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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Faculdade de Letras / Departamento de Ciência da Literatura


Teoria Literária
Professora: Martha Alkimin

República (Livros II e III)

Principais ideias

República = modelo teórico de Platão (Livros II, III e X)

poetas 6º degrau da hierarquia social, abaixo dos


Cidade perfeita
pintores adivinhos e superiores apenas aos artesãos.
Sem espaço definido no conjunto social;
Poeta formação patológica; deve ser mantido fora do corpo político.

O homem livre e nobre evita todo tipo de imitação.


Mímesis – modo de ser das coisas sensíveis.
República – obra em que se encontra a formulação de uma teoria da arte
como instrumento de poder político (Livros II e III).
Platão explanaria um conceito de arte que se coloca a serviço do Bem e da
Verdade.
“Viver virtuosamente significa obedecer com docilidade às leis.”
A politeia (República) se fundamentaria numa paideia conservadora, cujas
bases seriam a gramática e a música.
Literatura – tolerada sob atuante censura.
Livro II – Crítica aos textos mitológicos
Livro III – Poesia precisa estar subjugada aos interesses do Estado.
Discurso platônico teor prescritivo
 Paideia ideal não admite o falso relato das epopeias;
 Prioridade dada às narrações simples, ou seja, os mitos úteis;
contra as narrações imitativas (veiculadas pelo teatro) e contra as
narrativas mistas (epopeias).
Poetas – vigilância constante
Poesia – tolerável apenas como suporte musical

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A poesia e seus efeitos morais: a posição platônica
Platão crítico da imoralidade e da baixa reserva ética encontrada na
mitologia grega como um todo.
Se a épica prestara um mau serviço à educação pública (incentivando a
guerra, a discórdia, as traições, por serem práticas usuais entre os deuses).

= expulsão dos poetas de sua cidade ideal; poesia = mais baixo grau de
imitação.
Poetas – frágeis postulados filosóficos. O primeiro deles concernente a
mímesis.
Tragédia espécies defeituosas;
Platão Epopeia tipo indevido de imitação.

Íon
Diálogos em que se discutem Belo e Bem e sua correlação
Leis homóloga conhecimento e ciência.
República

Íon – principais ideias:


1º) A poesia não pode ser ensinada, porque produz um movimento
irracional da alma, Platão desvincula a poesia da atividade racional.
2º) A ciência acontece através da contemplação das ideias ou formas
transcendentais.
3º) A arte, ao contrário, ocorre por possessão divina, e o artista
sujeito passivo de um D’s inferior as formas, encontra-se a margem da
ciência.
4º) Poesia não é, pois, obra da razão; origina-se de experiências
particulares.
5º) Poesia – irracional;
Filosofia – racional.
Aos poetas, os mitos; não os raciocínios.

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República (Livro X)

Principais questões
Retoma a questão da “Mímesis”, categoria que auxilia a organização das
principais conclusões sobre a utopia da cidade justa.
Outras considerações – p. 23
Desqualificação da poesia – decorre do fato de que a imitação se banaliza a
partir de Homero, por não levar à apreensão da verdade.
Tragédia – o mais temível são os danos morais que ela provoca aos homens
honrados.
Tragédia – a parte da alma que socialmente se mantém sob controle é a que
se entrega à expectativa estética.
A melhor parte da alma (o raciocínio e os hábitos) não é explorada pelos
poetas, que privilegiam a parte inferior e lacrimosa.
Comédia
Permissiva Mundo de 2ª categoria

Dissemina pensamentos perversos, atitudes bufas, perniciosas aos indivíduos

As Leis (Livros II e III) – p. 20, 2


Platão atenua seu radicalismo utópico, retoma a teoria de “A República” e
sintetiza:
1) A poesia deve ser justa (olíkara);
2) A poesia deve ser bela (kalá);
3) A poesia deve ser boa (agathá).
A censura é necessária;
Cidadãos justos e virtuosos devem ser o tema da poesia.
Ratifica a degenerescência da literatura

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Aristóteles: ou o grande salto do discípulo

Ruptura com os vínculos entre poesia e moral


Revalorização das emoções:

Terror e compaixão
Elementos determinantes do processo catártico e, consequentemente, da
qualidade artística da obra.
Afastamento irrecorrível (MÍMESIS) entre Aristóteles e Platão
Centraliza a teoria da mímesis, considera-a o centro do processo poético.
Apresentação da poesia como “arte imitativa”, diferindo suas espécies:
Narrativa
Dramática

Humanidade superior (tragédia e epopeia);


Representam uma
Humanidade inferior (comédia e a poesia iâmbica).

Imitação – longe de ser indesejável, é natural, por isso prazerosa para o


imitador e sua plateia.
“Imitar é congênito no homem.”
Poesia – integra um procedimento espontâneo da physis.
Tragédia Imitação não de homens, mas de suas vidas e ações; o que
Epopeia muda é a diferenciação entre vida real (falsa) e sua versão
ficcional.

Vida e arte = fatores interativos, em cujas relações Aristóteles situa sua


poética.
Aristóteles inversão da equação platônica (vida maior que a arte); para
Aristóteles “a arte é mais filosófica e mais lucrativa do que a história.” (1451b)
Arte = tékhne, ou seja, imitação que encanta pela exatidão e pelo grau de
verdade nele contido, assim, homóloga às artes úteis, tais como a construção de
casas e navios.

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ATENÇÃO!
“A Poética” = programa cuja teleologia pode ser muito bem determinada:
 Instruir o público sobre as razões pelas quais as obras dos poetas
são bem sucedidas ou refutadas pelo senso comum.
 Seu escopo está centrado na captura da lógica presidida pelo
discurso poético, que é tão mais eficaz quanto melhor apreenda a
perfeita lógica da physis.
Textos descosidos, com digressão, explanações.
“Poética”, de Aristóteles – certamente o estudo mais completo que a
Antiguidade produziu sobre a poesia.
Aristóteles
 Exclui de sua doutrina a poesia lírica, considerando-a muito mais
afeta à musica que à composição verbal;
 Coro trágico igual personagem e só participa do “páthos” trágico,
quando integrado perfeitamente à ação dramatizada.
 Poesia é sempre uma práxis (roteiro de ações) cuja urdidura é
presidida pela “mímesis”.
Equação de Aristóteles (baseada em dois termos):

Mímesis e práxis

(Porque a natureza humana só se manifesta na atividade).


“Para imitar o homem é necessário surpreende-lo agindo.” (Carlinda, p. 31)
Na inatividade, a natureza humana é apenas presumível, apenas
virtualmente sugerida.
Em Aristóteles
Poesia – ao mimetizar a vida, não a reproduz ou copia, reatualiza a
dinâmica da physis, recriando a própria vida no quadrante da ficção.
Poesia – do factual e da “verdade” para: a probabilidade e a
verossimilhança. Não há, portanto, poesia sem ação.
Ação mais eficaz: quanto mais se desobrigar do “possível incrível” e resgatar
o “impossível verossímil”. (Carlinda, p. 31)

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Mímesis aristotélica – esvazia a autoridade do referente externo, para
celebrar as prerrogativas do imaginário textual. Logo, a dialética da essência e da
aparência (que estruturam o conceito platônico de mímesis) é rejeitada.
Tragédia – eleita por Aristóteles como gênero onde privilegiadamente a
natureza pode ser imitada.
Tragédia – ilustra a mímesis em processo; reabilitando a physis pré-
platônica, conforme os filósofos Tales e Empédocles.
Leis da verossimilhança e da necessidade (Aristóteles), no lugar.
Lei da conformidade da poesia à realidade político-social.
Aristóteles
Poeta = “artesão de mitos”, (1451b27), ou seja, um engendrador de roteiros
narrativos que diferem entre si a partir:

a) A qualidade dos indivíduos que praticam a ação


(tragédia e epopeia representam uma humanidade
Critério tripartite superior);
b) O modo (segundo o tipo de métrica);
c) O meio (através de atores ou narradores).

Mímesis – critérios distintivos da mímesis: meios, objetos e modos.

O ritmo;
a) Meios das artes poéticas A linguagem (canto);
A harmonia (metro).

b) Os objetos – homens em ação que se caracterizam eticamente


em bons e maus
Narrativo;
c) O modo Dramático.

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