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Válvulas de escape humanas: satisfação

imediata enquanto mecanismo produtor


de comodismo.

João Vitor Souza Santos


Universidade Federal de Sergipe
Resumo: Este artigo apresenta-se objetivamente com a funcionalidade de analisar criticamente
determinada inclinação pessoal dos indivíduos ao escapismo, ou seja, a conduta consistente em afastar-se
de situações de dificuldade para não as resolver. Sob esse contexto, urge a indagação quanto ao caráter
expresso na incorporação das válvulas de escape humanas às atividades cotidianas, e seu impacto similar
à morfina, anestesiando a consciência social do indivíduo à medida que alivia o estresse desenvolvido
dentro da sociedade de desempenho. Este artigo é destinado à investigação desse efeito anestésico na
sociedade brasileira, e seu efeito desviante: por meio do comodismo gerado por estas válvulas de escape,
quando essas são usufruídas com o intuito de satisfazer o nosso imediatismo, alimentando nossa
necessidade de preenchimento incessante diante das frustrações pessoais e gerando o apaziguamento das
potencialidades da dimensão política. Além disso, o presente artigo busca evidenciar a corroboração
destes instrumentos de escape, para com a instauração de uma cultura embasada na efemeridade e na
consequente apolitização durante o processo de alívio, negligenciando-se às lutas contra injustiças sociais.
Ademais, busco levantar o debate em volta do comodismo enquanto fruto das compensações instantâneas
do indivíduo, que ao satisfazer-se, parcialmente e momentaneamente, através das válvulas de escape
humanas, voltadas para o consumo e futilidade, cristaliza mecanismos que tornam favoráveis a produção
viciosa desse processo alienador.

Palavras-chave: Válvulas de escape. Superindividualização. Comodismo. Apolitização.

1- Introdução

Precipuamente, o conceito de válvula de escape possui uma ambiguidade: por


um lado, para o campo da mecânica, representa uma válvula que abre automaticamente,
fazendo com que o fluido excedente saia do sistema, quando a pressão interna é muito
alta e ultrapassa o nível de segurança; por outro lado, no campo social, o termo também
pode ser compreendido como divertimento, passatempo ou distração que funciona como
um alívio do estresse excedente que está acumulado no âmbito psíquico dos indivíduos.

Dessa forma, é notável a sua função estabilizadora para com o psicoemocional


humano. Sob o viés de um novo paradigma de produção, o sistema de defesas psíquicas
responde ao elevado e crescente nível de estresse com o escapismo. A fim de
estabilizar-se, ou recuperar a consciência da situação, os “sujeitos de desempenho” 1,
como bem cunhou Han, apoiam-se em mecanismos inicialmente inclinados à
normatividade do bem-estar, que podem ser denominados como válvulas de escape
humanas.

Ao mesmo tempo, esses mecanismos podem também produzir um


determinado escapismo fortalecido pelo fenômeno social “sextou”: tomando como base
analítica o recorte de uma rotina em que o indivíduo usa o final de semana para não
pensar em todas as dificuldades presentes em sua trajetória pessoal, não obstante,
satisfazer as suas necessidades imediatas de satisfação, conduzindo-o a uma pseudo-
satisfação, diante de uma alienação sofrida pela supercobrança imposta pelo novo
paradigma de produção. Assim, “sextar” pode, muito provavelmente, exercer um papel
destacado na sociedade, como agente fundamental na produção de comodismo.

Destacando um trecho de uma das músicas da banda Forfun (2005), “o


comodismo é um mal parasitário” que segue apaziguando a potencialidade crítica e
corroborando com a apolitização instaurada por meio do culto à alienação: compra-se
uma ideologia de vida pronta, pautada num crescente processo de individualização
fervoroso e cobranças sistêmicas corrosivas que projetam nos indivíduos a sua carência;
desta forma o paradigma atual influenciado pela eterna carência programada produz
indivíduos que estão sempre atrasados e obsoletos diante das novidades tecnológicas da
pós-modernidade. Com isso, temos a impressão de estarmos sempre atrasados e
aterrorizados pela nossa suspeita potencialidade, que exerce um papel de censura no
inconsciente social: estamos presos à liberdade do nosso ser em potencial, somos
senhores e escravos ao mesmo tempo.

O presente artigo tem por objetivo investigar o caráter peculiar dos


mecanismos de escape que os indivíduos usufruem na vida pessoal-social, ou seja,
analisar de maneira crítica o caráter anestésico viciante das válvulas de escape humanas
– tendo como expoente o “sextou”- onde essas são projetadas em nossas vidas como
resposta imediata a turbulência e instabilidade causadas pela constante mudança social,
política e cultural durante a jornada de trabalho semanal. Não obstante, faz-se necessária

1
HAN, B.C. Sociedade do cansaço – Além da sociedade disciplinar. Petrópolis, RJ. 2015; O autor
contrapõe os sujeitos do desempenho, regrados pela positividade, aos seus antecessores: os que
Foucault cunhou de “sujeitos da obediência”, ordenados pela negatividade.
a reflexão sobre a necessidade e a legitimidade de tais tendências escapistas, assim
como as perspectivas caóticas que podem ser vislumbradas neste processo reflexivo.

A semântica dessa produção gira em torno de críticas ao conceito de válvulas


de escape humanas e seu efeito anestésico e apolitizador. Tendo isso em vista, é
perceptível que a fuga da realidade social para satisfazer necessidades pessoais
momentâneas e/ou instantâneas com o objetivo de estabilização psicoemocional,
preenchimento e reafirmação do indivíduo que é simplesmente reduzido a sua
capacidade produtiva, traz a tona uma problemática profunda: a satisfação imediata
enquanto mecanismo produtor de comodismo - a qual essa é oriunda do uso
indiscriminado de válvulas de escape – e o apaziguamento das potencialidades do senso
crítico que acarreta em cada vez mais indivíduos suscetíveis à alienação do sentido e
apolitização. Essa manipulação visa atender aos interesses de quais grupos? Esse
processo alienante mantém diálogo com quais atores sociais? Como essa irracionalidade
construtiva, que floresce das relações sociais efêmeras e descartáveis, é legitimada?

Além disso, a facilidade em atingir preenchimento e satisfação pessoal por


meio das redes sociais, por exemplo, é de extrema concordância com a satisfação
imediata e as tendências escapistas - como o surgimento de bolhas sociais -, de forma
que essas práticas inicialmente apresentadas à realidade de maneira inofensiva podem
ter seu caráter desviado e degenerado em um uso indiscriminado das válvulas de escape,
que fomenta um papel de destaque como mecanismo produtor de comodismo dentro
desta “sociedade de desempenho” supostamente racionalizada e metódica.
2-Desenvolvimento

2.1-A ascensão da era superindividual e os multitarefados.

A tendência pós-moderna parece ser exatamente essa: individualização


extremada e disseminação dos multitarefados – a supercobrança e a alta
competitividade do paradigma de produção atual coroam os indivíduos mais versáteis e
capazes de fazerem uma grande quantidade de coisas ao mesmo tempo. Assim, o
imperativo “faça você mesmo” é consolidado através da busca sistêmica e incessante
pela produtividade. O processo de racionalização que legitima todas as instituições
burocráticas, e o reordenamento social dos atores e a nova designação simultânea de
seus papéis dentro do organismo social fazem parte dos estágios passados que alicerçam
essa nova era superindividualizante. Segundo Han (2015, p.23), “A sociedade do século
XXI não é mais a sociedade disciplinar, mas uma sociedade de desempenho. Também
seus habitantes não se chamam mais ‘sujeitos da obediência’, mas sujeitos do
desempenho e produção. São empresários de si mesmos”.

Atualmente, é comum observar manifestações dessa passagem, dentre eles é


possível pontuar a atomização e a fragmentação do tecido social. Apesar de conceder
maior autonomia aos seres sociais, esta nova fase de organização social manifesta uma
coerção sistêmica e legitimada através da fixação conceitual do imperativo “faça você
mesmo” em nosso inconsciente social. Dessa forma, nós, enquanto atores sociais,
sofremos diretamente com essa mudança. A supercobrança da sociedade do
desempenho e produção acarreta uma série de ações que dialogam diretamente com o
excesso de positividade, e com a autoexploração à medida que se consolidam os
“empresários de si mesmos” (HAN, 2015). Nessa nova era, nada é impossível e os
limites são impostos por cada um. Tornamo-nos explorador e explorado, agressor e
vítima, empresários de si mesmos. Nesta relação dialética, somos sufocados pela
incessante cobrança, a supercobrança da era superindividualizada.

Segundo Han (2015, p.31):

A multitarefa não é uma capacidade para a qual só seria capaz o


homem em sociedade trabalhista e de informação. Trata-se antes de
um retrocesso. [...] Trata-se de uma técnica de atenção, indispensável
para sobrevivência na vida selvagem.
Na gênese desse processo de proliferação dos multitarefados, o indivíduo
versátil ao contrário do que o processo de racionalização indica, não é o apogeu da
racionalidade pós-moderna. Pelo contrário, esse processo em que o indivíduo “abraça o
mundo e não aperta ninguém” representa uma retomada à barbárie, à vida selvagem, e à
preocupação com a sobrevivência – característica do passado da história humana. Dessa
forma, a ascensão desse processo de superindividualização que impulsiona a dominação
do tecido social por parte do indivíduo multitarefado compõe uma espécie de
anacronismo. Assim, a experiência humana embasada por todo o processo de
racionalização pressupõe exatamente o contrário desse processo: por trás da
racionalização há um teor maior do que se espera de irracionalidade criativa dos
indivíduos, que fomenta a máquina individual do desempenho dentro da sociedade que
recebe o mesmo nome.

A era da superindividualização - guiada pelo imperativo da positividade,


resultando assim em seu excesso - anda de mãos dadas com supercobrança – a busca
incessante pela produtividade - proposta aos atores pela mudança de paradigma social,
assim:

De acordo com Han (2015, p.30):

Para elevar a produtividade, o paradigma da disciplina é substituído


pelo paradigma do desempenho ou pelo esquema produtivo do poder,
pois a partir de um determinado nível de produtividade, a negatividade
da proibição tem efeito de bloqueio, impedindo um maior
crescimento.

Sob esse viés produtivista, a determinação da infraestrutura expressa na relação


de consonância entre mudança estrutural e mudança individual resulta em uma
característica acentuada da era da superindividualização: a produção e proliferação de
indivíduos multitarefados. Essa categoria social é marcada pelo imperativo “nada é
impossível”, assim atendem a maior quantidade de demandas, são explorados por si
mesmos e se orgulham disso. Nesse contexto, ocorre a alienação do sentido, de maneira
que a auto-realização dá lugar a realização do conceito, a adoção de um modelo
previamente pronto como projeto para a vida.

A incorporação desse projeto de vida é expressa por meio dos multitarefados,


sua autoexploração e atomização da sociedade num campo de fervorosa
competitividade. Ela ainda é motivada pela ascensão desta nova era e o mecanismo
sistêmico de supercobrança que fomenta aspectos relativos ao mercado: produção e
consumo. Esses aspectos são projetos na vida pessoal, onde são causados pela
influência desta época em que o aspecto high-tech, a tecnologia de ponta cada vez mais
acessível, é fundido ao multitarefado que projeta agora sua estabilidade não mais na
negatividade, na possibilidade de hesitar frente à cobrança, mas na positivação da
produção e do consumo, e consequentemente têm a frente às limitações da máquina
orgânica humana, que necessita sentir-se revigorada e busca isso por meio de uma
pseudo-satisfação por meio das válvulas de escape humanas.

2.2-A satisfação imediata (pseudo-satisfação), a supercobrança e irracionalidade


criativa.

Dentro dessa nova era superindividualizante e superindividualizada, o


processo de superindividualização dos sujeitos de desempenho e produção se torna um
solo fértil para a emergência de tendências escapistas, e com isso, também é possível
interpretar a aparição, juntamente com essas tendências, de uma cultura do imediatismo
pautada na busca, sobretudo, por soluções imediatas que refletem tanto na esfera social
quanto pessoal. A inquietação, a competição e o imediato são características desse novo
paradigma social. Desta forma, como dito anteriormente o fenômeno social designado
como sextou, transparece, tanto em sua espera quanto no momento de sua realização,
aspectos que retomam a tríade da superindividualização.

O ser social pós-moderno, ansioso com a espera pela sexta-feira – dia em que
pode, enfim, beber e/ou positivar o consumo de outros mecanismos escapatórios - para
poder esquecer-se da sua rotina enfadonha e dos limites de suas prisões pós-modernas
que o consumem e esgotam-no durante a sua jornada de trabalho semanal;
paradoxalmente, de maneira implícita ele apenas realoca o seu inferno pessoal,
alterando-o de um estressante escritório para uma confortável mesa de boteco – onde
pode satisfazer-se com o imediatismo, ou melhor, onde pode exercer uma pseudo-
satisfação que o revigora, mas não satisfaz plenamente.

Esse novo paradigma suscita nos atores sociais “supostamente” racionalizados


um tipo de cegueira que os faz perseguir incessantemente o desempenho, positivando
essa busca numa supercobrança que se agrava no íntimo de cada um. Com isso, esta
supercobrança, de origem sistêmica e programada, é exteriorizada ao tecido social,
como um todo, por meio da violência implícita: o imperativo “faça você mesmo”. Seus
integrantes, por sua vez, internalizam essa cobrança alienante através da alienação do
sentido – adotam essa conduta pronta para além da sua vida profissional, transbordando
assim também a liquidez dessa cobrança na sua vida pessoal. Dessa forma, a
supercobrança é expressa numa fervorosa exploração de si mesmo decorrente da
carência sistêmica, e da supercompetitividade superindividualizante da sociedade de
desempenho. De acordo com Han (2015, p.30), “o excesso de trabalho e desempenho
agudiza-se numa autoexploração. Essa é mais eficiente que uma exploração do outro,
pois caminha de mãos dadas com a liberdade”.

Essa “autoexploração” é, de fato, um mecanismo de violência legitimado pela


(ir) racionalidade do mundo pós-moderno. Assim, ela se instaura no inconsciente social
que a projeta, inclusive, na esfera pessoal da vida dos atores sociais fazendo com o seu
“eu” seja sacrificado – o indivíduo se torna cada vez mais obcecado pelas ordens e pelo
paradigma de desempenho, assim, torna-se crescente a sua necessidade pela pseudo-
satisfação. O teor de irracionalidade criativa - ou seja, a potenciação do seu
desempenho em detrimento da sua singularidade, do “eu” - vem à tona, a alienação do
sentido produz este tipo de ética coletiva que atinge direta e efetivamente os “sujeitos de
desempenho”. Esses sujeitos têm a sua singularidade consumida e transformada em
combustível para o desempenho profissional, emergindo como produto da
supercobrança e da superindividualização. Então, esta criatividade irracional, advinda
do processamento dos atores sociais, impulsiona a superprodutividade na sociedade de
desempenho: convertendo a sua singularidade em mais desempenho e produzindo cada
vez mais a irracionalidade criativa; outros aspectos sociais como a contemplação são
erradicados do inconsciente social, dando lugar à inquietação, à competição e ao
imediato: a consolidação da sociedade de desempenho e produção.

2.3-Comodismo, a doença e apolitização.

Assim como o excesso de positividade caracteriza a sociedade de desempenho,


o excessivo uso do mecanismo escapatório – válvulas de escape humanas – cristaliza
uma ética egoística: o comodismo, caracterizado pelo uso indiscriminado da pseudo-
satisfação. Sob esse viés, os atores sociais não conseguem atingir a satisfação, ficando,
contraditoriamente, satisfeitos e acomodados com a possibilidade de revigorar-se de
imediato – a satisfação é fragmentada, assim como o “eu” do sujeito de desempenho.
Essa ética egoística é acompanhada de perto pelo efeito anestésico que é possível
interpretar da pseudo-satisfação, seguindo essa lógica, e obedecendo a uma fórmula de
proporcionalidade, quanto maior é o uso dessas estratégias revigorantes tanto maior é a
sua tolerância, que ocorre no íntimo do sujeito de desempenho, ao efeito dessas. Assim,
a cultura do comodismo é indubitavelmente tóxica ao desenvolvimento social coletivo,
mas incrivelmente benéfica ao atender perfeitamente aos interesses da sociedade de
desempenho, por meio da superprodutividade, que por sua vez, é resultado da
irracionalidade criativa.

O tripé de sustentação do processo de superindividualização – a inquietação, a


competição e o imediato – juntamente com a atuação dos multitarefados, resultante
desse processo, produzem em conjunto bolhas sociais, cuja característica principal é o
isolamento individual dos atores sociais e a valorização da cultura do comodismo dentro
da teia social. A inquietação tornou-se comum, pois na pós-modernidade ela pôde ser
apropriada de modo efetivo pela sociedade de desempenho. A competição se tornou um
elemento discursivo de grande de persuasão, assim, facilmente difundido dentro do
inconsciente social. E o imediato é manifestado através da pseudo-satisfação, e
positivado pela alienação do sentido. Esse é o contexto doentio que serve de sustentação
para a sociedade de desempenho e produção.

O maior efeito dessa consolidação dos aspectos que compõe a sociedade de


desempenho, talvez não tenha sido deixado claro. A sociedade pós-moderna anestesia,
através das válvulas de escape humanas não somente a guerra interna dos novos atores
sociais dessa era, mas também desvaloriza o engajamento político, assim os
denominados sujeitos de desempenho são desprovidos de politização. O imperativo que
comanda majoritariamente o tecido social, também produz um fenômeno social: a
apolitização. A inquietação, em detrimento da contemplação, exerce um papel de
repressão ao senso político nesse novo paradigma social.

Han pontua precisamente (2015, p.33,34), grifo nosso:

[...] Visto que ele (o sujeito de desempenho) tem uma tolerância bem
pequena para o tédio, também não admite aquele tédio profundo que
não deixa de ser importante para um processo criativo. [...] Se o sono
perfaz o ponto alto do descanso físico, o tédio profundo constitui o
ponto alto do descanso espiritual. Pura inquietação não gera nada
novo. Reproduz e acelera o já existente.

Destarte, é possível pontuar que a sociedade de desempenho produz nos atores


sociais uma dinâmica de cansaço diferenciada, a exaustão não é mais física, como já foi,
é um cansaço, essencialmente metafísico: o desgaste da sociedade de desempenho é
essencialmente um cansaço espiritual e parasita. Primeiro, é espiritual por causa da
constante violência sistêmica implícita no processo: onde os atores sociais desse
paradigma são crentes a pensar que o seu fracasso ou a seu sucesso depende
estritamente do sujeito de desempenho, impondo-lhe, acima do imperativo de comando
pós-moderno, um discurso falacioso sobre meritocracia. Segundo, é parasita, pois
contamina o inconsciente social, deixa a solidariedade e o tecido social fragilizado. Não
obstante, faz-se com o indivíduo, no apogeu da superindividualização e supercobrança,
sacrifique-se em nome da superprodutividade. Assim, além de parasita, esse cansaço da
sociedade de desempenho e produção é um cansaço mortal, sobretudo a vítima desse
cansaço é o corpo político.

Referências bibliográficas:

HAN, B.C. Sociedade do Cansaço. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

BAUMAN, Z. Vida Líquida. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 2005.

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