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Improvisação – Penta Maior = Penta Menor

Um pequeno guia para tirar suas dúvidas sobre uma das


escalas mais utilizadas na improvisação. Dez a cada dez
guitarristas utilizam a Escala Pentatônica como base para a
criação de seus solos, frases e riffs. Mas será mesmo que a
Pentatônica Maior é exatamente igual à Pentatônica Menor?
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HANGOUT – 11/06/2015 - IMPROVISAÇÃO

PENTATÔNICA MAIOR X PENTATÔNICA MENOR


Música de fato é Arte e isto é inegável. Mas a Arte enquanto forma de expressão, não necessita de teorias ou
formulações cientificas. Arte, neste contexto é nada mais do que expressar os sentimentos humanos.
Quantas vezes ouvimos ou lemos que “o que mais importa é o Som”? Com certeza inúmeras vezes e todos os
dias encontramo-nos com este argumento. Porém há uma diferença entre Som e Sonoridade.
Não vamos nos aprofundar em discussões teóricas e filosóficas sobre a distinção entre Som e Sonoridade ou
ainda entre Arte e Ciência. O foco aqui é aplicar um detalhe que faz toda a diferença no estudo de Música. Este detalhe se
chama “Contexto”.
Esta palavra chamada “contexto” define várias estruturas no estudo da Música. Uma estrutura que é definida por
tal palavra é a “Sonoridade”.
É muito comum alunos que já tocam há algum tempo, chegarem com “conceitos” definidos como, por exemplo,
que a Penta Maior é a mesma coisa que a Penta Menor e vice-versa. E para defender este “conceito” eles utilizam a
Relação Harmônica entre Tonalidade Maior e Menor. Trocando em miúdos, eles aplicam a Relatividade entre o Modo
Maior e o Modo Menor. Porém este conceito só é válido quando temos a palavrinha mágica – “Contexto”.
Se aplicarmos um pouco de teoria, temos uma ferramenta chamada “Intervalos”. Por definição, Intervalos são os
distanciamentos entre dois sons. Este distanciamento pode ser medido em semitom, em tom ou ambos. Para definirmos
se uma escala é maior ou menor, não basta apenas termos as relações intervalares. Também temos de ter o “contexto”
em que tal escala pode ser maior ou menor.
Existem outros pontos e definições para classificar uma escala em Modo Maior ou Modo Menor, porém o foco
deste “aulão” não é este. É importante que você tenha um livro de teoria elementar para que você possa pesquisar este
assunto, se possível.
Vamos pensar em uma “escala” com uma serie ordenada de notas. Tal série é a seguinte:

SOL LA SI RE MI SOL
Muitos definiriam esta “escala” como sendo a Pentatônica de Sol Maior, porém para esta “escala” ter mesmo a
sonoridade maior (lembram-se do “contexto”?), ela precisa ter algum elemento que afirme que tal série gera o “som”
Maior. No caso, o elemento para afirmar isto é a Harmonia.
Esta “escala” somente executada sem um contexto, não tem a sonoridade Maior ou Menor, ela é apenas uma
ordem de notas. Alguns poderiam argumentar que a terça (Intervalo) define o “endereço” da escala, o que está correto.
Porém esta definição precisa de um ponto importante para dizermos com absoluta certeza se uma ordem escalar tem
sonoridade maior ou menor.
Vamos colocar uma progressão de acordes contra esta “ordem escalar”. A progressão será esta aqui:

Exemplo 1.1

|| G | D | C | Em D :|| G ||
Agora aplique as digitações da escala proposta abaixo, sobre a progressão de acordes sugerida:

Hangout 11/06/2015 Penta Maior X Penta Menor Alexandre Bastos


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Exemplo 1.2

PENTATÔNICA DE SOL MAIOR – F 2 3 5J 6 8J – SOL LA SI RE MI SOL

 Observação Importante: Os círculos em azul indicam a Fundamental da Escala

Exemplo 1.3 – Pentatônica de Sol Maior – Digitação 1

Hangout 11/06/2015 Penta Maior X Penta Menor Alexandre Bastos


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Exemplo 1.4 – Pentatônica de Sol Maior – Digitação 2

Exemplo 1.5 – Pentatônica de Sol Maior – Digitação 3

Hangout 11/06/2015 Penta Maior X Penta Menor Alexandre Bastos


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Exemplo 1.6 – Pentatônica de Sol Maior – Digitação 4

Exemplo 1.7 – Pentatônica de Sol Maior – Digitação 5

Hangout 11/06/2015 Penta Maior X Penta Menor Alexandre Bastos


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A conclusão que podemos chegar é que a “escala” proposta afirma a sonoridade Maior. Pode ser bem obvio esta
afirmação, porém há muitas dúvidas sobre este assunto justamente por não haver o “contexto” para empregar a escala.
Que tal agora aplicarmos uma frase (lick) construida com a Pentatônica de Sol Maior sobre a progressão
sugerida?

Exemplo 1.8 – Frase sobre a Pentatônica de Sol Maior aplicada contra a progressão harmônica sugerida:

Usando a mesma série de notas, podemos ter outra sonoridade trocando apenas o contexto.
Neste ponto alguns podem afirmar “Isso tudo é a mesma coisa. Para quê tanta “teoria”, se o que importa é o
som?”
Exatamente neste ponto que temos uma enorme confusão.
De fato, usamos as mesmas notas e as mesmas digitações para dinamizar nossas aulas. Porém em muitos casos,
o aluno toma aquilo como verdade absoluta e deixa de lado todo o “contexto” e acaba transmitindo para outros
estudantes, gerando ainda mais dúvidas. Resumindo, uma escala não é só digitações. Uma escala é uma sonoridade e
toda a sonoridade depende do contexto.
Vamos pensar em uma “escala” com uma serie ordenada de notas. Tal série é a seguinte:

MI SOL LA SI RE MI
Muitos definiriam esta “escala” como sendo a Pentatônica de Mi Menor, porém para esta “escala” ter mesmo a
sonoridade menor (lembram-se do “contexto”?), ela precisa ter algum elemento que afirme que tal série gera o “som”
Menor. No caso, o elemento para afirmar isto é a Harmonia.
Esta “escala” somente executada sem um contexto, não tem a sonoridade Maior ou Menor, ela é apenas uma
ordem de notas. Alguns poderiam argumentar que a terça (Intervalo) define o “endereço” da escala, o que está correto.
Porém esta definição precisa de um ponto importante para dizermos com absoluta certeza se uma ordem escalar tem
sonoridade maior ou menor.

Hangout 11/06/2015 Penta Maior X Penta Menor Alexandre Bastos


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Vamos colocar uma progressão de acordes contra esta “ordem escalar”. A progressão será esta aqui:

Exemplo 2.1

|| Em | D | Am | G D :|| Em ||
Agora aplique as digitações da escala proposta abaixo, sobre a progressão de acordes sugerida:

Exemplo 2.2

PENTATÔNICA DE MI MENOR – F 3m 4J 5J 7 – MI SOL LA SI RE MI

 Observação Importante: Os círculos em azul indicam a Fundamental da Escala

Exemplo 2.3 – Pentatônica de MI Menor – Digitação 1 (Cordas Soltas)

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Exemplo 2.4 – Pentatônica de MI Menor – Digitação 2

Exemplo 2.5 – Pentatônica de MI Menor – Digitação 3

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Exemplo 2.6 – Pentatônica de MI Menor – Digitação 4

Exemplo 2.7 – Pentatônica de MI Menor – Digitação 5

Hangout 11/06/2015 Penta Maior X Penta Menor Alexandre Bastos


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Exemplo 2.8 – Pentatônica de MI Menor – Digitação 1 (Casa 12)

A conclusão que podemos chegar é que a “escala” proposta afirma a sonoridade Menor. Pode ser bem obvio esta
afirmação, porém há muitas dúvidas sobre este assunto justamente por não haver o “contexto” para empregar a escala.
Que tal agora aplicarmos uma frase (lick) construida com a Pentatônica de MI Menor sobre a progressão
sugerida?
Exemplo 2.9 – Frase sobre a Pentatônica de MI Menor aplicada contra a progressão harmônica sugerida:

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HANGOUT – 11/06/2015 - IMPROVISAÇÃO

PENTATÔNICA MAIOR X PENTATÔNICA MENOR


CONCLUSÃO
A conclusão de tudo isso é uma só. A pentatônica Maior tem as mesmas notas que a Pentatônica Menor, isto é
fato. Porém o que muda em relação a ambas são as relações intervalares e o contexto harmônico.
Para praticar a relação intervalar segue uma tabela de intervalos e algumas sugestões de estudo.
Um grande abraço e bons estudos.

TABELA GERAL DE CLASSIFICAÇÃO DE INTERVALOS (DISTANCIAMENTO)

0
FUNDAMENTAL
SEGUNDA MENOR (b2) SEGUNDA MAIOR (2) SEGUNDA AUMENTADA (#2)
UM SEMITOM DE UM TOM DE DISTANCIA UM TOM E UM SEMITOM DE
DISTANCIA DISTANCIA
TERÇA MENOR (3m) TERÇA MAIOR (3)
UM TOM E UM SEMITOM DOIS TONS DE DISTANCIA
DE DISTANCIA
QUARTA DIMINUTA (b4) QUARTA JUSTA (4J) QUARTA AUMENTADA (#4)
DOIS TONS DE DOIS TONS E UM SEMITOM TRÊS TONS DE DISTANCIA
DISTANCIA DE DISTANCIA
QUINTA DIMINUTA (b5) QUINTA JUSTA (5J) QUINTA AUMENTADA (#5)
TRÊS TONS DE TRÊS TONS E UM SEMITOM QUATRO TONS DE
DISTANCIA DE DISTANCIA DISTANCIA
SEXTA MENOR (b6) SEXTA MAIOR (6)
QUATRO TONS DE QUATRO TONS E UM
DISTANCIA SEMITOM DE DISTANCIA
SÉTIMA DIMINUTA (bb7) SÉTIMA MENOR (7) SÉTIMA MAIOR (7M)
QUATRO TONS E UM CINCO TONS DE CINCO TONS E UM
SEMITOM DE DISTANCIA DISTANCIA SEMITOM DE DISTANCIA
OITAVA JUSTA (8J)
SEIS TONS DE DISTANCIA
Agora vamos tomar como base a mesma tabela e colocar uma nota como ponto de partida (Fundamental) para
exemplificar a utilização desta tabela:

TABELA GERAL DE CLASSIFICAÇÃO DE INTERVALOS (DISTANCIAMENTO)

DO
FUNDAMENTAL
REb (b2) RE (2) RE# (#2)
0,5 t 1,0 t 1,5 t
MIb (3m) MI (3)
1,5 t 2,0 t
FAb (b4) FA (4J) FA#
2,0 t 2,5 t 3,0 t
SOLb (b5) SOL (5J) SOL# (#5)
3,0 t 3,5 t 4,0 t
LAb (b6) LA (6)
4,0 t 4,5 t
SIbb (bb7) SIb (7) SI (7M)
4,5 t 5,0 t 5,5 t
DO (8J)
6,0 t

DICA IMPORTANTE: Esta tabela pode ser utilizada com qualquer nota de partida (FUNDAMENTAL), mantendo-
se a distancia intervalar. Aplique a mesma tabela com outras notas de partida para a melhor memorização.

Hangout 11/06/2015 Penta Maior X Penta Menor Alexandre Bastos


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Sugerimos para uma melhor assimilação dos intervalos, utilizar uma nota aleatória e classificá-la quanto à
nomenclatura, não considerando o distanciamento e sim a considerando apenas quanto a sua ordem em relação à nota
de partida, como no exemplo abaixo:

 MI – É sétima ascendente de FA e sétima descendente de RE


 MI – É sexta ascendente de SOL e sexta descendente de DO
 MI – É quinta ascendente de LA e quinta descendente de SI
 MI – É quarta ascendente de SI e quarta descendente de LA
 MI – É terça ascendente de DO e terça descendente de SOL
 MI – É segunda ascendente de RE e segunda descendente de FA

OBSERVAÇÃO MUITO IMPORTANTE: No ensino musical possuímos algumas convenções para a identificação dos
intervalos. Tais convenções podem gerar dúvidas e inúmeras interpretações. Para que se possa manter um padrão e
facilitar a assimilação do conteúdo desta apostila, sugerimos o seguinte:

 Para a formação de escalas: Utilizar sempre a ordem natural da escala. Procure evitar a utilização de 9ªs, 11ªs e
13ªs.
 Para a formação de acordes: Utilizar sempre a ordem natural do empilhamento do acorde. Procure evitar a
utilização de 2ªs, 4ªs e 6ªs, caso o acorde não pedir tais extensões.

Sobre o autor

Alexandre Bastos começou a tocar em 1984 e atua como


profissional desde 1987, sendo instrumentista e professor. Trabalhou com diversas bandas autorais e covers, bandas de
baile, gravações em estúdio e atividades didáticas. Participou da trilha sonora do Espetáculo Teatral “Santa Joana dos
Matadouros” de Berthold Brecht, sob a montagem e supervisão de José Renato Pécora, de Outubro á Dezembro de 2010.
Foi colaborador da revista Cover Guitarra durante dez anos e tem a música autoral “Austin” incluída no CD de
comemoração de Dez Anos da mesma publicação, lançado em 2003. Tem como influências musicais, Scott Henderson,
Mike Stern, Miles Davis, John Coltrane, Jimi Hendrix, Mozart Mello, Faíska Borges, Mateus Starling, André Martins, Arnold
Schoemberg, Greg Howe, Bill Frisell e Allan Holdsworth.

Estudou com Mozart Mello, Márcio Alvez, Miguel Mega, André Sampaio, André Martins, Mateus Starling entre
outros. É graduado em Música pela UniSant’Anna (www.unisantanna.br). É formado em Harmonia Funcional e Harmonia
Modal pela FASCS (Fundação das Artes – São Caetano do Sul). Possui especialização em Fusion (IGT).

Alexandre Bastos usa exclusivamente Pedais Darta Effects Custom Shop, Guitarras Seizi Custom e endossa
Palhetas Lost Dog Guitar Wear.

Facebook: https://www.facebook.com/bastosgtr
Youtube: https://www.youtube.com/user/bastosgtr
Contato para aulas: bastosgtr@gmail.com
Assunto: Aulas

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