

1. Língua portuguesa - Estudo e ensino. 2. Leitura - Estudo e ensino.


I. Título. II. Série.

17-44262 CDD: 469.07


CDU: 811.134.3(07)

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ISBN: 978-85-7934-135-9
© do texto: Maria Silvia Gonçalves, 2017
© da edição: Parábola Editorial, São Paulo, outubro de 2017
Sumário
6 O mundo na sala de aula | Maria Silvia Gonçalves

Palavras iniciais ........................................................................................ 7

Capítulo I
O professor e a formação do leitor......................................................11
1. A importância inegável da leitura........................................................12
2. Contradições: dados preocupantes.....................................................14
3. Inquietações: ações possíveis............................................................... 20

Capítulo II
Atividades de leitura na sala de aula................................................. 25
1. Objetivos no ensino da leitura................................................................26
2. O estudo de texto realizado.................................................................. 29
3. O estudo de texto almejado................................................................. 35

Capítulo III
O aprendiz na sociedade escolarizada............................................. 39
1. O leitor em formação............................................................................. 40
2. Importância do meio e do mediador..................................................47
3. Interação verbal e intertextualidade.................................................. 50

Capítulo IV
Leitura intertextual.................................................................................. 55
1. A noção de intertexto.............................................................................56
2. Inferência na intertextualidade.............................................................71
3. Relações intergenéricas....................................................................... 118

Capítulo V
Intertextualidade e interdisciplinaridade..........................................141

Palavras finais.........................................................................................149

Sugestão de sequência didática...................................................... 155


Sequência didática para o 6º e o 7º ano do ensino fundamental....156
Sequência didática para o 8º e o 9º ano do ensino fundamental...172

Referências............................................................................................ 183
Palavras
iniciais
8 O mundo na sala de aula | Maria Silvia Gonçalves

E
sta obra surgiu de uma insatisfação constantemente vivida ao
longo do exercício de meu magistério na área de língua portu-
guesa. O que a provocava? A grande discrepância entre as in-
tenções dos educadores no trabalho com a leitura e o resultado obtido
junto a seus alunos.
Na realização do presente estudo, analisei a prática de alguns
docentes, de instituições variadas, bem como avaliações apresenta-
das por instituições de grande credibilidade no meio educacional.
O estudo decorreu também de minha trajetória de leitura. Como
leitora-aprendiz, dei meus primeiros passos na descoberta da fon-
te inesgotável da literatura; passei por épocas de leitora compulsi-
va na universidade, rondada pela repressão política; e, finalmente,
busquei superar as dificuldades, querendo constituir um modelo de
leitura para meus alunos, imersos noutro tempo, noutra realidade.
Debruçar-me sobre a leitura, não mais como instrumento de pra-
zer, de politização ou de trabalho, mas como objeto de estudo, me
auxiliou na difícil tarefa de partir da experiência (seja como leitora,
seja como mediadora) para o entendimento das questões teóricas.
Foi um caminho percorrido na contramão, ou na mão inversa do que
normalmente ocorre, na esperança de que a prática acumulada em
tantos anos de sala de aula pudesse ser iluminada por novas teorias
das ciências linguísticas e compartilhada com outros mediadores,
muitos dos quais poderiam estar em busca das mesmas respostas.
No decorrer deste trabalho, elaboro algumas considerações so-
bre a forma como vêm sendo conduzidas as atividades com textos
em sala de aula. Tais considerações partiram de um extenso estudo
realizado pelo pesquisador Luiz Antônio Marcuschi com livros di-
dáticos do ensino fundamental e de artigos em que Maria Thereza
Rocco avalia o papel da escola na formação do leitor.
Tomando esse material como base, proponho uma melhora qua-
litativa na abordagem textual por meio de atividades inferenciais,
em que se estabeleçam relações, desenvolvam-se raciocínios e de-
duções. Com essa estratégia, espero que o aluno consiga suprir a
incompletude do texto.
Procuro também esboçar um quadro que configure as relações
leitor-texto e que justifique o nível de exigência requisitado do
aluno, tendo em vista seu estágio de desenvolvimento cognitivo e a
linguagem como sistema simbólico interativo e mediador na relação
do sujeito-objeto. Nessa fase do trabalho, Vygotsky e Bakhtin foram
o embasamento teórico.
A obra ainda aborda a noção de intertexto, a partir do ponto de
vista da linguística textual e da análise do discurso. A partir de al-
gumas amostras de análise, apresento a intertextualidade como po-
tencializadora da leitura, como meio de torná-la mais proficiente.
Alguns casos de polifonia também foram mostrados, sempre tendo
como objetivo desenvolver atividades inferenciais de leitura.
Algumas relações entre a leitura intertextual e a interdisciplina-
ridade foram apontadas como alternativas para a formação de um
leitor-cidadão crítico e consciente, que seja ciente de sua realidade e
capacitado para o enfrentamento de situações-problema.
As considerações finais deste trabalho ressaltam a importância
da leitura na formação de um indivíduo e o papel crucial do leitor-
-mediador no desenvolvimento do processo.
Maria Silvia Gonçalves
São Paulo, outubro de 2017

Palavras iniciais
9
que determina a formação de um leitor não proficiente não é

O metodológico. É ideológico. Embora o professor seja funda-


mental para esse processo, ele enfrenta dura concorrência
de outros elementos que entram em ação para desfavore-
cer a existência de condições ideais de acesso à leitura.

Uma sociedade dividida em classes é desigual em diferentes níveis; a lei-


tura, nesses casos, se torna uma forma de controle ao ser manipulada por
setores ideologicamente dominantes e assim colaborar para a reprodução
de determinadas estruturas sociais, perpetuando uma situação favorável
apenas àqueles que detêm o poder.

Por outro lado, dialeticamente considerada, a leitura também pode se


transformar em instrumento de conscientização à medida que, mesmo em
diferentes segmentos e por meio de vozes individuais, acaba por incidir
sobre a produção cultural. Ela se torna um meio de aproximação entre os
indivíduos e essa produção, dando-lhes acesso ao conhecimento e capa-
citando-os à crítica e à apropriação do conhecimento.

Enquanto não ocorrem transformações sociais, não podemos cruzar os


braços e simplesmente esperar: propor uma nova abordagem do texto,
buscando imprimir qualidade à leitura, é a nossa contribuição.

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