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RESOLVE
ANEXO I
NORMAS PARA 0 TRATAMENTO DAS
TOXICOSES EXÓGENAS SUMÁRIO
I - MEDICAMENTOS NECESSÁRIOS:
1. No Hospital:
Medicação para uso externo
Medicação para uso interno
I - MEDICAMENTOS NECESSÁRIOS:
1. No Hospital:
Medicação para uso externo:
1. Antibióticos: Cloranfenical, penicilina e terramicina.
2. Antídotos: Contrathion (metil- sulffometilato do alfapiridilaldoxima)
antagônico dos inseticidas fosforados.
2.2 Demetal (BAL) - "British anti-lewisite" - antagônico dos metais
pesados.
2.3 Lorfan - tartarato de lavallorphan - anti-narcótico.
3. Atropina - sulfato de (ampola de 1/4 mg).
4. Azul de metileno a 1%.
5. Barbitúrico:
5.1 venoso
5.2 intramuscular
6. Cloreto de potássio a 10%.
7. Colírio.
7.1 de clorofenicol
7.2 de cocaína a 2%
7.3 de cortisona
7.4 pomada oftálmica, qualquer.
8. Fenergan.
9. Gluconato de cálcio 10%.
10. Hipossulfito de sódio a 10%.
11. Insulina regular.
12. Kanakion ou similar.
13. Lactato de sódio 1/6 molar.
14. Manitol a 20% - (frascos de 50 e 200 ml).
15. Niquetamida ou similar.
16. Nitrito de sódio a 3%.
17. Oxido de magnésio.
17.1 Colírio de óxido de magnésio a 0,5%
17.2 Pomada: óxido de magnésio 0,4
vaselina )
lanolina ) 10,0
18. Soros.
18.1 Bicarbonatado de sódio a 8,4%.
18.2 Cloretado hipertônico a 20% .
18.3 Fisiológico.
18.4 Glicosado hipertônico.
18.5 Glicosado a 5%.
19. Piritinol.
20. Valium - 10 mg - amp. 2ml.
21. Vitamina B - (adermina).
Medicação para uso interno:
1. Acido acético glacial a 6.0/mil
-(vinagre medicinal).
2. Amido em pó.
3. Antídotos.
3.1 - Múltiplo A:
Magnésia calcinada - 88g.
Carvão animal - 44g.
3.2 Múltiplo B:
Solução saturada de sulfato ferroso
3.3 Sulfídrico.
4. Carvão animal.
5. Carvão vegetal.
6. Citrato de sódio - 4g.
Bitartarato de potássio - 2g.
Agua - 1.000 ml.
7. Cloreto de cálcio a 2,5% - solução
8. Leite de magnésia.
9. Leite em pó.
10. Magnésia calcinada.
11. Óleo mineral.
12. Óleo vegetal.
13. Pepsamar gel ou similar.
14. Sulfato de cobre a 0,5%, solução.
15. Sulfato de magnésio, pó.
16. Sulfato de sódio, pó.
17. Tintura de iodo diluída a 4/mil.
18. Versenato cálcico de sódio - comp. 500 mg.
19. Permanganato de potássio a 0,02%.
2. Medicação a ser levada na ambulância: (uso externo).
1. Atropina - 6 ampolas.
2. Demetal - 2 ampolas.
3. Gluconato de cálcio a 10% - 2 ampolas.
4. Hipossulfito de sódio a 10% - 2 ampolas.
1. Antídoto múltiplo A.
2. Antídoto múltiplo B.
3. Cloreto de cálcio a 2,5% - 1 litro.
4. Permanganato de potássio a 0,20% - 1 litro.
5. Sulfato de sódio - pó - 40 g.
6. Leite em pó.
7. Magnésia calcinada.
8. óleo mineral.
SINAIS URINÁRIOS:
Anúria: mercúrio e sulfamidicos. Urinas verdes: ácido fênico.
Cor rosa em contacto com ácido azótico: fenergan.
Odor de violeta: terebentina ou eucaliptol.
SINAIS HEMATOLÓGICOS:
Anemia: fósforo, arsênico, benzol, chumbo.
Anemia hemolítica: fava, naftalina, criogenina, sulfamídicos, anilina,
hidrocarburetos.
Agranulocitose: sulfamidicos. Síndrome hemorrágica: benzol.
Meta-hemoglobinemia: sulfamídicos, nitritos, cromatos, clorato de
potássio, acetanilida.
SINAIS CARDIOVASCULARES:
Distúrbios do ritmo: digital e seus derivados.
SINAIS RESPIRATÓRIOS:
Hiperpinéia primitiva: salicilicos.
Bradipnéia: ópio e derivados, monóxido de carbono, hipnóticos,
inseticidas, intoxicação grave pelo veneno do escorpião.
Asfixia com edema pulmonar: gases tóxicos, vapores nitrosos.
SINAIS NEUROLÓGICOS:
Coma opiáceo: hipotermia, bradipinéia com miose (freqüentemente
pupilas puntiformes), precedido de náuseas e vômitos.
Coma barbitúrico: hipertermia, congestão da face, midríase , respiração
calma, lenta e profunda.
Coma beladônico: precedido de manifestações de embriaguez, mucosas
secas, midriase, às vezes convulsões.
Convulsões: cânfora, picrotoxina, cianetos, estricnina, cicuta.
Miose: opiáceos, nicotina, organofosforados.
Midriase: beladona, cocaína, efedrina.
SINAIS CUTÂNEOS:
Icterícia grave: fósforo e cogumelos.
Erupções escarlatiniformes: solanáceos, arsênico, fenolftaleína, beladona.
Cianose: anilina, cloreto de potássio, nitritos. Sinais broncofaringeanos:
Secura da boca: beladona. Coloração parda dos lábios: iodo.
Sialorréia: pilocarpina, iodo, organofosforados.
1º GRUPO
INTOXICAÇÕES EXÔGENAS INATIVADAS PELO
ANTIDOTO MOLTIPLO "A" - "B" ou "A"
SUBSTÂNCIAS MEDICAÇÃO DE URGÊNCIA( no local
de tratamento), conjunta com o
antídoto.
METÁLICAS - Arsênico, mercúrio, B.A.L.
tálio, antimônio, bismuto, cádmio, Ingestão de leite.
chumbo, bário.
ANIÕNICAS - Oxalatos (sal de Ingestão de leite.
azédas), fluoretos.
Cianetos ..................... Hipossulfito de sódio (I.V.).
MEDICAMENTOS ORGANICOS -
Alcolóides, anti-histaminicos.
Analgésicos, antitérmicos.
Hipnóticos (barbitúricos),
tranquilizantes.
INSETICIDAS Atropina (I.M.)
ORGANOFOSFORADOS Inseticidas Não usar leite nem óleos, para os 3
clorados (DDT BHC, etc.). (três) casos.
Raticidas - Warfarina, antu, etc.
SUBSTANCIAS AGRESSIVAS
INGESTÃO
SUBSTÂNCIAS TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA CUIDADOS
ACIDOS Não é aconselhável dar qualquer
medicamento para deglutir, porque
ÁLCALIS e detergentes a deglutição é muito Não aplicar vomitivos ou
FENOIS CRESOIS (Lisol. difícil e por de mais dolorosa e irá lavagem
provocar vômitos , altamente
prejudiciais, porque provocarão
nova irritação do esôfago. Óleo
vegetal (oliva amendoim).
2º GRUPO
SUBSTANCIAS REMOVIDAS POR PROCESSOS FÍSICOS:
LAVAGEM COM DILUENTES E CARVÃO
SUBSTÂNCIAS LAVAGEM
SOLVENTES ORGÂNICOS Água - não fazer em crianças.
Querozene, gasolina, água ráz, varsol, (Schwartsman)
álcoois superiores.
FENÓIS E CRESÓIS
Lisol, creolina. Óleo vegetal.
TRANQUILIZANTES
Fenotiazínicos, meprobamato. Suspensão de carvão.
BARBITÚRICOS, cloral e cloralose. Suspensão de carvão.
INSETICIDAS CLORADOS Suspensão de carvão.
INSETICIDAS FOSFORADOS Suspensão de carvão.
INSETICIDAS ESPECIAIS + 0 Mg
"Warfarine"
1.080 Suspensão de carvão.
3º GRUPO
SUBSTÂNCIAS INATIVAS POR TÉCNICAS ESPECIAIS
DE LAVAGEM E ANTIDOTOS
SUBSTÂNCIAS SOLUÇÃO DE LAVAGEM
CATIÔNICAS
Arsênico Magnésia com albumina de ovo
mercúrio, antimônio, bismuto Bário Suspensão de carvão.
e chumbo Sulfato de sódio a 2%
Tálio Iodeto de sódio a 1%
ANIÔNICAS Cloreto de cálcio (2,5%)
Oxalatos, fluoretos Soro fisiológico.
Brometos Hipossulfito de sódio a 10%
Cromatos, iodo, cloratos e oxidantes Permanganato de potássio a
Cianetos 0,02% c/bicarbonato
ALCOLOÏDICAS,piramido,antipirina, Iodo diluído ou permanganato de
novalgina, anti-histaminicos. potássio a 0,02%
Aspirina Idem.
FOSFORO Permanganato de potássio a 0,02%
ANILINAS, tintas Permanganato de potássio a 0,02%
SULFONAS Idem.
Tratamento:
1. 20 ml de nitrito de sódio a 3% na veia. Colocar o aparelho de
pressão e verificá-la, enquanto se aplica a injeção, que deve ser suspensa
assim que a pressão comece a cair, pois do contrário ocorrerá choque
irreversível.
2. 60 ml de hipossulfito de sódio a 10% na veia.
3. Hidratação com soro glicosado e 25 unidades de ACTH.
4. Tratamento de ordem geral.
5. Azul de metileno a 1% - 50 ml, para adultos.
Nas crianças, fazer 1 mg por quilo de peso.
Como corretivo da meta- hemoglobina formada em excesso pelo nitrito de
sódio.
ACIDOS FORTES
(nítrico, sulfúrico e clorídrico)
Ação corrosiva sobre a mucosa digestiva, da queimadura à carbonização,
perfuração do esôfago e do estômago; a morte pode ocorrer, mais pelo
traumatismo do que pela ação tóxica. Sintomatologia principal: dor
intensa, sialorréia, gengivorragia, edema de língua, boca e faringe.
Colapso periféricoprecoce nas intoxicações maciças.
Complicações: estenose cicatricial do esôfago; síndrome humoral;
hiperazotemia cloropenica, hiperpolipeptidemia, hiperglicemia,
acetonemia; síndrome urinária: corpos cetônicos; albumina, cilindros,
hemátias.
Tratamento:
1. Gargarejos e bochechos balsâmicos.
2. Analgésicos, sedativos e opiáceos contra as dores.
3. Nunca usar sonda, pelo perigo de uma perfuração do esôfago;
não usar bicarbonato, pela formação de CO2 e conseqüente distensão
gástrica, podendo até provocar explosão do estômago.
4. Antibióticos.
5. Corticóides - 100 mg (via intravenosa).
ÁCIDOS OXALICO (principal derivado: tetroxalato de potássio (sal de
azedas, "cala a boca").
Ação: cáustica e excitante do SNC.
Sintomatologia principal: dor, vômitos e diarréia sangüínea. Convulsões,
coma e morte.
Eliminação: através do rim, levando à uremia. Tratamento:
1. Ingestão de solução de cloreto de cálcio a 2,5% ou de leite.
2. Antiespasmódicos para as dores. Sedativos e opiáceos.
3. Gluconato de cálcio a 10% na dose de 10 a 20m1 (via intravenosa).
Atenção: Nunca usar bicarbonato de sódio, pois formaria o oxalato de
sódio, que é altamente tóxico.
ACONITO
Sintomatologia principal: Sialorréia e vômitos. Excitação das terminações
nervosas, seguida de embotamento das sensibilidades térmica, tátil e do
paladar. Convulsões, distúrbios da condução cardíaca, parada
respiratória. Tratamento:
1. Lavagem gástrica com solução de permanganato de potássio a
0,2% ou com solução de iodo diluída (tintura de iodo, segundo a
Farmacopéia, 50 ml diluídos para um litro de água).
2. Tratamento sintomático: Em caso de convulsão, "Valium"10 mg (via
intravenosa). Oxigenoterapia. Respiração artificial.
ÁLCOOL ETILICO
Ação: depressor da cortex cerebral, dos centros respiratórios medulares,
podendo matar com parada respiratória. Sintomatologia principal:
1a . fase - Face vermelha, olhos brilhantes, fisionomia móvel, idéias se
sucedendo rapidamente, movimentação intensa.
2a . fase - Cefaléia, zumbidos, visão turva, raciocínio lento, disartria,
náuseas e vômitos, desaparecimento do freio moral, alegria ou tristeza
exageradas.
3a fase - Face pálida, veias do pescoço entumecidas, olhos vidrados,
midríase. Reflexos diminuídos ou abolidos. Hipotermia, taquicardia,
taquipnéias.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com água pura.
2. Vitamina B6 - 300 mg (via intravenosa), ou: Piritinol-600mg (3
amp.) em 20 ml de glicose hipertônica a 25% - E.V.
3. Glicose hipertônica a 25%, 40m1 para o adulto e 20 ml para a
criança (via intravenosa).
4. Glicose a 10% (via intravenosa), 1 a 2 litros, adicionada de 100
mg de vitamina B1 (via subcutânea), administrando-se, na ocasião, 20
unidades no adulto e 5-10 unidades na criança (de insulina simples por
via subcutânea).
5. Aquecimento do paciente.
6. Antibiótico.
Tratamento:
1. Lavar o estômago com água pura;
2. Ingestão de 5-20 ml de álcool etílico (o dobro da dose no caso de
cachaça), de 2/2 ou de 4/4 horas, segundo a gravidade do caso, durante
4 dias. A dose de álcool etílico é de 0,5 ml por quilo de peso corporal.
3. Vitamina B1 - 100 mg por via oral.
4. Nas complicações com acidose metabólica usar: lactato de sódio
1/6 molar ou solução de bicarbonato de sódio 5%, na veia.
5. Barbitúricos, para as convulsões.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com solução de permanganato de potássio a
0,20%;
2. Solução de azul de metileno na dose de 1 a 2 mg por quilo de peso
corporal no máximo de 50 ml (via intravenosa);
3. Transfusão de concentrado de hemátias; se possível, exsanguino-
transfusão;
Atenção para a insuficiência renal, que pode instalar-se.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com solução de bicarbonato de sódio a 5% ou
permanganato de potássio a 1:5000.
2. Solução de bicarbonato de sódio a 5% (ou lactato de sódio 1/6
molar), controlando-se o pH urinário com indicador universal. Abaixo do
pH 7, dar bicarbonato; acima de pH 8, suspender.
3. Correção dos distúrbios hidreletroliticos e metabólicos.
4. Diálise artificial.
5. "Kanakion" ou similar em casos de hemorragia
11 - Antipirina e fenacetina:
Sintomatologia principal: distúrbios gastrintestinais, meta-
hemoglobinemia, anemia hemolítica, lesões hepáticas e renais.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica.
2. Tratar a meta-hemoglobinemia: azul de metileno, vitamina C,
transfusões de sangue, exsangüino-transfusão.
3. Tratar a anemia hemolitica: sangue e antibióticos.
4. Correção dos distúrbios hidreletroliticos.
5. Controle de uma possível lesão hepática e renal.
BARBITÚRICOS
Sintomatologia principal
Estado preliminar: lembra a embriaguez - excitação, incoordenação,
marcha oscilante, fase depressiva, sonolência, coma.
Estado de coma: hipotonia e insensibilidade; fáceis variável, ou tranqüilo
ou agitado, vultoso, sudorese abundante. Reflexos osteotendinosos e
cutâneos diminuídos ou abolidos; pupilas: normais ou midríase, o
aparecimento de miose é grave. Respiração profunda e estertorosa, ritmo
de Cheyne-Stokes. Estertores brônquicos, crepitantes, edema . pulmonar
agudo. Hipotensão arterial colapso periférico
Temperatura normal, quando baixa é grave. Morte.
Graus dos comas para facilitar a indicação terapêutica:
Tratamento:
1. Remoção imediata do paciente do local em que se expõe sais de
berilo.
2. Nos casos de úlceras, retirar os sais de berilo, por meio de
curetagens ou excisões.
3. Anti-histamínicos por via oral e local. Pomada de magnésio (óxido)
a 2 %.
4. Irrigação dos olhos com colírio de óxido de magnésio a 0,5% e na
sua falta com solutos alcalinos, como bicarbonato de sódio e água
boricada. Antibióticos oftálmicos. Óculos escuros.
Tratamento:
1. Aspiração: remover o doente do ambiente contaminado;respiração
artificial oxigênio.
2. Na ingestão:
1 - lavagem gástrica com muita cautela; evitar simpatomimêticos;
observar uma possível anemia aplástica. E interessante separar as duas
maneiras de intoxicação pelo benzeno; não temos muito entusiasmo pela
lavagem gástrica nestes casos e contra-indicamos, formalmente, o uso
de medi das emetizantes. E importante chamar a atenção sobre a
principal conseqüência da intoxicação por este produto: anemia aplástica.
BROMETOS
Sintomatologia principal: pela sua ação depressora sobre o SNC,
ocasionam sensação de esmorecimento, astenia, sono, raramente coma.
Tratamento:
1. Cloreto de sódio, 1 g de hora em hora, por via oral, a fim de o cloro
administrado provocar o deslocamento do bromo, que será eliminado pela
urina.
3. Diuréticos mercuriais; rim artificial, se necessário.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com permanganato de potássio a 0,2/mil ou
solução de iodo diluído a 1/250 ou solução de tanino a 4%. 2.
Barbitúricos, via IM ou mesmo IV.
3. Tratamento do choque. Hidratação adequada.
CHUMBO
As intoxicações agudas são mais freqüentes pela ingestão de loções
"schampoo" à base de chumbo. As intoxicações crônicas são freqüentes
nos tipógrafos.
Sintomatologia da intoxicação aguda: calafrios, gosto metálico, náuseas,
vômitos, dores abdominais, algumas vezes diarréia, seguida de
constipação. Anemia com hemoglobinúria. Oligúria.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com solução de sulfato de magnésio ou de sódio
a 20%.
2. Administrar, por via oral, comprimido de 50 mg de versenato cálcico
de sódio.
3. Administrar, por via intravenosa, soro glicosado com verse nato
cálcico de sódio, na dose de 35 a 40 mg/kg. nas 24 horas, durante 5 dias.
4. BAL - tem efeitos inferiores ao EDTA - 3 a 4 mg por kg 12/ 12 horas
- via IM - durante 10 dias.
5. Administrar gluconato de cálcio a 10% (via intravenosa), de 12 em
12 horas.
6. Promover diurese com manitol.
7. Administrar antiespasmódicos para aliviar as dores: atropina ou
papaverina.
CLORO E DERIVADOS
a - Vapores: cloro, clorocetofenona (gás lacrimejante);
b - Líquidos: água sanitária, hipoclorina, (liquido de Dakin).
Sintomatologia: Intoxicação por inalação: irritação das vias aéreas
superiores tosse, dispnéia, cianose, sensação de asfixia e até edema
pulmonar agudo.
Intoxicação por ingestão: irritação das mucosas digestivas, dor e ardor,
sialorréia, vômitos mucosos, muito raramente - sanguinolentos.
Tratamento:
1. Nos casos de inalação: retirar o paciente do ambiente contaminado,
medicar sintomaticamente.
2. Nos casos de ingestão: ingestão de solução de hipossulfito de sódio
a 10%. Ingestão posterior de óleo vegetal.
3. Antibióticos e corticóides.
COCAINA
Sintomatologia: euforia, sensação de vigor, audácia, resistência,
atividade. Lucidez excepcional, gesticulação, palavra fácil; a primeira vez
que se aspira cocaína, há sensação de náuseas e vômitos.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com solução de tanino a 4% ou com solução
diluída de iodo (50 ml de tintura de iodo, segundo a Farmacopéia, diluída
a 1 litro com água).
2. Tratamento sintomático.
DETERGENTES
- Os detergentes são sabões e possuem ação irritativa sobre as mucosas
com que entram em contato.
Sintomatologia: dor e sensação de queimadura das mucosas do aparelho
digestivo. Vômitos. Sialorréia. Diarréia.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica copiosa com leite ou vinagre medicinal.
2. Tratamento de ordem geral: antivomitivos e hidratação.
DIGITAL
Sintomatologia principal:
1. Distúrbios gastrintestinais: anorexia, náuseas, vômito e diarréia.
2. Distúrbios visuais: visão colorida, amarela, verde, cinzenta
3. Distúrbios do ritmo cardíaco: bigeminismo, aumento da condução a-
v, excessiva lentidão do pulso, taquicardia paroxistica, fibrilação
ventricular, pulso alternante, bloqueios parciais ou totais.
4. Outros distúrbios: cefaléias, nevralgias (Terço inferior da face,
mandíbula, terço superior dos membros superiores, região lombar e
panturrilhas), eosinofilia por vagotonia acelerada, alergia, tromboses;
5. ECG = QT estreito, ST desnivelado (colher de pedreiro), PR
alongado e T invertido.
Tratamento:
1. Suspensão da medicação.
2. Cloreto de potássio: crianças: 3 mEq/kg de peso, nas 24 horas,
fazer 2 cm 3 por kg de peso nas 24 hs. (1amp. de 10 cm 3 a 10% =
13,4 mEq = 1 g), de mistura com glicose isotônica a 5% gota a gota na
veia. Adulto: 2 a 3 amp. nas 24 horas. Por via oral: 250 cm 3 de
laranjada = 9 a 10 mEq.
3. Bradicardia digitálica - sulfato de atropina - 0,5 a 1 mg IM.
4. Extrassistolia com participação digitálica: fenil hidantoina - 100 mg
de 6/6 hs. V.O. ou 100 a 250 mg EV.
ESTIMULANTES PSIQUICOS (Benzedrina, anfetamina)
Sintomatologia principal: excitação psíquica, taquicardia, arritmia,
discreto aumento da tensão arterial. Animação, gesticulação, palavra
fácil.
Tratamento:
1. Barbitúricos, via intramuscular ou intravenosa, de acordo com o
caso.
2. Aumentar a diurese com o uso de manitol.
ESTRICNINA
Atualmente, seu principal emprego é como raticida.
Ação: tetanizante por aumento da excitabilidade reflexa. Sintomatologia:
contrações tetânicas, opistótono, abalos e contrações musculares,
espasmódicas, principalmente das panturrilhas. Hiperreflexia.
Acessos convulsivos, riso sardônico, trismo. A morte pode surgir no
decurso de um acesso.
Tratamento:
1. Paciente atendido antes do período convulsivo:Lavagem gástrica
com solução de tanino a 4% ou solução de tintura de iodo a 4%.
Sedativos e barbitúricos.
2. Paciente atendido depois da convulsão: barbitúricos por via
intravenosa (tionembutal, amital sódico), até relaxamento muscular e
sono. Repouso, silêncio e quarto escuro, evitando qualquer estimulo, de
qualquer natureza.
ÉTER
Sintomatologia principal: nos casos de ingestão, assemelha-se muito ao
alcoolismo. Náuseas, vômitos, excitação psiquica, euforia, passando a
depressão com crises de choro, melancolia, sinais de coma profundo.
Nos casos de inalação (uso de lança-perfume), a morte pode sobrevir nos
momentos iniciais: o paciente torna-se pálido, o pulso desaparece, o
coração pára em diástole, é a sincope cardíaca primitiva. Pode ocorrer
analgesia, excitação, delírio, sono, anestesia, depressão bulbar e morte.
Distúrbio-circulatórios e respiratórios, desaparecimento do reflexo - óculo-
palpebral, midríase, cianose, colapso respiratório ou circulatório.
Tratamento: semelhante ao da intoxicação alcoólica.
FENOIS E CRESOIS
(Sinonímia: ácido fênico, ácido carbônico e fenol). Derivados: creolina,
cresol, creosoto, tricresol, guaiacol e lisol.
Sintomatologia principal:
a) Pela ação corrosiva do tóxico: dor, ardor, vômitos sanguinolentos e
mucosos, com cheiro característico de ácido fênico.
b) Sinais cerebrais e respiratórios: excitação psicomotora, convulsões
parciais, coma profundo, palidez, cianose, sudorese, hipotensão arterial,
sincope respiratória e morte.
c) Quadro humoral: hiperconcentração sanguínea e renal, oligúria e
anuria.
FENOL
Tratamento:
1. Ingestão de óleo vegetal.
2. Para adultos - drástico - Sulfato de sódio a 10%.
3. Para a dor: leite, albumina ou mucilagem como emoliente.
4. Analépticos cardio-respiratórios.
5. Vigiar o rim, pela possibilidade de insuficiência renal. Manter o
paciente internado pelo menos 96 horas.
FÓSFORO
O fósforo vermelho é atóxico, sendo o branco venenoso. Sintomatologia
principal: epigastralgia intensa, vômitos com cheiro aliáceo, cefalalgia.
O material vomitado, no escuro, torna-se fosforecente. Diarréia profusa,
cólica e tenesmo retal; oligúria, albuminúria e hematúria. Delírio,
excitação, convulsão, podendo surgir a morte por colapso cardiovascular.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com permanganato de potássio a 0,2%,ou com
sulfato de cobre a 5%.
2. Emese com solução de sulfato de cobre a 2%.
3. Administração de purgativo salino, sulfato de sódio, 30 a 40 g.
4. Hidratação e tratamento sintomático.
5. Atender à defesa da célula hepática, através da administração de
glicose e alimentação rica em carboidratos.
6. Observação do paciente no mínimo por 96 horas. O quadro da
intoxicação pelo fósforo é complexo, exigindo internação para uma
conduta terapêutica conveniente.
Atenção: não devem ser usadas substâncias oleosas nas lavagens
gástricas, bem como o uso de ovos e leite, porque favorecem a absorção
do fósforo.
Tratamento:
a) Tipo "Aldrin": Lavagem gástrica com permanganato de potássio a
0,2/mil.
b) Tipos DDT e BHC: Lavagem gástrica com carvão ativado.
c) Geral a todos os grupos:
1. Sulfato de magnésio - 30g.
2. Gluconato de cálcio na veia - 10 cm 3 a 10%.
3, Barbitúricos de ação rápida na veia.
4. Contra-indicar formalmente a morfina e as catecolaminas.
INSETICIDAS ORGANOFOSFORADOS
Ação: inibem a acetilcolinesterase – acetilcolina livre- efeitos muscarinicos
e nicotinicos sõbre o sistema nervoso central.
Sintomatologia: baseada na observação dos casos atendidos no C.T.I. do
H.M. Souza Aguiar:
Miose 98%, Broncoplegia 91%, Dispnéa 83%, Insuficiência respiratória
80%, Cianose, náuseas e vômitos 42% e outras em menor proporção.
Tratamento:
1. Higiene do paciente: remoção das roupas, lavagem do corpo com
água e sabão, usando luvas porque o tóxico atravessa a pele Integra. O
álcool é um bom solvente dos organofosfora dos. Administração de leite e
água. Indução ao vômito. Lavagem gástrica com magnesia calcinada.
2. Combater a insuficiência respiratória:
02 por cateter nasal. Entubação oro-traqueal. Aspiração das secreções.
Respiração artificial (PPI).
3. Medicamentos:
a) Sintomático: para os efeitos muscarinicos - atropina. Intoxicação
moderada: 1-2 mg EV de h/h, até o aparecimento de sintomas de
atropinização, traduzidos por pulso maior que 140 batimentos, boca seca
e midriase. Intoxicação grave: 2:4 mg EV de h/h até atropinização. Do se
letal mínima = 120 mg. Manter a atropinização por 24 a 48 hs.
b) Especifico: para os efeitos nicotinicos - pralidoxina(Contratihon).
Administrar antes de decorridas 24 hs, 10 a 20 mg/kg. Do se média eficaz
1-2 g EV em infusão continua, precocemente nas 24 hs. Cuidado com a
superdose = similar a intoxicação.
4. Outras medidas: evitar morfina, aminofilina, teofilina, fenotiazínicos,
anti-depressivos e sulfonas. Reposição hidroeletrolítica. Nas convulsões /
tremores - barbitúricos, fenilhidantoina, diazepinicos.
2. Sulfato de sódio - 30 g.
3. BAL - 2,5 a 4 mg/kg de peso de 4/4 hs. por 48 hs, de 6/6 hs.
geralmente o suficiente; pode, no entanto, ainda ser usado, de 8/8 hs. +
24 hs. e de 12/12 hs. + 24 hs.
4. Hidratação adequada. Diurese forçada: manitol a 20% em tôrno de
250 cm 3.
5. Não combater os vômitos, diarréia e a sialorréia, uma vez instalada
a anúria, obrigando a paciente a cuspir, não engolindo a saliva.
6. Bochechos com sulfeto de sódio a l/mil - ingerindo 1 c/sopa de 3/3
hs.
7. Diálise extrarrenal.
8. A alta só pode ser dada ao fim de 1 semana, nunca antes, para
poder ser controlado o rim.
NEUROPLEGICOS (Clopromazina)
Sintomatologia: aceleração do pulso nas primeiras horas, relaxando-se
depois, abaixamento da tensão arterial, principal mente em relação à
máxima. Respiração profunda. Poliúria, sonolência, dor de cabeça, fadiga,
sensação de joelhos bambos, lipotimia, palidez. Tratamento:
1. Lavagem gástrica com permanganato de potássio a 0,2/mil ou
bicarbonato de sódio a 4%.
2. Carvão ativado.
3. Purgativo salino - 30 g.
4. Aminofilina, por via venosa.
5. Diurese osmótica.
PERMANGANATO DE POTÁSSIO
Ação: caústico e depressor do SNC.
Sintomatologia: contrição das mucosas, dor e ardor. Coloração violácea
das mucosas que entram em contato com o tóxico. Colapso periférico,
morte em parada respiratória ou cardíaca.
Tratamento:
1. Quando o tóxico é ingerido em solução: ingestão de 1 c/sopa de
hipossulfito de sódio a 10% em 1 copo de água.
2. Quando o tóxico é ingerido em substância: lavagem gástrica com
hipossulfito de sódio a 10%, só parando quando não mais sairem
partículas escuras.
3. Observar a possível formação de meta-hemoglobinemia, nestes
casos aplicar 50 ml de azul de metileno a 1%.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica e eméticos, formalmente contra-indicados.
Grande possibilidade de broncoaspiração que agravará sobre modo o
quadro.
2. Antibióticos sempre, a fim de evitar a pneumonia que se instala com
brevidade.
3. Corticóide - 50-100 mg, por via intravenosa.
4. Oxigênio.
Tratamento:
1. Lavagem gástrica com água pura.
2. Purgativo salino 30 g.
3. Antiespasmódicos e sedativos.
4. Alcalinos.
5. Hidratação.
Tratamento:
1. Nos casos de inalação, retirada imediata do paciente do local em
que se expõe ao tóxico. Respiração artificial, oxigênio.
2. Nos casos de ingestão:
a) Intubação com óleo mineral e retirada do óleo por sifonagem.
b) Não ministrar leite ou qualquer alimento gorduroso.
c) Hidratação adequada com grande predominância de glicose a 5%.