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Critica ao texto do Eric Cunha

Romanos 9, pistas e sustos

Eric diz :

“Esaú, indivíduo, foi rejeitado por Deus. Mas qual foi essa rejeição? É só ler
Gênesis!

A rejeição implicou em sua perda do direito de primogenitura e da bênção de


ter a promessa sobre sua descendência.

Isso significa que Deus não o amou? Não.”

Aqui eu tendo a discordar da causa da rejeição, pela exegese paulina, o


motivo básico da rejeição de Deus por Esaú, não foi por causa da rejeição
da primogenitura, pois, esta foi em consequência da rejeição eterna.
Vejamos o entendimento de Paulo:

“Todavia, antes que os gêmeos nascessem ou fizessem qualquer coisa boa


ou má — a fim de que o propósito de Deus conforme a eleição
permanecesse,
não por obras, mas por aquele que chama — foi dito a ela: "O mais velho
servirá ao mais novo".
Como está escrito: "Amei Jacó, mas rejeitei Esaú".
E então, que diremos? Acaso Deus é injusto? De maneira nenhuma!”
Romanos 9:11-14

Fica claro que Paulo entende que o serviço do irmão mais velho ao mais
novo, tem uma relação com o PROPOSITO DA ELEIÇÃO, como ele deixa
claro em romanos 9, e mais, a ideia de serviço ai, implica a ideia de uma
rejeição de Deus, pois Paulo agora atesta a sua exegese no AT onde
encontramos:
Uma advertência: a palavra do Senhor contra Israel, por meio de Malaquias.
"Eu sempre os amei", diz o Senhor. "Mas vocês perguntam: ‘De que maneira
nos amaste? ’ "Não era Esaú irmão de Jacó? ", declara o Senhor. "Todavia
eu amei Jacó,
mas rejeitei Esaú. Transformei suas montanhas em terra devastada e as
terras de sua herança em morada de chacais do deserto. "
Embora Edom afirme: "Fomos esmagados, mas reconstruiremos as ruínas",
assim diz o Senhor dos Exércitos: "Podem construir, mas eu demolirei. Eles
serão chamados Terra Perversa, povo contra quem o Senhor está irado para
sempre.
Malaquias 1:1-4

Ai vemos que a palavra do profeta se dirige ao povo de ISRAEL (Jacó),


onde Deus mostra o seu amor por meio da eleição e ao mesmo diz que a
rejeição a Esaú é eterna.

UMA PROVAVÉL OBJEÇÃO

Uma provável objeção que pode ser levantada é: Deus não estaria tratando
com indivíduos e sim com nações.

Aqui ainda reforça ainda mais a questão do PROPOSITO DA ELEIÇÃO,


porque se Deus está tratando de nações e não de indivíduos, então porque
ele usa os casos específicos? Porque ele parte do particular parar o geral?

Seria algo muito pior se fosse apenas nação, pois como o profeta Malaquias
diz “ povo conta quem o Senhor está irado para sempre”.

Barth diria : “Todos estão eleitos, já que o único eleito é o filho, e todos
estão em cristo pelo sacrifico”.

Isso seria contrario a vários textos que mostram claramente o aspecto


individual da fé, e não coletivo, a fé no aspecto relacional e confessional
ela é pessoal, no aspecto do compartilhamento ela é comunitário. Acho que
a distinção é clara.
“Quando Gênesis conta sua história, é assim que escreve: “Os seus bens eram tantos
que eles já não podiam morar juntos; a terra onde estavam vivendo não podia
sustentá-los, por causa dos seus rebanhos”. Jacó o presenteou, quis sua
reconciliação. O tratava como “meu senhor”. E lhe disse: “ver a tua face é como
contemplar a face de Deus”. Tais palavras sinalizam benção.”

Aqui eu concordo com Eric, e de forma misteriosa, eu acredito que Deus o


amou, não para o proposito da eleição como deixou claro nos textos de Rm
9 e Ml 1, e isso eu concebo apontando para o mistério e não para uma
possível explicação racionalista, aqui minha ousadia para, “Onde o texto
não fala, não me ouso a falar” – J. Calvino.

“Paulo quando resgata essa história, não explora toda a história. Mas seu
ponto teológico é a liberdade da escolha de Deus, isto é, Sua Graça.

Por que? Porque é essa sua explicação para a liberdade de Deus para amar os
gentios. Não devemos perder isso de vista nem na analogia do Oleiro
moldando o barro. Até diante da pergunta: seria Deus injusto? A questão real é
que Deus adotou os gentios.”

É a liberdade de Deus escolher, que na minha opinião, torna a possibilidade


de Esaú ser rejeitado antes do nascimento, pois a liberdade de escolher
quem quiser, é o que torna Deus aquele que não está sujeito a um crivo
humano, no que diz respeito a concepção de justiça e de afetividade diante
de tal atitude, que pra mim é espantosa e misteriosa, e que faz com que
Deus não seja enquadrado na racionalidade humana.

Outro ponto aqui é, que Jacó foi amado, não porque merecia, justamente
pelo motivo contrario, basta vê o histórico da vida dele. Já dizia o velho
Francisco de Assis “Deus escolhe os piores homens”. ( não me pergunte
qual é base de escolha entre piores e supostamente melhores hehe).

“Mas ele também aplica, em algum sentido que precisa ser debatido, a ideia da
rejeição de Esaú aos judeus que não creram no Messias. Mas Paulo prevê questões
que sua comparação traria, se fosse mal compreendida, e as antecede. Paulo, para
ser claro, fala sobre qual é a natureza dessa rejeição nos capítulos 10 e 11.”

Paulo prevê justamente uma possível ideia de injustiça na escolha de Deus,


e isso só pode soar injustiça se a escolha de Deus fosse feita antes do
nascimento de Esaú, e é por esse motivo que rejeito a ideia de que a
rejeição eterna se deu depois da rejeição de Esaú, Deus não pode ser pêgo
de surpresa.

Também, não aceito a ideia de que Deus rejeitou com base na presciência,
porque a relação de Deus com indivíduos é independente das suas ações.

“A expressão "Rejeitei e Esaú..." em Romanos 9.13 é paralela a Romanos 11.1


"Deus REJEITOU seu povo? De modo algum! ". Isto é, Romanos 11.1
esclarece Romanos 9.13.
Como assim? Romanos 11.1 torna clara qual não é o significado da
rejeição por parte de Deus em 9.13. Isto é: a rejeição em 9.13 é em outro
sentido.

É como se dissesse: “Sabe o que eu disse em 9.13 com “rejeição”? Não


entendam, de modo algum, que Deus tenha rejeitado seu povo!”

Paulo deixa claro onde a analogia termina, onde ela não é feliz. Não são
perfeitamente sobrepostas. Os exemplos não se encaixam completamente e
não é isso o que se quer quando se dá um exemplo. Aqui, a situação que ele
tem é outra, mais complexa, única, com suas particularidades. É próprio do
exemplo, da comparação, da metáfora – o foco. Quando dizemos: o amor é
fogo, não queremos usar todas as experiências que se tem com o fogo, nem
toda a função do fogo. Mas algum ou alguns aspectos. Talvez só queiramos
dizer que o amor “arde” tal como o fogo. Assim, o óbvio já esclarece: Esaú foi
Esaú. Israel que não crê em Cristo é algo radicalmente diferente.

Os judeus que creram em Jesus ficam aparentemente fora do quadro dessa


analogia: pois a analogia não está sendo aplicada ao quadro todo da situação
real diante da qual Paulo se encontra.”

Aqui eu concordo com o Eric, o texto da rejeição não se trata do povo por
completo, até porque eu ínsito em dizer o texto começa com exemplos de
INDIVIDUOS para mostrar como isso se deu na historia de Israel e como
isso se dá no hoje.

Não concordo com a ideia de que Esaú ai represente os judeus, ao passo


que Jacó representasse os gentios, talvez essa distinção ficasse clara antes,
mas preferi fazer nesse momento que é crucial na exegese, talvez eu
entenda que Eric, faça uma alegoria permitida no texto, com base em
romanos 11, mas como o texto é uma unidade e ai concordo com Eric,
ficaria complicado essa alegoria.
REJEIÇÃO
Em Romanos 9, e em todo raciocínio de Paulo sobre "Amei a Jacó e rejeitei a
Esaú, não há, absolutamente, não eleitos, não amados.

Pois “Esaú”, rejeitado, é o Israel que rejeitou o Messias.

Em todo o desenvolvimento - até Romanos 11, o rejeitado é o sujeito da


rejeição.
"Por não crer foram cortados".

"Se não persistirem na incredulidade serão enxertados".

Pista: Para Paulo, “Jacó” são os gentios crentes. E “Esaú” é o Israel que tem
olhos, mas não vê. Tem ouvidos mas não ouvem. Ouviram o evangelho mas
não o aceitaram.

Paulo torna a questão clara e definida: "Deus REJEITOU o seu povo? De modo
algum".

Deus é generoso com todos.

Não há judeus ou gregos assim como não há Jacó e Esaú. Quem o invocar
será salvo.

Pista: O amor Salvador de Deus está disponível aos que Ele "rejeita". Rejeitar
não pode significar não amar.

Eles rejeitam: e por isso são rejeitados. Isso é a rejeição da parte de Deus. E,
sobre ela, é preciso que se diga: ele não desistirá. Os “rejeitados” serão salvos
(em 11. 26). "Pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis".

Pista: O rejeitado, rejeita. E o rejeitado será escolhido.

Aqui mais uma vez entendo que a alegoria de que Esaú é o judeu que
rejeita e Israel é o gentio que aceita, é complicada, porque além de ser
anacrônico, porque Israel nasce do próprio Jacó e não de Isaque seu Pai,
outro motivo é que mesmo dentro do Israel há os não eleitos

PISTA DA ELEIÇÂO

Que dizer então? Israel não conseguiu aquilo que tanto buscava, mas
os eleitos o obtiveram. Os demais foram endurecidos,
Romanos 11:7
Provando mais uma vez que em Israel havia os não eleitos, em outro texto
encontramos isso:

Não há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é


Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam,
Romanos 10:12

Outro:

Não pensemos que a palavra de Deus falhou. Pois nem todos os


descendentes de Israel são Israel.
Nem por serem descendentes de Abraão passaram todos a ser filhos
de Abraão. Pelo contrário: "Por meio de Isaque a sua descendência
será considerada".
Noutras palavras, não são os filhos naturais que são filhos de Deus,
mas os filhos da promessa é que são considerados descendência de
Abraão.
Romanos 9:6-8

É nesse texto, que o meu coração descansa de forma espantada mas


descansa, por fica claro que a eleição e rejeição é a indivíduos e não a
nação no geral.

“Todo o desenvolvimento do argumento de Paulo sobre a rejeição deve levar


em conta o que ele diz:

1. O desejo de Paulo, e, sugiro, do próprio Deus: “o desejo do meu coração e a


minha oração a Deus pelos israelitas é que eles sejam salvos”.

2. [A Escritura diz] “não há diferença entre judeus e gregos; pois é o mesmo


Senhor de todos, generoso com todos os que o invocam. Todo aquele que
invocar o nome do Senhor se salvará”.

3. “nem todos os israelitas aceitaram as boas novas.”

4. “O tempo todo estendi as mãos” a este povo.

5. "Deus REJEITOU seu povo? De modo algum!" Alguns crêem, eu próprio; os


outros, ainda crerão.

6. “Acaso tropeçaram para que ficassem caídos? De maneira nenhuma!”

7. “...foram cortados devido à incredulidade”.


8. “...se não continuarem na incredulidade, serão enxertados”.

Minha tentativa de resumir o que Paulo está dizendo em Romanos 9, 10 e 11


é:

"...rejeitei a Esau", isto é, estou sendo rejeitado por Israel. Temporariamente. É


triste. Mas calma. Ainda há esperança. Não estamos tão longe. Podemos olhar
por outro lado: se alegrem vocês porque a salvação chegou até vocês. E
aprendam com o erro de Israel. Não se esqueçam que são “Jacó”, sempre se
lembrem que podem se tornar “Esaú”. Quanto a eles, Meu amor não se cansa.
Eles entenderão”.”

Aqui a interpretação vai depender da escatologia que se tem por trás da


exegese, se cremos que pós Cristo, não há nem judeus e gregos, então não
há a possibilidade do “retorno de Israel como nação eleita”, pois, Paulo
deixa claro que não há mais essa divisão diante de Deus, e que agora só há
uma Israel, a saber, TODOS aqueles que confessam a Cristo como
salvador.

“Pista: "Amei a Jacó" significa: Sou livre para amar. Amo sem dar satisfação. Meu
amor não presta contas. “

Aqui a eu concordo Muiiiiiiiiiiiiiiiito, hehehehe

"Amei a Jacó" para que ninguém se sinta não amado e não eleito.”,

A questão não é se sentir excluído, aqui é uma clara demonstração de um


povo, que Deus está juntado pra si, de todas as tribos, povos, línguas e
nações, não de uma raça especifica.

ELEIÇÃO é incondicional, "antes que fizesse bem ou mal", PARA DEUS e


APENAS para Ele.

Não se esqueçam: Esaú foi rejeitado!

Na aplicação de Paulo, “Esaú” é o Israel endurecido demais para crer. Esse


endurecimento alimentava-se de uma razão de sereleito. Ele evoca algum
direito, alguma “estabilidade” que o exime de decidir, de seguir em frente, de
crer.

É o contrario, o endurecimento é decorrente da rejeição eterna, “antes que


fizesse algo de bom ou ruim, DEUS escolheu antes de nascer”.
O eleito não discute seu futuro: o confia a Deus. Ele está no escuro e não se
exime de viver, lutar e escolher.

Os eleitos precisam saber que podem cair - "aquele que está de pé, cuide-se".
O eleito não perde de vista essa possibilidade. Se o tiver feito, por pretexto de
qualquer doutrina, ele já começou a cair.

O eleito deve andar, entre Jacó e Esaú. Isto é: sobre a linha do amor livre de
Deus. Que o amou enquanto Jacó, e que o lembra do exemplo de Esaú para
que se mantenha crendo.

A advertência de Paulo, é clara em dizer que Deus pode fazer e não que ele
vai fazer, justamente mostrando o caráter dos eleitos, “Deus dá graça aos
humildes e rejeitas os soberbos” é por isso que a advertência é dura no
capitulo 11. O texto mostra também a realidade dá extensão da eleição, e
não que Deus separou dois povos ou que fez acepção, o que ele quer
mostrar é que o povo de Deus está para além de raça.

PISTA - e em ti serão benditas todas as famílias da terra.


Gênesis 12:3

Já havia os sinais da eleição dos gentios.

Toda a argumentação de Paulo em Romanos 9 é sobre o ponto de que Deus


fez do povo, o não povo; e do não povo, o povo.

É a defesa da Graça: Deus amando em completa liberdade.

Defesa da Liberdade de Deus diante daqueles que achavam que tinha algum
direito sobre ela.

Portanto não é uma defesa de sua liberdade de rejeitar. Sobre isso, todo o tom
é triste, de pesar.

Mas não perca de vista que o que Deus, e Paulo, finalmente querem é que não
haja não povo, que o incrédulo crei

Já expliquei acima sobre a ideia de que rejeito a alegoria Esaú/ Judeus x


Israel/gentios, eu prefiro trazer o franzino francês João Calvino pro dialogo
e concordar com ele: Israel/ Eleitos x Esaú/ réprobos
O que mais uma vez confirma é o espanto que Paulo tem diante do
mistério, então ele conclui de forma maravilhosa e categórica:

Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de


Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os
seus caminhos!
Por que quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu
conselheiro?
Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a
ele eternamente. Amém.
Romanos 11:33-36

Não poderia terminar de outra forma, diante de grandes paradoxos!

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