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RESOLUÇÃO SMS Nº 80 DE 16 DE NOVEMBRO DE 1977

Aprova "Normas para o Tratamento das


Toxicoses Exógenas" nos setores de
Emergência dos Hospitais Municipais e
dá outras providências.

O Secretário Municipal de Saúde, no uso de suas atribuições legais,

RESOLVE

Art. 1o - Adotar "Normas para o Tratamento dos Tóxicos Exógenas" e


aprovar os modelos; papeleta "Toxicologia" e Termo de Responsabilidade.
(Anexos I II e III).

Art. 2o - Os atendimentos dos casos de Toxicose Exógena, nos setores de


Emergência dos Hospitais Municipais serão realizados de acordo com as
normas que constituem o Anexo I desta Resolução.

Art. 3o - Incumbirá ao Diretor-Geral do Departamento - Geral de


Assistência Hospitalar, através de atos próprios, a regulamentação desses
atendimentos, quando julgar pertinente.

Art. 4o - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação,


revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1977.


FELIPPE BASÍLIO CARDOSO PIRES FILHO

ANEXO I
NORMAS PARA 0 TRATAMENTO DAS
TOXICOSES EXÓGENAS SUMÁRIO

I - MEDICAMENTOS NECESSÁRIOS:
1. No Hospital:
Medicação para uso externo
Medicação para uso interno

2. Medicação a ser levada na ambulância:


Para uso externo
Para uso interno

II - PISTAS ORIENTADORAS DO DIAGNÓSTICO DOS TIPOS MAIS


COMUNS DE INTOXICAÇÕES EXÓGENAS

III - INSTRUÇÕES A QUEM PRIMEIRO ATENDER O PACIENTE

IV - NORMAS PARA 0 ATENDIMENTO NO HOSPITAL


V - MEDIDAS POSTERIORES

I - MEDICAMENTOS NECESSÁRIOS:
1. No Hospital:
Medicação para uso externo:
1. Antibióticos: Cloranfenical, penicilina e terramicina.
2. Antídotos: Contrathion (metil- sulffometilato do alfapiridilaldoxima)
antagônico dos inseticidas fosforados.
2.2 Demetal (BAL) - "British anti-lewisite" - antagônico dos metais
pesados.
2.3 Lorfan - tartarato de lavallorphan - anti-narcótico.
3. Atropina - sulfato de (ampola de 1/4 mg).
4. Azul de metileno a 1%.
5. Barbitúrico:
5.1 venoso
5.2 intramuscular
6. Cloreto de potássio a 10%.
7. Colírio.
7.1 de clorofenicol
7.2 de cocaína a 2%
7.3 de cortisona
7.4 pomada oftálmica, qualquer.
8. Fenergan.
9. Gluconato de cálcio 10%.
10. Hipossulfito de sódio a 10%.
11. Insulina regular.
12. Kanakion ou similar.
13. Lactato de sódio 1/6 molar.
14. Manitol a 20% - (frascos de 50 e 200 ml).
15. Niquetamida ou similar.
16. Nitrito de sódio a 3%.
17. Oxido de magnésio.
17.1 Colírio de óxido de magnésio a 0,5%
17.2 Pomada: óxido de magnésio 0,4
vaselina )
lanolina ) 10,0
18. Soros.
18.1 Bicarbonatado de sódio a 8,4%.
18.2 Cloretado hipertônico a 20% .
18.3 Fisiológico.
18.4 Glicosado hipertônico.
18.5 Glicosado a 5%.
19. Piritinol.
20. Valium - 10 mg - amp. 2ml.
21. Vitamina B - (adermina).
Medicação para uso interno:
1. Acido acético glacial a 6.0/mil
-(vinagre medicinal).
2. Amido em pó.
3. Antídotos.
3.1 - Múltiplo A:
Magnésia calcinada - 88g.
Carvão animal - 44g.
3.2 Múltiplo B:
Solução saturada de sulfato ferroso
3.3 Sulfídrico.
4. Carvão animal.
5. Carvão vegetal.
6. Citrato de sódio - 4g.
Bitartarato de potássio - 2g.
Agua - 1.000 ml.
7. Cloreto de cálcio a 2,5% - solução
8. Leite de magnésia.
9. Leite em pó.
10. Magnésia calcinada.
11. Óleo mineral.
12. Óleo vegetal.
13. Pepsamar gel ou similar.
14. Sulfato de cobre a 0,5%, solução.
15. Sulfato de magnésio, pó.
16. Sulfato de sódio, pó.
17. Tintura de iodo diluída a 4/mil.
18. Versenato cálcico de sódio - comp. 500 mg.
19. Permanganato de potássio a 0,02%.
2. Medicação a ser levada na ambulância: (uso externo).

1. Atropina - 6 ampolas.
2. Demetal - 2 ampolas.
3. Gluconato de cálcio a 10% - 2 ampolas.
4. Hipossulfito de sódio a 10% - 2 ampolas.
1. Antídoto múltiplo A.
2. Antídoto múltiplo B.
3. Cloreto de cálcio a 2,5% - 1 litro.
4. Permanganato de potássio a 0,20% - 1 litro.
5. Sulfato de sódio - pó - 40 g.
6. Leite em pó.
7. Magnésia calcinada.
8. óleo mineral.

II - PISTAS ORIENTADORAS DO DIAGNOSTICO DOS TIPOS MAIS


COMUNS DE INTOXICAÇÕES EXÓGENAS:
1. Em princípio, abater-se ao cuidado de não estabelecer confusões a
respeito de rótulos comerciais de tóxicos. Há ingredientes e formicidas
com o mesmo nome: "Tatú", "Jacaré", "Quatro Paus", etc.
2. Geralmente, os ingredientes encerram arsênico e os formicidas são
preparados à base de cianetos ou de inseticidas tipo Aldrin, à exceção do
formicida "Quatro Paus ", preparado com bissulfureto de carbono;
3. Como caráter diferencial recordar-se de que o arsênico
é um pó branco, insípido e inodoro. O cianeto é um pó rosado e é
acondicionado em latas pretas. Já o bissulfureto de carbono é liquido e
tem o odor inconfundível de ovo podre.
4. Nunca esquecer que o envenenamento pelo cianeto é imediato. Já o
arsênico tem período de latência às vezes de mais de 12 horas. Nunca
olvidar que, por mais benigna que se afigure, as intoxicações pelo
arsênico e pelo fósforo são sempre muito graves.
Conclusão: os intoxicados pelo arsênico e pelo fósforo - devem ser
hospitalizados e cuidados devidamente;
5. Evitar as confusões com certos nomes em que a analogia de
radicais e semelhança de pronúncia podem conduzir a equívocos assim:
Lisol (cresol) e "Lysoform" (formol) , "Pasta Zélio" (tálio) e "Pasta Hélio"
(fósforo branco) ; do mesmo modo, o formicida "Quatro Paus", é
constituído por bissulfureto de carbono e o "Três Cruzes" tem por base
o cianeto de sódio.
6. Há ainda um importante cuidado. Existem produtos com a mesma
denominação genérica, complementada de números, que significam
variações na sua composição ou na concentração de certos elementos.
Um exemplo, para ilustrar:
Existe o "Lavrador", com 3 apresentações: o "Lavrador" 3-5-0,25, o
"Lavrador" 3-40 e o "Lavrador" 20-40 . Importa saber qual das fórmulas
usadas. No caso de intoxicação pelo "Lavrador" 3-5-0,25, há gravidade,
pois , na sua fórmula percentual, figura o parathion (organofosforado),
veneno enérgico.
Feitas tais ressalvas, é de bom alvitre, diante de um intoxicado,
orientar-se pelos seguintes elementos:
Sinais gastrintestinais: Hálito aliáceo: fósforo
Hálito de amêndoas amargas: nitro-benzenos e cianetos.
Hálito característico do fenol, da benzina, do álcool etílico. Vômitos
amarelos: ácido pícrico.
Vômitos azul-esverdeados: cobre.
Vômitos escuros, sanguinolentos, com partículas de mucosa: bases ou
ácidos fortes, prata.
Vômitos vermelhos: cromatos.
Vômitos fosforecentes: fósforo.
Fezes luminescentes com odor de alho: fósforo.

SINAIS URINÁRIOS:
Anúria: mercúrio e sulfamidicos. Urinas verdes: ácido fênico.
Cor rosa em contacto com ácido azótico: fenergan.
Odor de violeta: terebentina ou eucaliptol.

SINAIS HEMATOLÓGICOS:
Anemia: fósforo, arsênico, benzol, chumbo.
Anemia hemolítica: fava, naftalina, criogenina, sulfamídicos, anilina,
hidrocarburetos.
Agranulocitose: sulfamidicos. Síndrome hemorrágica: benzol.
Meta-hemoglobinemia: sulfamídicos, nitritos, cromatos, clorato de
potássio, acetanilida.
SINAIS CARDIOVASCULARES:
Distúrbios do ritmo: digital e seus derivados.

SINAIS RESPIRATÓRIOS:
Hiperpinéia primitiva: salicilicos.
Bradipnéia: ópio e derivados, monóxido de carbono, hipnóticos,
inseticidas, intoxicação grave pelo veneno do escorpião.
Asfixia com edema pulmonar: gases tóxicos, vapores nitrosos.

SINAIS NEUROLÓGICOS:
Coma opiáceo: hipotermia, bradipinéia com miose (freqüentemente
pupilas puntiformes), precedido de náuseas e vômitos.
Coma barbitúrico: hipertermia, congestão da face, midríase , respiração
calma, lenta e profunda.
Coma beladônico: precedido de manifestações de embriaguez, mucosas
secas, midriase, às vezes convulsões.
Convulsões: cânfora, picrotoxina, cianetos, estricnina, cicuta.
Miose: opiáceos, nicotina, organofosforados.
Midriase: beladona, cocaína, efedrina.

SINAIS CUTÂNEOS:
Icterícia grave: fósforo e cogumelos.
Erupções escarlatiniformes: solanáceos, arsênico, fenolftaleína, beladona.
Cianose: anilina, cloreto de potássio, nitritos. Sinais broncofaringeanos:
Secura da boca: beladona. Coloração parda dos lábios: iodo.
Sialorréia: pilocarpina, iodo, organofosforados.

Atenção especial deve ser empregada para surpreender os


efeitos muscarínicos e nicotínicos nas intoxicações pelos
organofosforados, como decorrência da inibição da colinesterase.
Efeitos muscarínicos: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, sudorese,
sialorréia, miose e, posteriormente, nos casos graves, diarréia, palidez,
pupilas puntiformes, distúrbios visuais, secreção brônquica excessiva,
dificuldade respiratória e edema pulmonar.

Efeitos nicotínicos: compreendem, de início, tremores nos


músculos oculares e linguais. Em seguida, fasciculação, dos músculos da
face e pescoço, convulsões generalizadas, flacidez muscular e paralisias.
Os efeitos sobre o sistema nervoso central de início incluem cefaléia,
vertigens, apreensão, tremores, ataxia, confusão mental, distúrbios da
palavra, convulsões e coma.

III - INSTRUÇÕES A QUEM PRIMEIRO ATENDER O PACIENTE:


1. Obter o tóxico e trazê-lo para o Hospital. Caso isto não seja possível,
procurar obter, pelo menos, o recipiente em que o mesmo se encontrava.
2. Terapêutica a ser feita no local:

1º GRUPO
INTOXICAÇÕES EXÔGENAS INATIVADAS PELO
ANTIDOTO MOLTIPLO "A" - "B" ou "A"
SUBSTÂNCIAS MEDICAÇÃO DE URGÊNCIA( no local
de tratamento), conjunta com o
antídoto.
METÁLICAS - Arsênico, mercúrio, B.A.L.
tálio, antimônio, bismuto, cádmio, Ingestão de leite.
chumbo, bário.
ANIÕNICAS - Oxalatos (sal de Ingestão de leite.
azédas), fluoretos.
Cianetos ..................... Hipossulfito de sódio (I.V.).
MEDICAMENTOS ORGANICOS -
Alcolóides, anti-histaminicos.
Analgésicos, antitérmicos.
Hipnóticos (barbitúricos),
tranquilizantes.
INSETICIDAS Atropina (I.M.)
ORGANOFOSFORADOS Inseticidas Não usar leite nem óleos, para os 3
clorados (DDT BHC, etc.). (três) casos.
Raticidas - Warfarina, antu, etc.

SUBSTANCIAS AGRESSIVAS
INGESTÃO
SUBSTÂNCIAS TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA CUIDADOS
ACIDOS Não é aconselhável dar qualquer
medicamento para deglutir, porque
ÁLCALIS e detergentes a deglutição é muito Não aplicar vomitivos ou
FENOIS CRESOIS (Lisol. difícil e por de mais dolorosa e irá lavagem
provocar vômitos , altamente
prejudiciais, porque provocarão
nova irritação do esôfago. Óleo
vegetal (oliva amendoim).

OXIDANTES Leite, suspensão ou mingau de


Água sanitária, farinha.
oxigenada, iodo.
IRRITANTES Leite, suspensão de farinha.
(ver outra tabela).
SOLVENTES E Água. Evitar aspiração
COMBUSTÍVEIS Água. pulmonar dos vômitos.
(Querozene) Queimaduras pelos
FOSFORO vômitos.
Evitar gorduras.

TOXICOS E AGRESSIVOS QUE TORNAM DIFÍCIL


OU INCONVENIENTE A LAVAGEM
SUBSTÂNCIAS INATIVAÇÃO POR INGESTÃO
ÁCIDOS Não é aconselhável dar qualquer medicamento para
deglutir, porque a deglutição é muito difícil e por
demais dolorosa e irá provocar vômitos altamente
prejudiciais, porque provocarão nova irritação do
esôfago.
AGUA SANITÁRIA Hipossulfito de sódio a 10%
ÁLCALIS Não é aconselhável dar qualquer medicamento para
deglutir, porque a deglutição é muito difícil e por
demais dolorosa e irá provocar vômitos altamente
prejudiciais, porque provocarão nova irritação do
esôfago.
ATROPINA Permanganato de potássio a 0,02%.
"COMIGO NINGUÉM PODE" Leite.
DETERGENTES Vinagre diluído a vontade.
ESTRICNINA Iodo diluído.
FORMOL Carbonato de amônio, uréia (2g; 20g para 100 mil).

2º GRUPO
SUBSTANCIAS REMOVIDAS POR PROCESSOS FÍSICOS:
LAVAGEM COM DILUENTES E CARVÃO
SUBSTÂNCIAS LAVAGEM
SOLVENTES ORGÂNICOS Água - não fazer em crianças.
Querozene, gasolina, água ráz, varsol, (Schwartsman)
álcoois superiores.
FENÓIS E CRESÓIS
Lisol, creolina. Óleo vegetal.
TRANQUILIZANTES
Fenotiazínicos, meprobamato. Suspensão de carvão.
BARBITÚRICOS, cloral e cloralose. Suspensão de carvão.
INSETICIDAS CLORADOS Suspensão de carvão.
INSETICIDAS FOSFORADOS Suspensão de carvão.
INSETICIDAS ESPECIAIS + 0 Mg
"Warfarine"
1.080 Suspensão de carvão.

3º GRUPO
SUBSTÂNCIAS INATIVAS POR TÉCNICAS ESPECIAIS
DE LAVAGEM E ANTIDOTOS
SUBSTÂNCIAS SOLUÇÃO DE LAVAGEM
CATIÔNICAS
Arsênico Magnésia com albumina de ovo
mercúrio, antimônio, bismuto Bário Suspensão de carvão.
e chumbo Sulfato de sódio a 2%
Tálio Iodeto de sódio a 1%
ANIÔNICAS Cloreto de cálcio (2,5%)
Oxalatos, fluoretos Soro fisiológico.
Brometos Hipossulfito de sódio a 10%
Cromatos, iodo, cloratos e oxidantes Permanganato de potássio a
Cianetos 0,02% c/bicarbonato
ALCOLOÏDICAS,piramido,antipirina, Iodo diluído ou permanganato de
novalgina, anti-histaminicos. potássio a 0,02%
Aspirina Idem.
FOSFORO Permanganato de potássio a 0,02%
ANILINAS, tintas Permanganato de potássio a 0,02%
SULFONAS Idem.

IV - NORMAS PARA 0 ATENDIMENTO NO HOSPITAL


ACIDO CIANIDRICO
Sinonímia: ácido prússico, nitrila fórmica.
Derivados: cianetos de potássio, de sódio, de mercúrio.
Fisiopatologia: insuficiência respiratória e circulatória. Anoxia histotóxica.
Sintomatologia: Aguda: consulvão tetânica, parada respiratória, cianose
ou palidez, olhos salientes, pupilas dilatadas, espuma sanguinolenta,
morte.
Menor intensidade: vertigem, desfalecimento, vômitos, a principio
estimulo respiratório, depressão, coma e convulsão.

Tratamento:
1. 20 ml de nitrito de sódio a 3% na veia. Colocar o aparelho de
pressão e verificá-la, enquanto se aplica a injeção, que deve ser suspensa
assim que a pressão comece a cair, pois do contrário ocorrerá choque
irreversível.
2. 60 ml de hipossulfito de sódio a 10% na veia.
3. Hidratação com soro glicosado e 25 unidades de ACTH.
4. Tratamento de ordem geral.
5. Azul de metileno a 1% - 50 ml, para adultos.
Nas crianças, fazer 1 mg por quilo de peso.
Como corretivo da meta- hemoglobina formada em excesso pelo nitrito de
sódio.

ACIDOS FORTES
(nítrico, sulfúrico e clorídrico)
Ação corrosiva sobre a mucosa digestiva, da queimadura à carbonização,
perfuração do esôfago e do estômago; a morte pode ocorrer, mais pelo
traumatismo do que pela ação tóxica. Sintomatologia principal: dor
intensa, sialorréia, gengivorragia, edema de língua, boca e faringe.
Colapso periféricoprecoce nas intoxicações maciças.
Complicações: estenose cicatricial do esôfago; síndrome humoral;
hiperazotemia cloropenica, hiperpolipeptidemia, hiperglicemia,
acetonemia; síndrome urinária: corpos cetônicos; albumina, cilindros,
hemátias.

Tratamento:
1. Gargarejos e bochechos balsâmicos.
2. Analgésicos, sedativos e opiáceos contra as dores.
3. Nunca usar sonda, pelo perigo de uma perfuração do esôfago;
não usar bicarbonato, pela formação de CO2 e conseqüente distensão
gástrica, podendo até provocar explosão do estômago.
4. Antibióticos.
5. Corticóides - 100 mg (via intravenosa).
ÁCIDOS OXALICO (principal derivado: tetroxalato de potássio (sal de
azedas, "cala a boca").
Ação: cáustica e excitante do SNC.
Sintomatologia principal: dor, vômitos e diarréia sangüínea. Convulsões,
coma e morte.
Eliminação: através do rim, levando à uremia. Tratamento:
1. Ingestão de solução de cloreto de cálcio a 2,5% ou de leite.
2. Antiespasmódicos para as dores. Sedativos e opiáceos.
3. Gluconato de cálcio a 10% na dose de 10 a 20m1 (via intravenosa).
Atenção: Nunca usar bicarbonato de sódio, pois formaria o oxalato de
sódio, que é altamente tóxico.

ACONITO
Sintomatologia principal: Sialorréia e vômitos. Excitação das terminações
nervosas, seguida de embotamento das sensibilidades térmica, tátil e do
paladar. Convulsões, distúrbios da condução cardíaca, parada
respiratória. Tratamento:
1. Lavagem gástrica com solução de permanganato de potássio a
0,2% ou com solução de iodo diluída (tintura de iodo, segundo a
Farmacopéia, 50 ml diluídos para um litro de água).
2. Tratamento sintomático: Em caso de convulsão, "Valium"10 mg (via
intravenosa). Oxigenoterapia. Respiração artificial.

ÁLCALIS CÁUSTICOS (Soda e potassa cáustica. Amoníaco) Sintomatologia


principal: semelhante à provocada pelos ácidos fortes (ver "Ácidos
Fortes").

ÁLCOOL ETILICO
Ação: depressor da cortex cerebral, dos centros respiratórios medulares,
podendo matar com parada respiratória. Sintomatologia principal:
1a . fase - Face vermelha, olhos brilhantes, fisionomia móvel, idéias se
sucedendo rapidamente, movimentação intensa.
2a . fase - Cefaléia, zumbidos, visão turva, raciocínio lento, disartria,
náuseas e vômitos, desaparecimento do freio moral, alegria ou tristeza
exageradas.
3a fase - Face pálida, veias do pescoço entumecidas, olhos vidrados,
midríase. Reflexos diminuídos ou abolidos. Hipotermia, taquicardia,
taquipnéias.

Tratamento:
1. Lavagem gástrica com água pura.
2. Vitamina B6 - 300 mg (via intravenosa), ou: Piritinol-600mg (3
amp.) em 20 ml de glicose hipertônica a 25% - E.V.
3. Glicose hipertônica a 25%, 40m1 para o adulto e 20 ml para a
criança (via intravenosa).
4. Glicose a 10% (via intravenosa), 1 a 2 litros, adicionada de 100
mg de vitamina B1 (via subcutânea), administrando-se, na ocasião, 20
unidades no adulto e 5-10 unidades na criança (de insulina simples por
via subcutânea).
5. Aquecimento do paciente.
6. Antibiótico.

ÁLCOOL METILICO (carbinol, metanol) Sintomatologia principal:


Vertigem. Excitação inicial, indo até à convulsão, passando à narcose.
Obscurecimento parcial da visão até sua perda, que pode ser
permanente. Midríase, pupilas paradas. Náuseas, intensa dor abdominal.
Respiração tipo Kussmaul, característica da acidose.

Tratamento:
1. Lavar o estômago com água pura;
2. Ingestão de 5-20 ml de álcool etílico (o dobro da dose no caso de
cachaça), de 2/2 ou de 4/4 horas, segundo a gravidade do caso, durante
4 dias. A dose de álcool etílico é de 0,5 ml por quilo de peso corporal.
3. Vitamina B1 - 100 mg por via oral.
4. Nas complicações com acidose metabólica usar: lactato de sódio
1/6 molar ou solução de bicarbonato de sódio 5%, na veia.
5. Barbitúricos, para as convulsões.

ANILINAS (tintas à sua base)


Sintomatologia principal: cianose intensa, dispnéia, formação de meta-
hemoglobina. Perturbações visuais, lassidão muscular, sonolência.

Tratamento:
1. Lavagem gástrica com solução de permanganato de potássio a
0,20%;
2. Solução de azul de metileno na dose de 1 a 2 mg por quilo de peso
corporal no máximo de 50 ml (via intravenosa);
3. Transfusão de concentrado de hemátias; se possível, exsanguino-
transfusão;
Atenção para a insuficiência renal, que pode instalar-se.

ANTI-HISTAMÍNICOS DE SINTESE (derivados da piridina e da pirindidina,


da fenotiazina e da tiazinamina). Sintomatologia principal: curta fase de
excitação inicial, seguida de depressão. Vômitos. Convulsões tônico
- clônicas - epileptiformes. Olhos revirados, pupilas dilatadas, lábios
cianosados, respiração rápida e estertorosa, morte (piridina). Sono
comatoso com baixa temperatura. Confusão mental, delírio, taquicardia,
oligúria, tremores musculares. Reflexos tendinosos um pouco exagerados.
O oposto pode se verificar: agitação, face ansiada, pupilas dilatadas,
pulso rápido, tremores e abalos musculares ("Fenergan").
Sintomatologia consequente à ação espasmolítica atropinica: secura da
boca, vermelhidão da face, das mucosas, midríase (tiazinamina).
Tratamento:
1. Não há antídoto específico. Lavagem gástrica com tanino a 4% ou
tintura de iodo a 4%.
2. Cuidados gerais e tratamento idêntico ao usado para os
barbitúricos.

ANTIMÔNIO (compostos: tártaro emérico, quermes mineral)


Ação: irritativa sobre as mucosas digestivas e eletiva sobre o SNC.
Sintomatologia: aumento das secreções gástricas, intestinal, pancreática,
hepática, salivar e brônquica. Vômitos por esta ação e pela ação sobre o
SNC, provocando violentas contrações gástricas. Colapso periférico. Morte
em coma entrecortado de convulsões.
Tratamento:
1. Antídoto múltiplo: A - magnésia calcinada, 88g e carvão animal,
44g para 250m1 de água.
2. BAL - via IM - 4 mg/kg de peso - no 1º dia de 4/4 hs., no 2º de 6/6,
no 3º de 8/8 e no 4º de 12/12hs.
3. Hidratação intensa. Não esquecer de ministrar o potássio (cloreto de
potássio a 10%), pela grande depleção conseqüente aos vômitos.

ANTIPIRÉTICOS, ANALGÉSICOS, ANTINEVRALGICOS


1 - Aspirina e salicilatos
Sintomatologia principal: taquipnéia, sudorese, hipertermia,
hiperexcitabilidade, seguindo-se torpor, coma com períodos de agitação,
alucinação e delírio. Vômitos, desidratação hipertônica, alcalose
respiratória, acidose metabólica, hiperglicemia, cetonúria, glicosúria.

Tratamento:
1. Lavagem gástrica com solução de bicarbonato de sódio a 5% ou
permanganato de potássio a 1:5000.
2. Solução de bicarbonato de sódio a 5% (ou lactato de sódio 1/6
molar), controlando-se o pH urinário com indicador universal. Abaixo do
pH 7, dar bicarbonato; acima de pH 8, suspender.
3. Correção dos distúrbios hidreletroliticos e metabólicos.
4. Diálise artificial.
5. "Kanakion" ou similar em casos de hemorragia

11 - Antipirina e fenacetina:
Sintomatologia principal: distúrbios gastrintestinais, meta-
hemoglobinemia, anemia hemolítica, lesões hepáticas e renais.

Tratamento:
1. Lavagem gástrica.
2. Tratar a meta-hemoglobinemia: azul de metileno, vitamina C,
transfusões de sangue, exsangüino-transfusão.
3. Tratar a anemia hemolitica: sangue e antibióticos.
4. Correção dos distúrbios hidreletroliticos.
5. Controle de uma possível lesão hepática e renal.

ARSÊNICO (intoxicação por ingestão: medicamentos, raticidas,


inseticidas)
O arsénico é atóxico em estado de pureza, mas seus derivados são
tóxicos.
E absorvido pela mucosa digestiva e eliminado pela urina, fezes e grande
parte pelos vômitos que acarreta. Sintomatologia: secura das mucosas,
disfagia, náuseas e vômitos intensos, cólicas violentas, diarréia
sanguinolenta, grande desidratação. Lesões hepáticas, renais e
manifestações neurológicas freqüentes. Estado de choque e morte.
A "Arsina" é o único arsenical que determina anemia hemolítica, icterícia e
hemoglobinúria.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com água pura ou com magnésia calcinada ou
com carvão em suspensão, antes do aparecimento dos vômitos.
2. BAL - na dose de 2,5 mg/kg de peso corporal de 4/4 horas,
durante as primeiras 48 horas e depois de 6/6 horas no 34 dia e,
finalmente, de 12/12 horas no 4o dia.
3. Combate à desidratação, que é intensa. Não esquecer de verificar
os níveis do potássio sangtiineo.
4. Analgésicos e sedativos.
5. "Plasil" ou "Eucil" para os vômitos.
Atenção: Mesmo em casos leves, deixar o paciente internado pelo menos
24 horas, por causa da sintomatologia que pode vir a apresentar.

BARBITÚRICOS
Sintomatologia principal
Estado preliminar: lembra a embriaguez - excitação, incoordenação,
marcha oscilante, fase depressiva, sonolência, coma.
Estado de coma: hipotonia e insensibilidade; fáceis variável, ou tranqüilo
ou agitado, vultoso, sudorese abundante. Reflexos osteotendinosos e
cutâneos diminuídos ou abolidos; pupilas: normais ou midríase, o
aparecimento de miose é grave. Respiração profunda e estertorosa, ritmo
de Cheyne-Stokes. Estertores brônquicos, crepitantes, edema . pulmonar
agudo. Hipotensão arterial colapso periférico
Temperatura normal, quando baixa é grave. Morte.
Graus dos comas para facilitar a indicação terapêutica:

Grau 0 - Adormecido. Responde aos estímulos dolorosos. Reflexos


profundos normais.
Grau 1 - Coma. Responde aos estímulos dolorosos. Reflexos profundos
normais.
Grau 2 - Coma. Não responde aos estímulos dolorosos. Reflexos
profundos diminuídos ou normais.
Grau 3 - Coma. Não responde aos estímulos dolorosos. Reflexos
profundos abolidos.
Grau 4 - Coma. Não responde aos estímulos dolorosos. Reflexos
profundos abolidos. Depressão respiratória, choque, cianose.

1. Tratamento em sala de Emergência, para os graus 0 e 1:


a - Lavagem gástrica;
b - Hidratação;
c - Vigiar o aparelho respiratório, manter as vias aéreas desobstruídas,
usar a oxigenoterapia;
d - Cateterismo vesical;
e - Manito, 100 ml a 20%.

2. Tratamento em C.T.I. para os graus 2 a 4;


a - Sonda nasogástrica;
b - Cateterismo vesical de demora;
c - Intubação orotraqueal;
d - Aspiração da secreção traqueobrónquica de 4/4 hs. ou mais amiudo,
se necessário;
e - Respiração artificial positiva intermitente, nas depressões
respiratórias, broncoespasmos, bacteriemias;
f - Umidificação das vias aéreas, usando macronebulizador, com água
destilada preferentemente ou com soro fisiológico. Nos pacientes sob
prótese deve ser usado o micronebulizador;
g - Diurese osmótica: Manitol - 100 ml a 20% de 6/6 horas. Não devem
ser usados outros diuréticos; além da pequena utilidade no quadro, ainda
provocam grande depleção de potássio:
h - Alcalinização: bicarbonato de sódio a 8,4% (2 a 4 mEq/Kg/dia),
controlando o pH urinário.
i - Mudanças de decúbito;
j - Balanço hídrico;
l - Diurese horária
m - TPR, PA, de 4/4 hs.
n - Cuidados gerais de enfermagem, chamando a atenção para o curativo
oclusivo do globo ocular, a fim de previnir ulcerações de córnea.

3. Tratamento das complicações:


a - Antibioticoterapia.
b - Diálise peritonial, nos casos em que não se consegue resultado com o
uso da diurese osmótica alcalina. Isto ocorre principalmente nas
intoxicações por barbitúricos de pK elevado ou quando a percentagem da
ligação de proteína é alta. Também nas intoxicações graves por
associações com outros tóxicos. Contra indicada nos pacientes que não
possam sofrer carga hídrica: I.C.C., Ascites, Hepatopatias
descompensadas.
c - Hemodiálise: a ser usada nas complicações em que haja contra-
indicação da diálise peritonial, no choque, nas grandes depressões
respiratórias.

BELADONA - MEIMENDRO - ESTRAMÔNIO (alcalóides, atropina,


hiosciamina e escopolamina e + a solanina e a datura). Fisiologia
patológica: bloqueiam o parassimpático. Em doses altas, a atropina e a
hiosciamina excitam o SNC (alucinações) enquanto a escopolamina seda o
SNC. Sintomatologia: secura das mucosas, sêde intensa, deglutição e fala
difíceis, midriase acentuada, sem reação à luz e à acomodação, com
transtornos visuais; pele sêca, verme - lha, febre, taquicardia, taquipnéia,
confusão mental, agitação e convulsão. Delírio (beladona: alegre;
meimendro: calmo e estramônio: furioso).
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com solução de permanganato de potássio a
0,2%o (neste caso, deve-se continuar lavando o estômago, enquanto a
solução sair castanha).
2. Para convulsões e agitações administrar, por via intravenosa, 10 mg
de "Valium".
3. Usar colírios de policarpina.

BERILO (sinonimia: glicinio).


Sintomatologia: manifestações dérmicas e oculares causadas pela fumaça
ou poeira dos sais de berilo. Dermatite eczema tosa aguda, ulcerações na
pele pela implantação dos sais de berilo. Conjuntivites, úlceras e
queimaduras da córnea e da conjuntiva. Pneumonia química: dor
torácica, dispnéia, tosse, cianose. Rinites, Laringites, Traqueítes e
Bronquites de natureza alérgica.

Tratamento:
1. Remoção imediata do paciente do local em que se expõe sais de
berilo.
2. Nos casos de úlceras, retirar os sais de berilo, por meio de
curetagens ou excisões.
3. Anti-histamínicos por via oral e local. Pomada de magnésio (óxido)
a 2 %.
4. Irrigação dos olhos com colírio de óxido de magnésio a 0,5% e na
sua falta com solutos alcalinos, como bicarbonato de sódio e água
boricada. Antibióticos oftálmicos. Óculos escuros.

BORAX (ACIDO BÓRICO)


Sintomatologia principal:eritema e esfoliação da pele. Erupções do tipo
papuloso, pustuloso, urticariforme, psoriático (psoríase bórica). Diarréia,
vômitos, lombalgia acompanhada de hematúria, albuminúria, excitação
psíquica, prostração e choque.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com água pura.
2. Em seguida, administração de purgativo salino, 30 a 40g.
3. Hidratação e tratamento sintomático.
4. No caso de convulsões 10 mg de "Valium", por via intravenosa.
5. Pomada de cortisona e anti-histamínicos para as lesões esfoliativas
da pele.
6. Em casos graves, a medida de escolha é a diálise peritoneal.

BENZENO (e seus derivados, toluol e xilol)


O benzeno é o benzol C6 H6 - não confundi-lo com a benzina, derivado do
petróleo.
Sintomatologia: (da intoxicação aguda): os vapores de benzeno, quando
inalados, atuam sobre o SNC ocasionando: excitação inicial, seguida de
depressão, asfixia e morte em depressão respiratória. Vertigens,
tremores, delírios, convulsões.

Tratamento:
1. Aspiração: remover o doente do ambiente contaminado;respiração
artificial oxigênio.
2. Na ingestão:
1 - lavagem gástrica com muita cautela; evitar simpatomimêticos;
observar uma possível anemia aplástica. E interessante separar as duas
maneiras de intoxicação pelo benzeno; não temos muito entusiasmo pela
lavagem gástrica nestes casos e contra-indicamos, formalmente, o uso
de medi das emetizantes. E importante chamar a atenção sobre a
principal conseqüência da intoxicação por este produto: anemia aplástica.

BROMETOS
Sintomatologia principal: pela sua ação depressora sobre o SNC,
ocasionam sensação de esmorecimento, astenia, sono, raramente coma.
Tratamento:
1. Cloreto de sódio, 1 g de hora em hora, por via oral, a fim de o cloro
administrado provocar o deslocamento do bromo, que será eliminado pela
urina.
3. Diuréticos mercuriais; rim artificial, se necessário.

CÂNFORA (dose tóxica: 1 a 3 g)


Sintomatologia principal: Excitante do sistema nervoso central, cerebral e
medular. Alucinações visuais, congestão da face, agitação e convulsões.
Sensação de queimadura do esôfago e do estômago, vômitos, sudorese,
zumbidos, ambliopia, vertigens, tremores dos lábios, abalos musculares,
acessosepileptiformes, paralisias, anestesia e coma. Parada respiratória,
levando à morte.

Tratamento:
1. Lavagem gástrica com permanganato de potássio a 0,2/mil ou
solução de iodo diluído a 1/250 ou solução de tanino a 4%. 2.
Barbitúricos, via IM ou mesmo IV.
3. Tratamento do choque. Hidratação adequada.

CHUMBO
As intoxicações agudas são mais freqüentes pela ingestão de loções
"schampoo" à base de chumbo. As intoxicações crônicas são freqüentes
nos tipógrafos.
Sintomatologia da intoxicação aguda: calafrios, gosto metálico, náuseas,
vômitos, dores abdominais, algumas vezes diarréia, seguida de
constipação. Anemia com hemoglobinúria. Oligúria.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com solução de sulfato de magnésio ou de sódio
a 20%.
2. Administrar, por via oral, comprimido de 50 mg de versenato cálcico
de sódio.
3. Administrar, por via intravenosa, soro glicosado com verse nato
cálcico de sódio, na dose de 35 a 40 mg/kg. nas 24 horas, durante 5 dias.
4. BAL - tem efeitos inferiores ao EDTA - 3 a 4 mg por kg 12/ 12 horas
- via IM - durante 10 dias.
5. Administrar gluconato de cálcio a 10% (via intravenosa), de 12 em
12 horas.
6. Promover diurese com manitol.
7. Administrar antiespasmódicos para aliviar as dores: atropina ou
papaverina.

CLORAL (hidrato de cloral ou aldeído tricloracético) - Dose tóxica: na


criança 0,25 a 0,50 g; no adulto: 2 a 3 g por vez.
Sintomatologia da intoxicação aguda: sonolência, passando ao sono
pesadelo nos casos leves e ao coma nos graves.Reflexos diminuídos ou
abolidos. Bradipneia, podendo passar ao Cheyne Stokes.
Hipotensão arterial; bradicardia, parada cardíaca. Hipotermina e cianose.
Tratamento:
1. Diurese osmótica (soro glicosado mais manitol).

CLORO E DERIVADOS
a - Vapores: cloro, clorocetofenona (gás lacrimejante);
b - Líquidos: água sanitária, hipoclorina, (liquido de Dakin).
Sintomatologia: Intoxicação por inalação: irritação das vias aéreas
superiores tosse, dispnéia, cianose, sensação de asfixia e até edema
pulmonar agudo.
Intoxicação por ingestão: irritação das mucosas digestivas, dor e ardor,
sialorréia, vômitos mucosos, muito raramente - sanguinolentos.

Tratamento:
1. Nos casos de inalação: retirar o paciente do ambiente contaminado,
medicar sintomaticamente.
2. Nos casos de ingestão: ingestão de solução de hipossulfito de sódio
a 10%. Ingestão posterior de óleo vegetal.
3. Antibióticos e corticóides.

COCAINA
Sintomatologia: euforia, sensação de vigor, audácia, resistência,
atividade. Lucidez excepcional, gesticulação, palavra fácil; a primeira vez
que se aspira cocaína, há sensação de náuseas e vômitos.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com solução de tanino a 4% ou com solução
diluída de iodo (50 ml de tintura de iodo, segundo a Farmacopéia, diluída
a 1 litro com água).
2. Tratamento sintomático.

"COMIGO NINGUÉM PODE": Vegetal (fam. Aráceas, gen.Dieffenbacchia)


Sintomatologia principal: ardor das mucosas digestivas. Sialorréia.
Edema, às vezes muito acentuado, dos lábios e da língua.
Tratamento:
1. Ingestão de leite.
2. Ingestão de óleos vegetais.
3. Anti-histaminicos (vias injetáveis e oral).
4. Administração intravenosa de gluconato de cálcio a 10% na dose
de 10 ml para o adulto e 5 ml para a criança.

CURARE E CURARIZANTES DE SINTESE


Sintomatologia principal: paralisia muscular, ptose e distúrbios de
acomodação visual, queda da cabeça, paralisia respiratória; efeito
histaminico apreciável. Hipotensão e bradicardia moderada.
Tratamento:
1. Ministrar eserina e prostigmine por via intramuscular; são seus
antídotos.

DETERGENTES
- Os detergentes são sabões e possuem ação irritativa sobre as mucosas
com que entram em contato.
Sintomatologia: dor e sensação de queimadura das mucosas do aparelho
digestivo. Vômitos. Sialorréia. Diarréia.

Tratamento:
1. Lavagem gástrica copiosa com leite ou vinagre medicinal.
2. Tratamento de ordem geral: antivomitivos e hidratação.

DIGITAL
Sintomatologia principal:
1. Distúrbios gastrintestinais: anorexia, náuseas, vômito e diarréia.
2. Distúrbios visuais: visão colorida, amarela, verde, cinzenta
3. Distúrbios do ritmo cardíaco: bigeminismo, aumento da condução a-
v, excessiva lentidão do pulso, taquicardia paroxistica, fibrilação
ventricular, pulso alternante, bloqueios parciais ou totais.
4. Outros distúrbios: cefaléias, nevralgias (Terço inferior da face,
mandíbula, terço superior dos membros superiores, região lombar e
panturrilhas), eosinofilia por vagotonia acelerada, alergia, tromboses;
5. ECG = QT estreito, ST desnivelado (colher de pedreiro), PR
alongado e T invertido.

Tratamento:
1. Suspensão da medicação.
2. Cloreto de potássio: crianças: 3 mEq/kg de peso, nas 24 horas,
fazer 2 cm 3 por kg de peso nas 24 hs. (1amp. de 10 cm 3 a 10% =
13,4 mEq = 1 g), de mistura com glicose isotônica a 5% gota a gota na
veia. Adulto: 2 a 3 amp. nas 24 horas. Por via oral: 250 cm 3 de
laranjada = 9 a 10 mEq.
3. Bradicardia digitálica - sulfato de atropina - 0,5 a 1 mg IM.
4. Extrassistolia com participação digitálica: fenil hidantoina - 100 mg
de 6/6 hs. V.O. ou 100 a 250 mg EV.
ESTIMULANTES PSIQUICOS (Benzedrina, anfetamina)
Sintomatologia principal: excitação psíquica, taquicardia, arritmia,
discreto aumento da tensão arterial. Animação, gesticulação, palavra
fácil.
Tratamento:
1. Barbitúricos, via intramuscular ou intravenosa, de acordo com o
caso.
2. Aumentar a diurese com o uso de manitol.

ESTRICNINA
Atualmente, seu principal emprego é como raticida.
Ação: tetanizante por aumento da excitabilidade reflexa. Sintomatologia:
contrações tetânicas, opistótono, abalos e contrações musculares,
espasmódicas, principalmente das panturrilhas. Hiperreflexia.
Acessos convulsivos, riso sardônico, trismo. A morte pode surgir no
decurso de um acesso.

Tratamento:
1. Paciente atendido antes do período convulsivo:Lavagem gástrica
com solução de tanino a 4% ou solução de tintura de iodo a 4%.
Sedativos e barbitúricos.
2. Paciente atendido depois da convulsão: barbitúricos por via
intravenosa (tionembutal, amital sódico), até relaxamento muscular e
sono. Repouso, silêncio e quarto escuro, evitando qualquer estimulo, de
qualquer natureza.

ÉTER
Sintomatologia principal: nos casos de ingestão, assemelha-se muito ao
alcoolismo. Náuseas, vômitos, excitação psiquica, euforia, passando a
depressão com crises de choro, melancolia, sinais de coma profundo.
Nos casos de inalação (uso de lança-perfume), a morte pode sobrevir nos
momentos iniciais: o paciente torna-se pálido, o pulso desaparece, o
coração pára em diástole, é a sincope cardíaca primitiva. Pode ocorrer
analgesia, excitação, delírio, sono, anestesia, depressão bulbar e morte.
Distúrbio-circulatórios e respiratórios, desaparecimento do reflexo - óculo-
palpebral, midríase, cianose, colapso respiratório ou circulatório.
Tratamento: semelhante ao da intoxicação alcoólica.

FENOIS E CRESOIS
(Sinonímia: ácido fênico, ácido carbônico e fenol). Derivados: creolina,
cresol, creosoto, tricresol, guaiacol e lisol.

Sintomatologia principal:
a) Pela ação corrosiva do tóxico: dor, ardor, vômitos sanguinolentos e
mucosos, com cheiro característico de ácido fênico.
b) Sinais cerebrais e respiratórios: excitação psicomotora, convulsões
parciais, coma profundo, palidez, cianose, sudorese, hipotensão arterial,
sincope respiratória e morte.
c) Quadro humoral: hiperconcentração sanguínea e renal, oligúria e
anuria.

FENOL
Tratamento:
1. Ingestão de óleo vegetal.
2. Para adultos - drástico - Sulfato de sódio a 10%.
3. Para a dor: leite, albumina ou mucilagem como emoliente.
4. Analépticos cardio-respiratórios.
5. Vigiar o rim, pela possibilidade de insuficiência renal. Manter o
paciente internado pelo menos 96 horas.

FÓSFORO
O fósforo vermelho é atóxico, sendo o branco venenoso. Sintomatologia
principal: epigastralgia intensa, vômitos com cheiro aliáceo, cefalalgia.
O material vomitado, no escuro, torna-se fosforecente. Diarréia profusa,
cólica e tenesmo retal; oligúria, albuminúria e hematúria. Delírio,
excitação, convulsão, podendo surgir a morte por colapso cardiovascular.

Tratamento:
1. Lavagem gástrica com permanganato de potássio a 0,2%,ou com
sulfato de cobre a 5%.
2. Emese com solução de sulfato de cobre a 2%.
3. Administração de purgativo salino, sulfato de sódio, 30 a 40 g.
4. Hidratação e tratamento sintomático.
5. Atender à defesa da célula hepática, através da administração de
glicose e alimentação rica em carboidratos.
6. Observação do paciente no mínimo por 96 horas. O quadro da
intoxicação pelo fósforo é complexo, exigindo internação para uma
conduta terapêutica conveniente.
Atenção: não devem ser usadas substâncias oleosas nas lavagens
gástricas, bem como o uso de ovos e leite, porque favorecem a absorção
do fósforo.

INSETICIDAS CLORADOS (Tipos "Aldrin", DDT e BHC)


Formas de intoxicação: inalação e ingestão, esta mais grave, porque o
veiculo é o querozene.
Ação sobre o SNC: hiperexcitabilidade, tremores,convulsões, dores
musculares, prostração, que pode durar semanas.
Ação sobre o aparelho digestivo, pela ação do querozene. Complicação
tardia: lesões degenerativas do fígado.

Tratamento:
a) Tipo "Aldrin": Lavagem gástrica com permanganato de potássio a
0,2/mil.
b) Tipos DDT e BHC: Lavagem gástrica com carvão ativado.
c) Geral a todos os grupos:
1. Sulfato de magnésio - 30g.
2. Gluconato de cálcio na veia - 10 cm 3 a 10%.
3, Barbitúricos de ação rápida na veia.
4. Contra-indicar formalmente a morfina e as catecolaminas.

INSETICIDAS ORGANOFOSFORADOS
Ação: inibem a acetilcolinesterase – acetilcolina livre- efeitos muscarinicos
e nicotinicos sõbre o sistema nervoso central.
Sintomatologia: baseada na observação dos casos atendidos no C.T.I. do
H.M. Souza Aguiar:
Miose 98%, Broncoplegia 91%, Dispnéa 83%, Insuficiência respiratória
80%, Cianose, náuseas e vômitos 42% e outras em menor proporção.
Tratamento:
1. Higiene do paciente: remoção das roupas, lavagem do corpo com
água e sabão, usando luvas porque o tóxico atravessa a pele Integra. O
álcool é um bom solvente dos organofosfora dos. Administração de leite e
água. Indução ao vômito. Lavagem gástrica com magnesia calcinada.
2. Combater a insuficiência respiratória:
02 por cateter nasal. Entubação oro-traqueal. Aspiração das secreções.
Respiração artificial (PPI).
3. Medicamentos:
a) Sintomático: para os efeitos muscarinicos - atropina. Intoxicação
moderada: 1-2 mg EV de h/h, até o aparecimento de sintomas de
atropinização, traduzidos por pulso maior que 140 batimentos, boca seca
e midriase. Intoxicação grave: 2:4 mg EV de h/h até atropinização. Do se
letal mínima = 120 mg. Manter a atropinização por 24 a 48 hs.
b) Especifico: para os efeitos nicotinicos - pralidoxina(Contratihon).
Administrar antes de decorridas 24 hs, 10 a 20 mg/kg. Do se média eficaz
1-2 g EV em infusão continua, precocemente nas 24 hs. Cuidado com a
superdose = similar a intoxicação.
4. Outras medidas: evitar morfina, aminofilina, teofilina, fenotiazínicos,
anti-depressivos e sulfonas. Reposição hidroeletrolítica. Nas convulsões /
tremores - barbitúricos, fenilhidantoina, diazepinicos.

IODO (usado principalmente como tintura)


Sintomatologia principal: adstringente e irritante das mucosas
queimadura e constrição das mucosas, vômitos, sialorréia, cólicas.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com hipossulfito de sódio a 10% ou com água
amidonada a 2,5%.
2. Ingestão de substância oleosa: vaselina liquida, glicerina.
MERCORIO (derivados: oxicianeto e bicloreto)
Ação: rapidamente absorvido pela via digestiva, provocando lesões no
tubo digestivo e nos rins.
Sintomatologia: dor abdominal intensa e sensação de queima dura,
vômitos e diarréia muco-sanguinolentos, desidratação e cloropenia.
Até o 3º ou 4º dia, cessa a enterocolite, começa a estomatite, assim
como os fenômenos renais: degeneração tubular (tumefação turva,
degeneração hialina, degeneração gordanecro se de coagulação).
Hiperazotemia, hipercreatinemia, hipocloremia e acidose,oligúria e anúria.
Restabelecendo-se a diurese 3 a 41. por dia, baixa concentração,
hemátias, albumina e cilindros. Po de ocorrer delírio, torpor e morte.
Tratamento:
1. Ingestão de antídoto sulfídrico ou albumina de ovo (4 claras/1 litro
de água).

2. Sulfato de sódio - 30 g.
3. BAL - 2,5 a 4 mg/kg de peso de 4/4 hs. por 48 hs, de 6/6 hs.
geralmente o suficiente; pode, no entanto, ainda ser usado, de 8/8 hs. +
24 hs. e de 12/12 hs. + 24 hs.
4. Hidratação adequada. Diurese forçada: manitol a 20% em tôrno de
250 cm 3.
5. Não combater os vômitos, diarréia e a sialorréia, uma vez instalada
a anúria, obrigando a paciente a cuspir, não engolindo a saliva.
6. Bochechos com sulfeto de sódio a l/mil - ingerindo 1 c/sopa de 3/3
hs.
7. Diálise extrarrenal.
8. A alta só pode ser dada ao fim de 1 semana, nunca antes, para
poder ser controlado o rim.

MONOXIDO DE CARBONO - CO Forma de intoxicação: inalação


Fisiopatologia: CO + Hb = CO Hb (carboxi-hemoglobina), estável =
anoxia.
Sintomatologia- cefaléia, tonteiras, náuseas, vômitos, grande astenia
muscular, principalmente dos membros inferiores. Dispnéia, asfixia, coma
e morte.
Tratamento:
1. Retirar o paciente do ambiente contaminado.
2. Sangria larga, seguida de equivalente reposição sanguínea.
3. Exsanguineo transfusão nos casos graves (somente em C.T.I.).

MORFINA E ANALGÉSICOS DE SÍNTESE


Sintomatologia: Em doses terapêuticas, exercem ação depressiva. Em
intoxicação, acarretam breve fase de excitação com delírio, seguindo-se
sonolência, diminuição e abolição dos reflexos, bradipnéia seguida de
Cheyne-Stokes, aceleração e posterior inconstância do pulso, arritmia,
que pode chegar ao flutter, transpiração, hipotermia, cianose e
convulsões inconstantes.
Tratamento:
1. Em caso de ingestão - lavagem gástrica com solução de tanino a
4% ou permanganato de potássio a 0,2/mil ou solução de tintura de iodo
a 4/mil.
2. Sulfato de sódio - 30 g.
3. "Lorfan" (ampolas de 1 mg por cm 3),

NAFTALINA (é o naftaleno, de fórmula C1oH8). Sintomatologia: náuseas e


diarréia, mais raramente vômitos. Agitação e delírio acompanhados de
tremor, ou o inverso , prostração e adinamia. Disúria, anúria transitória,
urina de cor castanha pela presença de sangue. Palidez, algumas vê zes
cianose e raramente icterícia, que seria hemolítica. Tratamento:
1. Emese com água morna.
2. Ingestão de óleo minerol.
3. Purgativo salino - 30 g.
4. Nunca ministrar soluções oleosas vegetais, que favorecem a
absorção de naftalina.

NEUROPLEGICOS (Clopromazina)
Sintomatologia: aceleração do pulso nas primeiras horas, relaxando-se
depois, abaixamento da tensão arterial, principal mente em relação à
máxima. Respiração profunda. Poliúria, sonolência, dor de cabeça, fadiga,
sensação de joelhos bambos, lipotimia, palidez. Tratamento:
1. Lavagem gástrica com permanganato de potássio a 0,2/mil ou
bicarbonato de sódio a 4%.
2. Carvão ativado.
3. Purgativo salino - 30 g.
4. Aminofilina, por via venosa.
5. Diurese osmótica.

PERMANGANATO DE POTÁSSIO
Ação: caústico e depressor do SNC.
Sintomatologia: contrição das mucosas, dor e ardor. Coloração violácea
das mucosas que entram em contato com o tóxico. Colapso periférico,
morte em parada respiratória ou cardíaca.
Tratamento:
1. Quando o tóxico é ingerido em solução: ingestão de 1 c/sopa de
hipossulfito de sódio a 10% em 1 copo de água.
2. Quando o tóxico é ingerido em substância: lavagem gástrica com
hipossulfito de sódio a 10%, só parando quando não mais sairem
partículas escuras.
3. Observar a possível formação de meta-hemoglobinemia, nestes
casos aplicar 50 ml de azul de metileno a 1%.

PETRÓLEO (derivados: benzina, gasolina, querozene) Vias de penetração:


respiratória, oral e cutânea. Formas de intoxicação:
a - Superaguda: perda de consciência, convulsões, asfixia e morte.
b - Aguda: cefaléia, tonteiras, náuseas, vômitos, torpor, coma,
alucinações, convulsões, asfixia e morte. Manifestações cárdio-
respiratórias: dispnéia, cianose, asfixia, hipotensão arterial, colapso,
edema pulmonar agudo.
Complicações pulmonares: Pneumonia - na aspiração, há deposição
de finas gotículas de petróleo no alvéolo; na ingestão, há irritação
alveolar ao ser o petróleo eliminado pelos pulmões.
c - Leve: astenia, cefaléia, euforia.
d - Crônica: lesões cutâneas de hiperqueratose.

Tratamento:
1. Lavagem gástrica e eméticos, formalmente contra-indicados.
Grande possibilidade de broncoaspiração que agravará sobre modo o
quadro.
2. Antibióticos sempre, a fim de evitar a pneumonia que se instala com
brevidade.
3. Corticóide - 50-100 mg, por via intravenosa.
4. Oxigênio.

TÁLIO (entra na composição de raticidas e de depilatórios)


Sintomatologia:
1a fase: três primeiros dias: dor abdominal intensa, paroxistica. Vômitos
e diarréia. Hemorragia digestiva. Inicio da descamação das mucosas.
2a fase: do 34 aos 15 dias (ainda considerada como aguda). Estomatites,
queda dos pelos do corpo e dos cabelos. Parestesias das mãos e dos pés,
instalação da polineuropatia periférica. Mioclonias.

Tratamento:
1. Lavagem gástrica com água pura.
2. Purgativo salino 30 g.
3. Antiespasmódicos e sedativos.
4. Alcalinos.
5. Hidratação.

TETRACLORETO DE CARBONO (tetraclorometano)


Sintomatologia: nos casos de inalação, o diagnóstico pode ser feito pelo
odor característico do vômito. Vertigens,náuseas, vômitos, dor na nuca,
cefaléia, astenia,inconsciência, parestesias, torpor, sialorréia intensa. A
morte pode sobre vir em insuficiência respiratória ou circulatória. Uma
sindrome hepato-renal costuma aparecer 3 a 10 dias após a exposição ao
tóxico, associada à hipertensão arterial e alterações respiratórias, edema
pulmonar agudo.

Tratamento:
1. Nos casos de inalação, retirada imediata do paciente do local em
que se expõe ao tóxico. Respiração artificial, oxigênio.
2. Nos casos de ingestão:
a) Intubação com óleo mineral e retirada do óleo por sifonagem.
b) Não ministrar leite ou qualquer alimento gorduroso.
c) Hidratação adequada com grande predominância de glicose a 5%.

V - MEDIDAS POSTERIORES, a serem tomadas:


1. Todo paciente atendido no Setor de Toxicologia deve
posteriormente, ser matriculado no ambulatório de Clínica Médica: em se
tratando de tentativa de suicídio, encaminhar, também, à Psiquiatria.
2. Fazer o entrosamento do Setor de Toxicologia com o Serviço Social,
para a assistência julgada necessária.

Publicada em D.O.RIO, de 21.11.1977, p.05.

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